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Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...

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Outra contribuição presente <strong>na</strong>s abordagens psicológicas diz respeito ao estudo<br />

dos processos de aprendizagem e interação sociais, esfera <strong>na</strong> qual os indivíduos,<br />

dado seu pertencimento a certo grupo, a este relacio<strong>na</strong>m atributos positivos, em<br />

detrimento dos membros de outros agrupamentos. Nesta dinâmica, a construção de<br />

uma autopercepção positiva tem como contraface a atribuição de uma representação<br />

negativa dos estranhos ao grupo.<br />

Assim entendido, o preconceito apresenta-se como fenômeno único, com<br />

diversas manifestações, tais como racial, sexual, religiosa e étnica. Desvendar suas<br />

origens e dinâmicas possibilitaria sua superação, uma vez empregadas as medidas<br />

adequadas. Nesta empreitada, a educação, o autoconhecimento e o convívio com<br />

outros indivíduos e grupos são apontados como respostas possíveis e eficazes.<br />

1.2.2. Abordagens sociológicas<br />

56<br />

Numa perspectiva sociológica, o preconceito é definido como uma forma de<br />

[...] relação intergrupal onde, no quadro específico das relações<br />

de poder entre grupos, desenvolvem-se e expressam-se atitudes<br />

negativas e depreciativas além de comportamentos hostis<br />

e discrimi<strong>na</strong>tórios em relação aos membros de um grupo por<br />

pertencerem a esse grupo (CAMINO e PEREIRA, no prelo).<br />

Entre os processos cognitivos que se desenvolvem neste<br />

tipo de relações sociais, destacam-se a categorização e a construção<br />

de estereótipos (Dorai e Deschamps, 990; Schadron,<br />

Morchain e Yzerbyt, 99 ; Yzerbyt, Rocher e Schadron 997)<br />

(LACERDA, PEREIRA e CAMINO, 00 ).<br />

Destaco, dentre as abordagens sociológicas, por sua relevância teórica e pela<br />

influência, duas contribuições específicas: a obra de Erving Goffman e a leitura<br />

marxista mais tradicio<strong>na</strong>l e divulgada.<br />

Com efeito, é por meio da idéia de estigma, formulada por Goffman ( 988),<br />

que são conduzidas muitas análises das relações sociais pautadas pelo preconceito<br />

e pela discrimi<strong>na</strong>ção. De acordo com Richard Parker e Peter Aggletton ( 00 : ),<br />

Goffman, ao identificar no estigma um atributo negativo, mapeado <strong>sobre</strong> os indivíduos<br />

e produtor de uma deterioração identitária, capta uma verdadeira relação de<br />

desvantagem, um processo social.

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