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Revista Estratégica vol.10 - Faap

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1.4 Diferenças entre Gestão por Processos e Gestão de Processos<br />

Para De Sordi (2008), autores que se aventuram a escrever sobre o tema, geralmente<br />

se enganam na utilização das expressões “Gestão por Processos” e “Gestão de Processos”.<br />

Embora expressões semelhantes, possuem significados distintos. A “Gestão por<br />

Processos” é mais abrangente; aborda toda a organização: gestão, estratégia, planejamento<br />

etc. Possui característica muito mais “macro” se apenas comparada com “Gestão<br />

de Processos”. Envolve desenvolvimento de competências, negócios e mercados.<br />

As organizações, por sua vez, são coleções de diferentes tipos de processos, com<br />

suas respectivas funções que, enfim, buscam por determinados objetivos. Portanto, no<br />

presente artigo, será adotada “Gestão por Processos”, pois é o que mais se adéqua ao<br />

objetivo do trabalho.<br />

Segundo Valle e Oliveira (2009), para se compreender a predominância da Gestão<br />

por Processos em relação à gestão funcional, deve-se, antes, entender que as empresas<br />

se relacionam com fatores externos. Cada vez mais as empresas são afetadas por fatores<br />

externos: governo, concorrentes, clientes etc. Além disso, é necessário considerar as<br />

incertezas oriundas do ambiente externo. Elaborar planos de contingência para mitigar<br />

riscos, utilizando como base o conhecimento adquirido na relação com o ambiente externo,<br />

concede à organização condições favoráveis à promoção de ajustes permanentes.<br />

Paim et al. (2009), revelam que o histórico sobre processos é longo, mas com maior<br />

quantidade de publicações entre 1992 e 1998. Desde então o assunto acompanha as<br />

demais iniciativas nas organizações, impondo quebra de paradigmas. O Quadro 1 identifica<br />

a mudança de pensamento nas organizações orientadas por processos. O que<br />

mais chama a atenção é a mudança de atitude em relação ao consumidor, onde a organização<br />

funcional tende a encarar a queixa do cliente como problemática, ou seja, informações<br />

não relevantes para a melhoria da qualidade dos serviços prestados ou bens<br />

produzidos, fazendo com que a empresa mude seu foco de atuação para algo que não<br />

considera importante. Entretanto, as mesmas queixas tendem a serem tratadas como<br />

oportunidades de melhorias para as organizações orientadas por processos. Afinal, é na<br />

queixa do cliente que a empresa revisita e melhora seus processos, com o objetivo de<br />

mantê-lo satisfeito e fiel ao seu produto e/ou serviço.<br />

78<br />

Quadro 1 - Diferenças entre Organização Funcional e por Processos<br />

Atributo Organização funcional Organização por processos<br />

Consumidor Causa distúrbio Contribuem para melhoria<br />

Estruturas Rígidas Flexíveis<br />

Projeto Organizacional Comportamental<br />

Controle do processo<br />

Realizado por gerentes de<br />

coordenação<br />

Realizado por gerentes de<br />

fluxo de trabalho<br />

Fonte: Adaptado de Sentanin (2004, p. 55).<br />

<strong>Estratégica</strong>, <strong>vol.10</strong>(02), dezembro.2010

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