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Onde Pastar? O Gado Bovino No Brasil - Fundação Heinrich Böll

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ONDE PASTAR? O GADO BOVINO NO BRASIL<br />

Outra forma de integração que tem surgido no Cerrado é uma parceria<br />

entre produtor de grãos e pecuarista. O primeiro cultiva milho com capim e, após<br />

a colheita do grão, arrenda a área para o pecuarista. A vantagem é que o pasto<br />

recém-formado permanece verde em praticamente todo o período seco. Dessa<br />

forma, pode ser obtida uma pastagem de qualidade na entressafra. É, segundo a<br />

Embrapa, uma parceria interessante para os dois lados porque o produtor de grãos<br />

não gasta com a aquisição de animais e o pecuarista não precisa investir em<br />

maquinário para a agricultura.<br />

As pesquisas apontam que áreas cultivadas por dois ou três anos com pastagem<br />

apresentam um aumento da produtividade de cinco a oito sacas de soja por<br />

hectare. Essa melhora se deve ao aumento da matéria orgânica no solo. Também<br />

se observou que a integração quebra os ciclos de pragas e reduz a infestação de<br />

plantas daninhas, uma vez que “passa a existir uma única outra planta: o pasto”<br />

(Embrapa, 2008).<br />

A nova tendência dos SILPs é a incorporação de árvores nos sistemas, configurando<br />

o que se chama de sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta<br />

(SILPFs). Trabalhos iniciais na Embrapa <strong>Gado</strong> de Leite, efetuados em 1997, onde o<br />

objetivo era ajustar forrageiras tropicais que melhor se adaptassem ao sombreamento<br />

em sistemas silvipastoris, têm evoluído para sistemas agrossilvipastoris, onde<br />

o arranjo das linhas de árvores já leva em consideração o espaço necessário para o<br />

plantio de culturas e seus tratos culturais (Macedo, 2009).<br />

ALGUNS RESULTADOS<br />

A Embrapa (em ABEAS-MAPA, 2007) mensurou os benefícios do sistema de integração<br />

lavoura-pecuária, comparando os índices zootécnicos nacionais com aqueles<br />

obtidos em experiências desenvolvidas na região de Campo Grande-MS.<br />

Índices zootécnicos médios do rebanho nacional e em sistemas<br />

tecnológicos mais evoluídos, em Campo Grande-MS<br />

Índice Média <strong>Brasil</strong>eira Integração Lavoura-Pecuária<br />

Natalidade 60% 85%<br />

Mortalidade até a desmama 8% 2,70%<br />

Taxa de desmama 54% 80%<br />

Mortalidade pós desmama 4% 1%<br />

Idade por ocasião da 1ª cria 4 anos 2 anos<br />

Intervalo entre partos 21 meses 12 meses<br />

Idade ao abate 4 anos 1,5 anos<br />

Taxa de abate 17% 40%<br />

Peso da carcaça 200Kg 230Kg<br />

Rendimento da carcaça 53% 55%<br />

Fonte: ABEAS-MAPA, 2007.<br />

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