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Revista Estratégica vol.10 - Faap

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) Organizadores prévios<br />

O uso de organizadores prévios é uma estratégia proposta para manipular a estrutura<br />

cognitiva a fim de facilitar a aprendizagem significativa. São materiais introdutórios<br />

apresentados antes do próprio material a ser aprendido.<br />

Eles consistem em um material introdutório de maior nível de abstração, generalização<br />

e inclusividade do que o novo material que se vai aprender. Diferenciam-se, portanto,<br />

dos resumos ou sumários, que são os conceitos de nível mais alto, ou macroestrutura dos<br />

próprios conteúdos em que se omitiu a informação de detalhes, mas não são conceitos<br />

de maior nível que o novo material, como ocorre no caso dos organizadores prévios.<br />

A apresentação de um organizador prévio, antes de uma lição ou de um texto, proporciona<br />

uma “ponte” entre o que o sujeito já conhece e aquilo que necessita conhecer,<br />

para assimilar significativamente os novos conhecimentos. Sua função é proporcionar<br />

uma “andaimaria ideativa” (scaffolding) para a retenção e incorporação estável do material<br />

mais detalhado e diferenciado que se vai aprender. Por isso, devem ser expressos<br />

na forma mais familiar e simples possível, sendo facilmente compreensíveis pelo aluno.<br />

c) Prática e treino<br />

A prática e o treino não devem ser vistos como uma simples atividade de memorização,<br />

mas sim como a ação direta e ativa do aprendiz sobre o material instrucional a<br />

ser utilizado. É uma das principais atividades (junto a variáveis do material instrucional)<br />

que influencia a estrutura cognitiva.<br />

Pozo (2002) indica que uma instrução expositiva, dirigida à compreensão, deve<br />

constar de três fases principais: o cabeçalho ou introdução; a apresentação propriamente<br />

dita do material e a consolidação da estrutura conceitual.<br />

O cabeçalho ou introdução atua como um organizador prévio e tem por função<br />

ativar o conhecimento prévio do aprendiz. Isso permitirá que o novo conteúdo seja<br />

mais facilmente assimilado e integrado à estrutura cognitiva preexistente. Essa parte<br />

introdutória oferece o contexto de interpretação da atividade de aprendizagem, que<br />

serve como “ancoragem” para as ideias que se apresentam a seguir.<br />

A apresentação do material de aprendizagem pode adotar formatos os mais diversos<br />

(desde leituras ou exposições do professor ou dos próprios alunos até discussões,<br />

realização de experiências, elaboração de materiais etc.). É importante que<br />

os materiais estejam bem estruturados e que tenham uma organização conceitual<br />

explícita e captem o interesse dos alunos (que são duas condições da aprendizagem<br />

construtiva). É importante que as ideias estejam ligadas entre si e não simplesmente<br />

justapostas, ou seja, as informações devem se remeter umas às outras<br />

e não serem apresentadas uma de cada vez, sem nenhum tipo de ligação entre si.<br />

Como acontece com um bom filme, o “roteiro” de uma exposição condiciona, em<br />

boa parte, seu sucesso. Deve-se considerar, nesse caso, que uma exposição é me-<br />

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<strong>Estratégica</strong>, <strong>vol.10</strong>(02), dezembro.2010

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