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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Sistemas SET

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No caso de interação completa, a resultante do diagrama do fluxo de<br />

cisalhamento longitudinal, aqui representada por Vh, é dada em função da máxima<br />

força cortante que se pode transmitir através da ligação, sendo esta limitada pelas<br />

resultantes máximas de tração e de compressão que podem atuar na viga de aço e na<br />

laje de concreto, respectivamente. Vh assume, portanto, o menor desses valores. O<br />

número de conectores, no caso de interação completa, deve então ser determinado<br />

para a resistir à resultante Vh.<br />

Do ponto de vista da resistência da ligação aço-concreto, define-se o termo<br />

grau de conexão g pela relação entre o somatório das resistências individuais dos<br />

conectores – situados entre uma seção de momento fletor máximo e a seção<br />

adjacente de momento nulo - e a resultante do fluxo de cisalhamento Vh da interação<br />

completa. Este índice permite avaliar o tipo de interação: quando g for maior ou igual<br />

a 1, a interação é completa; caso contrário, a interação será parcial. O momento fletor<br />

resistente de uma viga mista depende do grau de conexão, sendo crescente no<br />

intervalo 0 ≤ g ≤ 1,0.<br />

Embora se confundam, na prática, os termos interação completa e conexão<br />

total (quando g=1,0), existe distinção entre interação, que está associado com o<br />

escorregamento relativo, e grau de conexão, que está associado à capacidade da viga<br />

em atingir o máximo momento resistente sem a ruptura da ligação. MALITE (1990)<br />

ressalva que, na realidade, algum escorregamento relativo ocorre, mesmo em vigas<br />

com grau de conexão total, e que o termo interação completa continua sendo usado,<br />

principalmente nas normas, pois entende-se que o escorregamento relativo entre aço<br />

e concreto pode ser desprezado nos cálculos.<br />

OEHLERS et al. (1997) descreveram o efeito da interação parcial em vigas<br />

mistas com grau de conexão total. Mostraram que, para vigas mistas usuais em<br />

edifícios, onde a resultante de compressão da seção de concreto é maior que a<br />

resultante de tração na seção de aço, a interação parcial tem poucos efeitos sobre a<br />

capacidade da viga à flexão. Por outro lado, a interação parcial pode reduzir a<br />

resistência de vigas mistas com seções robustas de aço, onde a resultante de tração na<br />

seção de aço seja consideravelmente maior que a resultante de compressão no<br />

concreto. Entretanto, o grande efeito da interação parcial parece estar relacionado<br />

com a redução das deformações nos elementos de aço.<br />

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