Os valores experimentais médios obtidos no teste de cisalhamento com a parede, com a simulação do aço liso e do aço rugoso, são mostrados na Tabela 6.7. Tabela 6.7 – Resultados experimentais do teste de cisalhamento com a parede do farelo de milho (U=12,4% e T=25,7˚ C) e da soja (U=10,7% e T=24,7˚ C). Material da parede Aço Rugoso Aço Liso Ww (N) Farelo de milho Soja Wwt (N) Sw (N) Ww (N) Wwt (N) Sw (N) 100 105,9 27,0 100 105,9 23,2 80 85,9 22,5 80 85,9 19,2 60 65,9 18,5 60 65,9 14,8 40 45,9 14,0 40 45,9 10,3 20 25,9 8,7 20 25,9 4,9 100 105,9 21,5 100 105,9 20,3 80 85,9 17,5 80 85,9 15,9 60 65,9 14,0 60 65,9 12,6 40 45,9 10,2 40 45,9 9,2 20 25,9 6,5 20 25,9 4,9 Os dados obtidos experimentalmente foram analisados e os resultados finais das propriedades físicas do produto a partir do teste de cisalhamento direto com o produto e com a parede são mostrados na Tabela 6.8 e na Tabela 6.9. Tabela 6.8 – Resultados médios das propriedades físicas do farelo de milho (U=12,4% e T=25,7˚ C) e da soja (U=10,7% e T=24,7˚ C). Produto YL Wp (N) γ (kN/m 3 ) c (N/m 2 ) φi (º) φe (º) σc (N/m 2 ) σ1 (N/m 2 ) σ1/σc Farelo YL 1 100 6,36 820,8 34,4 37,1 3111,2 27573,9 8,86 de YL 2 70 6,45 272,8 37,1 38,3 1095,6 20019,4 18,27 milho YL 3 50 6,42 0,0 37,6 37,6 0,0 14934,2 - YL 1 100 7,11 227,0 34,7 32,3 867,2 17501,0 20,2 Soja YL 2 70 7,13 373,8 33,3 34,6 1386,4 22313,8 16,1 YL 3 50 7,05 0,0 36,8 36,8 0,0 28573,6 - Tabela 6.9 – Resultados médios do ensaio de cisalhamento com a parede com o farelo de milho (U=12,4% e T=25,7˚ C) e com a soja (U=10,7% e T=24,7˚ C). Produto Farelo de milho Soja Material da parede φw (º) φw (º) Aço liso 10,98 10,24 Aço rugoso 13,65 12,28 95
96 Segundo a classificação da capacidade de fluxo proposta por Jenike (Tabela 2.1), a soja é um produto de fluxo livre dado que para os três níveis de tensão ensaiados, a Função Fluxo da soja é superior a 10. O farelo de milho é de fluxo livre até um dado nível de tensão, a partir do qual passa a ser classificado como produto de fluxo fácil. Os resultados das propriedades físicas estão de acordo com os valores tabelados pelas normas internacionais. Para levar em conta a variabilidade dessas propriedades, todas as normas sugerem que sejam adotados valores superiores e inferiores. Os valores inferiores e superiores das propriedades físicas utilizados na determinação das pressões estão resumidos na Tabela 6.10. Cabe salientar que o coeficiente K foi determinado de forma indireta, levando em consideração a formulação proposta para cada uma das normas analisadas. Peso específico Tabela 6.10 – Valores inferiores, médios e superiores das propriedades físicas. Produto Ângulo de atrito interno Ef. Atrito interno Coef. de atrito efetivo parede Farelo milho Soja Produto Farelo milho Soja γi (kN/m 3 ) γm(kN/m 6,36 7,05 μhi 0,19 0,18 3 ) 6,42 7,11 μhm 0,22 0,20 γs (kN/m 3 Coef. de atrito com a ) 6,45 7,13 tremonha μhs 0,24 0,22 φii (º) 34,4 33,3 K Ki 0,41 0,45 φim (º) 37,1 34,7 (EUROCODE Km 0,43 0,47 φis (º) 37,6 36,8 DIN e ISO) Ks 0,45 0,50 φei (º) 37,1 32,3 Ki 0,42 0,44 φem (º) 37,6 34,6 K (AS) Km 0,44 0,46 φes (º) 38,3 36,8 Ks 0,46 0,48 μeffi 0,44 0,38 ci (KPa) 0,00 0,00 μeffm 0,46 0,40 c cm (KPa) 0,27 0,23 μeffs 0,48 0,42 cs (KPa) 0,82 0,37 O coeficiente de atrito efetivo com a parede corrugada foi calculado com base nas equações 2.05 e 2.06 enquanto que o coeficiente de atrito com a tremonha foi considerado igual ao coeficiente de atrito obtido no ensaio de cisalhamento direto do produto com o aço liso. Algumas comparações podem ser feitas com os dois produtos pela análise da Tabela 6.10. Verifica-se que o farelo de milho é menos denso, possui maior ângulo de atrito interno, maior ângulo de atrito efetivo e maior ângulo de atrito com a parede. Dado que o farelo de milho possui maiores ângulos de atrito, maior será a
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GOMES, F.C. Estudo teórico e exper
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