GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE / GUIA DE ESTUDIOS - Faap
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LÍBANO<br />
Após ter apoiado a Grã-Bretanha e a França na resolução<br />
acerca da zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o Líbano<br />
enfatizou que medidas urgentes deveriam ser tomadas<br />
para pôr fim à violência e proteger os civis em meio ao<br />
caos. As decisões da Liga Árabe sobre tal medida tiveram<br />
como ator principal o Líbano, único país árabe a participar<br />
do Conselho de Segurança e, portanto, ser o porta-<br />
-voz da vontade regional quanto ao problema líbio. 79<br />
No decorrer das manifestações e confrontos entre os<br />
rebeldes e as forças pró-Gaddafi, o país sempre se mostrou<br />
contra a atuação do governo líbio, em decorrência<br />
do forte ressentimento pelos mais de 30 anos de instabilidade<br />
entre eles. Os problemas de relacionamento<br />
com Gaddafi já causaram episódios como o boicote do<br />
presidente libanês à cúpula na Líbia sobre a questão<br />
Sadr, o fechamento da embaixada líbia em Beirute, a<br />
possível expulsão de um grande contingente de líbios<br />
que habitavam o Libano, entre outros. 80<br />
LÍBIA<br />
O CNT anunciou a morte de Gaddafi com muita satisfação.<br />
O vice-presidente do Conselho Nacional de Transição<br />
disse que o ditador foi morto pelas mãos da revolução,<br />
um momento histórico para a Líbia que marcou<br />
o fim da tirania e da ditadura. 81 Agora, os novos líderes<br />
da Líbia têm o grande desafio de formar instituições e<br />
reestruturar as que foram enfraquecidas durante a gestão<br />
do ditador. Também é preciso solidificar o controle<br />
sobre a nação dividida após a guerra civil. 82<br />
MARROCOS<br />
Por sempre ter visto o líder líbio como “mentor” da<br />
Frente Polisário, 83 a opositora à permanência marroquina<br />
no Saara Ocidental, o Marrocos declarou muita<br />
satisfação pela eliminação de Gaddafi. Desde o começo<br />
da revolução na Líbia, o país demonstrou apoio às<br />
forças rebeldes e suas aspirações, tanto pelo estabelecimento<br />
de um governo democrático, quanto pela<br />
realização de reformas no país. O país acredita ser<br />
este o início da retomada das relações tensas entre<br />
112<br />
VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2012<br />
os dois países, bem como da Líbia com os países vizinhos<br />
e com o Ocidente. 84<br />
OMã<br />
A notícia da morte do líder líbio foi recebida em Omã<br />
com uma ambiguidade de sentimentos. Por um lado<br />
felicitaram os rebeldes pela vitória sobre aquele que,<br />
por muito tempo, governou o país apenas sob seus exclusivos<br />
interesses, e por outro alertaram o país de que<br />
nesta nova fase seria essencial ter o controle dos dirigentes<br />
para que não caíssem novamente na opressão<br />
como na era Gaddafi. Para o país, a morte do líder serve<br />
de lição para os governantes árabes que permanecem<br />
reprimindo sua população. As interferências externas<br />
no conflito líbio, como a entrada das tropas da OTAN,<br />
são vistas pelos omanis como últimas alternativas para<br />
a resolução dos problemas, acreditando que o governo<br />
deve ter autonomia para buscar soluções internas. 85<br />
PALESTINA<br />
Após a deposição dos líderes egípcios e tunisianos, a<br />
Palestina demonstrou contentamento com a queda<br />
de Gaddafi, tratando de logo reconhecer o Conselho<br />
Nacional de Transição como representante legítimo da<br />
Líbia. Sendo as atitudes de Gaddafi com relação aos<br />
palestinos marcadas pela instabilidade e pelo extremismo,<br />
a opinião do povo palestino se divide, mas os<br />
representantes afirmam que o melhor para o país foi<br />
feito e que o futuro líbio será muito próspero. 86<br />
QATAR<br />
Também como membro do Conselho de Cooperação do<br />
Golfo (CCG), o Qatar acredita que o líder líbio passou dos<br />
limites de sanidade, passando a ferir sua própria população,<br />
que apenas estava reivindicando que seus desejos<br />
fossem ouvidos pelo governo. O país reitera que a Liga<br />
Árabe deve tomar alguma atitude para que a situação<br />
do país seja estabilizada e que sua população consiga,<br />
finalmente, entender-se e conviver de um jeito mais pacífico<br />
do que o que vem ocorrendo nos últimos meses. 87