18.08.2013 Views

Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação

Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação

Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

8<br />

10, pois não existe escola de quali<strong>da</strong>de sem<br />

professor de quali<strong>da</strong>de, com boa formação,<br />

eleva<strong>da</strong> auto-estima e comprometi<strong>do</strong> com a<br />

aprendizagem de seus alunos. Para isso, é<br />

necessário uma formação continua<strong>da</strong> ofereci<strong>da</strong><br />

pelo Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Desde 2008 já foram realiza<strong>da</strong>s várias<br />

ações de formação continua<strong>da</strong> para os professores,<br />

como o Progestão, programa de formação<br />

continua<strong>da</strong> à distância para gestores<br />

escolares, desenvolvi<strong>do</strong> pelo CONSED – Conselho<br />

Nacional de Secretários <strong>da</strong> <strong>Educação</strong>.<br />

Embora o governo estadual anterior tenha<br />

adquiri<strong>do</strong> o material instrucional <strong>do</strong><br />

Progestão, não implementou o programa<br />

para gestores <strong>da</strong>s escolas estaduais. Desde<br />

2000, o curso somente foi ofereci<strong>do</strong> em alguns<br />

Municípios gaúchos para gestores municipais.<br />

Desenvolvemos o PDE Escola, junto<br />

com o MEC, o Acelera Brasil, e uma série<br />

de ações de capacitação para professores<br />

de diferentes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de ensino, como<br />

educação indígena, especial, prisional, de<br />

jovens e adultos, etc. Chegamos a capacitar<br />

em 2008 mais de 16 mil <strong>do</strong>s nossos cerca<br />

de 80 mil professores em ativi<strong>da</strong>de na rede<br />

estadual de ensino.<br />

E agora estamos entregan<strong>do</strong> para vocês<br />

as Lições <strong>do</strong> Rio Grande. No Rio Grande <strong>do</strong><br />

Sul, como no Brasil, o processo social e educacional<br />

desenvolve-se de maneira pendular.<br />

Nos anos 50/60 até os anos 70, tivemos<br />

um processo muito centraliza<strong>do</strong> no que se<br />

refere a currículos escolares. Os currículos<br />

eram elabora<strong>do</strong>s nas Secretarias de <strong>Educação</strong><br />

e repassa<strong>do</strong>s às escolas, para que elas<br />

os executassem. Aqui no Rio Grande <strong>do</strong><br />

Sul, inclusive os exames finais eram feitos<br />

na própria Secretaria de <strong>Educação</strong> e eram<br />

envia<strong>do</strong>s a to<strong>da</strong>s as escolas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, para<br />

serem aplica<strong>do</strong>s. Eram elabora<strong>do</strong>s não para<br />

avaliar o sistema, como o SAEB ou SAERS,<br />

mas para avaliar, aprovar ou reprovar os<br />

alunos. Os professores deviam desenvolver<br />

os currículos elabora<strong>do</strong>s pela Secretaria de<br />

forma a preparar seus alunos para fazerem<br />

as provas <strong>da</strong> SEC. Naquela época, a socie<strong>da</strong>de<br />

era muito mais simples, com menos<br />

habitantes, e era menos diversifica<strong>da</strong>. A frequência<br />

à escola era muito menor: apenas<br />

36% <strong>da</strong> população de 7 a 14 anos estavam<br />

na escola em 1950, enquanto hoje são 97%<br />

no Brasil e 98% no Esta<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> apenas<br />

36% <strong>da</strong> população na faixa etária apropria<strong>da</strong><br />

frequentava a escola, basicamente só a<br />

classe média estu<strong>da</strong>va e a escola era mais<br />

padroniza<strong>da</strong>, tanto no currículo quanto na<br />

forma de avaliação <strong>da</strong> aprendizagem.<br />

Atualmente, a socie<strong>da</strong>de brasileira é muito<br />

mais complexa e diversifica<strong>da</strong>, com mais<br />

habitantes, e o Brasil é uma <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong>des<br />

mais desiguais <strong>do</strong> planeta. A escola é de to<strong>do</strong>s:<br />

to<strong>da</strong>s as classes sociais estão na escola,<br />

sen<strong>do</strong> impossível desenvolver um processo<br />

educacional padroniza<strong>do</strong> como antigamente.<br />

Com a luta pela redemocratização <strong>do</strong> País<br />

nos anos 80, conquistou-se o importante conceito<br />

de autonomia <strong>da</strong> escola. Entretanto, no<br />

movimento pendular <strong>da</strong> história, fomos para<br />

o outro extremo. Hoje, no País existem diretrizes<br />

curriculares nas normas <strong>do</strong>s Conselhos<br />

de <strong>Educação</strong>, tanto Nacional como Estadual,<br />

mas essas diretrizes são muito gerais não<br />

existin<strong>do</strong>, assim, qualquer padrão curricular.<br />

A partir dessas normas, as escolas são totalmente<br />

livres para fazerem os seus currículos,<br />

inclusive dificultan<strong>do</strong> o próprio processo de<br />

ir e vir <strong>do</strong>s alunos entre as escolas, porque<br />

quan<strong>do</strong> um aluno se transfere, é diferente de<br />

escola para escola o que se ensina em uma<br />

mesma série.<br />

O Brasil inteiro está fazen<strong>do</strong> um movimento<br />

de síntese entre esses <strong>do</strong>is extremos, entre<br />

aquilo que era totalmente centraliza<strong>do</strong> nas<br />

Secretarias, até os anos 70, e a extrema autonomia<br />

<strong>da</strong> escola, no que se refere a currículos.<br />

Estamos chegan<strong>do</strong> a uma posição intermediária,<br />

que é uma proposta de referencial<br />

curricular para ca<strong>da</strong> rede de ensino, defini<strong>da</strong><br />

pelas Secretarias: não é aquela centralização<br />

absoluta, nem a absoluta descentralização<br />

de hoje. Essa síntese é também um imperativo<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de a partir, por exemplo, <strong>da</strong>s<br />

metas <strong>do</strong> Movimento To<strong>do</strong>s pela <strong>Educação</strong>.<br />

Esse Movimento, lança<strong>do</strong> em setembro<br />

de 2006, têm como objetivo construir uma<br />

MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 8 24/8/2009 15:45:01

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!