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GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE / GUIA DE ESTUDIOS - Faap

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o emprego e a indústria local, particularmente nos segmentos<br />

de menor competitividade. Com a crise financeira<br />

de 2008, a tendência dos países têm sido buscar<br />

proteger-se, aplicando barreiras não tarifárias e outras<br />

medidas protecionistas.<br />

Observamos, no mundo atual, o seguinte panorama:<br />

EUA, Japão e Reino Unido, que antes eram a favor do<br />

protecionismo, hoje se encontram a favor da liberalização.<br />

Já os países da União Europeia, sempre mais liberais<br />

quanto ao comércio internacional, permanecem a favor<br />

da liberalização. O Mercosul sempre foi mais fechado e<br />

vem-se liberalizando paulatinamente. No entanto, a crise<br />

de 2008 reduziu a velocidade do processo, também<br />

ocorrendo a prática de novas medidas protecionistas.<br />

A China, que promove a liberalização desde 2001, com<br />

sua entrada na OMC, já sinalizou que será mais protecionista<br />

em face da crise, com o intuito de proteger seus<br />

mercados. A África do Sul tem adotado uma postura similar<br />

à do Brasil e China, procurando manter-se próxima<br />

a esses dois para incrementar sua economia.<br />

Dessa forma, observamos que o paradoxo protecionismo<br />

versus liberalismo alternam conforme o nível de<br />

desenvolvimento e a situação econômica dos países.<br />

Ponderações<br />

Um dos acordos principais da OMC, o Acordo sobre<br />

Compras Governamentais, visa à não discriminação e<br />

transparência dos países, tendo em vista a diminuição<br />

do campo de barreiras formais. Essa diminuição também<br />

é possível graças à facilitação do comércio internacional,<br />

fazendo com que tudo seja mais dinâmico, simples<br />

e eficaz no combate às barreiras e desigualdades.<br />

Cabe discutir a doação de fluxos adicionais de auxílio<br />

ao comércio bilateral, regional e multilateral para o<br />

aumento da capacidade relativa de comercialização<br />

entre países-membros, além do apoio ao desenvolvimento<br />

dos meios de monitoramento e avaliação de<br />

iniciativas, e encorajar a integração do comércio com<br />

o desenvolvimento interno através de parcerias entre<br />

os países. Tais negociações almejam o aumento na<br />

assistência técnica e capacitação, especialmente para<br />

países em desenvolvimento, o que consequentemente<br />

melhorará a cooperação entre membros.<br />

132<br />

VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2012<br />

Na questão do protecionismo, podemos tratar com<br />

políticas aplicadas resumidamente ao dumping, salvaguardas<br />

e subsídios. A prática de dumping é considerada<br />

um passo para trás no desenvolvimento<br />

das relações de comércio. Para que um país exerça o<br />

que lhe é permitido em termos de reclamações, este<br />

deve calcular a extensão do dumping e mostrar os<br />

danos causados. Nesse sentido, há efetivamente três<br />

métodos para calculá-los, a fim de se estabelecer a<br />

forma de nivelação. São elas a Média Ponderada (M-<br />

M), na qual se calcula a margem de dumping através<br />

da comparação da média ponderada do preço de exportação<br />

com a média ponderada do valor normal.<br />

O segundo método utilizado é o método de Comparação<br />

Transação (T-T). Esse método é utilizado em<br />

circunstâncias específicas por não gerar os mesmos<br />

resultados que o primeiro método, já que ele é utilizado<br />

com a proximidade de tempo entre as vendas<br />

no mercado interno e as vendas decorrentes de exportação.<br />

Esse método é feito calculando uma margem<br />

específica para cada transação, para então ser<br />

calculada a margem de dumping. O último método<br />

de comparação é o Método de Comparação Média<br />

Ponderada – Transação (M-T). Essa terceira metodologia<br />

tem um caráter excepcional, pois só poderá ser<br />

utilizada se os requesitos estabelecidos na segunda<br />

parte do Artigo 2.4.2 do Acordo Antidumping forem<br />

atendidos. Esse método consiste em uma comparação<br />

na qual tem-se, de um lado, as transações de exportações<br />

e, do outro, a média ponderada do valor<br />

normal, assim o preço de exportação é subtraído de<br />

cada transação de exportação da média ponderada<br />

do valor normal. O Zeroing é uma prática adotada<br />

pelos EUA contra a qual o Brasil entrou na OMC e obteve<br />

ganho de causa. Essa é uma prática que consiste<br />

em desconsiderar as importações em que foi verificado<br />

“dumping negativo”, no cálculo da margem de<br />

dumping. Sendo assim, ao se utilizarem dessa prática,<br />

as autoridades nacionais computam como zero o resultado<br />

obtido por meio da comparação de transações,<br />

no qual o preço de exportação acabou sendo<br />

superior ao valor normal. Essa prática pode acarretar<br />

duas consequências, a primeira é que a probabilidade<br />

de ser apurado dumping aumenta, aumentando<br />

a probabilidade de imposição de medidas antidumping;<br />

já a segunda consequência seria que essa prática<br />

acaba sendo responsável por majorar a dimensão<br />

da margem de dumping, fazendo com que não seja<br />

possível minorá-la.

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