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Cordélia Inês Kiener - Programa de Pós-Graduação em Extensão ...

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“Cidadania é a participação política e ter dignida<strong>de</strong> econômica, ser ouvido e<br />

viver num ambiente <strong>de</strong>mocrático e ter o mínimo <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> vida”<br />

(Entrevistas, 2001).<br />

Para o IDACO, cidadania significa não só o conhecimento dos direitos<br />

e <strong>de</strong>veres legais <strong>de</strong> cada cidadão mas também a sua compreensão e execução<br />

"cidadania seria ter conhecimento, saber lidar com os direitos e <strong>de</strong>veres <strong>de</strong><br />

uma forma crítica e consciente, <strong>de</strong> fato po<strong>de</strong>r tomar uma posição, dar opinião e<br />

não só executar por executar, seria um pouco isso, ser sujeito, ter consciência<br />

do que se passa...” (Entrevistas, 2001).<br />

Analisando documentos e entrevistas realizadas no IDACO nota-se<br />

uma tendência generalizada <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rar o público como sendo pouco<br />

consciente do seu papel <strong>de</strong> cidadão, com pouca noção <strong>de</strong> seus direitos e<br />

<strong>de</strong>veres e por isso não exerc<strong>em</strong> plenamente a cidadania. Esta análise baseia-<br />

se nas expressões encontradas <strong>em</strong> vários documentos e que se refer<strong>em</strong> ao<br />

publico como sendo: <strong>de</strong>scamisados, analfabetos, <strong>de</strong>sinformado,<br />

<strong>de</strong>scapitalizados, excluídos, <strong>de</strong>samparados, <strong>de</strong>sassistidos, falta <strong>de</strong><br />

conhecimentos sobre seus direitos e <strong>de</strong>veres.<br />

Estas expressões r<strong>em</strong>et<strong>em</strong> à idéia <strong>de</strong> que este público está, nos<br />

termos <strong>de</strong>finidos por FIGUEIREDO (1995), numa situação <strong>de</strong> mero indivíduo,<br />

espectador passivo submetido a toda forma <strong>de</strong> dominação e exploração. O<br />

IDACO trabalha na perspectiva <strong>de</strong> modificar esta situação e consi<strong>de</strong>ra que,<br />

somente quando todos exercer<strong>em</strong> a cidadania, exigindo e garantindo seus<br />

direitos políticos, civis, econômicos e sociais será possível alcançar um<br />

“mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento s<strong>em</strong> apartheid econômico e social”<br />

(COORDENADOR-GERAL..., 1998:7). A forma como o IDACO trabalha para<br />

modificar esta situação é, segundo as entrevistas, através da educação e da<br />

conscientização, pois “as pessoas só mudam <strong>de</strong> comportamento ou pela<br />

opressão ou pela educação, como a gente não trabalha com a opressão”<br />

(Entrevistas, 2001).<br />

Os funcionários do IDACO consi<strong>de</strong>ram que <strong>em</strong> todos os seus projetos<br />

está implícito o trabalho <strong>de</strong> educação, <strong>de</strong> conscientização, através <strong>de</strong><br />

palestras, cursos, <strong>de</strong>bates, s<strong>em</strong>inários para que este público fique sabendo que<br />

t<strong>em</strong> direitos como o acesso à terra, ao trabalho, à alimentação, ao <strong>em</strong>prego,<br />

ao crédito, ao voto livre e que quando consegu<strong>em</strong> isso não é porque alguém<br />

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