Cordélia Inês Kiener - Programa de Pós-Graduação em Extensão ...
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efere a direitos e <strong>de</strong>veres, promovendo seu progresso pessoal s<strong>em</strong> se<br />
preocupar com o esgotamento dos recursos naturais ou das conseqüências<br />
sociais.<br />
Uma nova forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, mais preocupado com assuntos<br />
ecológicos, sociais e culturais v<strong>em</strong> ganhando cada vez mais <strong>de</strong>staque. O valor<br />
central <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>senvolvimento estaria num ponto intermediário entre o<br />
individualismo e o holismo, havendo maior preocupação com o “todo” que com<br />
o individual <strong>em</strong> que o aspecto econômico passaria, numa linha <strong>de</strong> hierarquia, a<br />
não mais constar no topo. Fazendo referência ao Partido Ver<strong>de</strong> Al<strong>em</strong>ão,<br />
Nandani Lynton, citado por RIBEIRO (2000:149), afirma que “a i<strong>de</strong>ologia ver<strong>de</strong><br />
tenta balancear o igualitarismo típico do individualismo mo<strong>de</strong>rno com uma<br />
visão orgânica holística da natureza e da comunida<strong>de</strong> humana”.<br />
Algumas idéias dominantes no século XVIII, levavam a crer que todas<br />
as nações po<strong>de</strong>riam alcançar o mesmo “<strong>de</strong>senvolvimento” e assim sair dos<br />
“níveis mais baixos” bastando, para isso, seguir “uma espécie <strong>de</strong> receita<br />
mantida, secretamente, ou não pelos Estados nações que li<strong>de</strong>ram a “corrida<br />
para um futuro melhor” (RIBEIRO, 2000:141).<br />
No entanto, vários autores, entre eles BENDIX (1996), afirmam que,<br />
análises históricas e comparativas, principalmente <strong>de</strong>pois da Segunda Guerra<br />
Mundial, colocaram <strong>em</strong> dúvida a universalida<strong>de</strong> da evolução dos estágios,<br />
postulada nas teorias da evolução social e mostraram que o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
po<strong>de</strong> tomar caminhos diferentes daqueles tomados nos países on<strong>de</strong> o<br />
processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento iniciou, ou está mais avançado.<br />
“A crença na universalida<strong>de</strong> dos estágios evolutivos foi substituída pela<br />
compreensão <strong>de</strong> que o momentum dos eventos passados e a diversida<strong>de</strong> das<br />
estruturas sociais conduz<strong>em</strong> a diferentes caminhos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
mesmo quando as mudanças <strong>de</strong> tecnologia são idênticas” (BENDIX, 1996:35).<br />
É comum utilizar ex<strong>em</strong>plos do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> alguns países<br />
oci<strong>de</strong>ntais para classificar outros, caracterizando-os como mo<strong>de</strong>rnos ou<br />
tradicionais, <strong>de</strong>senvolvidos ou sub<strong>de</strong>senvolvidos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do estágio <strong>em</strong><br />
que se encontram. Contudo, tradição e mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> não são mutuamente<br />
exclu<strong>de</strong>ntes, não existe um marco zero através do qual a socieda<strong>de</strong> tradicional<br />
passa a ser mo<strong>de</strong>rna. Entretanto, há aspectos que surgiram apenas com a<br />
mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> como a revolução industrial, o avanço do conhecimento científico<br />
e o surgimento dos Estados nação.<br />
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