MANUAL DE BOAS PRÁTICAS - DGAJ
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<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>BOAS</strong> <strong>PRÁTICAS</strong><br />
Gestão Energética e de Água dos Edifícios dos Palácios de Justiça
1.<br />
1.1<br />
1.2<br />
1.2.1<br />
1.2.2<br />
1.3<br />
1.3.1<br />
1.3.2<br />
1.4<br />
2.<br />
2.1<br />
2.1.1<br />
2.1.2<br />
2.1.3<br />
<strong>MANUAL</strong> <strong>DE</strong> <strong>BOAS</strong> <strong>PRÁTICAS</strong><br />
Gestão Energética e de Água dos Palácios da Justiça<br />
ÍNDICE<br />
3<br />
3<br />
3<br />
3<br />
4<br />
5<br />
5<br />
5<br />
6<br />
7<br />
7<br />
7<br />
8<br />
8<br />
Introdução<br />
O impacto global do consumo energético<br />
Panorama Internacional<br />
Alterações climáticas<br />
Crise energética<br />
Panorama Nacional<br />
Dependência energética<br />
O consumo energético dos edifícios do Ministério<br />
da Justiça.<br />
O impacto global do consumo de água<br />
Smart People – A importância dos comportamentos<br />
Eficiência energética em edifícios<br />
Design e Construção<br />
Controle e operação<br />
Os utilizadores - Smart People<br />
3.<br />
3.1<br />
3.2<br />
3.3<br />
3.4<br />
3.5<br />
3.6<br />
4.<br />
4.1<br />
4.2<br />
4.3<br />
4.4<br />
4.5<br />
4.6<br />
4.7<br />
11<br />
11<br />
14<br />
18<br />
21<br />
23<br />
25<br />
27<br />
27<br />
29<br />
29<br />
30<br />
30<br />
30<br />
30<br />
Boas Práticas de Eficiência Energética – Utilizador<br />
Aquecimento<br />
Arrefecimento<br />
Iluminação<br />
Computadores<br />
Outros equipamentos<br />
Água<br />
Boas Práticas de Eficiência Energética – Gestor<br />
Aquecimento<br />
Arrefecimento<br />
Iluminação<br />
Computadores<br />
Outros equipamentos<br />
Controle e Gestão<br />
Água
1.1<br />
1.2<br />
1.2.1<br />
3<br />
1. INTRODUçãO<br />
O impacto global do consumo energético<br />
O elevado consumo energético mundial é a principal causa das<br />
alterações climáticas que o planeta está a sofrer. Esse consumo<br />
continua a aumentar significativamente todos os anos. As<br />
previsões de impactos futuros muito acima do que o planeta pode<br />
suportar alertam para a necessidade urgente de agir, no sentido de<br />
colaborar na mitigação de um problema com o potencial de afectar<br />
drasticamente o modo de vida e as condições de habitabilidade<br />
de todos os seres humanos.<br />
Panorama Internacional<br />
Alterações climáticas<br />
A existência de alterações climáticas foi demonstrada<br />
cientificamente em 2007 por um painel internacional de 2000<br />
cientístas (IPCC – Interdisciplinary Panel on Climate Change).<br />
Este poderá vir a ser o maior desafio da humanidade no século<br />
XXI, a que ninguém ficará alheio. O actual cenário de alterações<br />
climáticas coloca sobre cada indíviduo a responsabilidade de<br />
consumir menos energia, e assim libertar menos emissões de<br />
CO2 para a atmosfera. Não está em causa uma escala nacional,<br />
mas global. Não se trata de transferir o problema para quem terá<br />
de pagar a factura energética, pois a factura climática é paga por<br />
todos nós.<br />
Fig.1<br />
Fig.2<br />
A América do Norte (EUA e Canadá), Arábia Saudita, Rússia, Austrália e alguns países da Europa<br />
apresentam alguns dos maiores consumos energéticos per capita do mundo. No entanto, alguns<br />
países conseguem aliar um alto nível de industrialização e qualidade de vida a consumos per capita<br />
significativamente inferiores, como é o caso do Japão.1<br />
O cenário internacional de alterações climáticas e aquecimento global poderá ser seriamente agravado<br />
caso os consumos energéticos per capita não sofram reduções significativas.<br />
1 Agradecemos ao World Business Council for Sustainable Developement (WBCSD) e ao BCSD Portugal pela reprodução<br />
de algumas das imagens incluídas neste Manual.
1.2.2<br />
4<br />
Crise energética<br />
A solução para a crise energética internacional passa por dois<br />
grandes vectores de acção:<br />
1) Maior eficiência no consumo - consumir menos energia, sem<br />
necessariamente comprometer o nível de vida dos cidadãos, mas<br />
sobretudo evitando o desperdício.<br />
2) Maior sustentabilidade das fontes de energia utilizadas -<br />
significa não só que a energia que gastamos polui menos, mas<br />
também que o fornecimento de energia é menos dependente<br />
da importação de países onde algumas energias convencionais<br />
estão maioritariamente localizadas.<br />
Este manual insere-se no primeiro vector, de eficiência no consumo.<br />
Os edifícios dispendem 40% da energia mundial, o que demonstra<br />
claramente a importância da sua eficiência energética, e redução<br />
dos seus consumos. No entanto, a percepção geral é de uma<br />
percentagem significativamente menor, como aponta o resultado<br />
de um inquérito, efectuado a profissionais dentro do sector da<br />
construção, que em média atribuiram aos edíficios apenas uma<br />
percentagem de 19% do consumo energético mundial, menos de<br />
metade do número real.<br />
Dentro do consumo energético atribuído aos edifícios, a maior<br />
percentagem é para aquecimento, arrefecimento e ventilação<br />
(HVAC, 37%), realçando a importância de proteger os edifícios<br />
contra o frio e o calor, quando são construídos, e de na sua vivência<br />
Fig.3<br />
Embora a percentagem de energia mundial atribuída aos edifícios seja de 40% , este inquérito<br />
demonstra que a percepção dos utilizadores é significativamente mais baixa, podendo assim não<br />
atribuir a importância devida à necessidade de reduzir os seus consumos energéticos.
1.3<br />
1.3.1<br />
1.3.2<br />
5<br />
do dia-a-dia serem adoptadas práticas de redução de utilização<br />
dos equipamentos de aquecimento e arrefecimento. A segunda<br />
maior parcela é a iluminação (18%), demonstrando a relevância de<br />
ser maximizado o uso de iluminação natural, mais agradável para<br />
os ocupantes e benéfica para a saúde, e de diminuir tanto quanto<br />
possível a utilização inútil de luz artificial, por exemplo, deixando<br />
luzes acesas em espaços desocupados.<br />
Panorama Nacional<br />
Dependência energética<br />
Portugal é um país que importa a maior parte da sua energia,<br />
sendo dependente de outros países para o seu fornecimento, e<br />
tendo uma alta factura energética externa a pagar todos os anos,<br />
o que representa uma fracção importante das importações de<br />
Potugal, e também da sua dívida externa. O recente investimento<br />
nas renováveis, embora positivo, não foi suficiente para alterar<br />
significativamente este problema. A eficiência energética é portanto<br />
um contributo também para a economia, ajudando a diminuir esse<br />
tipo de custos ao país.<br />
O consumo energético dos edifícios do Ministério da Justiça<br />
No panorama dos edifícios que integram o parque edificado<br />
do Ministério da Justiça, os edifícios dos Palácios de Justiça<br />
são a terceira categoria com maior consumo energético. No<br />
entanto, o seu desempenho poderá vir a ser significativamente<br />
melhorado com a colaboração dos seus utilizadores e gestores,<br />
Fig.4<br />
Outros e<br />
ajustamento 21%<br />
Aquecimento<br />
de água 10%<br />
Iluminação 18%<br />
IT e equipamentos<br />
de escritórios 14%<br />
1. Design<br />
2. Envelope do edifício<br />
3. Equipamento<br />
- iluminação<br />
- aquecimento e arrefecimento<br />
- aparelhos e equipamento de escritório<br />
- automatização dos edifícios<br />
4. Infra-Estruturas<br />
HVAC 37%<br />
Distribuição de consumos energéticos em edifícios, por tipo de equipamentos, e por componente de<br />
projecto/construção.
1.4<br />
6<br />
nomeadamente em relação aos princípios apresentados neste Manual<br />
de Boas Práticas.<br />
O impacto global do consumo de água<br />
A água potável é um bem escasso, e a sua quantidade está a<br />
diminuir no planeta. Qualquer cenário futuro de falta de água potável<br />
representará graves distúrbios humanitários, sociais, económicos e<br />
politicos. Muita da água consumida nos países desenvolvidos é de facto<br />
desperdiçada, em padrões de consumo que já não se coadenam com<br />
a ordem global do planeta. Nesse sentido, importa alterar pequenos<br />
hábitos que, sem decrescer a qualidade de vida, permitem acima de<br />
tudo evitar o desperdício, e poupar num bem escasso e precioso.
2.1<br />
2.1.1<br />
7<br />
2. Smart People - A importância dos comportamentos<br />
Eficiência energética em edifícios<br />
Ao contrário do que pode ser a percepção comum, não é no<br />
momento da construção que o edifício despende maiores recursos,<br />
em termos de impacto ambiental. Essa fracção é apenas 12% do<br />
total. Pelo contrário, a energia que é gasta na utilização de um<br />
edifício, representa cerca de 84% do total utilizado ao longo do<br />
seu ciclo de vida, conforme se pode ver no gráfico respectivo.<br />
Projecto de arquitectura e construção sustentável<br />
A reabilitação energética de edifícios existentes passa por realizar<br />
alterações físicas, quer nos próprios elementos construtivos do<br />
edifício, quer nos sistemas de aquecimento, iluminação, e outros.<br />
O Ministério da Justiça, através do IGFIJ, tem em curso um<br />
projecto de reabilitação energética de cinco edifícios de Palácios<br />
de Justiça.<br />
No entanto, estudos demonstram que dois edifícios idênticos<br />
podem apresentar consumos energéticos sete vezes mais altos,<br />
dependendo do comportamento dos utilizadores. Este factor<br />
humano leva a que, muitas vezes, os ganhos energéticos potenciais<br />
obtidos por via de melhor construção podem não ser realizados,<br />
devido ao comportamento desadequado de quem ocupa o edifício<br />
diariamente.<br />
Fig.5<br />
Fabrico, transporte e<br />
construção, 12%<br />
Utilização, 84% (aquecimento, ventilação,<br />
aquecimento de água e electricidade)<br />
Manutenção e renovação, 4%<br />
Ciclo de Vida da utilização de energia<br />
Distribuição de utilização de energia ao longo do ciclo de vida dos edifícios.
2.1.2<br />
2.1.3<br />
8<br />
Controle e operação<br />
Em edifícios modernos, com equipamentos e sistemas de<br />
climatização instalados, existe normalmente um sistema de<br />
gestão técnica que controla automaticamente vários aspectos<br />
do funcionamento energético do edifício, em termos de ar<br />
condicionado, aquecimento, iluminação, e até aspectos como os<br />
sistemas de sombreamento e aberturas de fachada para ventilação.<br />
No entanto, a maioria dos Palácios de Justiça em Portugal não<br />
estão dentro deste modelo, pelo que o comportamento dos<br />
ocupantes se torna peça-chave no desempenho ambiental dos<br />
edifícios.<br />
Os utilizadores – Smart People<br />
Existe cada vez mais a percepção que ‘Cimate Change is Cultural<br />
Change’, ou seja, serão as pessoas que poderão realmente ter o<br />
poder para alterar o cenário de excessivo consumo energético,<br />
através de uma nova atitude no que respeita a valores,<br />
comportamentos e visões do mundo. Até agora, a questão dos<br />
utilizadores dos edifícios permaneceu como um ‘buraco negro’ no<br />
desenvolvimento de uma cultura de edifícios sustentáveis. Hoje<br />
em dia, sabe-se que o combate a esta causa das alterações<br />
climáticas passa não por smart buildings ou smart control, mas<br />
por smart people, ou seja, utilizadores empenhados e informados<br />
que querem fazer a diferença.<br />
Estudos recentes demonstram que há diversos tipos de utilizadores,<br />
em relação ao seu empenho ambiental (figura 6). Os líderes,<br />
Fig.6<br />
Fig.7<br />
alto<br />
Conhecimento<br />
pessoal<br />
baixo<br />
Participante Céptico<br />
Conhece o cenário de alterações climáticas<br />
...mas individualmente não está convencido<br />
Precisa de argumentos claros para o PORQUÊ<br />
Não disponível<br />
como<br />
educar<br />
Poucos níveis de conhecimento<br />
e pessimismo acerca da capacidade<br />
de intervir.<br />
Não disponível para as questões ambientais<br />
convencido<br />
porque<br />
convencido<br />
porque<br />
Líder<br />
Com vontade de conduzir/ adoptar atitude<br />
de liderança<br />
Acredita na economia, no impacte climático<br />
e nos incentivos regulatórios<br />
como<br />
educar<br />
Entusiasta não informado<br />
Pessimista acerca da economia,<br />
o impacte climático e incentivos.<br />
Não sabe como se envolver<br />
Passivo relativamente ao ambiente<br />
baixo Compromisso pessoal<br />
alto<br />
O nível de conhecimento pessoal sobre as questões ambientais afecta o grau de empenho que um<br />
indíviduo demonstra nas suas acções do dia-a-dia<br />
Não quer perder conforto<br />
Seria uma gota no oceano<br />
Não tem meios financeiros<br />
Requer demasiado esforço<br />
Não sabe o que é necessário<br />
Não vê a utilidade<br />
Sim Talvez Não<br />
35%<br />
25%<br />
25%<br />
20%<br />
19%<br />
4%<br />
Razões porque 1000 utilizadores implementaram ou não medidas de<br />
conservação energética (Bélgica)<br />
5%<br />
4%<br />
5%<br />
5%<br />
5%<br />
1%<br />
60%<br />
71%<br />
70%<br />
75%<br />
76%<br />
95%
9<br />
aqueles que podem de facto implementar novas atitudes e fazer<br />
os outros segui-los, são bem informados e muito empenhados.<br />
Pelo contrário, aqueles que possuem menos informação sobre as<br />
questões ambientais e o seu impacto local e global, mostram-se<br />
claramente pouco disponíveis para se empenharem em acções<br />
transformadoras, por menor que seja o esforço nelas envolvidas.<br />
Nesse sentido, é importante criar formas de proporcionar aos<br />
individuos o feedback sobre o efeito multiplicador que as suas<br />
pequenas acções podem ter, dado que, tendencialmente, a acção<br />
humana procura optimizar a relação sempre complexa entre<br />
causa-efeito.<br />
No Ministério da Justiça existe actualmente uma verba monetária<br />
concedida a cada Tribunal para utilizar e gerir em questões como,<br />
por exemplo, a substituição de lâmpadas e a manutenção das<br />
torneiras em bom estado de conservação. No entanto, passa<br />
também por todos os utilizadores alertarem o gestor do edifício para<br />
que esses pequenos actos de manutenção sejam implementados<br />
atempadamente, fazendo assim uma diferença significativa. Para<br />
além destes simples exemplos, este Manual elenca um conjunto de<br />
medidas que qualquer utilizador de um edifício poderá implementar,<br />
ou ajudar a implementar, no sentido de atingir os objectivos de<br />
diminuição do consumo energético e de água dos edifícios dos<br />
Palácios de Justiça. Essas medidas estão estruturadas em acções<br />
relativas ao aquecimento do edifício (inverno), arrefecimento<br />
Fig.8<br />
Aumentar o nível pessoal de conhecimentos sobre questões ambientais e os seus impactos é o factor<br />
mais importante para superar as barreiras aos comportamentos mais responsáveis.
10<br />
(verão), iluminação, computadores, outros equipamentos, e água.<br />
Para cada medida, procurou-se dar uma ideia aproximada do seu<br />
potencial impacto, quer em termos de gasto de energia, e seu<br />
custo associado, quer sobre as emissões de Dióxido de Carbono<br />
(CO2) para a atmosfera que serão poupadas com essa medida. As<br />
estimativas são depois extrapoladas, para além da sua dimensão<br />
mais imediacta, para o seu impacto ao longo do tempo, por ano,<br />
e pelo seu efeito multiplicador, dentro do edifício, e no conjunto<br />
dos edifícios de Tribunais em Portugal. Como demonstrou outro<br />
recente inquérito (figura 7), uma das principais razões que leva as<br />
pessoas a não tomarem acções relativas a eficiência energética, é<br />
considerarem que as suas acções seriam uma ‘gota de água num<br />
oceano’.<br />
Ao longo deste Manual, procuramos demonstrar como o impacto<br />
acumulado das acções de cada indivíduo pode atingir proporções<br />
que tornam por demais motivador a participação nesta importante<br />
iniciativa.
11<br />
3. Boas Práticas - Utilizador<br />
3.1. Aquecimento (Inverno)<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Não deixar o aquecedor eléctrico aceso<br />
durante a noite.<br />
Um temporizador de baixo custo (que pode<br />
custar apenas 3€), pode programar o seu<br />
aquecedor para ligar uma hora antes de chegar<br />
ao trabalho.<br />
Deverá também desligar o aquecedor, ou colocálo<br />
no mínimo, quando sair para almoçar.<br />
Os aquecedores não devem estar acesos<br />
quando as janelas estão abertas.<br />
Calafetar as janelas da sua sala de trabalho.<br />
As frinchas em janelas antigas ou mal instaladas<br />
são responsáveis pela perda de grande parte<br />
do calor gerado no interior do edifício. Um<br />
simples rolo de fita de calafetar pode causar<br />
não só poupança de energia como um maior<br />
nível de conforto para os utilizadores, por evitar<br />
correntes de ar no espaço de trabalho.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Número de horas<br />
(das 18:00h às 9:00h dia seguinte)<br />
Potência do aquecedor<br />
Fracção de tempo em carga<br />
Consumo numa noite<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Estação de aquecimento<br />
Energia anual poupada<br />
Custo anual evitado (1 aquecedor)<br />
Se existirem 5 aquecedores no Tribunal<br />
Se acontecer em 50 Tribunais<br />
Área gabinete<br />
Pé direito sala<br />
Temperatura interior<br />
Temperatura exterior<br />
Renovações de ar sem calafetar<br />
Renovações de ar depois de calafetar<br />
Poupança<br />
Estação de aquecimento<br />
Energia anual poupada<br />
Custo anual evitado (1 gabinete)<br />
Se existirem 10 gabinetes<br />
Se a situação se repetir em 100<br />
Tribunais<br />
15<br />
1500<br />
75%<br />
16,875<br />
22<br />
6,4<br />
2376<br />
305<br />
1.527<br />
76.329<br />
30<br />
2,7<br />
20<br />
11<br />
1<br />
0,6<br />
99,1<br />
6,4<br />
457<br />
59<br />
587<br />
58.706<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
m2<br />
m<br />
ºC<br />
ºC<br />
1/h<br />
1/h<br />
W<br />
meses<br />
meses<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
6,4<br />
903<br />
4.514<br />
225.720<br />
174<br />
1736<br />
173.605
12<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Colocar fitas de isolamento debaixo das<br />
portas.<br />
Dentro de um edifício sem aquecimento<br />
central, nem todos os espaços estão à mesma<br />
temperatura. A fuga do calor dos espaços<br />
mais aquecidos (como são os gabinetes de<br />
trabalho), para outros espaços mais frios (como<br />
os corredores, escadas e átrios, entre outros),<br />
pode ser significativa e fazer consumir mais<br />
energia do que o necessário para aquecimento.<br />
Uma fita de isolamento colocada debaixo da<br />
porta, de modo a obstruir a passagem de ar<br />
pelas frinchas entre a porta e o pavimento, não<br />
só poupa energia como ajuda a aumentar os<br />
níveis de conforto dos ocupantes, diminuindo a<br />
sensação de correntes de ar.<br />
Deixar os estores ou portadas do seu espaço<br />
de trabalho fechados à noite.<br />
A diferença de temperaturas entre o interior e<br />
exterior do edifício é o motor que faz o calor<br />
mover-se através dos vidros. Essa diferença é<br />
muito mais alta à noite. Se deixar os vidros mais<br />
protegidos durante a noite, de manhã o local de<br />
trabalho não estará tão frio, e será necessário<br />
gastar menos energia em aquecimento.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Largura da porta<br />
Permeabilidade antes<br />
Permeabilidade depois<br />
Temperatura interior<br />
Temperatura exterior<br />
Temperatura corredor<br />
Poupança<br />
Estação de aquecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 porta)<br />
Se existirem 30 portas<br />
Se a situação se repetir<br />
em 100 Tribunais<br />
Área janela<br />
Condutividade da janela sem portadas<br />
Condutividade da janela com portadas<br />
Temperatura interior<br />
Temperatura exterior<br />
Poupança<br />
Estação de aquecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 janela)<br />
Se existirem 50 janelas<br />
Se a situação se repetir em 100<br />
Tribunais<br />
0,8<br />
12<br />
6<br />
20<br />
11<br />
15,5<br />
7,3<br />
6,4<br />
34<br />
4<br />
130<br />
13.046<br />
4<br />
6<br />
4,5<br />
20<br />
11<br />
54<br />
6,4<br />
249<br />
32<br />
1.599<br />
159.875<br />
m<br />
m3/h/m<br />
m3/h/m<br />
ºC<br />
ºC<br />
ºC<br />
W<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
m2<br />
W/m2.ºC<br />
W/m2.ºC<br />
ºC<br />
ºC<br />
W<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
13<br />
386<br />
38.579<br />
95<br />
4.728<br />
472.781
13<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Abrir os estores quando o sol bate na janela,<br />
para ter ganhos solares<br />
Os ganhos solares no inverno podem ser<br />
bastante úteis para o aquecimento do edifício.<br />
é necessária atenção, por parte dos ocupantes,<br />
em ter os estores abertos no período do dia em<br />
que há incidência solar nas janelas.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Área janela<br />
Factor obstrução<br />
Factor solar<br />
Intensidade da radiação Inverno<br />
Tempo de exposição<br />
Dia<br />
Estação de aquecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 janela)<br />
Se existirem 50 janelas<br />
Se a situação se repetir em 100<br />
Tribunais<br />
4<br />
0,8<br />
0,9<br />
310<br />
4<br />
3,6<br />
6,4<br />
686<br />
88<br />
4.400<br />
440.000<br />
m2<br />
W/m2<br />
h<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
261<br />
13.050<br />
1.305.000
14<br />
3.2. Arrefecimento (Verão)<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Desligar a ventoinha enquanto vai almoçar.<br />
Uma ventoinha não arrefece a temperatura do<br />
ar. Apenas provoca uma sensação de frescura,<br />
porque ao aumentar a velocidade do ar, aumenta<br />
a quantidade de arrefecimento por evaporação<br />
do corpo humano. A uma maior velocidade do<br />
ar corresponde portanto uma sensação térmica<br />
mais baixa. No entanto, o funcionamento da<br />
ventoinha é inútil quando não está alguém no<br />
espaço. Deixar a ventoinha ligada quando não<br />
está no local de trabalho não vai torná-lo mais<br />
fresco enquanto está ausente, e consome uma<br />
quantidade significativa de energia inútil.<br />
Não ligar o ar condicionado com as janelas abertas.<br />
Dado que o ar condicionado arrefece artificialmente o ar, com<br />
elevado consumo energético, nunca devem ser deixadas<br />
janelas abertas durante o seu funcionamento, caso contrário o<br />
ar arrefecido sairá do espaço, e entrará ar aquecido exterior.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Intervalo para almoço e outras ausências<br />
Potência da ventoinha<br />
Consumo excessivo por dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Estação de arrefecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 ventoinha)<br />
Se houver 30 ventoinhas no Tribunal<br />
Se a situação se repetir em 100<br />
Tribunais<br />
Número de horas (das 9:00h às 18:00h)<br />
Potência AC<br />
Fracção de tempo em carga c/ janela aberta<br />
Fracção de tempo em carga c/ janela fechada<br />
Poupança por dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Estação de arrefecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 aparelho AC)<br />
Se existirem 10 gabinetes<br />
Se a situação se repetir em 40 Tribunais<br />
2<br />
130<br />
0.26<br />
22<br />
5,6<br />
32<br />
4<br />
123<br />
123.483<br />
9<br />
4500<br />
100%<br />
40%<br />
24,3<br />
22<br />
5,6<br />
2994<br />
385<br />
3.850<br />
154.000<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
12<br />
365<br />
14.607<br />
1.138<br />
11.380<br />
455.200
15<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Deixar janelas abertas à noite, sempre que tal seja<br />
possível em termos de segurança.<br />
O arrefecimento nocturno é uma importante estratégia<br />
para a poupança de energia em arrefecimento, e para o<br />
conforto dos ocupantes, quando não há ar condicionado no<br />
edifício. Durante o dia, o edifício aquece devido aos ganhos<br />
térmicos externos (que são os ganhos solares), e também<br />
aos ganhos térmicos internos (as pessoas que os ocupam,<br />
as luzes eléctricas, os computadores, impressoras, e outros<br />
equipamentos, estão continuamente a emitir calor para o<br />
espaço). Ao final do dia, a solução usual é fechar o edifício<br />
todo, sendo que deste modo ele não consegue libertar-se<br />
de parte significativa desse calor durante a noite, e arrefecer<br />
de modo a proporcionar conforto aos ocupantes, ao longo<br />
do próximo dia. O arrefecimento nocturno é muito eficaz<br />
em relação a essa questão, mas pode estar associado a<br />
questões de segurança do edifício. No entanto, em pisos<br />
superiores, ou em janelas especialmente preparadas para<br />
isso (por exemplo, onde só a bandeira abra parcialmente,<br />
ou que tenham gradeamentos), existem muitas vezes<br />
oportunidade para deixar o edifício ventilar à noite e assim<br />
arrefecer. Importa evitar esta solução em períodos do ano<br />
em que a humidade seja demasiado elevada à noite.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Área aberta<br />
Velocidade vento<br />
Temperatura interior<br />
Temperatura exterior<br />
Amplitude térmica<br />
Temperatura nocturna<br />
Arefecimento<br />
Intervalo (18h-9h)<br />
Estação de arrefecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 janela)<br />
Se existirem 50 janelas<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
0,6<br />
2<br />
25<br />
33<br />
14<br />
19<br />
8812,8<br />
15<br />
5,6<br />
740<br />
95<br />
4.756<br />
475.627<br />
m2<br />
m/s<br />
ºC<br />
ºC<br />
ºC<br />
ºC<br />
W<br />
h<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
281<br />
14.065<br />
1.406.523
16<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Desligar o Ar Condicionado enquanto vai<br />
almoçar.<br />
O ar condicionado é um sistema que funciona<br />
como um frigorífico, retirando o calor do ar de um<br />
espaço e deitando-o para outro. Trata-se de um<br />
processo que consome muita electricidade. Dado<br />
que o ar condicionado arrefece directamente o ar, a<br />
sua velocidade de actuação é muito rápida, sendo<br />
desnecessário deixá-lo ligado em períodos de<br />
desocupação, tal como a hora de almoço. Quando<br />
for ligado, rapidamente arrefecerá o espaço, e<br />
entretanto muita energia pode ser poupada.<br />
Fechar parcialmente estores e persianas durante<br />
o período do dia em que o sol entra.<br />
A radiação solar é a forma mais poderosa que o<br />
calor tem de entrar num espaço. Os vidros são<br />
particularmente permeáveis à entrada de radiação<br />
solar. Caso sejam sombreados quando incide sol<br />
directo, e de preferência pelo exterior, poderão<br />
reduzir de forma muito significativa o nível de<br />
sobreaquecimento do espaço. Quando já não há<br />
sol directo, os estores devem depois ser abertos,<br />
para maximizar o uso de luz natural, e assim poupar<br />
na iluminação eléctrica. é necessário que exista uma<br />
atenção por parte dos utilizadores do espaço para<br />
adaptarem estes dispositivos de sombreamento,<br />
pois só a sua participação e atitude pró-activa<br />
poderá conseguir os potenciais ganhos de energia<br />
e emissões de carbono associados a esta medida.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Intervalo para almoço e outras ausências<br />
Potência<br />
Consumo excessivo por dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Estação de arrefecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 aparelho AC)<br />
Se houver 20 unidades de AC<br />
no Tribunal<br />
Se a situação se repetir em 40 Tribunais<br />
Área janela<br />
Factor obstrução<br />
Factor solar<br />
Intensidade da radiação directa<br />
Tempo de exposição<br />
Poupança por dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Estação de arrefecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 janela)<br />
Se existirem 50 janelas<br />
Se a situação se repetir em<br />
100 Tribunais<br />
2<br />
4500<br />
9<br />
22<br />
5,6<br />
1109<br />
142<br />
3.562<br />
106.861<br />
4<br />
0,8<br />
0,9<br />
400<br />
4<br />
4,6<br />
22<br />
5,6<br />
568<br />
73<br />
3.648<br />
364.751<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
m2<br />
W/m2<br />
h<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
kg/ano<br />
kg/ano<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
421<br />
8.427<br />
337.075<br />
1,8<br />
216<br />
10.786<br />
1.078.641
17<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Colocar alguns tipos de plantas dentro da sua sala de<br />
trabalho.<br />
Algumas plantas comuns de interiores têm a capacidade de<br />
melhorar a qualidade do ar, sendo benéfica a sua presença num<br />
espaço de trabalho. As mais indicadas são:<br />
Palmeira Areca (Chrysalidocarpus Lutescens) – Transforma CO2 em oxigénio de dia<br />
Espada de São Jorge (Sansevieria Trifasciata) – Transforma CO2 em oxigénio à noite<br />
Trepadeira-de-Tonga (Epipreminum Aureum) – Absorve quimicos<br />
comuns no ar dos espaços de escritórios, como formaldeído e<br />
outros Componentes Orgânicos Voláteis<br />
A presença de plantas também poderá causar arrefecimento<br />
do ar, por evaporação. No cálculo anexo, utilizou-se a Palmeira<br />
Areca como exemplo.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Plantas por sala<br />
Evaporação por planta<br />
Evaporação total<br />
Arrefecimento / dia<br />
Estação de arrefecimento<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (por sala)<br />
Se existirem 10 gabinetes<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
9<br />
1<br />
9<br />
5,6<br />
5,6<br />
948<br />
122<br />
1.218<br />
121.810<br />
l/dia<br />
l/dia<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
360<br />
3.602<br />
360.217
18<br />
3.3. Iluminação<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Apagar as luzes sempre que deixar um local de<br />
trabalho.<br />
O consumo de energia eléctrica para<br />
iluminação de um espaço desocupado é um<br />
dos desperdícios energéticos mais comuns em<br />
Portugal.<br />
Apagar as luzes da Sala de Audiências<br />
sempre que esta estiver desocupada.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Área gabinete<br />
Iluminação<br />
Periodo desocupado<br />
Poupança por dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado ( 1 gabinete 30m2)<br />
Se existirem 10 gabinetes<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
Área da Sala de Audiências<br />
Iluminação<br />
Periodo desocupado<br />
Poupança / Dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 sala de audiências)<br />
Se existirem 2 salas de audiências<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
30<br />
450<br />
2<br />
0,9<br />
22<br />
11<br />
218<br />
28<br />
280<br />
27.987<br />
175<br />
2800<br />
5<br />
14<br />
22<br />
11<br />
3388<br />
435<br />
871<br />
87.072<br />
m2<br />
W<br />
h/dia<br />
kWh<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
m2<br />
W<br />
h/dia<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
83<br />
828<br />
82.764<br />
1.287<br />
2.575<br />
257.488
19<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Manter as entradas de luz natural devidamente desobstruídas,<br />
e acender só as luzes mais interiores, deixando as luzes junto às<br />
janelas apagadas, caso os interruptores o permitam.<br />
Através da maximização do uso da luz natural, é possível poupar<br />
quantidades significativas de energia em luz eléctrica. Para<br />
tal ser possível, as entradas de luz natural devem se mantidas<br />
tão desobstruídas quanto possível, e as correspondentes luzes<br />
artificiais apagadas sempre que há luz natural suficiente. Mais uma<br />
vez, cabe aos utilizadores esta atenção às condições naturais de<br />
luz. Sempre que os interruptores instalados permitam apagar as<br />
luzes por fiadas, a prioridade será apagar as luzes instaladas junto<br />
às fachadas e janelas.<br />
Apagar as luzes das instalações sanitárias<br />
quando sair.<br />
As instalações sanitárias são locais onde,<br />
tipicamente, as luzes eléctricas podem ficar<br />
várias horas acesas desnecessariamente.<br />
Dado que na maioria dos edifícios dos<br />
Tribunais não existem sensores de<br />
ocupação, para apagar automaticamente as<br />
luzes quando não são necessárias, caberá<br />
aos utilizadores essa pequena atenção, que<br />
pode ter um impacto global significativo.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Número de horas (das 9:00h às 18:00h)<br />
Area<br />
Fracção da área perto da janela<br />
Iluminação<br />
Poupança /dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 sala)<br />
Se existirem 10 gabinetes<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
Área<br />
Iluminação<br />
Período desocupado<br />
Poupança /dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 I.S.)<br />
Se existirem 6 instalações sanitárias<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
9<br />
30<br />
50%<br />
225<br />
2,025<br />
22<br />
11<br />
490<br />
63<br />
630<br />
62.971<br />
12<br />
120<br />
6<br />
0,72<br />
22<br />
11<br />
174<br />
22<br />
134<br />
13.434<br />
h<br />
m2<br />
W<br />
kWh<br />
m2<br />
W<br />
h/dia<br />
kWh<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
186<br />
1.862<br />
186.219<br />
66<br />
397<br />
39.727
20<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Apagar as luzes de salas de arquivo,<br />
arrecadações, salas de espólio, quando sair.<br />
As salas de arquivo, arrecadações, salas<br />
de espólio, e outras similares, são locais<br />
de ocupação pontual, onde, tipicamente,<br />
as luzes eléctricas podem ficar várias horas<br />
acesas desnecessariamente. Dado que<br />
na maioria dos edifícios dos Tribunais não<br />
existem sensores de ocupação, para apagar<br />
automaticamente as luzes quando não são<br />
necessárias, caberá aos utilizadores essa<br />
pequena atenção, que pode ter um impacto<br />
global significativo.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Área<br />
Iluminação<br />
Período desocupado<br />
Poupança /dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
.<br />
Custo anual evitado (1 sala arquivo 200m2)<br />
Se existirem 2 salas arquivos, espólio, etc<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
200<br />
2000<br />
6<br />
12<br />
22<br />
11<br />
2904<br />
373<br />
746<br />
74.633<br />
m2<br />
W<br />
h/dia<br />
kWh<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
1.104<br />
2.207<br />
220.707
21<br />
3.4. Computadores<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Não deixar o computador ligado à noite.<br />
é muitas vezes prática comum deixar os<br />
computadores ligados à noite, o que ocasiona<br />
consumos energéticos muito elevados ao<br />
longo do ano. Os computadores em stand-by<br />
também continuam a gastar energia.<br />
Reduzir o brilho do monitor do computador.<br />
O ecrã do computador é responsável por uma<br />
consumo considerável de energia. A redução do<br />
seu brilho, quando este está alto demais, pode<br />
causar poupanças energéticas sem prejuízo da<br />
qualidade visual do utilizador.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Número de horas<br />
(das 18:00h às 9:00h dia seguinte)<br />
Potência<br />
Poupança /dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 computador)<br />
Se existirem 30 computadores<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
Número de horas<br />
(das 9:00h às 18:00h)<br />
Diferença de consumo<br />
Poupança /dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 computador)<br />
Se existirem 30 computadores<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
15<br />
150<br />
2,25<br />
22<br />
11<br />
545<br />
70<br />
2.099<br />
209.905<br />
9<br />
40<br />
0,36<br />
22<br />
11<br />
87<br />
11<br />
336<br />
33.585<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
207<br />
6.207<br />
620.730<br />
33<br />
993<br />
99.317
22<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Substituir o wallpaper do computador por<br />
um ecrã mais escuro, ou com o logotipo<br />
da instituição (solução standard).<br />
O ecrã do computador é responsável por um<br />
consumo considerável de energia. A utilização<br />
de um wallpaper com um tom mais escuro<br />
evita que o ecrã esteja sempre a emitir tanta luz<br />
enquanto não está a ser utilizado.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Número de horas<br />
(das 18:00h às 9:00h dia seguinte)<br />
Diferença de<br />
Poupança /dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 computador)<br />
Se existirem 30 computadores<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
9<br />
20<br />
0.18<br />
22<br />
11<br />
44<br />
6<br />
168<br />
16.792<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
17<br />
497<br />
49.658
23<br />
3.5. Outros equipamentos<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Apenas imprimir quando necessário.<br />
A impressão de ficheiros que podem não ser<br />
absolutamente necessários em papel causa<br />
não só um desperdício de energia, mas também<br />
gasto desnecessário de papel (que para além<br />
de um custo, representa o abate de árvores<br />
adicionais), e de tinta da impressora.<br />
Outras boas práticas recomendadas, no sentido<br />
de poupar papel e tinteiros, são a impressão em<br />
draft, e a impressão dos dois lados do papel.<br />
Desligar as fotocopiadoras à noite.<br />
Tal como no caso dos computadores, desligar as<br />
fotocopiadoras à noite pode trazer importantes<br />
poupanças energéticas e, logo, ambientais.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Consumo por página<br />
páginas desnecessárias por dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 dia)<br />
Se existirem 30 utilizadores<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
Número de horas<br />
(das 18:00h às 9:00h dia seguinte)<br />
Consumo em standby<br />
Poupança /dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 fotocopiadora)<br />
Se existirem 5 fotocopiadoras<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
0,05<br />
10<br />
22<br />
11<br />
121<br />
16<br />
466<br />
46.646<br />
15<br />
200<br />
3<br />
22<br />
11<br />
726<br />
93<br />
466<br />
46.646<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
kWh/p<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
46<br />
1.379<br />
137.940<br />
276<br />
1.379<br />
137.940
24<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Desligar as impressoras à noite.<br />
Tal como no caso dos computadores, desligar<br />
as impressoras à noite pode trazer poupanças<br />
energéticas e, logo, ambientais.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Número de horas<br />
(das 18:00h às 9:00h dia seguinte)<br />
Consumo em standby<br />
Poupança /dia<br />
Dias de trabalho/mês<br />
Meses de trabalho<br />
Energia anual<br />
Custo anual evitado (1 impressora)<br />
Se existirem 10 impressoras<br />
Se a situação se repetir em 100 Tribunais<br />
15<br />
5<br />
0.075<br />
22<br />
11<br />
18<br />
2,3<br />
23<br />
2.332<br />
h<br />
W<br />
kWh<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO (Kg CO2)<br />
meses<br />
kWh/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
€/ano<br />
6,9<br />
69<br />
6.897
25<br />
3.6. Água<br />
QUANTO PO<strong>DE</strong> POUPAR SE...<br />
Não deixar a torneira aberta mais tempo do<br />
que o necessário.<br />
Uma redução do tempo médio de utilização<br />
do lavatório para lavagem de mãos, de 60<br />
segundos para 30 segundos, pode representar<br />
uma poupança de centenas de milhares de<br />
litros por ano nos edifícios dos Tribunais em<br />
Portugal.<br />
Abrir a torneira com menos intensidade,<br />
diminuindo o seu caudal de água.<br />
Uma redução do caudal médio de utilização<br />
do lavatório para lavagem de mãos, de 6 litros/<br />
minuto para 3 litros/minuto, pode representar<br />
uma poupança de centenas de milhares de<br />
litros por ano nos edifícios dos Tribunais em<br />
Portugal.<br />
IMPACTO ENERGéTICO<br />
E FINANCEIRO<br />
Caudal de cada unidade<br />
Caudal Instantâneo de cada unidade<br />
Estimativa de tempo de uso<br />
Número de utilizações diárias<br />
Nº total de lavatórios<br />
Consumo de água diário<br />
Se o tempo de uso diminuir para 30 segundos<br />
Redução no consumo de água diário<br />
Impacto conjunto de 100 tribunais<br />
Caudal de cada unidade<br />
Caudal Instantâneo de cada unidade<br />
Estimativa de tempo de uso<br />
Número de utilizações diárias<br />
Nº total de lavatórios<br />
Consumo de água diário<br />
Redução no consumo de água diário<br />
Impacto conjunto de 100 tribunais<br />
6<br />
0,1<br />
60<br />
50<br />
15<br />
4500<br />
30<br />
2250<br />
225000<br />
3<br />
0,05<br />
60<br />
50<br />
15<br />
2250<br />
2250<br />
225000<br />
REDUçõES NAS EMISSõES<br />
<strong>DE</strong> CARBONO<br />
litros/minuto<br />
litros/segundo<br />
segundos<br />
litros<br />
segundos<br />
litros<br />
litros<br />
litros/minuto<br />
litros/segundo<br />
segundos<br />
225.000 litros<br />
poupados<br />
litros<br />
litros<br />
litros<br />
litros 225.000 litros<br />
poupados
26<br />
OUTRAS MEDIDAS...<br />
Utilizar o botão de menor descarga no autoclismo.<br />
A capacidade de um autoclismo tradicional pode ser de mais de 10 litros. Os novos<br />
autoclismos de dupla descarga têm descargas de 6 ou 3 litros. A utilização do botão<br />
de menor descarga pode originar poupanças de água significativas. Se não existir um<br />
botão de menor descarga, pode colocar uma garrafa de água de 1,5 litros dentro do<br />
autoclismo, para diminuir o seu volume de água.<br />
Avisar a manutenção sobre torneiras a pingar.<br />
Uma torneira a pingar durante 24 horas, de 5 em 5 segundos, perde 3 litros de água,<br />
o que corresponde a mais de 1000 litros de água por ano.
27<br />
4. Boas Práticas - Gestor do Edifício - Secretário de Justiça<br />
O Secretário de Justiça representa uma peça-chave no processo<br />
de consciencialização de todos os que trabalham no edifício para<br />
a questão da gestão energética e de água.<br />
O Secretário de Justiça, consciente de que existe uma atenção<br />
crescente centrada na poupança que cada edifício consegue<br />
atingir, em termos da electricidade e água consumidas, concentra<br />
na sua pessoa um grande potencial para conseguir reduzir os<br />
custos, ao enquadrar as iniciativas dos diferentes ocupantes dos<br />
edifícios, dando-lhes reposta e acompanhamento, e dotando a sua<br />
acção diária da incisão, pro-actividade e iniciativa imprescindíveis<br />
ao envolvimento de todos os funcionários do Tribunal, incluindo os<br />
Magistrados. Neste sentido, a cultura, atitude e comportamento<br />
do Secretário de Justiça de cada Tribunal são por demais<br />
essenciais. Se o Secretário se assumir enquanto “Smart People”<br />
está garantida a iniciativa e adesão para a efectivação das boas<br />
práticas, caso contrário torna-se difícil encaminhar para si os<br />
restantes utilizadores do edifício do Tribunal.<br />
Passa também pelo Secretário de Justiça a capacidade de<br />
sugerir novas medidas que possam aumentar a eficiência do<br />
edifício. Poderão tratar-se de medidas de menor escala, nas quais<br />
pode aplicar os fundos próprios de gestão de edifício, e também<br />
medidas de maior escala, eventualmente com maior potencial de<br />
poupança, para as quais deve solicitar o apoio do IGFIJ.<br />
Em termos genéricos, o Secretário de Justiça deve procurar<br />
compreender e sistematizar o modo como funciona energicamente<br />
4.1<br />
o seu edifício. As vertentes fundamentais que afectam o<br />
comportamento do edifício são: aquecimento, arrefecimento e<br />
iluminação. Nesse sentido, é importante identificar quais os pontos<br />
fracos do edifício, por onde entra o frio, o calor e a luz, e procurar<br />
melhorar e optimizar os principais pontos primeiro. é também<br />
essencial discutir estes aspectos com os ocupantes do edifício, pois<br />
eles podem ter sugestões e comentários capazes de valorizar o seu<br />
desempenho geral, ou relativos a pontos particulares e específicos<br />
com que apenas os utilizadores têm normalmente contacto.<br />
é importante que o Secretário tenha assim conhecimento dos<br />
vectores aos quais deverá responder: electricidade consumida e<br />
formas de a reduzir; água consumida e formas de a reduzir; sistema<br />
de rega utilizado e formas de o optimizar. Este aspectos, assim como<br />
muitos outros, serão detalhados na próxima secção deste Manual.<br />
Aplicam-se também ao Secretário de Justiça todas as medidas<br />
descritas na secção anterior.<br />
Aquecimento (Inverno)<br />
Os principais vectores para melhorar o desempenho térmico do<br />
edifício no Inverno são:<br />
4.1.1. Melhorar o nível de isolamento térmico da sua envolvente<br />
4.1.2.Diminuir a infiltração, e a saída de ar quente dos<br />
espaços aquecidos<br />
4.1.3. Maximizar os ganhos solares
28<br />
4.1.1<br />
4.1.2<br />
Melhorar o nível de isolamento térmico da envolvente<br />
Embora a melhoria do isolamento térmico do edifício esteja<br />
geralmente associada a obras de reabilitação energética (vãos,<br />
paredes e coberturas, entre outors), existem algumas medidas<br />
simples que podem ainda assim proporcionar um efeito significativo<br />
na melhoria do desempenho térmico.<br />
Vãos – assegurar que todas as janelas têm instalados estores<br />
ou portadas, e que estes são fechados à noite, antes de sair do<br />
edifício.<br />
Clarabóias – assegurar o bom estado de manutenção das<br />
clarabóias que existam. Caso sejam de vidro simples, fixas, e<br />
de pequena dimensão, pode ser considerada a aplicação de<br />
um pano interior adicional, por exemplo em acrílico, ou vidro de<br />
segurança.<br />
Paredes e cobertura – Assegurar a sua adequada manutenção,<br />
inspeccionando regularmente a existência de descontinuidades<br />
no seu revestimento exterior. Uma superfície molhada ou húmida<br />
transmite mais calor do que uma superfície seca.<br />
Diminuir a infiltração<br />
Considerar a colocação de uma antecâmara na entrada do<br />
edifício - Quando as portas dos edifícios estão sempre abertas,<br />
existe um grande gasto de energia, pois o ar interior, mais aquecido<br />
no inverno, ou mais fresco no Verão, é perdido por este meio. No<br />
inverno, o nível geral de conforto de todos os ocupantes desce, pois<br />
se os átrios, escadas e corredores estão a baixas temperaturas,<br />
4.1.3<br />
4.2.<br />
o calor gerado dentro dos gabinetes e salas de audiências perdese<br />
através das portas, mesmo quando estão fechadas. No verão, a<br />
temperatura geral do edifico também aumenta, com o efeito inverso.<br />
Mesmo nos edifícios onde as portas exteriores estão geralmente<br />
fechadas, sempre que se abre a porta há significativas perdas<br />
térmicas, pelo que deve sempre ser instalada uma antecâmara de<br />
vidro na entrada, segundo projecto articulado com o IGFIJ.<br />
Calafetar os vãos – calafetar janelas com fita isoladora, e colocar<br />
fitas estanques debaixo das portas (ver medidas Aquecimento<br />
secção 2).<br />
Outras fontes de infiltração - Identificar outros pontos no edifício<br />
que possam estar a deixar perder o ar aquecido, tais como<br />
claraboias pouco estanques, rachas a nível das coberturas, ou<br />
antigas chaminés e poços de ar.<br />
Maximizar ganhos solares<br />
Assegurar que todos os vãos que proporcionem ganhos solares úteis<br />
estão com os estores abertos e desobstruídos durante as horas em<br />
que o sol neles incide.<br />
Preferir plantas de folha caduca em termos de paisagismo,<br />
nomeadamente árvores, que no inverno não sombreiem<br />
excessivamente o edifício, e permitam a passagem dos raios solares.<br />
Arrefecimento (Verão)<br />
Em relação ao sobreaquecimento no Verão, algumas medidas que<br />
envolvem recursos limitados são:
29<br />
- Maximizar o nível de sombreamento do edifício<br />
é essencial assegurar que todos os vãos estão sombreados,<br />
preferencialmente pelo exterior. Os elementos de sombreamento<br />
podem ser colocados pelo Secretário de Justiça, em situações<br />
mais pontuais, ou solicitados ao IGFIJ, em situações mais<br />
abrangentes.<br />
As paredes nascente, sul e poente, que podem também<br />
sobreaquecer , poderão ser sombreadas através de árvores de<br />
folha caduca plantadas junto a estas fachadas, ou através de<br />
plantas trepadeiras.<br />
- Maximizar a ventilação natural do edifício<br />
Reparar janelas de abrir que estejam desactivadas.<br />
Abrir novas aberturas interiores, e clarabóias, de modo a criar<br />
caminhos de ventilação cruzada, através de correntes de ar entre<br />
pontos de entrada e saída.<br />
Promover a ventilação nocturna do edifício, sempre que possível<br />
(ver medida na secção 3).<br />
- Minimizar a absorção térmica do edifício<br />
Escolher cores claras para os revestimentos exteriores do edifício,<br />
incluindo a pintura de paredes, e o material de acabamento das<br />
coberturas, que deve ser o mais claro e reflectante possível no<br />
caso das coberturas planas.<br />
4.3<br />
4.3.1<br />
4.3.2<br />
Iluminação (natural / artificial)<br />
Iluminação natural – Identificação de oportunidades para<br />
utilização de luz natural<br />
Criação de um ambiente interior de cores claras e luminoso - não só<br />
diminuirá a factura energética, por aumentar a difusão e utilização de<br />
luz natural, como criará um ambiente mais agradável e confortável<br />
para os utilizadores.<br />
Janelas – Escolher caixilhos brancos, ou de tom claro, e com a menor<br />
área de caixilho possível. Abrir os estores para ter luz, sempre que<br />
não seja necessário fechá-los devido ao calor e à luz solar directa.<br />
Vidros – escolher vidros com alta transmissão luminosa, embora<br />
com factor solar reduzido.<br />
Estores, cortinas – Devem também ter tons claros.<br />
Paredes, tectos e pavimentos devem ter tons claros (branco,<br />
madeiras de tons claros).<br />
Escolher mobiliário de tons claros (madeiras de tom claro, cinzento<br />
claro).<br />
Retirar grandes móveis e estantes junto às janelas, principalmente<br />
os de cores escuras.<br />
Iluminação Artificial<br />
Trocar lâmpadas por lâmpadas de baixo consumo.<br />
Trocar luminárias por luminárias de maior eficiência energética.<br />
Limpar lâmpadas, luminárias e candeeiros regularmente.
30<br />
Durante os períodos em que o edifício está desocupado, assegurar<br />
que está desligada toda a iluminação eléctrica.<br />
Quando possível, instalar sensores de presença para controle da<br />
iluminação artificial nas instalações sanitárias.<br />
Assegurar que, quando terminam as sessões na sala de<br />
audiências, a luz artificial é desligada, assim como os sistemas<br />
de aquecimento e arrefecimento existentes. Os estores deverão<br />
também ser baixados no Verão, ou levantados no Inverno.<br />
Informação sobre iluminação de baixo consumo<br />
a) Lâmpadas Fuorescentes Compactas<br />
As lâmpadas fluorescentes compactas têm uma eficiência<br />
energética muito superior às lâmpadas incandescentes, e são<br />
compatíveis com os casquilhos tradicionais usados para estas.<br />
O seu número de horas de utilização é consideravelmente mais<br />
elevado (6 a 15 mil horas), assim como o número de ciclos de<br />
ligar e desligar. Existem lâmpadas com diferentes temperaturas<br />
de cor: branco quente e branco frio, sendo que o branco quente<br />
é normalmente preferido pelos utilizadores, por não ter a luz tão<br />
branca e fria como as luzes fluorescentes comuns. Uma das suas<br />
desvantagens é necessitarem de algum tempo até o seu fluxo<br />
luminoso atingir o máximo, após serem ligadas.<br />
Fig.9<br />
Fig.10<br />
Fig.11<br />
Lâmpadas fluorescentes compactas de casquilho grosso (E27) 2<br />
Lâmpadas fluorescentes compactas de casquilho fino (E14)<br />
Lâmpadas fluorescentes compactas de casquilho tipo GU10 (substituem lâmpadas semelhantes às<br />
ilustradas na figura à direita)<br />
2 Agradecemos à EDP e à Quercus pela reprodução de algumas das imagens e informação incluídas<br />
nesta secção do Manual.
31<br />
Comparação de potências entre lâmpadas incandescentes<br />
e fluorescentes compactas<br />
b) Díodos Emissores de Luz (LEDs – Light Emitting Diodes)<br />
A tecnologia de iluminação eléctrica previlegiada num futuro<br />
próximo serão os LEDs. Embora estas lâmpadas tenham<br />
um preço mais elevado que as lâmpadas fluorescentes<br />
compactas, o seu consumo energético é inferior, e o período<br />
de vida muito superior (20 a 45 mil horas). Já estão disponíveis<br />
no mercado lâmpadas de LEDs com potências aceitáveis, e<br />
com diferentes tipos de casquilhos adaptáveis às luminárias<br />
comuns.<br />
Comparação de tipo de lâmpadas por características: potência,<br />
eficácia luminosa e duração típica em horas<br />
c) Lâmpadas Fuorescentes Compactas<br />
As lâmpadas fluorescentes tubulares, sempre que possível, devem<br />
ser substituídas por lâmpadas fluorescentes compactas. No<br />
entanto, quando não existirem condições para essa substituição<br />
total, algumas regras para aumentar a eficiência energéticas das<br />
intalações à base de lâmpadas tubulares são:<br />
Utilização de tubos T5 (16mm) em alternativa aos tubos T8, dado<br />
que podem ter uma eficiência energética até 5% superior.<br />
Utilização de balastros de alta frequência que introduzem maior<br />
eficiência energética, reduzem os custos de manutenção, e causam<br />
menor cintilação, logo maior conforto visual.<br />
Utilização de luminárias de alta frequência, com suporte de<br />
montagem de elevado rendimento, e com DLOR (Downward Light<br />
Output Ratio) de pelo menos 80%.<br />
Em termos de conforto visual, as luminárias devem cumprir a norma<br />
LG3:2001 / LG7:2005, sendo adequadas para locais com utilização
32<br />
4.4<br />
4.5<br />
4.6<br />
4.6.1<br />
de monitores de computadores, e idealmente possuir perfurações<br />
laterias, de modo a reduzir o efeito de tecto escuro, por permitir a<br />
passagem de alguma luz ascendente.<br />
Computadores<br />
Durante os períodos em que o edifício está desocupado, assegurar<br />
que são desligados (e não em stand-by) os computadores,<br />
fotocopiadoras, impressoras, e outro equipamento.<br />
Outros aspectos de sustentabilidade<br />
Seleccionar equipamentos eléctricos de elevada eficiência<br />
energética.<br />
Adoptar toalhas de papel reciclado ou, preferencialmente, colocar<br />
secadores de mãos em vez de toalhas de papel .<br />
Adoptar papel higiénico reciclado.<br />
Reciclar o papel.<br />
Instalar um ‘pilhão’ no edifício.<br />
Gestão eficiente de água<br />
Gestão de consumos sanitários<br />
Colocar economizadores de água nas torneiras (anti-vandalismo).<br />
Vigiar a ocorrência de torneiras a pingar, e reparar com urgência.<br />
Instalar autoclismos de descarga dupla, ou colocar uma garrafa<br />
de água de 1,5l no interior dos autoclismos existentes, de modo a<br />
reduzir o seu volume de descarga.<br />
4.6.2<br />
4.7<br />
Gestão de consumos para jardinagem/paisagismo<br />
Evitar relvados, que exigem muita rega e manutenção.<br />
Escolher espécies locais e de baixo consumo de água.<br />
Adoptar sistemas de rega gota-a-gota, quando possível, com<br />
controle electrónico.<br />
Controle e gestão do edifício<br />
Observar a evolução das facturas de electricidade e água, e caso<br />
sejam detectados aumentos nos consumos, procurar identificar a<br />
sua origem, com urgência.<br />
Criar mecanismos para comunicar a todos os utilizadores do edifício<br />
a evolução das facturas, e a sua percentagem de redução, de modo<br />
a existir feedback em tempo útil sobre os esforços conjuntos para<br />
diminuição dos consumos no edifício.<br />
Criar campanhas de comunicação internas sobre o desempenho<br />
do edifício, e procurar implementar um sistema de “Score Card”,<br />
onde cada utilizador possa registar, semanalmente, a sua redução<br />
em emissões de carbono, seguindo a secção 3 deste Manual.<br />
Se possível, adquirir um software de monitorização em tempo real<br />
de consumo eléctrico do edifício, instalando um pequeno emissor<br />
wireless no contador da EDP (diversas companhias disponibilizam<br />
já esse tipo de soluções, não intrusivas em relação ao contador), e<br />
disponibilizar o software também aos utilizadores do edifício.<br />
Recolher junto ao IGFIJ o máximo de dados sobre a construção<br />
e historial do edifício, de modo a conhecer melhor as suas<br />
características e potenciais pontos fracos.
33<br />
Estar atento aos diversos aspectos de manutenção / reparação de<br />
componentes do edifício, que poderão ter um impacto relavante<br />
no seu desempenho.<br />
Adoptar regras de manutenção de caldeiras – revisão, afinação,<br />
sistemas de controle.<br />
Adoptar regras de manutenção de sistemas de ar condicionado<br />
- mudar filtros, manutenção, programar set points e termostátos<br />
de modo a adequar as temperaturas aos níveis de ocupação do<br />
edifício.<br />
Sugere-se ao IGFIJ a criação de um “Ranking” dos Tribunais<br />
que mais conseguiram poupar durante o período de um ano,<br />
sendo avaliada a percentagem de redução em relação aos<br />
consumos do ano anterior, avaliada pelos valores reais das<br />
facturas energéticas e de água, ponderados em relação à área do<br />
edifício (consumo/m2).
34<br />
Ficha Técnica<br />
Autoria e coordenação<br />
Prof.ª Luísa Gama Caldas<br />
Estão reservados todos os direitos de propriedade intelectual,<br />
em particular os direitos de autor.<br />
A utilização deste Manual, fora do contexto para que foi realizado,<br />
carece de autorização explícita por parte da autora.<br />
Email: lcaldas@fa.utl.pt<br />
Consultadoria energética e estimativa de consumos<br />
Design Gráfico<br />
Mónica Loureiro<br />
Sandra Lopes<br />
Dezembro de 2010