Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...
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336 um bloco monolítico de valores, tendências ou aspirações. [...] Tudo aquilo que uma Sociedade incorpora como código de valores ou desvalores a pautar o comportamento de seus cidadãos, e em relação ao qual cada indivíduo deve se situar para conseguir, ou não, sua própria realização, está expresso (ou deve estar) na literatura que os adultos destinam aos mais jovens, para que estes conheçam tal “código” desde cedo e o incorporem (uma vez que ele é a base, é o fundamento que sustenta toda a construção social). (COELHO, 98 : ). Por maior que seja o interesse em “apresentar” a enorme diversidade de valores contida nesse “código”, devemos lembrar, contudo, às crianças e adolescentes, sob risco de levar para as escolas textos “panfletários”, de qualidade questionável, que a “Literatura deverá ser sempre, e acima de tudo, literatura... E, nesse caso, os valores [...] estarão participando de seu corpo literário transformados em sangue, isto é, imperceptíveis à superfície do texto” (ibid.: 0). Caberá então a educadores/as a tarefa de selecionar textos de qualidade literária, ou seja, que cumpram a função de provocar reflexões, ao invés de serem textos de simples entretenimento, dos quais nos esquecemos alguns minutos após fecharmos suas páginas – textos que tenham a capacidade de “arejar” o imaginário social, trazendo à luz toda a imensa gama de pensamentos, idéias e comportamentos, ensinando às crianças e aos jovens a “serem cidadãos críticos ao invés de comportados” (GIROUX, apud SANTOS, 997: 87). Referências COELHO, Nelly Novaes. A literatura infantil: história, teoria, análise – das origens orientais ao Brasil de hoje. . ed. São Paulo: Quirón/Global, 98 . GODINHO, Marilene. Menino ama menino. Belo Horizonte: Armazém de Idéias, 000.
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um bloco monolítico de valores, tendências ou aspirações. [...]<br />
Tudo aquilo que uma Sociedade incorpora como código de valores<br />
ou desvalores a pautar o comportamento de seus cidadãos, e<br />
em relação ao qual cada indivíduo deve se situar para conseguir,<br />
ou não, sua própria realização, está expresso (ou deve estar) <strong>na</strong><br />
literatura que os adultos desti<strong>na</strong>m aos mais jovens, para que estes<br />
conheçam tal “código” desde cedo e o incorporem (uma vez<br />
que ele é a base, é o fundamento que sustenta toda a construção<br />
social). (COELHO, 98 : ).<br />
Por maior que seja o interesse em “apresentar” a enorme diversidade de valores<br />
contida nesse “código”, devemos lembrar, contudo, às crianças e adolescentes, sob<br />
risco de levar para as escolas textos “panfletários”, de qualidade questionável, que a<br />
“Literatura deverá ser sempre, e acima de tudo, literatura... E, nesse caso, os valores<br />
[...] estarão participando de seu corpo literário transformados em sangue, isto é,<br />
imperceptíveis à superfície do texto” (ibid.: 0).<br />
Caberá então a educadores/as a tarefa de selecio<strong>na</strong>r textos de qualidade literária,<br />
ou seja, que cumpram a função de provocar reflexões, ao invés de serem textos<br />
de simples entretenimento, dos quais nos esquecemos alguns minutos após fecharmos<br />
suas pági<strong>na</strong>s – textos que tenham a capacidade de “arejar” o imaginário social,<br />
trazendo à luz toda a imensa gama de pensamentos, idéias e comportamentos, ensi<strong>na</strong>ndo<br />
às crianças e aos jovens a “serem cidadãos críticos ao invés de comportados”<br />
(GIROUX, apud SANTOS, 997: 87).<br />
Referências<br />
COELHO, Nelly Novaes. A literatura infantil: história, teoria, análise – das<br />
origens orientais ao Brasil de hoje. . ed. São Paulo: Quirón/Global, 98 .<br />
GODINHO, Marilene. Menino ama menino. Belo Horizonte: Armazém de<br />
Idéias, 000.