GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE / GUIA DE ESTUDIOS - Faap

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27.08.2013 Views

mo em uma nova estrutura, que envolve tanto abrigos para os cidadãos afetados, sistemas de alerta antecipados e obras para controle de enchentes. Certas atividades duram um pouco mais de três anos. Dos 59 projetos concluídos pelo Empréstimo de Recuperação de Emergência, apenas dez deles tiveram um acompanhamento após o encerramento de três anos do projeto. Com respeito à rapidez da resposta do Banco Mundial, os projetos para auxílio nos desastres naturais são preparados e implementados em condições difíceis de trabalho. Devido a essas dificuldades, as respostas são mais lentas. Ao se analisarem 528 projetos do Banco, mesmo aqueles que estão ligados aos empréstimos de recuperação de emergência, a maioria não obteve uma resposta rápida. 59 A quantidade média de tempo decorrido entre um evento de emergência e a concessão de um empréstimo ou crédito ao Conselho de Administração do Banco de Administração Executivo foi de 6,7 meses. A diferença de rapidez entre ERLs (Empréstimos de Recuperação de Emergência) e projetos de desastres que recorreram a outros instrumentos era muito pequena. Os projetos que não pertenciam ao empréstimo de recuperação de emergência de desastres obtiveram uma média de sete meses antes de receberem a aprovação da Diretoria. Para os ERLs, o tempo de preparação durou em média 6,6 meses, com uma diferença mínima de 11 dias dos projetos que utilizaram outros meios. 60 Os projetos do Banco possuem um prazo de sete meses para que se comprove sua eficácia, porém, apenas 27% dos projetos conseguiram atingir a eficácia dentro do prazo de avaliação da diretoria, que é de quatro meses. Os projetos em andamento têm levado mais tempo para atingirem a eficácia apenas em alguns casos, como o do tsunami no Oceano Índico, Mármara e Hebei, os terremotos e furacões Mitch, atingiram sua eficácia rapidamente. Mas, no geral, os projetos mais recentes são, em média, mais lentos do que aqueles de alguns anos atrás. 61 Os projetos de desastres, em geral, levam mais tempo para serem concluídos do que os empréstimos de investimento regular. Da aprovação do Conselho para a data final de encerramento do projeto, o tempo de 24 VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2012 execução média do projeto de desastre foi de 6,6 anos, com média de 7 anos. Em contraste, a carteira total do Banco demorou menos tempo, com todos os projetos, tendo um tempo de execução média de 6,1 anos. Mesmo para projetos de Empréstimo de Recuperação de Emergência (ERL), que são projetados para atender a necessidades mais urgentes de um país após um desastre, o tempo de execução média foi de 3,9 anos. 62 O tempo necessário para concluir um projeto de desastre tem variado significativamente de acordo com a diversidade do tipo de desastre e as atividades exercidas para a sua recuperação. O tempo de implementação dessas atividades variou de quase 2,5 anos para 7,5 anos. Apesar das várias permutações, cada área de atividade correspondeu aos tempos médios de conclusão do projeto, que mostrou variação significativa entre os tipos de atividade ao longo de um intervalo de cinco anos. 63 Usando uma visão de longo prazo para selecionar as ações de curto e médio prazo ao nível do projeto, tem havido um certo grau de sucesso na redução de vulnerabilidades, através da construção de moradias seguras para as vítimas, apoiando a manutenção adequada das bacias hidrográficas, a alocação de pessoas de zonas perigosas, monitoramento e sistemas de financiamento, mas já a situação geral socioeconômica de um país pode agravar sua vulnerabilidade. Esse tipo de vulnerabilidade não será reduzido através de um único projeto de Empréstimo de Recuperação de Emergência. 64 Por experiência do Banco, podemos concluir que uma resposta rápida ao desastre natural é importante, ao mesmo tempo, é igualmente importante identificar as vulnerabilidades locais e determinar como reduzi- -las, com o objetivo de obter soluções duradouras. Os desastres poderão sempre causar algum tipo de dano, mas o desenvolvimento sustentável poderá limitar a dimensão da gravidade desse desastre. De acordo com um estudo do Banco Mundial (Facts & Figures on Natural Disasters), de 2005, os custos dos danos dos desastres naturais estão crescendo, sendo hoje 15 vezes maiores do que eram em 1950. O número de desastres cresceu de menos de 100 em 1975 para mais de 400 em 2005. Aproximadamente 2,6 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais nos últimos anos, comparado a 1,6 bilhões nas últimas décadas. 65

Guia de Estudos / Study Guide / Guia de Estudios De acordo com o mesmo estudo, o gasto do Banco Mundial com desastres naturais tem crescido. Citando alguns desastres recentes, por exemplo, o terremoto no Paquistão/Norte da Índia/Afeganistão, de outubro de 2005, teve 7,6 em magnitude e matou 87.000 pessoas. O financiamento do Banco Mundial nessa situação foi de 470 milhões de dólares para a reconstrução de casas, financiamento de importação e em construção. O furacão Katrina, que aconteceu em Louisiana em agosto de 2005, matou 1.422 pessoas, causando US$ 75 bilhões em danos. Esse foi o furacão mais custoso economicamente na história dos Estados Unidos. O tsunami asiático em dezembro de 2004. de magnitude 9,0, causou 224.000 mortes e deixou 1,8 milhões de pessoas desabrigadas. Esse acontecimento proporcionou aos países perdas econômicas que totalizaram US$ 7 bilhões. O Banco Mundial participou da reconstrução desses países, financiando para a Índia US$ 528,5 milhões, para a Indonésia, US$ 395 milhões, e para o Sri Lanka, US$ 150 milhões. 66 Segundo o portfólio do Banco, 528 projetos foram realizados de 1985 a 2005. Para o IEG – Independent Evaluation Group (o qual avalia as atividades do Banco Mundial), se tivermos que citar as respostas mais úteis para os desastres naturais recentes, devemos destacar os seguintes pontos: 67 1. desenvolver planos de emergência. Ter certeza de que avisos prévios possam chegar às pessoas mais vulneráveis. Essas pessoas devem saber o que fazer, aonde ir e como proteger-se; 2. abastecer as comunidades carentes de materiais de emergência como água purificada em tablets, macas, serras elétricas, lanternas, lonas de plástico e material de primeiros socorros; 3. dedicar as áreas desocupadas para usos específicos quando são removidas as pessoas das áreas de inundação; 4. construir casas e infraestrutura para resistir a futuros desastres. Por exemplo, fornecer telhados com alças para proteção contra furacões,e reforços de aço nos cantos dos telhados para torná-los resistentes a terremotos; 5. construir hospitais resistentes a desastres, incluindo estradas, água e acesso à eletricidade; 6. preservar as redes sociais quando forem feitas as realocações em áreas longínquas e perigosas; 7. proporcionar oportunidades dignas e sempre que possível ajudar as pessoas a cuidarem das próprias construções; 8. proporcionar às vítimas dos desastres algum dinheiro para que possam comprar o próprio abastecimento, abrigo etc., ao invés de proporcionar itens que podem não ser apropriados; 9. assegurar que as estruturas sejam mantidas adequadamente; 10. considerar as diferenças de gênero ao conceber a resposta, pois os desastres afetam homens e mulheres de formas diferentes. PANORAMA Países com maiores riscos econômicos a desastres naturais Apesar de os Estados Unidos e o Japão terem o maior risco e exposição a desastres naturais, são as economias emergentes, como China, Índia, Filipinas e Indonésia que possuem o maior risco para os investidores devido à falta de capacidade em combater os impactos dos desastres naturais. De acordo com um estudo da Organização Maplecroft e seu Atlas sobre Riscos de Desastres Naturais, publicado em 2011 (Natural Hazard Risk Atlas), os países citados não estão apenas com alto, mas sim extremo risco de exposição econômica a desastres naturais como terremotos, tsunamis, ciclones tropicais, enchentes e secas. 68 Dos 196 países, os Estados Unidos (1), Japão (2), China (3) e Taiwan (4) foram as únicas nações categorizadas com risco extremo para exposição econômica absoluta a desastres naturais. Apesar disso, as maiores economias emergentes, como México (5), Índia (6), Filipinas (7), Turquia (8) e Indonésia (9) são classificadas como alto risco e associadas no TOP 10. Itália (10) e Canadá (11) são os países restantes qualificados como de alto risco. 25

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De acordo com o mesmo estudo, o gasto do Banco<br />

Mundial com desastres naturais tem crescido. Citando<br />

alguns desastres recentes, por exemplo, o terremoto no<br />

Paquistão/Norte da Índia/Afeganistão, de outubro de<br />

2005, teve 7,6 em magnitude e matou 87.000 pessoas.<br />

O financiamento do Banco Mundial nessa situação foi de<br />

470 milhões de dólares para a reconstrução de casas, financiamento<br />

de importação e em construção. O furacão<br />

Katrina, que aconteceu em Louisiana em agosto de 2005,<br />

matou 1.422 pessoas, causando US$ 75 bilhões em danos.<br />

Esse foi o furacão mais custoso economicamente na<br />

história dos Estados Unidos. O tsunami asiático em dezembro<br />

de 2004. de magnitude 9,0, causou 224.000 mortes<br />

e deixou 1,8 milhões de pessoas desabrigadas. Esse<br />

acontecimento proporcionou aos países perdas econômicas<br />

que totalizaram US$ 7 bilhões. O Banco Mundial<br />

participou da reconstrução desses países, financiando<br />

para a Índia US$ 528,5 milhões, para a Indonésia, US$ 395<br />

milhões, e para o Sri Lanka, US$ 150 milhões. 66<br />

Segundo o portfólio do Banco, 528 projetos foram<br />

realizados de 1985 a 2005. Para o IEG – Independent<br />

Evaluation Group (o qual avalia as atividades do Banco<br />

Mundial), se tivermos que citar as respostas mais úteis<br />

para os desastres naturais recentes, devemos destacar<br />

os seguintes pontos: 67<br />

1. desenvolver planos de emergência. Ter certeza<br />

de que avisos prévios possam chegar às pessoas<br />

mais vulneráveis. Essas pessoas devem saber o que<br />

fazer, aonde ir e como proteger-se;<br />

2. abastecer as comunidades carentes de materiais<br />

de emergência como água purificada em tablets,<br />

macas, serras elétricas, lanternas, lonas de plástico<br />

e material de primeiros socorros;<br />

3. dedicar as áreas desocupadas para usos específicos<br />

quando são removidas as pessoas das áreas<br />

de inundação;<br />

4. construir casas e infraestrutura para resistir a<br />

futuros desastres. Por exemplo, fornecer telhados<br />

com alças para proteção contra furacões,e reforços<br />

de aço nos cantos dos telhados para torná-los resistentes<br />

a terremotos;<br />

5. construir hospitais resistentes a desastres, incluindo<br />

estradas, água e acesso à eletricidade;<br />

6. preservar as redes sociais quando forem feitas as<br />

realocações em áreas longínquas e perigosas;<br />

7. proporcionar oportunidades dignas e sempre<br />

que possível ajudar as pessoas a cuidarem das próprias<br />

construções;<br />

8. proporcionar às vítimas dos desastres algum dinheiro<br />

para que possam comprar o próprio abastecimento,<br />

abrigo etc., ao invés de proporcionar itens<br />

que podem não ser apropriados;<br />

9. assegurar que as estruturas sejam mantidas adequadamente;<br />

10. considerar as diferenças de gênero ao conceber<br />

a resposta, pois os desastres afetam homens e mulheres<br />

de formas diferentes.<br />

PANORAMA<br />

Países com maiores riscos econômicos a desastres<br />

naturais<br />

Apesar de os Estados Unidos e o Japão terem o maior<br />

risco e exposição a desastres naturais, são as economias<br />

emergentes, como China, Índia, Filipinas e Indonésia<br />

que possuem o maior risco para os investidores<br />

devido à falta de capacidade em combater os impactos<br />

dos desastres naturais. De acordo com um estudo<br />

da Organização Maplecroft e seu Atlas sobre Riscos de<br />

Desastres Naturais, publicado em 2011 (Natural Hazard<br />

Risk Atlas), os países citados não estão apenas<br />

com alto, mas sim extremo risco de exposição econômica<br />

a desastres naturais como terremotos, tsunamis,<br />

ciclones tropicais, enchentes e secas. 68<br />

Dos 196 países, os Estados Unidos (1), Japão (2), China<br />

(3) e Taiwan (4) foram as únicas nações categorizadas<br />

com risco extremo para exposição econômica<br />

absoluta a desastres naturais. Apesar disso, as maiores<br />

economias emergentes, como México (5), Índia<br />

(6), Filipinas (7), Turquia (8) e Indonésia (9) são classificadas<br />

como alto risco e associadas no TOP 10. Itália<br />

(10) e Canadá (11) são os países restantes qualificados<br />

como de alto risco.<br />

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