estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...
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Capítulo 4 – Análise dos resultados 109<br />
Como causas <strong>da</strong> gran<strong>de</strong> variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> nos resultados obtidos po<strong>de</strong>-se citar a<br />
variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> nas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s mecânicas dos materiais, principalmente <strong>da</strong><br />
argamassa entre os pontos distintos do corpo <strong>de</strong> prova, bem como a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> existência <strong>de</strong> imperfeições em alguns <strong>de</strong>stes pontos, <strong>de</strong>vido ao mal<br />
preenchimento <strong>da</strong> junta, fissuras internas nos <strong>blocos</strong> e variações nas espessuras<br />
<strong>da</strong>s juntas.<br />
Para tentar amenizar essas diferenças e ajustar uma curva aceitável para os<br />
resultados obtidos, partiu-se <strong>da</strong> consi<strong>de</strong>ração <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> uma relação linear<br />
entre tensão e <strong>de</strong>formação até cerca <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong> tensão <strong>de</strong> ruptura. Com isso, foi<br />
ajusta<strong>da</strong> uma curva aos <strong>da</strong>dos experimentais <strong>de</strong> <strong>de</strong>formações transversais entre as<br />
tensões <strong>de</strong> 10 e 50% <strong>da</strong> tensão <strong>de</strong> ruptura, <strong>de</strong>scartando, assim, os resultados<br />
referentes ao início do ensaio (ver exemplo na figura 4.25). Com as equações do 2º<br />
grau, obti<strong>da</strong>s a partir dos gráficos tensão x <strong>de</strong>formação nas duas direções<br />
ortogonais em que foram instrumenta<strong>da</strong>s, calculou-se as respectivas <strong>de</strong>formações<br />
referentes aos pontos <strong>de</strong> 25, 35 e 45% <strong>da</strong> tensão <strong>de</strong> ruptura. A partir <strong>de</strong>stes valores<br />
calculou-se νxy e νyx para as paredinhas ensaia<strong>da</strong>s nas direções Y e X,<br />
respectivamente.<br />
Porém, observou-se que os pontos não eram homogêneos, o que<br />
comprometeu os resultados obtidos. As tabelas com os valores calculados a partir<br />
do método <strong>de</strong>scrito acima estão apresenta<strong>da</strong>s no Anexo B. Porém, não foi<br />
alcança<strong>da</strong> nenhuma média aceitável, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> variação dos resultados.<br />
4.5.6. Modo <strong>de</strong> ruptura <strong>da</strong>s paredinhas<br />
De um modo geral, as paredinhas ensaia<strong>da</strong>s na direção Y apresentaram<br />
propagação <strong>de</strong> fissuras verticais, predominantemente através <strong>da</strong>s juntas verticais<br />
na região central <strong>da</strong>s pare<strong>de</strong>s, sendo algumas <strong>de</strong>svia<strong>da</strong>s pelas faces dos <strong>blocos</strong>.<br />
Observou-se também a presença <strong>de</strong> fissuras verticais ao longo dos septos laterais<br />
<strong>da</strong>s paredinhas. A ruptura ocorreu, na maioria <strong>da</strong>s vezes, por tração transversal dos<br />
<strong>blocos</strong>.<br />
Porém, para as paredinhas que utilizaram <strong>blocos</strong> do tipo 2, as fissurações<br />
<strong>de</strong>scritas acima ocorreram <strong>de</strong> maneira bem menos pronuncia<strong>da</strong>, prevalecendo a<br />
ruptura por esmagamento <strong>da</strong> argamassa.<br />
As paredinhas ensaia<strong>da</strong>s na direção X apresentaram fissuração dos septos<br />
transversais ao longo do comprimento <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> dos <strong>blocos</strong>, tanto no topo quanto<br />
na base <strong>da</strong>s paredinhas, conforme mostra a figura 4.26. O início <strong>da</strong> fissuração