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Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...

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comprometidos com trabalho em todos os períodos do dia, e mesmo as supervisões<br />

abertas aos sábados não conseguiram abarcá-los.<br />

Previmos e realizamos encontros temáticos que reuniram ora todos os<br />

educadores vinculados ao projeto, ora todos os de <strong>Educação</strong> Infantil e os de<br />

adolescentes e adultos, separadamente e, em outras oportunidades, todos os<br />

educadores, divididos por regiões da cidade. Esses momentos foram uma oportunidade<br />

para aprofundar certos temas (como abuso sexual e relações de gênero),<br />

contando com palestrantes convidados ou alguns especialistas do próprio<br />

grupo de formadores. Foi também uma oportunidade para dialogar com escritores<br />

e cineasta de material utilizado pedagogicamente no projeto. Constituiuse<br />

ainda para os educadores, em uma oportunidade de encontrar os colegas das<br />

diferentes regiões da cidade e avaliar a extensão das ações que estavam sendo<br />

desenvolvidas. Foram encontros, que contaram com .8 0 participantes.<br />

A implantação do trabalho e sua divulgação pela rede municipal de ensino<br />

gerou demandas diversas: convites para participação em encontros e congressos<br />

promovidos pela Secretaria de <strong>Educação</strong>, pedidos de palestras, ofici<strong>na</strong>s,<br />

e participação em reuniões gerais de pólo, promovidas pelas coorde<strong>na</strong>dorias<br />

de educação de toda a cidade. Participamos de 49 eventos, nos dois anos de<br />

vigência do projeto, atingindo 8. 9 educadores. Isto mostra tanto a dimensão<br />

da necessidade quanto do interesse que a discussão da sexualidade <strong>na</strong> educação<br />

de crianças e adolescentes gera nos professores e <strong>na</strong>s equipes técnicas das escolas<br />

ou coorde<strong>na</strong>dorias regio<strong>na</strong>is de educação. O tema, ao mesmo tempo que<br />

intimida, também entusiasma, apaixo<strong>na</strong> os educadores.<br />

O mesmo se dá com referência aos pais e às mães, às famílias e, por extensão,<br />

à comunidade onde as escolas estão inseridas. Num primeiro momento, invariavelmente,<br />

os professores temem pela reação de pais e mães, principalmente<br />

das crianças. Apesar dos estudos e dos esforços de Freud no início do século<br />

XX, em pleno século XXI a crença <strong>na</strong> criança angelical e assexuada persiste. As<br />

múltiplas evidências em contrário são freqüentemente negadas ou ignoradas,<br />

pelo menos até que a adolescência escancare, com seus hormônios à flor da pele,<br />

o quanto a sexualidade representa <strong>na</strong> estruturação e <strong>na</strong> vida das pessoas.<br />

O fato, porém, é que a imensa maioria das famílias e a comunidade quase<br />

como um todo não só apóiam o trabalho como pedem que o mesmo as inclua,<br />

o que nem sempre é possível, pelo menos de forma sistemática. Combato a<br />

idéia de que a orientação sexual <strong>na</strong> escola implique necessariamente um trabalho<br />

com as famílias. Primeiro, porque isso engessa e dificulta o trabalho com as<br />

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