MANUAL DE BOAS PRÁTICAS - DGAJ

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23.08.2013 Views

2.1.2 2.1.3 8 Controle e operação Em edifícios modernos, com equipamentos e sistemas de climatização instalados, existe normalmente um sistema de gestão técnica que controla automaticamente vários aspectos do funcionamento energético do edifício, em termos de ar condicionado, aquecimento, iluminação, e até aspectos como os sistemas de sombreamento e aberturas de fachada para ventilação. No entanto, a maioria dos Palácios de Justiça em Portugal não estão dentro deste modelo, pelo que o comportamento dos ocupantes se torna peça-chave no desempenho ambiental dos edifícios. Os utilizadores – Smart People Existe cada vez mais a percepção que ‘Cimate Change is Cultural Change’, ou seja, serão as pessoas que poderão realmente ter o poder para alterar o cenário de excessivo consumo energético, através de uma nova atitude no que respeita a valores, comportamentos e visões do mundo. Até agora, a questão dos utilizadores dos edifícios permaneceu como um ‘buraco negro’ no desenvolvimento de uma cultura de edifícios sustentáveis. Hoje em dia, sabe-se que o combate a esta causa das alterações climáticas passa não por smart buildings ou smart control, mas por smart people, ou seja, utilizadores empenhados e informados que querem fazer a diferença. Estudos recentes demonstram que há diversos tipos de utilizadores, em relação ao seu empenho ambiental (figura 6). Os líderes, Fig.6 Fig.7 alto Conhecimento pessoal baixo Participante Céptico Conhece o cenário de alterações climáticas ...mas individualmente não está convencido Precisa de argumentos claros para o PORQUÊ Não disponível como educar Poucos níveis de conhecimento e pessimismo acerca da capacidade de intervir. Não disponível para as questões ambientais convencido porque convencido porque Líder Com vontade de conduzir/ adoptar atitude de liderança Acredita na economia, no impacte climático e nos incentivos regulatórios como educar Entusiasta não informado Pessimista acerca da economia, o impacte climático e incentivos. Não sabe como se envolver Passivo relativamente ao ambiente baixo Compromisso pessoal alto O nível de conhecimento pessoal sobre as questões ambientais afecta o grau de empenho que um indíviduo demonstra nas suas acções do dia-a-dia Não quer perder conforto Seria uma gota no oceano Não tem meios financeiros Requer demasiado esforço Não sabe o que é necessário Não vê a utilidade Sim Talvez Não 35% 25% 25% 20% 19% 4% Razões porque 1000 utilizadores implementaram ou não medidas de conservação energética (Bélgica) 5% 4% 5% 5% 5% 1% 60% 71% 70% 75% 76% 95%

9 aqueles que podem de facto implementar novas atitudes e fazer os outros segui-los, são bem informados e muito empenhados. Pelo contrário, aqueles que possuem menos informação sobre as questões ambientais e o seu impacto local e global, mostram-se claramente pouco disponíveis para se empenharem em acções transformadoras, por menor que seja o esforço nelas envolvidas. Nesse sentido, é importante criar formas de proporcionar aos individuos o feedback sobre o efeito multiplicador que as suas pequenas acções podem ter, dado que, tendencialmente, a acção humana procura optimizar a relação sempre complexa entre causa-efeito. No Ministério da Justiça existe actualmente uma verba monetária concedida a cada Tribunal para utilizar e gerir em questões como, por exemplo, a substituição de lâmpadas e a manutenção das torneiras em bom estado de conservação. No entanto, passa também por todos os utilizadores alertarem o gestor do edifício para que esses pequenos actos de manutenção sejam implementados atempadamente, fazendo assim uma diferença significativa. Para além destes simples exemplos, este Manual elenca um conjunto de medidas que qualquer utilizador de um edifício poderá implementar, ou ajudar a implementar, no sentido de atingir os objectivos de diminuição do consumo energético e de água dos edifícios dos Palácios de Justiça. Essas medidas estão estruturadas em acções relativas ao aquecimento do edifício (inverno), arrefecimento Fig.8 Aumentar o nível pessoal de conhecimentos sobre questões ambientais e os seus impactos é o factor mais importante para superar as barreiras aos comportamentos mais responsáveis.

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Controle e operação<br />

Em edifícios modernos, com equipamentos e sistemas de<br />

climatização instalados, existe normalmente um sistema de<br />

gestão técnica que controla automaticamente vários aspectos<br />

do funcionamento energético do edifício, em termos de ar<br />

condicionado, aquecimento, iluminação, e até aspectos como os<br />

sistemas de sombreamento e aberturas de fachada para ventilação.<br />

No entanto, a maioria dos Palácios de Justiça em Portugal não<br />

estão dentro deste modelo, pelo que o comportamento dos<br />

ocupantes se torna peça-chave no desempenho ambiental dos<br />

edifícios.<br />

Os utilizadores – Smart People<br />

Existe cada vez mais a percepção que ‘Cimate Change is Cultural<br />

Change’, ou seja, serão as pessoas que poderão realmente ter o<br />

poder para alterar o cenário de excessivo consumo energético,<br />

através de uma nova atitude no que respeita a valores,<br />

comportamentos e visões do mundo. Até agora, a questão dos<br />

utilizadores dos edifícios permaneceu como um ‘buraco negro’ no<br />

desenvolvimento de uma cultura de edifícios sustentáveis. Hoje<br />

em dia, sabe-se que o combate a esta causa das alterações<br />

climáticas passa não por smart buildings ou smart control, mas<br />

por smart people, ou seja, utilizadores empenhados e informados<br />

que querem fazer a diferença.<br />

Estudos recentes demonstram que há diversos tipos de utilizadores,<br />

em relação ao seu empenho ambiental (figura 6). Os líderes,<br />

Fig.6<br />

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alto<br />

Conhecimento<br />

pessoal<br />

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Participante Céptico<br />

Conhece o cenário de alterações climáticas<br />

...mas individualmente não está convencido<br />

Precisa de argumentos claros para o PORQUÊ<br />

Não disponível<br />

como<br />

educar<br />

Poucos níveis de conhecimento<br />

e pessimismo acerca da capacidade<br />

de intervir.<br />

Não disponível para as questões ambientais<br />

convencido<br />

porque<br />

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Líder<br />

Com vontade de conduzir/ adoptar atitude<br />

de liderança<br />

Acredita na economia, no impacte climático<br />

e nos incentivos regulatórios<br />

como<br />

educar<br />

Entusiasta não informado<br />

Pessimista acerca da economia,<br />

o impacte climático e incentivos.<br />

Não sabe como se envolver<br />

Passivo relativamente ao ambiente<br />

baixo Compromisso pessoal<br />

alto<br />

O nível de conhecimento pessoal sobre as questões ambientais afecta o grau de empenho que um<br />

indíviduo demonstra nas suas acções do dia-a-dia<br />

Não quer perder conforto<br />

Seria uma gota no oceano<br />

Não tem meios financeiros<br />

Requer demasiado esforço<br />

Não sabe o que é necessário<br />

Não vê a utilidade<br />

Sim Talvez Não<br />

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conservação energética (Bélgica)<br />

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