Jaerton Santini.pdf - Universidade de Passo Fundo

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO URSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Jaerton Santini Filtro de mangas para o controle de emissões atmosféricas de material particulado gerados no beneficiamento de mármore e granitos. Passo Fundo, 2011.

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO<br />

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA<br />

CURSO URSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL<br />

<strong>Jaerton</strong> <strong>Santini</strong><br />

Filtro <strong>de</strong> mangas para o controle <strong>de</strong> emissões atmosféricas <strong>de</strong><br />

material particulado gerados no beneficiamento <strong>de</strong> mármore e<br />

granitos.<br />

<strong>Passo</strong> <strong>Fundo</strong>, 2011.


<strong>Jaerton</strong> <strong>Santini</strong><br />

Filtro <strong>de</strong> mangas para o controle <strong>de</strong> emissões atmosféricas <strong>de</strong><br />

material particulado gerados no beneficiamento <strong>de</strong> mármore e<br />

granitos.<br />

Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso apresentado ao<br />

curso <strong>de</strong> Engenharia Ambiental, como parte<br />

dos requisitos exigidos para obtenção do título<br />

<strong>de</strong> Engenheiro Ambiental.<br />

Orientador: Prof. Vandré Barbosa Brião,<br />

Doutor.<br />

<strong>Passo</strong> <strong>Fundo</strong>, 2011.


TERMO DE APROVAÇÃO<br />

<strong>Jaerton</strong> <strong>Santini</strong><br />

Filtro <strong>de</strong> mangas para o controle <strong>de</strong> emissões atmosféricas <strong>de</strong><br />

material particulado gerados no beneficiamento <strong>de</strong> mármore e<br />

granitos.<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso como requisito parcial para a obtenção do título <strong>de</strong><br />

Engenheiro Ambiental – Curso <strong>de</strong> Engenharia Ambiental da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia e<br />

Arquitetura da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Passo</strong> <strong>Fundo</strong>. Aprovado pela banca examinadora:<br />

Orientador:_________________________<br />

Vandré Barbosa Brião, Dr. Eng.<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia e Arquitetura, UPF<br />

___________________________________<br />

Marcelo Henkemeier, Dr. Eng.<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia e Arquitetura, UPF<br />

___________________________________<br />

Ricardo Salami Debastiani, Eng.<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia e Arquitetura, UPF<br />

<strong>Passo</strong> <strong>Fundo</strong>, 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2011.


DEDICATÓRIAS<br />

Dedico este Trabalho:<br />

A Deus pela vida e pelas pessoas<br />

maravilhosas que Ele permitiu que cruzassem o<br />

meu caminho.<br />

Aos meus pais, Jaime e Leony que<br />

compartilharam os meus i<strong>de</strong>ais e os alimentaram,<br />

que incomparavelmente compreen<strong>de</strong>ram meus<br />

anseios e me incentivaram para que, com<br />

coragem, oragem, eu atingisse meus objetivos, fossem<br />

quais fossem os obstáculos; aos meus irmãos e<br />

minha sobrinha, pelo apoio dado a todo o<br />

momento; ; e à minha namorada que mesmo<br />

distante sempre se manteve ve ao meu lado, <strong>de</strong>dico<br />

essa minha conquista com a mais profunda<br />

admiração e respeito.


“Eu Eu sou dono do meu<br />

<strong>de</strong>stino, capitão da minha<br />

alma.”<br />

Nelson Man<strong>de</strong>la


AGRADECIMENTOS<br />

Ao Professor orientador Vandré Barbosa Brião, pelo incentivo durante o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todo o meu trabalho, pelos ensinamentos, e pela amiza<strong>de</strong> conquistada ao<br />

longo do curso.<br />

Aos Professores Marcelo He Hemkemeier kemeier e Ricardo Salami Debastiani Debastiani, por aceitarem<br />

participar da banca.<br />

Aos meus pais pelo gran<strong>de</strong> apoio, ao longo <strong>de</strong> todo o curso.<br />

Aos meus familiares que <strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra contribuíram com e eesta<br />

conquista.<br />

Aos Professores, funcionários e secretários da UPF.<br />

A <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Passo</strong> <strong>Fundo</strong>, pela disponibilida<strong>de</strong> da infra infra-estrutra.<br />

Aos colegas e amigos, que <strong>de</strong> alguma forma ou <strong>de</strong> outra contribuíram para a<br />

realização <strong>de</strong>ste trabalho.


O Brasil é um dos cinco maiores produtores <strong>de</strong> rochas do mundo, sendo 80% da sua produção<br />

exportada em matéria-prima prima bruta e com o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico na exploração <strong>de</strong><br />

rochas, o mercado está aquecido e ten<strong>de</strong> a se expandir. Estima Estima-se se que hoje o país possua ccerca<br />

<strong>de</strong> 10.000 empresas do setor <strong>de</strong> rochas, sendo aproximadamente 6.500 marmorarias,<br />

responsáveis pelo acabamento final das rochas. As exportações no 1° trimestre <strong>de</strong> 2011<br />

alcançaram um faturamento <strong>de</strong> U$$ 474,85 milhões no País. A exploração e beneficiament<br />

beneficiamento<br />

<strong>de</strong> rochas é a principal causadora da silicose, com exposição dos trabalhadores a ambientes <strong>de</strong><br />

trabalho sem os cuidados mínimos <strong>de</strong> segurança para a exposição ocupacional à sílica,<br />

presente nos mármores e granitos. Assim, o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi cara caracterizar o material<br />

particulado (M.P.) gerado em uma marmoraria, avaliar a eficiência <strong>de</strong> um filtro <strong>de</strong> mangas<br />

piloto para controle do M.P M.P. e realizar o dimensionamento <strong>de</strong> um filtro <strong>de</strong> mangas para<br />

controle do M.P. Com a realização dos ensaios foi <strong>de</strong>terminado que o tamanho médio das<br />

partículas respiráveis é <strong>de</strong> 2,92 µm. Estando situadas numa faixa <strong>de</strong> diâmetro consi<strong>de</strong>rada<br />

crítica para a saú<strong>de</strong> do homem, pois as mesmas são inaladas pelo trato respiratório. A<br />

avaliação do equipamento piloto apresentou uma eficiênci eficiência a <strong>de</strong> 99,9% no controle <strong>de</strong>ste M.P M.P. e<br />

ainda foi possível <strong>de</strong>terminar o momento i<strong>de</strong>al para realização da limpeza do meio filtrante<br />

com a análise da perda <strong>de</strong> carga e da variação da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração. Ao final realizou realizou-se<br />

o dimensionamento do equipamento em escala industrial industrial.<br />

Palavras-chave: ve: Material Particulado, Filtro <strong>de</strong> Mangas, Emissão Atmosférica, Pó <strong>de</strong><br />

mármore, Rochas ornamentais, Silicose.<br />

RESUMO


Brazil is one of the five largest producers of stones in the world, with 80% of its production<br />

exported as raw. With the technological <strong>de</strong>velopment in the exploration of stones, tra<strong>de</strong> is<br />

growing and tends to expand. It is estimated that the country hás about 10,000 companies in<br />

the Stone sector, with approximately 6,500 quarries, responsible for finishing the stones.<br />

Exports in the first quarter uarter of 2011 reached about U$$ 474.85 million. The exploitation and<br />

processing of stone is the main cause of silicosis, with exposure of workers to workplaces<br />

without safety care for occupational exposure to silica, present in marble and granite. The<br />

objective ective of this study was to characterize the particulate matter (PM) generated in a marble<br />

quarrying, evaluate the efficiency of a bag filter pilot to control the PM and <strong>de</strong>sign a bag filter<br />

to control PM. It was <strong>de</strong>termined that the average size of aerosol particles is 2.92 micrometres<br />

in diameter range consi<strong>de</strong>red critical to health, because they are inhaled through the<br />

respiratory system. The evaluation of the bag filter pilot had an efficiency of 99.9% in the<br />

control of the MP and still was possible to <strong>de</strong>t <strong>de</strong>termine ermine the i<strong>de</strong>al time to perform the cleaning of<br />

the filter with the analysis of pressure drop and variation of the rate of filtration. Then, with<br />

the <strong>de</strong>sign of equipment on industrial scale, all of the objectives of this work were achieved.<br />

The evaluation of the pilot team had an efficiency of 99.9% in the control of the MP and still<br />

was possible to <strong>de</strong>termine the i<strong>de</strong>al time to perform the cleaning of the filter medium with the<br />

analysis of pressure drop and variation of the rate of filtration. At the end we carried out the<br />

<strong>de</strong>sign of the equipment on an industrial scale scale.<br />

Keywords: Particulate Matter, Bag Filter, Air Emissions, marble pow<strong>de</strong>r, Ornamental Stones,<br />

Silicosis.<br />

ABSTRACT


LISTA DE ILUSTRAÇÕES<br />

Figura ura 1: Transformações técnicas e principais produtos da indústria <strong>de</strong> rochas ...................... 5<br />

Figura 2: Evolução e projeção da produção e do intercâmbio mundial <strong>de</strong> rochas ornamentais e<br />

<strong>de</strong> revestimento ................................<br />

................................................................................................<br />

.................................................... 8<br />

Figura 3: Empresas do Setor <strong>de</strong> Rochas Operantes no Brasil ................................<br />

.................................................. 11<br />

Figura 4: Perfil da Produção Brasileira por tipo <strong>de</strong> Rocha ................................<br />

....................................................... 12<br />

Figura 5: Distribuição Regional da Produção Bruta <strong>de</strong> Rochas Ornamentais no Brasil .......... 13<br />

Figura 6: Distribuição do Consumo Interno Aparente por Estados e Regiões ......................... 14<br />

Figura 7: Exportações Mensais do Setor <strong>de</strong> Rochas Ornamentais Brasi Brasileiro leiro – US$ ............... 15<br />

Figura 8: Exportações Mensais do Setor <strong>de</strong> Rochas Ornamentais Brasileiro – ton ................. 15<br />

Figura 9: Importações acumuladas do setor <strong>de</strong> rochas – ton ................................<br />

.................................................... 16<br />

Figura 10: Tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> partículas no solo partindo <strong>de</strong> uma altura <strong>de</strong> 1,65 m ....... 19<br />

Figura 11: Representação resentação das principais regiões do trato respiratório ................................<br />

..................................... 21<br />

Figura 12: Filtro <strong>de</strong> mangas com sistema <strong>de</strong> limpeza por sacudimento (entr (entrada interna <strong>de</strong> ar)<br />

................................................................<br />

................................................................................................<br />

........................................... 26<br />

Figura 13: Filtro <strong>de</strong> mangas com sistema <strong>de</strong> limpeza por jato pulsante ................................<br />

................................... 27<br />

Figura 14: Filtro <strong>de</strong> mangas com entrada externa <strong>de</strong> ar poluído ................................<br />

.............................................. 27<br />

Figura 15: Comparação genérica entre mangas bem e mal dimensionadas ............................. 30<br />

Figura 16: Preços relativos e aproximados entre os materiais das mangas .............................. 31<br />

Figura 17: Peneiras utilizadas para o ensaio <strong>de</strong> granulometria ................................<br />

................................................ 39<br />

Figura 18: Filtro <strong>de</strong> mangas piloto utilizado nos testes laboratoriais ................................<br />

....................................... 40<br />

Figura 19: Leiaute do filtro <strong>de</strong> mangas utilizado ................................................................<br />

...................................... 41<br />

Figura 20: Microfotografia do M.P coletado no setor <strong>de</strong> polimento da marmoraria marmoraria................ 43<br />

Figura gura 21: Régua utilizada para caracterização do M.P, ampliação <strong>de</strong> 20 x ............................ 43<br />

Figura 22: Histograma <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> frequência do M.P respirável ................................<br />

................................. 44<br />

Figura 23: Histograma <strong>de</strong> distribuição do M.P (pó <strong>de</strong> mármore) ................................<br />

............................................. 45<br />

Figura 24: Perda <strong>de</strong> carga ao longo da alimentação no filtro <strong>de</strong> mangas. ................................ 47<br />

Figura 25: Velocida<strong>de</strong> do ar ao longo do processo <strong>de</strong> filtração ................................<br />

............................................... 48<br />

Figura 26: Ciclos <strong>de</strong> limpeza das mangas <strong>de</strong> filtração ................................<br />

............................................................. 49<br />

Figura 27: Sistema <strong>de</strong> exaustão da marmoraria no setor <strong>de</strong> polimento ................................<br />

.................................... 51<br />

Figura 28: Vista superior do filtro <strong>de</strong> mangas ................................................................<br />

.......................................... 52<br />

Figura 29: Vista lateral do filtro <strong>de</strong> mangas ................................................................<br />

............................................. 53


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 1: Principais Produtores Mundiais <strong>de</strong> Rochas Ornamentais ................................<br />

........................................... 9<br />

Tabela 2: Principais Países Exportadores <strong>de</strong> Rochas Ornamentais ................................<br />

............................................ 9<br />

Tabela 3: Principais Importadores Mundiais <strong>de</strong> Rochas Ornamentais ................................<br />

..................................... 10<br />

Tabela 4: Eficiência fracionada <strong>de</strong> coletores <strong>de</strong> material particulado em função da distribuição<br />

<strong>de</strong> tamanho das partículas (em porcentagens). ................................................................<br />

.................................. 24<br />

Tabela 5: Limitações e vantagens dos principais tipos <strong>de</strong> coletores <strong>de</strong> pó .............................. 28<br />

Tabela 6: Temperatura atura <strong>de</strong> trabalho e agentes químicos agressivos ao material das mangas ... 32<br />

Tabela 7: Diâmetro das peneiras utilizadas para o ensaio d<strong>de</strong><br />

e granulometria. ........................... 38<br />

Tabela 8: Tamanho médio do M.P ................................................................<br />

........................................................... 44<br />

Tabela 9: Resultados do experimento <strong>de</strong> avaliação da eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas piloto .. 46


LISTA DE QUADROS<br />

Quadro 1: Equipamentos para controle <strong>de</strong> material particulado. ................................<br />

............................................. 23<br />

Quadro 2: Velocida<strong>de</strong> recomendada para filtração com pulso <strong>de</strong> ar reverso ........................... 50


SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO ................................<br />

................................................................................................<br />

............................................... 1<br />

2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................<br />

.................................. 4<br />

2.1 Características cas gerais dos produtos e processos processos................................<br />

........................................................... 4<br />

2.2 Evolução da Produção Mundial e do Mercado Internacional ................................<br />

...................................... 7<br />

2.3 Produção Mundial ................................................................................................<br />

........................................ 8<br />

2.3.1 Principais Exportadores ................................................................<br />

........................................................ 9<br />

2.3.2 Principais Importadores ................................................................<br />

........................................................ 9<br />

2.4 O Setor <strong>de</strong> Rochas no Brasil ................................................................<br />

...................................................... 10<br />

2.5 Balanço das Exportações e Importações Brasileira <strong>de</strong> Rochas Ornamentais e <strong>de</strong><br />

Revestimentos Situação Atual ................................................................<br />

............................................................... 14<br />

2.5.1 Exportações ................................<br />

................................................................................................<br />

........................................ 14<br />

2.5.2 Importações ................................<br />

................................................................................................<br />

........................................ 16<br />

2.6 Marmorarias ................................<br />

................................................................................................<br />

............................................... 16<br />

2.7 Materiais Particulados ................................................................................................<br />

................................ 17<br />

2.7.1 Poeiras ................................<br />

................................................................................................<br />

................................................ 18<br />

2.7.2 Tamanho das Partículas ................................................................<br />

...................................................... 18<br />

2.7.3 Mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição das partículas ................................<br />

........................................................... 19<br />

2.7.4 Penetração e <strong>de</strong>posição das partículas no trato respiratório humano ................. 20<br />

2.7.5 Poeira contendo sílica livre cristaliz cristalizada ................................<br />

............................................................. 21<br />

2.7.6 Limites <strong>de</strong> exposição ocupacional ................................................................<br />

...................................... 22<br />

2.8 Equipamentos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> poluição atmosférica atmosférica................................<br />

................................................... 22<br />

2.8.1 Seleção <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Poluição <strong>de</strong> Ar ................................<br />

................................. 23<br />

2.8.2 Fatores envolvidos ................................................................<br />

.............................................................. 24<br />

2.9 Filtros <strong>de</strong> Mangas ................................................................................................<br />

....................................... 24<br />

2.10 Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filtração ................................................................<br />

............................................................. 28<br />

2.11 Escolha do Meio Filtrante ................................................................<br />

.......................................................... 29<br />

2.11.1 Parâmetros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ................................................................<br />

..................................................... 32<br />

3 Materiais e Métodos ................................................................................................<br />

...................................... 36<br />

3.1 Seleção da Marmoraria ................................................................<br />

.............................................................. 36<br />

3.1.1 Descrição do ambiente <strong>de</strong> trabalho da marmoraria ................................<br />

............................................ 36<br />

3.1.2 Fontes geradoras <strong>de</strong> poeira e localização dos pontos <strong>de</strong> trabalho ...................... 36<br />

3.2 Coleta das Amostras <strong>de</strong> Poeira ................................................................<br />

.................................................. 37


3.2.1 Coletas para medição dos tamanhos das partículas ................................<br />

............................................ 37<br />

3.3 Caracterização do material particulado ................................................................<br />

...................................... 37<br />

3.3.1 Microfotografia ................................................................................................<br />

................................... 38<br />

3.3.2 Peneiramento ................................................................................................<br />

...................................... 38<br />

3.4 Avaliação da eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas piloto para o M.P ................................<br />

................................. 39<br />

3.4.1 Descrição do equipamento utilizado utilizado................................................................<br />

................................... 40<br />

3.5 Dimensionamento do filtro <strong>de</strong> mangas ................................................................<br />

...................................... 42<br />

4 Resultados e discussões ................................................................................................<br />

................................. 43<br />

4.1 Caracterização do material particulado ................................................................<br />

...................................... 43<br />

4.1.1 Microfotografia ................................................................................................<br />

................................... 43<br />

4.1.2 Peneiramento ................................................................................................<br />

...................................... 44<br />

4.2 Avaliação da eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas piloto ................................<br />

.................................................... 45<br />

4.3 Dimensionamento do filtro <strong>de</strong> mangas ................................................................<br />

...................................... 49<br />

4.3.1 Escolha do tipo <strong>de</strong> limpeza ................................................................<br />

................................................. 49<br />

4.3.2 Escolha do meio filtrante ................................................................<br />

.................................................... 50<br />

4.3.3 Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filtração ................................................................<br />

...................................................... 50<br />

4.3.4 Cálculo da área <strong>de</strong> filtração ................................................................<br />

................................................ 50<br />

4.3.5 Dimensionamento das mangas ................................................................<br />

........................................... 52<br />

5 CONCLUSÃO ................................<br />

................................................................................................<br />

............................................... 54<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................<br />

..................................................... 55<br />

APÊNDICE A/ANEXO A................................<br />

................................................................................................<br />

........................................ 58


1 INTRODUÇÃO<br />

No Brasil, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exploração, beneficiamento e comercialização <strong>de</strong> rochas<br />

ornamentais tiveram início na década <strong>de</strong> 40 quando as importações, especialmente <strong>de</strong><br />

mármores, foram suspensas por ocasião da Segunda Guerra Mundial, propiciando o<br />

surgimento e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> polos extrativistas e industriais pelo país.<br />

Com participação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 5% da produção mundial <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> mármores e<br />

granitos e com aproximadamente 6% do volume total das exportações mundiais, o Brasil esta<br />

entre os cinco maiores produtores mundiais <strong>de</strong> rochas ornamentais e vem se consolidando<br />

como exportador, sendo 80% <strong>de</strong> suas exportações em matéria matéria-prima prima bruta bruta.<br />

O segmento possui registradas 300 empresas mineradoras e 25 empresas <strong>de</strong><br />

beneficiamento <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> mármore e granito com quase 1.600 teares e, ainda, 6.500<br />

marmorarias responsáveis pelo trabalho <strong>de</strong> acabamento final e aplicação. Além <strong>de</strong>ssas, cerca<br />

<strong>de</strong> 510 empresas processam exportações. A mão <strong>de</strong> obra estimada é <strong>de</strong> 105.000 empregados<br />

diretos em aproximadamente 10.000 empresas. O país conta com uma e eestrutura<br />

<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sdobramento <strong>de</strong> rochas ornamentais equivalente a uma capacida<strong>de</strong> instalada da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

2,3 milhões <strong>de</strong> toneladas por ano, sendo que a região su<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>tém cerca <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong>ssa<br />

capacida<strong>de</strong>. Estima-se se que a ativida<strong>de</strong>, movimenta cerca <strong>de</strong> US$ 2,1 bilhõ bilhões por ano,<br />

consi<strong>de</strong>rando as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comercialização do mercado interno e externo. (ABIROCHAS,<br />

2011)<br />

Segundo a ABIROCHAS (2011), as exportações brasileiras <strong>de</strong> rochas ornamentais<br />

alcançaram faturamento <strong>de</strong> US$ 474,85 milhões no 11˚<br />

˚ semestre <strong>de</strong> 2011, fren te ao 1˚ semestre<br />

<strong>de</strong> 2010, registrou variação positiva <strong>de</strong> 3,78%. Poré Porém m o processo <strong>de</strong> exploração das rochas<br />

ornamentais apresenta divers diversos problemas do ponto <strong>de</strong> vista ambiental. Po<strong>de</strong>mos citar a<br />

geração <strong>de</strong> poeiras e contaminação da água, dando ênfase para o controle do material<br />

particulado (poeiras).<br />

O material particulado é um dos problemas da poluição atmosférica, pois não apenas<br />

po<strong>de</strong> causar <strong>de</strong>sequilíbrio sequilíbrio como também po<strong>de</strong> vir a causar graves problemas blemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido<br />

à substâncias ncias tóxicas que po<strong>de</strong>m ter em sua composição. I<strong>de</strong>ntifica-se<br />

a sílica como um<br />

composto presente nas rochas ornamentais, sendo um dos s principais agentes causadores <strong>de</strong><br />

doenças do pulmão. A silicose é uma doença causada pela inalação <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> dióxido<br />

<strong>de</strong> silício cristalino, que é um elemento encontrado amplamente nas rochas da crosta terrestre.<br />

A silicose po<strong>de</strong> ser gerada por diversas ativida<strong>de</strong>s na indústria da construção. No<br />

entanto, seus riscos po<strong>de</strong>m ser reduzidos ou até mesmo eliminados/neutralizados por medidas<br />

1


<strong>de</strong> controle no ambiente iente e no homem, ou seja, a utilização <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção<br />

coletiva e/ou individuais. De acordo com as normas brasileiras – NR’s 9 e 15, as empresas<br />

<strong>de</strong>vem i<strong>de</strong>ntificar, quantificar e controlar estes agentes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> níveis consi<strong>de</strong>rados salubres.<br />

A poeira po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como um grupo <strong>de</strong> partículas sólidas dispersas no ar<br />

medindo <strong>de</strong> 0,1 a 25 micrômetros <strong>de</strong> diâmetro, liberadas durante os processos <strong>de</strong> trituração,<br />

manejo, pulverização ou <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> materiais sólidos. As poeiras com diâmetr diâmetro <strong>de</strong> 0,5<br />

a 10 micrômetros penetram facilmente no organismo através da respiração, po<strong>de</strong>ndo<br />

permanecer nos alvéolos e bronquíolos após sua <strong>de</strong>posição no local.<br />

As indústrias <strong>de</strong> rochas ornamentais em sua maioria são empresas <strong>de</strong> pequeno porte, o<br />

que dificulta o investimento timento em sistemas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> material particulado.<br />

Além disso, gran<strong>de</strong> parte das indústrias se localizam em áreas urbanas ou muito próximas, o<br />

que faz com que a população realize queixas a promotoria pública, blica, <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> poeiras oeiras geradas.<br />

Com o avanço tecnológico atualmente é possível encontrar no mercado diversos<br />

equipamentos para a remoção <strong>de</strong> materiais particulados do ar. Os filtros <strong>de</strong> manga são um<br />

exemplo <strong>de</strong>sses tipos <strong>de</strong> tecnologias. Outros equipamentos que também po<strong>de</strong>m s sser<br />

utilizados<br />

são os ciclones, multiciclones, lavadores, precipitadores el eletrostáticos, etrostáticos, entre outros. Poré Porém<br />

cada um possui uma maneira diferente <strong>de</strong> trabalho e utilização. A eficiência <strong>de</strong> coleta varia<br />

muito <strong>de</strong> um equipamento para o outro conforme o tamanho das partículas, em alguns po<strong>de</strong><br />

chegar a 99,9% como é o caso dos filtros <strong>de</strong> manga.<br />

O ciclone por não possuir uma alta eficiência <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> material particulado com<br />

diâmetro inferior a 20 µm vem sendo utilizado principalmente como pré pré-coletor. Com isso o<br />

ciclone não consegue atingir as legislações mais exigentes, necessitando <strong>de</strong> um segundo<br />

sistema que coleta material com diâmetro inferior a 20 µm com eficiência. Geralmente o<br />

segundo sistema <strong>de</strong> coleta é o filtro <strong>de</strong> manga, por ser relativamente barato, pou pouco sensível a<br />

flutuação <strong>de</strong> vazão e possuir alta eficiência po<strong>de</strong>ndo chegar a 99,9% quando bem projetados.<br />

Os filtros <strong>de</strong> manga possuem fácil operação, instalação e manutenção, possuem ainda<br />

uma vida útil relativamente longa quando <strong>de</strong>vidamente operado e inspe inspecionado. Os filtros <strong>de</strong><br />

manga por estes motivos são um dos equipamentos mais utilizados para a remoção <strong>de</strong><br />

materiais particulados do ar em indústrias. Devido a sua alta eficiência em coletar<br />

praticamente todos os tamanhos <strong>de</strong> partículas partículas, po<strong>de</strong> ser utilizado sozinho. zinho.<br />

Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> material<br />

particulado proveniente da indústria <strong>de</strong> mármores e granitos, <strong>de</strong> uma empresa situada na<br />

região norte do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, através do uso <strong>de</strong> filtro manga construído em escala <strong>de</strong><br />

2


laboratório oratório na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Passo</strong> <strong>Fundo</strong>. Busca Busca-se se também avaliar a influência da<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração, a caracterização do material, a perda <strong>de</strong> carga ao longo do processo <strong>de</strong><br />

filtração. Será realizado ainda, o dimensionamento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> filtro <strong>de</strong> mmangas<br />

para a<br />

empresa em estudo.<br />

3


2 DESENVOLVIMENTO<br />

2.1 Características gerais dos produtos e processos<br />

O setor <strong>de</strong> rochas ornamentais tem características inerentes a uma indústria tradicional.<br />

Trata-se se <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> extrativa cujos traços mais marcantes são o processamento <strong>de</strong><br />

recursos naturais; a baixa intensida<strong>de</strong> tecnológica; a reduzida exigência em termos <strong>de</strong> escala<br />

mínima <strong>de</strong> produção; o caráter exógeno da inovação tecnológica, pois ela costuma vir<br />

incorporada nos equipamentos; e o fato da capacida<strong>de</strong> empreend empreen<strong>de</strong>dora ra do dirigente ser um<br />

fator crítico para a competiti tivida<strong>de</strong>.<br />

As rochas ornamentais e <strong>de</strong> revestimento, também chamadas <strong>de</strong> pedras naturais,<br />

rochas lapí<strong>de</strong>as e rochas dimensionais, do ponto <strong>de</strong> vista comercial, são basicamente<br />

classificadas em mármores e gra granitos. nitos. Estas duas categorias respon<strong>de</strong>m por 90% da produção<br />

mundial. Os <strong>de</strong>mais tipos <strong>de</strong> rochas são quartzitos, serpentinitos, ardósias, pedra sabão e<br />

basalto. (PEITER et al, 2001)<br />

Os granitos são classificados como rochas sílicaticas e os mármores como rochas<br />

carbonáticas. Na categoria <strong>de</strong> rocha carbonática metamorfizada, o mármore tem quase a<br />

mesma aplicação que o granito. Possui como característica principal a durabilida<strong>de</strong> e a<br />

nobreza, e apresenta como ponto fraco a baixa resistência a riscos e sensibilida<strong>de</strong> ao ataque<br />

químico. Pela sua constituição geológica, os mármores dos países mediterrâneos são mais<br />

nobres, e possuem uma massa fina e apresenta padrões cr cromáticos omáticos variados variados. (CHIODI, 2008)<br />

As rochas ornamentais são utilizadas na indústria da construção civil como<br />

revestimentos <strong>de</strong> pisos, pare<strong>de</strong>s, colunas, pilares e soleiras. Fazem parte também <strong>de</strong> peças<br />

isoladas, como tampos, bancadas, lápi<strong>de</strong>s e balcões, alem <strong>de</strong> edificações. Também po<strong>de</strong>m<br />

passar por um processo <strong>de</strong> torneamento para revestimentos em colunas. A utilização do<br />

granito na construção civil em substituição a outros produtos vem crescendo ao longo dos<br />

anos, <strong>de</strong>vido a suas características apresentarem vant vantagens <strong>de</strong> uso, , durabilida<strong>de</strong> e resistência<br />

além, da facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza e estética. Na Figura 1, apresentam-se<br />

as transformações<br />

técnicas pelas quais passam as rochas ornamentais até o produto final.<br />

4


Figura 1: Transformações ttécnicas<br />

e principais produtos da indústria <strong>de</strong> rochas<br />

Fonte: Spínola(2003)<br />

O primeiro rimeiro estágio da ca<strong>de</strong>ia pr produtiva odutiva das rochas ornamentais é a extração da lavra <strong>de</strong><br />

blocos a céu aberto. O beneficiamento primário é ffeito<br />

eito nas serrarias, compreen<strong>de</strong> o corte dos<br />

blocos em chapas com a utilização <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>nominados como teares. Estima Estima-se que<br />

para cada metro cúbico <strong>de</strong> pedra bruta seja gerado 30 m² <strong>de</strong> chapas, variando <strong>de</strong> acordo com a<br />

espessura da chapa, tipo ipo e qualida<strong>de</strong> do material. O úúltimo<br />

ltimo processo <strong>de</strong> transformação ocorre<br />

nas marmorarias, que para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda do consumidor final, as marmorarias situam situam-se<br />

na fase <strong>de</strong> corte que dá dimensões e <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> acordo com as especificações requeridas.<br />

(Spínola, 2003)<br />

5


O equipamento mais comum na serragem <strong>de</strong> granitos é a tear convencional,<br />

constituído por multi lâminas. minas. No entanto este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> tear vem sendo substituído pelo tear<br />

<strong>de</strong> lâminas minas diamantadas, sobretudo na serragem do mármore bege. Segundo Kurt Menchen<br />

apud Spínola (2003), enquanto um tear convencional leva cem horas para serrar um bl bloco <strong>de</strong><br />

6 m³, o <strong>de</strong> laminas diamantadas iamantadas leva <strong>de</strong>z horas. Na mé média, , um tear convencional produz 1500<br />

m² <strong>de</strong> chapas <strong>de</strong> mármore e o <strong>de</strong> lâminas diamantadas, <strong>de</strong> 6.000 a 8.000 m².<br />

As chapas <strong>de</strong> mármores e as <strong>de</strong> granito, na maioria dos casos são polidas após a<br />

serragem. m. No caso do mármore que apresenta uma superfície mais irregular se comparada<br />

com os granitos, ocorre primeiramente o estucamento, processo no qual tem a função <strong>de</strong><br />

fechar os poros existentes na superfície com a utilização <strong>de</strong> resinas especiais. Após far far-se-á o<br />

polimento para dar brilho e lustre ao material.<br />

Encontra-se se no Brasil, especificamente no Espírito Santo, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> beneficiamento<br />

<strong>de</strong> granito <strong>de</strong> altíssima produtivida<strong>de</strong>, com maquinário <strong>de</strong> origem italiana. Sua produção<br />

atinge um patamar <strong>de</strong> 1,1 mil m² <strong>de</strong> chapas por dia, e a sequência <strong>de</strong> maquinário é toda<br />

automática.<br />

2.1.1 Rochas Silicáticas (Granitos e Similares)<br />

Para o setor r <strong>de</strong> rochas ornamentais e <strong>de</strong> re revestimento, vestimento, o termo granito <strong>de</strong>signa um<br />

amplo conjunto <strong>de</strong> rochas silicáticas, abrangendo monzonitos, granodioritos, charmockitos<br />

charmockitos,<br />

sienitos, dioritos, diabásios/basalto e os próprios granitos, geradas ppor<br />

or fusão parcial ou total<br />

<strong>de</strong> materiais crustais preexistentes.<br />

A composição mineralógica <strong>de</strong>sses granitos é <strong>de</strong>finida por associações muito variáveis<br />

<strong>de</strong> quartzo, feldspato, micas (biotita e muscovita), anfibólios, piroxênios e olivina. Alguns<br />

<strong>de</strong>sses constituintes intes po<strong>de</strong>m estar ausentes em <strong>de</strong>terminadas associações mineralógicas,<br />

anotando-se se diversos outros minerais acessórios em proporções bem mais reduzidas. Quartzo,<br />

feldspatos, micas, e anfibólios são os minerais dominantes nas rochas graníticas e granitoi<strong>de</strong>s.<br />

A textura das rochas silica silicaticas ticas é <strong>de</strong>terminada pela granulometria e hábito dos cristais,<br />

e a estrutura <strong>de</strong>finida pela distribuição <strong>de</strong>sses cristais. Composição, textura e estrutura<br />

representam, assim, parâmetros <strong>de</strong> muito interesse para a caracterização <strong>de</strong> g ggranitos<br />

e sua<br />

distinção dos mármores. (CHIODI, 2009)<br />

2.1.2 Rochas Carbonáticas (Mármores, Travertinos e Calcários)<br />

As principais rochas carbonáticas abrangem calcários e dolomitos, sendo os mármores<br />

seus correspon<strong>de</strong>ntes metamórficos. Os calcários são rochas sedi sedimentares compostas<br />

principalmente <strong>de</strong> calcita (CaCO (CaCO3), ), enquanto dolomitos são também rochas sedimentares<br />

formadas, sobretudo, por dolomita (CaCO (CaCO3,Mg CO3).<br />

6


Alguns outros minerais carbonáticos, notadamente a si<strong>de</strong>rita (FeCO (FeCO3), ankerita<br />

(Ca,MgFe(CO3)4) ) e a Magn Magnesita (MgCO3), ), estão frequentemente associados com calcários e<br />

dolomitos, mas em geral em pequenas proporções. Os mármores são caracterizados pela<br />

presença <strong>de</strong> minerais carbonáticos com graus variados <strong>de</strong> recristalização metamórfica. Argilo<br />

minerais, (caulinita, ita, illita, clorita, smectita, etc.) e seus produtos metamórficos (sericita,<br />

muscovita, flogopita, biotita, tremolita, actinolita, diopsídio, etc) constituem impurezas<br />

comuns, tanto disseminadas quanto laminadas, nas rochas carbonaticas. (CHIODI, 2009)<br />

Processos ocessos <strong>de</strong>posicionais, conduzidos por precipitação química e bioquímica direta <strong>de</strong><br />

carbonatos em ambientes <strong>de</strong> água doce, <strong>de</strong>terminam a formação <strong>de</strong> rochas não fossilí fossilíferas e<br />

bastante heterogêneas do tipo travertino e marga.<br />

No setor <strong>de</strong> rochas ornamentais e <strong>de</strong> revestimento, o termo mármore é empregado para<br />

<strong>de</strong>signar todas as rochas carboná carbonáticas, ticas, metamórficas ou não, capazes <strong>de</strong> receber polimento e<br />

lustro, o crescimento recente da participação relativa dos granitos foi, pelo menos em parte,<br />

estéticos não tradicionais ais e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> paginação em pisos e fachadas.<br />

2.2 Evolução da Produção Mundial e do Mercado Internacional<br />

A produção mundial <strong>de</strong> rochas ornamentais e revestimento passou da década <strong>de</strong> 1920,<br />

<strong>de</strong> 1,8 milhões <strong>de</strong> toneladas, para um patamar atual <strong>de</strong> 100 mil milhões hões t/ano. Cerca <strong>de</strong> 46 milhões<br />

t <strong>de</strong> rochas brutas e beneficiadas foram comercializadas no mercado internacional em 2007,<br />

<strong>de</strong>stacando-se se que o notável crescimento do intercambio mundial caracterizou caracterizou-se as décadas<br />

<strong>de</strong> 1980 e 1990 como a “nova ida<strong>de</strong> da pedra” e, o setor <strong>de</strong> rochas como umas das mais<br />

importantes áreas emergentes ergentes <strong>de</strong> negócios minero minero-indústriais. striais. Estima Estima-se que em âmbito<br />

mundial o setor <strong>de</strong> rochas esteja movimentando atualmente o valor <strong>de</strong> US$ 80 a 100<br />

bilhões/ano. (CHIODI, 2009)<br />

A década <strong>de</strong> 2000 2000, foi marcada pelo crescente numero <strong>de</strong> feiras setoriais<br />

internacionais, pela mo<strong>de</strong>rnização das tecnologias, beneficiamento e acabamento, e pela<br />

gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos comerciais comerciais. . Com o estouro imobiliário americano e a<br />

instalação da crise econômica mundia mundial, l, em 2008, nasceu um novo cenário, <strong>de</strong>lineado pelo alto<br />

corte no setor <strong>de</strong> crédito, e o aumento da concorrência entre os gran<strong>de</strong>s exportadores, seguido<br />

do aumento pela oferta, que <strong>de</strong>vem favorecer o estabelecimento <strong>de</strong> barreiras comerciais.<br />

Outra perspectiva iinteressante<br />

nteressante está sendo orientada pela forte cobrança no setor<br />

ambiental das ativida<strong>de</strong>s produtivas, <strong>de</strong>terminando a conservação da energia utilizada e a<br />

otimização das matérias primas. Diante <strong>de</strong>ste cenário verifica-se se a crescente oferta e <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong> tecnologias ias limpas para as ativida<strong>de</strong>s extrativistas e industriais. Montani (2007) estimou<br />

7


que, no ano <strong>de</strong> 2025, a produção mundial <strong>de</strong> rochas ornamentais ultrapassará a casa dos 400<br />

milhões t, correspon<strong>de</strong>ntes a quase 5 bilhões m² equivalentes/ano. ( (Figura Figura 22)<br />

Figura 2: Evolução volução e projeção da produção e do intercâmbio mundial <strong>de</strong> rochas ornamentais e<br />

<strong>de</strong> revestimento<br />

Fonte: Montani (2007)<br />

2.3 Produção Mundial<br />

Segundo Montani (2008), a produção mundial estimada <strong>de</strong> rochas ornamentais, no ano<br />

<strong>de</strong> 2007, totalizou ou 103,5 milhões t, correspon<strong>de</strong>ndo a cerca <strong>de</strong> 1,13 bilhões <strong>de</strong> m² <strong>de</strong> chapas<br />

com 2 cm <strong>de</strong> espessura. Está produção envolveu 60,5 milhões t <strong>de</strong> rochas carbonáticas, 37,5<br />

milhões t <strong>de</strong> rochas silicáticas e 5,5 milhões t <strong>de</strong> ardósias e outras rochas xistosas. Como<br />

resultado do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias mais a<strong>de</strong>quadas para a lavra e beneficiamento <strong>de</strong><br />

materiais duros, a participação das rochas silicáticas no total da produção evoluiu <strong>de</strong> 10%, na<br />

década <strong>de</strong> 1920, para cerca <strong>de</strong> 40% atualmente. Um dos principais respo responsáveis por esse<br />

crescimento foi sem dúvida o Brasil que a partir da década <strong>de</strong> 1980 colocou centenas <strong>de</strong><br />

novos granitos no mercado internacional.<br />

Conforme observado na Tabela 1, , a china foi a maior produtora mundial em 2007,<br />

com 26,5 milhões t. Além <strong>de</strong> prin principal cipal produtora mundial, já <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final da década <strong>de</strong> 1990<br />

a China tornou-se se a maior exportadora <strong>de</strong> rochas processada e maior importadora <strong>de</strong> rochas<br />

brutas. . O segundo maior produtor mundial é a Índia, com 13,0 milhões t em 2007. Seguem,<br />

com uma produção ao redor <strong>de</strong> 8,0 milhões t, o Brasil, a Turquia e a Itália.<br />

8


Tabela 1: Principais Produtores Mundiais <strong>de</strong> Rochas Ornamentais<br />

Países<br />

Mt<br />

2002<br />

% Mt<br />

2003<br />

% Mt<br />

2004<br />

% Mt<br />

2005<br />

% Mt<br />

2006<br />

% Mt<br />

2007<br />

%<br />

China 14,00 20,80 17,50 23,30 18,00 22,20 20,00 23,50 22,50 24,20 26,50 25,60<br />

Itália 8,00 11,90 7,85 11,00 7,65 9,40 7,50 8,80 7,65 8,20 7,75 7,50<br />

Indía 6,50 9,60 8,50 11,30 9,50 11,70 10,00 11,70 11,50 12,40 13,00 12,60<br />

Espanha 5,35 7,90 5,75 7,70 6,25 7,70 6,30 7,40 6,00 6,50 6,00 5,80<br />

Irã 4,25 6,30 4,85 6,50 5,25 6,50 5,50 6,50 6,45 6,90 6,50 6,30<br />

Brasil 2,75 4,10 3,20 4,30 4,00 4,90 4,50 5,30 5,50 5,90 5,75 5,60<br />

Portugal 2,30 3,40 2,25 3,00 2,45 3,00 2,50 2,90 2,75 3,00 2,95 2,90<br />

Turquia 2,50 3,70 3,25 4,30 4,20 5,20 4,75 5,60 6,20 6,70 8,00 7,70<br />

EUA 2,00 3,00 2,25 3,00 2,30 2,80 2,40 2,80 2,25 2,40 2,00 1,90<br />

Grécia 1,50 2,20 1,45 1,90 1,40 1,70 1,35 1,60 1,40 1,50 1,25 1,20<br />

Egito<br />

3,20 3,90 3,25 3,80 3,50 3,80 3,80 3,70<br />

Outros 17,85 26,50 18,15 24,20 17,05 20,10 17,20 20,20 9,55 10,30 17,75 17,10<br />

Total 67,50 100,00 75,00 100,00 81,28 100,00 85,25 100,00 92,75 100,00 103,50 100,00<br />

Mt = milhões <strong>de</strong> toneladas. Fonte: (adaptado) Montani (2008)<br />

2.3.1 Principais Exportadores<br />

A china foi responsável por 25 % do total do volume físico das exportações mundiais<br />

<strong>de</strong> rochas ornamentais em 2007 (9) e, em sequência, a Índia (12,1%), , Turquia (10,2%), Itália<br />

(7,2%), Espanha (5,7%) e Brasil (5,4%). Percebe Percebe-se se que entre todos os países apresentados na<br />

Tabela 2, , apenas o Brasil e a África do Sul apresentaram redução no volume físico <strong>de</strong> suas<br />

exportações em 2007.<br />

Tabela 2: Principais Países ses Exportadores <strong>de</strong> Rochas Ornamentais<br />

Fonte: (adaptado) Montani (2008)<br />

2.3.2 Principais Importadores<br />

Na Tabela 3, são apresentados os principais países importadores, responsáveis por<br />

60% do volume total físico das importações efetuadas em 2007. Nota Nota-se se que os 10 primeiros<br />

9


foram responsáveis por cerca <strong>de</strong> 50% do total das importações, o que revela a gran<strong>de</strong><br />

concentração <strong>de</strong> vendas em apenas poucos mercados.<br />

Existem três perfis <strong>de</strong> mercados ou países importadores:<br />

• Países importadores <strong>de</strong> rochas bruta brutas, , que as beneficiam para o atendimento do<br />

mercado doméstico e para exportação, como a China e Itália.<br />

• Países importadores <strong>de</strong> rrochas<br />

ochas brutas e processadas, basicamente para<br />

atendimento do mercado doméstico, como por exemplo, o Reino Unido,<br />

Taiwan e Alemanha.<br />

• Países principalmente importadores <strong>de</strong> rochas processadas, para atendimento<br />

do mercado doméstico, como por exemplo, Japão, EUA e Coréia do Sul.<br />

Tabela 3: Principais Importadores Mundiais <strong>de</strong> Rochas Ornamentais<br />

Fonte: Montani (2008)<br />

A China foi a maior importadora mundial em 2007, praticamente só adquirindo rochas<br />

brutas, figurando em 2° lugar, os EUA, que quase só importam rochas processadas. Esses dois<br />

países são também <strong>de</strong>stacados pelo contínuo incremento <strong>de</strong> suas importações no perí período<br />

consi<strong>de</strong>rado (2002 a 2007).<br />

2.4 O Setor <strong>de</strong> Rochas no Brasil<br />

Entre negócios relativos aos mercados interno e externo, o setor <strong>de</strong> rochas brasileiro já<br />

está movimentando transações comerciais <strong>de</strong> US$ 4,1 bilhões/ano. Cerca <strong>de</strong> 11.300 empresas<br />

integradas à ca<strong>de</strong>ia a produtiva do setor, no Brasil, são responsáveis pela geração <strong>de</strong><br />

10


aproximadamente 140 mil empregos diretos e 420 mil empregos indiretos. Sendo cerca <strong>de</strong><br />

600 empresas <strong>de</strong>ste setor exportadoras. (ABIROCHAS, 2008) A Figura 33,<br />

apresenta as<br />

empresas por setor <strong>de</strong> rochas operantes no Brasil em 2007.<br />

Figura 3: Empresas do Setor <strong>de</strong> Rochas Operantes no Brasil<br />

Fonte: ABIROCHAS (2008)<br />

Segundo a ABIROCHAS (2008), são i<strong>de</strong>ntificadas 18 aglomerações produtivas <strong>de</strong><br />

rochas ornamentais no Brasil, distribuídas por 80 municípios em 10 estados da Fe<strong>de</strong>ração. A<br />

maior parte <strong>de</strong>sses arranjos produtivos está localizada na região su<strong>de</strong>ste, pela proximida<strong>de</strong><br />

geográfica com os principais polos <strong>de</strong> consumo, beneficiamento e exportação.<br />

A produção brasileira <strong>de</strong> rochas ornamentais e d<strong>de</strong><br />

e revestimento totalizou cerca <strong>de</strong> 8,0<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas no ano <strong>de</strong> 2007. Essa produção envolveu uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

rochas, , como granitos, mármores, quartzitos maciços e foliados, ardósias, pedra pedra-sabão,<br />

metaconglomerados, calcários e outras, comerci comercializadas alizadas no mercado interno e externo. Ver<br />

Figura 4.<br />

11


Figura 4: Perfil da Produção Brasileira por tipo <strong>de</strong> Rocha<br />

Fonte: ABIROCHAS (2008)<br />

O Espírito Santo respon<strong>de</strong> por quase 40% da produção <strong>de</strong> rochas no Brasil e concentra<br />

cerca <strong>de</strong> 60% da capacida capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> beneficiamento <strong>de</strong> blocos instalada. A Maior parte da<br />

produção dos chamados granitos exóticos provém dos estados <strong>de</strong> Minas Gerais e Bahia.<br />

Estima-se se que o Brasil tenha hoje uma capacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong> serragem e polimento <strong>de</strong> 70<br />

milhões m²/ano (granitos, , mármores e outras rochas extraídas em blocos). A Figura 5<br />

apresenta a distribuição regional da produção bruta <strong>de</strong> rochas no Brasil no período <strong>de</strong> 2007.<br />

12


Figura 5: Distribuição Regional da Produção Bruta <strong>de</strong> Rochas Ornamentais no Brasil<br />

Fonte: ABIROCHAS (2008)<br />

As rochas mais utilizadas no Brasil são as silicáticas, que abrangem granitos e suas<br />

varieda<strong>de</strong>s. Seguem-se se os mármores, travertinos e limestones (rochas carbonáticas), as<br />

ardósias e os quartzitos maciços e foliados. Sua preferência é <strong>de</strong>c <strong>de</strong>corrente orrente <strong>de</strong> diversos fatores,<br />

ligados à disponibilida<strong>de</strong> das matérias matérias-primas, cultura <strong>de</strong> utilização, tendências <strong>de</strong> mercado,<br />

parâmetros estéticos e qualificação físico físico-mecânica. mecânica. Segundo Chiodi (200 (2005), o mercado<br />

imobiliário <strong>de</strong> alto padrão continua <strong>de</strong>mandando ppreferencialmente<br />

referencialmente mármores importados<br />

para os ambientes internos, tendo tendo-se se cerca <strong>de</strong> 30 a 40 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais italianos,<br />

gregos, espanhóis, turcos e portugueses mais difundidos no país.<br />

Para efeitos <strong>de</strong> cálculos expedidos, das 8,0 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> rochas<br />

ornamentais, produzidas no Brasil em 2007, 58% foram consumidas no mercado interno e<br />

42% foram <strong>de</strong>stinadas, como rochas brutas ou após beneficiamento, ao mercado externo.<br />

Também em valores aproximados, transformando<br />

transformando-se se a produção para o mercado iinterno<br />

em<br />

metros quadrados equivalentes <strong>de</strong> chapas, com 2 cm <strong>de</strong> espessura, o consumo brasileiro <strong>de</strong><br />

produtos foi <strong>de</strong> 56,7 milhões <strong>de</strong> m² em 2007, totalizando 58,3 milhões <strong>de</strong> m² se somados os<br />

produtos rodutos importados.(ABIROCHAS, 2008)<br />

Segundo Mello (2004), São Paulo é responsável, por quase 50% do consumo <strong>de</strong><br />

rochas no Brasil (Figura Figura 66),<br />

seguindo-se se os estados do Rio <strong>de</strong> Janeiro e Minas Gerais.<br />

Conjuntamente, os estados da Região Su<strong>de</strong>ste, incluindo incluindo-se o Espírito Santo, respon<strong>de</strong>m por<br />

aproximadamente 70 – 75% do consumo interno <strong>de</strong> rochas.<br />

13


Figura 6: Distribuição do Consumo Interno Aparente por Estados e Regiões<br />

Fonte: ABIROCHAS (2008)<br />

2.5 Balanço das Exportações e Importações Brasileira <strong>de</strong> Rochas Ornamentais e <strong>de</strong><br />

Revestimentos Situação Atual<br />

2.5.1 Exportações<br />

As exportações brasileiras <strong>de</strong> rochas ornamentais e <strong>de</strong> revestimentos totalizaram US$<br />

192 milhões no 1° trimestre <strong>de</strong> 2011. Esse faturamento foi gerado pela comercialização <strong>de</strong><br />

442.612,25 t <strong>de</strong> rochas brutas e processadas. Frente ao 1° trimestre <strong>de</strong> 2010 registr registrou-se<br />

variação negativa <strong>de</strong> 2,19% no faturamento e <strong>de</strong> 6,79%, também negativa, no volume físico<br />

<strong>de</strong>ssas exportações.(ABIROCHAS, (ABIROCHAS, 2011)<br />

As rochas processadas compuseram 74,88% do faturamento e 45,13% do volume<br />

físico exportado. As rochas silicáticas brutas comp compuseram useram respectivamente 24,94% e 54,59%<br />

e as rochas carbonáticas brutas apenas 0,18% e 0,29%. O faturamento e o volume físico das<br />

vendas <strong>de</strong> rochas processadas recuaram respectivamente 6,10% e 11,41%, tendo tendo-se registrado<br />

variação positiva <strong>de</strong> 11,80% e negativ negativa a <strong>de</strong> 2,69% no volume físico das exportações <strong>de</strong> rochas<br />

silicáticas brutas, basicamente correspon<strong>de</strong>ntes a blocos <strong>de</strong> granito. (ABIROCHAS, 2011)<br />

As exportações mensais evoluíram <strong>de</strong> US$ 48,8 milhões em janeiro, para 81,2 milhões<br />

em março (Figura 7), ), avançando d<strong>de</strong><br />

e 123 mil t para 168 mil toneladas no mesmo período período,<br />

14


como po<strong>de</strong> ser visto na Figura 8. . Os números do mês <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2011 são inferiores ao do<br />

mês <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2010. (ABIROCHAS, 2011)<br />

Figura 7: Exportações Mensais do Setor <strong>de</strong> Rochas Ornamentais Br Brasileiro asileiro – US$<br />

Fonte: ABIROCHAS (2011)<br />

Figura 8: Exportações Mensais do Setor <strong>de</strong> Rochas Ornamentais Brasileiro – ton<br />

Fonte: ABIROCHAS (2011)<br />

15


2.5.2 Importações<br />

As importações brasileiras <strong>de</strong> materiais rochosos naturais somaram US$ 16,17 milhões<br />

e 26.522,93 t (Figura 9) no 1° trimestre <strong>de</strong> 2011, marcando incremento <strong>de</strong> respectivamente<br />

53,4% e 42,3% frente ao mesmo período <strong>de</strong> 2010. O preço médio das importações <strong>de</strong><br />

materiais naturais processados é inferior ao das exportações equivalentes, ou seja, nossa nossas<br />

chapas polidas <strong>de</strong> granitos e mármores estão sendo exportadas por preços maiores que os das<br />

chapas importadas.<br />

Figura 9: Importações acumuladas do setor <strong>de</strong> rochas – ton<br />

Fonte: ABIROCHAS (2011)<br />

Parece cristalizar-se se a tendência <strong>de</strong> substituição da produção nacional pela importada,<br />

o que conduzirá ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sindustrialização do setor <strong>de</strong> rochas no Brasil.<br />

2.6 Marmorarias<br />

Marmorarias são instalações <strong>de</strong>stinadas ao processamento <strong>de</strong> mármores, mas a aapesar<br />

do<br />

nome se trabalha com todo o tipo <strong>de</strong> rocha ornamental. As operações executadas nas<br />

marmorarias são comumente o polimento, o lustre e o corte em tamanhos e formas <strong>de</strong>finidos<br />

pelo consumidor. Utiliza-se se o polimento para a remoção <strong>de</strong> possíveis riscos q qque<br />

po<strong>de</strong>m ter<br />

sido causados durante o transporte ou corte final das chapas.<br />

16


O processo <strong>de</strong> corte das chapas dá forma e dimensão final ao produto. Este é feito com<br />

o uso <strong>de</strong> discos rotativos diamantados, acionados por corta<strong>de</strong>iras, fresadoras ou fura<strong>de</strong>iras. O<br />

acabamento cabamento final é realizado com o uso <strong>de</strong> fferramentas<br />

erramentas abrasivas na forma <strong>de</strong> discos, lixas e<br />

rebolos, movidos por lixa<strong>de</strong>iras, fresadoras e similares. Para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stas<br />

ativida<strong>de</strong>s existem riscos para os trabalhadores <strong>de</strong>vidos a geração <strong>de</strong> poeiras. No acabamento<br />

a seco, as operações mais perigosas são o <strong>de</strong>sbaste e o lixamento, pois geram altas<br />

concentrações <strong>de</strong> poeira. Em ambientes sem as medidas <strong>de</strong> controle a<strong>de</strong>quadas a poeira po<strong>de</strong><br />

causar doenças respiratórias. Se essa poeira tiver sílica cristalina o problema é ainda mais<br />

grave.<br />

Segundo dados do Projeto Marmoristas, divulgados em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001, na<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marmorarias o local on<strong>de</strong> a maior geração <strong>de</strong> poeiras é no setor <strong>de</strong> acabamento e<br />

corte, sendo que o processo úmido é adotado no setor <strong>de</strong> corte em 87,4 % das marmorarias.<br />

Mais <strong>de</strong> 90% das empresas não adotam ventilação exaustora para a remoção da poeira e mais<br />

<strong>de</strong> 75 % não realizam lavagem diária do local <strong>de</strong> trabalho.<br />

Com base nos dados disponíveis pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo <strong>de</strong> Segurança<br />

e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), no Projeto Marmor rmoristas a maioria das<br />

marmorarias é <strong>de</strong>finida como microempresa. A principal característica <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> empresa<br />

é a estrutura administrativa enxuta e informal. O processo produtivo é realizado por meio do<br />

trabalho árduo, visando o aumento da eficiência e controle <strong>de</strong> custos. É comum encontrar<br />

instalações associadas à moradia do próprio empresário e a participação <strong>de</strong> vários membr membros da<br />

família envolvidos no negó negócio. Em geral, são precárias ou inexistentes as iniciativas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

e Segurança no Trabalho (SST), pois essas empresas têm dificulda<strong>de</strong>s para compreen<strong>de</strong>r as<br />

exigências da legislação.<br />

2.7 Materiais Particulados<br />

Os materiais particulados também são chamados <strong>de</strong> aerodispersói<strong>de</strong>s ou aerossóis e<br />

são, por <strong>de</strong>finição, partículas sólidas ou líquidas <strong>de</strong> tamanho bastante reduzido (entre 0,01 µm<br />

a 100 µm), que se encontram suspensas no ar ou em um gás por um tempo suficiente para<br />

serem observadas ou medidas medidas.<br />

De acordo com a (FUNDACENTRO<br />

FUNDACENTRO), aerodispersoi<strong>de</strong> sólido é a partícula formada a<br />

partir da ruptura mecânica <strong>de</strong> um material sólido seco, seja por corte, quebra quebra, usinagem,<br />

fricção ou fundição e ainda por processos físico físico-químicos químicos <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação, vaporização,<br />

combustão, dando origem, por ex exemplo, emplo, às poeiras, às nevoas, neblinas e fumaças. Como foco<br />

<strong>de</strong> interesse neste trabalho, <strong>de</strong>stacam <strong>de</strong>stacam-se se as poeiras que, segundo <strong>de</strong>finição da norma brasileira<br />

17


NBR 12.543 543 (ABNT, 1999), são aerossóis cuja fase dispersa é originada <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />

ruptura mecânica ica <strong>de</strong> um sólido. As partículas <strong>de</strong> uma poeira po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

submicroscópicas até visíveis.<br />

2.7.1 Poeiras<br />

As poeiras são <strong>de</strong> particular interesse como contaminantes do ar <strong>de</strong> ambientes <strong>de</strong><br />

trabalho, uma vez que estão associadas a diversos tipos <strong>de</strong> ddoenças<br />

oenças do sistema respiratório.<br />

Po<strong>de</strong>m reagir com os tecidos ou ser absorvidas por eles causando efeitos adversos à saú<strong>de</strong>.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo do tamanho, forma, proprieda<strong>de</strong>s químicas e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> das partículas,<br />

concentração <strong>de</strong> poeira no ar, tempo <strong>de</strong> exposição e out outros ros fatores, os efeitos à saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m<br />

variar <strong>de</strong> uma simples irritação a uma doença fatal. (SANTOS, 2005)<br />

Segundo Gabas (2008), uma das maneiras <strong>de</strong> se classificar as poeiras é através <strong>de</strong> suas<br />

características básicas, que incluem forma, origem e tamanho. A forma orma da partícula é um<br />

importante fator que influê nfluência ncia os processos <strong>de</strong> impactação e <strong>de</strong>posição inercial no sistema<br />

respiratório e os projetos <strong>de</strong> instrumentos a<strong>de</strong>quados para amostragem e análises <strong>de</strong> partículas.<br />

A varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> particulados é muito gran<strong>de</strong> ran<strong>de</strong> são esféricas, cúbicas,<br />

irregulares, com formato <strong>de</strong> flocos, fibras, ca<strong>de</strong>ias, plaquetas, escamas, etc. A origem da<br />

partícula po<strong>de</strong> ser classificada conforme sua origem em minerais (areia, argila, carvão),<br />

animais (peles, couros, pelos) e vegetais (ma<strong>de</strong> (ma<strong>de</strong>iras, iras, grãos, cereais). Já o tamanho das<br />

partículas é <strong>de</strong> fundamental importância para <strong>de</strong>terminar erminar o seu comportamento.<br />

2.7.2 Tamanho das Partículas<br />

Segundo Santos (2005), o comportamento das partículas está diretamente associado ao<br />

tamanho das mesmas, tendo influencia sobre os mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição, espalhamento da<br />

luz e os efeitos ocasionados a saú<strong>de</strong> dos expostos. Além disso, o tamanho influencia na<br />

<strong>de</strong>terminação dos equipamentos para controle e redução das concentrações <strong>de</strong> partículas no ar.<br />

O tamanho o <strong>de</strong> uma partícula por ser <strong>de</strong>finido tanto em termos lineares quanto em<br />

termos bidimensionais e tridimensionais. Estudos <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição no trato respiratório<br />

relacionam-se se o mais próximo possível com o diâmetro aerodinâmico da partícula, já em<br />

experimentos on<strong>de</strong> <strong>de</strong> são apresentados processos <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> calor, o diâmetro <strong>de</strong> área<br />

superficial po<strong>de</strong> ser o mais a<strong>de</strong>quado. (GABAS, 2008)<br />

Para Gabas (2008), o tempo <strong>de</strong> suspensão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente do tamanho da<br />

partícula, <strong>de</strong> seu peso especifico e da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mmovimentação<br />

ovimentação do ar no ambiente<br />

analisado. O comportamento das partículas no ambiente com fluxo contínuo no ar po<strong>de</strong> ser<br />

18


visto na Figura 10, , on<strong>de</strong> nota nota-se se que as partículas menores permanecem mais tempo<br />

suspensas no ar e, , portanto portanto, apresentam maior chance <strong>de</strong> serem erem medidas ou inaladas pelo<br />

trabalhador.<br />

Figura 10: Tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> partículas no solo partindo <strong>de</strong> uma altura <strong>de</strong> 1,65 m<br />

Fonte: ESTADOS UNIDOS (2007) et al., GABAS (2008)<br />

2.7.3 Mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição das partículas<br />

Os cinco mecanismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pos <strong>de</strong>posição das partículas, las, segundo Santos (2005), são<br />

sedimentação, impactação inercial, difusão, interceptação e <strong>de</strong>posição eletrostática.<br />

a) Sedimentação<br />

Estudos sobre aerodispersói<strong>de</strong>s indicam que partículas com diâmetro aerodinâmico<br />

maior que 50 µm não permanecem suspensas no ar por muito tempo, pois ten<strong>de</strong>m a<br />

sedimentar-se por influência ncia da gravida<strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>. Entretanto, ntretanto, em condições especiais, partículas<br />

maiores que 100 µm po<strong>de</strong>m tornar tornar-se se suspensas, mas dificilmente permanecem no ar.<br />

b) Impactação Inercial<br />

A inércia <strong>de</strong> uma partícula, <strong>de</strong>finida como sua tendência a resistir à mudança em sua<br />

movimentação, é outro importante mecanismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição. A partícula em movimento<br />

através do ar mover-se-á á em linha reta, a menos que atue sobre ela uma força externa. Quand Quando<br />

uma partícula é forçada a mudar <strong>de</strong> direção repentinamente, a inércia da partícula fará com<br />

que ela continue em frente, em relação ao fluxo original, por certa distâ distância, antes que retome<br />

a direção do fluxo.<br />

c) Interceptação<br />

Quando o fluxo <strong>de</strong> ar passa próximo a uma superfície coletora, po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>posição<br />

das partículas pelo processo <strong>de</strong> interceptação, partículas maiores arrastadas po<strong>de</strong>m bater na<br />

superfície coletora. Basta que a trajetória até a superfície seja menor que o raio da partícula.<br />

19


d) Difusão<br />

Neste este mecanismo, partículas suspensas em um meio gasoso são bombar<strong>de</strong>adas por<br />

colisões com moléculas individuais do gás, provocando <strong>de</strong>slocamentos aleatórios das<br />

partículas, conhecidos com difusão, fazendo com que elas permaneçam suspensas no ar por<br />

longos períodos <strong>de</strong> tempo.<br />

e) Deposição eletrostática<br />

Este mecanismo <strong>de</strong> captura é relevante quando o meio filtrante apresenta cargas<br />

eletrostáticas, po<strong>de</strong>ndo ocorrer à captura das mesmas por meio da ação eletrostática direta ou<br />

por meio <strong>de</strong> indução elétrica preliminar e posterior atração.<br />

2.7.4 Penetração e <strong>de</strong>posição das partículas no trato respiratório humano<br />

Partículas pequenas o suficiente para estarem suspensas no ar po<strong>de</strong>m ser inaladas pelo<br />

nariz e pela boca. Entretanto Entretanto, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inalação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do diâmetro da partícula, já<br />

o comportamento da mesma no sistema respiratório é influ influenciado nciado por fatores fisiológicos e<br />

fatores relacionados a partícula. De maneira abrangente, esses fatores levam em consi<strong>de</strong>ração<br />

a natureza física e química da poeira, as condições <strong>de</strong> exp exposição osição e as características do<br />

indivíduo duo exposto. (SANTOS, 2005)<br />

Partículas <strong>de</strong>positadas nas vias aéreas superiores (lábios ou narinas), laringe e até<br />

mesmo nos pulmões, tem potencial para causar danos à saú<strong>de</strong>. Para estudos as faixas ou<br />

frações <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong> e maior interesse est estão ão divididas <strong>de</strong> modo a relacioná relacioná-las com o local <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>posição no trato respiratório cujas <strong>de</strong>finições são apresentadas a seguir:<br />

a) Particulado inalável<br />

A fração inalável é aquela com diâmetro menor que 100 µm, capaz <strong>de</strong> entrar pelas<br />

narinas nas e pela boca, penetrando no trato respiratório durante a inalação, po<strong>de</strong>ndo ficar retida<br />

em qualquer lugar <strong>de</strong>le.<br />

b) Particulado articulado torácico<br />

A fração <strong>de</strong> particulado torácico é aquela constituída por partículas <strong>de</strong> diâmetro menor<br />

que 25 µm, , capaz <strong>de</strong> passar pela laringe, po<strong>de</strong>ndo ficar retida nas regiões traqueobrônquica<br />

(vias aéreas dos pulmões) e na região <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> gases.<br />

20


c) Particulado respirável<br />

A fração respirável é constituída por partículas <strong>de</strong> diâmetro menor que 10 µm, também<br />

conhecida como MP 10, que penetra e po<strong>de</strong> ficar retida na região <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> gases ou região<br />

pulmonar. Está fração respirável está associada com doenças fibrogênicas (como silicose) ou<br />

enfisema pulmonar.<br />

A Figura 11, ilustra as frações <strong>de</strong> particulados e as respect respectivas ivas regiões <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição no<br />

trato respiratório.<br />

Figura 11:Representação Representação das principais regiões do trato respiratório<br />

Fonte: BON (2006)<br />

2.7.5 Poeira contendo sílica livre cristalizada<br />

Devido a gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais contendo quartzo, os traba trabalhadores são<br />

expostos a concentrações <strong>de</strong> sílica cristalina na fração respirável em uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> indústrias e ocupações, entre as quais se <strong>de</strong>staca o corte <strong>de</strong> rochas nas marmorarias. Para<br />

Santos (2005), ), o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> silicose em marmorarias está claramente<br />

relacionado com a poeira respirável.<br />

21


A silicose é um tipo <strong>de</strong> pneumiconiose causada pela inalação <strong>de</strong> poeiras contendo<br />

sílica livre cristalizada. É uma doença pulmonar incurável, com evolução progressiva e<br />

irreversível, po<strong>de</strong> levar evar <strong>de</strong> alguns anos a décadas para se manifestar, e progri<strong>de</strong> mesmo após a<br />

interrupção da exposição. (BRASIL, 2006)<br />

A silicose é indiscutivelmente reconhecida como sendo uma doença ocupacional ocupacional,<br />

sendo endo diagnosticado no mundo milhare milhares s <strong>de</strong> casos, a cada ano que passa. As partículas<br />

menores que 10 µm po<strong>de</strong>m penetrar nos alvéolos, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> os macrófagos tentam removê removê-las.<br />

Entretanto, as partículas <strong>de</strong> sílica livre cristalizada causam a quebra e morte dos macrófagos.<br />

O tecido pulmonar reage pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> nódulos fibróticos e cicatrizes ao<br />

redor das partículas <strong>de</strong> sílica retidas. A formação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> cicatrizes após<br />

exposição prolongada torna a superfície alveolar menos elástica, diminuindo a capacida capacida<strong>de</strong><br />

respiratória. (SANTOS, 2005)<br />

2.7.6 Limites <strong>de</strong> exposição ocupacional<br />

Os limites <strong>de</strong> Exposição Ocupacional (LEO) para poeiras contendo sílica cristalina<br />

foram mudados ao longo do século XX em função da melhoria das técnicas <strong>de</strong> amostragem e<br />

análise. O NIOSH estima ma que 1 em cada 100 trabalhadores <strong>de</strong>senvolverá alterações<br />

radiológicas, durante uma vida laboral <strong>de</strong> 40 a 45 anos, com exposição a concentrações <strong>de</strong><br />

sílica cristalina respirável nos limit limites recomendados, ou seja o REL (Recommen<strong>de</strong>d Recommen<strong>de</strong>d Exposure<br />

Limit), <strong>de</strong> 0,05 mg/m³, , baseado nos efeitos à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido a exposição a sílica cristalina,<br />

quartzo, tridimita e cristobalita, para reduzir o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da silicose e outros<br />

efeitos adversos à saú<strong>de</strong>.<br />

No Brasil, os LEOs para sílica livre cristalizada são fixado fixados s por meio da Norma<br />

Regulamentadora N° 15. (NR 15), ), “Limites <strong>de</strong> Tolerância para Poeiras Minerais”,<br />

estabelecida pela Portaria N° 3.214 <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1978. Este LEO foi baseado na<br />

recomendação da ACGIH <strong>de</strong> 1974, que <strong>de</strong>terminava o limite máximo <strong>de</strong> 1,0 mg/ mg/m³. Em 2000<br />

a ACGIH, por consi<strong>de</strong>rar a sílica cristalina na forma <strong>de</strong> quartzo cancerígena, diminuiu o LEO<br />

<strong>de</strong> 1,0 mg/m³ para 0,05 mg/m³ .<br />

2.8 Equipamentos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> poluição atmosférica<br />

Os equipamentos <strong>de</strong> controle são classificados primeiramente em função d ddo<br />

estado<br />

físico <strong>de</strong> poluente a ser consi<strong>de</strong>rado. Em seguida a classificação envolve diversos parâmetros<br />

como mecanismo <strong>de</strong> controle, uso ou não <strong>de</strong> água ou outro líquido, etc. A seguinte<br />

classificação é usual:<br />

22


a) Equipamentos <strong>de</strong> ccontrole<br />

<strong>de</strong> material particulado, ver Quadro 11.<br />

Quadro 1: Equipamentos para controle <strong>de</strong> material particulado.<br />

Coletores secos<br />

• Coletores mecânicos inerciais e<br />

gravitacionais<br />

• Filtros iltros <strong>de</strong> mangas<br />

• Coletores centrífugos (ex. ciclones)<br />

• Precipitadores eletrostáticos secos<br />

• Precipitadores dinâmicos secos<br />

b) Equipamentos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> gases e vapores:<br />

• Con<strong>de</strong>nsadores<br />

• Absorvedores<br />

• Incineradores com chama direta<br />

• Incineradores catalíticos<br />

• Processos especiais<br />

Coletores úmidos<br />

2.8.1 Seleção <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Poluição <strong>de</strong> Ar<br />

• Lavadores com pré pré-atomização<br />

(spray)<br />

• Lavador com atomização pelo<br />

A característica básica que influê influência ncia em primeira instância é a eficiência <strong>de</strong> coleta coleta,<br />

necessária para enquadrar emissão da fonte nos padrões exigidos. A eficiência <strong>de</strong> coleta, para<br />

todos os tipos <strong>de</strong> coletores letores <strong>de</strong> material particulado é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da distribuição do tamanho<br />

das partículas presentes no gás a ser tratado. A Tabela 4, apresenta a eficiência <strong>de</strong> coleta para<br />

diferentes tipos <strong>de</strong> coletores <strong>de</strong> material particulado em diferentes tamanhos.<br />

gás<br />

• Lavador do leite móvel<br />

• Precipitadores eletrostáticos<br />

úmidos<br />

• Precipitadores dinâmicos úmidos<br />

23


Tabela 4: Eficiência fracionada <strong>de</strong> coletores <strong>de</strong> material particulado em função da<br />

distribuição <strong>de</strong> tamanho das partículas (em porcentagens).<br />

Tipo <strong>de</strong> equipamento<br />

Câmara <strong>de</strong> sedimentação<br />

Ciclone <strong>de</strong> baixa pressão<br />

Ciclone <strong>de</strong> alta pressão<br />

Multiciclone<br />

Filtro <strong>de</strong> mangas<br />

Lavadores <strong>de</strong> média energia 80,0 90,0 98,0<br />

Lavador Venturi<br />

Precipitador eletroestático 97,0 99,0 99,5<br />

Torre <strong>de</strong> spray<br />

Fonte: Lisboa (2007)<br />

2.8.2 Fatores envolvidos<br />

Os fatores envolvidos na escolha <strong>de</strong> um equipamento <strong>de</strong> controle técnica e<br />

economicamente viável são:<br />

Caracterização do Problema<br />

Possíveis Soluções:<br />

• Métodos diretos<br />

• Métodos indiretos<br />

• Combinação <strong>de</strong> dois ou mais métodos<br />

• Característica <strong>de</strong> cada alternativa<br />

Aspectos econômicos <strong>de</strong> cada alternativa<br />

Custo anualizado<br />

2.9 Filtros <strong>de</strong> Mangas<br />

Diâmetro (µm)<br />

0 →5 5 → 10 10 → 20 20 → 50 >50<br />

7,5 22,0 43,0<br />

12,0 33,0 57,0<br />

40,0 79,0 92,0<br />

25,0 54,0 74,0<br />

99,0 100,0 100,0<br />

95,0 99,5 100,0<br />

90,0 96,0 98,0<br />

80,0 90,0<br />

82,0 91,0<br />

95,0 97,0<br />

95,0 98,0<br />

100,0 100,0<br />

100,0 100,0<br />

100,0 100,0<br />

100,0 100,0<br />

100,0 100,0<br />

A utilização <strong>de</strong> filtros <strong>de</strong> mangas para limpeza do ar é datada <strong>de</strong> 5000 anos atrás,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Egito antigo. Nesta época, usavam usavam-se se sacos traçados sobre a cabeça e amarrados ao<br />

redor do pescoço para proteger contra a exposição ao pó do dióxido <strong>de</strong> chumbo. Leonardo da<br />

Vinci <strong>de</strong>fendia o uso <strong>de</strong> panos molhados (wetting cloth) sobre a boca e o nariz, visando a<br />

melhoria na respiração (filtração). A primeira patente relativa <strong>de</strong> um filtro <strong>de</strong> mangas consta<br />

<strong>de</strong> 1852, nos Estados Unidos, on<strong>de</strong> on<strong>de</strong>, um simples projeto <strong>de</strong> manga para a recuperação <strong>de</strong><br />

24


fumaças <strong>de</strong> óxido <strong>de</strong> zinco foi patenteado. Com o <strong>de</strong>senvol <strong>de</strong>senvolvimento vimento <strong>de</strong> fibras sintéticas em<br />

meados do século passado, ocorreu a fabricação <strong>de</strong> tecidos <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong> e, assi assim, os<br />

filtros <strong>de</strong> tecido entraram na era mo<strong>de</strong>rna (MYCOCK, ROCHA et al., 2010).<br />

Os filtros <strong>de</strong> mangas são os sistemas mais comumente utilizados. Sua utilização se dá<br />

não só para o controle da<br />

industrial. rial. O princípio <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> um filtro <strong>de</strong> mangas é simples. Trata Trata-se da<br />

passagem da mistura gasosa que contém partículas através <strong>de</strong> um tecido, sendo que o gás<br />

atravessa os poros do tecido e as partículas partículas, na sua maioria, ficam retidas na sua super superfície,<br />

que <strong>de</strong> tempos em tempo tem que ser retiradas para evitar uma camada muito espessa, o que<br />

dificultará a passagem do gás (aumento da perda <strong>de</strong> carga). No começo do processo <strong>de</strong><br />

filtragem a coleta se inicia com a colisão das partículas contra as fibras d ddo<br />

meio filtrante e sua<br />

posterior a<strong>de</strong>rência às mesmas. À medida que o processo continua a camada <strong>de</strong> partículas<br />

coletadas vai aumentando tornando tornando-se então, o meio <strong>de</strong> coleta. . Em <strong>de</strong>terminado momento,<br />

torna-se se necessária a remoção das partículas coletadas, a fim m <strong>de</strong> impedir a redução da<br />

eficiência do processo.<br />

Os mecanismos envolvidos na coleta <strong>de</strong> partículas em filtros <strong>de</strong> mangas são<br />

principalmente a impactação inercial, a difusão, a atração eletrostática e a força gravitacional<br />

e secundariamente, a intercepção. O filtro <strong>de</strong> mangas são equipamentos enquadrados na<br />

categoria dos <strong>de</strong> alta eficiência <strong>de</strong> coleta, chegando a alguns casos, a valores maiores que<br />

99,9%.<br />

poluição do ar, mas também como parte integrante do processo<br />

Os filtros <strong>de</strong> mangas tem forma <strong>de</strong> saco alongado, tubular, segundo egundo o mecanismo <strong>de</strong><br />

limpeza das mangas os filtr filtros os <strong>de</strong> mangas po<strong>de</strong>m ser classificados da seguinte maneira:<br />

• Sacudimento mecânico: neste método, o pó é removido por agitação mecânica,<br />

horizontal ou vertical; o sacudimento mecânico não tem muito êxito quando o<br />

material particulado consiste <strong>de</strong> partículas a<strong>de</strong> a<strong>de</strong>rentes, rentes, pois a agitação excessiva<br />

po<strong>de</strong> fazer com que as mangas girem o se soltem dos ganchos <strong>de</strong> sustentação.<br />

A Figura 12 12, apresenta esenta que o ar penetra pela parte interna, quando a boca do<br />

saco fica embaixo, e sai <strong>de</strong>ixando as impurezas do lado <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro.<br />

25


Figura 12: Filtro <strong>de</strong> mangas com sistema <strong>de</strong> limpeza por sacudimento (entrada interna <strong>de</strong> ar)<br />

Fonte: Lisboa, (2007)<br />

• Ar reverso: neste caso, as partículas se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>m do tecido pela inversão no<br />

sentido do fluxo do ar. É mais utilizado quando operado com baixas vazões.<br />

• Jato pulsante <strong>de</strong> ar comprimido comprimido: : é o sistema mais utilizado e relação aos<br />

<strong>de</strong>mais comumente, omumente, um tubo <strong>de</strong> Venturi aco acoplado plado ao topo <strong>de</strong> cada manga gera<br />

um jato <strong>de</strong> ar que percorre toda a extensão da manga, expandindo expandindo-a e fazendo<br />

com que a camada a<strong>de</strong>rida ao tecido se <strong>de</strong>sprenda do mesmo, ver Figura 13.<br />

Neste tipo <strong>de</strong> filtro o ar normalmente penetra pela parte interna, como a Figura<br />

14, o ar poluído é empurrado <strong>de</strong> fora pra <strong>de</strong>ntro, <strong>de</strong>ixando o MP a<strong>de</strong>rido a<br />

pare<strong>de</strong> externa do saco. Para que não ocorra estrangulamento dos sacos os<br />

mesmo possuem uma estrutura metálica <strong>de</strong> suporte.<br />

Este último ltimo tipo <strong>de</strong> limpeza é o que tem sido mais utili utilizado atualmente, pois<br />

apresenta a vantagem <strong>de</strong> exigir uma área <strong>de</strong> filtragem menor que os que<br />

utilizam por sacudimento mecânico ou ar reverso, possibilitando limpeza<br />

contínua e automática das mangas.<br />

26


Figura 13: Filtro <strong>de</strong> mangas com sistema <strong>de</strong> limpeza por jato pulsante<br />

Fonte: Lisboa, (2007)<br />

Figura 14:Filtro Filtro <strong>de</strong> mangas com entrada externa <strong>de</strong> ar poluído<br />

Fonte: Lisboa, (2007)<br />

27


A Tabela 5, , apresenta uma comparação entre os tipos <strong>de</strong> limpezas do filtro <strong>de</strong> mangas<br />

relacionando com diferentes parâmetros parâmetros.<br />

Tabela 5: Limitações e vantagens dos principais tipos <strong>de</strong> coletores <strong>de</strong> pó<br />

Parâmetro Ciclone Precipitador<br />

Eletrostático<br />

Eficiência De 70 a 90% Superior a 98% Superior a 99,99%<br />

Emissão Maior que 150<br />

mg/m³<br />

De 75 a 150 mg/m³ Menor que 50 mg/m³<br />

Tamanho da<br />

partícula retida<br />

Maior que 10 µm Maior que 0,001 µm Maior que 0,1 µm<br />

Custo <strong>de</strong><br />

investimento<br />

Baixo<br />

Alto Médio<br />

Custo <strong>de</strong><br />

manutenção<br />

Baixo<br />

Alto Médio<br />

Custo <strong>de</strong><br />

operação<br />

Baixo<br />

Principio <strong>de</strong> Decantação<br />

operação forçada do pó por<br />

inércia<br />

Características Po<strong>de</strong> sofrer<br />

elevada abrasão<br />

pelo pó ou<br />

corrosão pelo gás;<br />

Baixa eficiência<br />

para pós finos<br />

(


filtração reduzem a área <strong>de</strong> filtração requerida, diminuindo o custo inicial, operacional e <strong>de</strong><br />

manutenção dos filtros.<br />

Rocha (2010), estudando a remoção <strong>de</strong> tortas em diferentes materiais particulados, e<br />

com três velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> filtração <strong>de</strong> 6, 9 e 11 cm/s, concluiu que a resistência específica d dda<br />

torta aumenta com a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração para todos os materiais estudados e que a<br />

porosida<strong>de</strong> da torta diminui com o aumento da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração para a rocha fosfática.<br />

2.11 Escolha do Meio Filtrante<br />

A escolha do meio filtrante a ser utilizado <strong>de</strong>pe <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá n<strong>de</strong>rá das características do gás<br />

transportador (temperatura, umida<strong>de</strong>, alcalinida<strong>de</strong> e aci<strong>de</strong>z), das características das partículas<br />

a serem filtradas (concentração, distribuição <strong>de</strong> tamanhos, abrasivida<strong>de</strong>) do tipo <strong>de</strong> limpeza a<br />

ser utilizado, do custo e da disp disponibilida<strong>de</strong> do mercado. Os filtros <strong>de</strong> mangas são <strong>de</strong> elevada<br />

eficiência para poeiras acima <strong>de</strong> 0,1 µm e são usados na captação <strong>de</strong> poeira <strong>de</strong> moagem,<br />

mistura e pesagem <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> cereais, moagem <strong>de</strong> pedra, argila e minerais, trituração <strong>de</strong><br />

cimento, limpeza por abrasão, etc.<br />

Consi<strong>de</strong>rando um filtro corretamente selecionado, dimensionado e operado, a sua<br />

otimização po<strong>de</strong> ser feita pela correta especificação das mangas filtrantes, ou seja,<br />

maximização <strong>de</strong> sua vida útil. Contudo, para avaliação correta do tempo <strong>de</strong> tro troca <strong>de</strong> uma<br />

manga necessita-se se conhecer os conceitos da vida útil e durabilida<strong>de</strong> do elemento filtrante filtrante.<br />

A vida útil é o tempo econômico da manga, durante o qual são atendidas as exigências<br />

técnicas <strong>de</strong> emissão e eficiência <strong>de</strong> limpeza. A durabilida<strong>de</strong> consiste no tempo <strong>de</strong> uso total da<br />

manga até a ocorrência <strong>de</strong> furo, rasgo ou entupimento completo. Usualmente a durabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma manga é maior que a sua vida útil. A Figura 15, apresenta o comparativo entre as<br />

mangas bem e mal dimensionadas.<br />

29


Figura 15: Comparação genérica entre mangas bem e mal dimensionadas<br />

Fonte: Pacheco (2002).<br />

Conforme a Figura 15 15, verifica-se se que a manga <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> apresenta alta<br />

emissão, aos 8 meses e a manga corretam corretamente ente especificada, aos 24 meses. A vida útil da<br />

manga errada rrada é cerca <strong>de</strong> 3 vezes menor. Após a sua vida útil, esta manga inicia um processo<br />

<strong>de</strong> entupimento, acompanhado pela crescente emissão, até a ocorrência <strong>de</strong> algum rasgo em<br />

torno <strong>de</strong> 3 anos <strong>de</strong> uso. Ressalta Ressalta-se se que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da durabilida<strong>de</strong> das mangas seja ela <strong>de</strong> 3<br />

anos (incorreta) e 5 anos (correta), o tempo <strong>de</strong> troca <strong>de</strong>ver ser estabelecido conforme a vida<br />

útil para que o custo das mangas seja minimizado.<br />

Uma manga filtrante falha quando se verifica uma excessiva emissão ou entupimento.<br />

A emissão <strong>de</strong>ve ser verificada rificada semanalmente através <strong>de</strong> um opacímetro ou <strong>de</strong>tector <strong>de</strong><br />

particulado, enquanto o entupimento <strong>de</strong>ve ser verificado diaria diariamente te pela medição <strong>de</strong> Perda<br />

<strong>de</strong> Carga do filtro, com manômetro diferencial tipo coluna d´água ou digital. A propósito<br />

perda <strong>de</strong> carga é a diferença <strong>de</strong> pressão entre as câmaras suja e limpa do filtro <strong>de</strong> mangas.<br />

A faixa <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> cargo do filtro em operação normal está em torno <strong>de</strong> ±10% da<br />

perda <strong>de</strong> carga do projeto. Para exemplificar, se a perda <strong>de</strong> carga do projeto for <strong>de</strong> 150mmCA<br />

(milímetros ros <strong>de</strong> coluna d´água) o filtro <strong>de</strong>ve ser regulado para operar entre 135 à 165 mmCA.<br />

Já a emissão máxima do filtro normalmente é <strong>de</strong>finida pelo órgão local <strong>de</strong> controle do meio<br />

ambiente, sendo <strong>de</strong> 50 mg/m³ em geral.<br />

30


A diferença <strong>de</strong> preço entre diversos materiais atualmente disponíveis é função das<br />

diferenças <strong>de</strong> temperatura máxima <strong>de</strong> trabalho, resistência química, resistência à abrasão <strong>de</strong><br />

cada material, sem falar na disponibilida<strong>de</strong> ou não <strong>de</strong> fabrica fabricante nte nacional ( (Figura 16).<br />

Figura 16: Preços relativos e aproximados entre os materiais das mangas<br />

Fonte: Pacheco (2002).<br />

Como se observa na Tabela 6, , a seleção do material é basicamente função da<br />

temperatura e da composição química dos gases a serem filtrados, não obstante, as<br />

proprieda<strong>de</strong>s físico-químicas químicas do pó também <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas.<br />

31


Tabela 6: Temperatura <strong>de</strong> trabalho e agentes químicos agressivos ao material das mangas<br />

Sigla Material<br />

PP Polipropileno<br />

PA Poliamida<br />

AC Poliocrilonitrila<br />

copolímero<br />

DT Poliocrilonitrila<br />

homopolímero<br />

PE Poliéster<br />

NO m-Aramida<br />

PPS Polifenilsulfeto<br />

PI Poliimida aromática<br />

PTFE Politetrafluoretileno<br />

l= resiste bem; s = resistência mo<strong>de</strong>rada; n = baixa resistência<br />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> Pacheco (2002).<br />

2.11.1 Parâmetros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

Fibra – recobre a tela <strong>de</strong> sustentação por cima e por baixo. Como o material<br />

mais econômico é o poliéster, ele é o mais utilizado para a maioria dos<br />

processos filtrantes.<br />

A diferença <strong>de</strong> preço entre os diversos materiais atualmente disponíveis ( (Figura 16) é<br />

função das as diferenças <strong>de</strong> temperatura máxima <strong>de</strong> trabalho, resistência químic química, resistência a<br />

abrasão <strong>de</strong> cada material, sem falar na disponibilida<strong>de</strong> ou não <strong>de</strong> fabricante nacional nacional.<br />

Tela <strong>de</strong> Sustentação – confere ao meio filtrante a resistência mecânica ao jato<br />

pulsante e e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> pó. Situações on on<strong>de</strong> existe elevado<br />

esforço forço mecânico juntamente com pó pós s muitos finos exigem uma tela com alta<br />

eficiência.<br />

Nome<br />

Comercial<br />

a) Qualida<strong>de</strong> do fio da ttela<br />

– Multifilamento é consi<strong>de</strong>rado o fio <strong>de</strong> maior<br />

resistência mecânica do mercado, tanto que é o fio utilizado pela ind indústria <strong>de</strong><br />

pneumáticos como “alma” dos pneus radiais, sua resistência mecânica e baixo<br />

alongamento <strong>de</strong> ruptura fazem com que a manga tenha uma estabilida<strong>de</strong><br />

dimensional excelente, tanto no momento da limpeza, como no moment momento do<br />

trabalho <strong>de</strong> filtragem.<br />

Temp.<br />

Trab.<br />

H2O O2 SO2 NO2<br />

- 90 °C l l l l<br />

Nylon 110 °C n l n l<br />

Acrílico 110 °C s l n s<br />

Dralon T 120 °C l l n s<br />

- 150 °C n l n l<br />

Nomex,<br />

Conex<br />

Rylon,<br />

Procon<br />

180 °C n s n l<br />

190 °C l n s n<br />

P84 240 °C s n n n<br />

Teflon 250 °C l l l l<br />

Alcalis Solventes<br />

l n<br />

l s<br />

n l<br />

n l<br />

n l<br />

n l<br />

l l<br />

l l<br />

l l<br />

b) Gramatura da tela - consi<strong>de</strong>rar a qualida<strong>de</strong> que compõe o fio <strong>de</strong> tela é muito<br />

importante, no entanto, o peso em g/m² da tela do item diretamente ligado ao<br />

32


custo do material. Telas leves resultam consequentemente em materiais mais<br />

baratos e em resistências mecânicas mais baixas. Uma gramatura <strong>de</strong> tela<br />

equivalente a 30% da gramatura <strong>de</strong> feltro po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada a<strong>de</strong>quada.<br />

c) Material da tela - O uso <strong>de</strong> baixas gramaturas resulta em menor vida útil da<br />

manga, pois a resistência à abrasão é menor e a permeabilida<strong>de</strong> ao ar é maior.<br />

Problema dos mais graves é a alta emissão <strong>de</strong> particulados que os feltros <strong>de</strong><br />

baixo peso (g/m²) apresentam. Por isso, é recomendável que as mangas<br />

utilizadas para jato pulsante, por exemplo, tenham 550 g/m² para ofere oferecer uma<br />

boa resistência à abrasão e retenção <strong>de</strong> particulado.<br />

d) Gramatura do Feltro – consi<strong>de</strong>rar a qualida<strong>de</strong> que compõe o fio da tela é<br />

muito importante, no entanto, o peso em g/m² da tela é um item diretamente<br />

ligado ao ccusto<br />

do material. Telas leves resultam m consequentemente em<br />

materiais mais baratos e em resistências mecânicas mais baixas. Uma<br />

gramatura <strong>de</strong> tela equivalente a 30% da gramatura do feltro po<strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>rada a<strong>de</strong>quada.<br />

e) Material da tela – em geral, é recomendável que seja o mesmo da fibra,<br />

contudo, do, po<strong>de</strong>m existir aplicações muito específicas on<strong>de</strong> a mesclagem <strong>de</strong><br />

materiais diferentes resulta numa manga com maior vida útil que a <strong>de</strong> cada<br />

material isoladamente.<br />

f) Gramatura do feltro – o uso <strong>de</strong> baixas gramaturas resulta em menor vida útil<br />

da manga pois a resistência a abrasão é menor e a permeabilida<strong>de</strong> ao ar é<br />

maior. Problema dos mais graves é a alta emissão <strong>de</strong> particulados que os feltros<br />

<strong>de</strong> baixo peso (g/m²) apresentam. Por isso, é recomendável que as mangas<br />

utilizadas para jato pulsante, por exemplo, te tenham nham 550 g/m² para oferecer uma<br />

boa resistência à abrasão e retenção <strong>de</strong> particulado.<br />

g) Permeabilida<strong>de</strong> ao ar – elevada permeabilida<strong>de</strong> ao ar na manga não é<br />

recomendável. Pois há uma tendência <strong>de</strong> penetração excessiva <strong>de</strong> pó,<br />

resultando em maior emissão e em entu entupimento pimento precoce, verificado pela<br />

elevação da perda <strong>de</strong> carga para valores acima <strong>de</strong> 180 mmCA. Além disso,<br />

uma permeabilida<strong>de</strong> muito alta, resulta em menor perda <strong>de</strong> carga no sistema,<br />

aumentando assim, a velocida<strong>de</strong> das partículas e o atrito entro o pó e a manga manga.<br />

Com isso, a vida útil do elemento filtrante será consi<strong>de</strong>ravelmente menor.<br />

h) Acessórios<br />

– são acessórios a cordoalha <strong>de</strong> cobre (ou aço) para<br />

<strong>de</strong>scarregamento da eletricida<strong>de</strong> estática e os siste sistemas mas <strong>de</strong> fixação das mangas,<br />

33


como anel <strong>de</strong> feltro, anel <strong>de</strong> vedação, aanel<br />

nel arame ou anel aço aço-mola. Contudo, o<br />

mais crítico é o anel aço aço-mola, mola, cujo projeto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> intrinsecamente do<br />

diâmetro do furo do espelho, on<strong>de</strong> a manga é encaixada, e <strong>de</strong> sua variação.<br />

Recomenda-se<br />

se que esse furo tenha uma variação máxima <strong>de</strong> ± 0,3 mm.<br />

i) Espessura – se a espessura do feltro for reduzida <strong>de</strong>mais, a manga po<strong>de</strong> sofrer<br />

rasgos precoces <strong>de</strong>vido a abrasão do pó. Isso é consequência direta do menor<br />

peso (g/m²) do feltro.<br />

j) Encolhimento na temperatura <strong>de</strong> trabalho – se a manga não for termofixada<br />

para sua temperatura mperatura <strong>de</strong> trabalho, Ela irá encolher mais que 1% (valor máximo<br />

tolerável). Ao encolher durante o trabalho <strong>de</strong> filtração, a manga ficará justa<br />

<strong>de</strong>mais a gaiola, o que compromete sua limpeza pelo não <strong>de</strong>stacamento do pó<br />

pela ação do jato <strong>de</strong> ar comprimido. A perda <strong>de</strong> carga aumentará<br />

progressivamente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos ajustes na pressão ou na frequência<br />

<strong>de</strong> limpeza. Desta forma, ocorrerá a saturação do elemento filtrante <strong>de</strong> forma<br />

rápida e irreversível.<br />

k) Tração <strong>de</strong> ruptura – o componente responsável pela resis resistência à tração da<br />

manga assim como pelo alongamento, é a tela <strong>de</strong> sustentação do feltro que<br />

compõe a manga. A tração <strong>de</strong> ruptura diminui no <strong>de</strong>correr do uso da manga<br />

<strong>de</strong>vido a fadiga mecânica proporcionada pelo jato <strong>de</strong> ar comprimido. Portanto,<br />

quanto maior fo for r o seu valor inicial, maior será o tempo <strong>de</strong> uso da manga antes<br />

<strong>de</strong>la atingir a resistência mínima. Verifica Verifica-se se que telas <strong>de</strong> sustentação<br />

constituídas com fios multifilamento possuem uma taxa <strong>de</strong> fadiga menor que<br />

as constituídas com fios <strong>de</strong> fibra cortada.<br />

l) Alongamento ngamento – um excessivo alongamento <strong>de</strong> ruptura resulta em esga esgarçamento<br />

da manga no <strong>de</strong>correr dos meses <strong>de</strong> uso. Dessa forma, assim como no caso do<br />

encolhimento, a alteração dimensional da manga comprometerá sua limpeza,<br />

po<strong>de</strong>ndo inclusive, gerar rasgos pela ffricção<br />

ricção excessiva da manga folgada com a<br />

sua gaiola. Um valor <strong>de</strong> alongamento até 35% é satisfatório para operação<br />

normal no filtro <strong>de</strong> mangas.<br />

m) Dimensões – o correto dimensionamento da manga é fundamental para sua<br />

eficiência <strong>de</strong> filtração e <strong>de</strong> li limpeza. Contudo, dado o gran<strong>de</strong> nú número <strong>de</strong><br />

padrões dimensionais dos fabricantes <strong>de</strong> equipamentos, a confusão entre as<br />

medidas nominais x reais, o sistema <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s métrico x inglês, reserva a<br />

34


possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acerto somente aos fabricantes <strong>de</strong> mangas com gran<strong>de</strong> temp tempo<br />

<strong>de</strong> atuação no mercado.<br />

n) Tratamentos – são opções para a especificação básica da manga. Os<br />

tratamentos químicos são responsáveis pelo aumento da durabilida<strong>de</strong> da manga<br />

à frente da abrasão (antiabrasivo) ou facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza em condições<br />

úmidas (tratamen (tratamento antia<strong>de</strong>rente). Este último po<strong>de</strong> proporcionar uma<br />

diminuição da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> limpeza (frequência <strong>de</strong> pulsos).<br />

o) Acabamentos – é o acabamento que o feltro recebe para tornar a superfície da<br />

manga mais lisa. Proporciona ao filtro baixa perda <strong>de</strong> carga, máxim máxima vazão <strong>de</strong><br />

gás e, portanto, máxima captação/recuperação <strong>de</strong> particulado. É fundamental<br />

que ele esteja localizado, pelo menos, na face que receberá o pó, caso<br />

contrario, a manga po<strong>de</strong> entupir em menos <strong>de</strong> 3 meses.<br />

35


3 Materiais e Métodos todos<br />

Este capítulo apresenta a <strong>de</strong>scrição dos procedimentos experimentais, métodos e<br />

instrumentos utilizados para a coleta, preparação e caracterização do material particulado,<br />

bem como a <strong>de</strong>scrição das etapas realizadas para obtenção dos resultados.<br />

3.1 Seleção da Marmoraria<br />

O critério para seleção da marmoraria levou em consi<strong>de</strong>ração a execução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

consi<strong>de</strong>radas como representativas das situações <strong>de</strong> trabalho mais comuns na maioria das<br />

marmorarias do país e a existência <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> iniciativa <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> medida <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> caráter coletivo para a redução da exposição à poeira.<br />

A marmoraria foi visitada para observação e obtenção <strong>de</strong> informações complementares<br />

sobre métodos, organização <strong>de</strong> trabalho e processos utilizados durante as ativida<strong>de</strong>s típicas<br />

<strong>de</strong>sse ramo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>. e. A partir <strong>de</strong> observações preliminares foram planejadas as estratégias<br />

<strong>de</strong> amostragem a<strong>de</strong>quadas para as coletas <strong>de</strong>stinadas às medições dos tamanhos das partículas<br />

suspensas no ar.<br />

3.1.1 Descrição do ambiente <strong>de</strong> trabalho da marmoraria<br />

A marmoraria selecionada pa para ra a realização <strong>de</strong>ste trabalho apresenta construções <strong>de</strong><br />

alvenaria com pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> cimento e telhado metálico e <strong>de</strong> fibro fibro-cimento, sustentado<br />

por vigas <strong>de</strong> concreto armado. As pare<strong>de</strong>s apresentam pequenas janelas <strong>de</strong> vidros fixos para<br />

aumentos da iluminação nação natural, por porém m a frestas <strong>de</strong> ventilação no alto das pare<strong>de</strong>s, quase<br />

junto ao telhado. As ferramentas manuais mais utilizadas no setor <strong>de</strong> acabamento são a<br />

lixa<strong>de</strong>ira manual elétrica, a serra manual elétrica e o esmeril reto.<br />

Os trabalhadores do setor <strong>de</strong> acabamento a seco utilizam máscaras <strong>de</strong>scartáveis como<br />

proteção contra a poeira, que pod po<strong>de</strong>m ter sua qualida<strong>de</strong> comprometida se não foram trocadas<br />

periodicamente. . No setor <strong>de</strong> corte são utilizados aventais <strong>de</strong> plástico e botas <strong>de</strong> bor borracha como<br />

proteção contra a umida<strong>de</strong>.<br />

3.1.2 Fontes geradoras <strong>de</strong> poeira e localização dos pontos <strong>de</strong> trabalho<br />

As principais fontes geradoras <strong>de</strong> poeira são as lixa<strong>de</strong>iras manuais. O movimento <strong>de</strong><br />

vai-e-vem vem lateral e vertical, característico do acabamento das bordas e superfícies das rochas,<br />

propicia o espalhamento da poeira em direção às vias respiratórias dos trabalhadores que<br />

manuseiam a ferramenta e em direção aos colegas <strong>de</strong> trabalho que executam suas ativida<strong>de</strong>s<br />

36


nas proximida<strong>de</strong>s. A marmoraria apresenta segregação entre o setor <strong>de</strong> corte (úmido) e<br />

acabamento (seco), o que diminui o risco <strong>de</strong> exposição ocupacional dos trabalh trabalhadores dos<br />

<strong>de</strong>mais setores, porém quando os trabalhadores do setor <strong>de</strong> corte circulam pelo setor <strong>de</strong><br />

acabamento a seco para levar peças cortadas ou oorientar<br />

rientar os colegas quanto à montagem das<br />

peças compostas, , po<strong>de</strong>m se expor a estes pontos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> M.P.<br />

3.2 Coleta das Amostras <strong>de</strong> Poeira<br />

A partir da observação do ambiente e do processo <strong>de</strong> trabalho foi <strong>de</strong>finido o local para<br />

coleta das amostras para caract caracterização da poeira, <strong>de</strong>finiu-se se então o setor <strong>de</strong> acabamento a<br />

seco. Os trabalhadores <strong>de</strong>sse setor estão, indiscutivelmente, expostos à maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

poeira, <strong>de</strong>vido à posição típica <strong>de</strong> trabalho diretamente sobre as ferramentas elétricas manuais.<br />

Sem a implantação mplantação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> controle, ou a adoção insuficiente <strong>de</strong>ssas medidas,<br />

os trabalhadores <strong>de</strong> outros setores ou ativida<strong>de</strong>s, como os do setor <strong>de</strong> corte, ajudantes gerais e<br />

encarregados, também estão expostos a essa poeira que se espalha por todo o ambiente ambiente.<br />

Assim sendo, foi coletado amostras no principal setor produtivo da empresa<br />

(acabamento), <strong>de</strong> maneira a <strong>de</strong>terminar o tamanho característico stico das partículas presentes nas<br />

ativida<strong>de</strong>s da marmoraria.<br />

3.2.1 Coletas para medição dos tamanhos das partículas<br />

Para a medição dos tamanhos das partículas presentes no ar do ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />

foi realizado a amostragem para analise por microscopia, que representa a técnica <strong>de</strong><br />

referência clássica para medição <strong>de</strong> tamanhos <strong>de</strong> partícula.<br />

Essas amostras foram coletadas junto aos trabalhadores durante a execução <strong>de</strong> suas<br />

tarefas. O amostrador utilizado foi um recipiente Becker <strong>de</strong> 1 L, que foi posicionado sobre a<br />

bancada <strong>de</strong> trabalho, o mais próximo possível dos trabalhadores, , <strong>de</strong> maneira que fossem<br />

coletadas as partículas possíve possíveis is <strong>de</strong> serem inaladas, durante o dia <strong>de</strong> trabalho. As coletas<br />

foram realizadas em dias<br />

semana.<br />

3.3 Caracterização do material particulado<br />

A caracterização do material particulado coletado foi feita <strong>de</strong> duas formas<br />

microfotografia para a poeira respirável e o peneiramento para o pó <strong>de</strong> varrição utilizado para<br />

avaliação da eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas.<br />

normais <strong>de</strong> produção da empresa durante três dias alternados da<br />

37


3.3.1 Microfotografia<br />

Para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste estudo, foi realizada a microscopia para a aquisição <strong>de</strong><br />

imagens digital das partículas coletadas do ar, com o auxilio <strong>de</strong> um microscópio Olympus,<br />

Mo<strong>de</strong>lo BX 50, localizado o no laboratório <strong>de</strong> microscopia, do Instituto <strong>de</strong> Ciências Biológicas<br />

da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Passo</strong> <strong>Fundo</strong>.<br />

A técnica <strong>de</strong> microscopia fornece a oport oportunida<strong>de</strong> unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observação da forma das<br />

partículas analisadas e requerem somente uma quantida<strong>de</strong> muito pequena <strong>de</strong> amostra. Cerca<br />

<strong>de</strong> 1 grama <strong>de</strong> M.P. foi colocado em uma llâmina<br />

mina <strong>de</strong> vidro e adicionado algumas gotas <strong>de</strong> óleo.<br />

Sobre o material foi disposto uma llâmina<br />

<strong>de</strong> e vidro e levado para visualização no microscópio<br />

em aumento <strong>de</strong> 1000 vezes.<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medição direta do tamanho linear das partículas faz da microscopia<br />

a técnica primária <strong>de</strong> medição, servindo como referê referência ncia para medições realizadas por<br />

instrumentos os automáticos, portanto, uma lâ lâmina mina graduada com suas respectivas escalas foi<br />

utilizada para medir o tamanho das partículas.<br />

3.3.2 Peneiramento<br />

Foi realizado o peneiramento do pó <strong>de</strong> varrição para a caracterização do material<br />

particulado mais grosseiro, ro, antes da utilização do mesmo nos experimentos realizados no<br />

filtro <strong>de</strong> mangas. Os experimentos foram realizados no laboratório <strong>de</strong> Operações Unitárias, da<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia d<strong>de</strong><br />

Alimentos, da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Passo</strong> <strong>Fundo</strong> (UPF).<br />

Foram utilizadas 6 pene peneiras iras com diferentes tamanhos, classificadas conforme a<br />

ABNT/ASTM para o ensaio <strong>de</strong> granulometria, conforme a Tabela 7.<br />

Tabela 7: Diâmetro das peneiras utilizadas para o ensaio <strong>de</strong> granulometria.<br />

Diâmetro ( mm)<br />

0,500<br />

0,425<br />

0,354<br />

0,250<br />

0,149<br />

0,125<br />

0,074<br />

Mesh (ABNT/ASMT)<br />

32<br />

35<br />

42<br />

60<br />

100<br />

115<br />

200<br />

38


A Figura 17, apresenta as peneiras utilizadas para o ensaio <strong>de</strong> granulometria<br />

granulometria.<br />

Figura 17: Peneiras utilizadas para o ensaio <strong>de</strong> granulometria<br />

Foram colocados 150 gramas <strong>de</strong> M.P M.P. na primeira peneira, iniciando iniciando-se assim o<br />

peneiramento da amostra. A final do peneiramento foi realizada a pesagem do material retido<br />

em cada peneira, e então calculado a porcentagem retida e o tamanho médio das partículas.<br />

O tamanho médio das partículas foi calculado através da equação 1.<br />

Na equação 1:<br />

DS = tamanho das partículas (µm)<br />

dx = Fração mássica retida<br />

dy = Diâmetro da peneira (µm)<br />

3.4 Avaliação da eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas piloto para o M.P<br />

(1)<br />

Para avaliar r o comportamento do sistema <strong>de</strong> filtro <strong>de</strong> mangas mangas, para o material em<br />

estudo foi utilizado o equipamento disponível no laboratório <strong>de</strong> Operações Unitárias da<br />

Engenharia <strong>de</strong> Alimentos, conforme Figura 18.<br />

39


Figura 18: Filtro <strong>de</strong> mangas piloto utilizado nos te testes laboratoriais<br />

3.4.1 Descrição do equipamento utilizado<br />

Os ensaios foram realizados em batelada com a inserção <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> 100 g <strong>de</strong><br />

material particulado, , para que fosse possível avaliar a perda <strong>de</strong> carga ( (∆p), a influência da<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração (V) e a fração mássica retida pelo filtro <strong>de</strong> mangas mangas. A Figura 19,<br />

apresenta o leiaute do equipamento utilizado.<br />

40


Figura 19:Leiaute Leiaute do filtro <strong>de</strong> mangas utilizado<br />

O equipamento é<br />

Aeromack), e um manômetro <strong>de</strong> tubo em “U” para que seja possível avaliar a perda <strong>de</strong> carga<br />

ao longo do processo <strong>de</strong> filtração. O sistema utilizado para limpeza das mangas é por pulso <strong>de</strong><br />

ar reverso, com o auxilio <strong>de</strong> um compressor <strong>de</strong> ar instalado no laboratório da Engenharia <strong>de</strong><br />

Alimentos.<br />

A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração foi medida com o auxílio lio <strong>de</strong> um anemômetro digital na saída<br />

do ventilador centrífugo, medida no início cio do processo e ao final <strong>de</strong> cada amostra inserida no<br />

filtro, sendo possível avaliar a influência da velocida<strong>de</strong> du durante rante todo o processo <strong>de</strong> filtração filtração.<br />

O material filtrante é um tecido <strong>de</strong> Feltro <strong>de</strong> Poliéster com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 450g/m², nas<br />

dimensões <strong>de</strong> 60 x 300 mm, totalizando uma área <strong>de</strong> 0,11 m²/manga. O equipamento é<br />

composto por 16 mangas totalizando uma área útil <strong>de</strong> ffiltração<br />

iltração <strong>de</strong> 1,76 m² m². Como apresentado<br />

por Pacheco (2002), , o material utilizado para confecção das mangas tem boa resistência ao<br />

M.P. proposto.<br />

Foram realizados 10 testes consecutivos com amostras <strong>de</strong> 100 g, totalizando 1 kg <strong>de</strong><br />

M.P. A passagem gem do material pa particulado succionado ionado pelo ventilador centr centrífuga aconteceu do<br />

interior das mangas para o exterior, sendo o material retido coletado no coletor <strong>de</strong> M MM.P<br />

para<br />

posterior pesagem. Com o auxílio <strong>de</strong> um meio poroso composto <strong>de</strong> glicerina glicerina, foi realizado a<br />

amostragem do o material que passou pelo meio filtrante através da a pesagem do mesmo ao final<br />

<strong>de</strong> cada amostragem.<br />

composto por um ventilador centrifugo (mo<strong>de</strong>lo VCE 2 –<br />

41


Ao o final dos ensaios foi possível avaliar a eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas mangas, a perda <strong>de</strong><br />

carga e a variação da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração filtração, sendo possível <strong>de</strong>terminar ar o momento i<strong>de</strong>al para<br />

a limpeza das mangas s sem acarretar na diminuição da eficiência do processo processo.<br />

3.5 Dimensionamento do filtro <strong>de</strong> mangas<br />

Para o dimensionamento do filtro <strong>de</strong> mangas foi realizada a caracterização do material<br />

particulado conforme o item 3.3, a <strong>de</strong>terminação do tipo <strong>de</strong> limpeza a ser usado no<br />

equipamento e o meio filtrante. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exaustão será baseada no catálogo fornecido<br />

pelo fabricante dos exaustores já utilizados na marmoraria, e com o auxí auxílio <strong>de</strong> um<br />

anemômetro digital com medições nno<br />

local. Através da equação 2 foi <strong>de</strong>terminada a vazão <strong>de</strong><br />

ar.<br />

Sendo:<br />

Q= vazão <strong>de</strong> ar (m³/s)<br />

Vat= = velocida<strong>de</strong> do ar na seção transversal do sistema <strong>de</strong> exaustão (m/s)<br />

Ad= = área da seção transversal do sistema <strong>de</strong> exaustão (m²)<br />

A área <strong>de</strong> filtração ção necessária para o processo foi calculada com a relação da<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração, <strong>de</strong>finida pela equação 3.<br />

f = Vazão <strong>de</strong> ar das mangas (3)<br />

A relação f foi obtida em refer referências <strong>de</strong> acordo com o material ial particulado a ser tratado,<br />

e, conhecido “f” ” e a vazão <strong>de</strong> ar, obtêm-se na equação 2 a área <strong>de</strong> filtração necessária. Através<br />

da área <strong>de</strong> filtração necessária é realizado o dimensionamento das mangas.<br />

(2)<br />

42


4 Resultados e discussões<br />

4.1 Caracterização do material par particulado<br />

4.1.1 Microfotografia<br />

A caracterização do tamanho médio das partículas aconteceu após a realização <strong>de</strong><br />

microfotografias com o auxilio <strong>de</strong> um microscópio digital, como po<strong>de</strong> ser visto na Figura 20.<br />

Figura 20:Microfotografia Microfotografia do M.P coletado no setor <strong>de</strong> polimento da marmoraria<br />

A contagem do tamanho médio das partículas aconteceu com o auxilio <strong>de</strong> uma régua<br />

graduada conforme a Figura 21 21. Foram utilizadas s 15 microfotografias para a caracterização do<br />

M.P, (apêndice A).<br />

Figura 21: Régua utilizada para caracterização do M.P, ampliação <strong>de</strong> 100 1000 x<br />

43


Foram medidas 141 partículas, apresentando um tamanho médio <strong>de</strong> 2,92 µm, com um<br />

<strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong> 1,74 µmm.<br />

Demonstrando que o M.P apresenta-se se <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um faixa <strong>de</strong><br />

tamanho heterogênea, , entre 0,5 a 10 micrômetros. A Figura 22, apresent apresenta o histograma <strong>de</strong><br />

distribuição <strong>de</strong> frequência do M.P respirável.<br />

Figura 22: Histograma <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> frequência do M.P respirável<br />

4.1.2 Peneiramento<br />

Os resultados do peneiramento foram obti obtidos dos através <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> laboratório. A<br />

Tabela 8, apresenta os resultados obtidos após o peneiramento e a abertura em mm das<br />

peneiras utilizadas no ensaio.<br />

Tabela 8: Tamanho médio do M.P<br />

Abertura em mm<br />

0,500<br />

0,425<br />

0,354<br />

0,250<br />

0,149<br />

0,125<br />

0,074<br />

<strong>Fundo</strong><br />

Fração Mássica Retida % Retida<br />

0,00166 0,1658<br />

0,00256 0,25561<br />

0,00345 0,34542<br />

0,66287 66,2867<br />

0,24677 24,677<br />

0,03786 3,78584<br />

0,01575 1,57513<br />

0,02908 2,90846<br />

44


O tamanho médio das partículas amostradas no peneiramento se manteve na faixa <strong>de</strong><br />

150 a 250 µm, , mas com uma fração <strong>de</strong> aproximadamente 5 % <strong>de</strong> partículas menores que 100<br />

µm. O que <strong>de</strong>monstra a necessida<strong>de</strong> da instalação <strong>de</strong> filtros <strong>de</strong> mangas para a remoção <strong>de</strong>sta<br />

porcentagem <strong>de</strong> M.P na marmoraria.<br />

A Figura 23, apresenta o histograma <strong>de</strong> distribuição com a porcentagem retida em<br />

cada malha da peneira. Destaque para a fração que ficou <strong>de</strong>positada no fundo do recipiente,<br />

sendo <strong>de</strong> aproximadamente 3%, com tamanho menor que 70 µm.<br />

Figura 23:Histograma Histograma <strong>de</strong> distribuição do M.P (pó <strong>de</strong> mármore)<br />

4.2 Avaliação da eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas piloto<br />

Os resultados obtidos nos experimentos realizados em laboratório para avaliação da<br />

eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas po<strong>de</strong> ser visto na Tabela 9, a seguir.<br />

45


Tabela 9: Resultados do experimento <strong>de</strong> avaliação da eficiência do filtro <strong>de</strong> mangas pilo piloto<br />

Experimento Amostral (pó <strong>de</strong> mármore)<br />

Amostra Massa (kg) M. . Acum (kg) M. Pa (g) V. Inicial (m/s) P Carga (mm)<br />

1 0,1 0,1 0,224 13,5 2<br />

2 0,1 0,2 0,129 13 5<br />

3 0,1 0,3 0,157 12,5 7,5<br />

4 0,1 0,4 0 12,5 11<br />

5 0,1 0,5 0 12,5 15<br />

6 0,1 0,6 0 12,4 18<br />

7 0,1 0,7 0 12,3 21<br />

8 0,1 0,8 0 12,2 25<br />

9 0,1 0,9 0 11,9 28<br />

10 0,1<br />

1 0 11,5 32<br />

Massa Total<br />

1 0,51<br />

Eficiência <strong>de</strong> coleta (ε (ε)<br />

Legenda<br />

M. Acum = Massa Acumulado<br />

M.Pa = Massa que <strong>Passo</strong>u<br />

V. Inicial = Velocida<strong>de</strong> Inicial<br />

P. Carga = Perda <strong>de</strong> carga<br />

99,949%<br />

Nota-se se que o experimento realizado apresentou uma eficiência <strong>de</strong> 99,9% para o M.P<br />

proposto, apresentando um aumento contínuo na perda <strong>de</strong> carga ao longo do processo <strong>de</strong><br />

filtração, <strong>de</strong>monstrando neste caso que a formação da torta <strong>de</strong> filtração provoca o aumento da<br />

perda <strong>de</strong> carga. O comportamento da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração foi inversamente proporcional a<br />

perda <strong>de</strong> carga, com o aumento da torta torta, ocorre a diminuição da velocida<strong>de</strong> do ar.<br />

A Figura 24, apresenta o comportamento da perda <strong>de</strong> carga durante a alimentação da<br />

massa a ser filtrada.<br />

46


Perda <strong>de</strong> Carga (mm H2O)<br />

Figura 24: Perda <strong>de</strong> carga ao longo da alimentação no filtro <strong>de</strong> mangas.<br />

O teste realizado mostrou que para a massa alimentada a perda <strong>de</strong> carga foi crescendo<br />

gradualmente durante todo o experimento, foram adicionados 10 amostras com 100 g cada,<br />

totalizando uma massa acumulada <strong>de</strong> 1 kg kg. Nota-se que a partir da sétima amostragem, ou<br />

seja, massa <strong>de</strong> 0,7 kg, o equipamento teve um aumento consi<strong>de</strong>rável na perda <strong>de</strong> carga o que<br />

po<strong>de</strong> ter sido causado pela colmatação do M.P no meio filtrante, formando a torta <strong>de</strong> filtração.<br />

Em testes realizados com outro tipo <strong>de</strong> M.P, proveniente da indústria <strong>de</strong> ração<br />

Kochenborger (2011), mostrou que o equipamento não suporta pressão à uma massa maior<br />

que 2 kg, e que a perda <strong>de</strong> carga teve um crescimento constante até o rompimento das<br />

mangas.<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

0,1 0,2<br />

Perda <strong>de</strong> Carga<br />

Para a velocida<strong>de</strong> do ar o comportamento não foi muito diferente da perda <strong>de</strong> carga<br />

como po<strong>de</strong> ser visto na Figura 25 25. A velocida<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> diminui ao longo da filtração <strong>de</strong>vido a<br />

colmatação das partículas no meio filtrante, e no mesmo ponto da perda <strong>de</strong> carga teve uma<br />

consi<strong>de</strong>rável diminuição na velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração.<br />

0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1<br />

Massa Alimentada (kg)<br />

47


Figura 25: Velocida<strong>de</strong> do ar ao longo do processo <strong>de</strong> filtração<br />

Em relação à Tabela 99,<br />

apresentada anteriormente nota-se se que ouve uma pequena<br />

fração <strong>de</strong> partículas que atravessaram o meio filtrante na fase inicial do experimento, o que<br />

po<strong>de</strong> ter ocorrido pela alta velocida<strong>de</strong> do ar, e também pelas mangas estarem limpas, sem<br />

material colmatado, que diminui a eficiência do processo <strong>de</strong> filtração. Esta torta não <strong>de</strong>ve<br />

ficar muito espessa, pois po<strong>de</strong> levar ao rompimento das mangas <strong>de</strong>vido a alta pressão e até<br />

mesmo quando a velocida<strong>de</strong> do ar for muito alta po<strong>de</strong> ocasionar na passagem <strong>de</strong> M.P muit muito<br />

fino.<br />

O comportamento i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> filtração consi<strong>de</strong>ra uma compactação inalterável<br />

da torta <strong>de</strong> filtração, com fluxos e concentrações <strong>de</strong> pó constantes, bem como limpezas<br />

uniformes do meio filtrante filtrante. Isso leva a ciclos uniformes, cujo tempo <strong>de</strong> filtra filtração é idêntico ao<br />

do filtro virgem. Nesse caso, o aumento da queda <strong>de</strong> pressão residual <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ve-se à incorporação<br />

irreversível <strong>de</strong> partículas no interior do meio filtrante ou à permanência <strong>de</strong> uma fina camada<br />

<strong>de</strong> pó, com espessura uniforme, após a regeneração do meio filtrante. A Figura 26, ilustra o<br />

comportamento <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong>scrito para limpeza do meio filtrante.<br />

48


Figura 26: Ciclos <strong>de</strong> limpeza das mangas <strong>de</strong> filtração<br />

Fonte: Santos (2010)<br />

Para o M.P estudado o no laboratório laboratório, o momento i<strong>de</strong>al para que seja feita a limpeza dos<br />

meios filtrantes, <strong>de</strong>ve ocorrer quando a perda <strong>de</strong> carga ( (∆p) ) estiver acima <strong>de</strong> 20 mmH mmH2O.<br />

4.3 Dimensionamento do filtro <strong>de</strong> mangas<br />

O dimensionamento do filtro <strong>de</strong> man mangas gas para a marmoraria tem como objetivo<br />

principal al a redução do material particulado suspenso no ar, que é causador <strong>de</strong> impactos a<br />

saú<strong>de</strong> dos trabalhadores e também ao controle da poluição do ar liberado para a atmosfera.<br />

4.3.1 Escolha do tipo <strong>de</strong> limpeza<br />

A limpeza do meio filtrante será realizada através do pu pulso lso <strong>de</strong> ar, que segundo<br />

COOPER (2002) é o que <strong>de</strong>manda a menor área filtrante, sendo, portanto o mais compacto<br />

consumindo menos material material, e consequentemente é o sistema coletor <strong>de</strong> pó mais econômico<br />

da série <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> limpeza. Este sistema foi escolhido, além m <strong>de</strong> ser o mais econômico,<br />

porque a empresa já apresenta em suas instalações um compressor <strong>de</strong> ar, o que facilita toda a<br />

instalação do equipamento. É o tipo <strong>de</strong> limpeza que tem sido mais utilizado ultimamente em<br />

relação aos <strong>de</strong>mais.<br />

49


4.3.2 Escolha do meio filt filtrante<br />

O material selecionado para a filtração foi o tecido <strong>de</strong> feltro <strong>de</strong> Poliester, com<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 450 g/m², que apresenta características que suportam temperaturas até 150 °C, °C,e<br />

também é o material que tem o menor custo em relação aos <strong>de</strong>mais meios filtran filtrantes, conforme<br />

citado por Pacheco (2002).<br />

4.3.3 Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filtração<br />

O dimensionamento da área filtrante <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração (razão vazão<br />

<strong>de</strong> gás/área filtrante) recomendada para o caso específico. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong><br />

partícula a ser coletada, da sua concentração, do material filtrante e do sistema <strong>de</strong> limpeza.<br />

Para limpeza por pulso <strong>de</strong> ar reverso com meio filtrante do ti tipo po feltro, os valores variam <strong>de</strong><br />

0,3 m.min -1 a 5 m.min -1 . Estes valores baixos justificam justificam-se se pelo fato do M.P apresen apresentar<br />

partículas com tamanhos muito pequenos.<br />

A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração é recomendada, pela prática, para cada tipo <strong>de</strong> poluente.<br />

Como po<strong>de</strong>mos ver no Quadro 2, a velocida<strong>de</strong> recomendada a para a limpeza com jato <strong>de</strong> ar, é<br />

<strong>de</strong> 8 pés/min. . Utilizamos a bauxita como parâmetro, por ser uma substância muito parecida<br />

com o pó <strong>de</strong> mármore.<br />

Quadro 2: Velocida<strong>de</strong> recomendada para filtração com pulso <strong>de</strong> ar reverso<br />

Fonte: Pacheco (2002)<br />

4.3.4 Cálculo lculo da área <strong>de</strong> filtração<br />

A área <strong>de</strong> filtração terá como base <strong>de</strong> cálculo a velocida<strong>de</strong> do ar, no sistema <strong>de</strong><br />

exaustão do ar poluído. Com base nos exaustores instalados na empresa, (Figura 27), e com o<br />

auxílio <strong>de</strong> um anemômetro digital a velocida<strong>de</strong> do ar do sistema <strong>de</strong> exaustão foi <strong>de</strong>terminado.<br />

50


Figura 27: Sistema <strong>de</strong> exaustão da marmoraria no setor <strong>de</strong> polimento<br />

A velocida<strong>de</strong> do ar encontrada no sistema <strong>de</strong> exaustão foi <strong>de</strong> 4,6 m/s m/s, sendo o diâmetro<br />

do exaustor <strong>de</strong> 400 mm.<br />

equação 2:<br />

On<strong>de</strong>,<br />

Portanto a vazão <strong>de</strong> ar do sistema <strong>de</strong> exaustão da empresa é <strong>de</strong> <strong>de</strong>finida finida pela fórmula da<br />

Q= vazão <strong>de</strong> ar (m³/s)<br />

Vat= = velocida<strong>de</strong> do ar na seção transversal do sistema <strong>de</strong> exaustão (m/s)<br />

Ad= = área da seção transversal do sistema <strong>de</strong> exaustão (m²)<br />

Portanto:<br />

Sendo, no entanto a vazão <strong>de</strong>:<br />

A área filtrante será encontrada a partir da equação 3:<br />

51


4.3.5 Dimensionamento das mangas<br />

As mangas utilizadas <strong>de</strong>vemm<br />

possuir as seguintes dimensões:<br />

D = 5 pol x 0,0254 m = 0,127 m<br />

L = 1,5 m<br />

On<strong>de</strong>,<br />

D = Diâmetro da manga<br />

L = Comprimento da manga<br />

Portanto, a área <strong>de</strong> filtração será <strong>de</strong>finida pela seguinte equação:<br />

O número mero <strong>de</strong> mangas necessário para a filtração do ar contaminado será:<br />

Sendo neste caso adotado o valor <strong>de</strong> 25 mangas.<br />

A Figura 28 e Figura 29 apresentam um escopo do filtro <strong>de</strong> mangas dimensionado para a<br />

marmoraria.<br />

Figura 28: Vista superior do filtro <strong>de</strong> mangas<br />

52


Figura 29: Vista lateral do filtro <strong>de</strong> mangas<br />

Com base nas informações obtidas através dos cálculos <strong>de</strong> dimensionamento do filtro <strong>de</strong><br />

mangas o equipamento po<strong>de</strong>rá ser construído e instalado, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s<br />

da empresa em contribuir com o controle das emissões atmosféricas e com a saú<strong>de</strong> dos<br />

trabalhadores expostos a poeira.<br />

53


5 CONCLUSÃO<br />

Com o presente trabalho foi possível alcançar os objetivos, concluindo concluindo-se que o<br />

material particulado caracterizad caracterizado o na marmoraria, apresenta um tamanho característico<br />

consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> alto risco aos trabalhadores expostos.<br />

A microscopia do M.P M.P. respirável apresentou um tamanho médio <strong>de</strong> 2,92 µm µm, sendo<br />

aproximadamente 80% do total do M.P M.P. situando-se entre 0 e 5 µm. . O tamanho médio do<br />

M.P. <strong>de</strong> varrição situou-se se na faixa <strong>de</strong> 150 a 250 µm, mas apresentou uma fração <strong>de</strong><br />

aproximadamente 5% <strong>de</strong> partículas menores que 100 µm, po<strong>de</strong>ndo o<strong>de</strong>ndo ser consi<strong>de</strong>rada como<br />

M.P. respirável. Isto <strong>de</strong>monstrou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> um sist sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

M.P., , neste caso o filtro <strong>de</strong> mangas.<br />

O M.P. possui uma fácil remoção para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> equipamento testado, inclusive<br />

para o meio filtrante, apresentando uma eficiência <strong>de</strong> 99,9%.<br />

Foi possível ainda, avaliar a perda <strong>de</strong> carga durante o proc processo esso <strong>de</strong> filtração e a variação<br />

da velocida<strong>de</strong>. Para a massa assa total alimentada <strong>de</strong> 0,7 kg no equipamento piloto piloto, tive-se uma<br />

elevação na perda <strong>de</strong> carga apresentado o momento i<strong>de</strong>al para a limpeza do meio filtrante,<br />

evitando o rompimento das mangas.<br />

A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração do ar, à medida que aumentava o tamanho da torta <strong>de</strong><br />

filtração com a colmatação do M.P no meio filtrante, apresentou uma constante <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>,<br />

sendo consi<strong>de</strong>rada mais significativa no momento inicial dos experimentos (até 0,2 kg M.P) e<br />

no momento nto em que obtivemos uma consi<strong>de</strong>rável elevação na perda <strong>de</strong> carga ( (0,7 kg M.P),<br />

situando-se se na faixa <strong>de</strong> 10 m/s m/s.<br />

A partir <strong>de</strong>stes estudos foi possível dimensionar o equipamento i<strong>de</strong>al para ser instalado<br />

na marmoraria, em prol do controle da emissão do M.P lanç lançado ado na atmosfera, reduzindo<br />

assim, a exposição ocupacional dos trabalhadores e do meio ambiente em geral.<br />

54


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57


APÊNDICE A<br />

58


Apêndice A: Microfotografia do MM.P.<br />

coletado na marmoraria

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