estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...
estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...
estudo da resistência e da deformabilidade da alvenaria de blocos ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Capítulo 4 – Análise dos resultados 87<br />
Ain<strong>da</strong> segundo SOLÓRZANO (1994), argamassas com alto módulo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>formação, ou seja, muito rígi<strong>da</strong>s, não permitem a dissipação dos esforços sem<br />
que haja o comprometimento <strong>da</strong> estanquei<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência <strong>da</strong><br />
<strong>alvenaria</strong>.<br />
ISBERNER 2 apud SABATTINI (1984) listaram algumas dos prováveis<br />
fatores para a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência:<br />
“- Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> argamassa: capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água, consistência e<br />
conteúdo <strong>de</strong> ar;<br />
- Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>blocos</strong>: Sucção inicial (IRA), condições <strong>de</strong> superfície<br />
(partículas soltas, textura, etc.);<br />
- Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra: tecnologia <strong>de</strong> assentamento e preenchimento<br />
completo <strong>da</strong> junta, intervalo <strong>de</strong> tempo entre o espalhamento e a colocação<br />
do bloco, intervalo entre a mistura e o uso <strong>da</strong> argamassa;<br />
- Condições <strong>de</strong> cura.”<br />
No presente trabalho, verificou-se que o uso <strong>da</strong> argamassa industrializa<strong>da</strong><br />
não resultou numa boa combinação argamassa/tipo <strong>de</strong> bloco. Além disso, a<br />
argamassa Q é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> pelo fabricante para assentar <strong>blocos</strong> sílico-calcáreos,<br />
o que po<strong>de</strong> explicar em parte a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência.<br />
Outro motivo que po<strong>de</strong>ria explicar o comprometimento dos valores obtidos<br />
nos ensaios é o uso <strong>de</strong> aditivos incorporadores <strong>de</strong> ar na argamassa que, segundo<br />
SOLÓRZANO (1994), apesar <strong>de</strong> diminuir a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água que <strong>de</strong>ve ser<br />
coloca<strong>da</strong> na argamassa, melhorar a trabalhabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> argamassa e beneficiar na<br />
retenção <strong>de</strong> água, diminui a <strong>resistência</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência.<br />
A BS 4721 limita o teor <strong>de</strong> ar incorporado para argamassa pronta<br />
industrializa<strong>da</strong> em um teor mínimo <strong>de</strong> 7% e máximo <strong>de</strong> 18%. As argamassas<br />
utiliza<strong>da</strong>s do tipo P e Q apresentaram teores <strong>de</strong> 29 e 17%, respectivamente. De<br />
fato, a argamassa do tipo P, que não aten<strong>de</strong> aos limites estipulados por essa<br />
norma, foi a que mais apresentou comprometimento na <strong>resistência</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>rência,<br />
resultando em valores <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> à compressão e módulo <strong>de</strong> elastici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
poucos satisfatórios.<br />
2 ISBERNER, A. W. (1964). Masonry: A progress report. Portland Cement Association – PCA. Sokie.<br />
PCA.