GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE / GUIA DE ESTUDIOS - Faap
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am se manter apresentaram problemas de insolvência<br />
na sua maioria. O CitiGroup, por exemplo, obteve um<br />
prejuízo de cerca de 8,29 bilhões de dólares. 4<br />
Ao se deparar com os ocorridos, o governo teve que<br />
injetar cerca de 850 bilhões de dólares para assistir<br />
bancos, seguradoras e fundos de investimento. JP<br />
Morgan, Bank of America, Goldman Sachs, entre outros,<br />
foram amparados por capital público A fusão e a<br />
compra de pequenas instituições por outras maiores<br />
também foi comum.<br />
O excessivo gasto do governo para socorrer a economia<br />
aumentou a dívida pública e continua gerando<br />
desgastes nas questões políticas, econômicas e sociais<br />
no país. No segundo semestre de 2008, o emprego<br />
nos EUA teve o maior índice registrado desde<br />
o final da Segunda Guerra Mundial. A deterioração<br />
da qualidade de vida da população e o aumento da<br />
desigualdade social entre pobres e ricos são apenas<br />
alguns dos infinitos problemas resultantes da crise.<br />
Esse feito levou os EUA a aumentarem muitíssimo sua<br />
divida pública, pois, alem dos problemas já existentes,<br />
Obama precisou ajudar os bancos com o tesouro norte-americano,<br />
pois sabia que a falência dos mesmos<br />
levaria a prejuízos econômicos e sociais ainda maiores.<br />
Alastramento da Crise<br />
Como os sistemas financeiros mundiais já estavam<br />
interligados, a piora da economia americana e a demora<br />
de um pacote de ajuda usado por esse país afetaram<br />
outras regiões do globo onde logo começaram<br />
a aparecer os problemas.<br />
Uma das primeiras instituições a sofrer foi o banco suíço<br />
UBS, que somente até setembro de 2008 já tinha<br />
um prejuízo em suas contas de mais de US$ 328,45<br />
milhões. Com a avaria em seu orçamento, o corte de<br />
funcionários revelou outro número alarmante, até o<br />
mesmo período, 2.387 postos de emprego já haviam<br />
sido cortados na mesma instituição. 5<br />
As contas, porém, não pararam de aumentar. A crise<br />
se espalhou para outros bancos e contaminou outros<br />
países. O banco britânico Bradford & Bingley (B&B)<br />
54<br />
VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2012<br />
teve estimada sua carteira de hipotecas em um valor<br />
de US$ 100 bilhões. Na Alemanha, no Hypo Real<br />
Estate, grande tomador de empréstimos do mercado<br />
financeiro, o valor era de US$ 51 bilhões. 6<br />
As reações dos governos eram imprescindíveis, os<br />
governos de Holanda, Bélgica e Luxemburgo foram<br />
obrigados a injetar mais de US$ 18 bilhões em apenas<br />
uma instituição financeira dos países.<br />
A economia da Islândia, cuja maior parte se concentrava<br />
no mercado financeiro, viu-se em colapso, e<br />
quase a totalidade de seus habitantes se viu em situação<br />
de falência.<br />
As economias começavam a estagnar. A vinda da recessão<br />
era inevitável.<br />
“O governo alemão espera que esse pacote de salvamento<br />
seja aprovado ainda esta semana” (Angela<br />
Merkel), essa era uma frase que começava a ser ouvida<br />
com frequência vinda dos líderes de vários países.<br />
A Atual Crise Europeia<br />
Tentando diminuir os impactos da crise, os governos<br />
investiram nos setores críticos de suas economias<br />
pacotes bilionários. Porém, com sua estagnação, os<br />
investimentos, que antes serviram para minimizar a<br />
turbulência do setor financeiro e diminuir o número<br />
crescente de perdas de emprego, tornaram-se um<br />
novo vilão.<br />
Esses valores bilionários eram, muitas vezes, mais altos<br />
do que os governos poderiam arcar futuramente,<br />
mas a incerteza de não investi-los era pior.<br />
GRÉCIA<br />
O caso mais difícil, até o momento, é sem dúvida o do<br />
país helênico.<br />
Nos anos anteriores à crise, foi necessário e até interessante<br />
à nação investir um alto valor na defasada infraestrutura<br />
e programas básicos gerais do país. O custo das