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Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...

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Janeiro, em Recife, São Paulo, Goiânia, Porto Alegre e Fortaleza e mais de<br />

44% em Maceió e Vitória;<br />

- pais de estudantes de sexo masculino que não gostariam que homossexuais<br />

fossem colegas de seus filhos: 7,4% no Distrito Federal, entre % e 9%<br />

em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, 47,9% em Belém, e entre 9 a<br />

0% em Fortaleza e Recife;<br />

- estudantes masculinos apontaram “bater em homossexuais” como o menos<br />

grave dos seis exemplos de uma lista de ações violentas (ABRAMOVAY et<br />

al., 004: 77- 04).<br />

Uma pesquisa <strong>sobre</strong> o perfil sociopolítico dos/as participantes da Parada do<br />

Orgulho GLTB <strong>na</strong> cidade do Rio de Janeiro, em 004, revelou, entre outras coisas,<br />

que a discrimi<strong>na</strong>ção de caráter homofóbico <strong>na</strong>s escolas “assume dimensões de uma<br />

epidemia grave quando as vítimas são muito jovens”: “Nada menos do que 40,4%<br />

dos adolescentes entre e 8 anos foram vítimas dessa experiência. Entre jovens<br />

de 9 e anos, , % referiram-se a discrimi<strong>na</strong>ções <strong>na</strong> escola ou <strong>na</strong> faculdade”<br />

(CARRARA e RAMOS, 00 : 80).<br />

É inegável a importância de novas sondagens para verificar, por exemplo,<br />

se tais cifras não poderiam apontar para cenários ainda mais dramáticos se os<br />

universos considerados fossem paisagens interiora<strong>na</strong>s, cidades situadas em regiões<br />

economicamente deprimidas, centros educacio<strong>na</strong>is de formação tecnológica<br />

e agrícola, entre outros. Seria necessário poder comparar as possíveis diferenças<br />

<strong>na</strong>s manifestações e nos efeitos da homofobia em escolas de periferia e de elite,<br />

em escolas públicas, confessio<strong>na</strong>is e militares, no sistema formal e informal de<br />

educação de adultos etc.<br />

Um meticuloso confronto com o panorama inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l também seria altamente<br />

recomendado. O crescente número de pesquisas realizadas em larga escala<br />

<strong>sobre</strong> juventudes LGBT em diversos países oferece não ape<strong>na</strong>s informações,<br />

mas metodologias de investigação e de atuação. Em muitos deles, organizam-se<br />

12 Outras pesquisas revelaram incidência igualmente elevada de homofobia <strong>na</strong>s escolas brasileiras. Na 8ª<br />

Parada Livre de Porto Alegre, em 2004, a escola compareceu em primeiro lugar como espaço de discrimi<strong>na</strong>ção<br />

contra LGBT. Cerca de 40% de jovens de 15 a 21 anos apontaram discrimi<strong>na</strong>ção por parte<br />

de docentes e colegas (KNAUTH et al., 2006). Em 2005, <strong>na</strong> 9ª Parada GLBT de São Paulo, 32,6% das<br />

pessoas (44,7% dos homens bissexuais) identificaram escola e faculdade como espaços de margi<strong>na</strong>lização<br />

e exclusão de LGBT e 32,7% sofreram discrimi<strong>na</strong>ção por parte de docentes ou colegas (CARRARA<br />

et al., 2006: 40-42). No mesmo ano, <strong>na</strong> 8ª Parada de Belo Horizonte, a escola figurou como a instituição<br />

com maior freqüência de manifestações homofóbicas: 34,5% declararam sofrer ali freqüentes ou eventuais<br />

discrimi<strong>na</strong>ções – a escola perde ape<strong>na</strong>s para espaços não-institucio<strong>na</strong>is: locais públicos e de diversão<br />

(PRADO et al., 2006: 54).

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