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Revista Estratégica vol.10 - Faap

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Introdução<br />

O processo de globalização trouxe para as organizações profundas transformações,<br />

gerando a permanente necessidade de desenvolvimento e aperfeiçoamento do conjunto<br />

de colaboradores. O acelerado desenvolvimento tecnológico aliado a “redução<br />

gradativa do prazo de validade do conhecimento e a emergência da organização não<br />

hierárquica, enxuta e flexível” (SOARES, 2002) impuseram às organizações a necessidade<br />

de estruturar o tratamento da educação corporativa.<br />

A atividade de treinamento e desenvolvimento de pessoal é antiga na estrutura das<br />

organizações. Treinamento, significando a “obtenção de técnicas e habilidades específicas,<br />

detalhadas e rotineiras do trabalho” (MEGGINSON et al., 1998, p. 299); enquanto<br />

desenvolvimento, amplia este escopo para “a melhoria e crescimento, dentro de um<br />

objetivo mais amplo, das habilidades, atitudes e traços de personalidade” (MEGGINSON<br />

et al., 1998, p. 299). Segundo Meister (1999, p. 129), “à medida que os trabalhos vão ficando<br />

mais complexos e as qualificações que eles exigem, mais extensas, os executivos<br />

estão começando a questionar os pressupostos tradicionais que fundamentam<br />

os programas corporativos de treinamento e desenvolvimento”. Meister (1999, p. 130)<br />

afirma “é imperativo desenvolver um currículo que reflita os objetivos estratégicos da<br />

organização. [...] em consequência desses avanços tecnológicos, as empresas com universidades<br />

corporativas estão desafiando os pressupostos do treinamento tradicional”.<br />

Esta frenética busca contribuiu para a ascensão das universidades corporativas que,<br />

segundo Soares (2002) em 1988 existiam 400 universidades corporativas nos Estados<br />

Unidos e 2002 já eram cerca de 2 mil. A autora ainda estimava que em 2010 elas superariam<br />

o número de universidades tradicionais nos Estados Unidos – cerca de 3 mil. No<br />

Brasil também há expressivo crescimento das universidades corporativas nos últimos<br />

dez anos. No início da década de 1990 eram conhecidas a Académie Universidade de<br />

Serviços (Accor) e a Universidade Corporativa Motorola. Atualmente, muitas delas são<br />

conhecidas, como, Algar, Unimed, Sebrae e outras.<br />

1 Evolução da organização de recursos humanos: desenvolvimento<br />

organizacional, treinamento e desenvolvimento<br />

A organização de recursos humanos, como parte integrante de uma empresa, está<br />

subordinada a razão de ser e aos objetivos deste empreendimento. Segundo Lakatos<br />

(1997, p. 32), “o objetivo de uma organização consiste naquilo que ela pretende atingir,<br />

uma situação desejada”, podendo ser real ou estabelecido. O primeiro tipo é onde a<br />

direção da empresa empreende seus recursos e orienta seus esforços, focando, em caso<br />

de conflito, as ações de seus membros. Já o estabelecido, representa a intenção, mas<br />

que não necessariamente ela irá atingir.<br />

Utilizando-se a definição genérica para recurso, verifica-se que é meio empregado<br />

para vencer uma dificuldade ou embaraço, por isso, não se pode eliminar o<br />

fato que as pessoas são, dentre outros, um meio para a organização atingir seus<br />

52<br />

<strong>Estratégica</strong>, <strong>vol.10</strong>(02), dezembro.2010

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