Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação

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56 Habilidades/competências, conteúdos/conceitos estruturantes e situações de aprendizagem de 5ª e 6ª séries A 5ª e a 6ª séries, no Referencial Curricular do ensino fundamental, constituem um todo de tal forma que, ao final da 6ª série, há um conjunto de competências e habilidades relacionadas ao ler, escrever e resolver problemas e um conjunto de conceitos referentes aos Números e operações, à Álgebra e funções, à Geometria e medida e ao Tratamento da informação que os alunos devem desenvolver. Na medida em que não se tem muito definido, em relação à Matemática, o nível de complexibilidade que determinados conceitos ou determinadas competências e habilidades foram trabalhados anteriormente, optou-se por detalhar os referenciais propostos para a 5ª série, aprofundando-os na 6ª série, sugerindo uma sequência ordenada de situações de aprendizagem, ficando a cargo do professor elaborar seu próprio plano de trabalho. As situações de aprendizagem propostas proporcionam que o aluno, ao construir os conceitos matemáticos, possa discutir, confrontar, selecionar e expor oralmente e por escrito ideias relevantes, fazer comparações e inferências, através da leitura, buscar informações e registrá-las, bem como suas hipóteses e conclusões, na concepção de que a aprendizagem se dá e se consolida pela resolução de problemas. As situações de aprendizagem propostas possibilitam a conexão de diferentes temas e conceitos que estruturam a Matemática, entendida tanto como área que em si contém diferentes linguagens, conceitos e formas de pensar quanto como uma ferramenta de trabalho conectada a outras áreas do conhecimento que a contextualizam. A 5ª série inicia com o reconhecimento dos Números Naturais em suas diferentes formas de utilização, na vivência de agrupamentos e na sistematização do Sistema de Numeração Decimal com suas características, entendidas como uma construção histórica da maior relevância para o desenvolvimento das Ciências e da Matemática Ao retomar o Sistema de Numeração Decimal, o professor deve observar se seus alunos reconhecem e compreendem os fundamentos que o caracterizam: a ideia de correspondência, a contagem em agrupamentos de dez em dez e o valor posicional dos algarismos e o significado do zero. É interessante explorar a base dez, mas também outras bases, para que o aluno possa melhor entender o significado da base do nosso sistema de numeração. O processo de contagem está diretamente associado à ideia de número. O material dourado (base 10) é um excelente recurso a ser utilizado. No entanto, há outros materiais alternativos que podem ser usados com a mesma eficácia. Os Números Naturais são representados na reta numérica, o que contextualiza e proporciona a sua comparação e ordenação. A ideia de regularidade, de sequências figurais e numéricas e os padrões que as relacionam permeiam todo o trabalho, proporcionando generalizações que vão se tornando mais complexas e que propiciam as primeiras algebrizações e noções, mesmo que bastante intuitivas, de funções. As operações com Números Naturais e suas inversas são apresentadas a partir de situações-problema que são propostas em diferentes contextos e, sempre que possível, resolvidas com o auxílio de materiais manipulativos. As situações-problema proporcionam a exploração da estrutura aditiva e da estrutura multiplicativa, que é amplamente trabalhada nos Números Naturais, com o estudo dos múltiplos e divisores, bem como o vocabulário e a gama de conceitos que este estudo envolve. A exploração de regularidades em Sequências numéricas favorece a construção da ideia de múltiplo e de divisor e a descoberta de números primos e critérios de divisibilidade. Aprofundando esses conceitos, sugere-se a exploração de situaçõesproblema que envolvam a ideia de múltiplo e de MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 56 24/8/2009 15:45:35

divisor comum. Através delas, os alunos poderão perceber a importância do domínio desses conceitos, sua aplicabilidade e utilidade para problemas do dia a dia. Os números fracionários, os números decimais e os cálculos simples de porcentagem são apresentados a partir do Sistema Monetário, partindo de situações do cotidiano, explorando os conhecimentos prévios dos alunos. Os desafios matemáticos são explorados com o intuito de desenvolver o cálculo mental, as estimativas e as aproximações. Sempre que possível, a Geometria é utilizada na representação de cálculos aritméticos e algébricos. As aprendizagens mais formais da Geometria são propostas partindo da espacial para a plana, utilizando embalagens como representações de sólidos geométricos, planificando-as e reconhecendo os polígonos que as compõem, bem como seus elementos, quando são apresentados o volume dos paralelepípedos, o perímetro e a área dos retângulos, e suas respectivas unidades de medida. O uso de mapas, croquis e outras representações proporciona a localização de pontos em um plano a partir de eixos horizontais e verticais dispostos ortogonalmente. Dada a importância do conceito de ângulo para a continuidade das aprendizagens de Geometria, seu estudo abrange a ideia de ângulo como giro, aplicando-a em deslocamentos no plano e na leitura de mapas. Ao estudar a potenciação, os alunos deverão perceber o quanto essa operação facilita a escrita de números muito grandes ou muito pequenos, de forma abreviada, e que operar com esses números nessa forma seria muito menos complicado. Esse estudo se inicia na 5ª série, e será também explorado com mais profundidade nas séries seguintes. O estudo das frações explora a história da Matemática, mostrando que elas surgiram da necessidade do homem de medir no Egito Antigo. Ao mesmo tempo em que são trabalhadas frações de coleções, são também exploradas as frações de inteiros. Nesse estudo, evitou-se um trabalho com ênfase em regras, pelo contrário, enfatizou-se a compreensão. Partindo da análise de situações, o 5757 aluno tem a oportunidade de estabelecer relações e chegar a conclusões com autonomia. Nesse estudo, a equivalência de frações foi explorada de modo a favorecer a compreensão do aluno. Por ser a equivalência um conceito que o aluno utiliza ao longo do ensino fundamental e no ensino médio, a sua abordagem deve exigir a reflexão dos alunos em lugar de receitas prontas, sem significado. A resolução de problemas tão enfatizada nesse Referencial procura romper com a aplicação de técnicas de resolução que automatizam procedimentos sem contribuir para que o aluno compreenda o problema, analise e organize seus dados e estabeleça adequadas estratégias para resolvê-lo. Além disso, prevê espaços para discussão, socialização de ideias, análise, crítica e verificação de resultados. A abordagem de frações na 5ª série se detém mais na relação “parte” e “todo”, ao mesmo tempo que o professor explora a ideia de divisão, sendo o uso do material concreto muito importante nessa etapa. O avanço dos alunos no estudo de frações e em todos os outros deverá estar condicionado ao desempenho de cada aluno e da turma toda. É preciso que tenhamos presente que mais vale um trabalho que priorize qualidade em lugar de quantidade de conceitos abordados; se a turma evidenciar condições para avançar, não há o que impeça o professor de fazê-lo. Nesse sentido, a avaliação, entendida como acompanhamento do desempenho dos alunos, pode contribuir efetivamente para que se tenha à mão dados que indicarão os avanços que podem ser realizados ou retomadas que devem ser efetivadas. Nesta etapa da escolaridade, o aluno deixa de ter um professor unidocente para ter um professor para cada componente curricular, primeira dificuldade a ser enfrentada pelos alunos. Nesse período de transição, é preciso que os professores tenham sensibilidade para perceber o quanto é difícil para muitos alunos enfrentar esta etapa com serenidade. São vários professores com formas de agir, de exigir, de se relacionar muito diferentes, por mais que se deseje, na escola, uma unidade de ação. MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 57 24/8/2009 15:45:35

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Habili<strong>da</strong>des/competências, conteú<strong>do</strong>s/conceitos<br />

estruturantes e situações de aprendizagem de<br />

5ª e 6ª séries<br />

A 5ª e a 6ª séries, no Referencial Curricular <strong>do</strong><br />

ensino fun<strong>da</strong>mental, constituem um to<strong>do</strong> de tal<br />

forma que, ao final <strong>da</strong> 6ª série, há um conjunto de<br />

competências e habili<strong>da</strong>des relaciona<strong>da</strong>s ao ler,<br />

escrever e resolver problemas e um conjunto de<br />

conceitos referentes aos Números e operações, à<br />

Álgebra e funções, à Geometria e medi<strong>da</strong> e ao<br />

Tratamento <strong>da</strong> informação que os alunos devem<br />

desenvolver.<br />

Na medi<strong>da</strong> em que não se tem muito defini<strong>do</strong>,<br />

em relação à Matemática, o nível de complexibili<strong>da</strong>de<br />

que determina<strong>do</strong>s conceitos ou determina<strong>da</strong>s<br />

competências e habili<strong>da</strong>des foram trabalha<strong>do</strong>s<br />

anteriormente, optou-se por detalhar os referenciais<br />

propostos para a 5ª série, aprofun<strong>da</strong>n<strong>do</strong>-os<br />

na 6ª série, sugerin<strong>do</strong> uma sequência ordena<strong>da</strong><br />

de situações de aprendizagem, fican<strong>do</strong> a cargo <strong>do</strong><br />

professor elaborar seu próprio plano de trabalho.<br />

As situações de aprendizagem propostas proporcionam<br />

que o aluno, ao construir os conceitos<br />

matemáticos, possa discutir, confrontar, selecionar<br />

e expor oralmente e por escrito ideias relevantes,<br />

fazer comparações e inferências, através <strong>da</strong> leitura,<br />

buscar informações e registrá-las, bem como<br />

suas hipóteses e conclusões, na concepção de que<br />

a aprendizagem se dá e se consoli<strong>da</strong> pela resolução<br />

de problemas.<br />

As situações de aprendizagem propostas possibilitam<br />

a conexão de diferentes temas e conceitos<br />

que estruturam a Matemática, entendi<strong>da</strong> tanto<br />

como área que em si contém diferentes linguagens,<br />

conceitos e formas de pensar quanto como<br />

uma ferramenta de trabalho conecta<strong>da</strong> a outras<br />

áreas <strong>do</strong> conhecimento que a contextualizam.<br />

A 5ª série inicia com o reconhecimento <strong>do</strong>s<br />

Números Naturais em suas diferentes formas de<br />

utilização, na vivência de agrupamentos e na sistematização<br />

<strong>do</strong> Sistema de Numeração Decimal<br />

com suas características, entendi<strong>da</strong>s como uma<br />

construção histórica <strong>da</strong> maior relevância para o<br />

desenvolvimento <strong>da</strong>s Ciências e <strong>da</strong> Matemática<br />

Ao retomar o Sistema de Numeração Decimal,<br />

o professor deve observar se seus alunos reconhecem<br />

e compreendem os fun<strong>da</strong>mentos que o<br />

caracterizam: a ideia de correspondência, a contagem<br />

em agrupamentos de dez em dez e o valor<br />

posicional <strong>do</strong>s algarismos e o significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> zero.<br />

É interessante explorar a base dez, mas também<br />

outras bases, para que o aluno possa melhor entender<br />

o significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> base <strong>do</strong> nosso sistema de<br />

numeração. O processo de contagem está diretamente<br />

associa<strong>do</strong> à ideia de número. O material<br />

<strong>do</strong>ura<strong>do</strong> (base 10) é um excelente recurso a ser<br />

utiliza<strong>do</strong>. No entanto, há outros materiais alternativos<br />

que podem ser usa<strong>do</strong>s com a mesma eficácia.<br />

Os Números Naturais são representa<strong>do</strong>s na<br />

reta numérica, o que contextualiza e proporciona<br />

a sua comparação e ordenação.<br />

A ideia de regulari<strong>da</strong>de, de sequências figurais<br />

e numéricas e os padrões que as relacionam permeiam<br />

to<strong>do</strong> o trabalho, proporcionan<strong>do</strong> generalizações<br />

que vão se tornan<strong>do</strong> mais complexas e que<br />

propiciam as primeiras algebrizações e noções,<br />

mesmo que bastante intuitivas, de funções.<br />

As operações com Números Naturais e suas inversas<br />

são apresenta<strong>da</strong>s a partir de situações-problema<br />

que são propostas em diferentes contextos<br />

e, sempre que possível, resolvi<strong>da</strong>s com o auxílio de<br />

materiais manipulativos.<br />

As situações-problema proporcionam a exploração<br />

<strong>da</strong> estrutura aditiva e <strong>da</strong> estrutura multiplicativa,<br />

que é amplamente trabalha<strong>da</strong> nos Números<br />

Naturais, com o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s múltiplos e divisores,<br />

bem como o vocabulário e a gama de conceitos<br />

que este estu<strong>do</strong> envolve.<br />

A exploração de regulari<strong>da</strong>des em Sequências<br />

numéricas favorece a construção <strong>da</strong> ideia de múltiplo<br />

e de divisor e a descoberta de números primos<br />

e critérios de divisibili<strong>da</strong>de. Aprofun<strong>da</strong>n<strong>do</strong> esses<br />

conceitos, sugere-se a exploração de situaçõesproblema<br />

que envolvam a ideia de múltiplo e de<br />

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