VOLUME 11 Número 2 - Faap
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A seguir, analisa-se como estas capacidades foram desenvolvidas, sobretudo no aspecto<br />
tecnológico.<br />
2.2.1 Gestão de competências<br />
Uma estratégia gradualista para progressiva independência tecnológica, através da<br />
acumulação de competências técnicas pela subsidiária, parece ser utilizada pela empresa.<br />
Assim, a Nokia Brasil, que até 2005 contava com grande número de expatriados<br />
(estrangeiros) em postos de liderança nas áreas tecnológicas, tem promovido consistentemente<br />
a nacionalização do seu corpo gerencial técnico e de engenharia, contando em<br />
20<strong>11</strong> com uma grande maioria de brasileiros nestes postos. Assim, o desenvolvimento<br />
de capacitação técnica é frequentemente realizado por meio de treinamentos na Finlândia,<br />
através de workshops de transferência de conhecimentos ou pelo intercâmbio<br />
de profissionais entre países.<br />
De acordo com Martti (2002), a empresa globalmente valorizaria o aprendizado e<br />
gestão do conhecimento, sendo uma das primeiras a criar uma Intranet sofisticada, em<br />
que se pode consultar a documentação de produtos, se realizar treinamentos, além de<br />
entender as políticas internas e muitos outros aspectos do funcionamento da empresa.<br />
Neste aspecto a estratégia global da empresa (e que seria aplicada ao Brasil) poderia<br />
ser classificada como pertencente à “Escola de Aprendizado”, onde, de acordo com autores<br />
como Prahalad e Hamel (1990), a empresas buscaria evoluir para formalização do<br />
processo de aquisição e geração de conhecimentos. Deste ponto de vista, os ativos “invisíveis”<br />
de know how tecnológico e o conhecimento mercadológico seriam os grandes<br />
diferenciais da empresa, ou na definição de Prahalad e Hamel (1990), estas seriam as<br />
competências essenciais da Nokia.<br />
Para expandir a forma como a empresa utiliza os recursos de outras empresas (parceiros<br />
tecnológicos), dentro da cadeia de valor, compartilhando e recebendo insumos<br />
e capital intelectual, no momento estão sendo realizadas parcerias com fornecedores<br />
locais de aplicações para o sistema operacional Windows Phone, aplicações estas que<br />
seriam incorporadas aos novos smartphones.<br />
A cadeia de valor, portanto, parece estar sendo redesenhada para o lançamento dos<br />
novos smartphones (considerados essenciais para a sobrevivência da empresa), a que<br />
poderá inclusive afetar o modelo de negócios atualmente utilizado, além de impactar<br />
o relacionamento com parceiros tecnológicos, fornecedores locais, operadoras móveis<br />
e clientes finais.<br />
2.2.2 Cadeia de valor<br />
As seguintes atividades foram identificadas como parte do processo de gestão de<br />
competências, de acordo o modelo estabelecido por Chesbrough (20<strong>11</strong>) para cadeias<br />
de valor:<br />
Um estudo da evolução estratégica em subsidiárias: analisando a estratégia de internacionalização..., Rodrigo Bahia Viana, p. <strong>11</strong>-26<br />
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