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GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE / GUIA DE ESTUDIOS - Faap

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caros e menos acessíveis à população. Por último, podem<br />

até fechar o mercado interno. Todas essas ações,<br />

em conjunto ou não, de uma maneira teórica, forçam a<br />

indústria doméstica a buscar aprimorar seus produtos<br />

a um preço mais baixo para atender à demanda interna.<br />

Na prática, porém, é mais complicado ter os resultados<br />

esperados, pois, com o fechamento de mercado, a<br />

indústria local pode acomodar-se, já que não enfrenta<br />

competição, elevando assim os seus preços para aumentar<br />

a margem de lucro e oferecendo produtos de<br />

baixo valor agregado.<br />

A maioria dos países é a favor a liberalização do comércio<br />

mundial, quebrando as barreiras alfandegárias para<br />

alcançar um desenvolvimento econômico mais intenso.<br />

Essa tendência, no entanto, não pode ser levada ao pé da<br />

letra, já que o país que se abrir economicamente poderá,<br />

eventualmente, desestimular a indústria local. Para haver<br />

crescimento é necessária uma forte industrialização.<br />

Histórico do Comitê<br />

Antes de descrevermos como surgiu a OMC, é necessário<br />

recordar que houve outros acordos de menor influência<br />

anteriormente, que não regulamentavam de<br />

maneira tão precisa e abrangente o comércio mundial,<br />

porém tiveram grande importância para estabelecer a<br />

OMC que conhecemos atualmente.<br />

O principal órgão anterior à OMC teria sido a Organização<br />

Internacional do Comércio (OIC), se tivesse, de<br />

fato, sido implementada.<br />

As negociações iniciadas em Bretton Woods, que culminaram<br />

na criação das organizações financeiras internacionais<br />

– o Banco Internacional para Reconstrução e<br />

Desenvolvimento (Banco Mundial) e o Fundo Monetário<br />

Internacional (FMI) –, também previam a necessidade de<br />

um órgão regulamentador do comércio internacional.<br />

A Carta de Havana previa a criação da OIC, porém o projeto<br />

não foi levado adiante, já que os Estados Unidos, a<br />

maior potência da época, que também detinham um PIB<br />

maior do que o de todas as potências somadas, não aderiram<br />

à Carta por alegarem que isso interferiria em sua<br />

soberania. Sem o apoio da maior potência econômica da<br />

época, a OIC se tornou inviável. Porém, o acordo nego-<br />

124<br />

VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2012<br />

ciado apresentava muitos fatores positivos. Conhecido<br />

como Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT, do inglês<br />

General Agreement on Tariffs and Trade), ele resultou de<br />

um acerto temporário sugerido pelos EUA. Nesse acordo,<br />

uma vez que os EUA se engajaram ativamente, os outros<br />

países passaram a interagir de maneira mais dinâmica. Tal<br />

interação incrementou a competitividade entre os países<br />

desenvolvidos. Eventualmente, a entrada dos países em<br />

desenvolvimento ampliou o escopo do Acordo.<br />

Após sete anos de intensas reuniões e negociações –<br />

que basearam suas ações e discussões na melhoria do<br />

comércio mundial visando ao desenvolvimento e ao<br />

aprimoramento das técnicas multilaterais –, foi na Rodada<br />

do Uruguai que os países integrantes conseguiram<br />

reformular o GATT 1 e criar um novo organismo internacional,<br />

a OMC. Essa organização serviria de palco para<br />

que todos os integrantes pudessem expor seus problemas<br />

e, através de um procedimento de normas e condutas,<br />

chegar a um bom termo quanto às controvérsias<br />

surgidas, além de regulamentar todo o comércio mundial,<br />

administrando os acordos comerciais multilaterais,<br />

organizando regras e fiscalizando os tratados, para alcançar<br />

uma transparência comercial mundial. 2<br />

A estrutura da OMC apresenta um órgão máximo – a<br />

Conferência Ministerial – que se reúne bianualmente<br />

para discussões. Nelas, todos os representantes se reúnem<br />

e debatem, a fim de firmar acordos que ratifiquem<br />

as negociações comerciais e acordos multilaterais.<br />

Dessa forma, os principais órgãos da OMC são: 3<br />

• Conselho Geral: órgão permanente que revê as políticas<br />

comerciais e propicia a solução de controvérsias.<br />

Sua principal diferença quanto à Conferência Ministerial<br />

é que este Conselho pode reunir-se a qualquer<br />

momento;<br />

• Conselho de Comércio e Bens e Conselho de Comércio<br />

e Serviços: responsáveis pela administração<br />

de implementação e funcionamento dos acordos estabelecidos<br />

pelo Conselho Geral, de modo a garantir<br />

seu cumprimento e funcionalidade;<br />

• Comitês subordinados a ambos os Conselhos:<br />

através de peritos, debatem de maneira específica<br />

cada um dos temas controversos em pauta, otimizando<br />

as negociações;

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