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GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE / GUIA DE ESTUDIOS - Faap

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Depois de semanas de combates na cidade natal de<br />

Gaddafi, Sirte, os rebeldes da Líbia, finalmente, conseguiram<br />

o que queriam. Após a queda de sua cidade<br />

natal, Gaddafi caiu nas mãos dos rebeldes. Durante o<br />

início da revolução em fevereiro, ele chamou os rebeldes<br />

de “um bando de ratos que só querem agarrar<br />

o poder”. Mas, depois de meses de luta, os lados pareciam<br />

ter mudado. Ele pediu que os rebeldes não o<br />

matassem, mas a raiva dos revoltosos sobre o ditador<br />

prevaleceu. Então, no dia 27 de outubro de 2011, Muammar<br />

Abu Minyar al-Gaddafi foi morto sem piedade.<br />

Seu corpo ensanguentado foi arrastado em torno da<br />

cidade em comemoração à vitória.<br />

A queda desse ditador criou um vácuo de poder na Líbia.<br />

Sem um líder forte para unificá-los, as diferenças tribais<br />

e regionais dificultaram a instalação da democracia no<br />

país, o qual beira uma intensificação dos conflitos devido<br />

à dificuldade da realização de eleições presidenciais.<br />

Observadores ocidentais esperam que os líderes do<br />

Conselho Nacional de Transição (CNT) sejam capazes<br />

de resolver suas diferenças e que se unam logo para<br />

escrever o futuro da Líbia. O país ainda enfrentará muitos<br />

obstáculos, tanto interna quanto externamente,<br />

até que um governo seja oficializado e uma democracia<br />

seja instaurada. Se a situação caminhará a um final,<br />

isso não se sabe, mas que o mundo mantém olhares<br />

atentos a esse desfecho, isso pode-se ter certeza.<br />

Panorama das Políticas Globais<br />

ANISTIA INTERNACIONAL<br />

Em meio ao conflito evidenciado na Líbia, a Anistia<br />

Internacional exigiu justiça para todos os que tiveram<br />

participação ou envolvimento com violações aos direitos<br />

humanos tão evidenciados, não só nos últimos<br />

meses, como ao longo de todo o regime de Gaddafi. A<br />

organização lembrou o episódio em que foram encontradas<br />

valas comuns com centenas de corpos supostamente<br />

de opositores ao líder, os quais teriam sido executados<br />

pelos fiéis ao governo. Além disso, reforçou o<br />

apelo de que a morte do líder não deveria impedir que<br />

os culpados fossem punidos e que as vítimas tivessem<br />

110<br />

VIII Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2012<br />

justiça, afirmando, ainda, que muitas autoridades do<br />

país são suspeitas de terem violado os direitos humanos<br />

de uma maneira absurda, a exemplo do massacre<br />

ocorrido na prisão de Abu Salim, em 1996, devendo estes<br />

responderem pelos crimes cometidos. 68<br />

ARÁBIA SAUDITA<br />

Assim como os demais países do Golfo, a Arábia Saudita<br />

retirou qualquer apoio que havia dado ao líder líbio<br />

afirmando este não ser o regime legítimo do país por<br />

causa do excessivo uso da violência para conter o movimento<br />

nacional. As constantes violações dos direitos<br />

humanos no território da Líbia alertaram os sauditas<br />

sobre os inúmeros crimes cometidos pelas forças do<br />

ditador, fazendo-os solicitar à Liga Árabe que interviesse<br />

para amenizar a situação. A posição da Liga, juntamente<br />

de acordo com o Conselho de Segurança, foi<br />

de impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia em<br />

nome da proteção dos civis. O país visiona auxiliar a<br />

população para que seus interesses sejam enfim ouvidos<br />

e que a paz seja estabelecida na região. 69<br />

ARGÉLIA<br />

Após a morte de Gaddafi, representantes da Argélia<br />

afirmaram dar apoio à população líbia, acreditando<br />

que a queda do líder marca uma nova era para que o<br />

país consiga retomar a conciliação de seu povo, estabelecendo<br />

a paz e a unidade nacional. 70<br />

BAHREIN<br />

As constantes acusações sobre os crimes cometidos<br />

por Gaddafi e a violação dos direitos humanos no país<br />

fizeram com que o Bahrein retirasse o apoio dado ao<br />

líder, acreditando que muitas vítimas inocentes pagaram<br />

pela ganância de um governante que só se importava<br />

com os interesses próprios. O país afirmou que o<br />

regime do líder era ilegítimo, apelando para que a Liga<br />

Árabe tomasse medidas para acalmar a situação no<br />

país, visando proteger a população local. A Liga Árabe<br />

se absteve do debate sobre a crise de Bahrein, em reu-

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