MANUAL DE BOAS PRÁTICAS - DGAJ

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23.08.2013 Views

1.2.2 4 Crise energética A solução para a crise energética internacional passa por dois grandes vectores de acção: 1) Maior eficiência no consumo - consumir menos energia, sem necessariamente comprometer o nível de vida dos cidadãos, mas sobretudo evitando o desperdício. 2) Maior sustentabilidade das fontes de energia utilizadas - significa não só que a energia que gastamos polui menos, mas também que o fornecimento de energia é menos dependente da importação de países onde algumas energias convencionais estão maioritariamente localizadas. Este manual insere-se no primeiro vector, de eficiência no consumo. Os edifícios dispendem 40% da energia mundial, o que demonstra claramente a importância da sua eficiência energética, e redução dos seus consumos. No entanto, a percepção geral é de uma percentagem significativamente menor, como aponta o resultado de um inquérito, efectuado a profissionais dentro do sector da construção, que em média atribuiram aos edíficios apenas uma percentagem de 19% do consumo energético mundial, menos de metade do número real. Dentro do consumo energético atribuído aos edifícios, a maior percentagem é para aquecimento, arrefecimento e ventilação (HVAC, 37%), realçando a importância de proteger os edifícios contra o frio e o calor, quando são construídos, e de na sua vivência Fig.3 Embora a percentagem de energia mundial atribuída aos edifícios seja de 40% , este inquérito demonstra que a percepção dos utilizadores é significativamente mais baixa, podendo assim não atribuir a importância devida à necessidade de reduzir os seus consumos energéticos.

1.3 1.3.1 1.3.2 5 do dia-a-dia serem adoptadas práticas de redução de utilização dos equipamentos de aquecimento e arrefecimento. A segunda maior parcela é a iluminação (18%), demonstrando a relevância de ser maximizado o uso de iluminação natural, mais agradável para os ocupantes e benéfica para a saúde, e de diminuir tanto quanto possível a utilização inútil de luz artificial, por exemplo, deixando luzes acesas em espaços desocupados. Panorama Nacional Dependência energética Portugal é um país que importa a maior parte da sua energia, sendo dependente de outros países para o seu fornecimento, e tendo uma alta factura energética externa a pagar todos os anos, o que representa uma fracção importante das importações de Potugal, e também da sua dívida externa. O recente investimento nas renováveis, embora positivo, não foi suficiente para alterar significativamente este problema. A eficiência energética é portanto um contributo também para a economia, ajudando a diminuir esse tipo de custos ao país. O consumo energético dos edifícios do Ministério da Justiça No panorama dos edifícios que integram o parque edificado do Ministério da Justiça, os edifícios dos Palácios de Justiça são a terceira categoria com maior consumo energético. No entanto, o seu desempenho poderá vir a ser significativamente melhorado com a colaboração dos seus utilizadores e gestores, Fig.4 Outros e ajustamento 21% Aquecimento de água 10% Iluminação 18% IT e equipamentos de escritórios 14% 1. Design 2. Envelope do edifício 3. Equipamento - iluminação - aquecimento e arrefecimento - aparelhos e equipamento de escritório - automatização dos edifícios 4. Infra-Estruturas HVAC 37% Distribuição de consumos energéticos em edifícios, por tipo de equipamentos, e por componente de projecto/construção.

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do dia-a-dia serem adoptadas práticas de redução de utilização<br />

dos equipamentos de aquecimento e arrefecimento. A segunda<br />

maior parcela é a iluminação (18%), demonstrando a relevância de<br />

ser maximizado o uso de iluminação natural, mais agradável para<br />

os ocupantes e benéfica para a saúde, e de diminuir tanto quanto<br />

possível a utilização inútil de luz artificial, por exemplo, deixando<br />

luzes acesas em espaços desocupados.<br />

Panorama Nacional<br />

Dependência energética<br />

Portugal é um país que importa a maior parte da sua energia,<br />

sendo dependente de outros países para o seu fornecimento, e<br />

tendo uma alta factura energética externa a pagar todos os anos,<br />

o que representa uma fracção importante das importações de<br />

Potugal, e também da sua dívida externa. O recente investimento<br />

nas renováveis, embora positivo, não foi suficiente para alterar<br />

significativamente este problema. A eficiência energética é portanto<br />

um contributo também para a economia, ajudando a diminuir esse<br />

tipo de custos ao país.<br />

O consumo energético dos edifícios do Ministério da Justiça<br />

No panorama dos edifícios que integram o parque edificado<br />

do Ministério da Justiça, os edifícios dos Palácios de Justiça<br />

são a terceira categoria com maior consumo energético. No<br />

entanto, o seu desempenho poderá vir a ser significativamente<br />

melhorado com a colaboração dos seus utilizadores e gestores,<br />

Fig.4<br />

Outros e<br />

ajustamento 21%<br />

Aquecimento<br />

de água 10%<br />

Iluminação 18%<br />

IT e equipamentos<br />

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1. Design<br />

2. Envelope do edifício<br />

3. Equipamento<br />

- iluminação<br />

- aquecimento e arrefecimento<br />

- aparelhos e equipamento de escritório<br />

- automatização dos edifícios<br />

4. Infra-Estruturas<br />

HVAC 37%<br />

Distribuição de consumos energéticos em edifícios, por tipo de equipamentos, e por componente de<br />

projecto/construção.

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