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VOLUME 11 Número 2 - Faap

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Fonte: UOL (2012).<br />

Figura 18 - Cotações das ações ordinárias da AES Tietê<br />

Ago Set Out<br />

Efeito indesejado pelo governo diz respeito à reestruturação do quadro de empregados<br />

das empresas afetadas. Considerados os efeitos em muitas dessas empresas,<br />

parece evidente que estruturas destinadas à comercialização de energia ao<br />

mercado competitivo deixam de fazer sentido. Mesmo empresas de propriedade do<br />

governo federal já antecipam os ajustes.<br />

Analistas ouvidos pela Imprensa (GERADORAS..., 2012) afirmam ser “necessário<br />

um dramático ajuste no excesso de pessoal e de outras distorções herdadas de administrações<br />

anteriores, muitas marcadas por influência política”. Já a empresa Furnas,<br />

subsidiária da Eletrobrás, já anunciou um plano de demissões voluntárias que deverá<br />

reduzir seu quadro em 28% até julho de 2013 e a CELESC, empresa de propriedade<br />

do governo estadual de Santa Catarina, fez o mesmo com meta de redução do quadro<br />

de empregados de 20,2% (CONCESSÃO..., 2012a).<br />

Outro efeito de importância diz respeito à legalidade das medidas. Algumas empresas<br />

e analistas jurídicos questionam se o conjunto de medidas anunciadas atende<br />

a todos os requisitos de legalidade. Os principais pontos indicam que, por se tratar<br />

de legislação que regulamenta um dispositivo constitucional, precisaria ser feito por<br />

meio de emenda constitucional (o que exige maioria de 2/3 no Congresso Brasileiro).<br />

Outro questionamento indica que não existiria a urgência que é exigida para uma<br />

medida provisória, uma vez que sempre se soube que o vencimento das concessões,<br />

em sua maioria, aconteceria em 2015. No entanto, este posicionamento não é unânime,<br />

uma vez que outros analistas identificam que a MP atendeu a todos os requisitos<br />

constitucionais, conforme palestra realizada na Associação Brasileira de Concessionárias<br />

de Energia (LUSTOSA, 2012).<br />

No plano da governança, outras críticas foram dirigidas ao governo pela não realização<br />

de audiências públicas prévias sobre o tema e também pelo fato do anúncio<br />

ter coincidido com os mercados de ações em funcionamento, sem que houvesse<br />

tempo hábil para compreensão das medidas afetando os investimentos.<br />

Sobre reformas e concessões no setor elétrico brasileiro: uma análise crítica, Fernando A. de Almeida Prado Jr. e Ana Lúcia R. da Silva, p. 85-<strong>11</strong>5 107<br />

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