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VOLUME 11 Número 2 - Faap

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Novamente, com a obrigatoriedade de licitações e considerando-se a elevada<br />

concentração de ativos <strong>11</strong> com concessões vincendas entre 2015 e 2017, uma clara<br />

definição de como o governo enfrentaria a questão marcou fortemente a agenda<br />

de discussões do setor, nos últimos quatro anos. Exatamente esta questão foi o<br />

pivô da quarta onda de reformas, anunciadas, ultimo dia <strong>11</strong> de setembro de 2012.<br />

4 Quarta Onda – Reformas da Presidente Dilma Rousseff<br />

Dilma Rousseff foi eleita presidente da República depois de dois governos sucessivos<br />

de Lula. Com características mais executivas que seu antecessor, que politicamente<br />

adiara algumas decisões importantes em seu último ano de governo,<br />

a nova presidente viu-se, durante seu primeiro ano de governo, com sucessivas<br />

crises políticas envolvendo denúncias de corrupção em vários ministérios, que resultaram<br />

em demissões de sete ministros.<br />

Entre as providências adiadas por Lula estavam as renovações de concessões.<br />

A matéria se refletia de importância ainda maior, porque em 2012 se encerravam<br />

contratos de fornecimento de energia estabelecidos entre empresas de geração<br />

e distribuidoras, decorrentes do primeiro leilão de energia do modelo Dilma que,<br />

excepcionalmente, (conforme previsto na lei) permitiu que fossem ofertadas energias<br />

provenientes de usinas já em operação e que não dispunham de contratos. É<br />

conveniente recordar que, em 2004, o mercado ainda estava bastante deplecionado,<br />

em virtude da retração provocada pelo racionamento e que a maior parte<br />

das empresas geradoras de então pertencia ao próprio governo. A energia hídrica<br />

produzida por essas unidades era remunerada ao preço do spot, chegando a ser<br />

avaliada em menos do que R$ 10/MWh em muitos meses, razão pela qual o governo<br />

incentivou e promoveu sua comercialização a preços baixos, mas substancialmente<br />

superiores ao mercado de curto prazo.<br />

Assim, estes leilões realizados em final de 2004 e outro realizado em 2005 comercializaram<br />

17.000 MWmed de energia assegurada, com preços muito baixos<br />

que refletiam a conjuntura de mercado de então. Popularmente estes leilões foram<br />

apelidados de leilões de energia velha. Com o vencimento desse importante<br />

bloco de contratos, as concessionárias de Distribuição deveriam repor os volumes<br />

contratados. Destaca-se que não existia previsão legal para a renovação desses<br />

contratos, o que viria a ocorrer apenas por interesse comercial.<br />

Assim, novamente se combinavam dois efeitos, o vencimento de grande volume<br />

de contratos baratos (2012-2013) e, ao mesmo tempo, o vencimento de concessões,<br />

de usinas, muitas das quais com os chamados contratos de energia velha.<br />

<strong>11</strong>. As concessões no Brasil não são feitas por empresa, mas por ativo. Assim, uma empresa pode ter várias usinas hidroelétricas<br />

com datas diferentes de vencimento de suas concessões.<br />

100<br />

Estratégica, vol.<strong>11</strong>(02), dezembro.20<strong>11</strong>

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