Volume 3 Parte 1 - Portal do Professor - Ministério da Educação
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minio <strong>do</strong> componente curricular com o qual<br />
trabalha, se conhece cientificamente porque é<br />
necessário ensinar determina<strong>do</strong> assunto e sob<br />
determina<strong>da</strong> forma, de mo<strong>do</strong> a promover a<br />
compreensão <strong>do</strong> aluno.<br />
Conhecimento <strong>da</strong> etapa de desenvolvimento<br />
em que o aluno se encontra, porque precisa<br />
adequar o trabalho a esse nível. Para adequálo<br />
em busca <strong>da</strong> efetiva aprendizagem, é necessário<br />
conhecer o patamar em que o aluno<br />
se encontra, a fim de que ele não se desmobilize<br />
para o aprender.<br />
Além disso, é preciso conhecer aspectos<br />
associa<strong>do</strong>s à etapa de desenvolvimento psiquico<br />
e intelectual <strong>do</strong> aluno, para organizar<br />
o trabalho de tal mo<strong>do</strong> que ele possa responder<br />
positivamente ao que lhe é proposto. Saber<br />
ajustar o ensino às condições <strong>do</strong> aluno é<br />
uma capaci<strong>da</strong>de que to<strong>do</strong> o professor deve<br />
ter, bem como sensibili<strong>da</strong>de para perceber fatores<br />
intervenientes de ordem afetiva ou cognitiva<br />
que afetam diretamente o desempenho<br />
<strong>do</strong> aluno, para que possa providenciar aju<strong>da</strong>s<br />
necessárias, fazen<strong>do</strong> com que se sintam<br />
capazes para novas aprendizagens, seguros<br />
frente a situações a serem enfrenta<strong>da</strong>s.<br />
A LDB (9394/96) estabelece preceitos de<br />
avaliação continua e formativa, que to<strong>do</strong>s os<br />
regimentos escolares devem respeitar, em que<br />
os aspectos qualitativos sejam preponderantes<br />
sobre os quantitativos.<br />
Hoffmann (1993) recomen<strong>da</strong> uma avaliação<br />
que oportunize ao aluno o aprofun<strong>da</strong>mento<br />
<strong>do</strong> conhecimento, a consciência de seu<br />
crescimento e a superação de limitações.<br />
Para tal, são necessários procedimentos<br />
meto<strong>do</strong>lógicos, seleciona<strong>do</strong>s a partir <strong>da</strong> análise<br />
crítica de situações de aprendizagem, que<br />
contribuam decisivamente para a visualização<br />
<strong>do</strong> processo avaliativo, numa perspectiva de<br />
mediação, permitin<strong>do</strong> ao aluno alcançar o<br />
mais alto nível de rendimento possível.<br />
A avaliação, entendi<strong>da</strong> como uma coleta de<br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s significativos, permite ao professor, em<br />
função <strong>da</strong>s respostas <strong>do</strong>s alunos, redirecionar<br />
o ensino para que efetivas mu<strong>da</strong>nças ocorram<br />
no seu desempenho. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s colhi<strong>do</strong>s pelo<br />
professor nas mais varia<strong>da</strong>s situações, sejam<br />
elas individuais ou coletivas, se bem analisa<strong>do</strong>s,<br />
oferecem orientação ao professor quanto<br />
aos rumos <strong>do</strong> seu trabalho e, consequentemente,<br />
<strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> seu aluno. Se há evidência<br />
de dificul<strong>da</strong>des e de limitações, cabe<br />
ao professor explorá-las, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> condições ao<br />
aluno, para que possa progredir.<br />
É necessário que a avaliação configure a<br />
situação <strong>do</strong> aluno ou <strong>da</strong> classe em relação<br />
a atitudes, interesses, habili<strong>da</strong>des, descobrin<strong>do</strong><br />
causas ou circunstâncias que dificultam o<br />
aprender, no decorrer <strong>do</strong> processo, exigin<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> professor sua intervenção, para minimizar<br />
dificul<strong>da</strong>des. O professor precisa de informações<br />
para tomar decisões adequa<strong>da</strong>s e necessárias<br />
em relação a to<strong>do</strong>s e a ca<strong>da</strong> aluno<br />
em especial, por estarem em jogo ritmos diferentes,<br />
capaci<strong>da</strong>des diferentes e reali<strong>da</strong>des<br />
diferentes. Com a análise dessas informações<br />
colhi<strong>da</strong>s, seja por questionamentos, pela observação,<br />
por trabalhos realiza<strong>do</strong>s, por respostas<br />
<strong>da</strong><strong>da</strong>s, o professor tem a oportuni<strong>da</strong>de<br />
de regular intervenções e adequar situações<br />
de ensino e de aprendizagem. Esses <strong>da</strong><strong>do</strong>s,<br />
além de serem importantes para o professor,<br />
são também importantes para ao aluno, pois<br />
este precisa ter consciência sobre o seu desempenho,<br />
reconhecen<strong>do</strong> o que já é capaz de<br />
fazer bem, ten<strong>do</strong> condições de aprofun<strong>da</strong>r conhecimentos<br />
e avançar e <strong>do</strong> que ain<strong>da</strong> precisa<br />
melhorar, poden<strong>do</strong> tomar decisões importantes<br />
em relação ao seu desempenho.<br />
Segun<strong>do</strong> Botomé e Rizzon (1997, p. 14),<br />
melhorar o que ain<strong>da</strong> não fez bem ou de maneira<br />
incompleta, conferir o que fez e alterar<br />
no que foi necessário, ser tolerante para aperfeiçoar,<br />
corrigir, refazer, completar o que fez,<br />
são significativos e importantes procedimentos<br />
para a vi<strong>da</strong> de qualquer pessoa. Desta forma<br />
a avaliação aparece na vi<strong>da</strong> de alguém, mais<br />
<strong>do</strong> que sob a forma de provas, exames, notas,<br />
testes. E, se estas ocorrerem, que seja para<br />
oferecer <strong>da</strong><strong>do</strong>s ao professor para qualificar o<br />
seu trabalho.<br />
MATEMATICA ENSINO FUNDAMENTAL V3.indd 48 24/8/2009 15:45:19