21.08.2013 Views

estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...

estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...

estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo 5 – Conclusões e Recomen<strong>da</strong>ções 115<br />

compressão. Assim, para esta situação <strong>de</strong>ve-se escolher um tipo <strong>de</strong> argamassa<br />

com traço a<strong>de</strong>quado, <strong>de</strong> modo a otimizar outras proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> argamassa, tais<br />

como trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver <strong>de</strong>formações. Porém, ao serem<br />

utilizados <strong>blocos</strong> <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> à compressão eleva<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ve ser tomado cui<strong>da</strong>do<br />

especial na escolha <strong>da</strong> argamassa, para que a mesma não interfira na <strong>resistência</strong> à<br />

compressão <strong>da</strong> <strong>alvenaria</strong>.<br />

A utilização <strong>da</strong> argamassa industrializa<strong>da</strong> na mol<strong>da</strong>gem dos prismas não<br />

permitiu que os mesmos apresentassem o comportamento esperado durante os<br />

ensaios, provavelmente pelo comprometimento <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência entre<br />

bloco e argamassa.<br />

A <strong>resistência</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência entre o bloco e a argamassa está liga<strong>da</strong> a<br />

variáveis inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes entre si, que estão <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s pelas características do<br />

bloco, <strong>da</strong> argamassa e <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra. Assim, cabe analisar a influência <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s<br />

variáveis envolvi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> maneira conjunta. (SOLORZANO, 1994)<br />

Autores citados por FRANCO (1987) afirmam que, na prática, a fissuração<br />

<strong>da</strong> <strong>alvenaria</strong> raramente ocorre <strong>de</strong>vido às cargas diretamente aplica<strong>da</strong>s. Usualmente<br />

esta é resultado <strong>de</strong> movimentos diferenciais entre as várias partes <strong>da</strong> estrutura,<br />

causados por recalque <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>ção ou por movimentos térmicos e <strong>de</strong> retração.<br />

Dessa forma, torna-se <strong>de</strong>sejável a utilização <strong>de</strong> uma argamassa com gran<strong>de</strong><br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação, ou seja, com baixo módulo <strong>de</strong> elastici<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo<br />

que seja possível acomo<strong>da</strong>r pequenos movimentos <strong>da</strong> pare<strong>de</strong>, aliviando as tensões<br />

na forma <strong>de</strong> fissuras capilares ou microfissuras, normalmente imperceptíveis ao<br />

olho humano, sem comprometer o <strong>de</strong>sempenho estrutural <strong>da</strong> <strong>alvenaria</strong>.<br />

Os requisitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho mais importantes atribuídos às juntas <strong>de</strong><br />

argamassa observados no trabalho experimental <strong>de</strong>senvolvido e na pesquisa<br />

bibliográfica são: <strong>resistência</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência, <strong>resistência</strong> à compressão (do conjunto<br />

bloco-argamassa) e o módulo <strong>de</strong> elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> do conjunto. Tal importância <strong>de</strong>ve-se<br />

à influência que estes requisitos têm no <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> estrutural.<br />

A diferença <strong>de</strong> <strong>resistência</strong>s em paredinhas carrega<strong>da</strong>s nas duas direções<br />

(paralela e perpendicular à junta <strong>de</strong> assentamento) era espera<strong>da</strong>, já que as próprias<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s apresentam <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s geométricas em direções distintas. Dessa<br />

forma, se os <strong>blocos</strong> apresentam diferenças <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> característica nas<br />

direções ortogonais, o mesmo <strong>de</strong>ve ser esperado quando o conjunto bloco-<br />

argamassa é analisado.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!