Revista Estratégica vol.10 - Faap
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1.2 Impacto das fases da gestão de recursos humanos em<br />
desenvolvimento organizacional, treinamento e desenvolvimento<br />
Por meio da análise e interpretação destas fases, pode-se extrair a ênfase dada no<br />
desenvolvimento organizacional, treinamento e desenvolvimento, cujo resultado pode<br />
ser observado no Quadro 4.<br />
Assim, ao longo da história pode-se dizer que a educação para o trabalho, ou seja,<br />
aquela que prepara o indivíduo para e ou na vida profissional, compreende:<br />
• aquela que é provida para preparar ou adaptar o sujeito para desempenhar uma<br />
tarefa ou exercer uma função, ou seja, é aplicada tendo em vista um curto espaço<br />
de tempo e abrangência restrita ou específica. Neste caso, aplica-se treinamento;<br />
• aquela que desenvolve a pessoa para melhorar seu desempenho em médio<br />
prazo, considerando necessidades atuais e futuras do cargo atual ou potencial,<br />
tomando decisões de maior complexidade, ou seja, desenvolvendo pessoas;<br />
• aquela que forma o indivíduo em uma profissão em longo prazo, com a abrangência<br />
requerida ao exercício da atividade. Pode ser institucionalizada ou não,<br />
mas será a formação profissional do indivíduo.<br />
Quadro 4 - Abordagem da gestão de pessoas e o impacto na formação<br />
Fases Impacto na formação das pessoas<br />
Enfatiza a existência de dois grupos de trabalhadores:<br />
• Engenheiros e cientistas; e<br />
• Operários.<br />
Revolução industrial As pessoas do primeiro grupo são aquelas que puderam usufruir a educação<br />
formal disponibilizada aos que estavam na classe social de maior poder<br />
aquisitivo. O segundo é treinado pelo capataz ou alguém com conhecimento<br />
na tarefa, para fazer melhor e no menor tempo possível.<br />
Crescimento do<br />
sindicalismo<br />
Administração<br />
científica<br />
Os grupos continuam existindo adicionando-se ao grupo de operários o<br />
acesso a programas de educação, já com uma perspectiva da melhoria do<br />
bem-estar geral e possibilidade de ampliar o desempenho profissional.<br />
Além dos especializados (engenheiros e cientistas), surge um terceiro grupo,<br />
o de gerentes, embora pudessem ter saído de uma das especializações<br />
do primeiro grupo. Considerando que a âncora desta fase foi a padronização<br />
e a produtividade, habilitar o trabalhador para fazer certo da primeira<br />
vez, o mais rápido possível e na maior quantidade, foi imperativo.<br />
Paternalismo Embora tenha alterado a relação entre empregado e empregador, pode-se<br />
Departamento de<br />
pessoal<br />
inferir que não interfere na forma de preparo do trabalhador, mas impacta<br />
em desenvolvimento organizacional, uma vez que há preocupação com a<br />
saúde do trabalhador.<br />
Psicologia industrial A humanização das práticas de gestão pela inclusão do psicólogo no ambien-<br />
Escola de relações<br />
humanas<br />
Escola<br />
comportamentalista<br />
te organizacional, permite inferir que a introdução de teorias de aprendizagem,<br />
além de serem utilizadas para agilizar a sedimentação da informação<br />
pelo operário, também abre espaço para desenvolvimento de características<br />
de liderança que poderiam auxiliar na ampliação da produtividade.<br />
A integração dos objetivos individuais e organizacionais e a busca contínua<br />
da qualidade de vida no trabalho ampliam as oportunidades para além do<br />
treinamento, auxiliando o indivíduo para seu autodesenvolvimento.<br />
Universidade corporativa: uma metáfora contemporânea, Cristina Vallukenas e Elisabete Adami Pereira dos Santos, p. 51-73<br />
Continua...<br />
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