estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...
estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...
estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Capítulo 1 - Introdução 2<br />
Mas, na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 50, a utilização <strong>da</strong> <strong>alvenaria</strong> ganhou novo impulso, após a<br />
realização <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> experimentações na Europa. Em 1951, dimensionou-se<br />
e construiu-se na Suíça um edifício <strong>de</strong> 13 pavimentos em <strong>alvenaria</strong> não-arma<strong>da</strong>,<br />
com pare<strong>de</strong>s internas <strong>de</strong> 15 cm <strong>de</strong> espessura e externas com 37,5 cm, ABCI<br />
(1990). Muitos outros edifícios foram construídos na Inglaterra, Alemanha e Suíça,<br />
e também nos Estados Unidos, país no qual a <strong>alvenaria</strong> estrutural passou a ser<br />
emprega<strong>da</strong> mesmo em zonas sujeitas a abalos sísmicos, sendo neste caso<br />
utiliza<strong>da</strong> a <strong>alvenaria</strong> arma<strong>da</strong>.<br />
No Brasil, após a sua implantação em 1966, quando em São Paulo foram<br />
construídos alguns prédios <strong>de</strong> quatro pavimentos em <strong>blocos</strong> vazados <strong>de</strong> concreto, o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> <strong>alvenaria</strong> estrutural <strong>de</strong> <strong>blocos</strong> se <strong>de</strong>u <strong>de</strong> maneira lenta. Isso<br />
ocorreu não obstante suas vantagens econômicas, especialmente associa<strong>da</strong>s ao<br />
fato <strong>de</strong> se utilizarem as pare<strong>de</strong>s não apenas como elementos <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção, mas<br />
também como elementos portantes.<br />
Por muitos anos a <strong>alvenaria</strong> estrutural foi pouco utiliza<strong>da</strong> no Brasil <strong>de</strong>vido a<br />
muitos fatores tais como: preconceito, maior domínio <strong>da</strong> tecnologia do concreto<br />
armado por parte <strong>de</strong> construtores e projetistas e pouca divulgação do assunto nas<br />
universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s durante o processo <strong>de</strong> formação dos engenheiros. Muitos projetistas<br />
são leigos no que diz respeito a este sistema construtivo e acabam, assim, optando<br />
pelo concreto armado. Isto é também influenciado pelo reduzido número <strong>de</strong><br />
publicações sobre o assunto em português, pois a maior parte <strong>da</strong> bibliografia é<br />
estrangeira e volta<strong>da</strong> para as peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s do país <strong>de</strong> origem.<br />
Nos últimos cinco anos essa situação tem se alterado <strong>de</strong> forma significativa.<br />
O interesse por esse sistema estrutural cresceu <strong>de</strong> forma notável, especialmente<br />
pelas condições niti<strong>da</strong>mente favoráveis que se obtêm em termos <strong>de</strong> economia. E,<br />
no momento, a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> por tecnologias que possam garantir a execução <strong>de</strong> obras<br />
econômicas e seguras é realmente muito gran<strong>de</strong>.<br />
Nesse aspecto, um ponto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância a ser mais bem estu<strong>da</strong>do é<br />
exatamente a <strong>de</strong>formabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> painéis <strong>de</strong> <strong>alvenaria</strong> <strong>de</strong> <strong>blocos</strong>, especialmente<br />
levando-se em consi<strong>de</strong>ração as características dos materiais empregados no Brasil<br />
e as peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s nacionais dos sistemas construtivos utilizados na confecção<br />
<strong>de</strong>sses painéis. Devido à carência <strong>de</strong>ssas informações, o projetista <strong>de</strong> estruturas é,<br />
em geral, obrigado a lançar mão <strong>da</strong> intuição ou a<strong>da</strong>ptar tabelas presentes em<br />
Normas Técnicas Internacionais, produzi<strong>da</strong>s para materiais e condições<br />
construtivas diferentes dos utilizados no Brasil.