Cordélia Inês Kiener - Programa de Pós-Graduação em Extensão ...
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umo à i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> das ONGs é, também, alvo <strong>de</strong> reflexões, uma vez que a<br />
parceria dará ao Estado maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> controle sobre as ONGs. Neste<br />
sentido, GRAZIANO DA SILVA (1998) chama atenção para o risco das ONGs<br />
se tornar<strong>em</strong> Organizações Neo Governamentais, reduzindo assim a sua<br />
autonomia frente ao Estado e comprometendo seu po<strong>de</strong>r transformador.<br />
A abrangência possível na <strong>de</strong>finição das ONGs, acaba se refletindo na<br />
gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> objetivos, campos e formas <strong>de</strong> atuação assinaladas por<br />
GOHN (1997), com a seguinte subdivisão:<br />
- Campo <strong>de</strong> Assistencialismo, que atua por meio <strong>de</strong> filantropia.<br />
- Campo Desenvolvimentista, que atua por meio dos programas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento, articulando-se <strong>em</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação internacional, com<br />
objetivo <strong>de</strong> transformação auto sustentável nas condições <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento sócio econômico do público.<br />
- Campo da Cidadania, que atua por meio <strong>de</strong> ONGs criadas a partir <strong>de</strong><br />
movimentos sociais que lutam por justiça e direitos sociais, cidadania e<br />
<strong>de</strong>mocracia.<br />
Esta subdivisão não é estática e n<strong>em</strong> exclu<strong>de</strong>nte e uma mesma ONG<br />
po<strong>de</strong> abranger mais <strong>de</strong> um campo <strong>de</strong> atuação , como é o caso do IDACO que<br />
atua no campo <strong>de</strong>senvolvimentista e <strong>de</strong> cidadania. A abrangência <strong>de</strong> atuação<br />
das ONGs <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, não só dos i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> seus fundadores mas, também, das<br />
metas dos financiadores e das necessida<strong>de</strong>s e interesses do público alvo.<br />
Diante da flexibilida<strong>de</strong> e abrangência do conceito <strong>de</strong> ONG, optou-se<br />
pelo conceito dado por SCHERER-WARREN (1995:165), qual seja :<br />
“organizações formais, privadas, porém com fins públicos e s<strong>em</strong> fins lucrativos,<br />
autogovernadas e com participação <strong>de</strong> parte <strong>de</strong> seus m<strong>em</strong>bros como<br />
voluntários, objetivando realizar mediações <strong>de</strong> caráter educacional, político,<br />
assessoria técnica, prestação <strong>de</strong> serviços e apoio material e logístico para<br />
populações-alvo específicas ou para segmentos da socieda<strong>de</strong> civil, tendo <strong>em</strong><br />
vista expandir o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> participação <strong>de</strong>stas com o objetivo último <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar transformações sociais ao nível micro (do cotidiano ou local) ou<br />
ao nível macro”.<br />
Das ONGs existentes no Brasil, gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
financiamento externo para sua manutenção e para a execução das ativida<strong>de</strong>s.<br />
LANDIM (2000:11), informa que 75,9% das fontes <strong>de</strong> recursos das ONGs<br />
brasileiras, filiadas à Associação Brasileira <strong>de</strong> Organizações Não<br />
Governamentais (ABONG), vieram <strong>de</strong> Agências Internacionais <strong>de</strong> Cooperação<br />
Não Governamental e apenas 9,3% dos recursos provinha da venda <strong>de</strong><br />
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