VOLUME 11 Número 2 - Faap
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2 Walt Disney World – Um modelo a ser estudado<br />
Connellan (2010), profundo admirador da Disney, afirma que esta é a mais poderosa<br />
empresa de diversões do mundo, e revela quais são as razões para o sucesso,<br />
por meio de sete lições, em um mercado em que a experiência do cliente é<br />
fundamental para os bons resultados.<br />
A primeira lição, obtida na análise do sucesso, aponta que as grandes organizações<br />
prestadoras de serviço devem considerar concorrente qualquer empresa existente,<br />
pois são base de comparação para os clientes. Desta forma, o autor demonstra<br />
que a prestação de serviço bem-feita, por parte de uma empresa do segmento<br />
bancário, por exemplo, ficará na memória do cliente, que passará a comparar os<br />
demais atendimentos e experiências, sejam estes no mesmo mercado ou em mercados<br />
diferentes, com a empresa na qual obteve um resultado que correspondeu<br />
e/ou superou suas expectativas (CONNELLAN, 2010).<br />
A segunda lição que pode ser tirada do sucesso da Disney World está relacionada<br />
ao peso dado aos detalhes, ainda que em situações nas quais provavelmente<br />
o cliente não dará a devida atenção. Segundo Connellan (2010), a atenção aos detalhes<br />
torna-se um diferencial competitivo, pois, além de impressionar clientes e<br />
garantir experiências únicas, cria nos colaboradores uma cultura em que cada um<br />
torna-se responsável por observar cada um dos mínimos processos existentes no<br />
dia a dia da organização, buscando bons exemplos e melhorias.<br />
Todos os colaboradores demonstrando entusiasmo é a terceira lição a ser aprendida<br />
com as organizações Disney, validando a já conhecida relação entre funcionários motivados<br />
e resultados atingidos. A preocupação com o bem-estar dos clientes somada à proatividade<br />
na resolução dos problemas e à encarnação do espírito de magia que paira no ambiente,<br />
são os fatores de sucesso da Disney relacionado a essa lição (CONNELLAN, 2010).<br />
A quarta lição observada na Disney, como fator do reconhecido sucesso, refere-<br />
-se à demonstração de entusiasmo em tudo, e não apenas nos colaboradores. Tal<br />
lição pode ser facilmente compreendida se for avaliada como o resultado das duas<br />
lições anteriores, que consideram pessoas entusiasmadas e sonhadoras que estejam<br />
focadas nos mínimos detalhes da experiência do cliente. No caso da Disney,<br />
isso significa investir em detalhes que raramente são percebidos pelos clientes,<br />
mas que, quando observados, dão mais subsídios para a percepção de que tudo<br />
no ambiente parece perfeito, como no mundo dos sonhos (CONNELLAN, 2010).<br />
A quarta lição pode ser comprovada também em um estudo de Reincke (1998). O<br />
autor conclui que a filosofia da empresa de promover uma experiência inesquecível aos<br />
visitantes é facilmente perceptível na nomenclatura utilizada para a definição dos participantes<br />
e atividades do dia a dia. Desta forma, os funcionários são “membros do elenco”,<br />
os clientes são “convidados”, uma multidão é uma “plateia”, um turno de trabalho<br />
é “uma apresentação”, uma função é um “papel”, os uniformes são “o vestuário”, estar<br />
em serviço é ”entrar em cena” e estar de folga é “estar nos bastidores” (REINCKE, 1998).<br />
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Estratégica, vol.<strong>11</strong>(02), dezembro.20<strong>11</strong>