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Guia de Estudos / Study Guide / Guia de Estudios
Olimpíadas de Atenas em 2004 também foi excessivo,
além do alto índice de corrupção no governo grego.
Mesmo com as regras da utilização do euro, nas quais o
déficit fiscal (a diferença entre o valor que o governo arrecada
e suas despesas) previsto não poderia ultrapassar
3% do PIB do país, as contas não paravam de aumentar.
A Grécia não possui uma economia forte e bem diversificada,
contando com o turismo como uma de suas
principais fontes.
Com a chegada de anos mais turbulentos, a situação
não melhorou. A quantia da dívida deixava os investidores
cada vez mais preocupados, assim, novos
empréstimos ao país começaram a ser dificultados e
eram exigidos juros bem mais elevados.
Ajudas internacionais agora são consideradas os únicos
meios de salvar a Grécia. Em maio de 2010, os ministros
das finanças da zona do euro e o Fundo Monetário
Internacional (FMI) aprovaram um plano de
ajuda ao país. O valor do pacote seria de 110 bilhões
de euros, divididos entre as duas organizações, de
modo que os países da zona do euro cederiam 80 bilhões
de euros (30 bilhões já pagos em 2010) e o FMI
concederia o restante. 7
A ideia era arranjar tempo para a Grécia poder estabilizar
sua economia, o que não ocorreu realmente. A
nação, porém, viu sua nota de risco cair várias vezes
em diferentes agências de classificação de risco.
Vários cortes de gastos tiveram de ser aprovados pelo
governo para tentar estabilizar o orçamento e obter
empréstimos da UE (que condicionara sua ajuda ao
cumprimento de ajustes). Tais ações, em sua maior
parte, atingem o setor público, com cortes salariais,
aumento de impostos, privatizações e mudança no
sistema de pensões, medidas não muito populares
para a população local, o que tem provocado greves,
passeatas e tumultos em diversas partes do território.
IRLANDA
A Irlanda era conhecida, anteriormente à crise, como
o “tigre celta”, pois vinha crescendo em um ritmo assustadoramente
rápido. Essa expansão era dada basi-
camente pelo forte mercado imobiliário que ali estava
nascendo.
Contudo, com a chegada da crise em 2008, o mercado
imobiliário desaqueceu fortemente. A queda no
preço dos imóveis chegou a um patamar de 60%. O
sistema financeiro local estava amplamente conectado
com esse segmento, por meio de créditos para as
construtoras.
O governo irlandês teve de investir 45 bilhões de euros
para tentar salvar as empresas dos dois setores, deixando
assim um déficit público de 32% do PIB. O desemprego
também vem atingindo números alarmantes. 8
Um dos principais temores para o colapso da economia
irlandesa é que suas empresas são uma das principais
compradoras das empresas britânicas, comprando
mais mercadorias que Brasil, Rússia, Índia e
China juntos.
Em dezembro de 2010, os ministros das Finanças da
União Europeia aprovaram um pacote de ajuda ao
governo de Dublin. Tal acordo consiste em um valor
de 85 bilhões de euros para salvar sua economia.
Logo após sua aprovação, planos de corte de gastos
foram aceitos, entre os quais, o país deverá reformar
o sistema bancário e o déficit do governo deverá ser
reduzido a 3% do PIB até 2015.
PORTUGAL
Ao contrário dos outros governos citados anteriormente,
a causa da crise portuguesa pode ser identificada
como falta de competitividade. Com o gradual
aumento dos salários e redução das tarifas de exportação
de baixo valor da Ásia, adicionados ao grande
número de investimentos (especialmente no setor de
transportes) houve uma tentativa de melhorar o valor
de seus produtos. Assim, uma grande dívida pública
foi arrecadada pelo governo.
O aumento da desconfiança sobre a possibilidade de
pagamento ou não e sua maior dificuldade em administrar
as dívidas fizeram com que os investidores dificultassem
e aumentassem as taxas de juros.
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