GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE / GUIA DE ESTUDIOS - Faap

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138 CARTA <strong>DE</strong> APRESENTAÇãO VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2012 Em busca de desenvolver ideias e propostas sobre um tema extremamente relevante para o futuro da humanidade, temos a honra de propor uma simulação de cunho educacional para alunos do ensino médio. Sejam bem-vindos ao VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil, que será desenvolvido a partir das conclusões do Comitê para os temas de economia verde, desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza e governança, Em 2012 realizaremos uma simulação dos debates da Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), com a ilustre presença das delegações dos países parte da conferência a fim de debater as melhores propostas para o futuro ambiental do nosso planeta, destacando a importância do ser humano e da erradicação da pobreza com a preservação do meio ambiente. Valorizando as iniciativas das nações, esperamos debates que culminem em propostas de rumos para a crise ambiental do planeta, com soluções de curto e longo prazo, sempre com base no respeito à soberania das nações. Meu nome é João Luiz Vannuzini Ferrer, sou aluno do 4º semestre de Engenharia Mecânica da FEFAAP. Participei do Fórum FAAP pela primeira vez no ano de 2009, como um dos representantes do Colégio FAAP, e fui como delegado da Itália no Comitê UNFCCC – COP 15. No ano de 2011, atuei no desenvolvimento de ideias e na organização do VII Fórum FAAP como voluntário no Comitê UNFCCC, no qual simulamos a COP 16. Meu nome é Rainer Rodrigues de Assis, sou aluno do 4º semestre de Relações Internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado. Iniciei minha trajetória na VII edição do Fórum FAAP no ano de 2011, como voluntário do Comitê da UNFCCC. Meu nome é Renan Fava Serafim, também sou aluno do 4º semestre de Relações Internacionais da FAAP. Iniciei minha trajetória no Fórum FAAP em 2011 como voluntário de estrutura, atuando externamente no apoio aos Comitês. JOãO LUIz VANNUzINI fERRER RAINER RODRIGUES <strong>DE</strong> ASSIS RENAN fAVA SERAfIM Diretores Acadêmicos
Guia de Estudos / Study Guide / Guia de Estudios Introdução A intensificação dos problemas ambientais deriva das Revoluções Industriais, que foram períodos de intensa mudança tecnológica, com expressiva otimização do processo de produção, iniciado na Inglaterra no século XVIII. Mais tarde, nos Estados Unidos, no século XIX, foi desenvolvido o fordismo, um modelo de produção em massa totalmente automatizado da indústria automobilística. A criação dessa linha de montagem e a consequente redução dos custos da produção induziram à percepção de que todos podiam ter direito de ter o seu veículo. Assim como mostra Charles Chaplin no filme Tempos Modernos. Assim, estabelecem-se as bases da indústria moderna. A partir desse momento, com a indústria em expansão, houve necessidade da intensificação da produção de eletricidade, pecuária, agricultura, desmatamento, uso dos recursos naturais e da consequente produção de lixo. Atualmente, já existem estudos comprovando as alterações causadas pela crescente presença humana no planeta, e a atividade industrial em expansão. Entre os muitos exemplos dessas alterações podemos citar: contaminação das águas e dos solos, mudanças nos regimes de chuvas e ventos, queda de produtividade agrícola, aumento do número de refugiados ambientais em virtude de secas e enchentes, escassez de água potável, aumento do calor nas cidades, elevação do nível dos mares, perda de espécies e devastação dos ecossistemas e o aumento da incidência de doenças infecciosas e transmissíveis por insetos, entre outras. Felizmente, com o passar do tempo, a sociedade começou a criar consciência desses problemas e passou a se organizar. Em 1948 houve a criação do International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN), que foi a primeira organização fundamentada na preservação e conservação da natureza. Após ela, foram criados diversos outros grupos de pesquisa, órgãos não governamentais (ONGs) e órgãos governamentais e institutos de desenvolvimento em prol do meio ambiente e da erradicação da pobreza. Os Estados passaram também a dar mais relevâncias a esses temas e a tomar medidas em conjunto. A ONU proporcionou grandes discussões e avanços em favor do homem e do meio ambiente nas Conferências de Estocolmo, em 1972, do Rio de Janeiro, em 1992, e agora, em 2012, com a Rio+20. Histórico do Problema Foi lançado em 1972 pelo Clube de Roma 1 o livro Os Limites do Crescimento, no mesmo ano da Convenção de Estocolmo. Escrito com o objetivo de demonstrar a limitação dos recursos naturais pelo seu uso demasiado, foi o primeiro grande alerta científico, demonstrando com diagramas e ciência aplicada os impactos e a capacidade do planeta em assimilar a poluição e resíduos do crescimento econômico. A primeira Conferência Internacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento aconteceu vinte e sete anos após a Segunda Guerra Mundial, em 1972, na capital da Suécia, Estocolmo. Os países europeus estavam em um processo de desenvolvimento industrial intenso, pois a Europa passava por um grande esforço de reconstrução no pós-guerra, vivenciandoa uma fase de grande prosperidade econômica. Porém, já com o aparecimento de muitos problemas ambientais, relacionados com resíduos industriais e sobras de lixo químico da guerra que se acumularam nos países mais afetados por ela. O processo de reconstrução, industrialização e a prosperidade econômica da Europa ocasionaram muitos episódios de poluição transfronteiriça – poluição na qual um país agride o outro involuntariamente, ou seja, a poluição cruza a fronteira de um país e afeta o outro. Episódios como chuva ácida vinda da Alemanha, caindo em florestas da Noruega; lagos da Dinamarca mortos por chuvas ácidas da Alemanha; além dos problemas entre a Itália e a Espanha, e diversos outros casos de impactos ambiental. A ONU atuou firmemente no bloqueio da expansão de conflitos entre os países na Europa, que seriam possíveis devido a tensão ambiental crescente. Muitos desses problemas ambientais não eram muito conhecidos e foram compreendidos na medida em que foram acontecendo. Nesse ambiente em que estava principalmente a Europa, a Conferência de Estocolmo estimulou a melhoria da tecnologia e a construção de legislações pertinentes. A Conferência tornou-se um marco, iniciando um processo de criação dos órgãos de meio ambiente em todos os países. Por exemplo, no Brasil, os impactos da realização dessa Conferência foram muito importantes, no ano seguinte, em 1973, foi criada a Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), origem do Ministério do Meio Ambiente e início do processo de estruturação da maior parte dos órgãos ambientais do Brasil. 139
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