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Revista Estratégica vol.10 - Faap

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No processo de aprendizagem significativa os materiais instrucionais devem<br />

possuir significado lógico ou potencial, e isso só ocorre se seus elementos estiverem<br />

organizados e não somente sobrepostos. Esse material deve ser composto<br />

por elementos “organizados” em uma estrutura, de tal forma que as diferentes partes<br />

dessa estrutura se relacionem entre si de maneira não arbitrária (POZO, 2002).<br />

Essa organização deverá permitir com que os conceitos e proposições mais<br />

gerais sejam introduzidos primeiro, servindo assim para facilitar a aprendizagem<br />

significativa de uma vasta gama de informação e, também, para facilitar o aprendizado<br />

de conceitos subordinados.<br />

A elaboração de materiais instrucionais específicos para a aprendizagem significativa<br />

envolve pelo menos quatro tarefas fundamentais. Inicialmente, deve-se<br />

determinar a estrutura conceitual e proposicional da matéria de ensino, identificando<br />

os conceitos e princípios unificadores, inclusivos, com maior poder explanatório<br />

e propriedades integradoras, e organizá-los hierarquicamente de modo<br />

que, progressivamente, abranjam os menos inclusivos até chegar aos exemplos e<br />

dados específicos. Em seguida, é importante identificar os subsunçores (conceitos,<br />

proposições e ideias claras, precisas, estáveis) relevantes à aprendizagem do<br />

conteúdo a ser ensinado, os quais o aluno deveria ter em sua estrutura cognitiva<br />

para poder aprender significativamente o conteúdo. A terceira etapa consiste<br />

em diagnosticar aquilo que o aluno já sabe; determinar, dentre os subsunçores<br />

especificamente relevantes (previamente identificados ao “mapear” e organizar<br />

a matéria de ensino), quais os que estão disponíveis na estrutura cognitiva do<br />

aluno. Finalmente, deve-se utilizar recursos e princípios que facilitem a passagem<br />

da estrutura conceitual da matéria de ensino para a estrutura cognitiva do aluno<br />

de uma maneira significativa. A tarefa do professor, aqui, é auxiliar o aluno a assimilar<br />

a estrutura da matéria de ensino e organizar sua própria estrutura cognitiva<br />

nessa área de conhecimento, por meio da aquisição de significados claros, estáveis<br />

e transferíveis.<br />

Ausubel et al. (1980) enfatizam a importância da estrutura cognitiva preexistente<br />

e a organização significativa da matéria de ensino como preocupações principais<br />

no planejamento da instrução. São esses dois princípios que irão auxiliar na<br />

elaboração de materiais instrucionais e nas técnicas de avaliação. Os materiais instrucionais,<br />

portanto, devem contemplar os processos de diferenciação progressiva<br />

e reconciliação integrativa, os organizadores prévios, a prática e o treino.<br />

a) Processos de diferenciação progressiva e reconciliação integrativa<br />

A diferenciação progressiva é o princípio pelo qual o assunto deve ser programado<br />

de forma que as ideias mais gerais e inclusivas da disciplina sejam apresentadas<br />

antes e, progressivamente diferenciadas, introduzindo os detalhes específicos<br />

necessários. A reconciliação integrativa é o princípio pelo qual a programação do<br />

material instrucional deve ser feita para explorar relações entre ideias, apontar similaridades<br />

e diferenças significativas, reconciliando discrepâncias reais ou aparentes.<br />

E-learning e aprendizagem significativa, Celi Langhi, p. 37-49<br />

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