GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE / GUIA DE ESTUDIOS - Faap

O Paquistão também sofreu o impacto dos desastres
naturais com as enchentes de julho e agosto de 2010,
que causaram 20,4 milhões de vítimas. A Tailândia foi
afetada pelas enchentes, tendo 9 milhões de vítimas. O
terremoto no Chile em fevereiro de 2010 afetou 2,7 milhões
de pessoas, as quais representam 15,7% da população
do país. O terremoto teve os principais danos
econômicos em 2010, com um total de 30 bilhões de
dólares em danos. 44
Diferenciando o ano de 2010 dos anos passados, esse
ano mostrou o impacto devastador que os desastres
naturais podem causar a vidas humanas. Depois de um
ano relativo em 2009, o impacto dos desastres naturais
teve uma mudança para pior em 2010, causando mais
de 297.000 fatalidades. Esse foi o caso, por exemplo,
do ciclone Nargis, no sudeste asiático em 2008, ou do
terremoto Tohoku, que aconteceu recentemente, em
2011, no Japão. Nas últimas quatro décadas, as mortes
em 2010 foram superadas apenas pelo ano de 1970,
quando um ciclone tropical matou mais de 300.000
pessoas em Bangladesh, e em 1983/1984, quando a
seca e a fome associadas causaram mais de 450.000
mortes no continente africano. 45
É dentro desse contexto que entra o papel do Banco
Mundial na assistência a desastres naturais. Perdas
humanas e econômicas causadas por desastres naturais
são bastante expressivas. O impacto dos desastres
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VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2012
Fonte: Banco Mundial. IEG. Hazards of Nature. Risk to Development: An EIG Evaluation of the
World Bank Assistance on Natural Disasters. p. 93.
naturais no bem- estar econômico e no sofrimento
humano tem crescido alarmantemente. Nos anos passados,
o terremoto e o tsunami no Oceano Índico mataram
mais de 220.000 pessoas, deixaram 1,5 milhões
de outras sem abrigo, além de enchentes catastróficas,
desabamentos de terra na Guatemala, que mataram
centenas de pessoas e o terremoto na Kashemira, que
matou milhares de outras no Paquistão e na Índia. 46
O Banco Mundial é o maior financiador para a reconstrução
pós-desastres naturais de todo o mundo. O que
isso significa para tomadores de empréstimos que estão
com uma crise severa é que o Banco não financia
soluções para os maiores problemas de reconstrução e
sim para aqueles problemas fragmentados. 47
Quando o Banco responde aos desastres, geralmente
utiliza muitos dos seus mecanismos de financiamento.
Por exemplo, em Honduras, seguido do furacão Mitch
(outubro de 1998), a primeira resposta do Banco foi
um suporte de pagamento através de um crédito de
emergência para reconstrução. Isso foi implementado
para a realocação de sete projetos já existentes e no
redirecionamento de um fundo social para ajudar na
reconstrução. Um outro tipo de empréstimo está sendo
implementado para reduzir a vulnerabilidade através
do fortalecimento das instituições municipais para
administrar os efeitos dos desastres. 48