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Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a ...

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discussão. Nada deve ser feito “por baixo dos panos”, como se os assuntos<br />

que dizem respeito à vida sexual dos alunos fossem proibidos de ser discutidos.<br />

Há uma farta legislação nos níveis federal e estadual, inclusive<br />

no âmbito dos municípios, apoiando as iniciativas que visem discutir temas<br />

de sexualidade <strong>na</strong>s escolas.<br />

d) Dada a complexidade e o caráter polêmico das questões que envolvem<br />

a sexualidade, bem como a forte presença de movimentos sociais e a<br />

influência das igrejas neste assunto, recomenda-se que a escola busque<br />

parcerias para abordar estes temas. Estas parcerias podem ser feitas<br />

com ONGs, instituições de saúde, outras escolas, universidades, igrejas,<br />

movimentos sociais, empresas privadas etc. Mas a parceria não significa<br />

que a escola vai simplesmente abrir os portões para que outros venham<br />

abordar os temas. O trabalho em parceria pressupõe uma discussão e o<br />

estabelecimento de objetivos comuns, e a escola pode perfeitamente recusar<br />

certas propostas por razões pedagógicas, pois ela tem autonomia<br />

para isso. Não se trata de dizer “sim” a qualquer proposta de trabalho,<br />

mas de refletir como ela se integra nos objetivos da escola, verificando<br />

sua pertinência.<br />

e) Conforme já foi discutido acima, nem tudo o que é importante para<br />

o movimento social é pertinente ao ensino escolar, que tem suas especificidades,<br />

seus objetivos, suas limitações. O movimento social também<br />

precisa criar suas próprias instâncias de educação, e a escola pode<br />

ser parceira. Nem tudo precisa virar matéria escolar, matéria de aula, e<br />

acontecer <strong>na</strong> sala de aula. Podemos ter projetos em parceria por livre<br />

adesão dos alunos; podem ser atividades oferecidas no turno inverso<br />

ao das aulas, <strong>na</strong> forma de ofici<strong>na</strong>s ou grupos de discussão. A escola<br />

apóia, desig<strong>na</strong> um professor para acompanhar, mas não necessariamente<br />

as coisas precisam acontecer no horário escolar tradicio<strong>na</strong>l. E muito<br />

menos precisam ser obrigatórias para todos os alunos.<br />

f ) As questões que envolvem a diversidade sexual são complexas e exigem<br />

estudo por parte dos professores. Devemos lutar para ter acesso a<br />

materiais pedagógicos adequados, a cursos de formação, a participação<br />

em eventos que discutam os temas da sexualidade. Não devemos abordar<br />

nenhum tema de forma improvisada <strong>na</strong> escola. Escola é lugar de aprendizagens,<br />

e isto se faz de forma planejada.

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