18.08.2013 Views

Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...

Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...

Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

dos sujeitos LGBTTT, daria garantias totais a esse grupo de cidadãos(ãs), hoje<br />

alijados de seus direitos pela inexistência de um recurso jurídico legal – embora<br />

“garantidos” pela esparsa jurisprudência.<br />

A regulamentação da lei de redesig<strong>na</strong>ção de sexo e mudança de registro civil<br />

para transexuais é outro ponto reivindicatório da agenda LGBTTT. Até o ano de<br />

997 era proibida no Brasil a cirurgia de mudança de sexo. Naquele ano, o Conselho<br />

Federal de Medici<strong>na</strong>, através da Resolução 48 /97, regulamentou as condições<br />

para a cirurgia transgenital e definiu aspectos legais e éticos, atrelando-a somente<br />

aos hospitais universitários (hospital-escola) a título de pesquisa científica, sem o<br />

caráter fi<strong>na</strong>nceiro. Hoje, após a cirurgia, processos judiciais específicos, visando à<br />

alteração do registro civil, permitem que transexuais obtenham nova carteira de<br />

identidade com nome adequado ao novo sexo e ao novo gênero.<br />

E <strong>sobre</strong> os Direitos Sexuais no âmbito da infância e da adolescência? O<br />

primeiro ponto seria o reconhecimento da existência de uma sexualidade infantil<br />

e o “direito à <strong>Educação</strong> <strong>Sexual</strong>” formal. Neste sentido, mesmo que reconheçamos<br />

que os cursos de formação de professores e professoras, de um modo geral, não<br />

habilitem, adequadamente tais profissio<strong>na</strong>is para o trabalho de educação sexual <strong>na</strong><br />

escola, a formação continuada pode e deve buscar suprir esta lacu<strong>na</strong>. O contexto<br />

escolar pode articular discussões que reflitam, a respeito de como a exclusão social<br />

da infância a da adolescência tem sido apontada, de forma mais enfatica, a partir<br />

da perspectiva da violência, seja ela econômica, física, emocio<strong>na</strong>l, moral, material.<br />

Mais especificamente associada às vivências da sexualidade, a vitimização sexual<br />

infanto-juvenil tem ocupado a mídia e alertado a humanidade para as situações<br />

sexuais como: exposição de seus corpos, submissão física, abuso sexual, pedofilia,<br />

pornografia, prostituição e turismo infantis. Estas temáticas, juntamente com o entendimento<br />

dos artigos da Declaração, podem estar presentes numa <strong>Educação</strong><br />

<strong>Sexual</strong> baseada <strong>na</strong> abordagem dos Direitos Sexuais.<br />

Os efeitos de um equívoco de tradução<br />

A Declaração dos Direitos Sexuais, desde sua aprovação, tem sido amplamente<br />

divulgada, impressa, discutida e utilizada por inúmeras/os profissio<strong>na</strong>is, <strong>sobre</strong>tudo<br />

do campo da educação, das políticas públicas de ações afirmativas para os<br />

grupos subordi<strong>na</strong>dos, em campos como a psicologia, a sociologia, a política etc. São<br />

inúmeros os sites (institucio<strong>na</strong>is ou particulares), bem como as publicações, que reproduzem<br />

a Declaração, aprovada em 999 e disponibilizada para todos/as a partir<br />

de uma tradução para o português do texto em inglês.<br />

307

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!