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VOLUME 11 Número 2 - Faap

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No Brasil, o crescimento da classe média tem mantido o mercado de telefonia celular<br />

em constante crescimento e em 20<strong>11</strong>, segundo a Anatel, ultrapassou-se a barreira dos<br />

100 celulares para cada 100 habitantes (sendo que cerca de 80% são pré-pagos). Portanto,<br />

o foco da Nokia não é a aquisição de novos usuários, mas o mercado de reposição<br />

de aparelhos, em que crescentemente usuários das classes C e D adquirem smartphones<br />

substituindo aparelhos antigos.<br />

3.2 Posicionamento<br />

A importância do mercado local foi ressaltada por Stephen Elop, CEO da Nokia, veio<br />

ao Brasil pela primeira vez recentemente, em Outubro de 20<strong>11</strong>, para anunciar a fabricação<br />

local, enfatizando que o mercado brasileiro é considerado um dos cinco mercados<br />

mais importantes para o futuro da empresa.<br />

No Brasil, diferentemente da Europa e EUA, a Nokia segue como líder de mercado.<br />

De fato, nos países do BRICS (os emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África<br />

do Sul) sua liderança parece inabalável. Uma série de fatores contribui para isso:<br />

perfil de mercado diferente de Europa e EUA, portfólio de aparelhos extenso e<br />

para todos os tipos de usuários e, por fim, uma longa tradição no mercado móvel<br />

para os segmentos mais populares.<br />

Portanto, nos países emergentes, a inclusão digital se faz principalmente através de<br />

dispositivos móveis e notebooks de baixo custo. Mas a oferta de smartphones ainda é<br />

exígua para os consumidores emergentes: o iPhone da Apple, diferente de outros mercados,<br />

é um aparelho de nicho, um produto de luxo, com custo superior a US$ 1.000. Os<br />

celulares baseados em sistema operacional Android, da Google, apesar de estarem crescendo<br />

com robustez, ainda são tímidos fora das classes mais altas por causa do preço e<br />

do alto consumo de dados.<br />

Desta forma, muitos fabricantes asiáticos como a HTC, Samsung e LG tem lançado<br />

smartphones “light” no Brasil, com menos recursos e preço mais acessível. A<br />

Nokia tem tentado preencher esta lacuna foi com o Nokia C3, o smartphone mais<br />

vendido do país em 2010. Este aparelho oferece um design bonito e sólido, sem<br />

aquele aspecto “barato” de celulares de baixo custo, um excelente teclado QWER-<br />

TY, redes sociais integradas e personalizadas ao gosto brasileiro – por exemplo,<br />

além do Twitter e Facebook, incluiu-se o Orkut — e um consumo de dados espartano,<br />

complementado pelo acesso a redes wi-fi.<br />

Assim, a oferta da Nokia Brasil buscaria balancear smartphones mais simples e aparelhos<br />

mais complexos, de forma a conseguir concorrer em todos os segmentos, oferecendo<br />

aparelhos com diversos sistemas. Estes celulares vão da linha básica, baseada no<br />

sistema Symbian e que trazem poucos extras como tocador de MP3 ou câmera.<br />

Para conseguir posicionar celulares de um sistema operacional já defasado tecnologicamente<br />

como smartphones, a empresa enfatiza nas suas campanhas que estes<br />

Um estudo da evolução estratégica em subsidiárias: analisando a estratégia de internacionalização..., Rodrigo Bahia Viana, p. <strong>11</strong>-26<br />

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