Revista Estratégica vol.10 - Faap
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1.1.9 A Administração <strong>Estratégica</strong> de Recursos Humanos<br />
Segundo Nóbrega (2003), até os anos 1980 a disciplina recursos humanos evoluiu<br />
de forma reativa, e este avanço ocorreu como resposta a transformações ambientais<br />
ou movimentos sociais, incorporando técnicas e teorias desenvolvidas em outros campos<br />
do conhecimento como a engenharia. A partir dos anos 1980, o foco evoluiu para<br />
o alinhamento dos objetivos individuais e organizacionais de forma sistêmica. A função<br />
passou a ser compartilhada pelos gerentes de linha sendo orientados pelos profissionais<br />
de Recursos Humanos (RH) sobre as técnicas, sistemas e práticas de gestão<br />
de pessoas. A discussão sobre o papel das pessoas como vantagem competitiva das<br />
organizações, a autodeterminação e o autogerenciamento, passou a ser fundamental<br />
em recursos humanos. Uma síntese poderá ser observada no Quadro 1.<br />
58<br />
Quadro 1 - Administração de Recursos Humanos – Período entre 1945 e 1990<br />
Condições socioeconômicas Configuração organizacional Recursos Humanos<br />
• Crescimento econômico<br />
• Estado de bem-estar social<br />
• Internacionalização da<br />
economia<br />
• Consumo em massa<br />
• Entrada das mulheres no<br />
mercado de trabalho<br />
• Desenvolvimento de novas<br />
tecnologias<br />
• Fortalecimento dos sindicatos<br />
no início do período com<br />
posterior perda gradual ao<br />
longo dos anos seguintes<br />
• Pleno emprego no início do<br />
período e reestruturações<br />
durante a década de 1980<br />
Fonte: Adaptado de Nóbrega (2003).<br />
• Produção em massa<br />
• Expansão das multinacionais<br />
• Estruturas divisionais<br />
• Início da difusão de modelos<br />
“flexíveis” e “orgânicos”<br />
1.1.10 Gestão de Pessoas Para a Competitividade<br />
<strong>Estratégica</strong>, <strong>vol.10</strong>(02), dezembro.2010<br />
• Transformação do<br />
departamento de pessoal em<br />
departamento de recursos<br />
humanos<br />
• Preocupação com motivação,<br />
liderança e retenção de<br />
empregados<br />
• Surgimento de modelos de<br />
gestão de RH orientados para a<br />
“organização flexível”<br />
• Remuneração por<br />
desempenho<br />
• Empowerment<br />
O surgimento de diversos estudos e publicações sobre estratégia nas décadas de<br />
1980 e 1990 cria espaço para a introdução deste modelo para gestão de pessoas. Mintzberg,<br />
Lampel e Ahlstrand (1999), no artigo “Todas as partes do elefante”, elaboraram<br />
um quadro síntese das principais linhas de pensamento estratégico, dividindo-as em<br />
três grupos, conforme sua natureza. Quando se observa a ênfase aos “autores-chave” e<br />
as “palavras-chave” de cada linha, pode-se abstrair para os efeitos na gestão de pessoas<br />
e educação corporativa (Quadro 2).