VOLUME 11 Número 2 - Faap
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isco, por isso os bancos estão se adaptando para adoção de boas práticas e com<br />
a participação de alguns sociólogos, biólogos e profissionais para a avaliação de<br />
risco estão criando a área de risco socioambiental visando atender ao Protocolo<br />
Verde onde os bancos reconhecem que podem cumprir um papel indutor fundamental<br />
na busca de um desenvolvimento sustentável que pressuponha a preservação<br />
ambiental e uma contínua melhoria no bem estar da sociedade.<br />
A pesquisa visa o estudo das instituições financeiras brasileiras e seu envolvimento<br />
com a preocupação com o desenvolvimento sustentável e o risco<br />
socioambiental que seus clientes ou possíveis clientes podem apresentar, mas<br />
principalmente as áreas interessadas como a área de risco Socioambiental e<br />
Compliance, entrando em sinergia para uma sugestão de uma estratégia organizacional<br />
para que elas estejam em conformidade com as leis socioambientais<br />
nos processos internos que envolvem a gestão sustentável, que é a capacidade<br />
para dirigir o curso de uma empresa seja ela qual for, comunidade ou país, através<br />
de processos que valorizam e recuperam todas as formas de capital, humano,<br />
natural e financeiro.<br />
O objetivo pode ser dividido em geral e específico. Geral é pesquisar se as instituições<br />
atualmente estão preocupadas em realizar uma gestão sustentável e<br />
vinculá-la com o planejamento estratégico estando em conformidade com as leis<br />
e regras já existentes. O objetivo específico é analisar como as instituições estão<br />
conceituando estes assuntos internamente e de que forma elas estão fazendo isso.<br />
1 Definições de Compliance<br />
Sem aqui expor de forma detalhada um longo processo evolutivo do processo<br />
hoje denominado Compliance. O marco inicial ocorreu em 1930 e que concebeu a<br />
fundação do BIS – Bank for International Settlements, sediado em Basiléia, na Suíça,<br />
cujo principal objetivo foi buscar a cooperação entre os bancos centrais.<br />
Em 1960, a “SEC - Secutities and Exchange Commission” passou a insistir na contratação<br />
de “Compliance Officers” para criar procedimentos internos de controles,<br />
treinar pessoas e monitorar, com o objetivo de auxiliar as áreas de negócios a ter a<br />
efetiva supervisão.<br />
Em 1988 se inicia a era dos controles internos e surge o “Acordo de Basiléia”,<br />
constituído pelo Comitê de Basiléia, no âmbito do BIS, publicando os 13 princípios<br />
concernentes à supervisão pelos administradores e cultura/avaliação de Controles<br />
Internos, tendo como fundamento a ênfase na necessidade de Controles Internos<br />
efetivos e a promoção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN).<br />
Na década de 1990 com a abertura comercial incrementada nacionalmente, o<br />
Brasil buscou alinhar-se com o mercado mundial e a alta competitividade e simultaneamente<br />
os órgãos reguladores, também, aumentaram sua preocupação em<br />
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Estratégica, vol.<strong>11</strong>(02), dezembro.20<strong>11</strong>