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Interpretação do Desempenho de Pavimentos Flexíveis Submetidos ...

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ANPET 2003<br />

INTERPRETAÇÃO DO DESEMPENHO DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS<br />

SUBMETIDOS A ENSAIOS ACELERADOS<br />

Fernan<strong>do</strong> Pugliero Gonçalves 1<br />

Jorge Augusto Pereira Ceratti 1<br />

Régis Martins Rodrigues 2<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul – UFRGS<br />

2 Instituto Tecnológico <strong>de</strong> Aeronáutica - ITA<br />

RESUMO<br />

São apresenta<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s com o propósito <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r e quantificar o<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> pavimentos flexíveis em concreto asfáltico submetidas a ensaios acelera<strong>do</strong>s em<br />

escala real com um simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego. Para tornar possível o monitoramento evolutivo da <strong>de</strong>gradação<br />

oferecida por pavimentos flexíveis ao longo <strong>do</strong> tempo, em termos <strong>do</strong>s mecanismos principais que condicionam a<br />

vida <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> estrutura, foram construídas e instrumentadas seis seções experimentais, das quais<br />

duas foram submetidas aos esforços das cargas <strong>do</strong> tráfego durante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho. O<br />

monitoramento das condições funcional e estrutural das pistas experimentais permitiu o estabelecimento <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> regressão que reproduzem o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s pavimentos em termos da evolução <strong>de</strong> afundamentos<br />

em trilha <strong>de</strong> roda e evolução das tensões verticais no subleito. Os pavimentos foram instrumenta<strong>do</strong>s com<br />

medi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tensões e <strong>de</strong>formações instala<strong>do</strong>s em diferentes pontos no seu interior. Analisam-se processos para<br />

cálculo <strong>de</strong> tensões e <strong>de</strong>formações em estruturas <strong>de</strong> pavimentos flexíveis com base na interpretação da<br />

instrumentação instalada nas pistas experimentais. Foram investiga<strong>do</strong>s aspectos relativos à previsão <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho estrutural das seções avaliadas, visan<strong>do</strong> trazer subsídios para a estruturação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> previsão<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho. Foi confirmada uma tendência logarítmica <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong>s afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda<br />

com o tráfego acumula<strong>do</strong>. Conclui-se pela necessida<strong>de</strong> da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> correção para <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>de</strong> tensões através <strong>de</strong> células <strong>de</strong> tensão total em solos.<br />

ABSTRACT<br />

The objective of this study is to present the results of a research about the performance of flexible asphalt<br />

concrete pavements submitted to accelerated tests in full-scale conditions using a linear traffic simulator. Six<br />

experimental sections were prepared and instrumented for monitoring the progressive <strong>de</strong>gradation produced in<br />

flexible asphalt concrete pavements, taking into consi<strong>de</strong>ration the main mechanisms that <strong>de</strong>termine the service<br />

life of this kind of pavement. Two of the sections were exposed to traffic load. The monitoring of functional and<br />

structural conditions of the experimental lanes provi<strong>de</strong>d the <strong>de</strong>finition of regression mo<strong>de</strong>ls that reproduce the<br />

pavement performance. The pavement was instrumented by means of stress and strain measurement equipment<br />

installed in different points. Processes for establishing the stress and strain in flexible pavement were analyzed<br />

according to the reading of the instruments installed in the experimental lanes. Some aspects related to the<br />

prediction of the sections structural performance were investigated with the aim of providing resources for the<br />

<strong>de</strong>velopment of performance prediction mo<strong>de</strong>ls. A logarithmic increase trend of the rutting due to accumulated<br />

traffic was confirmed. Therefore, it is necessary to i<strong>de</strong>ntify corrective factors for <strong>de</strong>termining the stress through<br />

total pressure cells in the soil.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A exemplo <strong>de</strong> outros programas <strong>de</strong> pesquisas realiza<strong>do</strong>s ou em <strong>de</strong>senvolvimento em diversos<br />

países, a proposta apresentada nesta pesquisa busca a obtenção <strong>de</strong> parâmetros através <strong>do</strong>s<br />

quais se possa racionalizar as etapas <strong>de</strong> projeto e interpretação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> estruturas<br />

<strong>de</strong> pavimentos <strong>do</strong> tipo flexíveis em concreto asfáltico. A idéia principal quan<strong>do</strong> da realização<br />

<strong>de</strong> ensaios acelera<strong>do</strong>s é reproduzir, num curto espaço <strong>de</strong> tempo, a <strong>de</strong>terioração que irá ocorrer<br />

num pavimento ao longo <strong>do</strong> seu perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> projeto. Para permitir a aceleração da <strong>de</strong>gradação<br />

<strong>do</strong> pavimento durante a realização <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> ensaio, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral, são utiliza<strong>do</strong>s níveis<br />

<strong>de</strong> solicitações <strong>de</strong> cargas superiores àqueles aos quais as estruturas estarão submetidas na<br />

realida<strong>de</strong>, preconiza<strong>do</strong>s pela legislação acerca <strong>do</strong> excesso <strong>de</strong> carga vigente em cada país.


ANPET 2003<br />

Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s das pesquisas realizadas envolven<strong>do</strong> ensaios acelera<strong>do</strong>s em escala<br />

real permitiram avanços significativos na prática da engenharia <strong>de</strong> pavimentos. Atualmente, o<br />

uso <strong>de</strong> ensaios acelera<strong>do</strong>s tem si<strong>do</strong> cada vez mais difundi<strong>do</strong> como uma ferramenta <strong>de</strong> apoio ao<br />

processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, no que se refere à utilização <strong>de</strong> novos materiais e no<br />

estabelecimento <strong>de</strong> procedimentos que possibilitem a análise da relação benefício-custo <strong>de</strong><br />

estratégias alternativas tanto para construção <strong>de</strong> pavimentos novos como em projetos <strong>de</strong><br />

engenharia <strong>de</strong> restauração ro<strong>do</strong>viária. Uma síntese das pesquisas envolven<strong>do</strong> ensaios<br />

acelera<strong>do</strong>s em estruturas <strong>de</strong> pavimentos foi apresentada na Conferência sobre Ensaios<br />

Acelera<strong>do</strong>s realizada em Reno, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, no ano <strong>de</strong> 1999.<br />

Neste contexto, no presente artigo, são apresentadas análises realizadas para interpretação <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> pistas experimentais observa<strong>do</strong> durante ensaios com o simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong><br />

tráfego UFRGS-DAER (Ceratti et al., 2000) e das leituras efetuadas com células <strong>de</strong> tensão<br />

total instaladas em diferentes profundida<strong>de</strong>s no interior das estruturas <strong>de</strong> pavimentos. Ainda,<br />

são discuti<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s a partir da aplicação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

para estimativa da evolução <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong>s pavimentos em termos da ocorrência <strong>de</strong><br />

afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda.<br />

2. EXPERIMENTO<br />

Para avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> misturas asfálticas em serviço foram construídas seis pistas<br />

experimentais na Área <strong>de</strong> Pesquisas e Testes <strong>de</strong> <strong>Pavimentos</strong> da UFRGS-DAER. Até o<br />

momento, duas <strong>de</strong>stas seções, foram instrumentadas e tiveram seu <strong>de</strong>sempenho monitora<strong>do</strong><br />

durante a realização <strong>de</strong> ensaios acelera<strong>do</strong>s in situ com simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego UFRGS-<br />

DAER. Três seções são constituídas por revestimento asfáltico convencional com espessuras<br />

<strong>de</strong> 4,0, 6,0 e 8,0 cm, base granular <strong>de</strong> brita graduada <strong>de</strong> 30,0 cm e 50,0 cm <strong>de</strong> solo argiloso <strong>de</strong><br />

reforço <strong>do</strong> subleito. As outras três seções apresentam a mesma configuração geométrica das<br />

anteriores, porém, possuem revestimento em concreto asfáltico modifica<strong>do</strong> por polímeros. As<br />

dimensões das seções são <strong>de</strong> 3,5 x 20 metros.<br />

A seqüência <strong>de</strong> trabalho para o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s propostas está apresentada em<br />

Gonçalves et al. (2002). Foram estabeleci<strong>do</strong>s bancos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s referentes aos estu<strong>do</strong>s<br />

realiza<strong>do</strong>s no campo com base nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na presente pesquisa, os quais estarão<br />

disponíveis para estu<strong>do</strong>s futuros envolven<strong>do</strong>:<br />

• Configuração geométrica e caracterização <strong>do</strong>s materiais que integram as pistas<br />

experimentais;<br />

• Medições <strong>de</strong> tensões e <strong>de</strong>formação nas seções experimentais;<br />

• Registros da temperatura nas camadas asfálticas a diferentes profundida<strong>de</strong>s;<br />

• Levantamentos <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>;<br />

• Levantamentos <strong>de</strong>flectométricos;<br />

• Histórico <strong>de</strong> cargas aplicadas pelo simula<strong>do</strong>r <strong>de</strong> tráfego;<br />

• <strong>Desempenho</strong> ofereci<strong>do</strong> pelos pavimentos (trincamento e afundamentos em trilha <strong>de</strong><br />

roda).<br />

Com base na análise integrada <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios realiza<strong>do</strong>s em laboratório e levan<strong>do</strong>se<br />

em conta as condições <strong>de</strong> carregamento as quais as misturas asfálticas seriam submetidas<br />

nos testes com o simula<strong>do</strong>r <strong>de</strong> tráfego, foi seleciona<strong>do</strong> o teor <strong>de</strong> asfalto ótimo correspon<strong>de</strong>nte<br />

ao índice <strong>de</strong> vazios <strong>de</strong> 5,3%. Resultan<strong>do</strong> na porcentagem <strong>de</strong> 5,0% <strong>de</strong> ligante. Os corpos <strong>de</strong>


ANPET 2003<br />

prova foram molda<strong>do</strong>s aplican<strong>do</strong>-se 75 golpes em cada face. A íntegra <strong>do</strong>s ensaios realiza<strong>do</strong>s<br />

em laboratório para caracterização das misturas asfálticas investigadas nesta pesquisa está<br />

apresentada em Car<strong>do</strong>so (2002).<br />

2. SIMULAÇÃO NUMÉRICA<br />

Hoje, existem diversos programas <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r disponíveis que permitem a resolução<br />

numérica das equações da Teoria da Elasticida<strong>de</strong> para sistemas multicamadas. No caso <strong>de</strong><br />

pavimentos flexíveis e semi-rígi<strong>do</strong>s, os programas pela teoria <strong>de</strong> camadas elásticas são úteis<br />

quan<strong>do</strong> é razoável consi<strong>de</strong>rar-se cada camada como ten<strong>do</strong> um comportamento linear elástico.<br />

Em geral, permitem a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong> rodas múltiplas. Os programas pelo Méto<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s Elementos Finitos permitem a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> comportamentos não lineares. Os<br />

programas tridimensionais não têm esta limitação, embora sejam <strong>de</strong> utilização mais<br />

trabalhosa.<br />

Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar <strong>de</strong> maneira comparativa a magnitu<strong>de</strong> das tensões e <strong>de</strong>formações<br />

medidas no campo com aquelas calculadas teoricamente nesta pesquisa, foi utiliza<strong>do</strong> o<br />

programa computacional FLAPS (Finite Layer Analysis Pavement Structures). O FLAPS foi<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no ITA (Rodrigues, 1998), com base no méto<strong>do</strong> das camadas finitas e concilia<br />

os recursos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong> rodas múltiplas com a não linearida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s materiais das<br />

camadas. Cada camada é dividida em subcamadas horizontalmente infinitas, no centro das<br />

quais se calcula um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> tensões médio, que é utiliza<strong>do</strong> para calcular o módulo <strong>de</strong><br />

resiliência correspon<strong>de</strong>nte a cada profundida<strong>de</strong>.<br />

2.1 Definição <strong>do</strong> carregamento<br />

O nível <strong>de</strong> carregamento e a pressão <strong>de</strong> inflação <strong>do</strong>s pneus a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s foram idênticos aos que<br />

os pavimentos experimentais estiveram submeti<strong>do</strong>s durante os ensaios realiza<strong>do</strong>s com o<br />

simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego. Nas análises teóricas efetuadas foram <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s os seguintes<br />

parâmetros referentes ao carregamento imposto pelo tráfego:<br />

• Carga <strong>do</strong> semi-eixo: 41 KN;<br />

• Carga por pneu: 20,5 kN;<br />

• Pressão <strong>de</strong> inflação <strong>do</strong>s pneus: 0,57 MPa;<br />

• Distância entre rodas: 30 cm.<br />

As camadas <strong>do</strong> pavimento foram consi<strong>de</strong>radas como ten<strong>do</strong> comportamento linear elástico.<br />

Cada camada foi dividida em subcamadas horizontalmente homogêneas e infinitas, no centro<br />

das quais foi calcula<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> tensões.<br />

2.2 Cálculo <strong>de</strong> tensões e <strong>de</strong>formações<br />

Num primeiro momento, com os módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> obti<strong>do</strong>s em laboratório, foram<br />

calculadas as tensões e <strong>de</strong>formações geradas no interior da estrutura <strong>do</strong> pavimento quan<strong>do</strong> da<br />

aplicação das cargas <strong>do</strong> tráfego. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s estão apresenta<strong>do</strong>s na Tabela 1. Os<br />

módulos médios <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios <strong>de</strong> laboratório são:<br />

Pista 1:<br />

E1 = 3.460 MPa (SBS)<br />

E2 = 250 MPa (Brita graduada)<br />

E3 = 230 MPa (Subleito)


ANPET 2003<br />

Pista 4:<br />

E1 = 3.475 MPa (CAP-20)<br />

E2 = 250 MPa (Brita graduada)<br />

E3 = 230 MPa (Subleito)<br />

Tabela 1: Tensões e <strong>de</strong>formações calculadas com os módulos <strong>de</strong><br />

elasticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> laboratório<br />

Profundida<strong>de</strong><br />

(cm)<br />

σ v<br />

centro da<br />

roda (kPa)<br />

σ v entre<br />

rodas<br />

(kPa)<br />

ε v centro da<br />

roda (cm/cm)<br />

ε v entre<br />

rodas<br />

(cm/cm)<br />

σ v/ε v centro<br />

da roda<br />

(MPa)<br />

σ v/ε v entre<br />

rodas<br />

(MPa )<br />

7 363,2 174,9 1,39E-03 4,06E-04 261 431<br />

13 244,6 177,5 1,23E-03 4,75E-04 198 374<br />

19 165,0 182,8 9,24E-04 6,13E-04 179 298<br />

25 119,7 157 6,42E-04 5,84E-04 187 269<br />

31 91,9 126,2 4,76E-04 4,96E-04 193 255<br />

34 78,0 101 3,78E-04 4,16E-04 206 243<br />

38 71,3 79,29 3,28E-04 3,68E-04 217 215<br />

48 52,4 57,98 2,98E-04 3,34E-04 176 173<br />

64 34,6 37,56 2,23E-04 2,50E-04 155 150<br />

115 15,2 15,86 1,50E-04 1,65E-04 101 96<br />

A variação das tensões verticais com a profundida<strong>de</strong> foi avaliada com o programa FLAPS<br />

também para um sistema <strong>de</strong> 4 camadas. A distribuição das tensões foi calculada ao longo <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>is eixos verticais: no centro <strong>de</strong> uma roda e entre as rodas. Três conjuntos <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong><br />

elasticida<strong>de</strong> foram consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s: M1, M2 e M3. Os valores estão apresenta<strong>do</strong>s na Tabela 2.<br />

Como <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> nas Figuras 1 e 2, existe uma melhor concordância quan<strong>do</strong> as tensões<br />

verticais calculadas no interior <strong>do</strong> subleito são comparadas com as tensões medidas<br />

interpretadas aplican<strong>do</strong>-se o fator <strong>de</strong> calibração obti<strong>do</strong> em laboratório (Cell Action Factor -<br />

CAF = 0,38).<br />

Tabela 2: Faixas <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> resiliência M1, M2 e M3<br />

Camada <strong>do</strong> pavimento M 1, MPa M 2, MPa M 3, Mpa<br />

Concreto asfáltico 3100 3100 3100<br />

Brita graduada 250 200 100<br />

Solo argiloso 230 230 230<br />

Solo residual 110 110 110


ANPET 2003<br />

tensão vertical (kPa)<br />

tensão vertical (kPa)<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

350 500 650 800<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

célula C11-3 (z = 450 mm)<br />

célula C11-4 (z = 550 mm)<br />

profundida<strong>de</strong> (mm)<br />

Figura 1: Tensões calculadas versus tensões medidas no subleito da<br />

Pista 1<br />

10<br />

350 500 650 800<br />

profundida<strong>de</strong> (mm)<br />

M1 (previsto com o FLAPS)<br />

M2 (previsto com o FLAPS)<br />

M3 (previsto com o FLAPS)<br />

calibração in situ (célula C11-3)<br />

simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego (61000 ciclos)<br />

calibração in situ (célula C11-4)<br />

simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego (61000 ciclos)<br />

M1 (previsto com FLAPS)<br />

M2 (previsto com o FLAPS)<br />

M3 (previsto com o FLAPS)<br />

simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego (61.000 ciclos)<br />

simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego (30.000 ciclos)<br />

Figura 2: Tensões calculadas versus tensões medidas no subleito da<br />

Pista 4


ANPET 2003<br />

Numa segunda etapa, com os módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> obti<strong>do</strong>s nas retroanálises, foram<br />

calculadas, novamente, as tensões e <strong>de</strong>formações verticais no interior das estruturas <strong>do</strong>s<br />

pavimentos das Pistas 1 e 4. As relações σv/εv encontradas para ambas as seções estão<br />

<strong>de</strong>monstradas na Figura 3. O pavimento da Pista 1 tem os seguintes módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong><br />

nas suas camadas:<br />

E1 = 6560 MPa (SBS)<br />

E2 = 90 MPa (Brita graduada)<br />

E3 = 400 MPa (Subleito)<br />

Já o pavimento da Pista 4 tem os seguintes módulos:<br />

E1 = 7060 MPa (CAP-20)<br />

E2 = 76 MPa (Brita graduada)<br />

E3 = 280 MPa (Subleito)<br />

O efeito da posição <strong>do</strong> carregamento imposto pelo semi-eixo padrão, i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> através das<br />

simulações realizadas com o FLAPS, está ilustra<strong>do</strong> na Figura 4.<br />

A aplicação <strong>do</strong> programa Pavesys9 (Rodrigues, 2000), levou aos resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s na<br />

Tabela 3, referentes aos afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda produzi<strong>do</strong>s por N = 10 5 repetições <strong>de</strong><br />

carga:<br />

Tabela 3: Afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda após N = 10 5 repetições <strong>de</strong><br />

carga<br />

Pista ATR experimental (mm) ATR <strong>do</strong> Pavesys9 (mm)<br />

1 5,85 6,27<br />

4 8,47 8,23<br />

Verifica-se uma concordância excelente entre os valores previstos e medi<strong>do</strong>s. A comparação<br />

foi feita apenas para N = 10 5 , em vista <strong>de</strong> este ter si<strong>do</strong> um número <strong>de</strong> repetições <strong>de</strong> carga<br />

suficiente para uma <strong>de</strong>finição clara da tendência <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s experimentais quanto à geração<br />

<strong>do</strong>s afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda. Comparações para valores <strong>de</strong> tráfego acumula<strong>do</strong> bem<br />

maiores que este não têm senti<strong>do</strong>, uma vez que o Pavesys9 está calibra<strong>do</strong> experimentalmente<br />

para reproduzir o comportamento observa<strong>do</strong> em ro<strong>do</strong>vias em serviço, on<strong>de</strong> se observam<br />

velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> progressão <strong>do</strong>s afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda a longo prazo bem inferiores<br />

às que são usualmente registradas em simula<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tráfego.<br />

Na Figura 5 está ilustrada a evolução <strong>do</strong> módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> medi<strong>do</strong> no subleito da Pista 1<br />

durante os ensaios dinâmicos realiza<strong>do</strong>s (MR = σv/εv).<br />

Comentário: Página: 301<br />

Régis: Porque foram utiliza<strong>do</strong>s<br />

estes valores para E1?


ANPET 2003<br />

σ/ε (MPa)<br />

tensão vertical (kPa)<br />

500<br />

450<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

brita graduada<br />

solo argiloso<br />

0<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500<br />

profundida<strong>de</strong> (cm)<br />

solo argiloso<br />

pista 1 pista 4<br />

Figura 3: Relações σv/εv calculadas com os módulos <strong>do</strong> FWD<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70<br />

profundida<strong>de</strong> (cm)<br />

Figura 4: Efeito da posição da carga nas tensões verticais<br />

pista 4 (sob a roda)<br />

pista 4 (entre rodas)


ANPET 2003<br />

relação σv/εv no subleito (MPa)<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

z = 45 cm<br />

z = 55 cm<br />

MR (z=45 cm) = 107,82Ln(N) - 849,29<br />

R 2 = 0,86<br />

Figura 5: Módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo <strong>de</strong> subleito<br />

Analisan<strong>do</strong> o gráfico σv/εv versus N, verifica-se que houve um crescimento <strong>de</strong> σv/εv com N<br />

até 30.000 ciclos <strong>de</strong> carga. Depois disto, não se verifica, um crescimento que possa ser<br />

comprova<strong>do</strong> com base nos ensaios realiza<strong>do</strong>s nesta pesquisa. Logo, a tendência <strong>de</strong><br />

crescimento inicial <strong>de</strong> σv/εv com N po<strong>de</strong> ser atribuída ao efeito <strong>do</strong> condicionamento aplica<strong>do</strong><br />

pelo trem <strong>de</strong> cargas na fase inicial <strong>de</strong> solicitação <strong>do</strong>s pavimentos. Este condicionamento<br />

afetou a distribuição das tensões na estrutura enquanto se processava (ou seja, N 30.000<br />

po<strong>de</strong>m ser vistas apenas como variações experimentais normais (sazonalida<strong>de</strong> climática e<br />

variabilida<strong>de</strong> inerente aos processos <strong>de</strong> medição).<br />

3. AFUNDAMENTOS EM TRILHA DE RODA<br />

Durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensaios com o simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego nas Pistas 1 e 4, foram<br />

realizadas medidas semanais <strong>de</strong> afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda (ATR). Sen<strong>do</strong>, para tanto,<br />

utiliza<strong>do</strong> o perfilógrafo ilustra<strong>do</strong> na Figura 6. Para o monitoramento da evolução <strong>de</strong> ATR cada<br />

uma das pistas experimentais submetidas aos esforços <strong>do</strong> tráfego foi dividida em três setores.<br />

Figura 6: Perfilógrafo<br />

MR(z=55 cm) = 117,64Ln(N) - 916,68<br />

R 2 = 0.88<br />

0<br />

1.00E+03 1.00E+04 1.00E+05 1.00E+06<br />

número <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> carga


ANPET 2003<br />

Nos levantamentos realiza<strong>do</strong>s com o perfilógrafo, foram registra<strong>do</strong>s os perfis com<br />

irregularida<strong>de</strong>s transversais e longitudinais das seções experimentais. Nas Figuras 7 e 8, estão<br />

mostra<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em análises efetuadas com os valores médios <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

levantamentos <strong>de</strong> ATR durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensaios com simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego.<br />

ATR (mm)<br />

ATR (mm)<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

Um mo<strong>de</strong>lo da forma:<br />

ATR=(0,4886585)+(0,01771244) x N^(0,4962711) R = 0,98<br />

0<br />

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 180000<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

número <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> carga (41 kN)<br />

Figura 7: Evolução <strong>de</strong> ATR na Pista l (SBS)<br />

ATR=(0,1031243)+(0,1166821) x N^(0,3711134) R = 0,97<br />

0<br />

0 30000 60000 90000 120000 150000 180000 210000 240000 270000<br />

número <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> carga (41 kN)<br />

Figura 8: Evolução <strong>de</strong> ATR na Pista 4 (CAP-20)<br />

( N ) = ATR aNb<br />

ATR +<br />

(1)<br />

0<br />

vem sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para expressar os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ensaios acelera<strong>do</strong>s, usualmente fixan<strong>do</strong>se<br />

b = 0,5. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nesta pesquisa mostram que não há motivo para que b <strong>de</strong>va


ANPET 2003<br />

ser fixa<strong>do</strong> em 0,5 uma vez que a Pista 4 indicou um valor bem diferente (b = 0,37). De fato,<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> creep em solos ten<strong>de</strong>m a levar a mo<strong>de</strong>los <strong>do</strong> tipo (Mitchell, 1976):<br />

B ⎛ ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

∂ε<br />

⎜ ⎟<br />

= At−1<br />

σ<br />

⎜ ⎟<br />

(2)<br />

∂t<br />

⎜σ<br />

⎟<br />

⎜ f ⎟<br />

⎝<br />

para a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação, on<strong>de</strong> σ é a tensão-<strong>de</strong>svio aplicada e A, B e σf são<br />

parâmetros <strong>do</strong> solo, com σf ten<strong>do</strong> o significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma tensão <strong>de</strong> ruptura. Aplican<strong>do</strong>-se este<br />

mo<strong>de</strong>lo à previsão da <strong>de</strong>formação plástica sob cargas repetidas, resulta:<br />

B ⎛ ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

⎜ σ ⎟<br />

ε ( N ) = ε ⎜ ⎟ ln(<br />

N )<br />

(3)<br />

R⎜<br />

σ ⎟<br />

⎜ f ⎟<br />

⎝<br />

⎠<br />

on<strong>de</strong> εR é relaciona<strong>do</strong> à <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> ruptura <strong>do</strong> solo (seria a <strong>de</strong>formação plástica atingida<br />

após 3 ciclos <strong>de</strong> uma tensão σ = σf). Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>ste tipo está em conflito com a fórmula<br />

acima para ATR = f(N) se b for da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,5. Para verificar se os da<strong>do</strong>s aqui obti<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

ensaios acelera<strong>do</strong>s apóiam a valida<strong>de</strong> da fórmula geral acima para ε(N) <strong>de</strong>duzida a partir <strong>de</strong><br />

ensaios <strong>de</strong> creep, será avalia<strong>do</strong> se os afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda apresentam uma relação<br />

linear com ln(N), como é requeri<strong>do</strong> pelo mo<strong>de</strong>lo acima. A Figura 9 mostra o resulta<strong>do</strong> obti<strong>do</strong><br />

para os afundamentos médios em trilha <strong>de</strong> roda das seções experimentais.<br />

ATR (mm)<br />

ATR (mm)<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

15<br />

10<br />

y = 1.4126x - 10.43<br />

r 2 = 0.8528<br />

8.0 8.5 9.0 9.5 10.0 10.5 11.0 11.5 12.0 12.5<br />

5<br />

0<br />

y = 2.5748x - 20.76<br />

r 2 = 0.878<br />

ln(N)<br />

⎠<br />

Pista 1<br />

9 10 11 12 13<br />

ln(N)<br />

Pista 4<br />

Figura 9: Mo<strong>de</strong>lo logarítmico para os afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda


ANPET 2003<br />

Aparentemente, o ajuste não é tão bom quanto o foi para o mo<strong>de</strong>lo: ATR(N) = ATR0 + a N b .<br />

Contu<strong>do</strong>, observan<strong>do</strong> a Figura 9, po<strong>de</strong>-se notar a existência <strong>de</strong> duas fases distintas. Uma<br />

primeira, que durou até cerca <strong>de</strong> N = 3 × 10 4 ciclos <strong>de</strong> carga, durante a qual uma consolidação<br />

inicial (ATR0) foi dada ao pavimento, seguida por uma outra, quan<strong>do</strong> a relação linear entre<br />

ATR e ln(N) é nítida. Esta segunda fase está indicada na Figura 10, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>duzir<br />

os mo<strong>de</strong>los:<br />

Pista 1:<br />

Pista 4:<br />

( N ) = −25,<br />

71+<br />

2,<br />

7518ln(<br />

N)<br />

)<br />

ATR<br />

ATR = 2,<br />

7 mm<br />

0<br />

N = 3×<br />

104<br />

0<br />

( N ) = −33,<br />

92 + 3,<br />

6803ln(<br />

N)<br />

)<br />

ATR<br />

ATR = 4,<br />

0 mm<br />

0<br />

N = 3×<br />

104<br />

0<br />

ATR (mm)<br />

ATR (mm)<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

12<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

y = 2.7518x - 25.71<br />

r 2 = 0.9743<br />

10 10.5 11 11.5 12 12.5<br />

y = 3.6803x - 33.919<br />

r 2 = 0.8725<br />

ln(N)<br />

Pista 1<br />

10.5 11 11.5 12 12.5<br />

ln(N)<br />

Pista 4<br />

Figura 10: Afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda após a consolidação inicial<br />

(4)<br />

(5)


ANPET 2003<br />

O fato <strong>de</strong> se ter ATR0 maior na Pista 4 que na Pista 1 está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a avaliação<br />

estrutural feita através <strong>do</strong>s levantamentos <strong>de</strong>fletométricos, que indicaram valores mais baixos<br />

para os módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> das camadas <strong>de</strong> base e subleito na Pista 4, retratan<strong>do</strong> uma<br />

compactação mais <strong>de</strong>ficiente que na Pista 1 e, <strong>de</strong>sta forma, provocan<strong>do</strong> uma consolidação<br />

inicial pelo tráfego maior.<br />

Ullidtz (1987) aponta um valor típico para o parâmetro B (expoente da tensão aplicada) por<br />

volta <strong>de</strong> 1,6 para a maior parte <strong>do</strong>s materiais granulares e solos. Utilizan<strong>do</strong> este valor e<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> ruptura εR varia pouco para um mesmo material em função<br />

<strong>de</strong> sua condição, po<strong>de</strong>-se escrever:<br />

1,<br />

6 1,<br />

6<br />

ε σ<br />

1 f 4<br />

=<br />

ε σ<br />

4 f1<br />

⎛<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

CBR<br />

= 4<br />

CBR<br />

1<br />

⎛<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎟<br />

⎠<br />

on<strong>de</strong> se admite (conforme já verifica<strong>do</strong>) que as tensões atuantes nas camadas <strong>do</strong> pavimento<br />

sejam as mesmas para as Pistas 1 e 4, e que haja proporcionalida<strong>de</strong> direta entre a resistência<br />

ao cisalhamento <strong>do</strong>s materiais e o CBR. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a contribuição da camada granular <strong>de</strong><br />

base, a relação acima para as <strong>de</strong>formações plásticas das duas seções seria dada por:<br />

1,<br />

6<br />

⎛ ⎞<br />

ε ⎜ CBR ⎟ 1,<br />

6<br />

⎛<br />

4 760 ⎞<br />

1 = ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟<br />

⎜ ⎟ = 0,<br />

76<br />

⎜ ⎟<br />

ε ⎜ CBR ⎟ ⎝ 900 ⎠<br />

4 1<br />

⎝<br />

Já levan<strong>do</strong> em conta a contribuição <strong>do</strong> solo <strong>de</strong> subleito:<br />

1,<br />

6<br />

⎛ ⎞<br />

ε ⎜ CBR ⎟ 1,<br />

6<br />

⎛<br />

4 2800 ⎞<br />

1 = ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟<br />

⎜ ⎟ = 0,<br />

57<br />

⎜ ⎟<br />

ε ⎜ CBR ⎟ ⎝ 4000 ⎠<br />

4 1<br />

⎝<br />

⎠<br />

⎠<br />

on<strong>de</strong> os cálculos foram feitos admitin<strong>do</strong> proporcionalida<strong>de</strong> direta entre o módulo <strong>de</strong><br />

elasticida<strong>de</strong> e o CBR. A relação entre os parâmetros que me<strong>de</strong>m a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acúmulo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>formações plásticas nas seções e que <strong>de</strong>ve ser comparada aos valores acima é:<br />

⎛<br />

⎞<br />

⎜dATR<br />

⎟ ⎛ ⎞<br />

⎝ d ln N ⎠1<br />

⎜ 2,<br />

7518 ⎟<br />

= ⎜ ⎟ = 0,<br />

75<br />

(9)<br />

⎛<br />

⎞ ⎜ 3,<br />

6803 ⎟<br />

⎜dATR<br />

⎟ ⎝ ⎠<br />

⎝ d ln N ⎠4<br />

valor que não está muito distante <strong>do</strong>s valores obti<strong>do</strong>s acima para a camada <strong>de</strong> base (0,76) e<br />

para o subleito (0,57). Dessa forma, utilizar, para a previsão <strong>de</strong> afundamentos em trilha <strong>de</strong><br />

roda, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong> que é aponta<strong>do</strong> por resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> creep (mo<strong>de</strong>lo<br />

logarítmico em termos <strong>de</strong> N) parece ser justificável.<br />

4. TENSÕES VERTICAIS<br />

As tensões verticais medidas no subleito durante os ensaios realiza<strong>do</strong>s nas Pistas 1 e 4 estão<br />

mostradas na Figura 11. Os valores apresenta<strong>do</strong>s foram <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s aplican<strong>do</strong>-se o fator <strong>de</strong><br />

calibração obti<strong>do</strong> em ensaios <strong>de</strong> laboratório (CAF = 0,38). Observan<strong>do</strong>-se as tendências <strong>de</strong><br />

(6)<br />

(7)<br />

(8)


ANPET 2003<br />

evolução das tensões nota-se valores muito próximos para os ciclos mais eleva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> carga.<br />

Indican<strong>do</strong>, um crescimento das tensões medidas no subleito em ambos os experimentos. As<br />

diferenças i<strong>de</strong>ntificadas na fase inicial apontam a influência <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> instalação das<br />

células. Uma vez que na Pista 1, estas foram instaladas ainda na fase <strong>de</strong> construção das pistas<br />

experimentais e, na Pista 4, a instalação foi feita através <strong>de</strong> um furo com diâmetro aproxima<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> 15,0 cm aberto no pavimento já executa<strong>do</strong>.<br />

tensão vertical (kPa)<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

3000 ciclos<br />

0<br />

0.00E+00 3.00E+04 6.00E+04 9.00E+04 1.20E+05 1.50E+05 1.80E+05 2.10E+05 2.40E+05<br />

Figura 11: Tensões verticais no subleito<br />

Ao consi<strong>de</strong>rar somente as leituras realizadas a partir <strong>de</strong> 50000 ciclos em ambos os<br />

experimentos obtêm-se expoentes <strong>de</strong> mesma or<strong>de</strong>m para relações <strong>do</strong> tipo: σv = K1*e k2*N . Os<br />

coeficientes <strong>de</strong> correlação são aproxima<strong>do</strong>s para ambos os ensaios. Com isso, po<strong>de</strong>-se<br />

confirmar que a taxa <strong>de</strong> crescimento das tensões verticais no subleito foi muito similar para as<br />

duas pistas experimentais. Aplican<strong>do</strong>-se um mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> tipo N= K1 x (σv) -K2 aos valores<br />

<strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ensaios realiza<strong>do</strong>s na Pista 1 obtém-se as seguintes relações:<br />

N ( z<br />

N ( z<br />

segun<strong>do</strong> experimento pista 4<br />

−1,<br />

984359<br />

⎛<br />

45 ) = 24,<br />

74179×<br />

1 ⎞<br />

cm<br />

⎜<br />

⎜σ<br />

⎝ v ⎠<br />

−2,<br />

83213<br />

⎛<br />

55 ) = 0,<br />

521934×<br />

1 ⎞<br />

cm<br />

⎜<br />

⎜σv<br />

= ⎟ ⎟<br />

= ⎟ ⎟<br />

primeiro experimento (pista 1)<br />

número <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> carga (41 kN)<br />

⎝<br />

Aplican<strong>do</strong>-se os módulos obti<strong>do</strong>s na retroanálise das <strong>de</strong>flexões medidas pelo FWD ao<br />

programa FLAPS, sob carregamento <strong>do</strong> eixo padrão ro<strong>do</strong>viário <strong>de</strong> 82 kN, o qual foi utiliza<strong>do</strong><br />

nos ensaios das pistas experimentais, resulta a comparação mostrada na Tabela 4 entre as<br />

respostas calculadas e as que foram medidas num teste sob carga estática na Pista 1, em<br />

termos <strong>de</strong> tensões verticais (σv) e <strong>de</strong>flexões entre rodas (D0). No caso das <strong>de</strong>flexões, é<br />

apresentada a <strong>de</strong>flexão medida com a viga eletrônica.<br />

⎠<br />

(10)<br />

(11)


ANPET 2003<br />

Tabela 4: Valores medi<strong>do</strong>s versus valores calcula<strong>do</strong>s<br />

Parâmetro Valor Medi<strong>do</strong> FLAPS<br />

D0 64,8 × 10 -2 mm 62,5 × 10 -2 mm<br />

σv (z = 5 cm) 290 kPa 230 kPa<br />

σ v (z = 20 cm) 32 kPa 125 kPa<br />

σv (z = 45 cm) 92 kPa 60 kPa<br />

σ v (z = 55 cm) 52 kPa 47 kPa<br />

Verifica-se uma discordância elevada apenas no caso da tensão vertical à profundida<strong>de</strong> z = 20<br />

cm (célula <strong>de</strong> carga situada na meta<strong>de</strong> da camada granular <strong>de</strong> base). A relação: σv(z=55cm) /<br />

σv(z=45cm) é igual a 0,78 no caso <strong>do</strong> FLAPS e igual a 0,57 no caso experimental, mostran<strong>do</strong><br />

esta comparação não leva a valores muito compatíveis. As leituras <strong>de</strong> σv em z = 20 cm estão<br />

claramente erradas nesta situação, não apenas por serem completamente distantes <strong>do</strong> valor<br />

calcula<strong>do</strong> pelo FLAPS, mas por serem incompatíveis com as <strong>de</strong>mais células.<br />

Para investigar o efeito <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> carga nas tensões geradas no interior <strong>do</strong> subleito foram<br />

realizadas comparações entre os valores das tensões calculadas pelo FLAPS e os valores<br />

registra<strong>do</strong>s no campo sob carga estática. Alguns valores <strong>de</strong> tensões medidas sob carga estática<br />

no subleito da Pista 1 (N = 61.661) estão <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>s na Figura 12.<br />

tensão vertical (kPa)<br />

0<br />

10<br />

20<br />

30<br />

40<br />

50<br />

60<br />

70<br />

distância (mm)<br />

0 200 400 600 800 1000 1200<br />

450 mm<br />

concreto asfáltico<br />

brita graduada<br />

solo argiloso<br />

carga <strong>do</strong> semi-eixo = 31 kN carga <strong>do</strong> semi-eixo = 41 kN carga <strong>do</strong> semi-eixo = 50 kN<br />

Figura 12: Tensões verticais medidas no subleito sob carga estática (solo argiloso)<br />

5. CONCLUSÕES<br />

A presente pesquisa permitiu o estabelecimento das seguintes conclusões principais:<br />

40 mm<br />

300 mm<br />

600 mm<br />

1. Os registros <strong>do</strong>s acúmulos <strong>de</strong> afundamentos em trilhas <strong>de</strong> roda efetua<strong>do</strong>s nesta pesquisa<br />

permitiram o questionamento e a validação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> previsão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

propostos em estu<strong>do</strong>s anteriores. Os resulta<strong>do</strong>s verifica<strong>do</strong>s no campo apresentaram uma<br />

concordância excelente com a expectativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho em termos <strong>de</strong> evolução <strong>de</strong> ATR<br />

<strong>de</strong>rivada <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo Pavesys9.


ANPET 2003<br />

2. Com base em análises estatísticas realizadas foram estabeleci<strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> regressão<br />

para a evolução <strong>do</strong>s afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda observa<strong>do</strong> nas pistas experimentais<br />

com revestimento asfáltico convencional e modifica<strong>do</strong> por polímeros. Foi confirmada uma<br />

tendência logarítmica <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong>s afundamentos em trilha <strong>de</strong> roda com o tráfego<br />

acumula<strong>do</strong>.<br />

3. Foi estabelecida uma meto<strong>do</strong>logia para calibração <strong>de</strong> células <strong>de</strong> tensão total em<br />

laboratório. O fator <strong>de</strong> correção para o solo argiloso investiga<strong>do</strong> nesta pesquisa foi<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> como igual a 0,38. A aplicação <strong>de</strong>ste fator conduz a uma boa aproximação<br />

entre os valores <strong>de</strong> tensões medi<strong>do</strong>s e os que foram calcula<strong>do</strong>s com base na teoria da<br />

elasticida<strong>de</strong>.<br />

4. Os módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> retroanalisa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> FWD e da viga eletrônica se mostraram<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à interpretação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho estrutural <strong>do</strong>s pavimentos experimentais<br />

avalia<strong>do</strong>s nesta pesquisa. Em contrapartida, os módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

ensaios laboratoriais, realiza<strong>do</strong>s em diferentes épocas, não refletiram as condições<br />

apresentadas pelos pavimentos no campo.<br />

5. As tensões verticais medidas no subleito <strong>do</strong>s pavimentos experimentais tiveram sua<br />

magnitu<strong>de</strong> aumentada com o número <strong>de</strong> ciclos <strong>de</strong> carga aplica<strong>do</strong>s. Este aumento foi,<br />

contu<strong>do</strong>, significativo apenas durante a fase inicial <strong>de</strong> consolidação da estrutura pela carga<br />

<strong>do</strong> trem <strong>de</strong> provas (N < 3 × 10 4 ciclos <strong>de</strong> carga), quan<strong>do</strong> uma compactação adicional da<br />

camada <strong>de</strong> base granular <strong>de</strong>ve ter si<strong>do</strong> produzida. Os baixos módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong><br />

retroanalisa<strong>do</strong>s para a brita graduada suportam esta hipótese, na medida em que a<br />

compactação efetuada quan<strong>do</strong> da construção das pistas não <strong>de</strong>ve ter si<strong>do</strong> a<strong>de</strong>quada. Além<br />

disso, acomodações das células <strong>de</strong> carga ao longo <strong>do</strong> teste não <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>scartadas<br />

como explicação para este fenômeno. As <strong>de</strong>formações verticais medidas no subleito não<br />

aumentaram <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> significativo com a repetição das cargas aplicadas pelo trem <strong>de</strong><br />

provas <strong>do</strong> simula<strong>do</strong>r linear <strong>de</strong> tráfego, o que está em contradição com o aumento<br />

registra<strong>do</strong> para as tensões, na medida em que maiores tensões atuantes implicariam em<br />

maiores <strong>de</strong>formações, a menos que o solo <strong>de</strong> subleito estivesse sofren<strong>do</strong> enrijecimento ao<br />

longo das passagens <strong>do</strong> trem <strong>de</strong> provas. Neste caso, além da base, também o solo <strong>de</strong><br />

subleito estaria sen<strong>do</strong> submeti<strong>do</strong> a uma compactação adicional pela carga <strong>do</strong> trem <strong>de</strong><br />

provas.<br />

Agra<strong>de</strong>cimentos<br />

Os autores agra<strong>de</strong>cem aos auxiliares <strong>de</strong> pesquisa e técnicos que participam <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> e ao<br />

CNPq pelo suporte financeiro <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>.<br />

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En<strong>de</strong>reço <strong>do</strong>s autores:<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul<br />

Av. João Pessoa, 1375/603 – Porto Alegre-RS, Brasil<br />

Cep: 90040001<br />

E-mail: pugliero@vortex.ufrgs.br

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