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Cordélia Inês Kiener - Programa de Pós-Graduação em Extensão ...

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esponsável pela <strong>de</strong>florestação e <strong>de</strong>sgaste dos solos mas, também, do padrão<br />

<strong>de</strong> consumo dos países <strong>de</strong>senvolvidos. EHLERS (1996) afirma que neste<br />

período novos conceitos como a idéia <strong>de</strong> tecnologia apropriada, utilizada por<br />

Schumaker no seu livro “Small is beautiful” que questionava o “culto obsessivo<br />

ao crescimento econômico ilimitado” (i<strong>de</strong>m, 1996:72), o termo agricultura<br />

regenerativa <strong>de</strong> Robert Rodale, foram acompanhados <strong>de</strong> uma crescente<br />

preocupação <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social nos estudos agronômicos.<br />

Na década <strong>de</strong> 80 o conceito <strong>de</strong> agro-ecologia marcou um importante<br />

ponto <strong>de</strong> partida nessa integração e passa a consi<strong>de</strong>rar que as ativida<strong>de</strong>s<br />

agrícolas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> se adaptar ao meio e não o contrário, como apregoava a<br />

revolução ver<strong>de</strong> (EHLERS, 1996). Assim, as questões técnicas começaram a<br />

se integrar com as questões sociais, culturais e econômicas e esta visão <strong>de</strong><br />

totalida<strong>de</strong> passou a ser percebida como necessária para o futuro da<br />

humanida<strong>de</strong>.<br />

“A agroecologia po<strong>de</strong> prover as diretrizes ecológicas para que o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico seja apontado na direção certa, mas, no<br />

processo, as questões tecnológicas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> assumir seu <strong>de</strong>vido lugar, servindo<br />

como uma estratégia do <strong>de</strong>senvolvimento rural que incorpore os probl<strong>em</strong>as<br />

sociais e econômicos” (Altiere, citado por EHLERS, 1996:77).<br />

Começava, nos países mo<strong>de</strong>rnos, a preocupação com a<br />

sustentabilida<strong>de</strong>. BUARQUE (1996) afirma que nessa altura, Sachs propôs<br />

uma nova forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, o eco<strong>de</strong>senvolvimento, que colocava a<br />

submissão dos interesses econômicos aos interesses da socieda<strong>de</strong> e às<br />

condições ambientais. O eco<strong>de</strong>senvolvimento passou, <strong>de</strong>pois, a ser abordado<br />

como <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />

Nas décadas <strong>de</strong> 80 e 90, multiplicaram-se as discussões sobre o meio<br />

ambiente, e este se tornou um “guarda-chuva” sob o qual foram discutidas as<br />

questões sociais, culturais, econômicas, tanto nas áreas urbanas quanto rurais.<br />

O termo sustentabilida<strong>de</strong> passou a fazer parte do vocabulário comum dos<br />

cientistas, políticos, acadêmicos, passou a ser divulgado e estimulado pelos<br />

meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa e tornou-se, hoje, corrente na linguag<strong>em</strong><br />

escolar, <strong>em</strong>presarial e do público <strong>em</strong> geral, possibilitando interpretações<br />

distintas para diferentes atores sociais. Desse modo, a sustentabilida<strong>de</strong> que,<br />

inicialmente, foi utilizada <strong>em</strong> relação a questões ambientais como o “uso da<br />

terra, dos recursos bióticos, florestas e recursos pesqueiros” (EHLERS,<br />

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