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EIA CARAGUA-TAUBATE.pdf - Ibama

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GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA - TAUBATÉ<br />

Estudo de Impacto Ambiental - <strong>EIA</strong><br />

Volume 1/3<br />

Abril de 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

SUMÁRIO<br />

SUMÁRIO – VOLUME I<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

i ABRIL / 2006<br />

VOLUME 1/3<br />

1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................1<br />

2. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ...............2-1<br />

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DO EMPREENDEDOR .....2-1<br />

2.1.1 Denominação Oficial do Empreendimento ................................................2-1<br />

2.1.2 Identificação do Empreendedor..................................................................2-1<br />

2.1.3 Identificação da Empresa Consultora ........................................................2-2<br />

2.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.............................................2-3<br />

2.2.1 Apresentação.................................................................................................2-3<br />

2.2.2 Histórico ........................................................................................................2-5<br />

2.2.3 Justificativas..................................................................................................2-6<br />

2.2.4 Descrição do Empreendimento....................................................................2-9<br />

3. ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO..................................3-1<br />

3.1 GERAL ....................................................................................................................3-1<br />

3.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA DOS MEIOS FÍSICO E BIÓTICO ......3-1<br />

3.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA DO MEIO ANTRÓPICO ......................3-2<br />

3.4 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA ......................................................................3-3<br />

4. ANÁLISE DE ALTERNATIVAS................................................................................ .4-1<br />

4.1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................4-1<br />

4.2 METODOLOGIA DE SELEÇÃO DO TRAÇADO PREFERENCIAL.............4-1


4.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS ...........................................4-2<br />

4.3.1 Alternativa 1..................................................................................................4-3<br />

4.3.2 Alternativa 2..................................................................................................4-7<br />

4.3.3 Alternativa 3..................................................................................................4-9<br />

4.4 HIPÓTESE DE NÃO-EXECUÇÃO DO PROJETO .........................................4-10<br />

5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................... 5.A-1<br />

5.A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL ..................................................5.A-1<br />

5.B PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS PARA A REGIÃO .......5.B-1<br />

5.1 MEIO FÍSICO......................................................................................................5.1-1<br />

5.1.1 Aspectos Metodológicos ............................................................................5.1-1<br />

5.1.2 Climatologia .............................................................................................5.1-18<br />

5.1.3 Geologia, Sismicidade, Aspectos Hidrogeológicos,<br />

Paleontológicos e Espeleológicos ............................................................5.1-61<br />

5.1.4 Recursos Minerais .................................................................................5.1-100<br />

5.1.5 Geomorfologia........................................................................................5.1-107<br />

5.1.6 Solos e Capacidade de Uso das Terras ................................................5.1-114<br />

5.1.7 Geotecnia e Potencial de Risco Geológico-Geotécnico .......................5.1-139<br />

5.1.8 Recursos Hídricos..................................................................................5.1-161<br />

5.1.9 Interferências do Empreendimento com a AID ..................................5.1-188<br />

5.2 MEIO BIÓTICO ..................................................................................................5.2-1<br />

5.2.1 Aspectos Metodológicos ............................................................................5.2-1<br />

5.2.2 Vegetação..................................................................................................5.2-18<br />

5.2.3 Fauna ........................................................................................................5.2-45<br />

5.2.4 Unidades de Conservação, Áreas de Interesse Conservacionista e<br />

Corredores Ecológicos...........................................................................5.2-132<br />

5.2.5 Interferência da Vegetação na AID .....................................................5.2-137<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

SUMÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

ii ABRIL / 2006


5.3 MEIO ANTRÓPICO ...........................................................................................5.4-1<br />

5.3.1 Aspectos Metodológicos ...........................................................................5.3-1<br />

5.3.2 Dinâmica Populacional Regional ...........................................................5.3-10<br />

5.3.3 Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural..................................5.3-131<br />

5.3.4 Comunidades Indígenas, Quilombolas e Populações<br />

Tradicionais...........................................................................................5.3-135<br />

5.3.5 Caracterização da Área de Influência Direta (AID) ..........................5.3-138<br />

5.4 ANÁLISE AMBIENTAL INTEGRADA ...........................................................5.4-1<br />

5.4.1 Considerações Gerais ................................................................................5.4-1<br />

5.4.2 A Análise Integrada...................................................................................5.4-1<br />

5.4.3 Mapa de Sensibilidade Ambiental ...........................................................5.4-4<br />

5.4.4 Mapa de Pontos Notáveis........................................................................5.4-12<br />

6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ..................6-1<br />

6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS................................................................................6-1<br />

6.2 ASPECTOS METODOLÓGICOS........................................................................6-2<br />

6.3 IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS INTERFACES ENTRE O<br />

MEIO AMBIENTE E O PROJETO .....................................................................6-8<br />

6.4 ANÁLISE.................................................................................................................6-9<br />

6.4.1 Impactos sobre o Meio Físico ......................................................................6-9<br />

6.4.2 Impactos sobre o Meio Biótico ..................................................................6-18<br />

6.4.3 Impactos sobre o Meio Antrópico .............................................................6-24<br />

6.5 SÍNTESE CONCLUSIVA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ..........................6-41<br />

7. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS<br />

DE CONTROLE E MONITORAMENTO...................................................................7-1<br />

7.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS................................................................................7-1<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

SUMÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

iii ABRIL / 2006


7.2 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ...............................................................7-3<br />

7.2.1 Justificativas..................................................................................................7-3<br />

7.2.2 Objetivos........................................................................................................7-4<br />

7.2.3 Procedimentos Metodológicos .....................................................................7-4<br />

7.3 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL....................................................7-6<br />

7.3.1 Justificativas..................................................................................................7-6<br />

7.3.2 Objetivos........................................................................................................7-7<br />

7.3.3 Público-Alvo..................................................................................................7-8<br />

7.3.4 Procedimentos Metodológicos .....................................................................7-8<br />

7.3.5 Inter-Relação com Outros Planos e Programas.......................................7-11<br />

7.3.6 Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos ......................7-11<br />

7.3.7 Recursos Necessários..................................................................................7-12<br />

7.3.8 Cronograma Físico .....................................................................................7-12<br />

7.3.9 Acompanhamento e Avaliação ..................................................................7-12<br />

7.4 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL.................................................7-12<br />

7.4.1 Justificativas................................................................................................7-12<br />

7.4.2 Objetivos......................................................................................................7-13<br />

7.4.3 Público-Alvo................................................................................................7-13<br />

7.4.4 Procedimentos Metodológicos ...................................................................7-14<br />

7.4.5 Inter-Relação com Outros Programas......................................................7-17<br />

7.4.6 Atendimento a Requisitos Legais ..............................................................7-17<br />

7.4.7 Recursos Necessários..................................................................................7-17<br />

7.4.8 Cronograma Físico .....................................................................................7-18<br />

7.4.9 Acompanhamento e Avaliação ..................................................................7-18<br />

7.5 PROGRAMAS DE APOIO À LIBERAÇÃO DA FAIXA DE SERVIDÃO .....7-18<br />

7.5.1 Programa de Prospecção Arqueológica....................................................7-18<br />

7.5.2 Programa de Educação Patrimonial.........................................................7-23<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

SUMÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

iv ABRIL / 2006


7.5.3 Programa para Estabelecimento da Faixa de Servidão<br />

Administrativa e de Indenizações .............................................................7-27<br />

7.5.4 Programa de Supressão de Vegetação......................................................7-34<br />

7.5.5 Programa de Salvamento de Germoplasma.............................................7-39<br />

7.5.6 Programa de Gestão de Interferências com as Atividades de<br />

Mineração....................................................................................................7-42<br />

7.6 PROGRAMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DAS OBRAS...................7-45<br />

7.6.1 Programa de Controle de Processos Erosivos..........................................7-45<br />

7.6.2 Programa de Recuperação de Áreas Degradadas ...................................7-48<br />

7.6.3 Plano Ambiental para a Construção – PAC ............................................7-53<br />

7.7 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO DO EMPREENDIMENTO ..........7-98<br />

7.7.1 Programa de Gerenciamento de Risco/Plano de Ação de Emergência .7-98<br />

7.7.2 Programa de Monitoramento da Fauna e da Flora...............................7-104<br />

8. CONCLUSÕES.............................................................................................8-1<br />

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................9-1<br />

9.1 MEIO FÍSICO.........................................................................................................9-1<br />

9.2 MEIO BIÓTICO .....................................................................................................9-7<br />

9.3 MEIO ANTRÓPICO ............................................................................................9-25<br />

9.4 GERAL ..................................................................................................................9-33<br />

10. GLOSSÁRIO ...................................................................................................10-1<br />

11. EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................11-1<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

SUMÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

v ABRIL / 2006


ANEXO A - MAPAS TEMÁTICOS<br />

01 – LOCALIZAÇÃO E ACESSOS<br />

02 – ÁREAS DE INFLUÊNCIA<br />

03 – ALTERNATIVAS LOCACIONAIS<br />

04 – GEOLOGIA<br />

05 – GEOMORFOLOGIA<br />

06 – SOLOS<br />

07 – SUSCETIBILIDADE À EROSÃO<br />

08 – CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS<br />

09 – PROCESSOS MINERÁRIOS<br />

10 – GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO E DE ÁREAS DE RISCO<br />

11 – RECURSOS HÍDRICOS<br />

12 – VEGETAÇÃO, USO E OCUPAÇÃO DAS TERRAS<br />

13 – UNIDADES DE CONSERVAÇÃO<br />

14 – PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS<br />

15 – SENSIBILIDADE AMBIENTAL<br />

16 – CARTA IMAGEM DA AII<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

SUMÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

vi ABRIL / 2006<br />

VOLUME 2/3<br />

ANEXO B - ÁREA DE INFUÊNCIA INDIRETA – ORTOFOTOCARTA 1:25.000<br />

(com detalhes em 1:8.000, permitindo visualização até 1:3.000, em meio<br />

digital)<br />

ANEXO C - ÁREAS SENSÍVEIS (AID) – MOSAICO 1:8.000<br />

ANEXO D - PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL<br />

ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS<br />

VOLUME 3/3


1. APRESENTAÇÃO<br />

Este documento constitui o Estudo de Impacto Ambiental – <strong>EIA</strong> associado ao processo de<br />

licenciamento do Gasoduto Caraguatuba–Taubaté, protocolado pela PETROBRAS no Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA em 28/07/2005, sob<br />

o número 9683. A implantação desse empreendimento no Estado de São Paulo é parte do plano<br />

de expansão de gasodutos da PETROBRAS, especificamente da Malha Sudeste, e deverá<br />

interligar a Unidade de Tratamento de Gás (UPG) de Caraguatatuba–Taubaté à Estação de<br />

Compressão de Taubaté, no município de Taubaté.<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté tem por finalidade escoar o gás natural produzido no<br />

Campo de Mexilhão e adjacências, localizado na Bacia de Santos, além de contribuir para<br />

ampliar a malha de dutos dos Estados do Sudeste brasileiro, otimizar a distribuição e atender<br />

à crescente demanda por gás natural nas suas mais diferentes modalidades de uso — do<br />

consumo doméstico à produção de energia, servindo também como fonte de combustível<br />

alternativo veicular.<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté terá cerca de 94km de extensão e deverá atravessar 6<br />

(seis) municípios do Estado de São Paulo. Segundo os prazos predeterminados pela ANP, seu<br />

horizonte de implantação deverá alcançar o mês de outubro de 2008 para conclusão das obras<br />

e início de operação.<br />

Este Estudo de Impacto Ambiental (<strong>EIA</strong>) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental<br />

(RIMA) foram elaborados pela empresa BIODINÂMICA Engenharia e Meio Ambiente Ltda.,<br />

contratada pela PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A. para realizar o diagnóstico da área<br />

de implantação do empreendimento e proceder à análise ambiental de sua inserção na região.<br />

O <strong>EIA</strong> é composto por 3 (três) volumes: um com o texto principal (volume 1/3) e, o segundo,<br />

com as cartas-imagens e os mapas temáticos (volume 2/3). Em um terceiro volume (3/3),<br />

apresenta-se o Estudo de Análise de Risco, que foi elaborado pela EIDOS do Brasil Ltda.<br />

O Mapa 01 – Localização e Acessos, apresentado no Anexo A do Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>, ilustra<br />

a macro-localização do empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

APRESENTAÇÃO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

1 ABRIL / 2006


A seqüência de apresentação do <strong>EIA</strong>, neste Volume 1/3, foi concebida de forma a atender à<br />

ordem do Termo de Referência – TR (<strong>EIA</strong>/RIMA) emitido pelo IBAMA. Dessa forma, este<br />

documento está organizado com onze seções, além desta, de “Apresentação”. Na segunda<br />

seção, tem-se a identificação do empreendimento e do empreendedor, incluindo também a<br />

empresa consultora que elaborou os estudos ambientais, e a caracterização do<br />

empreendimento. Nas outras seções, há a definição das áreas de influência (Seção 3), a<br />

análise de alternativas (Seção 4), os diagnósticos físico, biótico e socioeconômico (Seção 5),<br />

incluindo a legislação aplicável e os planos e programas governamentais para a região, a<br />

indicação dos impactos ambientais com suas respectivas medidas compensatórias e/ou<br />

mitigadoras (Seção 6), os planos e programas ambientais recomendados (Seção 7), as<br />

conclusões (Seção 8), as referências bibliográficas (Seção 9), um glossário (Seção 10) e a<br />

equipe técnica que realizou os estudos (Seção 11). Deve-se destacar que se procedeu,<br />

também, a uma análise de sensibilidade ambiental, apresentada na subseção 5.4 – Análise<br />

Integrada.<br />

O Relatório de Impacto Ambiental – RIMA é apresentado em um documento específico, de<br />

forma sucinta e objetiva, reunindo as principais análises e conclusões do <strong>EIA</strong>, como exige a<br />

legislação. O RIMA foi elaborado com linguagem clara e acessível, possibilitando a leitura e<br />

a compreensão a todos os que se interessarem pelos estudos ambientais do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

APRESENTAÇÃO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

2 ABRIL / 2006


2. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DO EMPREENDEDOR<br />

2.1.1 DENOMINAÇÃO OFICIAL DO EMPREENDIMENTO<br />

O empreendimento em estudo, que deverá ser implantado da UTGCA – Unidade de<br />

Tratamento de Gás de Caraguatatuba, no município de mesmo nome, no Estado de São Paulo,<br />

à futura Estação de Compressão de Taubaté, no município de Taubaté, no Estado de São<br />

Paulo, é denominado Gasoduto Caraguatatuba – Taubaté.<br />

2.1.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR<br />

Nome: Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRAS<br />

ENGENHARIA/IETEG/IESE<br />

CNPJ: 33.000.167/0016-98.<br />

N o de registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou<br />

Utilizadoras de Recursos Ambientais: 1014666.<br />

Endereço: Rua Sebastião de Souza , 205, 4o Andar – Centro – Campinas - SP<br />

CEP: 13013-910<br />

Telefone: 0XX-(19)-3739-2000<br />

Fax: 0XX- (19)-3739-2001<br />

Representante Legal: JOSE BERNARDINO<br />

CPF: 160 146 856 34<br />

Endereço: Rua Sebastião de Souza , 205 4o Andar – Centro – Campinas - SP<br />

CEP: 13013-910<br />

Telefone: 0XX-(19)-3739-2066<br />

Fax: 0XX- (19)-3739-2001<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

2-1 ABRIL / 2006


e-mail: jbernardino@petrobras.com.br<br />

E-mail: nome@petrobras.com.br<br />

Pessoa de Contato: JOÃO DO CARMO DE SOUZA<br />

CPF: 314.117.116-53<br />

Endereço: Rua Sebastião de Souza , 205, 4 o Andar – Centro – Campinas - SP<br />

CEP: 13013-910<br />

Telefone: 0XX-(19)-3739-2033<br />

Fax: 0XX- (19)-3739-2001<br />

E-mail: souzac@petrobras.com.br<br />

2.1.3 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA<br />

Nome: BIODINÂMICA Engenharia e Meio Ambiente Ltda.<br />

Inscrição Municipal: 01.754.270<br />

CNPJ: 00.264.625/0001–60<br />

Endereço: Avenida Marechal Câmara, 186, 3 o andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ<br />

CEP.: 20020-080<br />

Tel.: (21) 2524-5699<br />

Fax: (21) 2240-2645<br />

E-mail: central@biodinamica.bio.br<br />

Responsável Técnico pelo <strong>EIA</strong>/RIMA: Engenheiro Civil Edson Nomiyama<br />

CPF: 895.553.178-87<br />

Nº Registro CREA SP: 100.641<br />

Endereço: Av. Marechal Câmara, 186, 3 o andar, Centro, Rio de Janeiro - RJ<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

2-2 ABRIL / 2006


CEP 20020-080<br />

Tel.: (21) 2524-5699<br />

Fax: (21) 2240-2645<br />

E-mail: edson@biodinamica.bio.br<br />

2.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

2.2.1 APRESENTAÇÃO<br />

a. Objetivos<br />

O objetivo do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté é escoar o gás natural do Campo de<br />

Mexilhão e adjacências, situado na Bacia de Santos, a partir da instalação de tratamento de<br />

gás natural e de condensado a ser implantada no município de Caraguatatuba, denominada<br />

UTGCA – Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba, até o município de Taubaté,<br />

onde encontrará a futura Estação de Compressão de Taubaté, próxima ao entroncamento<br />

dos Gasodutos Campinas–Rio de Janeiro e GASPAL, integrantes da Malha Sudeste, cujo<br />

suprimento será aumentado com o novo empreendimento.<br />

O empreendedor propõe-se a alcançar esse objetivo por meio de um projeto moderno e<br />

eficaz, através da utilização de tecnologias de sistemas automatizados, em conformidade<br />

com a atual política de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde da PETROBRAS.<br />

b. Cronograma<br />

A implantação do empreendimento deverá seguir a programação discriminada no cronograma<br />

apresentado no Quadro 2-1, a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

2-3 ABRIL / 2006


ITEM ATIVIDADE<br />

1 Mobilização<br />

2 Locação e abertura da faixa<br />

3 Investigação do solo<br />

4 Locação da vala<br />

5 Desfile de tubos<br />

6 Soldagem de tubos<br />

7 Inspeção e reparos de soldas<br />

8 Revestimento de juntas<br />

9 Abertura de vala<br />

10 Abaixamento de tubos e cobertura<br />

11 Concretagem de tubos<br />

12 Obras especiais<br />

13 Teste hidrostático<br />

14 Montagem de scrapers<br />

15 Conclusão mecânica<br />

16 Recomposição da faixa<br />

17 Pré-operação<br />

18 Operação<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 2-1 - Cronograma Sintético de Implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

PROJETO: GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA - TAUBATÉ<br />

- CRONOGRAMA FÍSICO DA CONSTRUÇÃO E MONTAGEM -<br />

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

MESES<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–4 ABRIL / 2006


2.2.2 HISTÓRICO<br />

Com vistas a minimizar projetados riscos de déficits de energia elétrica e aumentar a<br />

participação do gás natural na Matriz Energética Brasileira, para 12%, até 2010<br />

(PETROBRAS/IENE, s. d.), o Ministério das Minas e Energia estabeleceu, em 2000, o<br />

Programa Prioritário de Termeletricidade – PPT, através do Decreto n o . 3371, de<br />

24/02/2000, prevendo a instalação de 54 usinas termelétricas a gás natural, que<br />

necessitariam de um suprimento de cerca de 40.000.000m 3 /dia (BRASIL, 2000),<br />

considerando a totalidade da potência instalada programada para essas usinas. No entanto,<br />

atualmente, o principal objetivo é garantir o suprimento ao setor industrial. O gás natural<br />

atenderá à indústria, ao comércio, a veículos, a residências e a termelétricas. Com as<br />

descobertas recentes de reservas de gás, a Petrobras já tem reservas suficientes para o<br />

crescimento da indústria de gás. Falta levar esse gás até os grandes consumidores, que serão<br />

atendidos com a expansão da rede de distribuição, bem como massificar o uso do gás<br />

natural em projetos de co-geração de energia e vapor e geração distribuída, para processos<br />

de aquecimento e refrigeração. Além disso, com vistas à melhoria da qualidade do ar nos<br />

grandes centros urbanos, é pretendida a substituição de óleo diesel pelo gás natural, menos<br />

poluente, e a participação da sua utilização como matéria-prima para a indústria<br />

petroquímica. Essas demandas tornam necessária a expansão da malha dutoviária brasileira<br />

e o aumento de seu suprimento, hoje muito dependente do gás importado da Bolívia, via<br />

Gasoduto Bolívia–Brasil.<br />

O Plano Estratégico da PETROBRAS 2015 enfatiza, em uma de suas Estratégias de<br />

Negócios, a necessidade de "Desenvolver a Indústria de Gás Natural, buscando assegurar a<br />

colocação do gás natural, atuando de forma integrada com as demais unidades da Companhia,<br />

em toda a cadeia produtiva no Brasil e demais países do Cone Sul".<br />

Assim, investimentos estão sendo direcionados para uma jazida de gás situada offshore na<br />

Bacia de Santos, o Campo de Mexilhão. Esse Campo, descoberto em agosto de 2003, na área<br />

do Bloco BS-400, é a maior reserva brasileira de gás natural não-associado, com reservas<br />

estimadas de 400 bilhões de m 3 , e deverá ser o primeiro empreendimento dessa natureza<br />

desenvolvido pela PETROBRAS, cujo início de produção está previsto para 2008.<br />

O desenvolvimento do Campo de Mexilhão e de seu sistema de produção e escoamento de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–5 ABRIL / 2006


gás natural inclui plataforma de produção, duto de escoamento até o continente, unidade de<br />

tratamento de gás e gasoduto de transporte. O empreendimento aqui analisado é o gasoduto de<br />

transporte.<br />

Desde a concepção do empreendimento, a PETROBRAS iniciou um estudo de alternativas de<br />

traçado, o qual será descrito detalhadamente na Seção 4, seguindo as normas de projeto de<br />

dutos terrestres nacionais e internacionais.<br />

Em 2005, a PETROBRAS iniciou o processo de licenciamento ambiental do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté, do qual este <strong>EIA</strong> é parte integrante. O processo foi iniciado mediante<br />

a solicitação da Licença Prévia ao IBAMA, para uma primeira alternativa de traçado,<br />

considerada ainda uma versão conceitual.<br />

Em seguida, foram avaliadas outras alternativas de traçado, levando-se em consideração os<br />

impactos ambientais previamente inventariados a partir de um estudo ambiental realizado pela<br />

PETROBRAS na área de abrangência do empreendimento. Os resultados desse estudo,<br />

juntamente com as características técnicas do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, foram<br />

apresentados ao IBAMA. A seguir, o IBAMA emitiu o Termo de Referência para a<br />

elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental<br />

(<strong>EIA</strong>/RIMA), baseando-se nas características e informações específicas para o Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté.<br />

2.2.3 JUSTIFICATIVAS<br />

a. Técnicas e Econômicas<br />

Praticamente em todos os países do mundo, tem sido incentivado o uso de fontes alternativas<br />

no atendimento às demandas energéticas. Com isso, o gás natural vem a ser,<br />

reconhecidamente, uma importante alternativa ao suprimento dessas demandas e ao apoio à<br />

resolução das questões técnico-econômicas, além das questões ambientais atuais.<br />

No Brasil, essa postura também tem sido adotada pelo Setor Elétrico, fazendo-se notar pelas<br />

significativas mudanças da política energética nacional que, sistematicamente, têm estimulado<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–6 ABRIL / 2006


a substituição do petróleo importado e a conservação de energia, a fim de minimizar tanto os<br />

impactos sobre a economia brasileira como os ambientais sobre os ecossistemas em geral.<br />

Dentre as mudanças promovidas, principalmente a partir de 1997, podem-se citar as<br />

institucionais que ocorreram no Setor de Petróleo e Gás Natural do País, promovidas pelo<br />

Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, tendo sido definidos, a partir desse ano, os<br />

princípios e objetivos da política energética nacional, os quais são resumidos a seguir.<br />

• Preservação do interesse nacional, promoção do desenvolvimento econômico e<br />

incremento da competitividade do setor industrial nacional.<br />

• Proteção do interesse do consumidor, notadamente com relação à garantia de<br />

fornecimento.<br />

• Proteção e conservação ambiental.<br />

• Aumento do consumo de gás natural.<br />

• Adoção de soluções técnico-econômico-ambientais integradas para o suprimento de<br />

energia elétrica, incluindo-se o uso de fontes alternativas.<br />

• Criação de condições para a entrada de novos agentes de desenvolvimento no mercado.<br />

Vale salientar que essa política vem sendo implementada pela Agência Nacional do Petróleo<br />

– ANP, instituição especialmente criada para esse fim. Nesse sentido, alguns aspectos podem<br />

ser destacados, a seguir, com relação ao mercado e ao uso do gás natural.<br />

• A demanda de gás natural no Brasil registrou um crescimento de 27,23% de outubro de<br />

2004 a outubro de 2005 (BRASIL ENERGIA, 2005). Atualmente, são consumidos cerca<br />

de 38 milhões de metros cúbicos de gás por dia, havendo um grande potencial estimado de<br />

aumento dessa demanda.<br />

• Entre 1999 e 2002, as importações de gás natural cresceram mais de 13 vezes, passando<br />

de 400 milhões para 5.411 bilhões de metros cúbicos (ANP), sendo, praticamente, todas<br />

efetuadas por meio de gasodutos.<br />

• O País dispõe de uma infra-estrutura significativa de transporte de gás natural, equivalente<br />

a 6.200km de gasodutos (GasNet, 2005), e a intenção é de, nos próximos 3 anos, ampliá-la<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–7 ABRIL / 2006


em cerca de 4.000km, chegando a aproximadamente 10.000km de gasodutos cruzando o<br />

País de norte a sul.<br />

Considerando esses aspectos e o objetivo de reforçar o suprimento da Malha Sudeste, descrito<br />

anteriormente, o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté justifica-se técnica e economicamente pela<br />

logística de transporte de gás natural na região, a partir da Unidade de Tratamento de Gás de<br />

Caraguatatuba, situada no município de mesmo nome, no Estado de São Paulo, até a futura<br />

Estação de Compressão de Taubaté.<br />

b. Sociais<br />

A implantação de um empreendimento do porte do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté se<br />

reveste de importância social para a Região Sudeste e para o Brasil, desde a fase de<br />

construção até a de operação. Os benefícios sociais decorrentes do aumento da oferta de<br />

empregos na região e a geração de demanda por serviços ao longo dos municípios<br />

atravessados — com conseqüente incremento na arrecadação de impostos — são sentidos na<br />

etapa de construção. Durante a operação, ao longo de seus, pelo menos, 20 anos de vida útil, o<br />

Gasoduto trará benefícios sociais diretos e indiretos para as populações da Região Sudeste,<br />

tendo em vista que o gás transportado possibilitará a implantação de empreendimentos que<br />

utilizem gás natural, que gerem empregos e renda e, em última análise, propiciem melhorias<br />

da qualidade de vida, pela substituição da queima de outros combustíveis mais poluentes do<br />

que o gás natural.<br />

c. Locacionais<br />

As justificativas locacionais para a seleção do corredor do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

estão detalhadamente apresentadas na Seção 4, deste <strong>EIA</strong>.<br />

d. Ambientais<br />

O gás natural é um combustível cujas características permitem uma redução da poluição, se<br />

usado em substituição a outros, notadamente óleo, carvão e lenha.<br />

O gás natural oferece, por isso, uma resposta às preocupações do mundo moderno, relativas à<br />

proteção do meio ambiente e à melhoria da qualidade de vida nos centros urbanos. Sua<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–8 ABRIL / 2006


crescente utilização deverá contribuir para uma redução sensível nas taxas de poluição nas<br />

cidades, evitando danos ao meio ambiente e à saúde das populações.<br />

Em vista disso, o uso do gás natural está sendo considerado, cada vez mais, uma alternativa<br />

adequada para resposta técnica e econômica aos problemas de poluição. As aplicações para<br />

esse fim são bastante diversificadas, abrangendo as seguintes formas:<br />

• uso direto do gás em instalações industriais, particularmente em olarias, cerâmicas e<br />

usinas de cana de açúcar;<br />

• substituição de combustíveis em instalações industriais, domésticas ou de geração<br />

elétrica;<br />

• como combustível automotivo em carros, caminhões e ônibus;<br />

• como matéria-prima na indústria petroquímica;<br />

• na incineração de solventes provenientes da aplicação e secagem das tintas nas indústrias<br />

automobilísticas, de móveis, gráficas etc. A reação é completa, e os produtos da<br />

combustão se resumem a água, CO2 e energia. O calor recuperado é geralmente usado<br />

para produzir vapor ou aquecer locais de trabalho. Essa aplicação recente permite<br />

economia de 20 a 30% de energia.<br />

A certeza de uma disponibilidade maior estimulará o desenvolvimento de tecnologias que<br />

aumentem a eficiência do uso do gás natural, incluindo-se a substituição de combustíveis<br />

usados anteriormente, como o carvão vegetal, aplicado como fonte de energia em vários<br />

processos industriais, contribuindo para a conservação de florestas naturais, bem como para a<br />

diminuição da poluição atmosférica.<br />

2.2.4 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

a. Características Técnicas e Locacionais<br />

(1) Traçado Básico Proposto<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, com extensão total de 94,100km, iniciar-se-á na área da<br />

UTGCA, no município de Caraguatatuba, no Estado de São Paulo, seguindo sua linha-tronco<br />

inicialmente por um trecho de 65,000km em faixa nova, com 20m de largura, até encontrar a<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–9 ABRIL / 2006


faixa do Gasoduto GASPAL 22”, que também compartilha a faixa com os oleodutos OSVAT<br />

16”, OSVAT 22”, OSVAT 24” e OSVAT 34”, nas proximidades da REVAP, no município<br />

de São José dos Campos, nessa faixa percorrendo 0,580km. Daí, compartilhando a faixa do<br />

Gasoduto GASPAL 22”, já compartilhada pelo Oleoduto OSRIO 16”, seguirá, por 25,920km.<br />

Daí, na mesma faixa do Gasoduto GASPAL 22”, a compartilhará com o Oleoduto OSRIO 16”<br />

e com o Gasoduto Campinas–Rio de Janeiro (GASRIO 28”), por 2,600km, até a futura<br />

Estação de Compressão de Taubaté, no município de mesmo nome, onde terminará. Os<br />

municípios que serão atravessados pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté estão listados no<br />

Quadro 2-2, a seguir.<br />

Quadro 2-2 – Municípios Atravessados Pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ESTADO MUNICÍPIO<br />

Caraguatatuba<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

SÃO PAULO<br />

São José dos Campos<br />

Caçapava<br />

Taubaté<br />

Além da linha-tronco propriamente dita, o objeto do licenciamento inclui uma Estação de<br />

Compressão (ECOMP Taubaté), situada junto à Estação de Transferência de Custódia<br />

Taubaté (ETC Taubaté), prevista no projeto do Gasoduto Campinas–Rio de Janeiro. Essa<br />

ETC deverá contemplar a medição operacional entre os Gasodutos Caraguatatuba–Taubaté,<br />

GASPAL 22” e Campinas–Rio de Janeiro (GASRIO 28”), bem como abrigará um conjunto<br />

de alinhamentos que proverão flexibilidade operacional ao sistema de transporte de gás<br />

natural.<br />

O esquema apresentado a seguir mostra a configuração do sistema, em que as instalações<br />

representadas em vermelho compõem o escopo do licenciamento. As instalações<br />

representadas em preto referem-se às existentes ou em construção.<br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–10 ABRIL / 2006


(2) Características do Produto<br />

A composição normal do gás a ser transportado, e algumas de suas características físicas estão<br />

apresentadas no Quadro 2-3, a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 2-3 - Características Físicas e Químicas do Gás<br />

% mol de CO2<br />

% mol de N2<br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

0,22<br />

0,40<br />

% mol de Metano 92,11<br />

% mol de Etano 4,94<br />

% mol de Propano 1,71<br />

% mol de i-Butano 0,24<br />

% mol de Butano 0,30<br />

% mol de i-Pentano 0,040<br />

% mol de Pentano 0,030<br />

% mol de Hexano 0,010<br />

Temperatura (°C) 42<br />

Pressão (kPag) 10002,5<br />

Fração Vapor (p/p) 1,000<br />

Peso Molecular PM 17,6<br />

Densidade (kg/m 3 ) 78,49<br />

Viscosidade (cP) 0,014<br />

Fonte: PETROBRAS, 2005.<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–11 ABRIL / 2006


(3) Condições Operacionais<br />

O projeto do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté está sendo concebido para as condições de<br />

processo e especificações técnicas descritas no Quadro 2-4, apresentado a seguir.<br />

Quadro 2-4 - Características Técnicas do Gasoduto Caraguatatuba - Taubaté<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DISCRIMINAÇÃO CARACTERÍSTICAS<br />

Diâmetro do duto 28”<br />

Extensão progressiva 94,6km<br />

Produto transportado Gás natural<br />

Especificação do material da tubulação Aço-carbono API 5LX70<br />

Espessura mínima da parede do duto 0,469”<br />

Vazão máxima (1 atm e 20 o C) 20 x 10 6 m 3 / dia<br />

Pressão de projeto (kgf/cm 2 ) 100<br />

Prazo de construção (meses) 18<br />

Vida útil (anos) 20<br />

Fonte: PETROBRAS, 2005.<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, com tubulação de 28”, deverá ser enterrado em quase<br />

toda a sua extensão de aproximadamente 94km, a uma profundidade mínima de 1,00m da<br />

superfície, exceto em trechos rochosos, onde será admitida uma profundidade de 60cm, e num<br />

trecho de cruzamento do Parque Estadual da Serra do Mar onde, ao longo de cerca de 5,7km,<br />

o duto será instalado dentro de um túnel.<br />

O sistema está dimensionado para transportar 20 milhões de metros cúbicos por dia, referidos<br />

a 1 atmosfera e a 20 0 C. Esse valor corresponde à vazão máxima, considerando a pressão<br />

máxima de trabalho do Gasoduto, de 100kgf/cm 2 .<br />

A tubulação será de aço-carbono, de acordo com a especificação API 5LX70. A espessura<br />

nominal da parede do duto não será inferior a 0,469”. O duto terá revestimento anticorrosivo<br />

externo de polietileno extrudado em tripla camada, e interno em resina epóxi, obedecendo ao<br />

disposto na norma API RP 5L2. As juntas soldadas serão revestidas externamente com mantas<br />

termocontráteis.<br />

(4) Principais Sistemas e Instalações<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté será dotado de um Sistema de Proteção Catódica para<br />

todos os seus trechos enterrados, cujo objetivo é complementar a prevenção à corrosão<br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–12 ABRIL / 2006


provida por seu revestimento externo (PE3L). O Sistema de Proteção Catódica será<br />

constituído pelos componentes listados a seguir.<br />

• Conjuntos de retificador e leito de anodos, compostos por equipamentos do tipo manual<br />

ou automático dimensionado para a capacidade de injeção de corrente do retificador e<br />

vida útil de 20 anos.<br />

• Juntas de isolamento elétrico do tipo monobloco, instaladas nas extremidades do duto nos<br />

lançadores e recebedores de pig, antes do ponto de enterramento, destinadas a evitar a<br />

fuga da corrente de proteção catódica pelos suportes dos trechos aéreos e de outros<br />

aterramentos elétricos.<br />

• Pontos de teste destinados à medição dos potenciais eletroquímicos ao longo da tubulação,<br />

localizados, principalmente, nas juntas isolantes, travessias de grandes rios e áreas<br />

alagadas e nos cruzamentos com ferrovias e com dutos de terceiros. Dois conjuntos de<br />

quatro provadores de teste estão previstos no Km 2,89 e no Km 36,96.<br />

• Equipamentos e dispositivos de drenagem elétrica para controle das interferências das<br />

linhas de transmissão de energia elétrica.<br />

No Gasoduto, serão instaladas válvulas de bloqueio intermediárias automáticas (SDV) para<br />

reduzir o inventário de gás lançado para a atmosfera, em caso de um vazamento.<br />

Os atuadores serão dotados de pilotos para fechamento da válvula, em caso de baixa pressão<br />

no duto ou alta velocidade de queda de pressão.<br />

As válvulas serão aéreas, flangeadas e dotadas de by-pass com 8” de diâmetro nominal para<br />

instalação de dispersores, que serão utilizados caso seja necessário despressurizar trechos do<br />

Gasoduto.<br />

As válvulas de bloqueio (SDV) serão instaladas nos locais mostrados no Quadro 2-5, a<br />

seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–13 ABRIL / 2006


Quadro 2-5 - Localização das Válvulas de Bloqueio<br />

VÁLVULA (SDV) MUNICÍPIO LOCALIZAÇÃO (Km)<br />

Fonte: PETROBRAS, 2006.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

01 Caraguatatuba 0,0<br />

02 Paraibuna 8,09<br />

03 Paraibuna 29,52<br />

04 Jambeiro 50,54<br />

05 São José dos Campos 65,78<br />

06 Caçapava 81,33<br />

07 Taubaté 94,09<br />

O duto terá um sistema de lançamento e recebimento de pigs, para sua limpeza e inspeção<br />

interna. Os pigs são introduzidos no duto, impulsionados pelo próprio gás natural. Conforme<br />

a finalidade, podem ser calibradores, para detectar eventuais reduções no diâmetro interno do<br />

duto; de limpeza interna do duto; instrumentado, destinado à inspeção da geometria do tubo, à<br />

detecção da perda de material da parede e de trincas, além de outros defeitos e não-<br />

conformidades do duto.<br />

Está prevista estação de lançador de pigs na saída da UTGCA e uma estação de recebedor em<br />

Taubaté. As áreas do lançador e do recebedor deverão ser providas de bacia de contenção em<br />

concreto/alvenaria, dotadas de tubulação de drenagem para líquidos ou águas pluviais com<br />

válvula de bloqueio e caixa de coleta. Os tampões do lançador e do recebedor deverão ser<br />

providos de dispositivos de segurança que impeçam a sua abertura enquanto estiverem sendo<br />

pressurizados, sendo equipados com sistema de fecho bipartido. Internamente, o lançador e o<br />

recebedor deverão ser providos de camisas perfuradas, de forma a possibilitar a utilização de<br />

pigs do tipo espuma na linha. O lançador e o recebedor deverão dispor de detectores de<br />

passagem de pigs com tecnologia ultra-sônica, do tipo intrusivo. Deverão, também, ser<br />

providos de válvulas do tipo esfera na entrada e na saída, com atuadores pneumáticos, apenas<br />

com acionamento local e indicação remota de posição (ABERTA/FECHADA), tendo o<br />

próprio gás natural processado como fluido de trabalho. As válvulas de bypass do lançador e<br />

do recebedor de pigs deverão contar com acionamento local e remoto, com indicação remota<br />

de posição (ABERTA/FECHADA) e da condição de operação (LOCAL/REMOTA).<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté será provido de uma Estação de Compressão, a ECOMP<br />

de Taubaté, que comprimirá o gás a ser transferido ao Gasoduto Campinas–Rio de Janeiro. O<br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–14 ABRIL / 2006


combustível para os compressores será o próprio gás residual transportado e será projetada<br />

com número de unidades que permita modularização. A capacidade máxima inicial será de<br />

15MMm³/d, podendo ser reduzida em função da curva de produção do campo de Mexilhão.<br />

No entanto, o layout do projeto deverá prever espaço físico que possibilite a instalação de<br />

mais duas unidades compressoras em paralelo com as existentes. Os manifolds também<br />

deverão ser projetados com esperas para essa expansão.<br />

A ECOMP será dotada de sistemas de utilidades para operar de forma autônoma e<br />

independente, tais como sistema de gás combustível, energia elétrica — proveniente da rede<br />

pública e de geração própria, ar comprimido, telecomunicações e água de make-up, entre<br />

outros.<br />

O sistema de geração de energia elétrica deverá permitir modulação, de forma a atender a<br />

diferentes níveis de demanda.<br />

O suprimento de água de make-up deverá ser feito preferencialmente através de poço<br />

artesiano.<br />

O projeto deverá contemplar também um Circuito Fechado de TV – CFTV para<br />

monitoramento da ECOMP.<br />

Os componentes dos sistemas de sucção e descarga da Estação são:<br />

• filtros separadores (scrubbers) na sucção;<br />

• válvulas automáticas de bloqueio na entrada e na saída da estação;<br />

• válvulas de blow-down (despressurização) na entrada e na saída da estação;<br />

• válvula de alívio de pressão na saída da estação;<br />

• tubulações e válvulas de interligação ao Gasoduto e aos sistemas auxiliares.<br />

Os componentes dos conjuntos turbina-compressor são:<br />

• compressores de gás, incluindo seus auxiliares;<br />

• turbinas de acionamento dos compressores de gás, incluindo seus auxiliares;<br />

• resfriadores a ar a jusante dos compressores de gás, incluindo seus auxiliares;<br />

• painéis de controle dos turbo compressores.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–15 ABRIL / 2006


Os sistemas auxiliares da Estação de Compressão são:<br />

• sistema de tratamento e distribuição de gás combustível;<br />

• sistema de ar comprimido;<br />

• sistema de alívio de gás;<br />

• sistema de captação, armazenagem e distribuição de água;<br />

• sistema elétrico incluindo subestações elétricas e sistemas de emergência;<br />

• sistema de CFTV para monitoração da integridade e vigilância patrimonial das<br />

instalações;<br />

• sistema de combate a incêndio com detecção de fumaça, fogo e vazamento de gás;<br />

• sistema de drenagem;<br />

• estação local de controle;<br />

• sistema de telecomunicações;<br />

• oficina, casa de controle e prédios auxiliares.<br />

Apresentam-se, a seguir, as características operacionais dos principais equipamentos da<br />

ECOMP Taubaté, que está projetada trabalhar com pressão de 99,8kgf/cm 2 e temperatura de<br />

55 o C.<br />

• Filtros Separadores na Sucção<br />

Capacidade Total 20MMm³/d a 20°C e 1,033 kgf/cm² abs<br />

Tipo Horizontal, norma construtiva ASME<br />

Quantidade 2 (sem reserva)<br />

Perda de Pressão 0,1kgf/cm² limpo, 1,05 kgf/cm² sujo<br />

Eficiência de separação<br />

98% para partículas > 8µm<br />

98% para sólidos > 5µm<br />

Pressão de Projeto 99,84kgf/cm²g<br />

Temperatura de Projeto 55 °C<br />

Pressão de Operação 40-98 kgf/cm²g<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–16 ABRIL / 2006


• Válvulas Automáticas de Bloqueio da Estação<br />

Pressão Máxima de Trabalho 99,8kgf/cm²g<br />

Classe de Pressão 600#<br />

Fluido do Atuador Gás natural do sistema de utilidades da estação<br />

Ação do atuador Dupla<br />

Situação na falha de controle Fecha<br />

Volume do reservatório 750 litros<br />

Sinalização remota Sim, por meio de chaves limites (reed swicth)<br />

Volante Sim<br />

Sistema hidráulico para atuação manual Sim<br />

• Válvulas Automáticas de Despressurização (Blow-down)<br />

Pressão Máxima de Trabalho 99,8kgf/cm²g<br />

Classe de Pressão 600#<br />

Fluido do Atuador Gás natural do sistema de utilidades da estação<br />

Ação do atuador Dupla<br />

Situação na falha de controle Abre<br />

Volume do reservatório 300 litros<br />

Sinalização remota Sim, por meio de chaves limites (reed swicth)<br />

Volante Não<br />

• Compressores Centrífugos<br />

Tipo<br />

Centrífugo, com selo mecânico seco, mancais<br />

deslizantes e lubrificação a óleo<br />

Quantidade 2 +1 por estação<br />

Acionador Turbina a gás<br />

• Turbina de Acionamento<br />

Tipo Turbina a gás, dois eixos<br />

Fabricante SOLAR TURBINES ou similar<br />

Quantidade 2 +1 por estação<br />

Temperatura Ambiente 30°C bulbo seco<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–17 ABRIL / 2006


• Resfriadores a Ar<br />

Temperatura máxima de saída do gás 51,6°C<br />

Pressão de Projeto 110kgf/cm²g<br />

Temperatura de Projeto 100°C<br />

Tipo Air Cooler, com dois ventiladores por unidade<br />

Pressão de Operação 99,8kgf/cm²<br />

Está previsto um Sistema de Medição em que os elementos primários de medição de vazão<br />

para a ETC (Estação de Transferência de Custódia) deverão ter tecnologia ultra-sônica,<br />

intrusiva para montagem flangeada tipo carretel, com pelo menos quatro canais de medição.<br />

As válvulas de bloqueio automáticas, a montante dos elementos ultra-sônicos, deverão<br />

permitir ação de fechamento através de atuação Manual/Remota. Para a medição operacional<br />

da linha tronco, deverá ser utilizado medidor ultra-sônico para montagem flangeada tipo<br />

carretel, com pelo menos dois canais de medição.<br />

O Sistema de Telecomunicações do Gasoduto deverá atender às necessidades operacionais e<br />

de manutenção e possibilitará as comunicações operacional e administrativa. Para o<br />

atendimento das necessidades, o sistema de telecomunicações incluirá:<br />

• comunicação de dados;<br />

• comunicações administrativas (voz e dados corporativos);<br />

• comunicações móveis para apoio à manutenção e fiscalização da faixa.<br />

Estão previstos dois sistemas de comunicação entre o Gasoduto e o Centro de Controle de<br />

Gás - CCG da TRANSPETRO. O sistema principal deverá ser executado através de Fibras<br />

Ópticas dedicadas às funções de automação e às outras aplicações de apoio, tais como<br />

telefone operacional, câmeras de vídeo para segurança e monitoração patrimonial, dados de<br />

proteção catódica, etc. O sistema secundário, ou backup, deverá ser do tipo VSAT de baixo<br />

consumo, ou Rede Integrada Corporativa (RIC), se disponível nas Unidades PETROBRAS.<br />

O Gasoduto será dotado de um Sistema de Supervisão e Controle (SSC) para sua operação,<br />

que será feita através do CCG da TRANSPETRO no Rio de Janeiro, o qual trabalha 24 horas<br />

por dia, 365 dias por ano.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–18 ABRIL / 2006


O Sistema de Supervisão e Controle – SSC é responsável por monitorar o Gasoduto e a<br />

ECOMP Taubaté, enviando os dados ao CCG. O SSC é composto pelos instrumentos de<br />

campo, conectados ao Controlador Lógico Programável - CLP que se comunica com o CCG<br />

por satélite como meio principal, tendo telefone como meio reserva.<br />

A instrumentação responsável pelo comando e sinalização remota no CCG é composta das<br />

válvulas de emergência pneumáticas, transmissores de pressão eletrônicos, detectores de<br />

passagem de pig, chaves fim-de-curso das válvulas, sistema de proteção catódica e sistema de<br />

medição.<br />

(5) Cadastro, Negociação e Indenização<br />

Para fins de oficializar a passagem do Gasoduto e executar o cadastramento detalhado do<br />

trecho em faixa de servidão nova e demais levantamentos de dados locais (cálculo de áreas<br />

em função do uso, avaliação de benfeitorias, plantações, etc.), deverão ser contatados os<br />

proprietários afetados, que receberão as indenizações pelas avaliações das culturas, a serem<br />

realizadas por métodos diretos (comparativo e de custos) e indiretos (renda e residual). Tais<br />

indenizações incluem basicamente:<br />

• culturas, avaliadas pelo seu custo de produção, a valores de mercado, considerando-se o<br />

lucro cessante e a cobertura vegetal delas (perenes, temporárias e anuais);<br />

• frutos, como renda de exploração direta, aluguel, arrendamento e parceria.<br />

Nas atividades para a indenização dos bens, além do cadastro da propriedade e da vistoria de<br />

avaliação in loco, constam ainda as pesquisas de valores de mercado na região, levantadas<br />

em cooperativas e assemelhados, bancos, órgãos oficiais e de assistência técnica, dentre<br />

outros.<br />

As indenizações pelas terras, caso ocorram, bem como os demais ônus delas decorrentes,<br />

serão avaliadas e calculadas caso a caso, e obedecerão às diretrizes das seguintes normas da<br />

PETROBRAS e da ABNT:<br />

• N-1041e - Cadastramento de Imóveis e Levantamento Cadastral;<br />

• N-47d - Levantamento Topográfico;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–19 ABRIL / 2006


• NBR 14653-1 - Procedimentos gerais;<br />

• NBR 14653-2 - Imóveis urbanos;<br />

• NBR 14653-3 - Imóveis rurais;<br />

• NBR 14653-4 - Avaliação de Imóveis Rurais;<br />

• NBR 14653-5 - Máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral;<br />

• NBR 14653-6 - Recursos naturais e ambientais;<br />

• NBR 14653-7 - Patrimônios históricos.<br />

A faixa de servidão a ser utilizada pelo Gasoduto será cadastrada e mapeada, resultando em<br />

um documento indenizatório, quando houver bens indenizáveis.<br />

(6) Descrição das possibilidades de uso do solo na faixa de servidão<br />

As possibilidades de uso do solo da faixa de servidão ficarão estipuladas na Escritura de<br />

Servidão firmada entre o proprietário e a PETROBRAS.<br />

Permitir-se-á o trânsito a pé, livremente, pela faixa. O tráfego de veículos de tração motora ou<br />

animal, como carros de passeio, jipes e carroças, com limitação a 10t por eixo, também será<br />

permitido na faixa.<br />

Em toda a extensão da faixa, será liberada a exploração de culturas, tais como: soja, feijão,<br />

arroz, trigo, aveia, sorgo, algodão, fumo, abóbora, alho, cebola, beterraba, cenoura, pimentão,<br />

quiabo, repolho, tomate, abacaxi, cana-de-açúcar, milho, mandioca, banana, capineiras e<br />

outras de pequeno porte e que não tenham raízes profundas.<br />

b. Pontos Notáveis<br />

Os Pontos Notáveis que ambientalmente sofrem interferências do traçado do Gasoduto estão<br />

consolidados na subseção 5.4 deste <strong>EIA</strong> – Análise Integrada. São considerados Pontos<br />

Notáveis os locais de cruzamento do duto por rodovias, ferrovias, linhas de transmissão e<br />

instalações subterrâneas ou aéreas de dutos já existentes e as travessias de rios perenes com<br />

mais de 10m de largura, reservatórios de barragens e regiões permanentemente alagadas.<br />

Incluem-se, também, como Pontos Notáveis as áreas de remanescentes florestais passíveis de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–20 ABRIL / 2006


supressão de vegetação e as áreas susceptíveis à erosão e a movimentos de massa, que<br />

caracterizam zonas de risco geológico-geotécnico. A esses pontos se somam os aglomerados<br />

humanos, destacando-se aqueles considerados para o Estudo de Análise de Riscos.<br />

Consideram-se, também, Pontos Notáveis as instalações a serem construídas, como<br />

lançadores/recebedores de pigs, leitos de anodos, válvulas automáticas de bloqueio e estação<br />

de compressão.<br />

Foram identificados, ao longo do traçado do Gasoduto, 68 aglomerados humanos, pontos de<br />

maior importância para o Estudo de Análise de Riscos do empreendimento. No entanto, nesta<br />

descrição, só foram considerados como Pontos Notáveis os aglomerados que se destacam<br />

mais, seja pela proximidade do traçado, seja pela quantidade de edificações e presença de<br />

pessoas.<br />

O levantamento desses pontos incluiu a quantificação do número e tipo das habitações ou<br />

instalações industriais e comerciais relevantes dentro da faixa de alcance dos efeitos físicos<br />

danosos, ou seja, cerca de 400m para cada lado do eixo do Gasoduto e a extensão ao longo da<br />

qual se distribuem essas edificações. Destacam-se, pela importância no que se refere à<br />

proximidade da faixa do duto e à quantidade de edificações e presença de pessoas, as 68<br />

localidades apresentadas a seguir (Quadro 2-6).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–21 ABRIL / 2006


Quadro 2-6 – Principais Pontos de Ocupação Humana na Área de Influência Direta do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté<br />

Pontos Coordenadas UTM Observação Km do Duto<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

Número de<br />

Construções<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–22 ABRIL / 2006<br />

Número de<br />

Habitantes<br />

1 440.355 7.391.430 Est. do Seis (Ocupação Humana) 12,38 4 15<br />

2 438.176 7.393.682 Ocupação humana 15,77 12 45<br />

3 437.870 7.394.360 Bairro Gibraltar (Ocup. Humana) 16,55 5 19<br />

4 437.435 7.395.030 Ocupação humana 17,38 19 71<br />

5 437.485 7.395.336 Rodovia SP-088 17,70 6 22<br />

6 437.889 7.396.721 Fazenda Bela Vista 19,20 4 15<br />

7 437.514 7.398.880 Ocupação Humana 21,48 3 11<br />

8 437.261 7.399.290 Fazenda do Gaucho 21,96 4 15<br />

9 436.692 7.400.560 Ocupação Humana (Acarimoco) 23,36 6 22<br />

10 436.528 7.401.134 Fazenda Acarimoco 24,16 15 45<br />

11 435.217 7.402.793 Bairro Lajeado 26,12 31 114<br />

12 434.381 7.403.420 Bairro Varjão 27,16 7 26<br />

13 434.029 7.403.721 Bairro Varjão 27,63 17 62<br />

14 433.423 7.404.737 B. Esp. Santo (S. Magiropi) 28,84 28 103<br />

15 432.957 7.405.919 Fazenda São José (Ocup. Humana) 30,14 24 88<br />

16 431.413 7.407.760 Ocupação Humana 32,53 8 30<br />

17 430.741 7.408.680 Ocupação Humana 33,83 15 45<br />

18 428.784 7.410.329 Sitio Laranjeiras (Est. Vicinal) 36,79 8 30<br />

19 427.683 7.412.320 Fazenda Santo Expedito 39,21 5 19<br />

20 427.410 7.413.100 Sitio São Francisco 40 8 30<br />

22 426.478 7.414.715 Fazenda São Pedro (VCP) 41,91 3 11<br />

23 425.392 7.415.762 Bairro Damião 43,48 22 81<br />

24 424.258 7.417.839 Ocupação Humana 46,13 6 22<br />

25 423.968 7.419.516 Fazenda Patizal (Ocup. Humana) 47,92 14 49<br />

26 423.251 7.421.183 Fazenda Brasil 49,86 74 258<br />

27 423.149 7.421.290 Cruzamento SP-099 50 4 14<br />

28 422.713 7.421.850 Ocupação Humana 50,76 20 70<br />

29 422.523 7.422.180 Fazenda Brasil 51,16 3 11<br />

30 422.355 7.422.745 Ocupação Humana 51,76 2 7<br />

31 422.591 7.423.650 Ocupação Humana (Bairro Capivari ) 52,88 26 91<br />

32 422.419 7.424.241 Ocupação Humana 53,50 11 39<br />

33 421.579 7.426.218 Fazenda Varadouro 55,74 3 11<br />

34 419.785 7.427.927 Fazenda São José (Ocup. Humana) 58,56 15 55<br />

35 418.150 7.429.400 Região de Chácaras 60,95 14 51<br />

36 417.898 7.429.632 Ocupação Humana (Sítios) 61,29 21 77<br />

37 417731 7430200 Estrada Vicinal 61,89 2 7<br />

38 417.377 7.431.331 Granja Itambi 63,24 47 172<br />

39 417.125 7.431.919 Campo de São José (Baixa) 63,92 33 120<br />

40 416.649 7.432.531 Camp. de S. José (Parte Baixa) 64,70 340 1248<br />

41 416.862 7.433.232 Camp. de S. José (Parte Alta) 65,64 378 1387<br />

42 417.358 7.433.592 Cruzamento com Estrada do Cajur· 66,28 60 220<br />

43 418.696 7.433.567 Ocupação Humana 67,63 19 70<br />

44 419.952 7.433.600 Bairro Nova Esperanca 68,89 500 1835<br />

45 420.748 7.434.102 Bairro Boa Esperança 69,82 125 459<br />

46 421.463 7.434.800 Bairro Santa Lucia 70,82 161 591<br />

47 421.621 7.434.963 Bairro Portal do Céu 71,05 42 154<br />

48 422.000 7.435.450 Bairro Capão Grosso 71,67 77 283<br />

49 422.731 7.436.264 Ecossistema (Lixo Industrial) 72,80 4 15<br />

50 423.549 7.436.698 Bairro Iguamerim 73,72 18 73<br />

51 423.821 7.436.907 Iguamerim (Chacaras) 74,09 20 81<br />

52 423.915 7.437.034 Est. Mun. Antonio Januzi 74,25 17 69<br />

53 424.600 7.437.246 Bairro S. Antonio Iguamerim 74,96 32 130<br />

54 426.000 7.437.849 Cruz. Rod. SP-103 76,50 15 61<br />

55 427.152 7.438.414 Sítio Cnaves 77,79 14 57<br />

56 427.713 7.438.547 Ocupação Humana (Tijuco Preto) 78,37 15 61<br />

57 428.411 7.438.788 Cruz. Rod. SP-070 (Pedágio) 79,08 4 16<br />

58 429.001 7.439.244 Estr. da Mina ( Fábrica da Paviblocos) 79,82 4 16<br />

59 429.974 7.439.729 Borda da Mata 80,90 6 24<br />

60 430.206 7.439.931 Est. Vicinal (Val. V-10 Gaspal) 81,22 1 4<br />

61 432.629 7.440.905 Sítio São Geraldo 83,84 5 20<br />

62 433.526 7.441.272 Estrada Vicinal e LT 84,80 10 45<br />

63 434.183 7.441.707 Cruzamento com Estr. Vicinal 85,60 2 8<br />

64 435.332 7.442.796 Caçapava Velha 87,24 25 100<br />

65 436.503 7.443.338 Ocupação Humana 88,50 15 60<br />

66 439.812 7.445.162 Est. Muni. Barreiro (RC-7 Gaspal) 92,38 13 49<br />

67 440.281 7.445.680 Ocupação Humana 93,10 10 37<br />

68 441.127 7.445.926 City-Gate Taubaté 94,10 11 41


c. Construção e Montagem (C&M)<br />

(1) Geral<br />

A implantação do Gasoduto deverá ocorrer no período de agosto de 2006 a março de 2008,<br />

desde que já se disponha das necessárias licenças ambientais, com as obras se iniciando<br />

efetivamente no final de novembro de 2006, com a locação e abertura da faixa.<br />

A programação e o planejamento das atividades de construção e montagem englobam as<br />

obras de infra-estrutura de apoio (canteiros de obras, estocagem de tubos, abertura de acessos,<br />

etc.) e as obras principais do Gasoduto.<br />

Dadas as características do empreendimento — linear, com várias frentes —, calcula-se que<br />

o ritmo de sua implantação seja, em média, de aproximadamente 5km/mês. Esse esquema<br />

demandará uma força de trabalho, no pico das obras, da ordem de 2.000 pessoas, entre<br />

engenheiros, técnicos, inspetores, soldadores, motoristas, serventes, etc., como mostrado na<br />

Figura 2-1, apresentada na página a seguir..<br />

A estimativa é de que cerca de 50% da força de trabalho possam ser recrutadas localmente,<br />

especialmente nas funções não qualificadas como a de ajudantes.<br />

A mão-de-obra ligada à área ambiental deverá ocupar 6 pessoas, assim distribuídas:<br />

• Gerente de SMS – 1;<br />

• Coordenador de Meio Ambiente – 1;<br />

• Engenheiro de Meio Ambiente – 1;<br />

• Inspetor de Meio Ambiente – 3.<br />

Comunidades locais, proprietários e habitantes, bem como autoridades municipais da região,<br />

serão informados, com antecedência, sobre a finalidade do Gasoduto, suas características, o<br />

itinerário das obras e seu cronograma. Deverão, também, ser instruídos quanto à segurança do<br />

Gasoduto e aos seus possíveis perigos, quando em operação, e também quanto aos<br />

procedimentos a serem adotados em caso de emergências.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–23 ABRIL / 2006


No. DE<br />

TRABALHADORES<br />

1200<br />

1000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

HISTOGRAMA DE MÃO DE OBRA DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA - TAUBATÉ<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24<br />

Figura 2-1 – Histograma da estimativa de mão-de-obra a ser empregada durante a implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

MESES<br />

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

SUPERIOR<br />

ESPECIALIZADO<br />

NÃO ESPECIALIZADO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–24 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


Todas as áreas utilizadas temporariamente, durante as obras (áreas de canteiros de obras e de<br />

estocagem de tubos, acessos provisórios e demais áreas), bem como a faixa de servidão, serão<br />

recuperadas e revegetadas. Todas as estradas de acesso utilizadas durante as obras deverão ser<br />

mantidas em perfeitas condições, a fim de viabilizar o tráfego de veículos. Os acessos<br />

permanentes às válvulas de bloqueio, pontos de entrega e estação de compressão, após a<br />

conclusão da obra e durante toda a fase operacional, serão mantidos em boas condições de<br />

tráfego.<br />

O Gasoduto será construído em obediência ao disposto na Norma ANSI B 31.8 e demais<br />

especificações do projeto básico (Norma PETROBRAS N-464, revisão H e Norma ABNT<br />

NBR 12712), devendo ser adotadas as seguintes recomendações:<br />

• as obras serão contratadas com base na “DIRETRIZ CONTRATUAL DE SMS – DUTOS<br />

TERRESTRES”, da PETROBRAS, que deve ser seguida pela(s) empreiteira(s) na fase de<br />

implantação do Gasoduto;<br />

• além dos aspectos da segurança operacional, que serão garantidos com o cumprimento das<br />

normas de projeto e construção, dar-se-á ênfase especial à minimização dos impactos<br />

ambientais decorrentes da implantação do duto e à atenuação das eventuais conseqüências<br />

negativas que possam incidir sobre as comunidades e proprietários diretamente afetados<br />

pela faixa de servidão;<br />

• em áreas ocupadas por culturas temporárias, somente será removida a quantidade mínima<br />

de vegetação necessária ao desenvolvimento normal dos serviços. A abertura da vala será<br />

executada a uma profundidade que permita a cobertura do duto, garantindo uma espessura<br />

de solo segregado de 1,5m, a contar de sua geratriz superior, que é a cobertura mínima em<br />

área de cultura mecanizada;<br />

• em qualquer situação, as áreas afetadas pela construção do Gasoduto serão recompostas<br />

de forma a ficarem o mais próximo possível das condições originais;<br />

• cumpridas as disposições normativas, as limitações impostas pelas autoridades<br />

competentes e desde que não esteja definido no projeto, caberá à empreiteira — de<br />

comum acordo com o empreendedor — determinar os métodos a serem utilizados nas<br />

travessias e cruzamentos, assumindo os que não estiverem contidos no projeto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-25 ABRIL / 2006


(2) Métodos de Construção<br />

Os métodos construtivos são apresentados, de forma detalhada, na seção 7, no Plano<br />

Ambiental para a Construção (item 7.6.3).<br />

A construção do trecho em túnel será detalhada no Projeto Básico.<br />

(3) Técnicas Recomendadas<br />

O empreendedor, na contratação dos serviços, utiliza-se de Especificações Técnicas que serão<br />

cumpridas na execução dos trabalhos, fiscalizando rigorosamente o seu cumprimento. As<br />

empresas contratadas obedecem aos requisitos de sistema de qualidade baseados em normas<br />

nacionais e internacionais (ABNT, ISO, ANSI, API, PETROBRAS).<br />

As condições mínimas exigíveis seguirão, também, as recomendações do Plano Ambiental<br />

para a Construção, que será detalhado no Projeto Básico Ambiental, e que constará do<br />

contrato com a empreiteira, assim como todos os demais documentos produzidos para<br />

subsidiar a emissão das Licenças Prévia e de Instalação, os que vierem a ser emitidos pelo<br />

órgão ambiental licenciador (IBAMA), e demais requisitos ambientais que porventura sejam<br />

necessários, visando à Licença de Operação – LO.<br />

Todos os serviços serão supervisionados e monitorados por equipe de Saúde, Meio Ambiente<br />

e Segurança – SMS do empreendedor, bem como da empreiteira, visando assegurar o<br />

cumprimento das medidas estabelecidas e recomendadas nos Estudos Ambientais, além de<br />

outras que tenham de ser tomadas.<br />

A estrutura e as atribuições dessa equipes são listadas a seguir.<br />

• Empreendedor<br />

− Coordenadoria da Obra: responsável pela fiscalização dos serviços de campo, visando ao<br />

cumprimento das prescrições estabelecidas nos Estudos Ambientais.<br />

− Equipe de Meio Ambiente: apoio técnico.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-26 ABRIL / 2006


• Empreiteira<br />

− Coordenador de SMS: responsável pelas atividades de campo, visando ao cumprimento<br />

das recomendações dos Estudos Ambientais.<br />

− Inspetores de SMS: lotados nas frentes de serviços, visando ao cumprimento das<br />

recomendações dos Estudos Ambientais.<br />

(4) Mobilização e Serviços Preliminares<br />

Inicialmente, haverá a mobilização para se executarem os trabalhos preliminares, que darão<br />

suporte ao desenvolvimento dos serviços principais. Essas tarefas consistirão em preparar a<br />

logística e os acessos a serem utilizados, em instalar as áreas dos canteiros de obras e de<br />

estocagem de tubos, em contratar a mão-de-obra e em providenciar as demais medidas<br />

necessárias.<br />

• Fase de Preparo de Acessos<br />

No contrato a ser firmado com a empreiteira, constará que ela, antes do início dos serviços,<br />

deverá preparar um plano de acesso às áreas dos canteiros de obra/estocagem de tubos e à<br />

faixa, apresentando uma planta-chave que indique as estradas principais da região,<br />

identificando, a partir delas, as estradas secundárias, vias vicinais, caminhos e trilhas<br />

existentes, cujos traçados serão utilizados como acesso à faixa, destacando as sinalizações<br />

horizontais e verticais a serem implantadas. Esse plano deverá ser analisado e aprovado,<br />

previamente, pelo empreendedor. Caso haja alguma discordância quanto ao uso de algum<br />

percurso/acesso, a empreiteira deverá apresentar uma alternativa, objetivando, sempre,<br />

minimizar os impactos ambientais, principalmente os que afetem as comunidades locais. Só<br />

serão utilizadas as estradas de acesso autorizadas.<br />

Nas áreas onde houver necessidade de novos acessos, serão abertas vias de serviço, de acordo<br />

com as normas existentes e as seguintes premissas básicas, cujo detalhamento é apresentado<br />

no PAC (item 7.6.3):<br />

− aproveitamento máximo do traçado antigo dos caminhos, trilhas ou estradas vicinais;<br />

− abertura de acessos provisórios somente onde for estritamente necessária e com<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-27 ABRIL / 2006


autorização prévia do empreendedor e do órgão ambiental;<br />

− com base no porte dos equipamentos/veículos pesados (caminhões-reboque e semi-<br />

reboque — três eixos ou mais) e no fluxo de tráfego previsto para os acessos, a<br />

empreiteira deverá efetuar melhorias das estradas, compatíveis com as novas necessidades<br />

de sua utilização;<br />

− nas áreas atravessadas por novos acessos, deverão ser investigadas as evidências de sítios<br />

arqueológicos não-cadastrados, requerendo o acompanhamento da equipe técnica<br />

especializada para sua identificação e salvamento;<br />

− os acessos permanentes às áreas de válvulas de bloqueio, pontos de entrega e estação de<br />

compressão, após a conclusão da obra e durante toda a fase operacional, serão mantidos<br />

em boas condições de tráfego.<br />

Concluída a obra, as áreas dos acessos provisórios (caminhos de serviços) deverão estar<br />

completamente restituídas às suas condições originais, conforme documentação fotográfica<br />

registrada antes de sua abertura, a não ser que o proprietário o especifique de forma diferente.<br />

(5) Abastecimento e Lubrificação de Máquinas e Equipamentos<br />

Para a construção e montagem do Gasoduto, será necessário utilizar diversos equipamentos<br />

pesados de construção, na frente de serviço/fase referentes a limpeza e nivelamento de pista,<br />

abertura de vala, desfile de tubos, soldagem, abaixamento da tubulação, cobertura de vala,<br />

teste hidrostático e recuperação da pista, dentre outros.<br />

Em face da dificuldade de transporte, os equipamentos/máquinas para o canteiro — em<br />

função de seus pesos e da dificuldade de deslocamentos por longas distâncias — deverão ser<br />

abastecidos e lubrificados na pista de trabalho, através de “comboios hidráulicos” (caminhões<br />

projetados especialmente para esse tipo de trabalho).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-28 ABRIL / 2006


Esses comboios hidráulicos deverão ter dispositivos automáticos específicos para o<br />

abastecimento/lubrificação de todos os equipamentos/máquinas a serem utilizados nas obras,<br />

fabricados de acordo com as exigências e procedimentos definidos no Plano Ambiental para a<br />

Construção – PAC.<br />

(6) Ruídos<br />

Os ruídos gerados na fase de implantação devem-se, essencialmente, à utilização de máquinas<br />

e equipamentos. Os níveis de ruídos a que os trabalhadores estarão submetidos serão<br />

reduzidos a valores aceitáveis, compatíveis com a legislação ambiental vigente, mediante o<br />

uso de EPI específico (protetor auricular, do tipo plugue ou abafador).<br />

d. Infra-Estrutura de Apoio<br />

(1) Canteiros de Obras<br />

Está prevista a instalação de 4 canteiros de obra fixos (principais) e 4 canteiros móveis<br />

(auxiliares), onde estarão localizadas instalações, tais como refeitório, almoxarifado, oficina,<br />

depósitos de máquinas, equipamentos e materiais, ambulatório, escritório de projetos e<br />

administração, dentre outros. Ao lado dos canteiros fixos, serão instaladas áreas de<br />

armazenamento, onde serão estocados tubos de aço carbono, eletrodos, tintas, cimento,<br />

mantas termocontráteis etc. Veículos leves, carretas e caminhões também estarão nesses<br />

canteiros. Geradores a diesel produzirão a energia necessária para esses locais. Cada canteiro<br />

de obras das travessias especiais contará, no mínimo, com veículos de reabastecimento,<br />

pequeno estoque de ferramentas, combustível, peças de reposição, refeitório e banheiros.<br />

A localização dos canteiros será proposta pelas empreiteiras na fase de contratação das obras,<br />

com sua respectiva análise ambiental, para posterior verificação, in loco, pelo empreendedor.<br />

Para as áreas indicadas para instalação dos canteiros, as empreiteiras precisarão do parecer<br />

formal das Prefeituras Municipais, concordando com a localização e as instalações, de<br />

maneira que ocorra o mínimo de impactos ambientais e de interferências com as comunidades<br />

locais. As empreiteiras deverão apresentar um relatório contendo uma descrição das áreas, o<br />

layout previsto, a estrutura funcional e suas respectivas instalações (redes de água, esgoto,<br />

energia, acessos, ambulatórios e destino final do lixo), que deverá ser submetido à análise do<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-29 ABRIL / 2006


empreendedor. Será de responsabilidade da empreiteira obter as devidas licenças nos órgãos<br />

municipais e estaduais pertinentes. Depois de obtidas, as licenças serão encaminhadas para o<br />

empreendedor, previamente, para que ele libere, à empreiteira, a instalação do canteiro.<br />

A escolha dos locais dos canteiros de obras em empreendimentos lineares depende de uma<br />

série de fatores que diretamente envolvem a logística (procedência da mão-de-obra<br />

especializada e tipo de habitação a ser utilizada — alojamentos e/ou<br />

hotéis/pensões/repúblicas) e a estratégia de execução das empreiteiras.<br />

Sendo assim, no estágio da elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – <strong>EIA</strong>, o<br />

empreendedor encontra dificuldade em estabelecer essas localizações, visto que haveria<br />

necessidade de se efetivarem compromissos políticos com as Prefeituras Municipais, e<br />

comerciais, com proprietários de galpões e terrenos que, futuramente, após a viabilização do<br />

empreendimento, podem não se enquadrar na logística a ser proposta pelas empreiteiras.<br />

Os locais dos canteiros, por sua vez, somente poderão ser definidos quando vierem a ser<br />

indicados pelas empreiteiras a serem contratadas.<br />

Em princípio, os canteiros principais podem ser instalados nas cidades de maior porte e que<br />

contam com infra-estrutura suficiente para dar suporte às necessidades do empreendimento,<br />

não acarretando impactos ambientais e sociais significativos para a comunidade local.<br />

Enquadram-se, neste quesito, as sedes das cidades de Caraguatatuba e São José dos Campos,<br />

segundo os estudos socioeconômicos do diagnóstico da Área de Influência Indireta (subseção<br />

5.3 deste documento). A instalação dos canteiros nessas localidades é favorecida pela infra-<br />

estrutura urbana (comunicações, água, esgoto, transporte, energia elétrica, coleta de lixo, etc.)<br />

e viária (estradas, ferrovias e aeroportos), condições de hospedagem e alojamento, suprimento<br />

de insumos, materiais e equipamentos e disponibilidade de mão-de-obra qualificada.<br />

Os canteiros móveis ou auxiliares deverão ser instalados próximos à faixa de servidão, com<br />

espaçamento ainda não estabelecido (depende da logística das Empreiteiras), não devendo<br />

possuir estruturas de alojamentos, mas, sim, apenas pequenas instalações administrativas, de<br />

manutenção dos equipamentos e local para estocagem da tubulação a ser distribuída ao longo<br />

do trecho, não provocando impactos significativos, desde que sejam atendidas as diretrizes e<br />

os critérios estabelecidos nos estudos. De acordo com a experiência de obras já realizadas/em<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-30 ABRIL / 2006


andamento, nesses tipos de unidades (Canteiros Móveis ou Auxiliares), os impactos são<br />

mínimos e mitigáveis. Nesse caso, a mão-de-obra a ser mobilizada é de 50% de trabalhadores<br />

a serem contratados localmente, correspondendo o restante à mão-de-obra especializada vindo<br />

de outras regiões.<br />

Em princípio, os canteiros móveis ou auxiliares poderão ser instalados em cidades com<br />

população urbana acima de 10.000 habitantes, cuja infra-estrutura seja suficiente para dar<br />

suporte às necessidades dessas instalações, mas que acarretem impactos ambientais e sociais<br />

pouco significativos para a comunidade local. Enquadram-se, neste quesito, as sedes dos<br />

municípios de Paraibuna e Taubaté que, em função de sua localização estratégica ao longo da<br />

área do traçado, podem ser escolhidas para se instalarem os canteiros auxiliares, em função<br />

dos estudos socioeconômicos do diagnóstico da Área de Influência Indireta dos estudos<br />

(subseção 5.3, deste documento).<br />

Quanto aos impactos pontuais no local dos canteiros de obras/áreas de armazenamento de<br />

tubos/obras especiais, haverá uma inspeção prévia e, somente após a análise ambiental e<br />

aprovação de cada área pelo empreendedor — que verificarão se as prescrições estabelecidas<br />

no Estudo de Impacto Ambiental (<strong>EIA</strong>) e nos demais documentos ambientais estão sendo<br />

cumpridas —, é que elas serão liberadas para instalação e operação.<br />

Na fase executiva, a empreiteira deverá apresentar relatórios específicos sobre as áreas dos<br />

canteiros de obras/áreas de armazenamento de tubos, conforme roteiro a ser apresentado no<br />

Plano Ambiental para a Construção – PAC.<br />

As principais diretrizes e os critérios a serem considerados, pelas empreiteiras, para a locação<br />

dos canteiros fixos, são os seguintes:<br />

• o local da área a ser escolhida deverá ter, como requisitos básicos, o tipo de solo e acessos<br />

compatíveis com o porte dos veículos/equipamentos e com a intensidade do tráfego.<br />

Deverá ser dotado de um sistema de sinalização de trânsito e de um sistema de drenagem<br />

superficial, com um plano de manutenção e limpeza periódica;<br />

• a localização não deverá interferir expressivamente com o sistema viário e de saneamento<br />

básico, sendo necessário contatar Prefeitura, órgãos de trânsito, segurança pública,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-31 ABRIL / 2006


sistema hospitalar, concessionárias de água, esgoto, energia elétrica, telefone, etc., para<br />

qualquer intervenção em suas áreas e redes de atuação;<br />

• mesmo havendo infra-estrutura no local, os efluentes gerados pelo canteiro de obras não<br />

deverão ser despejados diretamente nas redes de águas pluviais e de águas servidas, sem<br />

que haja aprovação prévia da Fiscalização, em conjunto com os órgãos públicos do<br />

município. Não existindo infra-estrutura, deverão ser previstas instalações completas para<br />

o controle e tratamento dos efluentes, notadamente os de coleta de resíduos de esgotos dos<br />

sanitários e refeitório, com o uso de fossas sépticas (segundo a NBR 7229 da ABNT);<br />

• quanto aos resíduos oriundos das oficinas mecânicas (águas oleosas), das lavagens e<br />

lubrificação de equipamentos e veículos, deverá ser prevista a utilização de sistema<br />

separador água/óleo (SAO), para posterior remoção do óleo através de caminhões<br />

sugadores ou de dispositivos apropriados, a serem encaminhados aos locais mais<br />

próximos, para refino do óleo. Tais ações deverão estar coerentes com as diretrizes de<br />

gerenciamento e disposição de resíduos do Plano Ambiental para a Construção – PAC;<br />

• os resíduos sólidos gerados deverão ser segregados, destinando à reciclagem, desde que<br />

haja essa possibilidade, todo papel, plástico, vidro e metal. O lixo orgânico doméstico<br />

deverá ser coletado e disposto em aterros sanitários controlados. Os resíduos hospitalares<br />

deverão ser coletados em recipientes plásticos com tampa rosqueada, que permitam seu<br />

transporte sem vazamento, até a disposição final em incinerador licenciado ou em célula<br />

isolada de aterro sanitário controlado;<br />

• o manejo e o descarte de todos os resíduos produzidos deverão obedecer ao disposto na<br />

“Classificação e Destinação dos Resíduos Gerados na Implantação de Dutos”, apresentado<br />

nos Quadros 2-7A a 2-7D, nas folhas a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-32 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 2-7A - Classificação e Destinação dos Resíduos Gerados na Implantação de Dutos - Montagem<br />

Item Fase / Descrição Classificação Estimado Unid. Classe<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

Sacos p/ desfile e<br />

Montagem<br />

INERTE 50 kg II B<br />

Eletrodos INERTE 375 kg II B<br />

Discos de Corte e<br />

Desbaste<br />

Escovas<br />

rotativas/manual<br />

INERTE 8 kg II B<br />

INERTE 10 kg II B<br />

Latas de eletrodos INERTE 50 kg II B<br />

Embalagem<br />

papelão<br />

INERTE 10 kg II B<br />

Vidro/ lentes INERTE 5 kg II B<br />

8 Sucata de Tubos INERTE 720 t II B<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

M<br />

O<br />

N<br />

T<br />

A<br />

G<br />

E<br />

M<br />

Sobra de<br />

argamassa/<br />

concreto<br />

Luvas/Avental<br />

/blusão de raspa<br />

Luvas e capas de<br />

P.V.C.<br />

INERTE 500 kg II B<br />

INERTE 50 kg II B<br />

INERTE 10 kg II B<br />

Fardamentos INERTE 15 kg II B<br />

Armazenamento<br />

Temporário<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado<br />

pavimentado, coberto<br />

e arejado<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

Forma<br />

Acondicionamento<br />

Tambores cor<br />

vermelho<br />

Transporte/<br />

Tratamento<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Caçamba Caçamba<br />

Tambores na cor cinza<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Caçamba Caçamba<br />

Caçamba Caçamba<br />

Tambores cor azul<br />

Tambores cor verde<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Caçamba Caçamba<br />

Caçamba Caçamba<br />

Sacos plásticos Sacos plásticos<br />

Sacos plásticos Sacos plásticos<br />

Sacos plásticos Sacos plásticos<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–33 ABRIL / 2006<br />

Local de Descarte<br />

Autorizado<br />

ATERRO<br />

SANITÁRIO<br />

LICENCIADO<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

ATERRO<br />

INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

REUTILIZAÇÃO OU<br />

RECICLAGEM<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

REUTILIZAÇÃO<br />

OU RECICLAGEM<br />

ATERRO<br />

SANITÁRIO<br />

LICENCIADO<br />

ATERRO<br />

LICENCIADO<br />

ATERRO<br />

SANITÁRIO<br />

LICENCIADO<br />

ATERRO<br />

SANITÁRIO<br />

LICENCIADO


Quadro 2-7B - Classificação e Destinação dos Resíduos Gerados na Implantação de Dutos - Revestimento e Pintura<br />

Item Fase / Descrição Classificação Quantidade<br />

Estimada<br />

Unid. Classe<br />

13<br />

R<br />

Formas metálicas e<br />

cintas<br />

INERTE 160 kg II B<br />

14<br />

15<br />

16<br />

E<br />

V<br />

E<br />

S<br />

T<br />

I<br />

M<br />

E<br />

N<br />

Sobra de esteiras<br />

de madeira<br />

Sacos de cimento,<br />

papelão e<br />

embalagem dos<br />

aditivos<br />

Revestimento e<br />

isolamento<br />

INERTE<br />

INERTE<br />

PERIGOSO<br />

100<br />

70<br />

1.100<br />

kg<br />

kg<br />

kg<br />

II B<br />

II B<br />

I<br />

T<br />

17 O Latas e Tambores PERIGOSO 600 kg I<br />

E<br />

18 Filmes plásticos INERTE 10 kg II B<br />

P<br />

I Espátulas, rolos de<br />

19 N lã, pincéis, trinchas PERIGOSO 15 kg I<br />

T<br />

U<br />

e estopas<br />

20 R<br />

A<br />

Vidros de jatista INERTE 10 kg II B<br />

21<br />

Máscaras / filtros PERIGOSO 5 kg I<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Armazenamento<br />

Temporário<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

Forma de<br />

Acondicionamento<br />

Transporte/<br />

Tratamento<br />

Caçamba Caçamba<br />

Caçamba Caçamba<br />

Tambores cor azul<br />

Tambores cor<br />

amarela<br />

Contêiner de lixo<br />

Tambores na cor<br />

vermelha<br />

Tambores na cor<br />

amarela<br />

Tambores cor verde<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Saco plástico<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Saco plástico Saco plástico<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–34 ABRIL / 2006<br />

Local de Descarte<br />

Autorizado<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

REUTILIZAÇÃO OU<br />

RECICLAGEM<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

ATERRO INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO<br />

RECICLAGEM OU<br />

ATERRO INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO<br />

ATERRO SANITÁRIO<br />

LICENCIADO<br />

ATERRO INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

ATERRO INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO


Quadro 2-7C - Classificação e Destinação dos Resíduos Gerados na Implantação de Dutos - Canteiros de Obra<br />

Item Fase / Descrição Classificação Quantidade<br />

Estimada<br />

22<br />

23<br />

Embalagem de<br />

alumínio<br />

Sobras de<br />

preparação e<br />

alimentos<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Unid. Classe<br />

INERTE 30 kg II B<br />

NÃO-INERTE 1.300 kg II A<br />

24<br />

C<br />

A<br />

N<br />

T<br />

E<br />

I<br />

Copos e talheres<br />

descartáveis<br />

INERTE 20 kg II B<br />

25 R<br />

O<br />

Papel e papelão INERTE 50 kg II B<br />

26<br />

27<br />

Material de<br />

varrição<br />

Papel Higiênico<br />

comtaminado<br />

INERTE 40 kg II B<br />

PERIGOSO 20 kg I<br />

28 Efluente sanitário PERIGOSO 40 m 3 I<br />

29<br />

Mat. de curativos,<br />

agulhas e seringas<br />

PERIGOSO 5 kg I<br />

Armazenamento<br />

Temporário<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

Forma de<br />

Acondicionamento<br />

Transporte/<br />

Tratamento<br />

Caçamba Caçamba<br />

Tambores na cor<br />

preta<br />

Tambores na cor<br />

vermelha<br />

Tambores na cor azul<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Caçamba Caçamba<br />

Sacos plásticos Sacos plásticos<br />

Fossa tipo OMS N/A<br />

Vasilhame apropriado<br />

para material perfurocortante<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–35 ABRIL / 2006<br />

Local de Descarte<br />

Autorizado<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

COLETA SELETIVA E<br />

ENVIO PARA<br />

ATERRO SANITÁRIO<br />

LICENCIADO OU<br />

ALIMENTAÇÃO<br />

ANIMAL COM PRÉ-<br />

TRATAMENTO<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

COLETA SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

ATERRO SANITÁRIO<br />

LICENCIADO<br />

ATERRO SANITÁRIO<br />

LICENCIADO<br />

SISTEMA DE<br />

TANQUE SÉPTICO<br />

INCINERAÇÃO


Item Fase / Descrição Classificação<br />

30<br />

Óleo queimado ou<br />

hidráulico<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 2-7D - Classificação e Destinação dos Resíduos Gerados na Implantação de Dutos - Oficinas<br />

Quantidade<br />

Estimada<br />

Unid. Classe<br />

PERIGOSO 120 l I<br />

31<br />

Filtros de óleo/ar e<br />

embalagens<br />

contaminados com<br />

óleo<br />

PERIGOSO 25 kg I<br />

O<br />

F Embalagens de papel<br />

32 I<br />

C<br />

I<br />

e papelão<br />

contaminados<br />

PERIGOSO 15 kg I<br />

33<br />

N<br />

A<br />

Baterias PERIGOSO 15 kg I<br />

34<br />

35<br />

Trapos e estopas<br />

contaminadas<br />

PERIGOSO 15 kg I<br />

Tambores e latas PERIGOSO 30 kg I<br />

Armazenamento<br />

Temporário<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

Local sinalizado, na<br />

própria obra<br />

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

Forma de<br />

Acondicionamento<br />

Tambores de aço<br />

Tambores na cor<br />

amarela<br />

Tambores na cor<br />

amarela<br />

Tambores na cor<br />

amarela<br />

Tambores na cor<br />

amarela<br />

Tambores na cor<br />

amarela<br />

Transporte/<br />

Tratamento<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

Recipiente com<br />

resistência mecânica,<br />

identificado<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2–36 ABRIL / 2006<br />

Local de Descarte<br />

Autorizado<br />

REFINO<br />

(PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM)<br />

ATERRO<br />

INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO<br />

ATERRO<br />

INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO<br />

COLETA<br />

SELETIVA<br />

PROGRAMA DE<br />

RECICLAGEM<br />

ATERRO<br />

INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO<br />

RECICLAGEM<br />

OU ATERRO<br />

INDUSTRIAL<br />

LICENCIADO


(2) Transporte<br />

A logística de transporte de pessoal, materiais, equipamentos, combustíveis e lubrificantes,<br />

bem como dos resíduos gerados na implantação do Gasoduto, será definida pela empreiteira,<br />

que deverá apresentar seu plano para aprovação da Fiscalização.<br />

Em princípio, as rodovias SP-070 e SP-099 são as principais e mais importantes para absorver<br />

o tráfego da obra. Serão ainda utilizadas as estradas vicinais cortadas pelo duto.<br />

Algumas medidas para minimizar os transtornos causados pelo aumento de tráfego em razão<br />

desses transportes, são:<br />

• nos acessos existentes, ou mesmo na construção de novos, para evitar os transtornos<br />

advindos do aumento do tráfego e diminuir o risco de acidentes, deverão ser adotadas<br />

medidas, tais como: sinalização das vias (placas de controle de velocidade, animais<br />

silvestres, cruzamentos, indicação da obra, etc.), distribuição do transporte ao longo do<br />

dia para que não haja concentração dessa atividade num único período, transporte de<br />

determinadas cargas e equipamentos em períodos de menor fluxo de veículos,<br />

conscientização dos motoristas visando à redução de acidentes;<br />

• serão adotadas normas que garantam a não-agressão ao meio ambiente pelo tráfego de<br />

máquinas, para evitar a destruição de vegetação às margens dos acessos e proibir a<br />

descarga de quaisquer materiais no campo, como combustível, graxa, peças, restos de<br />

tubos, concreto, etc.;<br />

• em caso de manutenção do tráfego nas áreas habitadas, deverá ser providenciada, no<br />

período seco, a umectação das vias de acesso, de forma a reduzir as emissões de poeira<br />

sobre as residências locais, para reduzir o desprendimento de solo nas estradas de terra;<br />

• quando do transporte de materiais de construção, dever-se-á utilizar preferencialmente<br />

caminhões com carrocerias que impeçam a queda acidental deles, a qual poderá vir a<br />

causar problemas ambientais e de segurança para a população do entorno.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-37 ABRIL / 2006


(3) Desmobilização<br />

As equipes de trabalho e os canteiros de obras deverão ser desmobilizados de acordo com a<br />

finalização dos serviços de suas respectivas fases, conforme a seqüência aproximada, a seguir<br />

apresentada.<br />

• Topografia<br />

• Recebimento de tubos<br />

• Concretagem de tubos<br />

• Abertura de pista e acessos<br />

• Desfile de tubos<br />

• Obras especiais (cruzamentos/travessias)<br />

• Pipe-shop (montagem dos componentes)<br />

• Abertura de vala<br />

• Soldagem<br />

• Ensaios não-destrutivos US/RX<br />

• Revestimento de juntas<br />

• Abaixamento<br />

• Proteção Catódica<br />

• Tie-ins<br />

• Recomposição (sinalização / proteção vegetal / drenagem)<br />

• Teste hidrostático<br />

• Teste de Pearson<br />

• Pré-operação<br />

• Desmontagem dos canteiros (administrativo / estocagem de tubos / concretagem / oficinas<br />

/ parque de equipamentos).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-38 ABRIL / 2006


e. Operação<br />

A tecnologia empregada em todo o processo operacional de gasodutos atende a referências<br />

normativas internacionais consagradas por entidades que padronizam os procedimentos desde<br />

os projetos, montagem e implantação e, principalmente, a operação.<br />

Deverão ser cumpridas as diretrizes da PETROBRAS, que mantém uma Comissão de Normas<br />

Técnicas (CONTEC), formada por especialistas da empresa e das suas subsidiárias, que<br />

constantemente as atualizam, com base em suas experiências e nas normas internacionais.<br />

Portanto, a tecnologia empregada em gasodutos atende aos documentos do ANSI (American<br />

National Standards Institute), do API (American Petroleum Institute), do ASME (American<br />

Society of Mechanical Engineers), do MSS (Manufacturers Standartization Society of the<br />

Valve and Fittings Industry), do SIS (Sveriges Standardseringskommission), da ABNT<br />

(Associação Brasileira de Normas Técnicas), do Ministério do Trabalho e Previdência Social<br />

e da própria PETROBRAS.<br />

Serão realizadas manutenções preventivas periódicas nos equipamentos do sistema de<br />

proteção catódica, válvulas de bloqueio e no seu sistema de acionamento, manômetros,<br />

termômetros, medidores de vazão, sinalizadores de passagem de pig e demais acessórios do<br />

Gasoduto, a fim de manter o sistema em boas condições operacionais e de segurança durante<br />

toda a sua vida útil. Os procedimentos fazem parte do Plano Anual de Manutenção dos<br />

Gasodutos, que é integrante do documento “Manual de Trabalho dos Gasodutos do Sudeste”,<br />

da TRANSPETRO.<br />

A inspeção da faixa de servidão, que é realizada periodicamente, segundo a Classe de<br />

Locação, conforme definido no Plano Anual de Inspeção de Pistas/Faixas de Domínio dos<br />

Gasodutos, constante desse Manual de Trabalho, consiste em verificar (ao longo de toda a sua<br />

extensão) se há irregularidades que possam ocasionar esforços mecânicos nas tubulações ou<br />

pôr em risco as instalações existentes, tais como erosão, movimentação de terra,<br />

desmoronamento, tráfego de veículos e/ou equipamentos pesados sobre a faixa, crescimento<br />

de vegetação, deficiência do sistema de drenagem da faixa, queimadas, invasão da faixa por<br />

terceiros, realização de obras nas proximidades ou que interfiram com a faixa, deficiência na<br />

demarcação e sinalização de advertência, afloramento do duto, submetido às correntes das<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-39 ABRIL / 2006


águas ou com processos erosivos que possam gerar riscos. Deverão, também, ser verificadas<br />

as condições de tráfego das estradas de acesso às áreas das válvulas de bloqueio, estações de<br />

lançadores e recebedores de pigs, e demais instalações. A finalidade da inspeção da tubulação<br />

será determinar as condições físicas do duto; se necessário, poderão ser utilizados materiais<br />

de uso convencional.<br />

f. Desativação<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté encontra-se projetado para uma vida útil estimada de 20<br />

anos (Quadro 2-4). A retirada de operação do Gasoduto deverá ser precedida de remoção do<br />

gás natural por gás inerte. No caso de desativação permanente do Gasoduto, as instalações<br />

aparentes serão desmontadas.<br />

Todas as suas extremidades deverão ser desconectadas, seladas e enterradas. Neste caso,<br />

incluem-se todos os locais onde houver o afloramento da tubulação (válvulas de bloqueio,<br />

pontos de entrega, lançadores/recebedores de pigs, etc.). Caso não permaneça nenhuma<br />

tubulação em operação, as áreas próprias serão alienadas e as áreas da faixa de servidão serão<br />

renegociadas com os proprietários, suprimindo-se as restrições impostas anteriormente.<br />

g. Segurança<br />

(1) Condições Gerais<br />

A segurança é uma das principais preocupações do projeto. As medidas de gerenciamento de<br />

riscos estão sendo tomadas desde a concepção inicial do traçado, com a elaboração do Estudo<br />

de Análise de Risco (EAR) (Volume 3/3 deste <strong>EIA</strong>), devendo prosseguir durante a construção<br />

e montagem, e permanecerão durante todo o período da vida útil do empreendimento, com uma<br />

constante manutenção dos equipamentos e inspeção da faixa de servidão e da tubulação. O principal<br />

objetivo durante a operação será prevenir eventuais acidentes, com rompimentos/vazamentos<br />

de produtos para o meio ambiente.<br />

O Gasoduto está sendo projetado dentro dos padrões internacionais de segurança e, durante<br />

sua construção, haverá um controle de qualidade rígido dos materiais a serem empregados,<br />

principalmente na montagem e na pré-operação. É importante registrar que a empresa<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-40 ABRIL / 2006


esponsável pelas etapas de construção e montagem deverá disponibilizar um plano de<br />

segurança detalhado, seguindo-se os padrões e normas nacionais e internacionais.<br />

Durante a operação e manutenção, serão tomadas todas as medidas preventivas de proteção,<br />

prevendo-se que o Gasoduto será dotado de um rigoroso sistema de controle e<br />

monitoramento, aliado a uma constante avaliação e inspeção.<br />

(2) Treinamento<br />

Para a fase de implantação do Gasoduto, antes do seu início, a empreiteira deverá criar a<br />

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e efetuar reuniões para transmitir ao seu<br />

pessoal as medidas mínimas de segurança que deverão ser adotadas durante o período das<br />

obras, com ênfase para a obrigatoriedade do uso de equipamentos de segurança e seus<br />

benefícios, para todas as equipes das diversas frentes de serviço e demais atividades de apoio.<br />

Dentre algumas atividades que requerem procedimentos de segurança, citam-se: transporte de<br />

pessoal, material e equipamentos para as áreas de trabalho; operação dos equipamentos;<br />

descarregamento e colocação de tubulações, corte e soldagem de tubos, dentre outras. Nesse<br />

contexto, as reuniões de segurança deverão ocorrer periodicamente, durante toda a etapa da<br />

construção, conforme regimento da CIPA, instruindo, também, os funcionários quanto aos<br />

procedimentos de primeiros socorros no caso de acidentes.<br />

(3) Procedimentos<br />

Os procedimentos mínimos de segurança, a serem desenvolvidos para proteger a vida humana<br />

e salvaguardar o público de forma real dos riscos potenciais, abrangerão as seguintes ações,<br />

constantes no Plano de Gerenciamento de Riscos – PGR e/ou Plano de Ação de Emergência<br />

(PAE), este último atualmente denominado Plano de Emergência Local – PEL:<br />

• estabelecer e manter um canal direto de comunicação com a coordenação responsável para<br />

emergências;<br />

• realizar reuniões periódicas com os Grupos de Emergência próprios, treinados para<br />

compor a comissão que atuará nesses casos, contando até com a participação de<br />

representantes da Defesa Civil, órgãos ambientais, Corpo de Bombeiros, Polícias Militar e<br />

Rodoviária, dentre outras entidades que, direta ou indiretamente, possam colaborar;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-41 ABRIL / 2006


• aprovisionar e preparar o pessoal, equipamentos, instrumentos e material necessário para<br />

emergências;<br />

• interromper o serviço numa emergência e analisá-lo, posteriormente, com segurança;<br />

• manter a estrutura organizacional atualizada para atendimento de emergências;<br />

• estabelecer um contínuo programa de educação para capacitar o público em geral,<br />

governo, autoridades, etc., para reconhecer emergências no sistema do Gasoduto<br />

Caraguatatuba - Taubaté.<br />

h. Inspeção Ambiental<br />

(1) Objetivos<br />

A Inspeção Ambiental é realizada na fase de acompanhamento das obras e se baseia no Plano<br />

Ambiental para a Construção – PAC do empreendimento. Trata-se de um conjunto de técnicas<br />

que podem interferir diretamente nos procedimentos construtivos, com medidas ambientais<br />

visando mitigar os impactos produzidos pela implantação do duto.<br />

Portanto, há necessidade de treinar a mão-de-obra da empreiteira e seus inspetores<br />

ambientais. Esse treinamento visa preparar todos os trabalhadores para a aplicação de<br />

medidas ambientais previamente determinadas no Estudo de Impacto Ambiental – <strong>EIA</strong> e no<br />

Projeto Básico Ambiental – PBA.<br />

(2) Treinamento<br />

O treinamento ambiental é um processo que ocorre durante todo o período de construção e<br />

montagem.<br />

A maioria dos trabalhadores que participará da construção do Gasoduto necessita ser treinada<br />

para as medidas ambientais, visando ao desempenho efetivamente esperado. A complexidade<br />

e a diversidade dessas medidas exigem lembretes constantes para efeito de incorporação e<br />

memorização por parte do público-alvo.<br />

Nesse caso, deverá também ser elaborada e afixada uma coleção de cartazes (a serem<br />

definidos pelas empreiteiras) em locais de uso coletivo dos canteiros de obras e áreas de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-42 ABRIL / 2006


armazenamento de tubos (refeitórios, dormitórios, salas de descanso, áreas de lazer, etc.). Os<br />

cartazes deverão ser ilustrados com fotos e frases alusivas às medidas ambientais.<br />

A empreiteira deverá motivar os trabalhadores no sentido de que aceitem e pratiquem as<br />

medidas ambientais. Para isso, poderá instituir prêmios (pequenos brindes) e reconhecimentos<br />

de méritos ambientais para as equipes e trabalhadores que se destacarem no mês.<br />

Os treinamentos deverão ser realizados para pequenos grupos de trabalhadores (no máximo,<br />

30 por sessão), com duração mínima de três horas. Eles serão realizados à medida que os<br />

funcionários forem sendo mobilizados/contratados.<br />

Prevê-se a realização de dois encontros de formação para cada empregado (a cada dois<br />

meses). A participação deles será obrigatória e antecederá o início de suas funções nas obras<br />

do Gasoduto, devendo haver registro em lista de presença. O treinamento terá prévio<br />

conhecimento do Coordenador Ambiental do empreendedor, o qual tecerá comentários sobre<br />

seu conteúdo, objetivando analisá-lo e verificar se atende às prescrições do Estudo de Impacto<br />

Ambiental – <strong>EIA</strong> e do Projeto Básico Ambiental – PBA.<br />

Os objetivos do treinamento são os seguintes:<br />

• facilitar a análise dos projetos executivos da empreiteira, com vistas à preservação e<br />

proteção ambiental, principalmente quanto à recomposição e revegetação da faixa de<br />

servidão;<br />

• preparar e estimular os funcionários da empreiteira envolvidos no empreendimento para<br />

adoção das medidas de conservação e proteção ambiental preestabelecidas;<br />

• estimular o relacionamento respeitoso dos trabalhadores com as comunidades locais<br />

situadas no entorno dos canteiros de obras e faixa de servidão;<br />

• alertar e orientar os trabalhadores e as comunidades vizinhas, previamente, sobre doenças<br />

sexualmente transmissíveis.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-43 ABRIL / 2006


(3) Responsabilidades<br />

O Coordenador Ambiental da empreiteira será o responsável pela implantação e<br />

desenvolvimento do treinamento ambiental, gerenciando a realização dos cursos e palestras<br />

para todos os trabalhadores alocados na obra. Esses cursos deverão ser ministrados por<br />

técnicos com experiência prática e conhecimentos teóricos sobre a implantação de obras<br />

similares de oleodutos ou gasodutos.<br />

O Coordenador Ambiental da empreiteira deverá participar desses cursos e, quando cabível,<br />

propor soluções e alternativas de caráter imediato para as ocorrências ambientais.<br />

Na ausência do Inspetor Ambiental, o Inspetor de Segurança do Trabalho o substituirá, nas<br />

fases de obras ou nos canteiros em que estiver presente.<br />

Os demais inspetores de fases, lotados nas diversas frentes de serviços, deverão, também, dar<br />

suporte ao Inspetor Ambiental, colaborando para que seus serviços cumpram com os<br />

objetivos ambientais, uma vez que estarão permanentemente na faixa de servidão e nos<br />

canteiros de obras.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E<br />

CARACTERIZAÇÃO DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

2-44 ABRIL / 2006


3. ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO<br />

3.1 GERAL<br />

A definição das Áreas de Influência baseou-se na análise preliminar das principais<br />

interferências do empreendimento na região e sua repercussão nos diversos elementos<br />

socioambientais. Os impactos têm efeitos diferenciados no meio ambiente, podendo ser<br />

indiretos ou diretos e, ainda, ser sentidos em curto, médio ou longo prazo. Sendo assim, nos<br />

Estudos Ambientais do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté (GASTAU), foram consideradas<br />

duas unidades distintas de análise: Área de Influência Indireta (AII) e Área de Influência<br />

Direta (AID).<br />

No enfoque atribuído a essas áreas, adotou-se como parâmetro predominante a extensão do<br />

Gasoduto — como é comum em empreendimentos de natureza linear — envolvendo, assim, a<br />

superfície do terreno e de seu entorno ao longo do traçado, bem como os municípios por ele<br />

atravessados.<br />

Em função dessa especificação, procurou-se determinar os limites das Áreas de Influência do<br />

Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté a partir de critérios objetivos, relacionando as ações<br />

impactantes com os efeitos sobre os sistemas socioambientais da região, de natureza física,<br />

biótica e socioeconômica. Com base nessa conceituação, procedeu-se, então, à definição<br />

dessas áreas, conforme explicado a seguir.<br />

As duas áreas citadas (AII e AID) são ilustradas no Mapa 02 – Áreas de Influência,<br />

apresentado no Volume 2/3, Anexo A, deste <strong>EIA</strong>.<br />

3.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA DOS MEIOS FÍSICO E BIÓTICO<br />

O critério básico para a determinação da Área de Influência Indireta dos meios físico e biótico<br />

foi o conhecimento das características particulares do combustível em transporte, o gás natural,<br />

reconhecido por não representar qualquer risco de contaminação do ambiente aquático, uma vez<br />

que se trata de um produto volátil que, no caso de algum vazamento, dispersa-se rapidamente na<br />

atmosfera. Dessa forma, a partir da associação das características construtivas do<br />

empreendimento, estabeleceu-se um corredor homogêneo de 10km de largura, no interior do<br />

qual se situa o traçado do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté, onde os impactos ambientais<br />

podem vir a ser sentidos nos diferentes ambientes atravessados por esse empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

3-1 ABRIL / 2006


A definição de um corredor de igual largura, ao longo de todo o traçado, deveu-se,<br />

principalmente, ao reconhecimento da linearidade e da grande extensão do empreendimento,<br />

como também aos processos construtivos, notadamente a implantação dos canteiros e das<br />

áreas de armazenagem de tubos, a utilização de acessos (provisórios e existentes) e a<br />

intervenção ao longo da faixa de servidão que, por critérios da PETROBRAS, para gasodutos,<br />

possui 20m de largura.<br />

Complementarmente, cabe esclarecer que, na abordagem definida nestes estudos, que foi a de<br />

proceder a uma análise integrada dos sistemas ambientais, durante a definição das Áreas de<br />

Influência Indireta (AII) e Direta (AID), foi também levada em consideração a interferência<br />

que o meio ambiente pode vir a exercer sobre o empreendimento, quer na fase de implantação<br />

quer na de operação, com especial atenção às áreas susceptíveis à erosão e de interesse<br />

agrícola. Dessa forma, confirmou-se esse corredor de 10km como Área de Influência Indireta<br />

para os meios físico e biótico, uma vez que, cruzando as variáveis ambientais com todas as<br />

ações e medidas preconizadas pelo empreendedor (pelo cumprimento da legislação ambiental<br />

e pelo desenvolvimento de Programas Ambientais), no que se refere à segurança do<br />

empreendimento, chegou-se à conclusão de que nenhum fenômeno natural, em condições<br />

normais, fora desse corredor, pode vir a provocar danos significativos ao mesmo, e vice-<br />

versa.<br />

3.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA DO MEIO ANTRÓPICO<br />

Para definição da Área de Influência Indireta do meio antrópico, foram considerados todos os<br />

municípios cujos territórios, definidos pelo IBGE (2003), deverão ser efetivamente<br />

atravessados pelo Gasoduto, considerando-se sua faixa de servidão de 20 metros. Esses<br />

municípios, por isso, podem sofrer os efeitos, de alta ou baixa intensidade, das diversas ações<br />

do empreendimento. Essas ações poderão se refletir na vida social, econômica e na infra-<br />

estrutura de cada um deles, mais explicitamente na dinâmica do cotidiano das populações<br />

rurais e urbanas, nas atividades produtivas, na geração de empregos, no aumento da demanda<br />

de bens e serviços e no aumento da renda e da arrecadação municipal, para citar os principais<br />

reflexos. Assim sendo, são considerados como AII do Meio Antrópico do Gasoduto<br />

Caraguatatuba-Taubaté os seis municípios atravessados, como mostra o Quadro 3-1,<br />

apresentado a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

3-2 ABRIL / 2006


Quadro 3-1 – Extensão Aproximada Atravessada (EAA) nos municípios pelo Gasoduto<br />

Caraguatatuba-Taubaté.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ITEM MUNICÍPIO EAA (km)<br />

1 Caraguatatuba 9,65<br />

2 Paraibuna 36,93<br />

3 Jambeiro 9,97<br />

4 São José dos Campos 16,40<br />

5 Caçapava 14,85<br />

6 Taubaté 6,30<br />

Fonte: BIODINÂMICA, 2006.<br />

3.4 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA<br />

Na Área de Influência Direta (AID), os impactos deverão realmente ocorrer na parte mais<br />

próxima às obras, havendo apenas um potencial de ocorrência de impactos na região mais<br />

afastada. Os impactos mais comuns envolvem problemas erosivos e riscos à existência de<br />

pequenos núcleos populacionais. Os impactos atuam nos dois sentidos: do empreendimento<br />

sobre o meio ambiente, e deste sobre o Gasoduto. Usualmente, é adotada uma largura de<br />

400m para cada lado do duto, com o objetivo de caracterizar essa área nos estudos ambientais.<br />

Por essa razão, definiu-se a AID com uma largura total de 800m.<br />

Em função da largura definida acima, e da extensão de 94,1km do Gasoduto Caraguatatuba-<br />

Taubaté, a Área de Influência Direta (AID) total admitida para o empreendimento é de 7.528ha.<br />

Além dessa faixa estendida de 800m, devem ser acrescidos e considerados como pertencentes<br />

à Área de Influência Direta (AID) os acessos imediatos a serem utilizados, as áreas destinadas<br />

às obras associadas (Áreas de Válvulas), incluindo aquelas destinadas à instalação dos<br />

canteiros de obras e áreas de armazenamento de tubos, bem como as cidades que servirão de<br />

apoio, ao alojarem os trabalhadores da obra, locais esses que serão definidos em etapa futura<br />

dos trabalhos de implantação do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté.<br />

ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO<br />

EMPREENDIMENTO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

3-3 ABRIL / 2006


4 ANÁLISE DE ALTERNATIVAS<br />

4.1 INTRODUÇÃO<br />

Conforme apresentado na subseção 2.3, que trata das justificativas de implantação do<br />

empreendimento, a alternativa de utilização de gás natural, ambiental e tecnologicamente, em<br />

vez de outros combustíveis mais poluentes, está atualmente consagrada em todo o mundo. Por<br />

isso, deve ser adotada sempre que for economicamente viável. Complementarmente, deve-se<br />

pesquisar uma alternativa de localização do empreendimento que associe todos esses<br />

aspectos, técnicos, econômicos, sociais e ambientais.<br />

É o caso do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, que está destinado a escoar o gás natural<br />

processado na UTG a ser localizada em Caraguatatuba (UTGCA) para a futura Estação de<br />

Compressão de Taubaté, suprindo a Malha de Gasodutos do Sudeste e reforçando, assim, a<br />

oferta necessária para a obtenção do nível previsto de consumo desse combustível na Matriz<br />

Energética Brasileira. Em conjunto com esse objetivo principal, o estudo das alternativas<br />

locacionais para a seleção do corredor de estudo do Gasoduto objetiva, também, e<br />

principalmente, a minimização dos impactos ambientais decorrentes da sua implantação.<br />

Em termos econômicos, o traçado ideal deveria ser composto por segmentos de reta, ligando<br />

os pontos de passagem obrigatórios e desviando de grandes obstáculos (represas, áreas de<br />

preservação ambiental, afloramentos, rios, estradas, lugarejos, etc.). No entanto, a viabilidade<br />

técnico-econômica para implantação do Gasoduto pode estar fortemente vinculada a aspectos<br />

ambientais que restringem desvios e condicionam os traçados alternativos.<br />

Sob esse enfoque analítico, a seleção do traçado considerou os aspectos físicos, bióticos e<br />

socioeconômicos presentes, a legislação ambiental aplicável e os critérios e normas de<br />

engenharia, nacionais e internacionais, utilizados pela PETROBRAS, compatibilizando,<br />

assim, as necessidades e condicionantes técnico-econômicas com as restrições ambientais,<br />

para produzir os menores impactos possíveis e se implementar um empreendimento de forma<br />

correta, sem a geração de futuros passivos ambientais.<br />

4.2 METODOLOGIA DE SELEÇÃO DO TRAÇADO PREFERENCIAL<br />

Como estratégia de planejamento com implicações espaciais e de uso, foram aplicadas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 1 ABRIL / 2006


Diretrizes Ambientais, que estão vinculadas às características do empreendimento e às suas<br />

relações com o meio ambiente. Elas foram estabelecidas a partir da identificação de fatores<br />

ambientais críticos, formando um conjunto de recomendações de otimização para um traçado<br />

ideal. As principais Diretrizes utilizadas em diagnósticos ambientais, para definição de<br />

traçados de dutos, estão contidas na Norma PETROBRAS N-2624 - Implantação de Faixas de<br />

Dutos Terrestres.<br />

Realizou-se uma análise preliminar das alternativas de traçado, a partir de base de dados<br />

digitais: mosaico de carta topográfica, mosaico de cenas de Landsat TM, imagens Spot e<br />

Áster, modelo digital do terreno e dados secundários de Unidades de Conservação, Territórios<br />

Indígenas, Quilombolas, recursos minerais, declividade, uso e ocupação do solo, municípios,<br />

RPPNs, etc.<br />

A partir da avaliação e consolidação da base de dados digital, realizou-se sobrevôos de<br />

reconhecimento com representantes dos meios biótico, físico e antrópico, para coleta de<br />

informações adicionais no campo, avaliando-se as alternativas de traçado com suas<br />

respectivas características ambientais, e para registrar através de câmera fotográfica os<br />

principais pontos notáveis.<br />

Ainda, foram realizadas inspeções terrestres para avaliar geotecnicamente a transposição da<br />

serra do mar pela alternativa preferencial e a capacidade de suporte das faixas existententes<br />

do OSVAT/OSPLAM à introdução de uma nova faixa (ver adiante).<br />

A partir daí, foram definidos os corredores, como ilustrado no Mapa 03 – Alternativas<br />

Locacionais, apresentado no Anexo A do Volume 2/3 deste documento. Esses corredores<br />

foram denominados Alternativa 1, Alternativa 2 e Alternativa 3.<br />

4.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

As três alternativas analisadas para localização do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté são<br />

apresentadas a seguir. Todas elas têm início na UTG de Caraguatatuba e seguem até a futura<br />

Estação de Compressão de Taubaté, no município de Taubaté.<br />

O Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) é considerado aqui como o primeiro e principal<br />

obstáculo para a viabilização do empreendimento em questão. Todas as alternativas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 2 ABRIL / 2006


necessitam passar por ele em seus trajetos. Ainda, cada uma das alternativas passa pela APA<br />

do Rio Paraiba do sul e pela zona de amortecimento de mais uma Unidade de Conservação<br />

(ver Mapa 03 – Alternativas Locacionais). Dessa forma, o parâmetro travessia de UC ou de<br />

sua zona de amortecimento não é suficiente para descartar ou eleger uma alternativa, e sim a<br />

maneira como cada uma atravessa a(s) mesma(s).<br />

Portanto, a análise das alternativas está direcionada para a maneira como cada uma irá<br />

transpor o PESM, visto que é a área mais sensível biológica e fisicamente, onde os impactos<br />

mais significativos do Gasoduto ocorrerão. Após a serra, há uma mancha considerável de<br />

Mata Atlântica não protegida, atingida por todas as alternativas analisadas. A partir daí,<br />

transpondo essa mata, o uso e ocupação do solo da região é predominantemente de pastagens,<br />

com alguma agricultura de subsistência e silviculturas de eucalipto e poucos fragmentos de<br />

mata em pior estado de conservação que as matas contínuas da Serra do Mar, não influindo,<br />

portanto, na análise.<br />

4.3.1. Alternativa 1<br />

A primeira possibilidade a ser considerada, a Alternativa 1, objetiva o maior<br />

compartilhamento possível com as faixas já existentes dentro do parque, visando minimizar o<br />

impacto sobre a biota protegida. A diretriz parte da cidade de Caraguatatuba, no local da<br />

futura UTGCA, e segue pela planície costeira em faixa a ser implantada com<br />

aproximadamente 8km de extensão até o limite do Parque Estadual. A partir desse ponto,<br />

segue dentro do Parque, ainda em faixa a ser implantada em um trecho de 7km de extensão,<br />

transpondo a serra do Mar até encontrar a faixa OSPLAN/OSVAT no seu Km 27. Desse<br />

ponto, segue a faixa existente até o limite norte do Parque Estadual, em um trecho de 13,6km<br />

de extensão. Daí, continua pela faixa existente até Guararema e, em seguida, prossegue pelas<br />

faixas Guararema/REVAP e REVAP/Taubaté.<br />

A princípio, essa alternativa seria ambientalmente a menos impactante, pelo fato de ser<br />

construída, na maior parte, em faixas existentes. Por isso, os principais critérios a serem<br />

avaliados devem ser as características das obras para a implantação do novo duto e as<br />

condições geotécnicas e geomorfológicas da faixa existente, tendo em vista os riscos<br />

construtivos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 3 ABRIL / 2006


Na rota de dutos São Sebastião/Guararema, estão implantados dois oleodutos. O primeiro a<br />

ser instalado foi o OSPLAN, com 24” de diâmetro; posteriormente, foi implantado o oleoduto<br />

OSVAT, com 42” de diâmetro. Esses dutos são responsáveis pelo abastecimento de petróleo<br />

da REPLAN e da REVAP.<br />

Essa faixa existente na região da serra do Mar já está muito ocupada, o que é confirmado em<br />

um estudo mais aprofundado dela e de seus principais acessos. Esses acessos não suportariam<br />

um tráfego pesado de veículos, pois lá são comuns problemas de estabilidade, com<br />

deslizamentos e escorregamentos de taludes (Foto 4-1), onde são realizadas, constantemente,<br />

obras para contenção de encostas e de drenagem para proteção de taludes.<br />

Foto 4-1 – Exemplo de deslizamento que interditou uma das estradas de acesso.<br />

A faixa em si passa por um terreno muito acidentado, apresentando grandes dificuldades<br />

construtivas, estando sujeita a movimentos de massa (escorregamentos e deslizamentos)<br />

decorrentes das elevadas inclinações e índices pluviométricos.<br />

O oleoduto OSVAT não foi implantado totalmente na mesma faixa do oleoduto OSPLAN,<br />

basicamente em função da impossibilidade de alargamento da faixa (Foto 4-2) e/ou devido à<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 4 ABRIL / 2006


sua acentuada inclinação longitudinal (Foto 4-3), resultando em muitos pontos com variantes<br />

e passagens aéreas dos dutos (Foto 4-4).<br />

Da mesma forma, não é aconselhável o tráfego de carros pesados sobre essa faixa. Para<br />

garantir a segurança, seriam necessários, pelo menos, 10m de área livre a partir da posição do<br />

duto existente mais próximo, ou seja, 10m de supressão de vegetação dentro do Parque, ao<br />

longo de toda a faixa.<br />

Foto 4-2 - Exemplo de área em que não existe espaço, na faixa existente, para a<br />

instalação de um novo duto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 5 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Foto 4-3 – Exemplo de trecho com declividade alta.<br />

Foto 4-4 - Passagem aérea existente em uma das variantes da faixa, a qual não permite<br />

a implantação de um novo duto.<br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 6 ABRIL / 2006


Outra questão importante a se considerar diz respeito ao meio antrópico. Um impacto muito<br />

provável com a adoção dessa alternativa seriam remoções de casas, pois as faixas existentes<br />

do OSVAT e OSPLAN, na região de Salesópolis e periferia de Guararema e São José dos<br />

Campos, passam muito próximas a aglomerados urbanos.<br />

Outro aspecto que prejudica a escolha dessa alternativa é o fato dela passar na zona de<br />

amortecimento do Parque Estadual Nascentes do Tietê, que localiza-se na divisa dos<br />

Municípios de Salesópolis e Paraibuna.<br />

Considerando todos os fatores negativos explicados acima, descartou-se a Alternativa 1.<br />

4.3.2. Alternativa 2<br />

Tendo em vista esse cenário, partiu-se para uma alternativa mais segura para a construção do<br />

Gasoduto. A Alternativa 2, portanto, considera a implantação do duto totalmente em faixa<br />

nova, na área da serra do Mar (Foto 4-5). Para minimizar os impactos da supressão de<br />

vegetação nativa em bom estado de conservação existente, considerou-se o menor trecho<br />

possível para atravessar o parque, com uma extensão de faixa totalizando 5,7km.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 7 ABRIL / 2006


Foto 4-5 - Transposição da Alternativa 2 sobre área do Parque. Apesar de algumas<br />

clareiras, a faixa passa por área de vegetação densa. Ainda, há afloramentos rochosos<br />

próximos, o que seria um impeditivo construtivo.<br />

A diretriz inicia-se na região de Caraguatatuba, cruzando sua planície litorânea até encontrar a<br />

serra do Mar em trecho de floresta primária e secundária tardia, em excelente estado de<br />

conservação.<br />

Aparentemente, as condições físicas do relevo se apresentam melhores que as da Alternativa<br />

1, sob o ponto de vista de inclinação e drenagem, apesar da presença de alguns afloramentos<br />

rochosos (Foto 4-5).<br />

Por estar em expressiva área de faixa nova, ainda há a vantagem de esta alternativa passar em<br />

menos áreas de ocupação humana, ao contrário da anterior.<br />

Contudo, esta alternativa ainda apresenta a desvantagem de suprimir área considerável de<br />

vegetação nativa e densa, protegida no citado Parque e de atravessar a zona de amortecimento<br />

do Parque Natural Municipal Dr. Rui Calazans de Araújo, em Paraibuna.<br />

Além disso, existem restrições legais para a realização de obras dentro da área do Parque,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 8 ABRIL / 2006


segundo o Decreto Estadual nº 25.341, de 04/06/1986, que aprovou o regulamento dos<br />

Parques Estaduais Paulistas. O artigo 8 o desse Decreto veda obras de escavações na área do<br />

parque, dentre outras, e o 24 o veda obras de empreendimentos como oleodutos<br />

(construtivamente similar a gasodutos), a não ser que sejam de interesse do Parque. O Decreto<br />

Estadual 29.762, de 20/03/89, complementa esse último artigo e abre uma possibilidade para<br />

execução de tais obras, caso sejam de necessidade, utilidade pública ou de interesse social,<br />

como é característico do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté. Todavia, essas obras não podem<br />

comprometer a integridade dos atributos que justificam a proteção do Parque Estadual; por<br />

isso, essa alternativa também foi descartada.<br />

4.3.3. Alternativa 3<br />

Na Alternativa 3, o traçado é praticamente o mesmo da Alternativa 2, mas há uma opção<br />

tecnológica ao traçado: existirá uma passagem subterrânea para o duto, um túnel, com 5,7km<br />

de extensão, que atravessará a área do PESM, a fim de se evitarem as restrições legais citadas<br />

acima e o significativo impacto sobre a biota protegida no PESM. Essa alternativa foi<br />

analisada e especificada em estudo detalhado realizado pelo Instituto de Pesquisas<br />

Tecnológicas de São Paulo (PETROBRAS/IPT, fev. 2006 e PETROBRAS/IPT, mar. 2006).<br />

O túnel será escavado a partir da baixada, em Caraguatatuba, com 2% de inclinação<br />

ascendente por 2,5km, passando a 10% de inclinação máxima por mais 2,6km. Nesse ponto,<br />

encontrará um shaft, perfurado a partir do planalto, com cerca de 400m de profundidade. Esse<br />

padrão construtivo não é inédito, tendo sido adotado na passagem subterrânea de Aparados da<br />

Serra para o Gasoduto Bolívia–Brasil. A geologia local é favorável, estando constituída<br />

fundamentalmente por gnaisses migmatíticos e, na maior parte, por gnaisses graníticos, cuja<br />

xistosidade ou bandamento é praticamente perpendicular ao traçado do túnel, consistindo uma<br />

condição favorável (PETROBRAS/SHAFT, 2005).<br />

Dessa maneira, esta alternativa acumula as principais vantagens construtivas da Alternativa 2<br />

e o fato de não haver o significativo impacto de supressão de vegetação nativa protegida em<br />

bom estado de conservação, apesar de também atravessar a zona de amortecimento do Parque<br />

Natural Municipal Dr. Rui Calazans de Araújo. Por isso, foi a escolhida como Alternativa<br />

Preferencial para avaliação dos impactos do empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 9 ABRIL / 2006


Essa Alternativa 3 foi posteriormente otimizada, no que se refere à sua micro-localização, na<br />

medida em que se foram obtendo informações mais precisas, advindas das campanhas de campo<br />

de diagnóstico dos meios físico, biótico e antrópico, realizadas na abrangência das Áreas de<br />

Influência Indireta e Direta do empreendimento, bem como na disponibilização de fotos aéreas<br />

digitais na escala de 1:25.000.<br />

4.4 HIPÓTESE DE NÃO-EXECUÇÃO DO PROJETO<br />

A análise da opção, ou alternativa, de não-realização do empreendimento, avaliando-se as<br />

condições da região nessa situação, bem como o prognóstico com a sua implementação,<br />

encontra-se apresentada na subseção 5.4 deste documento – Análise Ambiental Integrada.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

4 – 10 ABRIL / 2006


5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

5. A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICÁVEL<br />

O sistema jurídico brasileiro tem procurado harmonizar a proteção ambiental com o<br />

desenvolvimento econômico nacional. Por isso, ao longo das últimas décadas, uma extensa<br />

série de documentos vem sendo proposta, debatida, aprovada e transformada em leis,<br />

decretos, resoluções – em especial, as do CONAMA –, normas, portarias e instruções. A<br />

legislação ambiental brasileira é, atualmente, uma das mais completas do mundo e tem<br />

servido de base para aplicação em diversos outros países, como, por exemplo, os latinoamericanos<br />

tanto do Sul quanto da América Central. Esses documentos, obrigatoriamente,<br />

deverão ser respeitados e considerados pela PETROBRAS e por suas contratadas no<br />

empreendimento ora em análise.<br />

Dentre esses documentos, uma das principais leis editadas é a de n o 6.938/81, que estabeleceu a<br />

Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e objetivou “a preservação, melhoria e<br />

recuperação da qualidade de vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento<br />

socioeconômico”. Essa lei, ao ser criada, buscou estabelecer princípios e práticas que ressaltassem<br />

a importância do desenvolvimento econômico e social, sem prejuízo da qualidade ambiental.<br />

Também instituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA e o Conselho Nacional do<br />

Meio Ambiente – CONAMA, sendo este último de suma importância na deliberação das<br />

resoluções que estabelecem normas e padrões ambientais. Os instrumentos da Política Nacional<br />

do Meio Ambiente, tal qual o Sistema de Licenciamento Ambiental e os Estudos de Impacto<br />

Ambiental, podem ser de grande eficácia na garantia da qualidade ambiental.<br />

Em âmbito federal, o licenciamento ambiental, além desse marco inicial em 1981, a PNMA,<br />

estabeleceu a necessidade da Avaliação de Impacto Ambiental, através da Resolução<br />

CONAMA nº 001/86, que também pode ser considerada como outro importante marco desse<br />

processo. Nessa Resolução, foram estabelecidas as diretrizes gerais para a elaboração dos<br />

Estudos de Impacto Ambiental e respectivos Relatórios (<strong>EIA</strong>/RIMA), visando sobretudo à<br />

compatibilização dos processos de licenciamento com a implantação de empreendimentos e<br />

atividades diversas. A partir do final de 1997, a Resolução CONAMA nº 237 passou a vigorar,<br />

alterando e complementando a Resolução CONAMA nº 001/86, através da revisão de<br />

procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental. Ressalta-se que a Resolução<br />

237/97 foi deliberada a partir da necessidade de incorporação dos instrumentos de gestão<br />

ambiental, visando ao desenvolvimento sustentável e à melhoria contínua da qualidade de vida.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-1 ABRIL / 2006


Ainda em âmbito federal, cumpre ressaltar, a título ilustrativo, a importância do que dispõe a<br />

legislação sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs), instituídas pelo Código<br />

Florestal (Lei n o 4.771/65 e posteriores alterações) e regulamentada pela Resolução<br />

CONAMA n o 303, de 20 de março de 2002. Essa lei e diversos outros instrumentos legais,<br />

também de suma importância, são apresentados a seguir, divididos por temas associados a<br />

meio ambiente e ao empreendimento, o Gasoduto Taubaté-Caraguatatuba.<br />

Foram, também, relacionadas as Portarias da Agência Nacional de Petróleo - ANP aplicáveis<br />

ao empreendimento em análise e as Normas PETROBRAS para construção e montagem<br />

específicas para transporte de gás natural em dutos subterrâneos, em especial.<br />

A exemplo da legislação federal, a legislação do Estado de São Paulo foi selecionada<br />

seguindo a divisão por temas relacionados a meio ambiente.<br />

O licenciamento ambiental, em São Paulo, foi regulamentado no Capítulo III da Lei Estadual<br />

n o 9.509, de 20 de março de 1997, que dispõe sobre a Política Estadual de Meio Ambiente.<br />

Quanto aos municípios, a legislação existente, em geral, acompanha as determinações dos<br />

documentos legais em níveis federal e estadual.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-2 ABRIL / 2006


1. LEGISLAÇÃO FEDERAL<br />

TEMA<br />

Proteção do Meio Ambiente<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei n o 6.938, de<br />

31.08.81<br />

Lei n o 7.347, de<br />

24.07.85<br />

Resolução CONAMA<br />

n o 001, de 16.03.88<br />

Constituição Federal<br />

de 05.10.88<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio<br />

Ambiente, seus fins e mecanismos de<br />

formulação e aplicação, constitui o Sistema<br />

Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA e<br />

institui o Cadastro de Defesa Ambiental.<br />

Alterada pelas Leis 7.804/89 e 10.165/00 e<br />

regulamentada pelos Decretos 89.336/84,<br />

97.632/89 e 99.274/90.<br />

Disciplina a ação civil pública de<br />

responsabilidade por danos causados ao<br />

meio ambiente, ao consumidor, a bens e<br />

direitos de valor artístico, estético, histórico<br />

e turístico.<br />

Regulamenta o Cadastro Técnico Federal de<br />

atividades e instrumentos de defesa<br />

ambiental.<br />

O Capítulo I, Artigo 5 o , determina que<br />

qualquer cidadão é parte legítima para<br />

propor ação popular que vise anular ato<br />

lesivo ao meio ambiente e ao patrimônio<br />

histórico e cultural.<br />

No Capítulo II, Art. 20, são considerados<br />

bens da União, dentre outros, os do inciso X:<br />

cavidades naturais subterrâneas e os sítios<br />

arqueológicos e pré-históricos.<br />

O Capítulo II, Artigo 23, Inciso VI,<br />

estabelece que é de competência comum da<br />

União, dos Estados, do Distrito Federal e<br />

dos Municípios, proteger o meio ambiente e<br />

combater a poluição em qualquer de suas<br />

formas.<br />

No Capítulo II, Artigo 24, Inciso VIII, fica<br />

estabelecida a competência da União, dos<br />

Estados e do Distrito Federal para legislar<br />

concorrentemente sobre o meio ambiente.<br />

O Capítulo VI, Artigo 225, estabelece que<br />

todos têm direito ao meio ambiente<br />

ecologicamente equilibrado, bem de uso<br />

comum ao povo e essencial à sadia<br />

qualidade de vida, impondo-se ao Poder<br />

Público e à coletividade o dever de defendêlo<br />

e preservá-lo para as presentes e futuras<br />

gerações.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-3 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Proteção do Meio Ambiente<br />

(continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei n o 7.735, de<br />

22.02.89<br />

Decreto n° 97.632, de<br />

10.04.89<br />

Lei nº 7.797, de<br />

10.07.89<br />

Lei n o 7.804, de<br />

18.07.89<br />

Decreto n o 99.274, de<br />

06.06.90<br />

Decreto n o 122, de<br />

17.05.91<br />

Portaria IBAMA n o<br />

48-N, de 23.04.93<br />

Portaria Normativa<br />

IBAMA n o 113, de<br />

25.09.97<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Cria o Instituto Brasileiro do Meio<br />

Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis.<br />

Dispõe sobre a regulamentação do artigo 2°,<br />

Inciso VIII, da Lei n° 6.938, de 31 de agosto<br />

de 1981.<br />

Cria o Fundo Nacional do Meio Ambiente,<br />

com o objetivo de desenvolver os projetos<br />

que visem ao uso racional e sustentável de<br />

recursos naturais através de aplicações de<br />

recursos financeiros mediante o estipulado<br />

nesta lei, incluindo a manutenção, melhoria<br />

ou recuperação da qualidade ambiental no<br />

sentido de elevar a qualidade de vida da<br />

população brasileira.<br />

Altera a Lei n o . 6.938, de 31 de agosto de<br />

1981, que dispõe sobre a Política Nacional<br />

do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos<br />

de formulação e aplicação, e a Lei n o . 7.735,<br />

de 22 de fevereiro de 1989.<br />

Regulamenta as Leis 6.902/81 e 6.938/81,<br />

que dispõem, respectivamente, sobre a<br />

criação de Estações Ecológicas e Áreas de<br />

Proteção Ambiental e sobre a Política<br />

Nacional de Meio Ambiente. Alterado pelo<br />

Decreto 3.942/01.<br />

Dá nova redação ao Art. 41 do Decreto<br />

99.274/90.<br />

Cria a rede nacional de informação sobre o<br />

meio ambiente, com o objetivo de dar<br />

suporte informacional às atividades técnicocientíficas<br />

e industriais e apoiar o processo<br />

de gestão ambiental.<br />

Dispõe sobre a obrigatoriedade do registro<br />

das pessoas físicas ou jurídicas no Cadastro<br />

Técnico Federal de pessoas físicas ou<br />

jurídicas que desempenhem atividades<br />

potencialmente poluidoras ou utilizadoras de<br />

recursos ambientais.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-4 ABRIL / 2006


TEMA<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Proteção do Meio Ambiente<br />

(continuação) Lei nº 9.605, de<br />

13.02.98<br />

Licenciamento Ambiental<br />

Lei nº 9.795, de<br />

27.04.99<br />

Decreto nº 3.179, de<br />

21.09.99<br />

Lei n o 10.165, de<br />

27.12.00<br />

Medida Provisória n o<br />

2.163-41, de 23.08.01<br />

Decreto n o 3.942, de<br />

27.09.01<br />

Lei nº 10.406, de<br />

10.01.02<br />

Decreto n o 4.297, de<br />

10.07.02<br />

Decreto n o . 4.339, de<br />

22.08.02<br />

Portaria MMA n o 220,<br />

de 12.05.03<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 001, de 23.01.86<br />

Resolução CONAMA<br />

n° 006, de 24.01.86<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Lei de Crimes Ambientais. Define as<br />

sanções penais e administrativas derivadas<br />

de condutas e atividades lesivas ao meio<br />

ambiente.<br />

Dispõe sobre a Educação Ambiental e<br />

institui a Política Nacional de Educação<br />

Ambiental.<br />

Dispõe sobre a especificação das sanções<br />

aplicáveis às condutas e atividades lesivas<br />

ao meio ambiente.<br />

Altera a Lei n o 6.938, de 31 de agosto de<br />

1981, que dispõe sobre a Política Nacional<br />

do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos<br />

de formulação e aplicação.<br />

Acrescenta dispositivo à Lei n o 9.605, de 12<br />

de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as<br />

sanções penais e administrativas derivadas<br />

de condutas e atividades lesivas ao meio<br />

ambiente.<br />

Dá nova redação aos arts. 4 o , 5 o , 6 o , 7 o , 10 e<br />

11 do Decreto n o 99.274, de 6 de junho de<br />

1990.<br />

Institui o novo Código Civil Brasileiro.<br />

Regulamenta o art. 9 o , inciso II, da Lei n o<br />

6.938, de 31 de agosto de 1981,<br />

estabelecendo critérios para o Zoneamento<br />

Ecológico-Econômico do Brasil – ZEE.<br />

Institui princípios e diretrizes para<br />

implementação da Política Nacional da<br />

Biodiversidade.<br />

Institui o Comitê de Integração de Políticas<br />

Ambientais - CIPAM, órgão de integração<br />

técnica e política do Conselho Nacional do<br />

Meio Ambiente – CONAMA.<br />

Dispõe sobre a elaboração do Estudo de<br />

Impacto Ambiental – <strong>EIA</strong> e respectivo<br />

Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.<br />

Aprova os modelos de publicação de<br />

pedidos de licenciamento em quaisquer de<br />

suas modalidades, sua renovação e a<br />

respectiva concessão e aprova os novos<br />

modelos para publicação de licenças.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-5 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Licenciamento Ambiental<br />

(Continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução CONAMA<br />

n o. 011, de 08.03.86<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 009, de 03.12.87<br />

Resolução<br />

CONAMA, nº 001, de<br />

16.03.88<br />

Portaria Normativa<br />

IBAMA n o 01, de<br />

04.01.90<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 237, de 22.12.97<br />

Instrução Normativa<br />

IBAMA nº 03, de<br />

15.04.99<br />

Resolução CONAMA<br />

n o 279, de 27.06.01<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 281 de 12.07.01<br />

Resolução IPHAN n o<br />

230, de 17.12.02<br />

Unidades de Conservação Lei nº 6.902, de<br />

27.04.81<br />

Decreto n° 89.336, de<br />

31.01.84<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 004, de 18.09.85<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 011, de 03.12.87<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 010, de 14.12.88<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Altera e acrescenta incisos no Art. 2 o da<br />

Resolução CONAMA 001/86.<br />

Regulamenta a questão das Audiências<br />

Públicas.<br />

Dispõe sobre o Cadastro Técnico Federal de<br />

atividades e instrumentos de defesa<br />

ambiental.<br />

Institui cobrança no fornecimento de licença<br />

ambiental, como também dos custos<br />

operacionais.<br />

Revisa procedimentos e critérios utilizados<br />

no Licenciamento Ambiental, de forma a<br />

efetivar a utilização do sistema de<br />

licenciamento como instrumento de gestão<br />

ambiental. Essa Resolução complementa e<br />

altera, em parte, a Resolução CONAMA nº<br />

001/86.<br />

Estabelece os critérios para o Licenciamento<br />

Ambiental de empreendimentos e atividades<br />

que envolvam manejo de fauna silvestre e<br />

exótica e de fauna silvestre brasileira em<br />

cativeiro.<br />

Estabelece procedimentos simplificados de<br />

licenciamento para empreendimentos de<br />

baixo impacto.<br />

Dispõe sobre os pedidos de licenciamento,<br />

sua renovação e concessão.<br />

Estabelece procedimentos para a pesquisa e<br />

a prospecção arqueológica no licenciamento<br />

ambiental de empreendimentos.<br />

Dispõe sobre a criação de Estações<br />

Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e<br />

dá outras providências.<br />

Dispõe sobre as Reservas Ecológicas e<br />

Áreas de Relevante Interesse Ecológico.<br />

Dispõe sobre definições e conceitos sobre<br />

Reservas Ecológicas.<br />

Declara como Unidades de Conservação<br />

diversas categorias de sítios ecológicos de<br />

relevância cultural.<br />

Dispõe sobre a regulamentação das APAs.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-6 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Unidades de Conservação<br />

(Continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 012, de 14.12.88<br />

Resolução CONAMA<br />

n.º 012, de 14.09.89<br />

Decreto nº 99.274, de<br />

06.06.90<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 013, de 06.12.90<br />

Portaria IBAMA nº<br />

216, de 15.07.94<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 002, de 18.04.96<br />

Decreto nº 1.922, de<br />

05.06.96<br />

Portaria IBAMA n o<br />

77-N, de 20.09.99<br />

Lei nº 9.985, de<br />

18.07.00<br />

Portaria IBAMA n o<br />

52, de 23.04.01<br />

Decreto n o 3.834, de<br />

05.06.01<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 302, de 20.03.02<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre a declaração das ARIEs como<br />

Unidades de Conservação.<br />

Dispõe sobre a proibição de atividades em<br />

Área de Relevante Interesse Ecológico que<br />

afete o ecossistema.<br />

Regulamenta a Lei n.º 6.902/81, que dispõe<br />

sobre a criação de Estações Ecológicas e<br />

Áreas de Proteção Ambiental. Regulamenta<br />

também a Lei 6938/81.<br />

Regulamenta o licenciamento de atividades<br />

em áreas circundantes às Unidades de<br />

Conservação.<br />

Aprova o Regimento Interno do Conselho<br />

Nacional de Unidades de Conservação -<br />

CNUC.<br />

Dispõe sobre a implantação de Unidades de<br />

Conservação vinculadas ao licenciamento de<br />

atividades de relevante impacto ambiental.<br />

Revoga a Resolução CONAMA 10/87.<br />

Criação de RPPN Federal – dispõe sobre<br />

reconhecimento das Reservas Particulares<br />

do Patrimônio Natural.<br />

Uniformiza os critérios e procedimentos<br />

administrativos para instrução do processo<br />

de criação das Unidades de Conservação,<br />

embasado na legislação ambiental vigente.<br />

Regulamenta o Art. 225, § 1º, incisos I, II,<br />

III e VII da Constituição Federal e institui o<br />

Sistema Nacional de Unidades de<br />

Conservação da Natureza.<br />

Reconhece, como Reserva Particular do<br />

Patrimônio Natural, de interesse público e<br />

em caráter de perpetuidade, a área de 1,598<br />

ha (um hectare, quinhentos e noventa e oito<br />

ares) na forma descrita no referido processo,<br />

constituindo-se parte integrante do imóvel o<br />

Sítio do Jacu, no Município de<br />

Caraguatatuba, Estado de São Paulo.<br />

Regulamenta o Art. 55 da Lei 9.985, de 18<br />

de julho de 2000, que instituiu o Sistema<br />

Nacional de Unidades de Conservação da<br />

Natureza.<br />

Dispõe sobre os parâmetros, definições e<br />

limites de Áreas de Preservação Permanente<br />

de reservatórios artificiais e o regime de uso<br />

do entorno.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-7 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Unidades de Conservação<br />

(Continuação)<br />

Patrimônio Cultural e<br />

Natural<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 303, de 20.03.02<br />

Decreto<br />

nº 4.340, de 22.08.02<br />

Instrução Normativa<br />

IBAMA n o 62, de<br />

11.03.05<br />

Lei n o 11.132, de<br />

04.07.05<br />

Decreto nº 5.566, de<br />

26.10.05<br />

Resolução CONAMA<br />

n o 369, de 28.03.06<br />

Decreto-Lei n o 25, de<br />

30.11.37<br />

Decreto-Lei nº 4.146,<br />

de 04.03.42<br />

Lei n o 3.924, de<br />

26.07.61<br />

Decreto Legislativo n o<br />

74, de 30.06.77<br />

Decreto n o 80.978, de<br />

12.12.77<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre parâmetros, definições e<br />

limites de Áreas de Preservação Permanente.<br />

Regulamenta artigos da Lei nº 9.985, de 18<br />

de julho de 2000, que dispõe sobre o<br />

Sistema Nacional de Unidades de<br />

Conservação da Natureza ― SNUC.<br />

Estabelece critérios e procedimentos<br />

administrativos referentes ao processo de<br />

criação de Reserva Particular do Patrimônio<br />

Natural – RPPN.<br />

Acrescenta artigo à Lei n o 9.985, de 18 de<br />

julho de 2000, que regulamenta o art. 225, §<br />

1 o , incisos I, II, III e VII da Constituição<br />

Federal e institui o Sistema Nacional de<br />

Unidades de Conservação da Natureza.<br />

Dá nova redação ao caput do art. 31 do<br />

Decreto n o 4.340, de 22 de agosto de 2002,<br />

que regulamenta artigos da Lei n o 9.985, de<br />

18 de julho de 2000, que dispõe sobre o<br />

Sistema Nacional de Unidades de<br />

Conservação da Natureza - SNUC.<br />

Dispõe sobre os casos excepcionais, de<br />

utilidade pública, interesse social ou baixo<br />

impacto ambiental, que possibilitam a<br />

intervenção ou supressão de vegetação em<br />

Área de Preservação Permanente-APP.<br />

Organiza a proteção do patrimônio histórico<br />

e artístico nacional.<br />

Dispõe sobre a proteção dos depósitos<br />

fossilíferos.<br />

Dispõe sobre os monumentos arqueológicos<br />

e pré-históricos.<br />

Aprova o texto da Convenção Relativa à<br />

Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e<br />

Natural.<br />

Promulga a Convenção Relativa à Proteção<br />

do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-8 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Patrimônio Cultural e<br />

Natural<br />

(continuação)<br />

Flora e Fauna<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução CONAMA<br />

n o 005, de 06.08.87<br />

Portaria IPHAN n°<br />

07, de 01.12.88<br />

Portaria IBAMA n.º<br />

887, de 15.06.90<br />

Decreto nº 99.556, de<br />

01.09.90<br />

Decreto nº 1.922, de<br />

05.06.96<br />

Portaria IBAMA n o<br />

005, de 05.06.97<br />

Portaria IPHAN n o<br />

230, de 17.12.02<br />

Resolução CONAMA<br />

n o 347, de 10.09.04<br />

Lei n° 4.771, de<br />

15.09.65<br />

Decreto n o 58.054, de<br />

23.03.66<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Aprova o Programa Nacional de Proteção ao<br />

Patrimônio Espeleológico Nacional.<br />

Regulamenta os pedidos de permissão e<br />

autorização das pesquisas arqueológicas.<br />

Determina a realização de diagnóstico da<br />

situação do patrimônio espeleológico<br />

nacional, através de levantamento e análise<br />

de dados, identificando áreas críticas e<br />

definindo ações e instrumentos necessários<br />

para a sua devida proteção e uso adequado.<br />

Dispõe sobre a proteção das cavidades<br />

naturais subterrâneas existentes no território<br />

nacional.<br />

Dispõe sobre o reconhecimento das<br />

Reservas Particulares do Patrimônio Natural<br />

e dá outras providências.<br />

Institui o Centro Nacional de Estudos,<br />

Proteção e Manejo de Cavernas – CECAV.<br />

Dispõe sobre a necessidade de<br />

compatibilizar as fases de obtenção de<br />

licenças ambientais de empreendimentos<br />

potencialmente capazes de afetar o<br />

patrimônio arqueológico e define os<br />

procedimentos necessários à apreciação e<br />

acompanhamento das pesquisas<br />

arqueológicas.<br />

Dispõe sobre a proteção do patrimônio<br />

espeleológico.<br />

Institui o novo Código Florestal. Alterada<br />

parcialmente pelas Leis 5.106/66, 5.868/72,<br />

5.870/73, 7.803/89, 9.985/00 e pela Medida<br />

Provisória 2.166-67/01.<br />

Promulga a Convenção para a proteção da<br />

flora, fauna e das belezas cênicas naturais<br />

dos países da América, assinada pelo Brasil,<br />

em 27/02/40.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-9 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Flora e Fauna<br />

(continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei n o 5.106, de<br />

02.09.66<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre os incentivos concedidos a<br />

empreendimentos florestais e revoga o<br />

Artigo 48 e seus §§ 1° e 2° da Lei 4.771, de<br />

15.09.65.<br />

Lei nº 5.197, de Estabelece o tratamento que deve ser<br />

03.01.67 dispensado à fauna silvestre.<br />

Decreto-Lei n o 289, de Cria o Instituto Brasileiro de<br />

26.10.67 Desenvolvimento Florestal.<br />

Lei n o 5.868, de<br />

12.12.72<br />

Cria o Sistema Nacional de Cadastro Rural e<br />

revoga o Artigo 39 da Lei 4.771, de 15 de<br />

dezembro de 1965.<br />

Lei n o 5.870, de<br />

26.03.73<br />

Acrescenta alínea ao Artigo 26, da Lei<br />

4.771, de 15 de setembro de 1965, que<br />

institui o Código Florestal.<br />

Decreto Legislativo n o<br />

Aprova o texto da Convenção sobre o<br />

Comércio Internacional das Espécies da<br />

Flora e Fauna Selvagens em Perigo de<br />

54, de 24.06.74<br />

Extinção, firmada em Washington, a 3 de<br />

março de 1973.<br />

Decreto n o 84.017, de<br />

21.09.79<br />

Lei n o 7.584, de<br />

06.01.87<br />

Lei n o 7.653, de<br />

12.02.88<br />

Portaria IBDF n o 217,<br />

de 27.07.88<br />

Decreto nº 97.633, de<br />

10.04.89<br />

Lei n° 7.754, de<br />

14.04.89<br />

Aprova o regulamento dos Parques<br />

Nacionais Brasileiros.<br />

Acrescenta parágrafo ao Art. 33 da Lei<br />

5.197/67, que dispõe sobre a proteção à<br />

fauna.<br />

Altera a redação dos Arts. 18, 27, 33 e 34 da<br />

Lei nº 5.197/67, que dispõe sobre a proteção<br />

à fauna.<br />

Dispõe sobre o reconhecimento de<br />

propriedades particulares como reservas<br />

particulares de fauna e flora.<br />

Dispõe sobre o Conselho Nacional de<br />

Proteção à Fauna - CNPF.<br />

Estabelece que são consideradas de<br />

preservação permanente as áreas de florestas<br />

e demais formas de vegetação natural<br />

existentes nas nascentes dos rios.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-10 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Flora e Fauna<br />

(continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Portaria IBAMA n o<br />

218, de 04.05.89<br />

Lei n° 7.803, de<br />

15.07.89<br />

Portaria IBAMA n o<br />

438, de 09.08.89<br />

Portaria IBAMA n o<br />

1.522, de 19.12.89<br />

Resolução CONAMA<br />

n.º 011, de 06.12.90<br />

Instrução Normativa<br />

IBAMA n o 01, de<br />

09.01.91<br />

Instrução Normativa<br />

IBAMA n o 84, de<br />

01.10.91<br />

Decreto n o 318, de<br />

31.10.91<br />

Portaria IBAMA n o<br />

37-N, de 03.04.92<br />

Portaria IBAMA n o<br />

45-N, de 27.04.92<br />

Decreto n° 750, de<br />

10.02.93<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre derrubada e exploração de<br />

florestas nativas e de formações florestais<br />

sucessoras nativas da Mata Atlântica.<br />

Alterada pela Portaria IBAMA 438/89, de<br />

09/08/89.<br />

Altera a redação da Lei n° 4.771, de<br />

15.09.65 e revoga as Leis n° 6.535, de<br />

15.07.78, e 7.511, de 07.07.86.<br />

Altera o Artigo 4 o da Portaria IBAMA<br />

218/89.<br />

Reconhece como lista oficial de espécies da<br />

fauna brasileira ameaçadas de extinção.<br />

Alterada pelas Portarias IBAMA 45-N/92,<br />

62/97, 28/98 e pela Instrução Normativa<br />

MMA n o 003, de 22/05/03.<br />

Dispõe sobre a revisão e elaboração de<br />

planos de manejo e licenciamento ambiental<br />

na Mata Atlântica.<br />

Regulamenta a exploração de vegetação<br />

caracterizada como pioneira, capoeirinha,<br />

capoeira, floresta descaracterizada e floresta<br />

secundária e proíbe a exploração em floresta<br />

primária.<br />

Proibe o corte e exploração de floresta<br />

primária da Mata Atlântica no Estado de São<br />

Paulo e regulamenta a exploração em outros<br />

estágios de vegetação.<br />

Promulga o novo texto da Convenção<br />

Internacional para a Proteção dos Vegetais.<br />

Torna pública a Lista Oficial de Espécies da<br />

Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.<br />

Altera a Portaria IBAMA n o 1.522/89, que<br />

reconhece a lista oficial de espécies da fauna<br />

brasileira ameaçadas de extinção, incluindo<br />

a espécie denominada mico-leão-da-carapreta.<br />

Dispõe sobre o corte, a exploração e a<br />

supressão da vegetação da Mata Atlântica.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-11 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Flora e Fauna<br />

(continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 10, de 03.11.93<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 001, de 31.01.94<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 005, de 04.05.94<br />

Decreto n° 1.282, de<br />

19.10.94<br />

Decreto n o 1.298, de<br />

27.10.94<br />

Lei n o 9.111, de<br />

10.10.95<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 003, de 18.04.96<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 007, de 23.07.96<br />

Instrução Normativa<br />

MMA nº 1, de<br />

05.09.96<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Estabelece os parâmetros básicos para<br />

análise dos estágios de sucessão da Mata<br />

Atlântica, alterando a Resolução CONAMA<br />

004/85.<br />

Define vegetação primária e secundária nos<br />

estágios pioneiro, inicial, médio e avançado<br />

de regeneração da Mata Atlântica, a fim de<br />

orientar os procedimentos de licenciamento<br />

de exploração da vegetação nativa em São<br />

Paulo.<br />

Define a vegetação de Mata Atlântica e<br />

estabelece critérios de identificação.<br />

Regulamenta os arts. 15, 19, 20 e 21 do<br />

Código Florestal. Disciplina a questão da<br />

reposição florestal, a que está obrigada a<br />

pessoa física ou jurídica que explore, utilize,<br />

transforme ou consuma matéria-prima<br />

florestal, especificando de que forma ela<br />

deverá ocorrer e em que casos estará<br />

dispensada.<br />

Estabelece o regulamento das Florestas<br />

Nacionais.<br />

Acrescenta dispositivo à Lei 5.197/67, que<br />

dispõe sobre a proteção à fauna.<br />

Esclarece que vegetação remanescente de<br />

Mata Atlântica abrange a totalidade de<br />

vegetação primária e secundária em estágio<br />

inicial, médio e avançado de regeneração,<br />

com vistas à aplicação do Decreto nº 750, de<br />

10/02/93.<br />

Aprova os parâmetros básicos para análise<br />

da vegetação de restingas no Estado de São<br />

Paulo.<br />

Dispõe sobre a Reposição Florestal<br />

Obrigatória e o Plano Integrado Florestal.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-12 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Flora e Fauna<br />

(continuação)<br />

Recursos Hídricos<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução CONAMA<br />

n o 009, de 24.10.96<br />

Medida Provisória n o<br />

1.605, de 11.12.97 e<br />

reedições<br />

Portaria IBAMA n o<br />

94-N, de 09.07.98<br />

Decreto n o 2.788, de<br />

28.10.98<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 249, de 01.02.99<br />

Instrução Normativa<br />

IBAMA nº 03, de<br />

15.04.99<br />

Resolução CONAMA<br />

n o 278, de 24.05.01<br />

Medida Provisória n o<br />

2166-67, de 24.08.01<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 317, de 04.12.02<br />

Instrução Normativa<br />

MMA nº 003, de<br />

22.05.03<br />

Instrução Normativa<br />

MMA nº 005, de<br />

21.05.04<br />

Decreto nº 24.643, de<br />

10.07.34<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre os corredores entre os<br />

remanescentes de Mata Atlântica.<br />

Dá nova redação ao art. 44 da Lei 4.771/65,<br />

que instituiu o Código Florestal, e dispõe<br />

sobre a proibição do incremento da<br />

conversão de áreas florestais em áreas<br />

agrícolas na Região Norte e na parte norte<br />

da Região Centro-Oeste.<br />

Institui a queima controlada, como fator de<br />

produção e manejo em áreas de atividades<br />

agrícolas, pastoris, florestais e outras.<br />

Altera dispositivos do Decreto 1.282/94, que<br />

regulamenta a Lei 4.771/65, que instituiu o<br />

Código Florestal.<br />

Estabelece diretrizes para a política de<br />

conservação e desenvolvimento sustentável<br />

da Mata Atlântica.<br />

Estabelece os critérios para o Licenciamento<br />

Ambiental de empreendimentos e atividades<br />

que envolvam manejo de fauna silvestre e<br />

exótica e de fauna silvestre brasileira em<br />

cativeiro.<br />

Trata da autorização de corte de exemplares<br />

da flora nativa ameaçada de extinção.<br />

Altera os Arts. 1 o , 4 o , 14, 16 e 44, e<br />

acrescenta dispositivos à Lei n o 4.771, de 15<br />

de setembro de 1965, que instituiu o Código<br />

Florestal.<br />

Dispõe sobre o corte e exploração de<br />

espécies ameaçadas de extinção da flora da<br />

Mata Atlântica.<br />

Atualiza a Lista Oficial de Espécies de<br />

Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.<br />

Altera a Portaria IBAMA 1.522/89.<br />

Lista nacional das espécies de invertebrados<br />

aquáticos e peixes ameaçados de extinção.<br />

Institui o Código das Águas. Alterado,<br />

parcialmente, pela Lei n.º 9.433/97, que<br />

institui a Política Nacional de Recursos<br />

Hídricos.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-13 ABRIL / 2006


TEMA<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Recursos Hídricos<br />

(continuação) Resolução CONAMA<br />

n o 20, de 18.06.86<br />

Terras Indígenas e<br />

Quilombos<br />

Lei n.º 9.433, de<br />

08.01.97<br />

Decreto n.º 2.612, de<br />

03.06.98<br />

Lei n o 9.966, de<br />

28.04.00<br />

Lei n o 9.984, de<br />

17.07.00<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 274 ,de 29.11.00<br />

Decreto n.º 4.613, de<br />

11.03.03<br />

Decreto nº 5.263, de<br />

05.11.04<br />

Resolução n o 357, de<br />

17.03.05<br />

Lei nº 5.371 de<br />

05.12.67<br />

Lei n o 6.001, de<br />

19.12.73<br />

Portaria FUNAI n o<br />

422, de 25.04.89<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre a classificação das águas,<br />

doces, salobras e salinas do Território<br />

Nacional. Revogada pela Resolução<br />

CONAMA 357, de 17 de março de 2005.<br />

Institui a Política Nacional de Recursos<br />

Hídricos e cria o Conselho Nacional de<br />

Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de<br />

Gerenciamento de Recursos Hídricos.<br />

Regulamenta a Lei 9.433/97.<br />

Dispõe sobre a prevenção, o controle e a<br />

fiscalização da poluição causada por<br />

lançamento de óleo e outras substâncias<br />

nocivas ou perigosas em águas sob<br />

jurisdição brasileira.<br />

Cria a Agência Nacional de Águas – ANA.<br />

Estabelece novos padrões de balneabilidade<br />

das águas.<br />

Regulamenta o Conselho Nacional de<br />

Recursos Hídricos.<br />

Acrescenta o § 7º ao art. 5º do Decreto nº<br />

4.613, de 11 de março de 2003, que<br />

regulamenta o Conselho Nacional de<br />

Recursos Hídricos.<br />

Dispõe sobre a classificação dos corpos de<br />

água e diretrizes ambientais para o seu<br />

enquadramento, bem como estabelece as<br />

condições e padrões de lançamento de<br />

efluentes. Revoga a Resolução CONAMA<br />

n o 20/96.<br />

Autoriza a instituição da Fundação Nacional<br />

do Índio e dá outras providências.<br />

Dispõe sobre o Estatuto do Índio.<br />

Cria o Serviço do Meio Ambiente das Terras<br />

Indígenas – SEMATI.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-14 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Terras Indígenas e<br />

Quilombos<br />

(continuação)<br />

Uso do Solo Urbano<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Instrução Normativa<br />

FUNAI n o 01, de<br />

08.04.94<br />

Decreto n o 1.141, de<br />

19.05.94<br />

Decreto nº 1.479 de<br />

02.05.95<br />

Decreto nº 1.775 de<br />

08.01.96<br />

Portaria nº 14/MJ-GM<br />

de 09.01.96<br />

Decreto n° 4.887,de<br />

20.11.03<br />

Decreto s/n., de<br />

27.12.04<br />

Lei n o 6.766, de<br />

19.12.79<br />

Lei n o 9785, de<br />

29.01.99<br />

Lei n o 10.257, de<br />

10.07.01<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Aprova normas que disciplinam o ingresso<br />

em área indígena para desenvolver pesquisa<br />

científica.<br />

Dispõe sobre as ações de proteção<br />

ambiental, saúde e apoio às atividades<br />

produtivas para as comunidades indígenas.<br />

Altera os artigos 2º e 6º do Decreto nº1.141,<br />

de 19.05.1994, que dispõe sobre as ações de<br />

proteção ambiental, saúde e apoio às<br />

atividades produtivas para as comunidades<br />

indígenas.<br />

Dispõe sobre o procedimento administrativo<br />

de demarcação das terras indígenas.<br />

Estabelece regras para a elaboração do<br />

relatório circunstanciado de identificação e<br />

delimitação de terras indígenas a que se<br />

refere o § 6º do art. 2º do Decreto nº 1.775,<br />

de 08.01.1996.<br />

Regulamenta o procedimento para<br />

identificação, reconhecimento, delimitação,<br />

demarcação e titulação das terras ocupadas<br />

por remanescentes das comunidades de<br />

quilombos de que trata o Art. 68 do Ato das<br />

Disposições Constitucionais Transitórias.<br />

Cria a Comissão Nacional de<br />

Desenvolvimento Sustentável das<br />

Comunidades Tradicionais e dá outras<br />

providências.<br />

Dispõe sobre o Parcelamento do Solo<br />

Urbano.<br />

Altera a Lei n o 6.766, de 19 de dezembro de<br />

1979.<br />

Regulamenta os arts. 182 e 183 da<br />

Constituição Federal, que tratam da política<br />

urbana, e estabelece diretrizes gerais dessa<br />

política urbana.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-15 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Uso do Solo Urbano<br />

(continuação)<br />

Política Energética<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resoluções n o 25, de<br />

18..03.05 e 34, de<br />

01.07.05, do Conselho<br />

das Cidades, do<br />

Ministério das<br />

Cidades<br />

Lei nº 9.478,<br />

de 30.08.97<br />

Lei n o 11.097, de<br />

13.01.05<br />

Controle da Poluição Resolução CONAMA<br />

nº 001, de 08.03.90<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 003, de 28.06.90<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 008, de 06.12.90<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 020, de 24.10.96<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 230, de 22.08.97<br />

NBR 10.151, de<br />

25.08.00<br />

Resolução CONAMA<br />

nº 293, de 12.12.01<br />

Resolução CONAMA<br />

n o 307, de 05.07.02<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Estabelecem que os municípios inseridos na<br />

área de influência de empreendimentos com<br />

significativo impacto ambiental estão<br />

obrigados a elaborar Planos Diretores, sem<br />

prazo definido por lei, a não ser que tenham<br />

mais de 20.000 habitantes ou que integrem<br />

regiões metropolitanas ou aglomerações<br />

urbanas, casos em que o prazo limite é a<br />

data de 10.10.06.<br />

Dispõe sobre a política energética nacional,<br />

as atividades relativas ao monopólio do<br />

petróleo e institui o Conselho Nacional de<br />

Política Energética e a Agência Nacional do<br />

Petróleo.<br />

Altera a Lei n o 9.478, de 30 de agosto de<br />

1997.<br />

Estabelece os critérios e padrões para todo o<br />

território nacional quanto à emissão de<br />

ruídos.<br />

Dispõe sobre padrões de qualidade do ar.<br />

Estabelece, em nível nacional, limites<br />

máximos de emissão de poluentes do ar.<br />

Define os itens de ação indesejável,<br />

referente à emissão de ruídos e poluentes<br />

atmosféricos.<br />

Proíbe o uso de equipamentos que possam<br />

reduzir a eficácia do controle de emissão de<br />

ruídos e poluentes.<br />

Estabelece níveis para o conforto acústico<br />

das comunidades, considerando ambientes<br />

externos e internos.<br />

Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano<br />

de Emergência Individual para incidentes de<br />

poluição por óleo originados em portos<br />

organizados, instalações portuárias ou<br />

terminais, dutos, plataformas, bem como<br />

suas respectivas instalações de apoio, e<br />

orienta a sua elaboração.<br />

Estabelece diretrizes, critérios e<br />

procedimentos para gestão dos resíduos da<br />

construção civil.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-16 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Transporte de Gás Natural<br />

Resposta a Emergências<br />

Saúde, Segurança e<br />

Medicina do Trabalho<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Portaria ANP nº 170,<br />

de 26.11.98<br />

Portaria ANP nº 115,<br />

de 05.07.00<br />

Portaria ANP nº 003,<br />

de 10.01.03<br />

Lei nº 5.811, de<br />

11.10.72<br />

NR-05<br />

NR-06<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Estabelece a regulamentação para a<br />

construção, a ampliação e a operação de<br />

instalações de transporte ou de transferência<br />

de petróleo, seus derivados e gás natural,<br />

inclusive liqüefeito (GNL), dependem de<br />

prévia e expressa autorização da ANP.<br />

Regulamenta o livre acesso a dutos e ramais<br />

de transporte destinados à movimentação de<br />

petróleo e seus derivados, existentes ou a<br />

serem construídos, mediante remuneração<br />

adequada ao titular das instalações. Deve ser<br />

observado que não estão sujeitos ao disposto<br />

nesta Portaria os dutos cuja origem esteja em<br />

áreas de produção de petróleo e gás natural,<br />

bem como aqueles cuja extensão seja inferior<br />

a 15km (quinze quilômetros).<br />

Estabelece o procedimento para<br />

comunicação de incidentes, a ser adotado<br />

pelos concessionários e empresas<br />

autorizadas pela ANP a exercer as atividades<br />

de exploração, produção, refino,<br />

processamento, armazenamento, transporte e<br />

distribuição de petróleo, seus derivados e<br />

gás natural, no que couber.<br />

Dispõe sobre o regime de trabalho dos<br />

empregados nas atividades de exploração,<br />

perfuração, produção, refinação e transporte<br />

de petróleo e seus derivados por meio de<br />

dutos.<br />

Criação e funcionamento da Comissão<br />

Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA.<br />

Dispõe sobre a utilização de Equipamento<br />

de Proteção Individual – EPI, destinado a<br />

proteger a saúde e a integridade física do<br />

trabalhador.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-17 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Saúde, Segurança e<br />

Medicina do Trabalho<br />

(continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

NR-09<br />

NR-15<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e<br />

implementação, por parte de todos os<br />

empregados e instituições que admitam<br />

trabalhadores como empregados, do<br />

Programa de Prevenção de Riscos<br />

Ambientais – PPRA, visando à preservação<br />

da saúde e da integridade dos trabalhadores,<br />

através de antecipação, reconhecimento,<br />

avaliação e conseqüente controle da<br />

ocorrência de riscos ambientais existentes<br />

ou que venham a existir no ambiente de<br />

trabalho, tendo em consideração a proteção<br />

do meio ambiente e dos recursos naturais.<br />

Define e classifica as atividades e operações<br />

insalubres, determinando também o<br />

pagamento de adicional ao empregado que<br />

trabalha nessas condições. Estabelece ainda<br />

limites de tolerância para ruídos, limites de<br />

tolerância para exposição ao calor, níveis<br />

mínimos de iluminação e outros aspectos.<br />

Esta norma foi aprovada pela Portaria MTb<br />

n.º 3.214/78, que estabeleceu NRs relativas a<br />

Segurança e Medicina do Trabalho.<br />

NR-20 Trata de líquidos combustíveis inflamáveis.<br />

NR–23 Trata da proteção contra incêndios.<br />

NR-26 Trata da sinalização de segurança.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-18 ABRIL / 2006


2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL – SÃO PAULO<br />

TEMA<br />

Proteção do Meio Ambiente<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Decreto n o 24.932, de<br />

24.03.86<br />

Decreto nº 30.555, de<br />

03.10.89<br />

Constituição Estadual<br />

de 05.10.89<br />

Constituição Estadual<br />

de 05.10.89<br />

Decreto nº 39.473, de<br />

07.11.94<br />

Lei n o 9.509, de<br />

20.03.97<br />

Lei n° 10.019, de<br />

03.07.98<br />

Decreto n o 49.215, de<br />

07.12.04<br />

Resolução SMA n o 24,<br />

de 29.06.05<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Institui o Sistema Estadual do Meio<br />

Ambiente e cria a Secretaria de Estado do<br />

Meio Ambiente.<br />

Reestrutura, reorganiza e regulamenta a<br />

Secretaria do Meio Ambiente.<br />

O Capítulo IV, Seção I, Art. 191, determina<br />

que o Estado e os Municípios<br />

providenciarão, com a participação da<br />

coletividade, a preservação, conservação,<br />

defesa, recuperação e melhoria do meio<br />

ambiente natural, artificial e do trabalho,<br />

atendidas as peculiaridades regionais e locais<br />

e em harmonia com o desenvolvimento<br />

social e econômico.<br />

O Capítulo IV, Seção I, Art. 196, determina<br />

que a Mata Atlântica, a serra do Mar, a Zona<br />

Costeira, o Complexo Estuarino Lagunar<br />

entre Iguape e Cananéia, os vales dos rios<br />

Paraíba, Ribeira, Tietê e Paranapanema e as<br />

Unidades de Conservação do Estado são<br />

espaços territoriais especialmente protegidos<br />

e sua utilização far-se-á na forma da lei,<br />

dependendo de prévia autorização e dentro<br />

de condições que assegurem a preservação<br />

do meio ambiente.<br />

Estabelece normas de utilização das várzeas<br />

no Estado de São Paulo.<br />

Dispõe sobre a Política Estadual do Meio<br />

Ambiente, seus fins e mecanismos de<br />

formulação e aplicação.<br />

Dispõe sobre o Plano Estadual de<br />

Gerenciamento Costeiro.<br />

Dispõe sobre o Zoneamento Ecológico-<br />

Econômico do Setor do Litoral Norte, prevê<br />

usos e atividades para as diferentes zonas,<br />

estabelece diretrizes, metas ambientais e<br />

socioeconômicas, nos termos estabelecidos<br />

pela Lei n° 10.019, de 3 de julho de 1998.<br />

Regulamenta dispositivos do Decreto<br />

Estadual nº 49.215, de 7 de dezembro de<br />

2004, que instituiu o Zoneamento Ecológico<br />

- Econômico do Litoral Norte.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-19 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Proteção do Meio Ambiente<br />

(continuação)<br />

Licenciamento Ambiental<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei n o 12.041, de<br />

16.09.05<br />

Constituição Estadual<br />

de 05.10.89<br />

Resolução SMA nº 42,<br />

de 29.12.94<br />

Resolução SMA nº 50,<br />

de 18.07.97<br />

Portaria DEPRN n o<br />

17, de 30.03.98<br />

Portaria CPRN n o 4,<br />

de 17.02.99<br />

Portaria DEPRN n o<br />

42, de 23.10.00<br />

Decreto n o 47.400, de<br />

04.12.02<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Autoriza o Poder Executivo a instituir a<br />

Ouvidoria Ambiental do Estado de São<br />

Paulo.<br />

O Capítulo IV, Seção I, Art. 192, § 1<br />

determina que a outorga de licença ambiental<br />

por órgão ou entidade governamental<br />

competente, integrante de sistema unificado<br />

para esse efeito, será feita com observância<br />

dos critérios gerais fixados em lei, além das<br />

normas e padrões estabelecidos pelo Poder<br />

Público e em conformidade com o<br />

planejamento e zoneamento ambientais.<br />

Aprova os procedimentos para análise de<br />

<strong>EIA</strong>/RIMA.<br />

Cria, no âmbito da Coordenadoria de<br />

Licenciamento Ambiental e Proteção dos<br />

Recursos Naturais, CPRN, o Grupo de Apoio<br />

ao Licenciamento Ambiental para apreciação<br />

dos pedidos de supressão de vegetação<br />

secundária de Mata Atlântica, nos estágios<br />

médio e avançado de regeneração.<br />

Estabelece a documentação inicial e novo<br />

procedimento para instrução de processos<br />

para licenciamento no âmbito do DEPRN.<br />

Estabelece prazo para a entrega do material<br />

de publicidade exigido no licenciamento<br />

ambiental através de RAP e <strong>EIA</strong>/RIMA.<br />

Estabelece os procedimentos iniciais<br />

relativos à fauna silvestre para instrução de<br />

processos de licenciamento no âmbito do<br />

DEPRN.<br />

Regulamenta dispositivos da Lei Estadual n°<br />

9.509, de 20 de março de 1997, referentes ao<br />

licenciamento ambiental, estabelece prazos<br />

de validade para cada modalidade e<br />

condições para sua renovação, estabelece<br />

prazo de análise dos requerimentos e<br />

licenciamento ambiental, institui<br />

procedimento obrigatório de notificação de<br />

suspensão ou encerramento de atividade, e o<br />

recolhimento de valor referente ao preço de<br />

análise.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-20 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Licenciamento Ambiental<br />

(continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução SMA n o 33,<br />

de 20.08.03<br />

Resolução SMA n o 34,<br />

de 27.08.03<br />

Decreto n o 48.919, de<br />

02.09.04<br />

Resolução SMA n o 54,<br />

de 30.11.04<br />

Resolução SMA n o 26,<br />

de 23.08.05<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Determina que nos procedimentos de<br />

licenciamento ambiental, de competência<br />

dos órgãos técnicos da Secretaria do Meio<br />

Ambiente, com base na Resolução<br />

CONAMA nº 237/97, somente serão aceitas<br />

certidões das Prefeituras Municipais,<br />

declarando que o local e o tipo de<br />

empreendimento ou atividade estão em<br />

conformidade com a legislação aplicável ao<br />

uso e ocupação do solo.<br />

Dispõe sobre as medidas necessárias à<br />

proteção do patrimônio arqueológico e préhistórico<br />

quando do licenciamento ambiental<br />

de empreendimentos e atividades<br />

potencialmente causadores de significativo<br />

impacto ambiental, sujeitos à apresentação<br />

de <strong>EIA</strong>/RIMA.<br />

Dá nova redação ao artigo 11 do Decreto nº<br />

47.400, de 4 de dezembro de 2002, que<br />

regulamenta dispositivos da Lei Estadual n°<br />

9.509, de 20 de março de 1997, referentes ao<br />

licenciamento ambiental, estabelece prazos<br />

de validade para cada modalidade e<br />

condições para sua renovação, estabelece<br />

prazo de análise dos requerimentos e<br />

licenciamento ambiental, institui<br />

procedimento obrigatório de notificação de<br />

suspensão ou encerramento de atividade, e o<br />

recolhimento de valor referente ao preço de<br />

análise.<br />

Dispõe sobre procedimentos para o<br />

licenciamento ambiental no âmbito da<br />

Secretaria do Meio Ambiente.<br />

Estabelece que nos procedimentos de<br />

licenciamento ambiental, de competência<br />

dos órgãos técnicos da Secretaria do Meio<br />

Ambiente, somente serão aceitas certidões<br />

das Prefeituras Municipais, declarando que o<br />

local e o tipo de empreendimento ou<br />

atividade estão em conformidade com a<br />

legislação municipal aplicável ao uso e<br />

ocupação do solo, que estejam dentro de seu<br />

prazo de validade.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-21 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Unidades de Conservação<br />

Flora e Fauna<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei n° 6.884, de<br />

29.06.62<br />

Decreto nº 10.251, de<br />

30.08.77<br />

Decreto nº 13.313, de<br />

06.03.79<br />

Lei n o 3.743, de<br />

09.06.83<br />

Decreto n o 25.341, de<br />

04.06.86<br />

Decreto n o 29.762, de<br />

20.03.89<br />

Decreto n° 49.672, de<br />

06.06.05<br />

Decreto nº 49.141, de<br />

28.12.67<br />

Portaria DEPRN n o 8,<br />

de 20.10.89<br />

Resolução Conjunta<br />

SMA/IBAMA-<br />

SUPES/SP, nº 04, de<br />

03.12.93<br />

Resolução Conjunta<br />

SMA /IBAMA/SP nº<br />

01, de 17.02.94<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre os parques e florestas estaduais<br />

e monumentos naturais.<br />

Cria o Parque Estadual da Serra do Mar.<br />

Dá nova redação ao artigo 2.º do Decreto nº<br />

10.251, de 30 de agosto de 1977, que dispõe<br />

sobre a criação do Parque Estadual da Serra<br />

do Mar, com a finalidade de incorporar ao<br />

seu perímetro área situada na região<br />

denominada Picinguaba, 1.º perímetro de<br />

Ubatuba.<br />

Estabelece normas de estímulo para a criação<br />

de Parques Ecológicos e Parques Florestais.<br />

Regulamenta o uso e exploração dos Parques<br />

Estaduais Paulistas.<br />

Acrescenta dispositivo ao regulamento<br />

aprovado pelo Decreto n o 25.341, de<br />

04.06.86.<br />

Dispõe sobre a criação dos Conselhos<br />

Consultivos das Unidades de Conservação<br />

de Proteção Integral do Estado de São Paulo,<br />

define sua composição e as diretrizes para<br />

seu funcionamento.<br />

Dispõe sobre a exploração e o uso de<br />

cerradões, cerrados e campos sujos do<br />

Estado.<br />

Estabelece normas para a supressão de<br />

vegetação nativa sucessora em estágios<br />

iniciais de regeneração e árvores isoladas.<br />

Estabelece normas para o cumprimento da<br />

reposição florestal obrigatória no Estado de<br />

São Paulo.<br />

Define vegetação primária e secundária nos<br />

estágios pioneiro, inicial, médio e avançado<br />

de regeneração.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-22 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Flora e Fauna<br />

(continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução Conjunta<br />

SMA/ IBAMA/SP nº<br />

02, de 12.05.94<br />

Portaria DEPRN n o<br />

44, de 25.09.95<br />

Resolução Conjunta<br />

SMA/IBAMA nº 04,<br />

de 26.04.96<br />

Resolução Conjunta<br />

SMA/IBAMA n° 05,<br />

de 04.11. 96<br />

Decreto nº 42.838, de<br />

04.02.98<br />

Resolução SMA nº 20,<br />

de 09.03.98<br />

Lei n° 9.989 de<br />

22.05.98<br />

Lei n o 10.780, de<br />

09.03.01<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Regulamenta o art. 4º do Decreto Federal<br />

750, de 10 de Fevereiro de 1993, que dispõe<br />

sobre o corte, a exploração e a supressão de<br />

vegetação secundária no estágio inicial de<br />

regeneração da Mata Atlântica, no Estado de<br />

São Paulo. (Alterada pela Resolução<br />

Conjunta SMA/IBAMA nº 05/96)<br />

Disciplina os procedimentos para a<br />

autorização do corte de árvores isoladas.<br />

Estabelece normas para o cumprimento da<br />

reposição florestal obrigatória no Estado de<br />

São Paulo. Altera a Resolução Conjunta<br />

SMA/IBAMA-SUPES/SP, nº 04/93.<br />

Acrescenta dispositivos à Resolução<br />

Conjunta SMA/IBAMA n o 2, de 12.05.94,<br />

que regulamenta o artigo 4° do Decreto<br />

Federal 750, de 10/02/93, dispondo sobre o<br />

corte, a exploração e a supressão de<br />

vegetação secundária no estágio inicial de<br />

regeneração de Mata Atlântica no Estado de<br />

São Paulo.<br />

Declara as espécies da fauna silvestre<br />

ameaçadas de extinção e as provavelmente<br />

ameaçadas de extinção no Estado de São<br />

Paulo.<br />

Publica lista preliminar das espécies da<br />

vegetação do Estado de São Paulo<br />

ameaçadas de extinção.<br />

Dispõe sobre a recomposição da cobertura<br />

vegetal no Estado de São Paulo, à qual ficam<br />

obrigados os proprietários nas áreas situadas<br />

ao longo dos rios e demais cursos d'água, ao<br />

redor de lagoas, lagos ou reservatórios<br />

d'água naturais e artificiais, bem como nas<br />

nascentes e nos chamados "olhos d'água".<br />

Dispõe sobre a reposição florestal no Estado<br />

de São Paulo, a que são obrigadas as pessoas<br />

físicas ou jurídicas que explorem, suprimam,<br />

utilizem, consumam ou transformem<br />

produtos ou subprodutos florestais.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-23 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Flora e Fauna<br />

(continuação)<br />

Recursos Hídricos<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Resolução SMA n o 21,<br />

de 21.11.01<br />

Resolução SMA n o 47,<br />

de 26.11.03<br />

Resolução SMA n o 48,<br />

de 22.09.04<br />

Decreto n o 49.566, de<br />

25.04.05<br />

Lei nº 11.977, de<br />

25.08.05<br />

Decreto n o 49.723, de<br />

24.06.05<br />

Lei nº 1.172, de<br />

17.11.76<br />

Decreto n o 10.755, de<br />

22.11.77<br />

Lei n o 6.134, de<br />

02.06.88<br />

Decreto n o 32.955, de<br />

07.02.91<br />

Decreto n o 33.135, de<br />

15.03.91<br />

Lei n° 7.663, de<br />

30.12.91<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Fixa orientação para o reflorestamento<br />

heterogêneo de áreas degradadas.<br />

Altera e amplia a Resolução SMA 21, de<br />

21/11/2001; fixa orientação para o<br />

reflorestamento heterogêneo de áreas<br />

degradadas.<br />

Apresenta a lista oficial das espécies da flora<br />

do Estado de São Paulo ameaçadas de<br />

extinção, seguindo recomendação do<br />

Instituto de Botânica de São Paulo.<br />

Dispõe sobre a intervenção de baixo impacto<br />

ambiental em áreas consideradas de<br />

preservação permanente pelo Código<br />

Florestal.<br />

Institui o Código de Proteção aos Animais<br />

do Estado.<br />

Institui o Programa de Recuperação de<br />

Zonas Ciliares do Estado de São Paulo.<br />

Delimita as áreas de proteção relativas aos<br />

mananciais, cursos e reservatórios de água.<br />

Dispõe sobre o enquadramento dos corpos de<br />

água receptores na classificação prevista no<br />

Decreto nº 8.468, de 8 de setembro de 1976.<br />

Dispõe sobre a preservação dos depósitos<br />

naturais de águas subterrâneas do Estado de<br />

São Paulo.<br />

Regulamenta a Lei n o 6.134, de 02/06/88,<br />

que dispõe sobre a preservação dos depósitos<br />

naturais de águas subterrâneas do Estado de<br />

São Paulo.<br />

Dispõe sobre as atividades relativas a<br />

controle e proteção de mananciais.<br />

Estabelece normas de orientação à Política<br />

Estadual de Recursos Hídricos bem como ao<br />

Sistema Integrado de Gerenciamento de<br />

Recursos Hídricos.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-24 ABRIL / 2006


TEMA<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Recursos Hídricos<br />

(continuação) Lei nº 9.034, de<br />

27.12.94<br />

Terras Indígenas e<br />

Quilombos<br />

Controle da Poluição<br />

Portaria DAEE n o 717,<br />

de 12.12.96<br />

Lei nº 9.866, de<br />

28.11.97<br />

Deliberação CRH n o<br />

52, de 15.04.05<br />

Decreto n o 49.808, de<br />

21.07.05<br />

Lei n o 997, de<br />

31.05.76<br />

Decreto n o 8.468, de<br />

08.09.76<br />

Decreto nº 43.594, de<br />

27.10.98<br />

Resolução SMA nº 41,<br />

de 17.10.02<br />

Decreto n o 47.397, de<br />

04.12.02<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos<br />

Hídricos - PERH, a ser implantado no<br />

período 1994 e 1995, em conformidade com<br />

a Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991,<br />

que instituiu normas de orientação à Política<br />

Estadual de Recursos Hídricos.<br />

Disciplina o uso dos recursos hídricos<br />

superficiais e subterrâneos do Estado.<br />

Dispõe sobre diretrizes e normas para a<br />

proteção e recuperação das bacias<br />

hidrográficas dos mananciais de interesse<br />

regional do Estado de São Paulo e dá outras<br />

providências.<br />

Institui, no âmbito do Sistema Integrado de<br />

Gerenciamento de Recursos Hídricos –<br />

SIGRH, diretrizes e procedimentos para a<br />

definição de áreas de restrição e controle da<br />

captação e uso das águas subterrâneas.<br />

Estabelece Diretrizes Estaduais de Atenção<br />

aos Povos Indígenas, dispõe sobre o<br />

Conselho Estadual dos Povos Indígenas e o<br />

Comitê Intersetorial de Assuntos Indígenas.<br />

Dispõe sobre o controle da poluição do meio<br />

ambiente no Estado.<br />

Regulamenta a Lei n.º 997, de 31 de maio de<br />

1976, que dispõe sobre a prevenção e o<br />

controle da poluição do meio-ambiente.<br />

Inclui dispositivos no Decreto nº 8.468, de 8<br />

de setembro de 1976, que aprova o<br />

Regulamento da Lei nº 997, de 31 de maio<br />

de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o<br />

controle da poluição do meio ambiente.<br />

Dispõe sobre procedimentos para o<br />

licenciamento ambiental de aterros de<br />

resíduos inertes e da construção civil no<br />

Estado de São Paulo.<br />

Dá nova redação ao Título V e ao Anexo 5<br />

e acrescenta os Anexos 9 e 10, ao<br />

Regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio<br />

de 1976, aprovado pelo Decreto n° 8.468, de<br />

8 de setembro de 1976, que dispõe sobre a<br />

prevenção e o controle da poluição do meio<br />

ambiente.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-25 ABRIL / 2006


TEMA<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Controle da Poluição<br />

(continuação) Decreto n o 48.523, de<br />

02.03.04<br />

Patrimônio Cultural e<br />

Natural<br />

Resolução SC n o 40,<br />

de 06.06.85<br />

Resolução SC n o 8, de<br />

24.03.94<br />

Lei n o 10.774, de<br />

01.03.01<br />

Decreto n o 48.439, de<br />

07.01.04<br />

3. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL<br />

3.1 CAÇAPAVA<br />

TEMA<br />

Proteção do Meio<br />

Ambiente<br />

Licenciamento<br />

Ambiental<br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei Orgânica Municipal<br />

de 03.04.90, atualizada<br />

até a Emenda n o 62/03<br />

Lei Orgânica Municipal<br />

de 03.04.90, atualizada<br />

até a Emenda n o 62/03<br />

Lei Orgânica Municipal<br />

de 03.04.90, atualizada<br />

até a Emenda n o 62/03<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Introduz alterações no Regulamento da Lei<br />

nº 997, de 31 de maio de 1976, aprovado<br />

pelo Decreto nº 8.468, de 8 de setembro de<br />

1976, e suas alterações posteriores.<br />

Cria a Área Natural Tombada Serra do Mar e<br />

Paranapiacaba.<br />

Cria a Área Natural Tombada Ilhas do<br />

Litoral Paulista.<br />

Dispõe sobre aplicação de multas por danos<br />

causados a bens tombados ou protegidos<br />

pelo CONDEPHAAT.<br />

Regulamenta a Lei n o 10.774, de 01/03/2001,<br />

que dispõe sobre aplicação de multas por<br />

danos causados a bens tombados ou<br />

protegidos pelo CONDEPHAAT.<br />

DESCRIÇÃO<br />

O Capítulo II, Artigo 161, determina que todos têm<br />

direito ao meio ambiente ecologicamente<br />

equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à<br />

comunidade o dever de defendê-lo e preservá-lo para<br />

o benefício das presentes e futuras gerações.<br />

O Capítulo II, Artigo 169, cria o Conselho Municipal<br />

de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA), o qual<br />

deverá propor medidas que objetivem melhoria na<br />

qualidade de vida dos cidadãos.<br />

O Capítulo II, Artigo 165, Parágrafo III, determina<br />

que o município tomará todas as providências<br />

necessárias para exigir estudo prévio de impacto<br />

ambiental para a instalação de atividades<br />

potencialmente causadoras de degradação ambiental,<br />

atendendo às normas do Conselho Nacional do Meio<br />

Ambiente (CONAMA).<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-26 ABRIL / 2006


TEMA<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Recursos Hídricos Lei Orgânica Municipal<br />

de 03.04.90, atualizada<br />

até a Emenda n o 62/03<br />

Uso do Solo<br />

Controle da<br />

Poluição<br />

Lei Complementar nº<br />

109, de 04.01.99<br />

Lei Complementar nº<br />

119, de 27.09.99<br />

Lei nº 3. 805, de<br />

10.04.00<br />

3.2 <strong>CARAGUA</strong>TATUBA<br />

TEMA<br />

Proteção do Meio<br />

Ambiente<br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei Orgânica<br />

Municipal de 05.04.90,<br />

atualizada até a<br />

Emenda 28/02<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

O Capítulo II, Artigo 164, estabelece que o<br />

município deverá se integrar nos planos que tratam<br />

da regularização da utilização correta da bacia<br />

hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.<br />

Dispõe sobre o zoneamento, uso e ocupação do solo<br />

do município. Consolidada pelas Leis<br />

Complementares: 115, 116, 117, 127, 128, 135, 142<br />

e 145, de 2000; 152, 153, 159, 161 e 164, de 2001;<br />

168, 173 e 174, de 2002; 177, 180, 181, 182, 183,<br />

184, 185, 187, 188,189 e 191 de 2003; 200, 201, 202,<br />

203 e 204, de 2004; 213, 215, 216, 217, 222, 223 e<br />

224, de 2005.<br />

Dispõe sobre a ocupação e parcelamento do solo do<br />

município. Consolidada pelas Leis Complementares<br />

130, 132 e 148 de 2000; 158 e 160, de 2001; 165, de<br />

2002, 178 e 179 de 2003 e 206, de 2004.<br />

Dispõe sobre a gestão, o tratamento e a disposição<br />

final de resíduos sólidos no município de Caçapava.<br />

DESCRIÇÃO<br />

O Título VI, Artigo 121, determina que todos têm<br />

direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,<br />

bem de uso comum do povo e essencial à sadia<br />

qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à<br />

coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a<br />

presente e futuras gerações.<br />

Lei n o 907, de 21.06.01 Cria o Conselho Municipal do Meio Ambiente de<br />

Caraguatatuba.<br />

Resolução n o 01, de<br />

23.08.03<br />

Dispõe sobre o regimento interno do Conselho<br />

Municipal do Meio Ambiente de Caraguatatuba.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-27 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Licenciamento<br />

Ambiental<br />

Unidades de<br />

Conservação<br />

Uso do Solo<br />

3.3 JAMBEIRO<br />

TEMA<br />

Proteção do Meio<br />

Ambiente<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei Orgânica<br />

Municipal de 05.04.90,<br />

atualizada até a<br />

Emenda 28/02<br />

Lei Orgânica<br />

Municipal de 05.04.90,<br />

atualizada até a<br />

Emenda 28/02<br />

Lei n o 200, de 22.06.92<br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei Orgânica<br />

Municipal de<br />

03.04.90<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

O Título VI, Artigo 188, determina que, no julgamento<br />

dos projetos potencialmente causadores de impacto ou<br />

degradação, caberá ao município: I - instalar, divulgar e<br />

coordenar as audiências públicas para a discussão dos<br />

Estudos Prévios de Impacto Ambiental - <strong>EIA</strong> e dos<br />

Relatórios de Impacto Ambiental - RIMA - destes<br />

projetos; II - os <strong>EIA</strong>/RIMAS destes projetos serão<br />

analisados pelos órgãos do Poder Público Municipal, os<br />

Conselhos Municipais do Meio Ambiente e afins,<br />

técnicos da Secretaria do Meio Ambiente Estadual e<br />

técnicos dos órgãos estaduais ligados ao projeto; III - as<br />

populações potencialmente atingidas por projetos<br />

causadores de impacto ambiental deverão ser<br />

consultadas, obrigatoriamente, por meio dos órgãos do<br />

Poder Público Municipal e pelo Conselho de Meio<br />

Ambiente; IV - As audiências públicas serão realizadas<br />

em quaisquer casos, desde que solicitadas por, no<br />

mínimo, uma entidade e cem eleitores.<br />

O Título VI, Artigo 188, estabelece que são<br />

consideradas áreas de proteção ambiental, invioláveis e<br />

intocáveis, as ilhas Tamanduá, Massaguaçu, a Praia<br />

Brava, Rio Juqueriquerê, Rio do Ouro, Rio Santo<br />

Antônio, Rio Guaxinduba, Rio Cantagalo, Rio Mococa<br />

e o mar, bem como toda a área compreendida pelos<br />

morros e pela Serra do Mar acima da cota altimétrica<br />

de 100 (cem) metros.<br />

Dispõe sobre o Zoneamento do Município da Estância<br />

Balneária de Caraguatatuba e regulamenta o uso do<br />

solo.<br />

DESCRIÇÃO<br />

O Capítulo IV, Seção I, Art. 160, determina que o meio<br />

ambiente ecologicamente equilibrado constitui um bem<br />

público permanente, inalienável e indestrutível, impondose<br />

ao Poder Público o dever de defendê-lo e preservá-lo<br />

combatendo a poluição em qualquer das suas formas e<br />

estimulando a criação e manutenção de entidades<br />

particulares preservacionistas.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-28 ABRIL / 2006


3.4 PARAIBUNA<br />

TEMA<br />

Proteção do Meio<br />

Ambiente<br />

Patrimônio<br />

Cultural e<br />

Natural<br />

Flora e Fauna<br />

Controle da<br />

Poluição<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei Orgânica<br />

Municipal de<br />

02.04.90<br />

Lei n o 2.188, de<br />

18.06.03<br />

Lei n o 2.166, de<br />

18.10.02<br />

Lei n o 1.411, de<br />

23.09.91<br />

Lei n o 1.941, de<br />

19.11.98<br />

Decreto n o 1.750, de<br />

11.01.99<br />

3.5 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS<br />

TEMA REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Proteção do Meio<br />

Ambiente<br />

Lei nº 2.773, de<br />

06.12.83<br />

Lei nº 3.656, de<br />

10.11.89<br />

Lei nº 3.660, de<br />

10.11.89<br />

Lei Orgânica<br />

Municipal, de<br />

05.04.90, atualizada<br />

até a Emenda n o<br />

61/02<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

O Capítulo IV, Artigo 166, estabelece que aquele que<br />

explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o<br />

meio ambiente degradado, de acordo com a solução<br />

técnica exigida pelo órgão público competente, na forma<br />

da Lei.<br />

Cria o Conselho Municipal de Meio Ambiente e o Fundo<br />

Municipal de Meio Ambiente.<br />

Dispõe sobre a preservação e proteção do patrimônio<br />

histórico, artístico, arqueológico, ecológico, arquitetônico<br />

e paisagístico do município.<br />

Disciplina o plantio de árvores no município.<br />

Dispõe sobre os atos lesivos à limpeza pública.<br />

Regulamenta e normatiza a Lei n o 1.941, de 19 de<br />

novembro de 1998.<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre a criação do Conselho Municipal do Meio<br />

Ambiente.<br />

Reformula o Conselho Municipal de Meio Ambiente –<br />

COMAM.<br />

Dispõe sobre a criação da Assessoria de Meio Ambiente.<br />

O Título VI, Capítulo I, Art. 229, estabelece que todos<br />

têm direito ao meio ambiente ecologicamente<br />

equilibrado e protegido pelo Poder Público, nos termos<br />

da Constituição Federal, cabendo ao Município dispor e<br />

velar por sua proteção, no âmbito de sua competência,<br />

assim definida na referida Constituição e na legislação<br />

federal e estadual.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-29 ABRIL / 2006


TEMA REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Proteção do Meio<br />

Ambiente<br />

(continuação)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Lei nº 4.243, de<br />

13.06.92<br />

Lei nº 4.617, de<br />

12.09.94<br />

Lei nº 6.473, de<br />

22.12.03<br />

Lei nº 6.690, de<br />

21.10.04<br />

Licenciamento<br />

Ambiental Lei Orgânica<br />

Municipal, de<br />

05.04.90, atualizada<br />

até a Emenda n o<br />

Unidades de<br />

Conservação<br />

61/02<br />

Lei nº 2.163, de<br />

06.04.79<br />

Decreto n o 5.573, de<br />

04.06.86<br />

Lei Orgânica<br />

Municipal, de<br />

05.04.90, atualizada<br />

até a Emenda n o<br />

61/02<br />

Lei nº 4.212, de<br />

24.06.92<br />

Lei nº 4.489, de<br />

13.12.93<br />

Lei Complementar nº<br />

280, de 11.05.04<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Altera a Lei nº 3656/89, que dispõe sobre o Conselho<br />

Municipal de Meio Ambiente.<br />

Reformula o Conselho Municipal de Meio Ambiente -<br />

COMAM e dá outras providências.<br />

Cria, no município de São José dos Campos, o<br />

“Programa da Agenda 21”.<br />

Dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política<br />

Municipal de Educação Ambiental.<br />

O Título VI, Capítulo I, Art. 231, determina que, para<br />

licitação ou aprovação de qualquer obra ou atividade<br />

pública ou privada, potencialmente causadora de risco à<br />

saúde e ao bem-estar da população, bem como aos<br />

recursos naturais, é obrigatória a realização de estudo de<br />

impacto ambiental e audiência pública, para a qual<br />

devem ser convidadas as entidades de defesa do meio<br />

ambiente.<br />

Dispõe sobre a criação e denominação da Reserva<br />

Florestal Boa Vista.<br />

Denomina “Reserva Ecológica Augusto Ruschi” a<br />

Reserva Florestal Boa Vista.<br />

O Título VI, Capítulo I, Art. 241, determina que os rios<br />

Paraíba do Sul, Buquira e do Peixe, a Reserva Florestal<br />

Augusto Ruschi (Fazenda Boa Vista), a área ocupada<br />

pelo antigo Sanatório Vicentina Aranha, o Banhado e o<br />

Distrito de São Francisco Xavier são espaços territoriais<br />

especialmente protegidos e sua utilização far-se-á na<br />

forma da lei, dentro de condições que assegurem a<br />

preservação do meio ambiente.<br />

Declara Área de Proteção Ambiental - APA - trecho da<br />

Serra da Mantiqueira no município de São José dos<br />

Campos.<br />

Modifica a redação do artigo da Lei nº 4.212, de 24 de<br />

junho de 1992.<br />

Cria a Zona de Amortecimento da Reserva Florestal<br />

Augusto Ruschi – ZA-RFAR.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-30 ABRIL / 2006


TEMA REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Flora e Fauna<br />

Recursos Hídricos<br />

Uso do Solo<br />

Controle da<br />

Poluição<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Decreto nº 9.915, de<br />

04.04.00<br />

Lei nº 4.552, de<br />

13.04.94<br />

Lei nº 5.097, de<br />

12.09.97<br />

Lei nº 5.195,<br />

de 24.04.98<br />

Lei nº 4.636, de<br />

26.11.94<br />

Lei n º 3721, de<br />

25.01.90<br />

Lei Complementar nº<br />

121, de 27.04.95<br />

Lei Complementar nº<br />

146, de 10.07.96<br />

Lei Complementar n o<br />

165, de 15.12.97<br />

Lei Complementar nº<br />

261, de 06.10.03<br />

Lei nº 6378, de<br />

01.09.03<br />

Lei nº 4.404, de<br />

23.06.93<br />

Lei nº 4.533, de<br />

03.01.94<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Declara imunes de corte as palmeiras que especifica,<br />

localizadas no complexo formado pela antiga Tecelagem<br />

Parahyba e Fazenda Santana do Rio Abaixo.<br />

Institui e disciplina a vegetação de preservação<br />

permanente.<br />

Estabelece definições e normas para a vegetação de<br />

porte arbóreo no território urbano do município.<br />

Altera a redação da Lei nº 5.097, de 12 de setembro de<br />

1997.<br />

Estabelece normas para evitar a poluição do rio Paraíba<br />

e demais cursos d’água do município.<br />

Dispõe sobre o parcelamento, uso e ocupação do solo do<br />

município de São José dos Campos.<br />

Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Cidade<br />

de São José dos Campos.<br />

Altera a redação do artigo 88 da Lei Complementar 121,<br />

de 27 de abril de 1995.<br />

Dispõe sobre a ordenação do território mediante controle<br />

do parcelamento, do uso e da ocupação do solo no<br />

município de São José dos Campos. Consolidada e<br />

modificada pelas Leis Complementares 179/98, 190/99,<br />

193/ 99, 202/00, 213/00, 216/00, 222/01, 257/02,<br />

238/02, 239/02, 248/03, 249/03, 252/03, 266/02 e<br />

270/03.<br />

Dispõe sobre normas urbanísticas e de ocupação do solo<br />

para imóveis lindeiros às vias que integram o projeto do<br />

Anel Viário.<br />

Cria as Regiões Geográficas – Macrozonas Urbana e de<br />

Expansão Urbana do Município de São José dos<br />

Campos.<br />

Dispõe sobre a disposição de resíduos sólidos industriais<br />

no Município.<br />

Dispõe sobre a incineração de resíduos industriais no<br />

município.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-31 ABRIL / 2006


TEMA REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Patrimônio<br />

Cultural e Natural<br />

3.6 TAUBATÉ<br />

TEMA<br />

Proteção do Meio<br />

Ambiente<br />

Unidades de<br />

Conservação<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Lei Orgânica<br />

Municipal, de<br />

05.04.90, atualizada<br />

até a Emenda n o<br />

61/02<br />

Lei nº 3.021, de<br />

27.09.85<br />

Decreto nº 9873, de<br />

14.02.00<br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei Orgânica<br />

Municipal de<br />

03.04.90<br />

Lei Complementar<br />

n o 90, de 29.12.00<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

O Título VI, Capítulo I, Art. 259, estabelece que as áreas<br />

de várzea dos rios Paraíba do Sul e Jaguari deverão ser<br />

protegidas como patrimônio ambiental e paisagístico<br />

destinado às atividades agrícola, pecuária, minerária, de<br />

lazer e recreação, estas duas últimas apenas no caso de<br />

planos de recuperação das áreas mineradas.<br />

Cria o Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio<br />

Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural –<br />

FUMPHAC.<br />

Dispõe sobre a regulamentação do Fundo Municipal de<br />

Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico,<br />

Paisagístico e Cultural – FUMPHAC, criado pela Lei nº<br />

3.021, de 27 de setembro de 1985.<br />

DESCRIÇÃO<br />

O Capítulo IV, Seção I, Art. 141, determina que o<br />

município buscará estabelecer consórcio com outros<br />

municípios, objetivando a elaboração de diagnóstico<br />

ambiental, regional e a solução de problemas comuns<br />

relativos à proteção ambiental, em particular à<br />

preservação dos recursos hídricos, ao uso e ocupação<br />

do solo regional, à conurbação, ao transporte<br />

ferroviário, hidroviário, à manutenção e criação de<br />

reservas florestais e ao uso equilibrado de todos os<br />

recursos naturais.<br />

Acrescenta o Inciso III ao Artigo 51, da Lei<br />

Complementar n o 007, de 17 de maio de 1991. Esse<br />

Inciso determina que fica considerada como Área de<br />

Preservação Permanente a faixa de 100m, às margens<br />

do ribeirão Itaim, no trecho compreendido entre a<br />

Rodovia Oswaldo Cruz – SP 125 e a Estrada<br />

Municipal dos Remédios.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-32 ABRIL / 2006


TEMA<br />

Patrimônio Cultural<br />

e Natural<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

REFERÊNCIAS<br />

LEGAIS<br />

Lei Complementar<br />

n o 055, de 08.06.94<br />

Decreto nº 10.520,<br />

de 24.01.05<br />

Uso do Solo Lei Complementar<br />

n o 007, de 17.05.91<br />

4. OUTRAS NORMAS APLICÁVEIS<br />

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL<br />

APLICÁVEL<br />

DESCRIÇÃO<br />

Dispõe sobre a preservação e proteção do patrimônio<br />

histórico, artístico, arqueológico, paleontológico,<br />

ecológico, arquitetônico e paisagístico do município.<br />

Dispõe sobre a composição do Conselho Municipal<br />

de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico,<br />

Urbanístico, Arqueológico e Arquitetônico.<br />

Dispõe sobre o Código de Ordenação Espacial do<br />

município.<br />

Além dos documentos de ordem legal, deverão também ser consideradas as normas da<br />

PETROBRAS, ABNT e ANSI referentes a dutos. Dentre essas normas, podem ser destacadas<br />

as que estão listadas a seguir.<br />

NORMAS TEXTO<br />

ABNT - NBR 12.712 Projeto de sistemas de transmissão e distribuição de gás combustível.<br />

ANSI B-31.8 Gas transmission and distribution piping systems.<br />

PETROBRAS - N-0133J Soldagem.<br />

PETROBRAS - N-0455C Instalação de anodos no solo em sistemas de proteção catódica.<br />

PETROBRAS - N-0464H Construção, montagem e condicionamento de duto terrestre.<br />

PETROBRAS - N-0505E Lançador e recebedor de pig para duto.<br />

Pontos de teste em sistemas de proteção catódica: tubulações<br />

PETROBRAS - N-0863B<br />

enterradas.<br />

PETROBRAS - N-1744B Projeto de oleodutos e gasodutos terrestres.<br />

PETROBRAS - N-2047B Apresentação de projetos de dutos terrestres.<br />

PETROBRAS - N-2098D Inspeção de duto terrestre em operação.<br />

PETROBRAS - N-2163C Soldagem ou trepanação em equipamentos ou dutos em operação.<br />

PETROBRAS - N-2177B Projeto de cruzamento de duto terrestre.<br />

PETROBRAS - N-2180A Relatório para classificação de locação de gasodutos terrestres.<br />

Sinalização de faixa de domínio de duto e instalação terrestre de<br />

PETROBRAS - N-2200C<br />

produção.<br />

Apresentação de relatórios de cruzamentos e travessias de dutos<br />

PETROBRAS - N-2203A<br />

terrestres.<br />

PETROBRAS - N-2246B Pré-operação e operação de gasoduto.<br />

Construção e montagem de sistema de proteção catódica para corrente<br />

PETROBRAS - N-2298<br />

impressa – duto terrestre.<br />

PETROBRAS - N-2624A Implantação de faixas de dutos terrestres.<br />

PETROBRAS - N-2644B Plano de emergência local.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA -<br />

TAUBATÉ<br />

5.A-33 ABRIL / 2006


5.B PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS PARA A<br />

REGIÃO<br />

Políticas públicas de caráter social, econômico e ambiental e de melhoria da infra-estrutura<br />

contemplam os municípios que integram a Área de Influência Indireta do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté. Dentre as federais, estaduais e municipais, ou em parceria com<br />

instituições privadas, destacam-se os Planos e Programas listados a seguir.<br />

As informações e dados apresentados foram divulgados pelo governo de cada município da<br />

Área de Influência Indireta — Caraguatatuba, Paraibuna, Jambeiro, São José dos Campos,<br />

Caçapava e Taubaté.<br />

Destaca-se que a implantação do Gasoduto é compatível com os Planos e Programas<br />

Governamentais citados para a região, não havendo interferências que impeçam a viabilização<br />

do novo empreendimento.<br />

5.B.1 ESFERA FEDERAL<br />

• Programa Saúde da Família – tem como objetivo a melhoria do estado de saúde da<br />

população, com a construção de um modelo assistencial de atuação baseado na prevenção,<br />

promoção, proteção, diagnóstico precoce, tratamento e recuperação da saúde, de acordo<br />

com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS. É voltado aos<br />

indivíduos, à família e à comunidade, com a incorporação de Agentes Comunitários de<br />

Saúde ao SUS, com a finalidade de contribuir na consolidação do Programa, assim como<br />

na construção de um novo modelo assistencial mais compatível com as necessidades da<br />

população.<br />

• Programa Fome Zero – articula um conjunto de ações governamentais e nãogovernamentais<br />

em todas as esferas. O Fome Zero tem no Bolsa Família seu principal<br />

instrumento, transferindo renda e promovendo acesso aos serviços de saúde, educação e<br />

assistência social.<br />

• Programa Bolsa Família – programa de transferência de recursos do Fome Zero às<br />

famílias que possuem renda per capita até R$ 100 mensais, proporcionando acesso aos<br />

direitos sociais básicos. Tem como objetivo o combate à miséria e à exclusão social,<br />

promovendo o apoio às famílias mais carentes.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-1 ABRIL / 2006


• Bolsa Escola – incentiva, através de apoio financeiro, a educação de estudantes de<br />

famílias de renda mais baixa, estimulando a universalização do ensino e contribuindo para<br />

reduzir a evasão escolar e a repetência. Está sob a responsabilidade do Ministério da<br />

Educação.<br />

• Programa Brasil Alfabetizado – porta de entrada e de integração à escola a todos<br />

aqueles que estão fora do sistema de ensino. Faz parcerias com estados, municípios,<br />

universidades, empresas privadas, organizações não-governamentais, organismos<br />

internacionais e instituições civis, como forma de potencializar o esforço nacional de<br />

combate ao analfabetismo. É articulado à Educação de Jovens e Adultos (EJA), que<br />

fortalece políticas que estimulam a continuidade nos estudos e a reinserção nos sistemas<br />

de ensino.<br />

• Programa de Hipertensão e Diabetes – HIPERDIA: pacientes portadores de<br />

hipertensão e diabetes são acompanhados pelas equipes do Programa Saúde da Família –<br />

PSF, com atendimento médico de rotina ou em situações emergenciais. Participam de<br />

reuniões de grupos, onde recebem orientações sobre saúde, alimentação, atividades<br />

físicas, fatores de risco que agravam a doença, uso correto e regular da medicação, além<br />

da aferição da pressão arterial e solicitação de exames de rotina. É gerenciado pelo<br />

Ministério da Saúde, vinculado às Secretarias Municipais de Saúde.<br />

• Benefício de Prestação Continuada – programa de aposentadoria para idosos de baixa<br />

renda que não contribuem com a Previdência Social.<br />

5.B.2 ESFERA ESTADUAL<br />

• Programa Estadual Acessa São Paulo – desenvolvido pela Imprensa Oficial em parceria<br />

com a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – PRODESP, pelo<br />

qual a população de baixa renda tem acesso grátis à Internet, aprende a utilizar a rede e<br />

conhecer seus benefícios. São 174 infocentros distribuídos pela capital, pela Grande São<br />

Paulo e pelo interior e litoral do Estado. O Infocentro Municipal de Caraguatatuba está em<br />

implantação.<br />

• Programa Banco do Povo – operado em parceria com as Prefeituras Municipais e outros<br />

órgãos governamentais, voltado para pequenos empreendedores, formais e informais, que<br />

podem solicitar empréstimos entre R$ 200 e R$ 5.000, com juros de 1% ao mês, sujeitos à<br />

aprovação de um Comitê Municipal, formado por representantes da Prefeitura, da<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-2 ABRIL / 2006


Comissão Municipal de Emprego e do Banco Nossa Caixa, que julga os pedidos.<br />

Cooperativas e associações de trabalho podem obter até R$ 25 mil.<br />

• Corredor de Exportação – projetos de melhoria no sistema viário, com o objetivo de<br />

criar um novo corredor que liga Campinas–Vale do Paraíba–Litoral Norte. Inclui a<br />

privatização da estrada e do porto de São Sebastião e a concessão de lotes de rodovias<br />

estaduais para a iniciativa privada, como a Rodovia dos Tamoios, a Rodovia Dom Pedro I<br />

e a Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto. A concessão deve viabilizar a duplicação da<br />

Rodovia Tamoios (liga São José dos Campos a Caraguatatuba). O Estado seria<br />

responsável por construir uma nova via de acesso de 26km, entre Caraguatatuba e o Porto<br />

de São Sebastião, chamada de Contorno.<br />

• Programa de Fomento Florestal – a Companhia Energética de São Paulo (CESP)<br />

desenvolve programas que têm por objetivos a conservação ambiental dos ecossistemas<br />

em toda a área de influência de seus empreendimentos e o atendimento às exigências da<br />

legislação ambiental vigente e dos órgãos ambientais licenciadores. As atividades<br />

abrangem programas ambientais, de monitoramento, manejo de reservatórios e<br />

licenciamento ambiental. Como exemplo, a CESP administra três viveiros localizados nas<br />

usinas hidrelétricas de Porto Primavera e Jupiá e no aproveitamento de Paraibuna/<br />

Paraitinga. O reflorestamento da margem dos afluentes é realizado através desse<br />

Programa, que consiste no fornecimento de mudas e assistência técnica ao plantio<br />

realizado pelo proprietário da área.<br />

5.B.3 ESFERA MUNICIPAL<br />

a. Caraguatatuba<br />

• Jogos Recreativos e Esportivos Municipais dos Idosos (JOREMI) – competições em<br />

diferentes modalidades, como malha, buraco, tênis de campo, dama, entre outros,<br />

praticadas na comemoração da Semana do Idoso.<br />

• Projeto Alô Cidadão – tem como objetivo orientar e informar a população e também<br />

aperfeiçoar os serviços prestados pela Prefeitura Municipal. Por meio deles, os moradores<br />

caraguatatubenses podem entrar em contato diretamente com a Prefeitura, exercendo sua<br />

cidadania, fazendo sugestões ou críticas por telefone (0800 7700 678), de segunda a sextafeira,<br />

das 8 às 12h.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-3 ABRIL / 2006


• Plantio Compensatório – reflorestamento de matas ciliares (Secretaria de Meio<br />

Ambiente).<br />

• Pavimentação do Morro Santo Antônio – reflorestamento do traçado do “Caminho de<br />

Santo Antônio”, percurso que vai da Igreja Matriz até a escola do bairro Canta Galo,<br />

incluindo o Morro de Santo Antônio. Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de<br />

Turismo.<br />

• Programa de Limpeza de Praia – limpeza das praias (Secretaria de Meio Ambiente).<br />

• Eventos constantes sobre Educação Ambiental (Secretaria de Meio Ambiente).<br />

• Cooperativa de Catadores – programa de coleta de resíduos sólidos, destacado como<br />

referência na região.<br />

• Plano Regional de Resíduos Sólidos para o Litoral Norte – para implantação de um<br />

novo aterro sanitário regional, localizado na cidade de Caraguatatuba, atendendo também<br />

a São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba, elaborado pela Companhia de Tecnologia e<br />

Saneamento Ambiental – CETESB.<br />

• “Feito Aqui, Feito por Nós” – grupo municipal de geração de renda do Núcleo Integrado<br />

de Atendimento Social da Secretaria de Assistência Social. Há o atendimento à população<br />

de segunda a sexta-feira, com plantões sociais e grupos de capacitação e avaliação, além<br />

do atendimento psicossocial e do PAT/SINE (Posto de Atendimento ao Trabalhador/<br />

Sistema Nacional de Emprego). Os cursos realizados são de cabeleireiro, estamparia,<br />

embalagens artesanais, tricô e crochê, bolsas e cintos artesanais, pintura em tecido,<br />

customização, boneca de pano, lingerie, manicure e pedicure.<br />

• Formação de Cooperativas – capacitação em culinária para formação de cooperativas,<br />

com o apoio da Secretaria de Assistência Social, totalizando o atendimento de 360<br />

famílias no município.<br />

• Cestas básicas de emergência – distribuição de cestas para famílias com dificuldades,<br />

com o apoio da Secretaria de Assistência Social do município.<br />

• Informativos de Saúde – folders da Secretaria da Saúde, com informações para a<br />

população sobre doenças e suas precauções, tais como a AIDS e a sífilis, doenças<br />

sexualmente transmissíveis (DSTs), com a participação do Governo Federal; a<br />

conjuntivite, que ocorre predominantemente no verão (participação do Governo Estadual);<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-4 ABRIL / 2006


a caxumba; e aconselhamentos de postura no trabalho. A Secretaria Municipal de Saúde<br />

de Caraguatatuba promove campanhas que alertam sobre os sintomas e o tratamento da<br />

tuberculose. A campanha é realizada em comemoração ao Dia Nacional da Tuberculose,<br />

com diversas atividades envolvendo as equipes do Programa Saúde da Família (PSF).<br />

• Programa Municipal de Controle da Dengue – desenvolvido pela Secretaria Municipal<br />

de Saúde de Caraguatatuba, com apoio do Ministério da Saúde.<br />

• Projeto Alma Caiçara, Cultura e Meio Ambiente no Litoral Paulista – promovido<br />

pela Associação Caiçara Juqueriquerê (ACAJU). O objetivo é recuperar o conhecimento<br />

ecológico da cultura caiçara, reconstruir o conhecimento sobre o ambiente natural em<br />

diferentes linguagens e despertar em toda a comunidade o interesse pela cultura caiçara e<br />

pela natureza do litoral. O público-alvo são as crianças e adolescentes das escolas públicas<br />

municipais, estaduais e particulares. O evento promove palestras, workshops e show<br />

cultural no bairro Porto Novo, conta com o apoio da Casa da Agricultura de<br />

Caraguatatuba, Secretaria Estadual da Cultura, Colônias de Férias do Sindicato dos<br />

Metalúrgicos de Osasco, Centro Integrado de Educação Fundamental e Infantil – CIEFI<br />

do Porto Novo e Escola Estadual Ismael Iglesias.<br />

• Projeto de Recifes Artificiais – a implantação do projeto no município está sendo<br />

discutida, pois Caraguatatuba apresenta uma área apropriada, localizada nas pontas do<br />

Camaroeiro e do Arpoar, e uma praia de 14km de extensão. Consiste em 224 estruturas na<br />

Enseada de Caraguatatuba, a uma distância de 2,5km da praia e 14 recifes artificiais. Faz<br />

parte do Programa Nacional de Recifes Artificiais Marinhos, da Secretaria de Agricultura<br />

e Pesca (SEAP), que prevê o lançamento de 2.600 dessas unidades ao longo da costa<br />

brasileira entre 2005 e 2006.<br />

• Programa de Inclusão Digital das famílias de Caraguatatuba – através do GSI (Gestão<br />

Social Integrada), um software que registra os alunos da rede municipal de ensino por<br />

meio de fotografia e impressão digital, a Prefeitura de Caraguatatuba está cadastrando<br />

todas as famílias da cidade. É o Cadastro Municipal do Cidadão (CMC), que é válido<br />

somente dentro do município e não substitui o Registro Geral (RG). A finalidade do<br />

programa é reunir as informações dos municípios que utilizam as Secretarias de Saúde,<br />

Educação e Assistência Social, levantando dados das famílias pelo nome e endereço, para<br />

a obtenção de informações sobre a renda familiar, as datas de consultas médicas e as notas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-5 ABRIL / 2006


escolares dos alunos. Com isso, posteriormente, esse cadastro poderá fornecer o perfil da<br />

população.<br />

• Programa Caravanas do Conhecimento – desenvolvido pelo Centro de Estudos e<br />

Pesquisas de Administração Municipal Fundação Prefeito Faria Lima (CEPAM),<br />

promove, no mês de janeiro, o Projeto Interior na Praia, que possibilita a primeira<br />

visita de estudantes do interior paulista a praias de Caraguatatuba e de outros municípios<br />

da região litorânea. As crianças, de 9 a 11 anos, participam de uma programação especial<br />

que inclui visitas ao museu e oficina de biologia, entre outras atividades. A Secretaria<br />

Municipal de Educação é responsável pelo alojamento, alimentação e organização de<br />

passeios e atividades dos visitantes. No mês de junho, o Programa Caravanas do<br />

Conhecimento realiza o Projeto Redescobrindo o Interior, pelo qual estudantes das<br />

escolas hospedeiras conhecem alguma cidade do interior de São Paulo.<br />

• Projeto de Macrozoneamento – propostas apresentadas por grupos de estudos do<br />

município de Caraguatatuba que deverão ser inseridas no Projeto Estadual de<br />

Gerenciamento Costeiro do Litoral Norte. Incluem o uso de várias áreas no município,<br />

como as destinadas às atividades náuticas, à expansão do turismo, ao desenvolvimento da<br />

agricultura e à construção de um futuro aeroporto regional; uma planta dessas obras está à<br />

disposição dos moradores no Paço Municipal. A Secretaria de Urbanismo e Meio<br />

Ambiente é responsável por orientar a população sobre a Planta e o Plano de<br />

Gerenciamento Costeiro do Estado de São Paulo.<br />

b. Paraibuna<br />

• Programa de Controle de Raiva na Zona Rural – parceria do Estado com a Prefeitura.<br />

• Programa Viva Leite – programa estadual que distribui leite para 928 crianças no<br />

município.<br />

• Programa Renda Cidadã – programa estadual que garante apoio financeiro para 70<br />

famílias em Paraibuna.<br />

• Programa de melhoramento das estradas rurais – parceria do Estado com a Prefeitura,<br />

cujo objetivo é o melhoramento de estradas para fomento da produção e comercialização<br />

da agricultura e turismo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-6 ABRIL / 2006


• Programa Melhoramento Genético – parceria entre o Estado e a Prefeitura para<br />

melhoramento genético de grãos.<br />

• Projeto de reflorestamento da mata ciliar – contrato de cooperação entre a Companhia<br />

de Energia de São Paulo (CESP) e a Prefeitura Municipal.<br />

c. Jambeiro<br />

• Programa de Micro-Bacia do Ribeirão Tapanhão – programa regional cuja finalidade<br />

é educar a população para o associativismo familiar e a adequação às leis ambientais<br />

estaduais.<br />

• Programa de Defesa Contra a Raiva – apoio veterinário, cujo objetivo é a erradicação<br />

da raiva na área rural.<br />

• Coordenação de Assistência Técnica Integral (CATI) – assistência técnica para a<br />

agricultura familiar.<br />

• Programa Ação Jovem – programa estadual que atende a 30 jovens em situação de<br />

vulnerabilidade social, em Jambeiro.<br />

• Programa de Apoio à Pessoa Idosa (API) – programa federal que assiste<br />

financeiramente 15 idosos no município.<br />

• Programa Agente Jovem – programa federal que possui 30 conveniados de 15 a 17 anos.<br />

• Programa Espaço Amigo – possui 55 conveniados de 7 a 14 anos.<br />

• Programa Estadual Renda Cidadã – atende a 30 famílias em Jambeiro.<br />

• Projeto de Leitura – programa municipal de incentivo à leitura e interpretação de texto<br />

destinado aos alunos da 1 a à 4 a série.<br />

d. São José dos Campos<br />

• Programa Jovens Empreendedores – tem por objetivo despertar o espírito<br />

empreendedor através de proposta pedagógica vinculada à educação básica.<br />

• Programa Enriquecimento Curricular – constituído pelos projetos Educação do<br />

Consumidor e Professor do Futuro.<br />

• Programa Atividades Extracurriculares – destinado aos alunos das escolas municipais,<br />

com atividades de fanfarra, coral, teatro, percussão e danças folclóricas, entre outras.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-7 ABRIL / 2006


• Programa Gabinete Odontológico – prevenção contra a cárie e manutenção da saúde<br />

bucal.<br />

• Programa Sala de Leitura – tem por objetivo garantir espaço e recursos disponíveis para<br />

atividades de leitura nas unidades escolares.<br />

• Programa Salas de Apoio – oferece apoio pedagógico a alunos com necessidades<br />

especiais de instrução na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.<br />

• Programa de formação continuada – programa de formação de educadores.<br />

• Programa de gerenciamento integrado de resíduos sólidos – programa municipal ainda<br />

em estudos para ser implantado.<br />

• PROBESER – tem como objetivo estimular o aumento de escolaridade dos funcionários<br />

da administração pública, através da concessão de bolsas.<br />

e. Caçapava<br />

Programas de parceria da Secretaria Municipal de Educação com empresas locais:<br />

• Programa “Bandeirante Comunidade Educação” – parceria com a Empresa<br />

Bandeirantes Energia Brasil;<br />

• Programa de Educação para o Trânsito “Estrada para a cidadania” – parceria com a<br />

Empresa Nova Dutra;<br />

• Programa Nacional de Racionalizaçãodo Uso dos Derivados de Petróleo – “CONPET<br />

na Escola” – parceria com a PETROBRAS;<br />

• Programa de Educação Ambiental “Gasoduto Campinas–Rio de Janeiro” – parceria<br />

com a PETROBRAS e a ONG ambientalista Vale Verde;<br />

• Programa de Prevenção de Acidentes “Escolas lindeiras à estrada de ferro” –<br />

parceria com a empresa MRS Logística.<br />

Programas de Desenvolvimento Rural:<br />

• Programa de Calcareamento – recuperação no município, combatendo a acidez do solo;<br />

• Programa de Hortas – plantio executado nas escolas, creches e hospitais do município;<br />

• Extensão Rural – combate a raiva, aftosa e brucelose, com realização de campanhas de<br />

vacinação e palestras;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-8 ABRIL / 2006


• Cursos Capacitação Rural – diversos cursos de fabricação de embutidos (lingüiça,<br />

salame), fabricação de queijos e derivados de leite, doma de animais, ervas medicinais,<br />

doces e compotas, agricultura e tear;<br />

• Projeto Luz da Terra – eletrificação da área rural com parceria da EBE – Empresa<br />

Bandeirante de Energia.<br />

Programas de Meio Ambiente:<br />

• Plano de Ação Municipal sobre os Portos de Areia – com objetivo de regularizar a<br />

atividade de extração do minério e recuperar as áreas degradadas por essa atividade;<br />

• Formulação da Política Ambiental através do Macrozoneamento Urbano Ambiental<br />

(Lei de Zoneamento).<br />

Outros programas:<br />

• Programa Fazenda Escola – Apoio ao sistema de ensino para o programa federal<br />

Educação de Jovens e Adultos (EJA) – MEC/Fundo Nacional de Desenvolvimento da<br />

Educação (FNDE);<br />

• Programa DVD Escola – programa federal (MEC/FNDE) que disponibiliza 150 horas de<br />

programação de DVDs nas escolas do município;<br />

• Programa Dinheiro Direto na Escola – financiado pelo Ministério da Educação/MEC e<br />

FNDE;<br />

• Programa Nacional de Transporte Escolar e de Alimentação Escolar – financiado<br />

pelo Ministério da Educação/MEC e FNDE;<br />

• Requalificação do edifício do Mercado Municipal e da Área Central da Cidade;<br />

• Programa de Incubadoras de micro e pequenas empresas (urbanas e rurais);<br />

• Plano de Desenvolvimento Turístico e Cultural;<br />

• Regularização Fundiária e Construção de Novas Unidades Habitacionais;<br />

• Implantação de Coleta Seletiva.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-9 ABRIL / 2006


f. Taubaté<br />

• Centro Integrado de Habilitação Especializado Municipal – CIRHEM – realiza ações<br />

preventivas, atendimento especializado e habilitação de munícipes portadores de<br />

necessidades especiais.<br />

• Centro de Controle de Migração – CECOMI – oferece atendimento social ao migrante,<br />

itinerante e homem de rua. Orienta dependentes químicos e seus familiares,<br />

encaminhando-os para as clínicas terapêuticas.<br />

• Cesta Básica – atende às famílias em condições de vulnerabilidade social, com a entrega<br />

de cestas básicas.<br />

• Habitação – promove o cadastramento e a distribuição de habitações populares às<br />

famílias de baixa renda.<br />

• Integra-Ativa – proporciona atendimento pedagógico aos alunos das unidades escolares<br />

do Ensino Fundamental da rede municipal, portadores de necessidades educacionais e<br />

com distúrbios de aprendizagem.<br />

• Plantão Social – oferece atendimento e orientações diretas aos munícipes, inserindo-os<br />

nos programas sociais existentes em Taubaté.<br />

• Projeto Melhor Amigo – tem o objetivo de promover o desenvolvimento da consciência<br />

humanitária no respeito e cuidado com os animais.<br />

• Cadastro Único Social (CADU Social) – projeto institucional que realiza o cadastro do<br />

Bolsa Família e o recadastramento dos beneficiários dos programas sociais Bolsa Escola e<br />

Bolsa Alimentação, para integrá-los no cadastro único do Programa Bolsa Família.<br />

• Centro de Distúrbios da Comunicação (CEDIC) – o CEDIC Clínico promove o<br />

diagnóstico e o tratamento dos munícipes que apresentam alterações na comunicação<br />

verbal; o CEDIC Educacional-Ocupacional promove o atendimento a munícipes que<br />

apresentam deficiências auditivas.<br />

• Casa Transitória – oferece abrigo e proporciona a reinserção familiar de crianças e<br />

adolescentes, em cumprimento ao artigo 93 do Estatuto da Criança e do Adolescente –<br />

ECA.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-10 ABRIL / 2006


• Apoio à Saúde – proporciona o acesso ao tratamento médico especializado não existente<br />

na rede municipal de saúde.<br />

• Programa de Educação Musical – propõe projetos de educação musical nos bairros. São<br />

três: Projeto de Iniciação Musical, Projetos Representativos e Projetos Socioculturais.<br />

• INTEGRARTE – oferece aos alunos da rede municipal de ensino oportunidades de<br />

desenvolvimento socioeducacional nas áreas de artes cênicas, dança, ginástica rítmica,<br />

artes plásticas e músicas.<br />

• RECIVIDA – proporciona melhor qualidade de vida à população por meio de ações<br />

socioeducativas, com a finalidade de incrementar a renda familiar por meio da reciclagem<br />

e desenvolvendo uma consciência ambiental.<br />

• Projeto Conviver – promove atividades sociais, esportivas e culturais para idosos,<br />

prestando também assistência à saúde, procurando reverter a imagem cultural do<br />

envelhecimento.<br />

• Programa Esporte Juventude I, II, III, IV e V – incentiva o desenvolvimento<br />

socioeducacional de crianças e adolescentes, por meio de práticas desportivas e<br />

atendimento pediátrico e odontológico.<br />

• Farmácia – oferece medicamentos dos programas de saúde pública.<br />

• Órtese e Prótese – fornece, por meio de doações ou empréstimos, órteses e próteses aos<br />

munícipes.<br />

• Programa Esporte Juventude – incentiva o desenvolvimento socioeducacional por<br />

meio de práticas desportivas e atendimento pediátrico e odontológico.<br />

• Projeto Ação Mulher no século XXI – oferece a mulheres cursos profissionalizantes<br />

itinerantes nos bairros, na Casa da Mãe Taubateana, no Madre Cecília e na Sociedade de<br />

Amparo e Promoção (SOAPRO).<br />

• Balcão de Empregos – programa que alimenta e disponibiliza um banco de dados de<br />

vagas oferecidas no setor produtivo da região.<br />

• Programa Renda Cidadã – vinculado à Secretaria de Assistência Social, oferece cursos<br />

profissionalizantes e apoio financeiro temporário a famílias de renda mensal de até 1<br />

salário mínimo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-11 ABRIL / 2006


• Remissão de IPTU – programa de remissão parcial ou total dos débitos dos contribuintes,<br />

na dependência de sua condição socioeconômica.<br />

• Programa Amparo ao Menor Trabalhador – oferece cursos e oficinas<br />

profissionalizantes para crianças e adolescentes.<br />

• Programa Ametra Carnaval – promove a iniciação profissional de adolescentes nas<br />

artes cênicas carnavalescas.<br />

• Programa de Informática – disponibiliza laboratórios de informática para alunos da<br />

zona rural.<br />

• Programa Municipal de Expansão Industrial – tem por objetivo a integração entre área<br />

industrial, o desenvolvimento tecnológico (através da Universidade de Taubaté) e o meio<br />

ambiente. Oferece infra-estrutura para a instalação de indústrias.<br />

• Projeto Vale Vida – direcionado a oferecer a estudantes do Ensino Fundamental<br />

conhecimentos sobre o meio ambiente. O Projeto é dividido em 3 fases: a parimeira de<br />

Palestras, com apresentação de vídeos abordando temas como fauna, flora, solo, água,<br />

mata ciliar, lixo, caça predatória, áreas degradadas e preservadas; 2 a : Breve orientação de<br />

como formar um viveiro, caminhada na trilha interpretativa junto ao Ribeirão das Antas e<br />

visita ao Centro de Exposição, onde estão expostos animais empalhados da fauna local,<br />

instrumentos de caça, pesca e um insetário; 3 a : Gincana ecológica, abordando temas da<br />

primeira fase. O projeto é desenvolvido no Horto Florestal Estadual, na unidade do<br />

Viveiro Florestal de Taubaté, órgão pertencente ao Instituto Florestal.<br />

• Programa Municipal de DST/AIDS – programa informativo e preventivo que<br />

compreende outros programas, tais como: “Drogas”, que visa à prevenção ao uso de<br />

drogas; “Sífilis na Gravidez” e “Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)”; o “PAS –<br />

Programa Adolescente Saudável”, que ensina sobre hábitos de higiene, alimentação, assim<br />

como alerta sobre as conseqüências da gravidez na adolescência, as DST, as drogas e a<br />

violência. Conta com a participação do Ministério da Saúde.<br />

• Programa de Educação Ambiental – capacita professores multiplicadores. Está sob a<br />

responsabilidade do Departamento de Educação e Cultura.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.B-12 ABRIL / 2006


5.1 MEIO FÍSICO<br />

5.1.1 ASPECTOS METODOLÓGICOS<br />

a. Climatologia<br />

A caracterização climatológica deste estudo envolveu um levantamento das estações<br />

meteorológicas nas áreas mais próximas aos municípios de Caraguatatuba e Taubaté, bem<br />

como da disponibilidade de dados existentes. Foram, então, reunidas informações<br />

meteorológicas de diversas fontes, de forma a conciliar a maior confiabilidade das séries<br />

climáticas de observação com a freqüência das medições necessárias para a análise de cada<br />

variável.<br />

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma série climática ideal<br />

deve ser baseada em 30 anos de dados de uma determinada região. O Instituto Nacional de<br />

Meteorologia (INMET) disponibiliza as médias mensais de 1961 a 1990 (normais<br />

climatológicas) de algumas de suas estações para os seguintes parâmetros: temperatura,<br />

pressão, nebulosidade, insolação, umidade relativa e precipitação. O Departamento de Águas<br />

e Energia Elétrica (DAEE) fornece, principalmente, dados mensais de precipitação, mas, para<br />

algumas estações, também estão disponíveis informações sobre temperatura, pressão,<br />

umidade relativa e insolação. Os aeroportos da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura<br />

Aeroportuária (INFRAERO) emitem mensagens horárias de pressão, temperatura,<br />

temperatura de ponto de orvalho, nebulosidade e vento. O Centro de Previsão do Tempo e<br />

Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC-INPE)<br />

disponibiliza dados coletados a cada 3 horas por suas Plataformas de Coleta de Dados (PCD).<br />

Para um Estudo de Impacto Ambiental (<strong>EIA</strong>), é recomendada uma série de dados<br />

meteorológicos/climatológicos de um período mínimo de cinco anos, preferencialmente os<br />

mais recentes. Entretanto, na prática, torna-se difícil a conciliação entre localização da estação<br />

meteorológica e da região do empreendimento em estudo, assim como a existência de<br />

parâmetros observados, freqüência e duração da série de dados. Dessa forma, foi realizada<br />

para este <strong>EIA</strong> uma seleção de dados considerados como sendo representativos para cada<br />

localidade. As análises foram desenvolvidas para cada mês do ano e, quando possível, para o<br />

ciclo diurno médio, para os seguintes parâmetros:<br />

Pressão Atmosférica Reduzida ao Nível Médio do Mar;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–1<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Temperatura do Ar;<br />

Umidade Relativa do Ar;<br />

Insolação e Nebulosidade;<br />

Precipitação;<br />

Direção e Velocidade do Vento.<br />

b. Geologia, Sismicidade, Aspectos Hidrogeológicos, Aspectos Paleontológicos e<br />

Aspectos Espeleológicos<br />

O mapa geológico-estrutural da Área de Influência Indireta (AII) do futuro Gasoduto foi elaborado<br />

com base nos dados do Projeto Integração Geológico-Metalogenética Folha Rio de Janeiro – SF.23<br />

e Folha Santos do Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, 1999 – os mais<br />

completos e recentes disponíveis abrangendo a área de interesse dos estudos. Adotou-se a escala<br />

1:100.000, adequada a partir do mapa-base na escala 1:250.000, utilizando-se informações de<br />

trabalhos pontuais realizados, coadunados às observações efetuadas em campo (Anexo A, Volume<br />

2/3 – Mapa 04).<br />

A caracterização dos aspectos sismológicos da região de abrangência do empreendimento foi<br />

realizada com base no levantamento, análise e recopilação do histórico de sismicidade natural<br />

e induzida, utilizando os dados dos principais observatórios e estações sismográficas<br />

existentes pertencentes às universidades de Brasília (UNB) e de São Paulo (USP).<br />

Os aspectos hidrogeológicos da área de abrangência do empreendimento foram caracterizados<br />

com base no mapeamento geológico-estrutural efetuado, discriminando-se os grupos de<br />

rochas cristalinas e rochas sedimentares.<br />

A listagem de sismos apresentada é uma síntese de todas as informações relevantes relativas a<br />

cada evento sísmico ocorrido nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com a<br />

hora oficial brasileira, atualizadas até 2003 para todo o Brasil por ASSUMPÇÃO 1 .<br />

As coordenadas geográficas informadas são aquelas do epicentro (quando foi possível determinálo),<br />

ou da localidade mais afetada, ou da principal localidade onde o sismo foi sentido. O erro na<br />

determinação dos epicentros foi estimado de acordo com os dados macrossísmicos disponíveis,<br />

levando-se em conta que o epicentro está na região de maior intensidade. A ausência de um valor<br />

para o erro de epicentro indica que não existiam dados para tal estimativa.<br />

1 Informação recebida do geólogo ASSUMPÇÃO, M., em julho de 2005.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–2<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Os aspectos paleontológicos foram verificados a partir da análise do banco de dados da base<br />

PALEO, da Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM – Serviço Geológico do Brasil);<br />

do mapa geológico elaborado (Mapa 04, no Anexo A, Volume 2/3) e do levantamento<br />

bibliográfico minucioso acerca das unidades geológicas aflorantes na AII do empreendimento.<br />

Em relação aos aspectos espeleológicos, foi realizada, previamente aos serviços de campo,<br />

uma ampla pesquisa bibliográfica visando levantar a existência de estudos, trabalhos,<br />

referências e outras informações que conduzissem à localização de cavidades naturais na AII<br />

do futuro Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté. Posteriormente, in loco, pode-se comprovar que<br />

não há qualquer ocorrência de ambientes dessa natureza nessa área.<br />

c. Recursos Minerais<br />

Foi realizado o levantamento da situação dos processos em andamento no Departamento<br />

Nacional da Produção Mineral (DNPM) através do cadastro mineiro daquela entidade, de<br />

modo a disponibilizar os seguintes dados: número do processo, Unidade da Federação,<br />

município, localidade e situação legal (fase do processo, titular da área [requerente],<br />

substância, superfície em hectares).<br />

As áreas dos processos DNPM ativos (polígonos das autorizações e concessões minerais)<br />

identificadas são apresentadas no Mapa 09 (Anexo A, Volume 2/3) referente aos Processos<br />

Minerários da AII, escala 1:100.000.<br />

d. Geomorfologia<br />

Inicialmente, levantaram-se e analisaram-se dados e informações na literatura geomorfológica<br />

existente sobre as Áreas de Influência do Gasoduto. Foram consultados, principalmente, os<br />

trabalhos do RADAMBRASIL, CPRM e IPT (Mapa Geomorfológico do Estado de São<br />

Paulo, 1981). Além da pesquisa bibliográfica, utilizaram-se os seguintes produtos para a<br />

caracterização geomorfológica da AII: cartas topográficas, mapas geológicos,<br />

geomorfológicos e imagens de satélite.<br />

A seguir, realizou-se uma interpretação preliminar das imagens de satélite Landsat ETM7+,<br />

associada aos dados do modelo digital do terreno, ambos na mesma escala de 1:100.000. Para<br />

elucidação de alguns pontos mais duvidosos, procedeu-se à interpretação estereoscópica de<br />

fotografias aéreas (USAF, 1967), em escala de 1:60.000.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–3<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


A geomorfologia da AII do empreendimento foi caracterizada considerando-se os aspectos<br />

fisiográficos, morfológicos e morfométricos (declividade das encostas, densidade de<br />

drenagem, amplitude topográfica), bem como a dinâmica dos processos geomorfológicos<br />

(erosão – transporte de sedimentos – sedimentação), identificando-se os movimentos de<br />

massa existentes, ocorrência e suscetibilidade à erosão, levando-se em conta os materiais<br />

litológicos e as estruturas identificadas no estudo geológico.<br />

Durante os serviços de campo, realizados no período de 14 a 17 de outubro de 2005, foram<br />

verificados, in loco, os padrões previamente mapeados e complementadas as informações<br />

obtidas anteriormente.<br />

Após a consolidação dos dados de campo e de escritório, foi elaborado o mapa<br />

geomorfológico final, escala de 1:100.000 (Mapa 05, Anexo A, Volume 2/3), contendo a<br />

compartimentação geomorfológica (unidades morfoestruturais, unidades de relevo e feições<br />

do modelado dominante — cristas, serras, picos, morros e mesetas isoladas, escarpas), com<br />

indicação da presença de feições erosivas e movimentos de massa mapeáveis acompanhado<br />

de texto explicativo com descrição das unidades geomorfológicas, abordando a fisiografia e<br />

morfologia do terreno, incluindo aspectos da dinâmica dos processos geomorfológicos.<br />

e. Solos e Capacidade de Uso das Terras<br />

(1) Solos<br />

Os métodos de trabalho de escritório e de campo e os critérios para identificação e distinção<br />

das classes de solos são, a seguir, descritos de maneira sucinta.<br />

Informações mais pormenorizadas sobre os procedimentos metodológicos poderão ser obtidas<br />

nas seguintes publicações:<br />

• Critérios para distinção de classes de solos e de fases de unidades de mapeamento -<br />

normas em uso pelo SNLCS (EMBRAPA, 1988a);<br />

• Definição de horizontes e camadas do solo (EMBRAPA, 1988b);<br />

• Procedimentos Normativos de Levantamentos de Solos (EMBRAPA, 1995);<br />

• Manual de Descrição e Coleta de Solo no Campo (LEMOS e SANTOS, 1996);<br />

• Manual de Métodos de Análise de Solo (EMBRAPA, 1997);<br />

• Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999);<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–4<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


• Propostas de Revisão e Atualização do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos<br />

(SANTOS et al., 2003);<br />

• Manual Técnico de Pedologia (IBGE, 2005).<br />

Preliminarmente, foram efetuados o levantamento, a análise e a sistematização do material<br />

básico disponível com relação às características dos solos e seus fatores de formação,<br />

especialmente material de origem, relevo e clima. Basicamente, foram consultadas as<br />

seguintes publicações:<br />

• Projeto RADAMBRASIL (Folhas SF-23/24: Rio de Janeiro - Vitória); escala 1:1.000.000<br />

(BRASIL, 1983);<br />

• Mapa de Solos e de Classes de Terras para Irrigação do Programa Nacional de Irrigação,<br />

(PRONI), na escala de 1:250.000 (1993);<br />

• Levantamento de Solos do Estado de São Paulo, na escala de 1:400.000 (IAC, 1999).<br />

Como material básico, utilizaram-se imagens do satélite Landsat ETM7+ (Geocover),<br />

composição colorida, na escala de 1:100.000, de junho de 2001, fotografias aéreas na escala<br />

de 1:60.000 (USAF, 1967) e cartas planialtimétricas do IBGE, na escala de 1:50.000.<br />

Foram realizadas a avaliação e a interpretação desses materiais, incluindo a interpretação<br />

pormenorizada das fotografias aéreas supracitadas, gerando posteriormente um mapa<br />

preliminar que, em seguida, foi inserido na base digital. Após confronto das informações<br />

coletadas nos trabalhos de campo, foram realizadas inferências nesse mapa e descrições de<br />

perfis, assim como as unidades de mapeamento de solos foram conceituadas e ajustadas,<br />

gerando-se o mapa de solos (Mapa 06, Anexo A, Volume 2/3) e elaborado o texto<br />

explicativo, apresentado no item 5.1.6 deste <strong>EIA</strong>.<br />

Seguindo uma metodologia mais eficiente quanto à precisão cartográfica do mapeamento de<br />

solos, após a interpretação das fotografias aéreas e aferição dos dados de campo, essas fotos<br />

foram escaneadas e corrigidas as distorções, de acordo com o ajuste feito sobre as imagens<br />

ortorretificadas. A seguir, apresentam-se exemplos dessa seqüência de atividades.<br />

A Figura 5.1-1 representa a fotointerpretação dos dados de solos já aferidos com os dados de<br />

campo e ajustados sobre a base de trabalho. A Figura 5.1-2 representa a fusão da fotografia<br />

aérea sobre a imagem ortorretificada para a AII do empreendimento, base para a digitalização<br />

das unidades interpretadas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–5<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-1 – Ajuste da fotografia aérea sobre a base de trabalho<br />

Figura 5.1-2 – Fusão da fotografia aérea sobre a imagem ortorretificada.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–6<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Os critérios adotados para a distinção e caracterização das classes de solos e de fases de<br />

unidades de mapeamento são listados a seguir.<br />

• Horizontes Diagnósticos<br />

Horizonte A chernozêmico: é um horizonte mineral, superficial, relativamente espesso, com<br />

estrutura suficientemente desenvolvida, escuro (croma úmido inferior a 3,5 e valores mais<br />

escuros que 3,5 quando úmido e 5,5 quando seco), de caráter eutrófico (V > 65%), saturado,<br />

predominantemente, por cátions bivalentes e com conteúdo de carbono igual ou superior a<br />

5,8g/kg.<br />

Horizonte A proeminente: constitui horizonte superficial, cujas características de cor,<br />

espessura, estrutura e conteúdo de matéria orgânica satisfazem às exigências requeridas para<br />

A chernozêmico, do qual difere apenas por apresentar saturação por bases inferior a 65%.<br />

Horizonte A fraco: é um horizonte mineral, superficial, com conteúdos de carbono inferiores<br />

a 5,8g/kg (média ponderada), cores muito claras, com valor maior ou igual a 4 quando úmido<br />

e 6 quando seco, e com estrutura ausente ou fracamente desenvolvida.<br />

Horizonte A moderado: é um horizonte mineral, superficial, com conteúdos de carbono<br />

variáveis e características que expressam um grau de desenvolvimento intermediário entre os<br />

outros tipos de horizonte A. Apresenta requisitos de cor ou espessura insuficientes para<br />

caracterizar horizonte A chernozêmico ou A proeminente, diferindo também do horizonte A<br />

fraco, seja por sua estrutura, mais desenvolvida, ou pelos conteúdos de carbono superiores a<br />

5,8g/kg, seja pela presença de cores mais escuras (valor < 4, quando úmido, ou croma > 6,<br />

quando seco).<br />

Horizonte B textural: é um horizonte mineral subsuperficial no qual há evidências de<br />

acumulação, por iluviação, de argila silicatada. O horizonte B textural possui expressivo<br />

incremento de argila em relação ao(s) horizonte(s) a ele sobreposto(s). Usualmente, apresenta<br />

cerosidade que excede quanto ao grau de desenvolvimento, isto é, nitidez fraca, e quanto à<br />

quantidade – pouca.<br />

Horizonte B latossólico: horizonte mineral subsuperficial, com espessura mínima de 50cm,<br />

cujos constituintes evidenciam avançado estágio de intemperização, caracterizado pela<br />

presença de quantidades variáveis de óxidos de ferro e alumínio, argilominerais do tipo 1:1 e<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–7<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


minerais primários resistentes ao intemperismo e pela ausência quase absoluta de<br />

argilominerais do tipo 2:1.<br />

Horizonte B incipiente: horizonte mineral subsuperficial que sofreu alteração física e<br />

química em grau não muito avançado, porém suficiente para o desenvolvimento de cor ou de<br />

estrutura, e no qual mais da metade do volume de todos os suborizontes não deve consistir em<br />

estrutura da rocha original.<br />

Horizonte glei: horizonte mineral subsuperficial ou eventualmente superficial caracterizado<br />

pela intensa redução de ferro e formado sob condições de excesso de água, o que confere a ele<br />

cores neutras ou próximas de neutras na matriz do solo, com ou sem mosqueados. Esse<br />

horizonte é fortemente influenciado pelo lençol freático, sob prevalência de um regime de<br />

umidade redutor, virtualmente livre de oxigênio dissolvido, em virtude da saturação com água<br />

durante todo o ano ou, pelo menos, por um longo período.<br />

Horizonte E álbico: horizonte mineral comumente subsuperficial no qual a remoção ou<br />

segregação de material coloidal inorgânico e orgânico progrediu a tal ponto que a cor do<br />

horizonte é mais determinada pela cor das partículas primárias de areia, silte, e até mesmo da<br />

argila, do que por revestimentos nessas partículas.<br />

• Grupamentos de Textura<br />

Os grupamentos de textura foram definidos conforme a composição granulométrica do<br />

horizonte B, ou do horizonte C, se não existir B. Foram consideradas as classes de textura em<br />

nível mais generalizado, conforme as seguintes agregações:<br />

− textura muito argilosa: apresenta mais de 600g de argila/kg;<br />

− textura argilosa: apresenta de 350 a 600g de argila/kg;<br />

− textura média: possui menos de 350g de argila e mais de 150g de areia/kg, excluídas as<br />

classes texturais areia e areia-franca;<br />

− textura arenosa: possui menos de 150g de argila/kg e mais de 700g de areia/kg;<br />

compreende as classes texturais areia e areia-franca.<br />

Para as classes de solos com significativa variação textural entre os horizontes, foram<br />

consideradas as texturas dos horizontes superficiais e subsuperficiais, sendo as designações<br />

feitas sob a forma de fração. Exemplo: textura média/argilosa.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–8<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


A caracterização efetuada em função da proporção de cascalhos (diâmetro de 2 a 20mm) em<br />

relação à terra fina (fração menor que 2mm) apresenta os seguintes agrupamentos:<br />

− pouco cascalhenta: de 80 a 150g de cascalho na massa do solo/kg;<br />

− cascalhenta: de 150 a 500g de cascalho na massa do solo/kg;<br />

− muito cascalhenta: mais de 500g de cascalho na massa do solo/kg.<br />

• Fases das Unidades de Mapeamento<br />

O critério de fases tem como objetivo fornecer informações adicionais sobre as condições<br />

ambientais. Foram empregadas as fases de relevo, pedregosidade, rochosidade e de vegetação,<br />

sendo esta última apenas utilizada na avaliação da erodibilidade e da capacidade de uso das<br />

terras.<br />

Fases de Relevo<br />

As fases de relevo são subdivididas segundo critérios de declividade, forma do terreno, altura<br />

relativa das elevações, tipo e comprimento das pendentes, com o objetivo principal de<br />

fornecer subsídios ao estabelecimento dos graus de limitação com relação ao emprego de<br />

implementos agrícolas e à suscetibilidade à erosão.<br />

Plano: superfície de topografia esbatida ou horizontal, onde os desnivelamentos são muito<br />

pequenos, com declividades variáveis de 0 a 3%.<br />

Suave ondulado: superfície de topografia pouco movimentada, constituída por conjuntos de<br />

colinas (elevações de altitudes relativas até 100m), apresentando declives suaves,<br />

predominantemente variáveis de 3 a 8%.<br />

Ondulado: superfície de topografia pouco movimentada, constituída por conjunto de colinas,<br />

apresentando declives moderados, predominantemente variáveis de 8 a 20%.<br />

Forte ondulado: superfície de topografia pouco movimentada, formada por morros<br />

(elevações de 100 a 200m de altitudes relativas) e raramente colinas, com declives,<br />

predominantemente variáveis de 20 a 45%.<br />

Montanhoso: superfície de topografia vigorosa, com predomínio de formas acidentadas,<br />

usualmente constituídas por morros, montanhas e maciços montanhosos, apresentando<br />

desnivelamentos relativamente grandes (superiores a 200m) e declives fortes ou muito fortes,<br />

predominantemente variáveis de 45 a 75%.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–9<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Para melhor ilustrar a fase de relevo, apresenta-se, a seguir, um desenho esquemático das<br />

classes de relevo.<br />

Fase de pedregosidade: utilizada para qualificar áreas em que a presença superficial ou<br />

subsuperficial de quantidades expressivas (3% ou mais) de calhaus (2-20cm) e/ou matacões<br />

(20-100cm) interfere no uso das terras, sobretudo no que se refere ao emprego de máquinas e<br />

implementos agrícolas.<br />

Fase de rochosidade: refere-se à exposição do substrato rochoso, lajes de rochas, parcelas de<br />

camadas delgadas de solos sobre rochas e/ou predominância de bolders com diâmetro médio<br />

maior que 100cm, na superfície ou na massa do solo, em quantidades tais que tornam<br />

impraticável o uso de máquinas agrícolas. Os afloramentos rochosos e/ou matacões cobrem<br />

25% ou mais da superfície do terreno.<br />

Fases de vegetação: subdivididas segundo critérios fitofisionômicos, compreendendo<br />

deciduidade, porte, composição e densidade. Visam fornecer dados, principalmente,<br />

relacionados com o maior ou menor grau de umidade de determinada área com o intuito de<br />

inferir o regime hídrico do solo. Em razão do mapeamento da cobertura vegetal apresentado<br />

no âmbito do Diagnóstico do Meio Biótico deste <strong>EIA</strong>, essas fases de vegetação foram<br />

utilizadas somente para auxiliar a avaliação das terras em termos da sua classificação de<br />

Capacidade de Uso e nos graus de erodibilidade, pois a partir delas foram feitas inferências<br />

sobre as condições do regime hídrico do solo.<br />

(2) Erodibilidade das Terras<br />

Neste estudo, o termo erodibilidade está relacionado à fragilidade das terras em relação às<br />

perdas de solo devido às atividades agropecuárias ou em função de eventos naturais, como os<br />

efeitos das chuvas intensas, por exemplo. Pode, também, relacionar-se, como no presente<br />

caso, a obras de engenharia.<br />

A avaliação da erodibilidade dos solos foi elaborada a partir das informações contidas no<br />

estudo de solos realizado, considerando-se principalmente as características do solo,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–10<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


drenagem, relevo, rochosidade, pedregosidade e vegetação original. A avaliação da<br />

suscetibilidade à erosão refere-se ao componente principal da unidade, respeitando-se suas<br />

limitações, considerando-se secundariamente os demais componentes na unidade.<br />

Os seguintes fatores foram considerados: profundidade do solo, textura, transição entre<br />

horizontes (gradiente textural), presença de caráter abrúptico, permeabilidade do solo,<br />

presença de argilas expansivas, declividade, rochosidade, pedregosidade e vegetação<br />

primitiva, essa última com o objetivo de se inferirem as condições hídricas do solo e o tipo<br />

climático predominante.<br />

As classes de erodibilidade adotadas foram: Ligeira (Li), Moderada (Mo), Forte (Fo), Muito<br />

Forte (MF) e Extremamente Forte (EF). Também foram utilizadas classes intermediárias, por<br />

exemplo: Mo/Fo (Moderada/Forte).<br />

Para facilitar o entendimento da classificação adotada, bem como os critérios empregados,<br />

foram discutidas, para cada unidade de mapeamento e de maneira comparativa, os atributos e<br />

características mais marcantes referentes à erodibilidade dos solos.<br />

As classes de erodibilidade são apresentadas na legenda de solos, em coluna específica após<br />

as respectivas unidades de mapeamento.<br />

A distribuição espacial dessas classes na AII pode ser visualizada no Mapa 07 –<br />

Suscetibilidade à Erosão, apresentado no Anexo A,Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>.<br />

(3) Capacidade de Uso das Terras<br />

O sistema de classificação da Capacidade de Uso (LEPSCH et al., 1991) avalia as terras sob o<br />

prisma de suas limitações para agricultura em sequeiro, considerando que seja praticada sob<br />

nível de manejo moderadamente alto, mas sem irrigação, com ênfase em aspectos<br />

relacionados à conservação dos solos, segundo sua vocação natural, por intermédio do<br />

agrupamento em unidades de uso relativamente homogêneas, onde são destacadas suas<br />

principais características e limitações, em especial aquelas relacionadas à erosão.<br />

A metodologia para avaliação da capacidade de uso das terras seguiu as orientações apontadas<br />

por LEPSCH et al. (1991). Procedeu-se à caracterização das terras por intermédio das<br />

informações contidas no estudo de solos, sendo enfatizada a combinação de potencial agrícola<br />

e o controle de erosão, que visa ao aproveitamento mais intensivo das terras, com menor risco<br />

de degradação do solo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–11<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


A distribuição espacial das classes de capacidade de uso das terras na AII pode ser visualizada<br />

no Mapa 08 – Capacidade de Uso das Terras, apresentado no Anexo A,Volume 2/3 deste<br />

<strong>EIA</strong>.<br />

O nível de manejo proposto no sistema é moderadamente alto e está baseado em práticas<br />

agrícolas que refletem um médio a alto nível de tecnologia. Caracteriza-se pela aplicação de<br />

capital e de resultados de pesquisas para manejo, melhoramento e conservação das terras e<br />

lavouras.<br />

O sistema de avaliação da vocação agrícola utilizado agrupa terras com características<br />

similares, representados por meio de fórmulas, cujo esquema encontra-se apresentado a<br />

seguir. As classes de capacidade de uso são indicadas por algarismos romanos de I a VIII,<br />

dispostas em ordem decrescente segundo sua vocação.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–12<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


I<br />

II<br />

III<br />

IV<br />

V<br />

VI<br />

VII<br />

VIII<br />

As classes de I a IV são indicadas para usos mais intensivos, ao passo que as de V a VII são<br />

indicadas principalmente para cultivos permanentes; a classe VIII é recomendada<br />

exclusivamente para proteção da flora, fauna silvestre e recreação. As subclasses de<br />

capacidade de uso representam as limitações das terras, relacionadas a risco de erosão (e),<br />

solos (s), excesso de água (a) e limitações de clima (c), sendo esse último ausente nessa área<br />

de estudo. Os fatores limitantes de cada subclasse, indicados por sufixo numérico e<br />

posicionados a seguir das subclasses, são denominados unidades de uso, os quais são<br />

descritos a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

e<br />

s<br />

a<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–13<br />

1. Declive acentuado<br />

2. Declive longo<br />

3. Gradiente textural<br />

4. Permeabilidade baixa ou drenagem<br />

moderada<br />

1. Pouca profundidade<br />

2. Textura arenosa em todo perfil<br />

3. Pedregosidade e/ou rochosidade<br />

4. Baixa saturação por bases e/ou baixa<br />

capacidade de troca catiônica<br />

1. Lençol freático elevado<br />

2. Risco de inundação<br />

3. Deficiência de oxigênio no solo<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


• Limitação por risco de erosão (e)<br />

Declive acentuado (e1) – Sendo a topografia um importante elemento condicionador dos<br />

processos erosivos, o grau de erodibilidade intensifica-se à medida que aumenta a<br />

declividade. Esse fator também afeta, em graus crescentes com o aumento da inclinação, o<br />

uso de mecanização agrícola.<br />

Declive longo (e2) – Refere-se ao comprimento das pendentes como fator de contribuição ao<br />

desenvolvimento dos processos erosivos.<br />

Gradiente textural (e3) – Refere-se a uma brusca mudança textural no perfil do solo, com<br />

elevado aumento de argila num pequeno intervalo vertical na zona limítrofe do horizonte A<br />

para o horizonte subjacente, refletindo diretamente na brusca mudança de permeabilidade.<br />

Permeabilidade baixa (e4) – Representa a baixa capacidade do solo de transmitir água ou ar.<br />

Tem grande importância no condicionamento dos movimentos da água e do ar; e,<br />

conseqüentemente, no desenvolvimento radicular, influenciando também o escoamento<br />

superficial.<br />

• Limitações devidas ao solo (s)<br />

Pouca profundidade (s1) – Refere-se à presença, em subsuperfície, de impedimentos físicos,<br />

como pedras e rochas, ao desenvolvimento radicular, limitando a absorção de água e<br />

nutrientes e restringindo o suporte físico para as plantas.<br />

Textura arenosa em todo o perfil (s2) – Corresponde aos solos com textura arenosa e<br />

franco-arenosa, que apresentam baixa retenção de umidade e geralmente baixo nível de<br />

fertilidade natural. Por causa da baixa agregação entre as partículas do solo, são também<br />

bastante susceptíveis aos processos erosivos, mesmo sob pequenas declividades. O limitado<br />

armazenamento hídrico é agravado pelo clima regional, caracterizado por irregularidade nas<br />

precipitações pluviométricas.<br />

Pedregosidade e/ou Rochosidade (s3) – Limita as práticas agrícolas, principalmente a<br />

mecanização. Geralmente, está associada à escassa profundidade dos solos, refletindo na<br />

conservação da umidade e no desenvolvimento do sistema radicular. Constitui importante<br />

restrição para a execução de cortes do terreno.<br />

Baixa saturação por bases e/ou baixa capacidade de troca catiônica (s4) – Este fator diz<br />

respeito à existência de nutrientes em quantidades proporcionais às necessidades da cultura e<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–14<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


à ausência de elementos tóxicos. A elevada concentração de elementos tóxicos, como o<br />

alumínio, e a baixa concentração de nutrientes, como cálcio, magnésio, potássio, sódio,<br />

fósforo e micronutrientes, são os fatores limitantes que mais restringem a fertilidade dos<br />

solos.<br />

• Limitações por excesso de água (a)<br />

Lençol freático elevado (a1) – Refere-se às áreas de baixadas, sujeitas a encharcamento no<br />

período chuvoso, muitas vezes, com lençol freático elevado. Essas áreas apenas são indicadas<br />

para plantas adaptadas à condição de excesso de umidade.<br />

Risco de inundação (a2) – Refere-se às áreas de planícies aluviais, sujeitas a inundação no<br />

período chuvoso, e encharcamento nos locais de topografia abaciada. Esse fator pode limitar o<br />

desenvolvimento de plantas sensíveis ao ocasional excesso de umidade, assim como reduzir o<br />

rendimento das máquinas agrícolas que atuem sob condições de elevada umidade.<br />

Deficiência de oxigênio no solo (a3) – Ocorre em áreas de planícies aluviais e em locais de<br />

relevo deprimido correspondentes aos solos plínticos que, pela posição topográfica, propiciam<br />

o acúmulo de umidade em subsuperfície.<br />

f. Geotecnia<br />

A metodologia de trabalho utilizada na caracterização geológico-geotécnica e para a<br />

delimitação das áreas de risco geológico-geotécnico dos terrenos, ao longo da diretriz do<br />

empreendimento compreendeu, inicialmente, o levantamento de dados disponíveis referentes<br />

a mapeamentos, geológicos, relatórios geotécnicos, levantamentos pedológicos,<br />

levantamentos de sedimentos com características expansivas e textos históricos sobre a<br />

ocupação e transposição da serra do Mar. Foram também recuperados e sistematizados os<br />

dados de cadastro de poços tubulares existentes na AII, cujos níveis d’água estáticos fornecem<br />

informações úteis sobre a dinâmica do lençol freático.<br />

Foram realizados trabalhos de campo, onde a faixa pretendida para a implementação do duto<br />

foi inspecionada, utilizando-se as vias de acesso existentes. Nessa etapa, foram observados e<br />

descritos os aspectos relacionados com as propriedades geotécnicas dos terrenos, tipos e<br />

processos geradores de risco e interferências ao empreendimento. As características<br />

geotécnicas levantadas em campo, tais como capacidade de suporte, escavabilidade, espessura<br />

dos materiais de cobertura – solo residual e saprolito –, ou profundidade do topo rochoso;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–15<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


tipos de solos, estimativa dos tipos de materiais de primeira, segunda e terceira categorias. As<br />

suscetibilidades frente aos processos morfodinâmicos induzidos ou naturais relacionados com<br />

movimentos de massa e erosão, e dificuldades de limpeza da faixa, possibilitaram, juntamente<br />

com a análise do comportamento teórico dos tipos litológicos existentes, ao longo da faixa da<br />

AII, a elaboração do mapa de unidades geológico-geotécnicas (Mapa 10 - Geológico-<br />

Geotécnico e de Áreas de Risco do Anexo A,Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>).<br />

Em ambiente de SIG, procedeu-se à interpretação visual de imagens Ikonos e Spot, em escalas<br />

variadas, e de aerofotos ortorretificadas na escala de 1:25.000, tendo em vista o levantamento,<br />

em conjunto com os estudos geológicos, geomorfológicos e pedológicos, descritos<br />

anteriormente, de focos erosivos ou solos expostos, ravinas e voçorocas e de cicatrizes de<br />

movimentos de massa. A análise dos dados dos sensores remotos possibilitou, também, a<br />

delimitação e a caracterização das unidades geológico-geotécnicas e das áreas de risco<br />

geológico-geotécnico.<br />

Os locais que apresentaram evidências, como cicatrizes de ruptura, sulcos erosivos, ravinas,<br />

relevo de alta declividade e concentrações de blocos ou onde se identificaram potencialidades<br />

de ocorrências de movimentos de massa, foram delimitados e identificados como áreas de<br />

risco geológico-geotécnico. Essas áreas foram hierarquizadas quanto ao grau de risco de<br />

ocorrências de eventos dinâmicos em encostas.<br />

A elaboração do mencionado Mapa 10 - Geológico-Geotécnico e de Áreas de Risco foi<br />

realizada em ambiente SIG, inicialmente com base no Mapa 04 - Geologia, cujas unidades<br />

litoestratigráficas foram agrupadas segundo metodologias de generalização, por similaridade<br />

litológica, sob o ponto de vista da geologia de engenharia, em unidades geológicogeotécnicas.<br />

A porção do terreno de elevada declividade representada pela escarpa da serra do<br />

Mar, por suas características morfogenéticas e comportamento geotécnico de elevada<br />

fragilidade frente a todos os tipos de intervenção que àquela unidade foram impostas, definese<br />

como uma unidade geotécnica única, cujo parâmetro condicionante não foi o litológico,<br />

mas o geomorfológico.<br />

Numa segunda etapa, foram integrados ao Mapa Geológico-Geotécnico e de Áreas de Risco<br />

os dados provenientes do Mapa 05 – Geomorfologia e do estudo pedológico (Mapas 06 –<br />

Solos e 07 – Suscetibilidade à Erosão) apresentados no Anexo A, Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–16<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Após a compartimentação das unidades geológico-geotécnicas, foi estruturada de modo<br />

sistemático a base de dados com os atributos de cada unidade individualizada. A estrutura da<br />

base de dados foi elaborada segundo as características dos terrenos, com a finalidade de<br />

constituir a legenda do mencionado Mapa Geológico-Geotécnico e de Áreas de Risco.<br />

A estrutura da base de dados foi elaborada com os seguintes campos de informação:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ATRIBUTO DESCRIÇÃO<br />

Unidade geotécnica Nome da unidade geológico-geotécnica<br />

Sigla da unidade geotécnica Sigla da unidade geológico-geotécnica<br />

Unidade geológica Unidade litoestratigráfica<br />

Litologias Litologia ou litologias principais<br />

Aspectos geomorfológicos Formas de relevo, declividade<br />

Aspectos pedológicos Tipos de solos, espessura, textura, atividade<br />

Características geotécnicas Características geotécnicas<br />

Escavabilidade Condições de escavabilidade do terreno<br />

Categorias materiais Estimativa das categorias de materiais<br />

Capacidade de suporte Capacidade de carga dos terrenos<br />

Suscetibilidade à erosão Suscetibilidade à erosão<br />

Suscetibilidade a movimentos de massa Suscetibilidade a movimentos de massa<br />

Tipo de risco Tipo de risco geotécnico<br />

Grau de risco Graus de risco geotécnico<br />

Condicionantes de risco Descrição dos fatores condicionantes do risco<br />

g. Recursos Hídricos<br />

No âmbito do Diagnóstico Ambiental do Meio Físico deste <strong>EIA</strong> (item 5.1.8 – Recursos<br />

Hídricos), são apresentados os estudos hidrológicos realizados, que permitem um bom<br />

entendimento do contexto ambiental da AII do empreendimento, possibilitando, por sua vez,<br />

uma avaliação consistente dos impactos e reflexos associados à sua implementação.<br />

Inicialmente, caracterizam-se as bacias hidrográficas, onde se encontram as drenagens que<br />

serão atravessadas pelo futuro Gasoduto, salientando aspectos relativos à localização<br />

geográfica, hidrografia e usos da água dessas bacias.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–17<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Na caracterização do regime hidrológico dos cursos d’água a serem atravessados, é descrita a<br />

rede de postos fluviométricos de interesse para o <strong>EIA</strong>, destacando-se o comportamento<br />

sazonal das vazões observadas. Com base nas observações das estações fluviométricas, foram<br />

identificados os períodos de cheia e estiagem.<br />

A vazão média de longo termo em cada uma das principais travessias foi estimada com base<br />

nos valores de um posto fluviométrico que opere próximo, seja no mesmo curso d’água ou<br />

numa sub-bacia vizinha, corrigida pela proporção entre as áreas de drenagem. Foram obtidas<br />

as séries de vazões mensais nos postos de interesse.<br />

As vazões médias mensais máximas e mínimas nas travessias foram obtidas de forma análoga<br />

às médias mensais, a partir dos valores observados nos postos fluviométricos de interesse.<br />

As áreas de drenagem nas travessias foram obtidas pela delimitação das áreas de contribuição<br />

com o auxílio das Cartas do Brasil (IBGE) na escala de 1:50.000.<br />

Foi verificado o enquadramento dos corpos d’água atravessados quanto às classes de uso dos<br />

recursos hídricos.<br />

Quanto à qualidade das águas, foram obtidos dados que permitiram, na medida do possível,<br />

avaliar a condição atual dos cursos d’água a serem atravessados, verificando-se o atendimento<br />

aos padrões estabelecidos pela legislação em vigor para as classes em que foram enquadrados.<br />

5.1.2 CLIMATOLOGIA<br />

a. Considerações Iniciais<br />

A base utilizada na caracterização climatológica deste estudo foi constituída pelas Normais<br />

Climatológicas (1961-1990) do INMET; dados mensais de precipitação, temperatura,<br />

umidade relativa e insolação do DAEE; dados horários de temperatura, temperatura de ponto<br />

de orvalho, nebulosidade, pressão e vento do aeroporto de São José dos Campos<br />

(INFRAERO) e dados a cada 3 horas de temperatura, umidade relativa, pressão, radiação e<br />

precipitação acumuladas e direção e velocidade do vento coletados pela PCD do CPTEC-<br />

INPE em Caraguatatuba.<br />

Nos Quadros 5.1-1 e 5.1-2, estão indicadas as localidades com suas respectivas fontes, bem<br />

como os parâmetros utilizados para os municípios de Caraguatatuba e Taubaté.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–18<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


A escolha de cada fonte foi baseada, primeiramente, na proximidade com o local em estudo,<br />

seguido, então, da maior disponibilidade de dados.<br />

Quadro 5.1-1 – Relação das estações meteorológicas e seus respectivos parâmetros<br />

utilizados na caracterização climática de Caraguatatuba<br />

Estação Localização<br />

Estação do INMET de<br />

Ubatuba - SP<br />

(83786) 1<br />

Estação do DAEE de<br />

Caraguatatuba - SP<br />

(E2-046) 2<br />

Estação do CPTEC/INPE<br />

de Caraguatatuba - SP<br />

(32521) 3<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Lat: 23º27’S<br />

Long: 45º04’W<br />

Lat: 23°38'S<br />

Long: 45°26'W<br />

Lat: 23º69’S<br />

Long: 45º43’W<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–19<br />

Altitude<br />

(m)<br />

8<br />

Parâmetros Período Freqüência<br />

Temperatura<br />

Umidade Relativa<br />

Nebulosidade<br />

Insolação<br />

20 Precipitação<br />

3<br />

Vento<br />

Pressão<br />

Temperatura<br />

Umidade Relativa<br />

Radiação<br />

1961-<br />

1990<br />

1961-<br />

1990<br />

2002-<br />

2005<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

Mensal<br />

Mensal<br />

A cada 3<br />

horas<br />

1. Normais Climatológicas (1961-1990), Ministério da Agricultura e Reforma Agrária, Secretaria Nacional de<br />

Irrigação, Departamento Nacional de Meteorologia, Brasília, 1992.<br />

2. Banco de dados pluviométricos do Estado de São Paulo (www.daee.sp.gov)<br />

3. Dados observacionais das Plataformas de Coleta de Dados (www.cptec.inpe.br)<br />

Quadro 5.1-2 – Relação das estações meteorológicas e seus respectivos parâmetros utilizados<br />

na caracterização climática de São José dos Campos<br />

Estação Localização<br />

Estação do DAEE de São<br />

José dos Campos - SP<br />

(D2-021) 1<br />

Estação do DAEE de<br />

Pindamonhangaba- SP<br />

(D2-014) 3<br />

Estação da INFRAERO de<br />

São José dos Campos - SP<br />

(SBSJ) 3<br />

Lat: 22°55'S<br />

Lon: 45°58'W<br />

Lat: 22°45'S<br />

Lon: 45°26'W<br />

Lat: 23°02'S<br />

Lon: 45°30'W<br />

Altitude<br />

(m)<br />

Parâmetros Período Freqüência<br />

730 Precipitação 1961-1990 Mensal<br />

526 Insolação 1979-1993 Mensal<br />

646<br />

Vento<br />

Pressão ao nível<br />

do mar<br />

Temperatura<br />

Temperatura do<br />

ponto de orvalho<br />

2001-2005 Horária<br />

Nebulosidade 2003-2005 Horária<br />

1. Banco de dados pluviométricos do Estado de São Paulo (www.daee.sp.gov)<br />

2. Dados Meteorológicos Mensais do Estado de São Paulo 1975-1993. Secretaria de Recursos Hídricos,<br />

Saneamento e Obras, Departamento de Águas e Energia Elétrica, Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos<br />

Hídricos, São Paulo, 1994.<br />

3. Mensagens METAR (www.redemet.aer.mil.br)


A caracterização climatológica mensal da região de Caraguatatuba foi baseada nas Normais<br />

Climatológicas de temperatura, umidade relativa, insolação e nebulosidade da estação do<br />

INMET de Ubatuba (51km a nordeste de Caraguatatuba). Como a Normal Climatológica da<br />

pressão média anual fornecida por essa estação foi de 808hPa, optou-se por utilizar uma outra<br />

fonte. Quanto à precipitação, após análise de dados oriundos da PCD e da estação do DAEE<br />

de Caraguatatuba, constatou-se consistência entre essas diferentes bases. Dessa forma, a<br />

pressão e o vento basearam-se na PCD de Caraguatatuba, e a precipitação utilizada foi a da<br />

estação do DAEE de Caraguatatuba. Para a variação diurna e para as simulações de dispersão,<br />

no entanto, a freqüência dos dados deve ser maior, e foram utilizadas as informações da PCD.<br />

Para a região de Taubaté, a principal base de dados foi a do aeroporto de São José dos<br />

Campos (aproximadamente 30km a sudoeste de Taubaté); entretanto, para os dados de<br />

precipitação, optou-se pela estação do DAEE de São José dos Campos em razão de seu maior<br />

período de abrangência. Para uma consistência maior, os dados de precipitação foram<br />

extraídos para o mesmo período das Normais Climatológicas do INMET (1961 a 1990). Para<br />

os dados de insolação, foi escolhida a estação do DAEE de Pindamonhangaba (15km a<br />

nordeste de Taubaté) devido à ausência desse parâmetro nas outras bases de São José dos<br />

Campos. Deve-se ressaltar que a disponibilidade de dados do aeroporto de São José dos<br />

Campos foi bastante limitada, utilizando-se dados de 2001 a 2005 (para a nebulosidade, o<br />

período foi menor, de 2003 a 2005). Fez-se uma comparação entre a média de 15 anos de<br />

temperatura e umidade relativa da estação de Pindamonhangaba e a média de 5 anos do<br />

aeroporto, observando uma boa relação entre as duas. Optou-se, então, por continuar com a<br />

base de dados do aeroporto para a caracterização climatológica.<br />

b. Características Dinâmicas da Atmosfera<br />

Meteorologia é o estudo da atmosfera e seus fenômenos. Tempo é a condição da atmosfera<br />

num determinado instante e local. As condições são fornecidas pelos elementos<br />

meteorológicos:<br />

• Temperatura do ar;<br />

• Pressão Atmosférica;<br />

• Umidade;<br />

• Nebulosidade;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–20<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


• Precipitação;<br />

• Insolação;<br />

• Direção e velocidade do vento.<br />

Clima é o “tempo médio” de um determinado local e é descrito pela análise estatística dos<br />

elementos meteorológicos, incluindo não só os valores médios mas também os eventos<br />

extremos. Os elementos meteorológicos são determinados por fatores climáticos, que podem<br />

ser divididos em fatores estáticos (ou geográficos, como latitude, relevo, proximidade com o<br />

oceano, tipo de uso do solo) e dinâmicos (sistemas de circulação atmosférica em suas várias<br />

escalas). A interpretação dos elementos climatológicos deve considerar a atuação simultânea<br />

de tais fatores.<br />

Na atmosfera, circulações de todos os tamanhos coexistem, interagindo entre si. Na<br />

meteorologia, é comum classificar as circulações de acordo com seu tamanho. Essa hierarquia<br />

de movimento, desde pequenos turbilhões até tempestades gigantes, é denominada “escala de<br />

movimento”. A menor escala (microescala) compreende circulações de apenas alguns metros<br />

de diâmetro e duração de poucos minutos (por exemplo, pequenos turbilhões). A segunda<br />

escala (mesoescala) compreende circulações que duram algumas horas e abrangem até<br />

algumas centenas de quilômetros (circulações locais, como brisa marítima, tempestades,<br />

tornados e pequenas tempestades tropicais). Circulações de escala sinótica dominam regiões<br />

da ordem de milhares de quilômetros quadrados, podendo durar dias e, às vezes, semanas<br />

(sistemas frontais, áreas de alta e baixa pressão). As maiores circulações se encontram na<br />

escala planetária ou global, podendo atuar sobre toda a atmosfera terrestre (circulação geral da<br />

atmosfera).<br />

No Brasil, as observações horárias são as de maior freqüência, efetuadas em aeroportos ou por<br />

estações automáticas. Assim sendo, apenas circulações de mesoescala ou escalas maiores são<br />

perceptíveis nas análises desses dados.<br />

Nesta subseção, descrevem-se sucintamente os sistemas meteorológicos que atuam no Brasil<br />

e, em especial, na Região Sudeste, tendo como objetivo auxiliar a interpretação da<br />

caracterização climática.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–21<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


(1) Circulações Locais<br />

• Brisa Marítima<br />

As circulações da brisa marítima (BM) e da brisa terrestre (BT) são fenômenos de mesoescala<br />

gerados pelo aquecimento diferencial entre o oceano e o continente. Durante o dia, a terra<br />

aquece de forma mais rápida que a água do oceano. O ar sobre o oceano, mais frio e mais<br />

denso do que o ar sobre a terra, desloca-se para a terra, iniciando a brisa marítima. À noite, a<br />

terra resfria mais rapidamente que o oceano, provocando uma circulação atmosférica em<br />

sentido oposto (brisa terrestre). Entretanto, quanto maior o contraste entre as temperaturas do<br />

ar sobre a terra e sobre o oceano, mais intensos são os ventos. À noite, o contraste de<br />

temperatura é geralmente menor do que durante o dia; assim, a brisa terrestre é mais fraca do<br />

que a brisa marítima. Pelo mesmo motivo, a brisa marítima tende a ser mais intensa durante o<br />

verão do que durante o inverno.<br />

Dependendo das condições sinóticas, a brisa pode atingir distâncias consideráveis. A entrada<br />

da brisa marítima na cidade de São Paulo, a 50km da costa, é um fenômeno bastante comum.<br />

SANCHEZ-CCOYLLO e SILVA DIAS (2000) mostraram que a brisa marítima, ao entrar na<br />

cidade de São Paulo, apresenta as seguintes características: (i) aumento brusco da temperatura<br />

de ponto de orvalho (Td), já que a umidade absoluta aumenta com a penetração da brisa; (ii)<br />

presença de um valor máximo da energia cinética turbulenta (ECT), em função do forte<br />

cisalhamento do vento associado à BM; (iii) ocorrência de máxima altura da camada limite<br />

planetária, em função do valor máximo da ECT; (iv) intensificação da BM devido à<br />

topografia e à presença da região urbana. Além disso, a entrada da brisa é acompanhada de<br />

diminuição da temperatura, aumento da nebulosidade e variação da direção do vento.<br />

• Circulação Vale-Montanha<br />

As circulações vale-montanha ocorrem ao longo das encostas das montanhas. Durante o dia, a<br />

luz solar aquece as encostas das montanhas, que, por sua vez, aquecem o ar mais próximo a<br />

essas superfícies. Esse ar aquecido, menos denso do que o ar à mesma altitude sobre o vale,<br />

sobe morro acima, iniciando a circulação vale-motanha. À noite, o fluxo muda de sentido. As<br />

encostas das montanhas resfriam rapidamente, diminuindo a temperatura do ar em contato.<br />

Esse ar mais frio e denso desce em direção ao vale, gerando a circulação montanha-vale. O<br />

desenvolvimento desse tipo de circulação é favorecido quando os ventos predominantes são<br />

fracos. No litoral do Estado de São Paulo, a circulação vale-montanha (litoral-serra do Mar)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–22<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


pode ser intensificada pela brisa marítima; e a circulação montanha-vale (serra do Mar-litoral)<br />

pela brisa terrestre.<br />

(2) Sistemas de Pressão<br />

Os ventos locais, como os resultantes da brisa marítima ou da circulação vale-montanha,<br />

variam consideravelmente de dia para dia e de estação para estação. Isso ocorre porque esses<br />

ventos interagem com circulações muito maiores. Ao se calcular a média do vento para um<br />

longo período de tempo, os padrões locais desaparecem, e o que se observa é um retrato do<br />

vento numa escala global, ou seja, o vento resultante da Circulação Geral da Atmosfera.<br />

Do ponto de vista do escoamento médio na baixa atmosfera, resultante da Circulação Geral, o<br />

continente Sul-Americano se encontra entre dois anticiclones (sistemas de alta pressão) quaseestacionários:<br />

o Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), a leste, e o Anticiclone<br />

Subtropical do Pacífico Sul (ASPS), a oeste do continente. A interação entre esses dois<br />

anticiclones responde por boa parte das condições meteorológicas na América do Sul, pois<br />

deles dependem os mecanismos de penetração das massas de ar provenientes do Pólo Sul e a<br />

geração de sistemas de mesoescala.<br />

O Brasil se encontra na porção oeste do ASAS. Sua influência é maior durante o inverno,<br />

quando o ASAS atinge sua maior intensidade, avançando para o interior do País. A partir de<br />

julho, a pressão atmosférica começa a diminuir em todo o Brasil. Em outubro, começa a se<br />

formar um sistema de baixa pressão no continente. Esse sistema atinge sua maturidade no<br />

verão e, a partir de então, volta a enfraquecer até desaparecer no inverno.<br />

Além da influência do ASAS, o Brasil é periodicamente invadido por anticiclones de origem<br />

polar, principalmente durante o inverno e a primavera. A meteorologia da Região Sudeste<br />

também é impactada pela formação de ciclones (sistemas de baixa pressão) que se movem de<br />

noroeste para sudeste.<br />

(3) Massas de Ar<br />

Massas de ar são grandes volumes de ar que cobrem milhares de quilômetros carregando as<br />

propriedades (temperatura e umidade) da região de onde teve origem. Com base na dinâmica<br />

dos sistemas de pressão descritos no subitem anterior, pode-se determinar as principais<br />

massas de ar que atuam no clima da área de interesse.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–23<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


− Massa Tropical Marítima (Tm) ou Tropical Atlântica (Ta): forma-se sobre o Atlântico Sul<br />

e é a massa de maior predominância no Brasil. Quente e úmida, atua praticamente, durante<br />

o ano inteiro, na Região Sudeste.<br />

− Massa Equatorial Continental (Ec): forma-se sobre a Região Amazônica, sendo quente e<br />

úmida e com maior influência no verão.<br />

− Massa Tropical Continental (Tc): só pode ser identificada durante o verão numa área<br />

estreita centrada sobre o trópico, onde são atingidas as maiores temperaturas e sobre a<br />

qual se forma o sistema de baixa pressão continental. É uma massa quente e seca e<br />

provoca grande elevação da temperatura.<br />

− Massa Polar Atlântica (Pa): forma-se sobre a Região Polar e originalmente é fria e<br />

relativamente seca (devido ao baixo teor de umidade limitado pela temperatura).<br />

Dependendo de sua trajetória, pode adquirir maior quantidade de vapor d´água,<br />

principalmente durante o verão. Atinge o Sudeste com maior intensidade nos meses de<br />

inverno, causando quedas bruscas de temperatura. Costuma provocar grandes volumes de<br />

chuva no Sudeste ao se encontrar com a massa tropical.<br />

(4) Sistemas Frontais e Bloqueios<br />

Sistemas frontais são superfícies de separação entre massas de ar de características diferentes.<br />

Eles atuam durante o ano todo sobre o Brasil, sendo os principais causadores de distúrbios<br />

meteorológicos no País (LEMOS e CALBETE, 1986) e mais freqüentes nas latitudes mais<br />

altas. De acordo com LEMOS e CALBETE (1986), a AII do Gasoduto é atingida, em média,<br />

por três sistemas frontais por mês na maior parte do ano (de abril a junho e de outubro a<br />

novembro). Nos meses de verão, no entanto, a média é de 1 a 2 sistemas por mês.<br />

No Brasil, o tipo de sistema frontal mais comum é a frente fria, a qual consiste no avanço de<br />

uma massa de ar frio (polar) sobre uma massa de ar quente, causando mudanças bruscas de<br />

tempo, com chuva e queda de temperatura. Como são sistemas de baixa pressão atmosférica,<br />

tendem a aumentar a intensidade do vento à medida que se aproximam de uma região. Além<br />

disso, o levantamento do ar quente sobre a rampa frontal da massa de ar frio gera convecções<br />

profundas, que podem estar associadas à formação de nuvens carregadas do tipo<br />

Cumulonimbus. A aproximação de frentes frias também pode causar linhas de instabilidade<br />

pré-frontais, as quais também estão associadas às condições severas de tempo, com ventos e<br />

chuvas fortes, embora sem causar declínio significativo de temperatura.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–24<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


As frentes quentes ocorrem quando uma massa de ar quente avança em direção a outra mais<br />

fria, geralmente ocasionando elevação das temperaturas. São menos freqüentes que as frentes<br />

frias, mas igualmente associadas à ocorrência de pancadas de chuva e ventos mais fortes no<br />

momento de sua passagem.<br />

Nas latitudes médias, a circulação atmosférica é caracterizada predominantemente por um<br />

escoamento zonal, com deslocamento, para leste, de frentes, ciclones e anticiclones. No<br />

entanto, em condições de bloqueio atmosférico, a presença de um anticiclone quase<br />

estacionário de grande amplitude interrompe a progressão normal dos sistemas para leste<br />

(SANDERS, 1953). As frentes frias são, então, ou bloqueadas, ou desviadas para o mar ao<br />

chegarem à região sob a influência desse anticiclone. Nas bordas do anticiclone, o desvio dos<br />

sistemas frontais causa maior instabilidade, podendo resultar em chuvas intensas. Na região<br />

de influência do anticiclone, no entanto, o tempo permanece estável, geralmente com longos<br />

períodos de seca e calor, podendo perdurar por dias ou até semanas. Os bloqueios são mais<br />

freqüentes entre os meses de maio e agosto e estão associados à baixa qualidade do ar devido<br />

a ventos fracos e baixa umidade relativa.<br />

(5) Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)<br />

Outro fator de grande escala normalmente associado às chuvas intensas é a Zona de<br />

Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é uma configuração de grande escala quase<br />

sempre presente sobre a América do Sul por ocasião de ocorrência de chuvas intensas,<br />

principalmente durante o verão. A ZCAS pode ser identificada, na composição de imagens de<br />

satélite, como uma banda de nebulosidade de orientação NW/SE, estendendo-se desde o sul<br />

da Região Amazônica até a Região Central do Atlântico Sul (KOUSKY, 1988). A umidade e<br />

o calor provenientes da Região Amazônica alimentam a formação de nuvens carregadas,<br />

podendo provocar chuvas durante vários dias, inclusive, na Região Sudeste.<br />

(6) Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM)<br />

Os Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) são aglomerados de nuvens<br />

Cumulonimbus com forma circular. Possuem tempo de duração entre 6 e 48 horas, deslocamse<br />

em trajetórias incertas, percorrendo, às vezes, até cerca de 1.000km de distância, tendo<br />

maior freqüência na primavera e no outono. Os CCMs estão associados a tempestades,<br />

granizo, rajadas de vento e até tornados; as velocidades do vento podem atingir 60 a 90km/h.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–25<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


(7) El Niño e La Niña<br />

O El Niño é um fenômeno de grande escala atmosférico-oceânico caracterizado por um<br />

aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Equatorial, e que pode afetar<br />

o clima regional e global, mudando os padrões de vento em escala mundial, e afetando, assim,<br />

os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. La Niña é o fenômeno oposto:<br />

consiste num resfriamento anormal das águas do Pacífico Equatorial.<br />

De acordo com SUGAHARA (1991), anos de El Niño mais intensos (maior anomalia de<br />

temperatura da superfície do oceano Pacífico) estão associados a maiores níveis de<br />

precipitação no Estado de São Paulo. O impacto do fenômeno La Niña em São Paulo é bem<br />

menos caracterizado, mostrando grande variabilidade.<br />

c. Caracterização Climatológica<br />

O clima da região onde deverá ser implantado o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté é<br />

classificado como subtropical úmido, com inverno moderadamente seco e verão quente e<br />

úmido, ou seja, Cwa, de acordo com a classificação de Köppen (TREWARTHA e HORN,<br />

1980).<br />

A seguir, são apresentadas as análises das variáveis climáticas representativas das regiões de<br />

Caraguatatuba e Taubaté/São José dos Campos.<br />

(1) Pressão Atmosférica<br />

A Figura 5.1-3 apresenta as pressões médias mensais medidas no aeroporto de São José dos<br />

Campos (pressão reduzida ao nível do mar) e na PCD de Caraguatatuba. Nota-se o mesmo<br />

perfil anual, demonstrando, assim, que ambas as regiões estão sob o domínio do mesmo<br />

sistema de pressão. Entretanto, os valores registrados em São José dos Campos (SBSJ) são<br />

maiores por causa da maior altitude em que se encontra.<br />

A pressão média anual de São José dos Campos é de 1.018hPa e de Caraguatatuba, 1.015hPa.<br />

Observa-se que, em ambas as regiões, os maiores valores de pressão são registrados nos<br />

meses de inverno, com pico no mês de julho (1022,0hPa e 1020,6hPa). Esse aumento da<br />

pressão está associado à intensificação do ASAS e à maior freqüência e intensidade de<br />

penetração das massas polares. A elevação da pressão também está associada, em parte, com<br />

os movimentos subsidentes do ar, que inibem os processos de convecção da atmosfera,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–26<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


inibindo, conseqüentemente, a formação de nuvens precipitáveis. Assim, o período de inverno<br />

é geralmente o menos chuvoso do ano.<br />

Entre o final da primavera e o verão, ocorrem os valores mínimos médios de pressão<br />

atmosférica, com mínimo em janeiro (1013,3hPa, em São José dos Campos, e 1010,6hPa, em<br />

Caraguatatuba). Nesse período, predominam os sistemas de baixa pressão, associados à<br />

intensa atividade convectiva e movimentos ascendentes do ar.<br />

Pressão ao nível do mar (hPa)<br />

1024<br />

1022<br />

1020<br />

1018<br />

1016<br />

1014<br />

1012<br />

1010<br />

1008<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

SBSJ 1013 1015 1016 1017 1019 1020 1022 1021 1019 1017 1015 1015<br />

Caragua 1011 1012 1013 1014 1016 1019 1021 1019 1018 1015 1013 1012<br />

Figura 5.1-3 - Variação mensal das pressões atmosféricas médias medidas em São José dos<br />

Campos (SBSJ) e em Caraguatatuba<br />

Pressão ao nível do mar (hPa)<br />

1020<br />

1019<br />

1018<br />

1017<br />

1016<br />

1015<br />

1014<br />

0 3 6 9 12<br />

Hora Local (h)<br />

15 18 21<br />

Figura 5.1-4 - Variação diurna das pressões atmosféricas médias medidas em São José dos<br />

Campos e em Caraguatatuba<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–27<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

SBSJ<br />

Caragua


A variação diurna da pressão atmosférica (Figura 5.1-4) mostra a influência da maré<br />

barométrica, típica da Região Tropical. As maiores pressões são registradas próximo às 9h e<br />

às 22h, e as mínimas próximo às 04h e 16h. A amplitude dessa variação chega a 3hPa, em São<br />

José dos Campos, e a 2hPa, em Caraguatatuba.<br />

(2) Temperatura<br />

A variação anual das temperaturas médias, média das temperaturas máximas e média das<br />

temperaturas mínimas mensais medidas no aeroporto de São José dos Campos e em Ubatuba<br />

é mostrada na Figura 5.1-5. As temperaturas médias anuais são, respectivamente, 20,6 o C e<br />

21,4 o C. O mês mais quente é fevereiro (23,5 o C e 25,0 o C) e o mais frio, julho (17,0 e<br />

17,6 o C). As amplitudes anuais de temperatura ficam por volta dos 6,5 o C e 7,5 o C.<br />

A Figura 5.1-6 mostra a variação diurna das temperaturas médias registradas no aeroporto de<br />

São José dos Campos e na PCD de Caraguatatuba. As temperaturas mínimas ocorrem por<br />

volta das 06h (16,8 o C, em São José dos Campos, e 20,6 o C, em Caraguatatuba). Em<br />

Caraguatatuba, a brisa marítima faz com que as temperaturas máximas ocorram por volta das<br />

12h (26,7 o C), ao passo que, em São José dos Campos, conforme se esperaria de uma estação<br />

mais continental, elas ocorrem mais tarde, às 14h (25,9 o C). A amplitude do ciclo diurno da<br />

temperatura é maior em São José dos Campos (9 o C) do que em Caraguatatuba (6 o C),<br />

principalmente, pela maior umidade do ar nessa última região trazida pela brisa marítima.<br />

Temperatura ( o C)<br />

31<br />

27<br />

23<br />

19<br />

15<br />

11<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

SBSJ 23,0 23,5 22,7 22,1 18,7 18,0 17,0 18,1 20,2 21,1 21,7 23,3<br />

SBSJ_max 28,1 29,5 28,2 27,7 24,4 24,3 23,1 25,5 26,9 27,2 27,7 29,1<br />

SBSJ_min 19,7 19,1 18,9 18,0 14,3 13,3 11,9 12,3 15,6 17,2 17,5 19,8<br />

Ubatuba 24,6 25 24,3 22,4 20 18,2 17,6 18,7 19,6 21 21,7 23,5<br />

Uba_max 29,7 30,3 29,4 27,5 25,7 24,9 24,1 24,7 24,5 25,4 26,1 28,4<br />

Uba_min 20,5 20,8 20,3 18,3 15,4 13,5 12,8 14,3 15,5 17,3 18 19,6<br />

Figura 5.1-5 - Variação mensal das temperaturas médias medidas em São José dos<br />

Campos e em Ubatuba<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–28<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Temperatura ( o C)<br />

28<br />

26<br />

24<br />

22<br />

20<br />

18<br />

16<br />

0 3 6 9 12<br />

Hora Local (h)<br />

15 18 21<br />

Figura 5.1-6 - Variação diurna das temperaturas médias medidas em São José dos Campos e<br />

em Caraguatatuba<br />

(3) Umidade Relativa<br />

A umidade relativa não é fornecida diretamente pelas mensagens METAR; entretanto, seu<br />

cálculo é possível a partir dos valores de temperatura e de temperatura de ponto de orvalho.<br />

A variação anual das umidades relativas médias mensais medidas no aeroporto de São José<br />

dos Campos, em Ubatuba e em Caraguatatuba é mostrada na Figura 5.1-7. As umidades<br />

relativas médias anuais são, respectivamente, 77%, 86% e 82%. Nota-se a grande semelhança<br />

entre os perfis anuais registrados em São José dos Campos e Caraguatatuba. Provavelmente,<br />

tal semelhança se deve ao fato de o banco de dados utilizado para essas duas regiões<br />

contemplar o mesmo período (aproximadamente entre 2002 e 2005), ao passo que os valores<br />

fornecidos pela estação do INMET de Ubatuba são referentes à média de 1961 a 1990. A<br />

amplitude da umidade relativa em Ubatuba é a menor de todas, 5% (83% de umidade relativa<br />

em novembro/dezembro a 88% em abril/maio); em Caraguatatuba, o valor chega a 8% (78%<br />

em agosto a 86% em janeiro) e, em São José dos Campos, a maior, 11% (71% em agosto e<br />

82% em janeiro). A proximidade com o mar explica a maior umidade relativa das cidades<br />

litorâneas, quando comparadas a São José dos Campos. Durante a estação seca, a água<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–29<br />

SBSJ<br />

Caragua<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


disponível no solo e na atmosfera se encontra mais reduzida, causando os valores mínimos de<br />

umidade relativa no final do inverno. A passagem das frentes frias durante essa época pode<br />

causar chuvas e queda de temperaturas, deixando a atmosfera mais úmida, embora por poucos<br />

dias.<br />

Umidade Relativa (%)<br />

100<br />

95<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

SBSJ 82 76 79 79 79 79 77 71 72 75 75 77<br />

Ubatuba 85 85 86 88 88 87 87 86 87 87 83 83<br />

Caragua 86 83 83 82 81 81 81 78 82 83 81 84<br />

Figura 5.1-7 - Variação mensal das umidades relativas médias medidas em São José dos<br />

Campos, Ubatuba e Caraguatatuba<br />

Umidade Relativa (%)<br />

100<br />

95<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

0 3 6 9 12 15 18 21<br />

Figura 5.1-8 - Variação diurna das umidades Hora relativas (h) médias medidas em São José dos<br />

Campos e em Caraguatatuba<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–30<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

SBSJ<br />

Caragua


A Figura 5.1-8 mostra a variação diurna das umidades relativas médias registradas no<br />

aeroporto de São José dos Campos e na PCD de Caraguatatuba. Os maiores valores<br />

geralmente ocorrem no início da manhã, por volta das 06h (90%). Isso é devido ao<br />

resfriamento que o ar sofreu durante toda a madrugada. Com temperaturas menores, a<br />

capacidade do ar em reter vapor d´água diminui. Para uma mesma quantidade de vapor d´água<br />

na atmosfera, a umidade relativa é maior para temperaturas menores; daí os picos de umidade<br />

relativa serem atingidos de manhã. Durante o dia, com o aquecimento e gradual elevação da<br />

temperatura, ocorre o oposto: a capacidade do ar em reter vapor d´água aumenta e a umidade<br />

relativa cai. Em Caraguatatuba, o valor mínimo de 70% ocorre por volta das 12h e em São<br />

José dos Campos, 55% às 15h. Desconsiderando os efeitos da pressão, nota-se que o ar em<br />

Caraguatatuba é bem mais úmido que o de São José dos Campos às 15h, quando ambos<br />

registram temperaturas praticamente iguais (26 o C), mostrando, mais uma vez, a influência da<br />

brisa marítima no litoral.<br />

(4) Insolação e Nebulosidade<br />

A insolação é um parâmetro meteorológico que mede quanto tempo a superfície recebe luz<br />

direta do sol. A nebulosidade tem influência direta na determinação da insolação de uma<br />

determinada região bem como o comprimento do dia. As mensagens METAR fornecem a<br />

quantidade de nebulosidade em OCTAS. Para uma comparação entre os valores observados<br />

no aeroporto de São José dos Campos e os valores de nebulosidade fornecidos pelo INMET<br />

(em décimos), foi efetuada uma conversão baseada na metodologia sugerida pela Agência de<br />

Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, 1999).<br />

Pindamonhangaba apresenta insolação média anual de 2.064 horas, e a nebulosidade média<br />

anual do aeroporto de São José dos Campos é de 4,3 décimos. Para Ubatuba, esses valores são<br />

1.173,4 horas por ano e 6,6 décimos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–31<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Insolação (horas)<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

0<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

Pinda 161,2 161,1 173,6 178,0 171,5 171,8 190,0 194,1 153,8 179,4 179,5 150,3<br />

Ubatuba 104,8 106,4 105,7 101,9 108,7 106,3 110 103,5 77,8 73,3 83,3 91,7<br />

Figura 5.1-9 - Variação mensal das insolações médias medidas em Pindamonhangaba e em<br />

Ubatuba<br />

Nebulosidade (décimos)<br />

9,0<br />

8,0<br />

7,0<br />

6,0<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

SBSJ 6,1 4,1 4,8 4,0 3,7 3,0 3,3 2,8 4,3 5,4 5,2 5,2<br />

Ubatuba 7,3 6,9 6,8 6,3 5,3 4,9 5,1 5,8 7 8 7,5 7,9<br />

Figura 5.1-10 - Variação mensal das nebulosidades médias observadas em São José dos<br />

Campos e em Ubatuba<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–32<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Durante o verão, o comprimento do dia é maior, assim, se não houvesse qualquer tipo de<br />

cobertura de nuvens, a insolação, nessa estação, deveria ser maior do que no inverno.<br />

Entretanto, como mostra a Figura 5.1-9, em Pindamonhangaba, os maiores valores de<br />

insolação (194,1 horas) são atingidos em agosto e, em Ubatuba, 110 horas, em julho, ambos<br />

durante o inverno. Tal fato pode ser compreendido ao se observar a variação mensal da<br />

nebulosidade (Figura 5.1-10). Em São José dos Campos, a menor cobertura de nuvens ocorre<br />

em agosto (2,8 décimos) e em Ubatuba (4,9 décimos), em junho. A interação entre a cobertura<br />

de nuvens e o comprimento do dia resultam então nos valores de insolação observados. Notase<br />

que, nos meses de verão, quando os dias são mais longos, a insolação não varia muito<br />

devido à grande cobertura de nuvens, geradas por atividades convectivas típicas da estação.<br />

(5) Precipitação<br />

A chuva desempenha um papel importante na remoção dos poluentes do ar. As partículas<br />

podem tanto ser removidas no processo de formação de gotas de chuva quanto arrastadas por<br />

essas gotas ao cair. A maior ventilação que acompanha a formação e ocorrência de chuva<br />

também colabora na dispersão dos poluentes, resultando numa melhora da qualidade do ar.<br />

Em São José dos Campos, a média total anual da precipitação é de 2.016,4mm e, em<br />

Caraguatatuba, 1.750,0mm (significativamente menor do que a Normal Climatológica de<br />

Ubatuba: 2.644,5mm).<br />

Quanto à distribuição pluviométrica anual (Figura 5.1-11), ambas as regiões possuem duas<br />

estações bem-definidas: uma seca e uma chuvosa. Durante a estação chuvosa, que vai de<br />

outubro a março, a maior parte da precipitação está associada à passagem de sistemas frontais<br />

e à atuação da ZCAS. Em São José dos Campos, a precipitação durante esse período responde<br />

por 77% da precipitação total anual e, em Caraguatatuba, 68%. Durante o período seco, que<br />

vai de abril a setembro, os episódios de precipitação são bastante esporádicos e estão também<br />

associados à passagem de frentes frias. No inverno, são freqüentes as ocorrências de longos<br />

períodos de estiagem.<br />

Em São José dos Campos, o mês mais seco é julho, com valor médio de 44mm. Em<br />

Caraguatatuba, os menores valores são registrados entre junho e agosto (60mm). O mês mais<br />

chuvoso em ambas as estações é janeiro, com 330mm, em São José dos Campos, e 270mm,<br />

em Caraguatatuba.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–33<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Precipitação (mm)<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

São José 329,2 281,7 267,1 133,8 80,7 60,6 44,0 52,1 86,5 167,5 203,9 296,9<br />

Caragua 269,9 191,9 193,8 141,4 98,2 59,3 76,0 63,9 110,3 149,4 154,1 214,8<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

Figura 5.1-11 - Variação mensal das precipitações médias medidas nas estações do DAEE<br />

em São José dos Campos e em Caraguatatuba<br />

(6) Vento<br />

O vento é o parâmetro meteorológico mais importante na dispersão de poluentes<br />

atmosféricos; através dele, as propriedades do ar são transportadas de uma região para outra.<br />

A turbulência mecânica, gerada pelos ventos, faz a mistura do ar próximo à superfície com as<br />

camadas de ar acima. Através dessa mistura, a concentração de poluentes emitida na baixa<br />

atmosfera diminui, melhorando a qualidade do ar próximo à fonte emissora. Entretanto, em<br />

condições de vento fraco, as concentrações dos poluentes próximas às fontes tendem a<br />

aumentar.<br />

A direção e a velocidade do vento estão associadas às condições dinâmicas da atmosfera,<br />

fruto da interação entre diversas escalas de circulação, e apresentam significativa<br />

variabilidade espacial e temporal.<br />

Ventos em superfície são monitorados por sensores de direção e velocidade, geralmente, a<br />

uma altura de 10m, para evitar interferências aerodinâmicas causadas pela rugosidade local.<br />

Antes de se apresentarem os dados, algumas definições são importantes.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–34<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Calmaria: ventos com velocidade abaixo de 0,5m.s -1 .<br />

Direção Predominante do Vento: direção do vento com maior freqüência de observações<br />

durante o período em estudo.<br />

Vento resultante: vetor resultante da soma vetorial do vento (A velocidade e direção do<br />

vento de cada observação são transformadas em sua componente zonal, ou leste-oeste, u, e<br />

sua componente meridional, norte-sul, v. Ventos de oeste e de sul têm componentes positivas,<br />

ventos de leste e de norte têm componentes negativas. É feita uma média para as componentes<br />

zonais e outra para as componentes meridionais. O vento resultante é obtido pela soma da<br />

componente zonal média e da componente meridional média). Como descrito anteriormente,<br />

ao se obter a média do vento para um longo período de tempo, os padrões locais desaparecem,<br />

e o que se observa é um retrato do vento numa escala global, ou seja, o vento resultante da<br />

Circulação Geral da Atmosfera. Neste estudo, a direção do vento resultante será denominada<br />

“direção média do vento”.<br />

A velocidade do vento medida no aeroporto de São José dos Campos para o período de 2001<br />

a 2005 apresenta um valor médio anual de 1,7m.s -1 , direção predominante SSE e E, calmaria<br />

em 45% das observações e direção média de NNE. Em Caraguatatuba, para o período de 2002<br />

a 2005, a velocidade média anual do vento é de 4,8m.s -1 , com direção predominante de W,<br />

calmaria em 0,5% das observações e direção média de NE. Em São José dos Campos, as<br />

velocidades médias vão de 1,1m.s -1 , em junho, a 2,4m.s -1 , nos meses de setembro a dezembro<br />

(Figura 5.1-12). As condições de dispersão na região do Vale do Paraíba, portanto, são<br />

bastante desfavoráveis entre janeiro e agosto. Já em Caraguatatuba, as velocidades médias<br />

variam entre 4,4m.s -1 , em maio, e 5,5m.s -1 , em dezembro, apresentando boa ventilação.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–35<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Velocidade do vento (m.s -1 )<br />

6,0<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

SBSJ 1,6 1,6 1,5 1,4 1,6 1,1 1,3 1,5 2,4 2,4 2,4 2,4<br />

Caragua 4,9 5,1 4,7 4,6 4,4 4,5 4,5 4,6 5,0 4,9 4,9 5,5<br />

Figura 5.1-12 - Variação mensal das velocidades médias do vento observadas no aeroporto<br />

de São José dos Campos e na PCD de Caraguatatuba<br />

Velocidade do vento (m.s -1 )<br />

8,0<br />

7,0<br />

6,0<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

0 3 6 9 12<br />

Hora Local<br />

15 18 21<br />

Hora(h)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–36<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

SBSJ<br />

Caragua<br />

Figura 5.1-13 - Variação diurna das velocidades médias do vento observadas no aeroporto de<br />

São José dos Campos e na PCD de Caraguatatuba


A Figura 5.1-13 mostra a evolução diurna da velocidade do vento. Os ventos mais fracos são<br />

observados durante a madrugada, quando a atmosfera é mais estável. Em São José dos<br />

Campos, os valores mínimos ocorrem entre 03 e 05h (0,5m.s -1 ), quando a estabilidade<br />

atmosférica é maior, inibindo a circulação do ar. Com o nascer do sol, começam os processos<br />

convectivos e advectivos, intensificando os ventos. A velocidade média aumenta, atingindo o<br />

pico de 3,4m.s -1 às 17h. Em Caraguatatuba, as menores velocidades são registradas entre 6h e<br />

9h, porém com valores muito acima dos observados em São José dos Campos. O valor<br />

mínimo de 3,6m.s -1 ocorre às 09h e o máximo, 6,8 m.s -1 , às 15h.<br />

Os Quadros 5.1-3 e 5.1-4 mostram a distribuição de freqüência de diversas classes de<br />

intensidade do vento de acordo com sua direção para São José dos Campos e Caraguatatuba,<br />

respectivamente.<br />

No Vale do Paraíba, nota-se a predominância de ventos calmos (calmaria, ou seja, ventos com<br />

velocidades inferiores a 0,5m.s -1 ), respondendo por quase 45% das observações. Essa<br />

característica de São José dos Campos torna essa região extremamente desfavorável à<br />

dispersão de poluentes. Ventos com velocidades entre 2 e 4 m.s -1 respondem por 27% das<br />

observações, concentrados nas direções leste a sul. As direções SSE e E são as predominantes,<br />

respondendo igualmente por 7,5% das observações.<br />

No litoral, ao contrário, os ventos calmos são pouco freqüentes, respondendo por menos de<br />

1% das observações. Dessa forma, a região do litoral nas imediações de Caraguatatuba é<br />

bastante favorável à dispersão de poluentes. Ventos com velocidades entre 2 e 4 m.s -1<br />

respondem por 38,1% das observações, estando concentrados na direção oeste. A direção<br />

predominante é a de W (25,3%), seguida pela direção E (20,4%); entretanto, os ventos vindos<br />

de E são muito mais intensos (velocidade acima de 6m.s -1 ), como pode ser mais bem<br />

visualizado nas rosas-dos-ventos (Figuras 5.1-14 a 5.1-47).<br />

As observações do vento são fornecidas em velocidade média e direção predominante para<br />

cada período determinado. No caso das observações efetuadas nos aeroportos, para cada hora,<br />

são fornecidas a velocidade média e a direção predominante naquela hora; no caso das PCD,<br />

os valores fornecidos são a velocidade média e direção predominante nas últimas três horas.<br />

Na análise da velocidade dos ventos realizada anteriormente, os resultados descrevem as<br />

freqüências de cada classe de velocidade associada às diferentes direções do vento.<br />

Entretanto, como o vento é uma grandeza vetorial e como as direções das quais o vento sopra<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–37<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


variam muito, deve ser obtida a média vetorial, para fornecer a direção média do vento<br />

(direção do vento resultante). “A média vetorial é realizada apenas sobre os valores medidos<br />

de velocidade que forem diferentes de zero. Assim, diferentemente do vento predominante,<br />

que indica qual direção esse soprou a maior parte do tempo, o vento resultante caracteriza a<br />

sobreposição de ventos de direção que podem ser distintas entre si, mas que caracteriza um<br />

deslocamento horizontal efetivo das massas de ar” (CETESB, 2003).<br />

As Figuras 5.1-14 e 5.1-15 mostram as rosas-dos-ventos anuais para Caraguatatuba–São José<br />

dos Campos, respectivamente. As rosas-dos-ventos são representações gráficas dos Quadros<br />

5.1-3 e 5.1-4. Os círculos pontilhados representam as freqüências de cada direção observada e<br />

as cores, as diferentes classes de velocidade do vento. A linha vermelha indica o vetor vento<br />

resultante das observações, ou seja, a direção predominante do vento em São José dos<br />

Campos é de NNE (19º) e a direção predominante do vento em Caraguatatuba é de NE (53º).<br />

Assim, nota-se a preponderância da circulação da ASAS sobre a região onde deverá ser<br />

implantado o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

Quadro 5.1-3 - Distribuição das freqüências para cada classe de intensidade (m.s -1 ) e direção<br />

do vento (%) no Aeroporto de São José dos Campos<br />

Direção do vento 0,5 - 1,0 1,0 - 2,0 2,0 - 4,0 4,0 - 6,0 6,0 - 8,0 >= 8,0 Total (%)<br />

N 0,0 0,4 0,4 0,1 0,0 0,0 1,0<br />

NNE 0,0 0,7 1,1 0,1 0,0 0,0 1,9<br />

NE 0,0 0,9 1,7 0,3 0,0 0,0 2,9<br />

ENE 0,0 1,1 2,5 0,5 0,1 0,0 4,2<br />

E 0,0 1,7 4,4 1,1 0,2 0,0 7,5<br />

ESE 0,0 0,8 1,5 0,4 0,0 0,0 2,8<br />

SE 0,0 0,7 2,3 0,7 0,2 0,0 4,0<br />

SSE 0,0 0,8 2,6 2,3 1,3 0,6 7,6<br />

S 0,0 1,0 2,7 1,8 0,8 0,3 6,5<br />

SSW 0,0 0,8 1,8 1,0 0,2 0,0 3,9<br />

SW 0,0 0,7 1,6 0,6 0,2 0,0 3,2<br />

WSW 0,0 0,6 1,4 0,5 0,2 0,0 2,7<br />

W 0,0 0,5 1,2 0,6 0,2 0,1 2,5<br />

WNW 0,0 0,4 1,0 0,6 0,2 0,1 2,3<br />

NW 0,0 0,3 0,5 0,3 0,1 0,0 1,2<br />

NNW 0,0 0,3 0,4 0,2 0,1 0,0 1,0<br />

Subtotal 0,1 11,7 27,2 11,1 3,7 1,3 55,1<br />

Calmos 44,9<br />

Total 100,0<br />

Fonte: Estação da INFRAERO de São José dos Campos – SP. Período: 2001/2005.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–38<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Quadro 5.1-4 - Distribuição das freqüências para cada classe de intensidade (m.s -1 ) e direção<br />

do vento (%) em Caraguatatuba<br />

Direção do vento 0,5 - 1,0 1,0 - 2,0 2,0 - 4,0 4,0 - 6,0 6,0 - 8,0 >= 8,0 Total (%)<br />

N 0,0 0,5 0,9 0,6 0,2 0,1 2,3<br />

NNE 0,0 0,4 0,6 0,3 0,3 0,4 2,0<br />

NE 0,0 0,3 1,2 1,0 0,6 0,5 3,6<br />

ENE 0,2 0,3 1,6 2,0 1,8 3,2 9,0<br />

E 0,8 1,4 3,2 3,2 3,1 8,8 20,4<br />

ESE 0,0 0,1 0,8 0,9 0,8 0,7 3,4<br />

SE 0,0 0,1 0,4 0,4 0,2 0,3 1,5<br />

SSE 0,0 0,1 0,2 0,1 0,0 0,0 0,6<br />

S 0,0 0,3 0,4 0,1 0,0 0,0 0,7<br />

SSW 0,0 0,3 0,5 0,1 0,0 0,0 1,0<br />

SW 0,0 0,4 1,6 0,6 0,5 0,3 3,4<br />

WSW 0,0 0,7 3,4 1,6 1,1 0,6 7,4<br />

W 0,0 1,2 13,2 9,4 1,3 0,2 25,3<br />

WNW 0,0 0,4 6,4 5,3 0,4 0,1 12,8<br />

NW 0,0 0,5 2,7 0,7 0,1 0,1 4,1<br />

NNW 0,1 0,4 1,1 0,5 0,0 0,0 2,0<br />

Sub-Total 1,2 7,4 38,1 26,8 10,5 15,4 99,5<br />

Calmos 0,5<br />

Total 100,0<br />

Fonte: Estação do CPTEC/INPE de Caraguatatuba – SP. Período: 2002/2005.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–39<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Figura 5.1-14 – Rosa-dos-ventos anual de Caraguatatuba (2202 a 2005)<br />

Figura 5.1-15 – Rosa-dos-ventos anual de São José dos Campos (2201 a 2005)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–40<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


A rosa-dos-ventos média de cada mês do ano é mostrada nas Figuras 5.1-16 a 5.1-27, para<br />

São José dos Campos e Figuras 5.1-28 a 5.1-39, para Caraguatatuba. As Figuras 5.1-40 a<br />

5.1-43 mostram as rosas-dos-ventos médias para diferentes períodos durante o dia (a: das 00<br />

às 06h, b: das 07 às 12h, c: das 13 às 18h e d: das 19 às 23h) para São José dos Campos e as<br />

Figuras 5.1-44 a 5.1-47, para Caraguatatuba.<br />

Em São José dos Campos, as direções médias são dos quadrantes norte e nordeste. As<br />

direções predominantes durante todo o ano são dos quadrantes leste e sul, porém os ventos de<br />

leste são menos intensos do que os de sul.<br />

A direção do vento predominante é regida basicamente por três efeitos: o alinhamento das<br />

serras do Mar e da Mantiqueira (de nordeste para sudoeste); a entrada da brisa marítima<br />

(ventos da direção sul-sudeste) e a fenda topográfica de Paraibuna, que canaliza a brisa<br />

marítima para o Vale com o fluxo da direção sudeste.<br />

O alinhamento das serras justifica a direção predominante de N-NE e a maior freqüência de<br />

ventos fracos de E. A entrada da brisa marítima a as passagens das frentes frias estão<br />

associadas a ventos mais fortes de SE.<br />

As rosas-dos-ventos para diferentes períodos do dia, em São José dos Campos, mostram que,<br />

entre 00 e 06h, 73% das observações registraram calmaria, a velocidade média é menor que<br />

1m.s -1 e a direção predominante varia entre os quadrantes leste e sul. Entre 07 e 12h, os<br />

ventos mais freqüentes mudam de direção — vão do quadrante leste para nordeste e são mais<br />

intensos (1,6m.s -1 ) do que os ventos da madrugada. Entre 13 e 18h, a velocidade média dos<br />

ventos é de 3m.s -1 , vindo predominantemente das direções sudeste e sul. Esse vento, muito<br />

provavelmente, está associado à penetração da brisa marítima no Vale do Paraíba. Ao<br />

anoitecer, as velocidades do vento tornam a diminuir (2m.s -1 ), com direção predominante de<br />

sudeste e sul, o que pode indicar a persistência da circulação da brisa marítima.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–41<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-16 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de janeiro<br />

(velocidade média dos ventos = 1,53m.s -1 )<br />

Figura 5.1-17 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de fevereiro<br />

(velocidade média dos ventos = 1,58m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–42<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-18 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de março<br />

(velocidade média dos ventos = 1,51m.s -1 )<br />

Figura 5.1-19 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de abril<br />

(velocidade média dos ventos = 1,47m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–43<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-20 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de maio<br />

(velocidade média dos ventos = 1,56m.s -1 )<br />

Figura 5.1-21 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de junho<br />

(velocidade média dos ventos = 1,05m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–44<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-22 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de julho<br />

(velocidade média dos ventos = 1,39m.s -1 )<br />

Figura 5.1-23 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de agosto<br />

(velocidade média dos ventos = 1,68m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–45<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-24 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de setembro<br />

(velocidade média dos ventos = 2,40m.s -1 )<br />

Figura 5.1-25 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de outubro<br />

(velocidade média dos ventos = 2,36m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–46<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-26 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de novembro<br />

(velocidade média dos ventos = 2,37m.s -1 )<br />

Figura 5.1-27 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) de dezembro<br />

(velocidade média dos ventos = 2,35m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–47<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Figura 5.1-28 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de janeiro<br />

(velocidade média dos ventos = 4,86m.s -1 )<br />

Figura 5.1-29 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de fevereiro<br />

(velocidade média dos ventos = 5,04m.s -1 )<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–48<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-30 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de março<br />

(velocidade média dos ventos = 4,70m.s -1 )<br />

Figura 5.1-31 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de abril<br />

(velocidade média dos ventos = 4,62m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–49<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-32 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de maio<br />

(velocidade média dos ventos = 4,43m.s -1 )<br />

Figura 5.1-33 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de junho<br />

(velocidade média dos ventos = 4,46m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–50<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-34 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de julho<br />

(velocidade média dos ventos = 4,48m.s -1 )<br />

Figura 5.1-35 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de agosto<br />

(velocidade média dos ventos = 4,60m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–51<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Figura 5.1-36 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de setembro<br />

(velocidade média dos ventos = 4,96m.s -1 )<br />

Figura 5.1-37 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de outubro<br />

(velocidade média dos ventos = 4,82m.s -1 )<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–52<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Figura 5.1-38 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de novembro<br />

(velocidade média dos ventos = 4,89m.s -1 )<br />

Figura 5.1-39 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) de dezembro<br />

(velocidade média dos ventos = 5,49m.s -1 )<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–53<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-40 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) das 00 às 06 h<br />

(velocidade média dos ventos = 0,64 m.s -1 )<br />

Figura 5.1-41 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) das 07 às 12 h<br />

(velocidade média dos ventos = 1,57 m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–54<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-42 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) das 13 às 18 h<br />

(velocidade média dos ventos = 3,04 m.s -1 )<br />

Figura 5.1-43 – Rosa-dos-ventos SBSJ (2001 a 2005) das 19 às 23 h<br />

(velocidade média dos ventos = 1,97m.s -1 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–55<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Figura 5.1-44 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) das 00 às 06 h<br />

(velocidade média dos ventos = 3,89m.s -1 )<br />

Figura 5.1-45 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) das 07 às 12 h<br />

(velocidade média dos ventos = 5,12 m.s -1 )<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–56<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Figura 5.1-46 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) das 13 às 18 h<br />

(velocidade média dos ventos = 6,03 m.s -1 )<br />

Figura 5.1-47 – Rosa-dos-ventos Caraguatatuba (2002 a 2005) das 19 às 23 h<br />

(velocidade média dos ventos = 4,31 m.s -1 )<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–57<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Em Caraguatatuba, a circulação da brisa marítima está presente durante todo o ano. Ventos<br />

mais intensos do quadrante leste são quase tão freqüentes quanto ventos mais fracos de oeste<br />

(circulação da brisa terrestre e circulação montanha-vale), entre setembro e fevereiro. Nos<br />

meses de outono, as freqüências de ventos de leste diminuem e, no inverno, a freqüência dos<br />

ventos de oeste chega a ser quatro vezes maior que a dos ventos de leste. A intensidade da<br />

brisa marítima depende do contraste entre as temperaturas do oceano e do continente. A<br />

amplitude da variação anual da temperatura da superfície do mar é menor do que a amplitude<br />

da variação da temperatura do ar no continente. Assim, nos meses de inverno, a diferença de<br />

temperatura entre o continente e o mar é maior do que no verão. Ar relativamente mais frio<br />

sobre o continente durante o inverno inibe ou enfraquece a circulação de brisa marítima,<br />

justificando a menor freqüência de ventos de leste em Caraguatatuba durante o inverno.<br />

Entre março e agosto, as direções médias dos ventos são dos quadrantes NE e E. Nos demais<br />

meses, dominam direções médias dos quadrantes N e NNE. Essa variação de quadrantes pode<br />

estar associada à interação entre o deslocamento do ASAS e a intensificação e<br />

desintensificação da circulação da brisa marítima.<br />

As rosas-dos-ventos para diferentes períodos do dia em Caraguatatuba mostram que, entre 00<br />

e 06h, a direção predominante é de oeste e que os ventos são relativamente fracos, condizendo<br />

com uma circulação de brisa terrestre e circulação montanha-vale, resultantes do resfriamento<br />

noturno. Entre 07 e 12h, os ventos mais freqüentes mudam de direção, vindo do quadrante<br />

leste e são bem mais intensos do que os ventos da madrugada; a velocidade média dos ventos<br />

é de 5m.s -1 . É o início da circulação da brisa marítima. Entre 13 e 18h, a velocidade média dos<br />

ventos é de 6m.s -1 , vindos predominantemente das direções E e ENE. Esse vento, muito<br />

provavelmente, está associado à interação entre a penetração da brisa marítima continente<br />

adentro e a circulação vale-montanha. Ao anoitecer, as velocidades do vento tornam a<br />

diminuir, com direção predominante de oeste e WNW.<br />

d. Eventos Extremos<br />

De acordo com relato retirado do site da Prefeitura Municipal da Estância Balneária de<br />

Caraguatatuba (www.caraguatatuba.sp.gov.br/turismo), pode-se destacar que:<br />

“Caraguatatuba ficou mundialmente conhecida pela dramática catástrofe ocorrida em 18 de<br />

março de 1967, quando uma tempestade de poucas horas provocou centenas de deslizamentos<br />

nas vertentes escarpadas da Serra do Mar. A serra avançou sobre Caraguatatuba despejando<br />

milhares de toneladas de lama e vegetação. Mais de duas décadas após a maior tragédia já<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–58<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ocorrida no Litoral Norte Paulista, Caraguatatuba recuperou-se e cresceu. A dor deu lugar ao<br />

esforço de reconstrução, os turistas retornaram, a vida voltou ao seu curso normal.”<br />

A definição de tromba d´água é uma coluna de ar em movimento rotacional sobre um grande<br />

corpo d´água. A tromba d´água pode ser um tornado que se formou sobre a terra e então se<br />

moveu para acima da água. Esse parece ser o caso ocorrido em Caraguatatuba.<br />

O único registro meteorológico disponível para esse dia foi a precipitação registrada na<br />

estação do DAEE de Caraguatatuba, com valor de 93,4mm, ou seja, muito inferior ao máximo<br />

diário de 240,8 registrado no dia 19 de março de 1967. Entretanto, tornados estão mais<br />

associados a ventos intensos do que a chuvas intensas.<br />

Nos Estados Unidos, a maior parte dos tornados tem diâmetros entre 100 e 600m, com<br />

velocidades inferiores a 64m.s -1 , durando apenas alguns minutos. Tornados fortes (F3 na<br />

escala Fujita), no entanto, capazes de danificar as estruturas das casas, conforme relatos de<br />

vítimas, podem atingir velocidades até 93 m.s -1 .<br />

e. Síntese das Variáveis Climáticas e Meteorológicas<br />

A região do Vale do Paraíba, representada por dados coletados nas cidades de São José dos<br />

Campos e Pindamonhangaba, apresenta as seguintes características:<br />

• Pressão atmosférica reduzida ao nível do mar: 1.018 hPa;<br />

• Temperatura média do ar: 20,6ºC;<br />

• Umidade relativa média: 77%;<br />

• Insolação média: 2.064 horas por ano;<br />

• Nebulosidade média: 4,3 décimos;<br />

• Precipitação média: 2.016,4mm por ano;<br />

• Período seco: abril a setembro, 23% da precipitação total anual;<br />

• Mês mais seco: julho (44mm);<br />

• Período chuvoso: outubro a março, 77% da precipitação total anual;<br />

• Temperatura média do mês mais frio: 17ºC em julho;<br />

• Temperatura média do mês mais quente: 23,5ºC em fevereiro;<br />

• Velocidade média anual do vento: 1,7m.s -1 ; direções predominantes: SSE (7,6%) e E<br />

(7,5%), calmaria: 45% das observações e direção média de NNE;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–59<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


• Condições de dispersão atmosférica de poluentes: desfavoráveis, principalmente nas<br />

madrugadas dos meses de inverno, quando os ventos são fracos e a atmosfera, mais<br />

estável.<br />

A região do litoral norte do Estado de São Paulo, representada por dados coletados nas<br />

cidades de Caraguatatuba e Ubatuba, apresenta as seguintes características:<br />

• Pressão atmosférica média: 1.015 hPa;<br />

• Temperatura média do ar: 21,4ºC;<br />

• Umidade relativa média: 82%;<br />

• Insolação média: 1.173,4 horas por ano;<br />

• Nebulosidade média: 6,6 décimos;<br />

• Precipitação média: 1.750mm por ano;<br />

• Período seco: abril a setembro, 32% da precipitação total anual;<br />

• Mês mais seco: entre junho e agosto (60mm);<br />

• Período chuvoso: outubro a março, 68% da precipitação total anual;<br />

• Temperatura média do mês mais frio: 17,6ºC em julho;<br />

• Temperatura média do mês mais quente: 25ºC em fevereiro;<br />

• Velocidade média anual do vento: 4,8m.s -1 , direções predominantes: W (25,3%) e E<br />

(20,4%), calmaria: 05% e direção média de NE;<br />

• Condições de dispersão atmosférica de poluentes: favoráveis. Ventos intensos associados<br />

à circulação da brisa marítima ventilam o litoral, carregando os poluentes para fora da<br />

região.<br />

Portanto, de acordo com a classificação de Köppen, o clima de ambas as regiões é Cwa:<br />

• C: mesotérmico, clima chuvoso de latitudes médias com verões amenos (temperatura<br />

média do mês mais frio menor que 18ºC, mas acima de –3ºC);<br />

• w: estação seca no inverno (70% da precipitação média anual é observada nos 6 meses<br />

mais quentes);<br />

• a: verão quente, com temperatura média do mês mais quente acima de 22ºC.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–60<br />

GASODUTO<br />

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ABRIL / 2006


5.1.3 GEOLOGIA, SISMICIDADE, ASPECTOS HIDROGEOLÓGICOS, PALEONTOLÓGICOS E<br />

ESPELEOLÓGICOS<br />

a. Considerações Iniciais<br />

A Área de Influência Indireta do empreendimento (AII) encontra-se inserida em uma região<br />

de geologia complexa da Plataforma Sul-Americana – região oriental (ALMEIDA et al.,<br />

1976), composta, principalmente de rochas granitizadas ou metamorfizadas. A granitização é<br />

marca característica dessa província, afetando contextos de embasamento mais antigo – Pré-<br />

Brasiliano e supracrustais desse ciclo.<br />

Nessa região, ocorreram diversos eventos geotectônicos, com terrenos geológicos<br />

apresentando uma seqüência de unidades litoestratigráficas de idades bastante variáveis. A<br />

província guarda o registro de uma longa e complexa evolução do Neoproterozóico (900 –<br />

520 milhões de anos), preservando remanescentes de unidades paleotectônicas arqueanas,<br />

paleoproterozóicas e mesoproterozóicas.<br />

As unidades mais antigas pertencem ao Pré-Cambriano (Arqueano/Paleoproterozóico,<br />

Mesoproterozóico e Neoproterozóico), enquanto as mais novas são representadas por rochas e<br />

coberturas sedimentares inconsolidadas e pelos sedimentos aluvionares holocênicos de idades<br />

mais recentes (Cenozóico – Terciário/Quaternário).<br />

As rochas pré-cambrianas são predominantes. Significam cerca de 85% da AII, estando<br />

inseridas no contexto da Faixa Ribeira. Representam distintos ambientes tectônicos, com<br />

intensa complexidade estrutural resultante da superposição de estruturas geológicas e<br />

diferentes transformações metamórficas, assim como complicadas deformações. Tais<br />

transformações incluem processos de migmatização e infiltrações graníticas que resultaram<br />

em produtos finais de difícil reconhecimento em relação aos materiais de origem. As<br />

seqüências dobradas e metamorfizadas do Neoproterozóico formam faixas de dobramentos<br />

separadas por áreas de rochas mais antigas que sofreram retrabalhamento brasiliano.<br />

Esses retrabalhamentos proterozóicos envolveram processos de recristalização, deformação,<br />

intrusão de granitos e rejuvenescimento isotópico.<br />

Zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais definem uma estruturação regional marcante de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–61<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


orientação NE-SW e ENE-WSW, condicionando as formas alongadas das seqüências<br />

metamórficas e a disposição concordante dos corpos graníticos.<br />

As coberturas sedimentares estão representadas por sedimentos do Rift Continental do<br />

Sudeste do Brasil - RCSB (RICCOMINI, 1989) e os depósitos aluvionares e coluvionares<br />

recentes a atuais.<br />

A bacia cenozóica de Taubaté (abrangendo as áreas das cidades de Taubaté, Caçapava e São<br />

José dos Campos), como parte integrante do RCSB, tem sua origem relacionada ao processo<br />

de abertura do Atlântico Sul. Possui uma forma alongada segundo a direção NE-SW, sendo<br />

constituída por sedimentos que se depositaram em gráben ou emi graben formado,<br />

provavelmente, por reativação de antigas falhas transcorrentes e por processos neotectônicos<br />

ligados à evolução da costa brasileira (SUGUIO e MARTIN, 1996).<br />

No Anexo A,Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>, apresenta-se o Mapa 04 – Geologia da AII na escala de<br />

1:100.000.<br />

b. Unidades Litoestratigráficas<br />

(1) Arqueano/Paleoproterozóico<br />

Complexo Rio Capivari – Pc<br />

Este complexo é constituído por rochas migmatizadas de composição tonalítica a granítica<br />

sobre o qual se depositaram as supracrustais do Complexo Embu. Ocorre em faixas paralelas<br />

e intercaladas por rochas do Complexo Embu, eventualmente limitado por falhas. É composto<br />

por hornblenda – biotita gnaisses migmatizados.<br />

Datações geocronológicas indicam idades que permitem inferir uma geração<br />

Arqueano/Paleoproterozóica com retrabalhamento no Mesoproterozóico.<br />

(2) Mesoproterozóico<br />

Complexo Embu - Me<br />

É constituído por rochas paraderivadas, parcialmente de afinidade vulcanossedimentar,<br />

metamorfizadas predominantemente no grau médio a alto, muitas vezes atingindo fusão<br />

parcial in situ.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–62<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Na AII do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, é representado pelas seguintes unidades<br />

litológicas:<br />

• Granada-sillimanita-biotita gnaisses (Megn) localmente migmatizados, com boudins de<br />

calcissilicáticas, quartzitos e anfibolitos; lentes de xistos e mármores restritos.<br />

Associações de biotita milonito gnaisses porfiroclásticos e corpos subordinados de biotita<br />

ortognaisses;<br />

• Quartzo micaxistos e quartzitos (Mex), por vezes associados a metabasitos. Esses termos<br />

encontram-se, via de regra, milonitizados.<br />

(3) Neoproterozóico<br />

Rochas Ígneas (Nγ) – Domínio Embu<br />

Os granitóides intrusivos presentes na AII são representados pelos seguintes tipos:<br />

• Granito Salto/Granito Fazenda Santa Terezinha (Nγst): biotita granito com granada, cinza<br />

claro, inequigranular, leucocrático, com estruturas migmatíticas;<br />

• Granito Serra do Jambeiro (Nγj): muscovita-granada-biotita granito a monzogranito cinza,<br />

com estruturas migmatíticas, porfirítico;<br />

• Granito Santa Branca (Nγsb): granada muscovita –biotita granito, cinza, equigranular;<br />

• Granito Porfirítico (Nγp): biotita granito cinza inequigranular;<br />

• Granito predominantemente tonalítico (Nγgr): biotita-granito milomítico,<br />

predominantemente tonalítico.<br />

(4) Neoproterozóico / Paleozóico<br />

Complexo Costeiro – Nc<br />

As rochas reunidas neste complexo correspondem a terrenos metamórficos bastante<br />

deformados e paralelizados. Foram individualizados os seguintes conjuntos litológicos:<br />

• sillimanita – muscovita quartzitos;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–63<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

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• biotita gnaisses e gnaisses peraluminosos (Ncgn) com boudins de calcissilicáticas,<br />

quartzitos e anfibolitos, passando lateralmente para migmatitos estromáticos;<br />

• quartzitos feldspáticos e quartzitos (Ncq) com gnaisses calcissilicáticos subordinados;<br />

• hornblenda-biotita migmatito e/ou granito-gnaisses porfiroclástico (Ncgrgn);<br />

• migmatitos com estruturas diversas (Ncmg), notadamente nebulítica, schlieren e<br />

estromática.<br />

(5) Neoproterozóico/Paleozóico<br />

Rochas Ígneas (Nεγ) – Domínio Costeiro<br />

As rochas granitóides inseridas no Domínio Costeiro são representadas por maciços pouco<br />

foliados (pós a tardicinemáticos) e granitos foliados (pré-cinemáticos ou pré a<br />

sincinemáticos). Destacam-se, entre os primeiros, os hornblenda-biotita granitos rosados, os<br />

granada-muscovita-biotita granitos a monzogranito e os hornblenda-biotita granitos<br />

porfiríticos (Granitos do Complexo Pico do Papagaio - Nεγpp). Os litotipos mais deformados<br />

constituem granitos foliados, muscovita-biotita granitos, hornblenda-biotita granitos e<br />

granitos leucocráticos com granada (Granito Natividade – Nεγn).<br />

(6) Cenozóico – Terciário<br />

Rift Continental do Sudeste do Brasil - Bacia de Taubaté<br />

A Bacia de Taubaté na AII é constituída por sedimentos de sistemas deposicionais distintos<br />

representados pelas seguintes formações:<br />

• Formação Resende – Tr (Paleogeno): é composta por conglomerados e arenitos grossos;<br />

• Formação Tremembé - Tt (Paleogeno): é constituída principalmente por folhelhos<br />

pirobetuminosso fossilíferos, laminados, de coloração cinza a preta e esverdeada, com<br />

intercalações de argilitos, lamitos e níveis carbonáticos;<br />

• Formação São Paulo – Tsp (Paleogeno): constituída essencialmente por argilitos e<br />

arenitos;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–64<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


• Formação Pindamonhangaba - Tp (Neogeno): representa um sistema fluvial<br />

meandrante, sendo constituída por conglomerados basais, arenitos com estratificação<br />

cruzada tabular e acanalada, encimada por pelitos.<br />

(7) Quaternário – Holoceno<br />

Depósitos Quaternários<br />

Nesta unidade, estão inseridos diversos tipos de depósitos colúvio-aluvionares, lacustres e<br />

paludais, tanto continentais como costeiro-marinhos, além das faixas aluvionares associadas à<br />

drenagem atual dos rios.<br />

Sedimentos Continentais Indiferenciados – Qi<br />

Depósitos continentais incluindo sedimentos elúvio-coluvionares de natureza areno-argilosa e<br />

depósitos de caráter variado associados a encostas.<br />

Sedimentos Marinhos e Mistos – Qm<br />

Sedimentos atuais e subatuais, incluindo termos arenosos praiais, depósitos marinhos<br />

localmente retrabalhados por ação fluvial e/ ou eólica, materiais areno-síltico-argilosos de<br />

deposição flúvio-marinho-lacustre e depósitos de mangue.<br />

Sedimentos Aluvionares – Qa<br />

Aluviões em geral, incluindo areias inconsolidadas de granulometria variada, argilas, e<br />

cascalheiras fluviais em depósitos de calha e/ou terraços.<br />

c. Aspectos Tectônico-Estruturais<br />

A Área de Influência Indireta do empreendimento está inserida na entidade geotectônica<br />

Cinturão Orogênico Atlântico ou Faixa Ribeira.<br />

A Faixa Ribeira, considerada por ALMEIDA et al. (1973) como entidade geotectônica de<br />

idade brasiliana, sobreposta a uma unidade de suposta idade transamazônica, apresenta uma<br />

forte estruturação para nordeste, sendo caracterizada por um arranjo anastomosado de zonas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–65<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


de cisalhamento direcionais dextrais de caráter transpressivo, denominado por alguns autores<br />

de Cinturão de Cisalhamento Atlântico (MACHADO e ENDO, 1993).<br />

Os terrenos geológicos desse compartimento (Orógeno) correspondem às estruturas<br />

produzidas pelos processos de convergência nas margens ativas das placas tectônicas, ou seja,<br />

das colagens brasilianas/pan-africanas.<br />

Diversos trabalhos de abrangência regional consideram que as características tectono-termais<br />

das rochas desses terrenos são resultantes de processos de subducção seguido de uma ou mais<br />

colisões no Neoproterozóico quando da colagem do continente Gonduana Ocidental<br />

(MACHADO et al, 1996). BRITO NEVES et al. (1999), SILVA (1999) e CAMPOS NETO<br />

(2000) demonstraram a natureza diacrônica para o Ciclo Brasiliano, na verdade, representado<br />

por um complexo sistema de orógenos sobrepostos espacial e temporalmente: a colagem<br />

neoproterozóica.<br />

Todos os domínios ou sistemas orógenos sofreram, assim, efeitos das orogêneses<br />

neoproterozóicas, caracterizadas pelo metamorfismo e fusão parcial das rochas supracrustais e<br />

infracrustais pela deformação contracional de baixo ângulo, seguida de cisalhamento<br />

transcorrente regional e pela colocação de diversos corpos granitóides de dimensões variadas.<br />

O metamorfismo associado ao evento colisional retrabalhou rochas mais antigas, com idades<br />

paleoproterozóicas/mesoproterozóicas.<br />

Alguns autores, dentre outros (THEODOROVICZ et al.(1990), consideram núcleos mais<br />

antigos ocorrendo no âmbito da Faixa Ribeira, como janelas do embasamento e<br />

correlacionadas ao Complexo Costeiro. Outros admitem essas rochas pertencendo a uma<br />

unidade própria (Complexo Rio Capivari, FERNANDES, 1991), sendo o Complexo Costeiro<br />

considerado como uma placa distinta, aglutinada durante a colisão, tendo como zona-limite a<br />

zona de cisalhamento de Cubatão (CAMPOS NETO e FIGUEIREDO, 1995).<br />

Rochas granitóides estão presentes no âmbito de todos os domínios geotectônicos, tanto na<br />

forma de pequenos plútons de características intrusivas, como em corpos batolíticos de<br />

grandes dimensões, com evolução contemporânea às unidades maiores nas quais se inserem.<br />

Esses granitos são de idade brasiliana.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–66<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Ao final do Mesozóico e início do Cenozóico, ocorreu o soerguimento de toda a margem<br />

continental leste, seguido de rifteamento responsável pela implantação da Bacia de Taubaté e<br />

outras integrantes do denominado Rift Continental do Sudeste do Brasil (RICCOMINI, 1989).<br />

Evidências de neotectonismo podem ser observadas em depósitos aluvionares holocênicos.<br />

d. Sismicidade<br />

(1) Considerações Gerais<br />

As enormes forças tectônicas que causam os terremotos são devidas aos processos dinâmicos<br />

que ocorrem no interior da Terra, principalmente os lentos movimentos da litosfera.<br />

A maior parte dos terremotos ocorre ao longo de estreitas faixas que dividem a litosfera em<br />

aproximadamente 12 grandes regiões, as chamadas placas litosféricas. Nas bordas dessas<br />

placas, ocorre um grande acúmulo de esforços pela interação entre elas, originando os<br />

terremotos, quando esses esforços ultrapassam o limite de ruptura das rochas.<br />

No interior das placas, os esforços normalmente não são suficientes para gerar uma grande<br />

quantidade de terremotos; é o que ocorre, por exemplo, no Brasil. Como resultado da<br />

localização do território brasileiro no domínio intraplaca denominado Plataforma Sul-<br />

Americana, verifica-se uma sismicidade relativamente atenuada, mas que pode apresentar<br />

eventos de grande magnitude, comumente associados à reativação de antigas zonas de<br />

fraqueza (SYKES, 1978).<br />

O catálogo de sismos do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da<br />

Universidade de São Paulo mostra que, no século XX, foram registradas centenas de sismos<br />

cujo epicentro reside em nosso país, com magnitudes atingindo até 6,6 na escala Richter<br />

(terremoto registrado no Mato Grosso, em 1955). A maior parte desses sismos, porém, não<br />

ultrapassa magnitude 4,0 e, normalmente, acarreta poucos efeitos observáveis na superfície.<br />

Os tremores no Brasil são reflexos de fortes terremotos ocorridos principalmente na<br />

Cordilheira dos Andes, no Chile, e também pela reativação e movimentação de falhas<br />

geológicas antigas. De qualquer forma, a probabilidade de o Brasil ser atingido por um<br />

terremoto catastrofico é bastante remota. A grande parte dos sismos brasileiros é de pequena<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–67<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


magnitude (


Magnitude<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

1700 1750 1800 1850 1900 1950 2000<br />

Ano<br />

Figura 5.1-48 – Distribuição temporal de sismos no quadrângulo entre 26-13º S e 54-36º W .<br />

Sismos de maior magnitude são raros: apenas um evento maior que 6 graus (ocorrido na<br />

Cadeia Vitória-Trindade, na Margem Continental), outro maior que 5 (em Mogi Guaçu, SP) e<br />

13 deles entre 4 e 5 graus.<br />

Os sismos maiores que 3,5 graus, apontados como mais importantes por BERROCAL et al.<br />

(1996), correspondem a uma pequena fração dos eventos registrados. Observa-se algum<br />

alinhamento de epicentros ao longo do notável feixe de falhas transcorrentes brasilianas que,<br />

reativadas no Cenozóico, afeiçoaram a serra do Mar ao longo da borda continental sudeste.<br />

MIOTO (1993), baseado na distribuição de epicentros, estruturas geológicas e<br />

compartimentação regional do relevo, propõe duas zonas sismogênicas na região em torno<br />

do empreendimento (Zona Sismogênica de Cunha e Zona Sismogênica de Santos;<br />

Figura 5.1-49). O fator determinante na definição dessas zonas é a localização dos epicentros<br />

em áreas com tendência inversa de movimentação do relevo (subsidência na área de<br />

plataforma continental e talude, e elevação da borda continental adjacente nos domínios da<br />

serra do Mar e Planalto Atlântico).<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–69<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Figura 5.1-49– Zonas sismogênicas em torno da área do empreendimento (Adaptado de MIOTO, 1993).<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL -<br />

<strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL MEIO FÍSICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–70<br />

ABRIL / 2006


Entretanto, deve-se considerar que o volume de dados atualmente disponível (insuficiência de<br />

dados instrumentais que permitam o estabelecimento de relações causais efetivas entre<br />

atividade sísmica e feições tectônicas conhecidas) “é insuficiente para definir zonas<br />

sismogênicas ou províncias sismotectônicas que possam ser usadas com segurança na<br />

determinação de parâmetros de sismicidade para avaliação de risco nessa região”<br />

(BERROCAL et al., 1996).<br />

Foram registrados alguns episódios sísmicos que são relevantes para a caracterização do risco<br />

na AII do Gasoduto. Genericamente, são eventos de pequena magnitude e que não<br />

caracterizam um risco maior para instalações com as especificações construtivas.<br />

• Sismo de 27/01/1922, localização: 22,17 o S, 47,04 o W<br />

Esse foi o evento sísmico de maior magnitude registrado na área emersa do Sudeste<br />

brasileiro. Estima-se que atingiu 5,1 pontos na escala Richter. ASSUMPÇÃO et al. (1979)<br />

se referem a ele como “terremoto de São Paulo de 1922” e apontam o município de Mogi<br />

Guaçu como localidade em que se localizou seu epicentro. O mesmo evento é referido por<br />

MIOTO (1997) como “Sismo de Pinhal”. O seu epicentro localiza-se a 248km da praia de<br />

Itaorna, Angra dos Reis (RJ).<br />

Um leve abalo precursor foi sentido por algumas pessoas na noite anterior em São Paulo e<br />

Mogi Guaçu (ASSUMPÇÃO et al., 1979). O evento principal teve uma intensidade de<br />

até VI MM, durou poucos segundos e foi sentido numa área de 250 mil km 2 .<br />

Na área próxima, caracterizou-se intensidade VI MM através de relatos de rachaduras em<br />

paredes de imóveis em várias cidades vizinhas (ASSUMPÇÃO et al., 1979); seus efeitos<br />

foram sentidos também na cidade do Rio de Janeiro e Petrópolis.<br />

• Sismo de 31/07/1861, localização: 22,6 o S, 45,2 o W<br />

Referido como Sismo de Lorena, SP (MIOTO, 1997), esse evento teve um outro,<br />

precursor, segundo BERROCAL et al. (1984). A área afetada é da ordem de 52 mil km 2 ,<br />

atingindo os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro; a magnitude é estimada<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–71<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


em 4,4 e a intensidade máxima de V MM no epicentro, que se situa a 120km da praia de<br />

Itaorna.<br />

• Sismo de 23/03/1967, localização: 23,3 o S, 45 o W<br />

O Sismo de Cunha, como é referido por MIOTO (1997), é o evento de magnitude maior<br />

que 4 com epicentro mais próximo da praia de Itaorna (48km de distância, erro de locação<br />

de 20km). A área em que ele foi sentido é de 30 mil km 2 , a magnitude estimada, de 4,1 e<br />

intensidade máxima epicentral, de VI-VII MM (BERROCAL et al., 1996).<br />

(3) Listagem de Sismos<br />

A listagem apresentada no Quadro 5.1-5 é uma síntese de todas as informações relevantes<br />

relativas a cada evento sísmico ocorrido nos Estados do São Paulo e Rio de Janeiro, reunidas<br />

e atualizadas por ASSUMPÇÃO 1 .<br />

1 Informação recebida do geólogo Assumpção, M., em julho de 2005.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–72<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.1.5 – Lista de sismos ocorridos entre 1789 a 2003 na AII e seu entorno<br />

ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1886 509 1815 -22.66 -43.69 20 RJ 0. 4.3 3 A V nd<br />

1917 505 750 -21.60 -41.50 50 RJ 0. 4.5 3 B V S.Pedro-S.P.<br />

1962 117 22744 -22.93 -43.23 3 RJ 0. 3.2 3 B V R. de Janeiro<br />

1967 805 95610 -22.85 -43.12 10 RJ 0. 3.6 1 B V - VI São Gonçalo<br />

1972 408 420 -22.91 -43.21 0 RJ 0. 0.0 -1 C - R. de Janeiro<br />

1972 1024 153636 -21.72 -40.53 30 RJ 8. 4.8 2 A - Campos<br />

1975 330 170600 -23.40 -42.40 30 RJ 0. 3.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1977 201 71025 -24.12 -44.31 40 RJ 0. 2.6 1 I - Plat. Cont.<br />

1977 619 30330 -23.30 -42.60 30 RJ 0. 3.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1981 507 34455 -22.60 -39.50 50 RJ 0. 3.7 1 I - Plat. Cont.<br />

1982 310 61544 -23.40 -42.10 30 RJ 0. 2.8 1 I - Plat. Cont.<br />

1982 310 75734 -23.40 -42.10 30 RJ 0. 3.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1982 312 171443 -23.60 -41.63 30 RJ 0. 3.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1984 222 80026 -23.47 -40.70 50 RJ 0. 3.7 1 I - Plat. Cont.<br />

1984 525 83634 -24.92 -43.35 50 RJ 0. 3.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1986 427 92824 -22.40 -44.50 40 RJ 0. 2.6 1 I - Nova Iguaçu<br />

1988 721 211327 -24.75 -40.42 100 RJ 0. 2.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1988 1204 2112 -23.00 -44.22 2 RJ 0. 1.9 5 I IV Monsuaba<br />

1988 1205 1043 -23.00 -44.22 2 RJ 0. 1.9 5 I III Monsuaba<br />

1988 1210 936 -23.00 -44.22 2 RJ 0. 1.9 5 I IV Monsuaba<br />

1988 1223 153454 -23.00 -44.21 1 RJ 0. 2.8 1 I V Monsuaba<br />

1988 1225 170316 -23.00 -44.21 1 RJ 0. 2.6 1 I IV - V Monsuaba<br />

1988 1225 1735 -23.00 -44.22 3 RJ 0. 2.1 5 I IV Monsuaba<br />

1988 1227 15342 -22.99 -44.21 1 RJ 0. 2.2 5 I IV Monsuaba<br />

1988 1227 20024 -22.99 -44.22 1 RJ 0. 1.9 5 I IV Monsuaba<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–73 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1988 1228 22946 -23.00 -44.22 1 RJ 0. 2.0 5 I IV Monsuaba<br />

1989 107 41450 -23.00 -44.21 5 RJ 0. 1.7 1 I III Monsuaba<br />

1989 107 75157 -23.00 -44.21 5 RJ 0. 1.3 1 I III Monsuaba<br />

1989 218 64449 -22.74 -44.20 5 RJ 0. 1.5 1 I - Rio Claro<br />

1989 309 14405 -24.51 -40.69 70 RJ 0. 3.4 1 I - Plat. Cont.<br />

1989 710 62835 -22.45 -43.95 20 RJ 0. 2.0 1 I - V. Redonda<br />

1989 719 133637 -23.78 -41.59 30 RJ 0. 2.4 1 I - Plat. Cont.<br />

1989 811 155041 -24.19 -43.56 100 RJ 0. 3.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1989 904 61702 -23.41 -41.56 100 RJ 0. 3.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1989 905 142128 -22.91 -44.27 25 RJ 0. 1.2 1 I - Monsuaba<br />

1989 213 180147 -23.00 -44.21 2 RJ 0. 1.6 1 I III Monsuaba<br />

1990 806 220953 -23.83 -41.85 70 RJ 0. 1.8 1 I - Plat. Cont.<br />

1990 907 15639 -21.32 -40.41 20 RJ 0. 2.7 1 I - Plat. Cont.<br />

1991 324 23856 -23.00 -44.22 2 RJ 0. 2.0 4 C III - IV Monsuaba<br />

1991 1010 1830 -23.00 -44.22 2 RJ 0. 2.6 4 C III Monsuaba<br />

1992 315 21754 -22.46 -42.75 30 RJ 0. 2.1 1 I - nd<br />

1993 510 151513 -21.60 -40.70 30 RJ 0. 3.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1994 601 212207 -23.12 -40.97 20 RJ 0. 3.3 1 I - Plat. Cont.<br />

1996 1026 203017 -22.68 -40.49 30 RJ 0. 4.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1997 312 225647 -22.20 -40.55 30 RJ 0. 2.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1997 708 193143 -22.81 -40.78 30 RJ 0. 2.9 1 I - Plat. Cont.<br />

1997 713 43228 -22.75 -40.66 30 RJ 0. 2.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1998 901 53812 -22.13 -41.07 30 RJ 0. 2.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 211 185730 -22.04 -39.71 20 RJ 0. 1.8 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 219 20701 -20.84 -41.96 20 RJ 0. 1.7 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 219 25554 -21.99 -40.22 20 RJ 0. 1.8 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 306 123254 -23.47 -40.91 40 RJ 0. 2.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 318 93139 -22.30 -40.75 30 RJ 0. 2.5 1 I - Plat. Cont.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–74 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1999 405 75302 -22.53 -40.37 20 RJ 0. 2.9 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 514 190701 -22.35 -40.51 20 RJ 0. 2.7 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 518 65714 -24.52 -41.60 30 RJ 0. 3.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 625 195207 -24.51 -40.78 50 RJ 0. 3.6 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 717 22321 -22.56 -40.56 30 RJ 0. 2.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 808 52510 -22.32 -40.57 20 RJ 0. 2.8 1 I - Margem Cont<br />

2000 417 142946 -22.25 -40.43 20 RJ 0. 2.8 1 I - Plat. Cont.<br />

2001 524 235500 -21.20 -39.91 10 RJ 0. 2.6 1 I - Plat. Cont.<br />

2001 711 1522 -20.64 -39.57 50 RJ 0. 2.0 1 I - Plat. Cont.<br />

2001 824 195618 -21.93 -40.37 30 RJ 0. 3.3 1 I - Plat. Cont.<br />

2001 929 1354 -22.56 -40.68 30 RJ 0. 2.6 1 I - Plat. Cont.<br />

2002 706 201058 -22.77 -43.32 20 RJ 0. 1.4 1 I - D. de Caxias<br />

2002 806 75422 -22.51 -40.59 30 RJ 0. 1.9 1 I - Plat. Cont.<br />

2002 1201 95239 -22.13 -40.46 20 RJ 0. 2.3 1 I - Plat. Cont.<br />

2002 1201 172017 -22.91 -44.39 20 RJ 0. 2.7 1 I - Angra dos Reis<br />

2003 413 112014 -22.27 -40.67 30 RJ 0. 2.8 1 I - Plat. Cont.<br />

2003 416 153618 -21.31 -39.86 10 RJ 0. 3.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1789 509 -- -25.01 -47.94 0 SP 0. 3.7 4 C V - VI Cananéia<br />

1861 731 4 -22.60 -45.20 50 SP 0. 4.4 3 B V Lorena<br />

1874 1030 1230 -23.50 -47.50 10 SP 0. 3.6 3 B V Sorocaba<br />

1915 202 -- -24.18 -46.79 0 SP 0. 3.2 4 C IV - V Itanhaém<br />

1916 -- -- -21.26 -48.69 0 SP 0. 0.0 -1 C - Fern. Prestes<br />

1918 -- -- -23.53 -46.62 0 SP 0. 3.0 4 C IV Sao Paulo<br />

1919 805 9 -25.01 -47.94 0 SP 0. 0.0 -1 C - Cananéia<br />

1922 127 65040 -22.17 -47.04 40 SP 0. 5.1 3 A VI Mogi<br />

1928 -- -- -21.82 -52.05 0 SP 0. 0.0 -1 C - Pr. Epitácio<br />

1946 718 715 -25.10 -47.70 30 SP 0. 4.6 3 A IV - V Cananéia<br />

1959 525 2308 -21.26 -48.69 0 SP 0. 3.2 4 C IV - V Fern. Prestes<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–75 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1959 527 1705 -21.26 -48.69 0 SP 0. 3.2 4 C IV - V Fern. Prestes<br />

1959 529 655 -21.26 -48.69 0 SP 0. 3.2 4 C IV - V Fern. Prestes<br />

1960 227 -- -21.26 -48.69 0 SP 0. 0.0 -1 C - Fern. Prestes<br />

1967 323 211215 -23.30 -45.00 20 SP 0. 4.1 0 A VI - VII Cunha<br />

1970 612 -- -22.01 -50.39 0 SP 0. 0.0 -1 C - Herculândia<br />

1975 1208 82126 -24.94 -44.16 30 SP 0. 3.4 1 I - Plat. Cont.<br />

1976 416 -- -22.73 -50.98 0 SP 0. 3.7 4 C V - VI B.Capivara<br />

1976 424 -- -22.73 -50.98 0 SP 0. 0.0 -1 C - B.Capivara<br />

1976 620 -- -22.73 -50.98 0 SP 0. 0.0 -1 C - nd<br />

1977 904 1545 -20.73 -47.77 0 SP 0. 2.8 4 C III - IV Nuporanga<br />

1977 1102 12 -23.42 -45.60 0 SP 0. 2.8 4 C III - IV Paraibuna<br />

1977 1104 -- -23.42 -45.60 0 SP 0. 3.1 5 C IV Paraibuna<br />

1977 1116 2320 -23.42 -45.60 0 SP 0. 3.3 5 C IV Paraibuna<br />

1977 1123 -- -23.42 -45.60 0 SP 0. 0.0 -1 C - Paraibuna<br />

1977 1216 -- -20.73 -47.77 0 SP 0. 0.0 -1 C - Nuporanga<br />

1978 317 2045 -20.73 -47.77 0 SP 0. 3.0 4 C IV Nuporanga<br />

1978 318 130 -20.73 -47.77 0 SP 0. 3.0 4 C IV Nuporanga<br />

1978 319 53327 -24.96 -48.50 10 SP 0. 3.3 1 B IV Rio Vermelho<br />

1979 323 32849 -23.30 -45.90 30 SP 0. 2.7 5 I - S.J.Campos<br />

1979 613 165245 -24.69 -45.73 15 SP 0. 2.8 1 I - Plat. Cont.<br />

1979 813 184100 -25.20 -45.60 30 SP 0. 3.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1979 1019 1525 -23.42 -45.60 0 SP 0. 3.0 4 C IV Paraibuna<br />

1981 324 221003 -20.58 -48.34 15 SP 0. 2.8 1 I - Barretos<br />

1981 711 300 -20.80 -47.80 50 SP 0. 2.4 1 I - Orlandia<br />

1982 917 122841 -25.84 -45.42 40 SP 0. 3.8 1 I - Plat. Cont.<br />

1983 102 640 -24.30 -47.80 0 SP 0. 2.9 1 I - Juquiá<br />

1984 118 224401 -23.33 -45.58 5 SP 0. 2.5 1 I II Paraibuna<br />

1984 502 71835 -24.30 -44.50 50 SP 0. 2.0 5 I - Plat. Cont.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–76 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1984 630 113256 -23.35 -45.66 5 SP 0. 2.7 1 I III Paraibuna<br />

1984 1202 114304 -23.35 -45.64 5 SP 0. 1.5 1 I - Paraibuna<br />

1985 1217 122600 -23.17 -46.06 5 SP 0. 3.0 1 A V - VI Igaratá<br />

1986 702 2125 -22.43 -50.58 1 SP 0. 2.2 3 A IV Paraguacu<br />

1986 704 2110 -22.43 -50.58 1 SP 0. 2.2 3 A IV Paraguacu<br />

1986 704 6 -22.43 -50.58 0 SP 0. 0.0 -1 C - Paraguacu<br />

1986 1019 14515 -23.45 -45.29 10 SP 0. 2.1 1 I - S. Luís<br />

1987 320 144659 -24.70 -43.60 100 SP 0. 3.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1987 827 130122 -25.00 -44.10 50 SP 0. 3.6 1 I - Plat. Cont.<br />

1988 405 30051 -22.10 -51.34 20 SP 0. 3.8 1 A VI P. Prudente<br />

1988 509 16 -21.20 -47.60 0 SP 0. 0.0 -1 C - Serrana<br />

1988 719 1030 -20.73 -47.75 0 SP 0. 3.0 4 C IV Nuporanga<br />

1988 830 125124 -23.37 -45.67 10 SP 0. 2.7 1 I - Paraibuna<br />

1988 902 175107 -23.37 -45.67 10 SP 0. 2.6 1 I - Paraibuna<br />

1988 903 14630 -23.37 -45.67 10 SP 0. 2.4 1 I - Paraibuna<br />

1988 903 34919 -23.37 -45.67 10 SP 0. 2.0 1 I - Paraibuna<br />

1988 906 70254 -23.36 -45.63 6 SP 0. 2.0 1 I - Paraibuna<br />

1988 919 30559 -25.29 -45.09 50 SP 0. 2.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1988 1019 60235 -24.80 -42.00 100 SP 0. 2.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1988 1110 223625 -20.31 -47.35 30 SP 0. 2.3 1 I - Franca<br />

1988 1130 72605 -23.21 -46.06 10 SP 0. 1.6 1 I II Igaratá<br />

1989 106 190224 -23.37 -45.67 10 SP 0. 2.3 1 I - Paraibuna<br />

1989 118 233810 -23.37 -45.67 10 SP 0. 2.5 1 I - Paraibuna<br />

1989 203 193209 -23.28 -45.47 10 SP 0. 2.8 1 I - Paraibuna<br />

1989 507 63800 -24.77 -46.47 50 SP 0. 2.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1989 523 225758 -20.73 -47.75 5 SP 0. 3.2 1 I IV - V Nuporanga<br />

1989 601 2140 -20.73 -48.07 0 SP 0. 3.0 4 C IV Morro Agudo<br />

1989 704 62340 -24.87 -46.81 50 SP 0. 2.0 1 I - Plat. Cont.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–77 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1989 705 32914 -23.37 -45.67 10 SP 0. 2.8 1 I - Paraibuna<br />

1989 709 222652 -24.30 -43.03 20 SP 0. 2.3 1 I - Plat. Cont.<br />

1989 1019 417 -20.73 -47.75 0 SP 0. 2.6 4 C III Nuporanga<br />

1989 1212 145045 -23.37 -45.67 10 SP 0. 2.0 1 I - Paraibuna<br />

1990 328 222949 -21.90 -46.84 20 SP 0. 2.7 1 I - S.J.B. Vista<br />

1990 329 20505 -21.90 -46.84 20 SP 0. 1.9 1 I - S.J.B. Vista<br />

1990 712 210103 -21.86 -46.92 30 SP 0. 2.4 1 I - S.J.B. Vista<br />

1990 901 154630 -23.17 -46.06 5 SP 0. 2.9 1 I - Igaratá<br />

1990 908 43406 -20.90 -48.69 30 SP 0. 2.3 1 I - W-Bebedouro<br />

1990 1114 83538 -23.48 -47.06 15 SP 0. 1.8 1 I - São Roque<br />

1990 1209 75619 -23.38 -45.63 5 SP 0. 2.0 1 I - Paraibuna<br />

1991 221 33641 -23.42 -45.45 5 SP 0. 1.6 1 I - Paraibuna<br />

1991 225 110715 -23.40 -45.63 5 SP 0. 2.3 1 I III - IV Paraibuna<br />

1991 321 170819 -22.19 -51.36 10 SP 0. 2.0 4 I - P. Prudente<br />

1991 321 180350 -22.19 -51.36 10 SP 0. 2.2 4 I - P. Prudente<br />

1991 322 180443 -22.19 -51.36 10 SP 0. 2.4 1 I V P. Prudente<br />

1991 430 54121 -22.97 -48.11 30 SP 0. 1.8 1 I IV - V Conchas<br />

1991 516 82724 -24.85 -46.26 30 SP 0. 2.4 1 I - Plat. Cont.<br />

1991 903 204653 -24.60 -48.43 30 SP 0. 2.8 1 I IV - V Barra do Turvo<br />

1991 1007 154637 -24.12 -43.01 30 SP 0. 3.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1991 1113 181425 -22.88 -49.83 20 SP 0. 3.0 1 I IV S. Pedro Turvo<br />

1991 1115 131637 -23.94 -46.41 20 SP 0. 2.7 1 I - Sao Vicente<br />

1991 1204 121503 -22.67 -50.75 5 SP 0. 2.9 1 I - Cruzália<br />

1991 1215 102004 -22.11 -51.26 10 SP 0. 1.5 5 I II - III P. Prudente<br />

1991 1219 2117 -22.69 -50.77 5 SP 0. 2.7 1 I - Cruzália<br />

1991 1220 1303 -22.72 -50.76 5 SP 0. 1.5 1 I - Cruzália<br />

1992 117 183220 -22.72 -51.10 3 SP 0. 3.1 1 A V Iepe<br />

1992 211 61103 -24.47 -43.79 60 SP 0. 2.3 1 I - Plat. Cont.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–78 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1992 319 55010 -24.59 -43.92 100 SP 0. 2.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1992 319 153411 -24.99 -45.77 50 SP 0. 2.6 1 I - Plat. Cont.<br />

1992 413 233109 -23.90 -45.37 50 SP 0. 2.3 1 I - Ilhabela<br />

1992 705 73417 -22.03 -51.31 20 SP 0. 3.2 1 I V P. Prudente<br />

1992 814 70818 -23.36 -45.64 0 SP 0. 2.6 1 A IV - V Paraibuna<br />

1992 1001 150553 -21.57 -47.01 30 SP 0. 2.7 1 I - S.J.R.Pardo<br />

1992 1030 134254 -23.13 -47.51 20 SP 0. 2.0 1 I - Samambaia<br />

1992 1209 162100 -24.89 -46.33 20 SP 0. 3.4 1 I - Plat. Cont.<br />

1993 121 162106 -23.35 -45.65 2 SP 0. 2.5 1 I IV Paraibuna<br />

1993 124 155931 -23.34 -45.64 2 SP 0. 1.9 1 I III Paraibuna<br />

1993 124 164305 -23.37 -45.63 2 SP 0. 1.9 1 I - Paraibuna<br />

1993 326 155959 -24.94 -45.51 30 SP 0. 2.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1993 507 215505 -23.39 -45.62 2 SP 0. 2.0 1 I III - IV Paraibuna<br />

1993 521 103212 -23.91 -43.00 20 SP 0. 3.6 1 I - Plat. Cont.<br />

1993 625 20301 -24.44 -43.54 30 SP 0. 2.7 1 I - Plat. Cont.<br />

1993 810 154735 -23.36 -45.61 2 SP 2. 1.3 1 I III Paraibuna<br />

1993 901 104005 -21.45 -47.13 10 SP 0. 2.2 1 I - Starviterbo<br />

1993 901 104324 -21.46 -47.13 10 SP 0. 2.3 1 I - Starviterbo<br />

1993 917 95840 -21.41 -47.18 20 SP 0. 2.5 1 I - Starviterbo<br />

1993 1220 101 -22.70 -51.09 1 SP 0. 2.2 1 I - Iepe<br />

1994 115 214627 -23.84 -47.24 20 SP 0. 2.2 1 I - Piai<br />

1994 314 141029 -23.59 -45.39 2 SP 0. 1.6 5 I - Caraguatat.<br />

1994 314 180157 -23.59 -45.39 2 SP 0. 1.1 5 I - Caraguatat.<br />

1994 315 232505 -23.59 -45.39 2 SP 0. 1.8 5 I - Caraguatat.<br />

1994 411 81533 -25.15 -45.89 50 SP 0. 2.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1994 525 233730 -25.09 -45.06 20 SP 0. 2.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1994 609 2640 -23.45 -45.51 2 SP 2. 2.6 5 I - Paraibuna<br />

1994 920 91753 -23.17 -46.11 2 SP 2. 2.6 5 I - Igaratá<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–79 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1995 115 214627 -23.84 -47.24 30 SP 0. 2.2 1 I - Piaí<br />

1995 128 32300 -23.99 -49.18 20 SP 0. 2.5 1 I - Itararé<br />

1995 209 33031 -24.63 -45.69 80 SP 0. 2.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1995 402 111737 -24.98 -48.41 20 SP 0. 2.5 1 I - Rio Vermelho<br />

1995 502 164926 -25.68 -48.31 50 SP 0. 3.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1995 504 5051 -25.33 -43.98 50 SP 0. 2.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1995 522 5624 -23.17 -46.15 2 SP 0. 2.0 1 I IV Igaratá<br />

1995 526 194344 -20.20 -47.65 50 SP 0. 2.9 1 I - Buritizal<br />

1995 528 92259 -20.93 -47.65 50 SP 0. 2.7 1 I - Batatais<br />

1995 530 130120 -20.92 -47.63 50 SP 0. 2.6 1 I - Nuporanga<br />

1995 531 3647 -25.15 -44.60 50 SP 0. 3.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1995 602 93211 -20.54 -47.66 50 SP 0. 2.9 1 I - São José<br />

1995 606 3222 -20.32 -48.41 30 SP 0. 2.8 1 I - Guaíra<br />

1995 606 174204 -21.02 -47.55 40 SP 0. 2.5 1 I - Altinópolis<br />

1995 606 174343 -21.03 -47.60 40 SP 0. 2.7 1 I - Altinópolis<br />

1995 608 200013 -20.86 -47.57 50 SP 0. 2.5 1 I - Batatais<br />

1995 625 1657 -23.45 -45.52 5 SP 0. 2.0 1 I - Paraibuna<br />

1995 720 230749 -24.64 -46.55 50 SP 0. 2.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1996 130 75249 -24.24 -46.83 20 SP 0. 1.7 1 I - Plat. Cont.<br />

1996 223 232708 -21.94 -48.68 5 SP 0. 2.9 1 I - Bariri<br />

1996 301 835 -22.70 -51.09 1 SP 0. 1.4 5 I - Iepe<br />

1996 309 309 -23.17 -46.11 5 SP 0. 1.1 5 I - Igaratá<br />

1996 328 150555 -24.90 -44.16 30 SP 0. 3.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1996 403 32501 -23.38 -46.59 20 SP 0. 1.3 1 I - Bonsucesso<br />

1996 409 517 -21.29 -47.32 5 SP 0. 2.8 5 I - Cajuru<br />

1996 421 25603 -24.38 -45.72 30 SP 0. 1.9 1 I - Plat. Cont.<br />

1996 430 131106 -24.15 -46.88 20 SP 0. 2.0 1 I - Plat. Cont.<br />

1996 508 190213 -21.29 -47.32 5 SP 0. 2.0 1 I II Cajuru<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–80 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1996 509 51702 -21.29 -47.32 10 SP 0. 2.7 1 I IV Cajuru<br />

1996 510 1511 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.6 1 I - Cajuru<br />

1996 512 1621 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.1 1 I - Cajuru<br />

1996 518 2134 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.0 1 I - Cajuru<br />

1996 601 1315 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.1 5 I - Cajuru<br />

1996 606 203259 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.4 5 I III Cajuru<br />

1996 606 203700 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.9 5 I III Cajuru<br />

1996 611 203838 -22.63 -48.66 50 SP 0. 3.3 1 I - Areiópolis<br />

1996 618 220342 -23.54 -47.47 20 SP 0. 1.7 1 I - Sorocaba<br />

1996 622 181452 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.0 5 I - Cajuru<br />

1996 622 182032 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.3 5 I - Cajuru<br />

1996 624 175023 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.0 5 I - Cajuru<br />

1996 628 24634 -22.90 -45.25 20 SP 0. 2.4 1 I - Roseira<br />

1996 628 1420 -21.29 -47.32 5 SP 0. 1.4 5 I - Cajuru<br />

1996 901 1820 -23.49 -45.28 5 SP 0. 1.6 5 I - Ubatuba<br />

1996 1007 8 -23.18 -46.11 5 SP 0. 1.8 5 I - Igarata<br />

1996 1028 220248 -21.29 -47.32 5 SP 0. 2.6 1 I IV Cajuru<br />

1996 1109 153801 -24.41 -47.84 20 SP 0. 2.8 1 I - Registro<br />

1996 1220 32002 -21.29 -47.32 5 SP 0. 2.2 1 I III Cajuru<br />

1997 112 53237 -21.29 -47.32 5 SP 0. 2.3 1 I IV - V Cajuru<br />

1997 116 34647 -23.17 -46.11 5 SP 0. 1.9 1 I III Igarata<br />

1997 317 12725 -24.10 -44.71 30 SP 0. 2.7 5 I - Plat. Cont.<br />

1997 404 1115 -21.29 -47.32 5 SP 0. 0.0 -1 C - Cajuru<br />

1997 717 164545 -20.82 -47.17 30 SP 0. 2.9 1 I - Antas<br />

1997 822 12835 -22.87 -45.96 10 SP 0. 2.8 1 I III S.F.Xavier<br />

1997 823 70631 -22.86 -45.96 10 SP 0. 1.9 1 I II S.F.Xavier<br />

1997 823 142906 -22.86 -45.96 10 SP 0. 2.6 1 I II S.F.Xavier<br />

1997 1004 214206 -22.75 -46.02 10 SP 0. 1.0 1 I - S.F.Xavier<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–81 ABRIL / 2006


ANO M/D H/M/S LAT. LONG. ERR UF<br />

PROF.<br />

(km)<br />

MAG.<br />

(mb)<br />

T CAT INT. LOCAL<br />

1997 1018 -- -22.75 -46.02 10 SP 0. 1.5 1 I - S.F.Xavier<br />

1997 1125 233922 -22.60 -47.58 10 SP 0. 3.3 1 I - Limeira<br />

1998 418 23218 -24.66 -44.27 30 SP 0. 3.4 1 I - Plat. Cont.<br />

1998 506 222759 -22.62 -47.67 30 SP 0. 2.4 1 I - Tanquinho<br />

1998 701 212509 -24.02 -44.46 30 SP 0. 3.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1998 918 183457 -24.96 -45.27 30 SP 0. 3.2 1 I - Plat. Cont.<br />

1998 918 184044 -25.02 -45.47 30 SP 0. 3.1 1 I - Plat. Cont.<br />

1998 1105 81133 -23.15 -46.05 20 SP 0. 2.6 1 I - Igaratá<br />

1999 102 83355 -23.41 -49.17 30 SP 0. 3.4 1 I - Itaí<br />

1999 604 34114 -23.77 -44.32 30 SP 0. 2.5 1 I - Plat. Cont.<br />

1999 817 212653 -23.68 -46.64 30 SP 0. 2.0 1 I - Santo Amaro<br />

2000 928 160408 -20.93 -49.05 30 SP 0. 3.4 1 I - Catigua<br />

2000 1206 174711 -24.12 -44.80 20 SP 0. 3.2 1 I - Plat. Cont.<br />

2001 604 40309 -23.37 -44.42 30 SP 0. 2.0 1 I - Plat. Cont.<br />

2001 705 71241 -24.39 -44.53 50 SP 0. 2.1 1 I - Plat. Cont.<br />

2001 805 171905 -24.61 -45.26 50 SP 0. 2.3 1 I - Plat. Cont.<br />

2002 306 10029 -23.48 -46.99 20 SP 0. 2.0 1 I - Aracariguama<br />

2002 317 161119 -23.16 -46.10 10 SP 0. 2.6 1 I - Igaratá<br />

2002 422 221910 -23.39 -48.47 20 SP 0. 2.0 1 I - Angatuba<br />

2002 604 232712 -25.03 -45.83 20 SP 0. 3.7 1 I - Plat. Cont.<br />

2002 730 221428 -22.88 -47.44 20 SP 0. 1.7 1 I - Sumaré<br />

2002 1003 140744 -21.96 -46.67 30 SP 0. 2.7 1 I - S.J.Boavista<br />

2003 109 31932 -23.83 -42.98 20 SP 0. 3.5 1 I - Plat. Cont.<br />

2003 412 145706 -24.75 -43.12 20 SP 0. 2.5 1 I - Plat. Cont.<br />

2003 726 5121 -24.05 -42.36 20 SP 0. 3.4 1 I - Plat. Cont.<br />

Fonte: Informação obtida do geólogo Assumpção, M., em julho de 2005.<br />

Legenda: M/D – Mês/Dia; H/M/S – Hora/Minuto/Segundo; LAT – Latitude; LONG – Longitude; ERR – Erro; UF – Unidade de Federação; PROF. –<br />

Profundidade; MAG – magnitude; T – Tipo do método; CAT – Categoria; INT – Intensidade (Mercalli Modificada); nd – Não disponível.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–82 ABRIL / 2006


Na listagem, a hora local é a hora oficial brasileira. As coordenadas geográficas são as do<br />

epicentro, quando foi possível determiná-lo, ou da localidade mais afetada, ou ainda da<br />

principal localidade onde o sismo foi sentido. O erro na determinação dos epicentros foi<br />

estimado de acordo com os dados macrossísmicos disponíveis levando-se em conta que o<br />

epicentro está na região de maior intensidade. A ausência de um valor para o erro de epicentro<br />

indica que não existiam dados para tal estimativa.<br />

A coluna INT é a intensidade do sismo na escala Mercalli Modificada (MM) correspondente à<br />

maior intensidade observada de que se tem notícia.<br />

As magnitudes mb constantes da listagem foram calculadas ou estimadas por um dos<br />

seguintes métodos (Tipo T):<br />

Tipo Método<br />

0: mb telessísmico (GUTENBERG e RICHTER, 1956)<br />

1: mR, estimativa de mb com estações regionais<br />

2: média de valores de mb e mR<br />

3: mb estimado pela área afetada<br />

4: estimativa aproximada de mb pela Intensidade Máxima (INT), supondo que (INT)<br />

corresponda à maior intensidade observada, e supondo profundidade focal de poucos<br />

quilômetros: mb = 1,21 + 0,45 Io (ASSUMPÇÃO e BURTON, 1983)<br />

Os eventos sísmicos foram classificados em 5 categorias, dependendo da quantidade e<br />

qualidade das informações disponíveis, seguindo a classificação sugerida por BERROCAL et<br />

al. (1981).<br />

A. sismo com dados macrossísmicos que permitem construir mapa de isossistas e<br />

determinar o epicentro com boa precisão.<br />

B. sismo com dados que permitem determinar a área afetada, avaliar intensidades e<br />

determinar um epicentro aproximado.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–83<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


C. sismo com informações certas sobre suas ocorrências, permitindo às vezes avaliar<br />

intensidades. A área afetada e o epicentro podem não estar bem determinados.<br />

D. evento sísmico duvidoso, isto é, há dúvidas quanto ao local, data ou mesmo sobre a<br />

confiabilidade da fonte utilizada.<br />

I. dado instrumental, quando só são disponíveis registros sismográficos sem dados<br />

macrossísmicos.<br />

(4) Considerações Finais<br />

Do total de sismos ocorridos e registrados na AII e no seu entorno, muitos deles não foram<br />

instrumentados. Entretanto, com os dados disponíveis, é possível considerar, em média, uma<br />

baixa sismicidade natural na Área de Influência Indireta – AII, com intensidade sísmica entre<br />

IV e V MM.<br />

A intensidade sísmica entre IV e V MM, atribuída a essa região, corresponde a uma<br />

aceleração no terreno da ordem de 0,03 a 0,04g e velocidade 2,5cm/s (V MM). A intensidade<br />

sísmica é uma classificação dos efeitos causados pelas vibrações sísmicas, como sensações<br />

causadas nas pessoas, danos nas construções e mudanças permanentes no terreno.<br />

O sismo de intensidade IV é sentido por quase todos, produzindo vibrações parecidas com a<br />

da passagem de caminhões pesados. Janelas, louças e portas sacodem. Em relação ao sismo de<br />

intensidade V, as pessoas acordam; pequenos objetos tombam e caem das prateleiras.<br />

Venezianas e quadros movem-se. Objetos suspensos oscilam bastante. Podem ocorrer<br />

eventuais danos em construções comuns de má qualidade.<br />

De acordo com a tabela de zona sísmica do “Uniform Building Code”, de 1971, grande<br />

número de capitais brasileiras está classificado como zonas de baixa sismicidade – zona<br />

sísmica 1 (um). Para efeito de comparação, Santiago e Valparaíso, no Chile, têm valor 4.<br />

A partir das informações compiladas, pode-se admitir que a sismicidade na região em estudo,<br />

do ponto de vista da engenharia civil (construção de prédios, termelétricas, dutos), é pouco<br />

significativa.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–84<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


É possível considerar uma baixa sismicidade natural e pouca probabilidade de ocorrência de<br />

sismos induzidos decorrentes da implantação e operação do empreendimento. Apesar de a<br />

área ser caracterizada por uma quantidade expressiva de falhas e diáclases, com rochas<br />

medianamente a extremamente fraturadas, os esforços verticais gerados pela sobrecarga do<br />

Gasoduto não deverão conter energia suficiente para induzir sismos na área estudada.<br />

e. Aspectos Hidrogeológicos<br />

(1) Aspectos hidrogeológicos das rochas cristalinas<br />

As rochas cristalinas, tanto do Planalto quanto da Serrania Costeira, constituem aqüíferos<br />

associados a sistemas de falhas e fraturas.<br />

A porosidade primária de suas rochas é quase nula, conferindo a elas uma permeabilidade<br />

extremamente baixa. A infiltração de água ocorre, essencialmente, nas zonas fraturadas,<br />

constituindo um aqüífero fissural. Portanto, esses aqüíferos estão relacionados à<br />

caracterização da natureza e da quantidade de suas fraturas, sendo que a água circula apenas<br />

em fraturas abertas. Esse tipo de aqüífero apresenta caráter descontínuo, sendo a circulação<br />

das águas, em geral pequena, dependente da interconectividade dessas fraturas.<br />

Os mantos de intemperismo ou as coberturas colúvio-eluviais estabelecidas sobre essas rochas<br />

podem armazenar, dependendo de suas espessuras, volumes de água que, eventualmente,<br />

podem ser aproveitados em captações pontuais. No entanto, a maior importância dessas<br />

coberturas está no fato de funcionarem como áreas de recarga para o meio fraturado<br />

subjacente. Do mesmo modo, as linhas de drenagem encaixadas em fraturas e diáclases são<br />

fundamentais, juntamente com as aluviões a elas associadas, para a alimentação dos aqüíferos<br />

cristalinos.<br />

O sistema cristalino como um todo é considerado de pequena potencialidade aqüífera, com<br />

importância hidrogeológica relativamente pequena. As vazões típicas ficam em torno de<br />

2-3m 3 /h, sendo a qualidade química da água, normalmente, boa. Os poços fornecem vazões<br />

variadas em função da densidade de fraturas. Apresentam, em geral, baixo rendimento.<br />

Os setores de relevo mais movimentado da Área de Influência Indireta do empreendimento<br />

sustentados por rochas cristalinas não oferecem condições muito promissoras para a<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–85<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ocorrência de água subterrânea em quantidades significativas. Nesse tipo de terreno,<br />

predominam os processos de escoamento superficial em detrimento aos de infiltração.<br />

(2) Aspectos hidrogeológicos das rochas sedimentares<br />

Os aqüíferos dos sedimentos da Bacia de Taubaté apresentam, em geral, baixa capacidade. Os<br />

sedimentos arenosos são os que apresentam condições hidrogeológicas mais favoráveis. Os<br />

poços perfurados fornecem vazões médias entre 5 e 30m 3 /h.<br />

Nos sedimentos quaternários da planície costeira, o lençol freático é, muitas vezes, aflorante<br />

ou subaflorante. A abertura de canais (drenagem artificial) tem, via de regra, rebaixado o nível<br />

d’água na planície. A vazão média dos poços na zona da baixada é da ordem 13m 3 /h. Os<br />

aqüíferos existentes podem sofrer contaminação por água salgada em razão da proximidade<br />

da interface água doce/água salina do mar e, também, por chorume proveniente dos lixões<br />

existentes.<br />

f. Aspectos Paleontológicos<br />

(1) Conceituação Geral<br />

A construção do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, no Estado de São Paulo, interceptará três<br />

domínios geológicos distintos ao longo dos 6 municípios percorridos. O primeiro<br />

compartimento tem início no município de Caraguatatuba, onde coberturas sedimentares<br />

quaternárias, constituídas por depósitos arenosos marinhos, configuram a paisagem local da<br />

planície costeira, compreendendo cerca de 3% do total da Área de Influência Indireta do<br />

empreendimento. Em direção à unidade fisiográfica da serra do Mar, tem início o segundo<br />

compartimento, responsável pela maior parte do trecho, cerca de 65% do total da obra. Nele<br />

aparecem os primeiros afloramentos, onde é notável a grande diversidade litológica: são<br />

rochas que compõem o Domínio e o Complexo Costeiro de idade Pré-Cambriana, marcadas<br />

pelo alto grau metamórfico. Os 32% restantes do empreendimento estão instalados em rochas<br />

sedimentares cenozóicas associadas ao Grupo Taubaté da bacia homônima. Esse último<br />

compartimento merecerá uma atenção especial neste relatório, dada a sua riqueza fossilífera já<br />

conhecida, de onde provem uma assembléia fóssil relevante, e que muito tem contribuído<br />

para o avanço do conhecimento paleontológico no âmbito dos ecossistemas terrestres do<br />

Cenozóico brasileiro.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–86<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


(2) As Coberturas Sedimentares Costeiras<br />

O ínicio do Gasoduto localiza-se na região da Província Costeira, em que as formações<br />

cenozóicas são regidas por ambientes característicos da interface continental-marinha,<br />

havendo assim grande variação de áreas-fonte. No litoral paulista, há a existência de depósitos<br />

arenosos de origem marinha na região de Iguape e Cananéia, dispostos em sucessões de<br />

cordões litorâneos. Nesses depósitos, ocorrem icnofósseis atribuídos ao icnogênero<br />

Thalassinoides. Externamente às ocorrências dessa formação, há sedimentos arenosos e<br />

areno-argilosos dispostos em baixos terraços marinhos. Os sedimentos arenosos caracterizamse<br />

por estruturas de cordões de regressão em superfície (MARTIN et al., 1979),<br />

eventualmente capeados por campos de dunas. Em locais onde esses depósitos arenosos<br />

marinhos estão mais erodidos, há sedimentos argilo-arenosos de ambientes fluviais, de<br />

mangue e lagunares.<br />

Podem ocorrer, em porções mais localizadas nas proximidades da área do empreendimento,<br />

depósitos continentais quaternários incluindo elúvio-colúvios, areno-argilosos e ainda<br />

depósitos variados associados às encostas. Não foi identificada na literatura a ocorrência de<br />

fósseis nessa região. Entretanto, pode haver depósitos de concheiros Pleistocênicos-<br />

Holocênicos no percurso do Gasoduto, pois são comuns em todo o litoral sudeste do Brasil.<br />

(3) O Contexto Geológico da serra do Mar<br />

As unidades geotectônicas que compreendem a serra do Mar afloram especialmente nos<br />

municípios de Caraguatatuba, Paraibuna e Jambeiro. Apresentam uma complexidade<br />

estrutural definida por extensas zonas de falhamentos e camadas com foliação metamórfica<br />

em elevado mergulho. Compreendem litologias de idades variando do Arqueano, como o<br />

Complexo Rio Capivari, constituído de migmatitos, até as rochas ígneas granitóides pouco<br />

foliadas do Domínio Costeiro datado como Neoproterozóico/Paleozóico. Ocorrem ainda com<br />

abundância seqüências do Neoproterozóico do Complexo Costeiro representado por gnaisses<br />

e migmatitos notadamente, e rochas ígneas do Domínio Embu. O Complexo Embu<br />

Mesoproterozóico apresenta-se com grande diversidade litológica, metamorfisada em alto<br />

grau. Apesar da ampla área de distribuição dessas unidades ao longo do corredor de inserção<br />

do Gasoduto, elas despertam pouco interesse no âmbito deste estudo específico, já que são<br />

estéreis às ocorrências fósseis, preocupação maior deste trabalho.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–87<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


(4) Geologia da Bacia de Taubaté<br />

A Bacia de Taubaté está localizada na porção leste do Estado de São Paulo, entre as cidades<br />

de Queluz e Itaquaquecetuba (SP). Geomorfologicamente, é caracterizada por uma calha<br />

alongada na direção WSW-ENE, limitada pelas serras do Mar, a sudeste, e da Mantiqueira, a<br />

noroeste, compreendendo toda a porção proximal da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul.<br />

Estende-se por cerca de 170km, com larguras entre 10 e 25km e profundidade em torno de<br />

850m (MARQUES, 1990), ocupando uma área de aproximadamente 2.400km 2 . Compreende<br />

um pacote de sedimentos clásticos cenozóicos (Grupo Taubaté) de origem continental,<br />

estratigraficamente dividido em quatro unidades: Formações Resende, Tremembé, São Paulo<br />

e Pindamonhangaba. O Grupo Taubaté situa-se no contexto de uma fossa tectônica, sendo<br />

que a distribuição espacial das formações que o compõem está controlada pela disposição das<br />

falhas, cuja evolução teve reflexos também na constituição dos sedimentos. Essa associação<br />

tectono-sedimentar revela-se na própria distribuição em superfície dessas formações, que<br />

terminam quase sempre de modo abrupto junto às falhas da borda noroeste da bacia,<br />

transgredindo sobre elas na borda sudeste.<br />

A Formação São Paulo, conhecida também como Caçapava, abrange sedimentos arenosos e<br />

siltosos, com intercalações pelíticas, de cores cinza, amarela e vermelha, caracterizados por<br />

certa imaturidade textural e mineralógica. Esses sedimentos são possivelmente de idade<br />

Oligoceno/Mioceno.<br />

A Formação Tremembé data do final do Oligoceno e trata de um pacote rochoso composto<br />

predominantemente por rochas microclásticas (argilitos, siltitos e folhelhos), com geometria<br />

tabular e espessura variada, aceita como o registro de um sistema lacustre. Na década de<br />

1950, o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) buscou caracterizar o potencial petrolífero da<br />

Bacia de Taubaté. Apesar do potencial gerador da Formação Tremembé, em função dos<br />

elevados teores de matéria orgânica, ela não atingiu a janela de maturação (RIBEIRO, 2004).<br />

Nessa unidade estão as principais ocorrências fossilíferas encontradas na bacia.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–88<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


(5) Inventário das Ocorrências Paleontológicas da Bacia de Taubaté<br />

Os fósseis já descritos compreendem uma ampla diversidade de microfósseis e macrofósseis.<br />

Dentre os macrofósseis, são freqüentes vegetais, invertebrados (crustáceos, insetos, moluscos)<br />

e vertebrados (peixes, aves, répteis e mamíferos). Também são comuns os registros de<br />

icnofósseis de invertebrados (FERNANDES et. al., 1987). Em ambas as unidades<br />

litoestratigráficas – Formação São Paulo (Caçapava) e Formação Tremembé - são encontrados<br />

fósseis (BRITO, 1979; VICALVI, 1982; SORIA e ALVARENGA, 1989; MARTINS-NETO,<br />

1997; SUGUIO, 1969). De acordo com MEZZALIRA (1989), a assembléia de macrofósseis<br />

na Bacia de Taubaté compreende:<br />

• FORMAÇÃO SÃO PAULO - OLIGOCENO SUPERIOR<br />

VEGETAIS - ANGIOSPERMAE -MONOCOTILEDONEAE<br />

RESTOS DE MONOCOTILEDÔNEOS (?)<br />

1964 - Restos atribuídos a Monocotiledôneos (?) MEZZALIRA, o IGG, S. Paulo, 15:84<br />

(1961-1962).<br />

LITOLOGIA: Argilas amarelas e esbranquiçadas.<br />

LOCALIDADE: Km 318 da rodovia Dutra. Município de SÃO JOSÉ DOS CAMPOS<br />

ANGIOSPERMAE<br />

RESTOS DE VEGETAIS<br />

1982- Vestígios de vegetais e possivelmente sementes. VICALVI, An. Acad. Brasil. Ciênc.,<br />

Rio de Janeiro, 54(2):351.<br />

LITOLOGIA: Argilito de coloração variável do amarelo ao vermelho e arroxeado.<br />

LOCALIDADE: Via Dutra, Km 106,4, proximidades de Taubaté (sentido S. Paulo-Rio).<br />

Município de TAUBATÉ.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–89<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ANIMAIS - PEIXES<br />

PISCES -TELEOSTEI -CYPRINIFORMES -CHARACOIDEI TETRAGONOPTERIDAE-<br />

BRYCONINAE<br />

BRYCON Muller e Troschel, 1844 (?) BRYCON sp.<br />

1982 -(?) Brycon sp. VICALVI, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro, 54(2):351-354<br />

PISCES -TELEOSTEI -CYPRINIFORMES -CHARACOIDEI GASTEROPElECIDAE -<br />

TRIPORTHEINAE<br />

TRIPORTHEUS Cope, 1872 (?) TRIPORTHEUS sp.<br />

1982 - ? Triportheus sp. VICALVI, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro, 54(2):351-354<br />

LITOLOGIA: -Argilito de coloração variável do amarelo ao vermelho e arroxeado.<br />

LOCALIDADE: -Via Dutra, Km 106;4, proximidade de Taubaté (sentido S. Paulo-Rio).<br />

Município de TAUBATÉ.<br />

Esse material, assinalado pela primeira vez nessa formação, encontra-se associado a restos de<br />

vegetais e possivelmente sementes.<br />

• FORMAÇÃO TREMEMBÉ - EOCENO SUPERIOR/OLIGOCENO<br />

VEGETAIS -<br />

VEGETAIS SUPERIORES: RESTOS DE FOLHAS E TRONCOS<br />

1979- Restos de folhas e troncos. CAMPOS, CAMPOS e HERTER, Geol. das folhas de Rio<br />

de Janeiro, Vitória e Iguape. DNPM. Brasília, p. 229.<br />

LITOLOGIA: Folhelho sotoposto à bentonita.<br />

LOCALIDADE: Fazenda Santa Fé, município de TREMEMBÉ<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–90<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ANIMAIS<br />

PORÍFEROS<br />

PORIFERA ou SPONGIARIA<br />

ESPÍCULAS MONOACTINELLIDA INDET.<br />

1974 - Espículas monoactinellideas indet. WICKERT apud LIMA, SALARD-<br />

CHEBOLDAEFF & SUQUIO, DNPM, ser. geol., 27, secção Estrat.e Paleontologia 2, p. 382.<br />

MOLLUSCA- GASTROPODA -STYLOMMATOPHORA<br />

LYMNAEA Lamarck, 1799 # 1974- Lymnaea (?) Lamarck; FERREIRA, An. Acad. Brasil.<br />

Ciênc., Rio de Janeiro, 46(3/4): 663-666.<br />

MOLUSCOS<br />

BIOMPHALARIA Preston, 1910 BIOMPHALARIA sp.<br />

1974 - Biomphalaria sp. cf. E. glabra Say; FERREIRA, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de<br />

Janeiro, 46(3/4):663-666,<br />

LITOLOGIA: Parte arenosa da argila bentonítica em exploração no local.<br />

LOCALIDADE: Fazenda Santa Fé, a 3km N-NE de Tremembé, na estrada que liga esta<br />

cidade ao bairro do Padre Eterno. Município de TREMEMBÉ.<br />

ARTRÓPODES<br />

ARTHROPODA - CRUSTACEA - OSTRACODA<br />

1933 - Ostracódios spp. MORAES REGO, Anu. Esc. Politécnica, 1933, págs. 231-267.<br />

1961 - Ostracódios (Cypris ?) MACEDO, Atas Soc. Bras. Biologia, Rio de Janeiro,<br />

5(6):53-55.<br />

LITOLOGIA: Folhelhos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–91<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ARTHROPODA - CRUSTACEA - MALACOSTRACA ATYOIDEA<br />

ATYOIDEA TREMEMBEENSIS Beurlen, 1950<br />

1950 - Atyoidea tremembeensis BEURLEN, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro,<br />

22(4):454; MEZZALIRA, B. IGG, S.Paulo, (45) p. 98<br />

PALAEMON<br />

PALAEMON INDET.<br />

1950 - Palaemon sp. indet. BEURLEN, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro,<br />

22(4):454-55<br />

1966 - MEZZALlRA, B. IGG, São Paulo (45) p. 98<br />

PARASTICIDAE?<br />

1950 - Parasticidae? BEURLEN, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro, 22(4):455-1966-<br />

MEZZALIRA, B. IGG, S.Paulo, (45):99.<br />

LITOLOGIA: Folhelhos escuros.<br />

LOCALIDADE: Mina Nossa Senhora da Guia. Tremembé. Município de TREMEMBÉ.<br />

ARTHROPODA –INSECTA - LEPIDOPTERA - NYMPHALOIDEA DANAIDAE<br />

Doubleday, 1847<br />

1975 - Danaidae Doubleday; BRITO e RIBEIRO, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro,<br />

47(1):105-111.<br />

LITOLOGIA: Folhelhos pirobetuminosos, a mais ou menos 1m acima da argila bentonítica.<br />

LOCALIDADE: Faz. Santa Fé, a 3km a N-NE de Tremembé, na estrada que liga a cidade ao<br />

bairro Padre Eterno. Município de TREMEMBÉ.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–92<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


A morfologia das nervuras do fóssil, segundo BRITO e RIBEIRO, mostra muita semelhança<br />

com a dos gêneros Anosia e Lycorea, principalmente com o primeiro. O fóssil está associado<br />

a Ostracodes, "restos de vegetais e peixes do gênero Percichthys”.<br />

MARTINS-NETO (1997) indica que a paleoentomofauna da Formação Tremembé é rica e<br />

diversificada, constituída principalmente de dípteros, lepidópteros, auquenorrincos e<br />

coleópteros.<br />

PEIXES<br />

PISCIS - TELEOSTEI - CYPRINIFORMES - TETRAGONOPTERIDAE - ASTYANAX<br />

Bair e Girard<br />

ASTYANAX UNICUS Travassos e Santos, 1955<br />

1955- Astyanax unicus TRAVASSOS e SANTOS, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro,<br />

27(3):303; 1966. MEZZALlRA, B. IGG, S.Paulo, (45):99<br />

BRYCON Muller e Troschel<br />

BRYCONAVUS (WOODWARD), 1898 - 1898- Tetragonopterus av us WOODWARD,<br />

Revs. Paul, São Paulo, 3: 66, 1901 -WOODWARD, Catalogue of fossil fishes, British Mus.,<br />

4.<br />

1907 - Eobrycon avus (WOODWARD); JORDAN, Univ.Califórnia, Publ., B. Depart. Geol,<br />

5(7):140; 1929 J - EIGENMANN e MYERS, Mem. Mus. Comp., Zool, 43(5):513; 1947-<br />

SCHAEFFER, B. Amer. . Mus. Nat. Hist., 89(1):24; 1970- ZEI, R. Acad. Sci. Fis. Mat.,<br />

Napoli, 4:75-76; 1929 - Eobrycon branneri EIGENMANN e MYERS, Mem. Mus. Comp.<br />

Zool., 43(5):514; 1947 - SCHAEFFER, B. Amer. Mus. Nat. Hist., 89(1):25; 1970- ZEI, R.<br />

Acad. Sci. Fis. Mat., Napoli, 4:77.<br />

1955 - Brycon avus (WOODWARD) TRAVASSOS e SANTOS, An. Acad. Brasil. Ciênc.,<br />

Rio de Janeiro, 27(3):305-309; 1966 - MEZZALIRA, B. IGG, S.Paulo, (45):99; ZEI (1970)<br />

faz ainda referência a um espécime de Eobrycon sp. à pág. 79-80. Todo material estudado por<br />

ZEI (1970) procede de Taubaté e Tremembé, SP.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–93<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


CYPRINIFORMES - GASTEROPELECIDAE TRIPORTHEUS Cope<br />

TRIPORTHEUS LIGNITICUS (WOODWARD), 1898<br />

1898 - Tetragonopterus ligniticus WOODWARD, R. Mus. Paul., São Paulo, 3:67.<br />

1901 - WOODWARD, Catalogue of fossil fishes... London, British Mus., 4 p. 298.<br />

1929 - Lignobrycon ligniticus (WOODWARD); EIGENMANN e MYERS, Mem. Mus.<br />

Comp. Zool., 43(5):513.<br />

1949 - Eobrycon ligniticus (WOODWARD); SCHAEFFER, B. Amer. Mus. Nat. Hist.,<br />

89(1):25, 1970- ZEI, R. Acad. Sci. Fis. Mat., Napoli, 4:77-79<br />

1955 - Triportheus ligniticus (WOODWARD); TRAVASSOS e SANTOS, An. Acad. Brasil.<br />

Ciênc., Rio de Janeiro, 27(3):311-314, 1966 MEZZALIRA, B. IGG, 45:<br />

CYPRINIFORMES - CURIMATADAE CURIMATA Walbaun.<br />

CURIMATA MOSESI Travassos e Santos, 1955.<br />

1955 - Curimata mosesi TRAVASSOS & SANTOS, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio deJaneiro,<br />

27(3):315-318; 1966- MEZZALIRA, B. IGG, S.Paulo, (45):100.<br />

CYPRINIFORMES -PIMELODIDAE STEINDACHNERIDON<br />

STEINDACHNERIDON IHERINGI (WOODWARD, 1898) .1898 Arius iheringi WOODW<br />

ARD, R. Mus. Paul, S.Paulo, 3: 64-66 1966- MEZZALIRA, B. IGG, S. Paulo, 45:100; 1970-<br />

ZEI, R. Acad. Sci. Fis. Mat., Napoli, 4:81-83.<br />

1973 - Steindachneridon iheringi (WOODWARD) SANTOS, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio<br />

de Janeiro, 43(3/4):667. Resumo das Comunicações.<br />

Essa designação genérica é considerada, no momento, como "nomem nudum", porque não<br />

atende os requisitos da nomenclatura zoológica.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–94<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


CYPRINIFORMES - CENTROPOMIDAE CENTROPOMUS<br />

CENTROPOMUS ANTIQUUS (Woodward, 1898).<br />

I1898 - Percichthys antiquus WOODWARD, B. Mu.s. Paul., São Paulo, 3:68-69, est: 2 fig. 6;<br />

est. 4 tig. 7; 1949.<br />

SCHAEFFER, B. Amer. Mus. Nat. HISt., 89 (1). 28-29 1970- ZEI, R. Acad. SC1. Fis. Mat.,<br />

Napoli, 4:84<br />

1982 - Centropomus antiquus (WOODWARD) SANTOS, apud RAGONHA, An. Acad.<br />

Brasil. Ciênc. , Rio de Janeiro, 54(4):683.<br />

CROMIDA E ACARA<br />

ACARA sp.<br />

1898 - Acara sp. WOODWARD, R. Mus. Paul., S. Paulo, 3:69.<br />

CYPRINIFORMES - CICHLIDAE GEOPHAGUS<br />

GEOPHAGUSPAULOENSIS (SCHAEFFER, 1947)<br />

1947 - Aequidens pauloensis SCHAEFFER, B. Amer. Mus. Nat. Hist., 89(1):29<br />

1974 - Geophagus pauloensis (SCHAEFFER); SANTOS & RIBEIRO, An. Acad. Brasil.<br />

Ciênc., Rio de Janeiro, 46 (3/4):699. Resumo das Comunicações.<br />

MACRACARA WOODWARD, 1939<br />

MACRACARA cf. M. PRISCA WOODWARD<br />

1939 - Macracara cf. M. prisca WOODWARD, Ann. Mag. Nat. Hist., s. 11, 3(16):450-453<br />

apud ZEI, 1970.<br />

LITOLOGIA: Todo material ictiológico ocorre nos folhelhos pirobetuminosos.<br />

LOCALIDADES: Taubaté, Tremembé e Mina Nossa Senhora da Guia. Municípios de<br />

TAUBATÉ e TREMEMBÉ.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–95<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Entretanto, de acordo com a revisão dos peixes fósseis realizada por MALABARBA (2000),<br />

são encontradas nove espécies: Megacheirodon unicus TRAVASSOS e SANTOS, 1955;<br />

Brycon avus WOODWARD, 1898; Lignobrycon ligniticus WOODWARD, 1898;<br />

Cyphocharax mosesi TRAVASSOS e SANTOS, 1955; Plesiocurimata alvarengai<br />

FIGUEIREDO e COSTA-CARVALHO, 1999; Steindachneridion iheringi; loricarídeo indet.<br />

MALABARBA, 1988; Santosius antiqus WOODWARD, 1898; Tremembichthys pauloensis<br />

SCHAEFFER, 1947.<br />

RÉPTEIS<br />

REPTILIA - DIAPSIDA - ARCHOSAURIA - CROCODILIA EUSUCHIA<br />

JACARE PARAHYBENSIS Roxo, 1937<br />

1929 - Alligator (Caiman) parahybensis ROXO, Pequenos guias da coleção paleontológica do<br />

Mus. Nacional (Répteis) II - Crocodilianos, p. 20-22.<br />

1937 - Jacare parahybensis ROXO, Notas Prels. Est., DGM Rio de Janeiro, (14):13-14.<br />

LOCALIDADE: Tremembé. Município de TREMEMBÉ.<br />

QUELÔNIOS<br />

REPTILIA - ANAPSIDA - CHELONIA CARAPAÇA DE CHELONIA<br />

1964 - Carapaça de Quelônio MEZZALIRA, o IGG, São Paulo, 15:88 (1961-1962).<br />

CHELIDAE INDETERMINADA 1981 - Chelidae indeterminada CAMPOS e CASTRO, An.<br />

Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro, 53(1):211. Resumo das Comunicações.<br />

AVES<br />

AVES - NEORNITHES - CARINATES (?) VESTÍGIOS DE AVE FÓSSIL<br />

1916 - Vestígios de ave fóssil SHUFELDT, Auk, J. of Ornitology, 33:206-207.<br />

1950 - Vestígios de ave fóssil SANTOS, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro, 22 (4):445-<br />

446, fig. no texto; 1966 - MEZZALIRA, B. IGG, S. Paulo, (45):102<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–96<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


LITOLOGIA: Folhelhos papiráceos.<br />

LOCALIDADE: Tremembé. Município de TREMEMBÉ.<br />

SHUFELDT (1916) era de opinião que se tratava de uma pena primária da asa e deveria<br />

pertencer a uma ave de grande porte.<br />

SANTOS (1950) ao descrever o seu material opinou por uma das penas de cobertura do<br />

"corpo pluma de um Passeriforme, aproximadamente, das proporções de um Turdldeo<br />

(sabiá)".<br />

AVES - GRUIFORMES - CARIAMAE - PHORUSRHACIDAE BRONTORNITHINAE<br />

PHYSORNIS<br />

PHYSORNIS BRASILIENSIS ALVARENGA, 1982<br />

1982 - Physomis brasiliensis ALVARENGA, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro, 54(4):<br />

697-712.<br />

LITOLOGIA: Argila bentonítica. Restos encontrados a 2 ou 3m abaixo do folhelho<br />

pirobetuminoso.<br />

LOCALIDADE: Faz. N. S. Aparecida. Bairro Padre Eterno. Município de TREMEMBÉ.<br />

AVES - FALCONIFORMES - CATHARTIDAE BRASIlOGYPS Alvarenga, 1985<br />

BRASILOGYPS FAUSTOI Alvarenga, 1985<br />

1985- Brasilogyps faustoi ALVARENGA, An. Acad. Brasil. Ciênc., Rio de Janeiro,<br />

57(3):349-357<br />

LITOLOGIA: Argila bentonítica. Coletado abaixo do folhelho, no mesmo nível de Physomis<br />

brasiliensis Alvarenga.<br />

LOCALIDADE: Faz. N.S. Aparecida. Bairro Padre Eterno. Município de TREMEMBÉ.<br />

1990 - Agnopterus sicki ALVARENGA.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–97<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Fazenda Santa Fé, município de Tremembé, Estado de São Paulo. Bacia de Taubaté,<br />

Formação Tremembé.<br />

1990 - Palaelodus aff. ambiguus MILNE EDWARDS1863. ALVARENGA.<br />

Fazenda Santa Fé, município de Tremembé, Estado de São Paulo. Bacia de Taubaté,<br />

Formação Tremembé.<br />

MAMÍFEROS<br />

MAMMALIA - THERIA - EUTHERIA - UNGUICUlATA - CHIROPTERA<br />

MICROCHIROPTERA - MOlOSSIDAE TADARIDA<br />

TADARIDA FAUSTOI COUTO, 1956<br />

1956 - Tadaridafaustoi COUTO, Actes 4º Congres. Inter. Quaternaire, Rome-Pisa, out-set.,<br />

1953, 1:343-347 CHIROPTERA - INCERTAE SEDIS ESQUELETO DE CHIROPTERA 1924<br />

- Esqueleto de morcego LEONARDOS, R. Eng., Rio de Janeiro, 1(3):21-24.<br />

1964 - Esqueleto de morcego MEZZALIRA, o IGG, S. Paulo, 15:88 (1961-1962); 1966-<br />

MEZZALIRA, B. IGG, S. Paulo, (45):102.<br />

LITOLOGIA: Folhelhos pirobetuminosos.<br />

LOCALIDADE: Tremembé. Município de TREMEMBÉ.<br />

MAMMALIA - PROTOUNGULATA - NOTOUNGULATA TOXODONTIA -<br />

LEONTINIIDAE LEONTINIA AMEGHINO, 1895<br />

LEONTINIA cf. LEONTINIA GAUDRYI AMEGHINO, 1895<br />

1971 - Leontinia cf. gaudryi Ameghino. COUTO e MEZZALIRA, An. Acad. Brasil. Ciênc.,<br />

Rio de Janeiro, 43, (suplemento):473-488.<br />

1983 - Leontinia cf. L. gaudryi Ameghino. COUTO, Iheringia, ser. geol., 8:5-31.<br />

LITOLOGIA: Argila bentonítica.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–98<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


LOCALIDADE: Faz. Santa Fé. Bairro Padre Eterno. Município de TREMEMBÉ.<br />

MAMMALIA - RODENTIA CAVIOMORPHA<br />

1983 - Caviomorpha CUNHA, Congr. Brasil. Paleontologia, 8 , Rio de Janeiro. Resumo das<br />

Comunicações, p. 10.<br />

LITOLOGIA: Argila bentonítica.<br />

LOCALIDADE: Faz. N. S. Aparecida. Bairro Padre Eterno. Município de TREMEMBÉ.<br />

Trata-se de ramo mandibular encontrado associado com Physomir, Brasilogyps e Leontinia.<br />

(6) Considerações Finais<br />

De toda a faixa por onde deverá ser implantado o futuro Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté,<br />

cerca de 68% não demandarão preocupação no que tange à necessidade de monitoramento<br />

paleontológico, já que tanto nas áreas de influência dos depósitos de coberturas cenozóicas,<br />

situadas no início do empreendimento no município de Caraguatatuba, quanto em toda parte<br />

serrana, constituída por unidades geológicas com rochas metamórficas de alto grau<br />

(Complexos Rio Capivari/Embu/Costeiro) e ainda ígneas granitóides dos Domínios Embu e<br />

Costeiro, é praticamente nula a possibilidade de ocorrência de fósseis nesse trecho. Somente<br />

nas áreas relacionadas à Bacia de Taubaté, Formações Tremembé e São Paulo (Caçapava) de<br />

idade mio-pliocênica, haverá uma necessidade de cuidados especiais.<br />

Há uma grande potencialidade de novas descobertas, notadamente na Formação Tremembé.<br />

Essa unidade suporta substancial assembléia fóssil, com notáveis descobertas de vertebrados<br />

especialmente de aves de significância mundial. Apesar de a Formação São Paulo (Caçapava)<br />

não possuir a mesma riqueza paleontológica da Formação Tremembé, nomeadamente em<br />

macrofósseis de vertebrados, dispõe de importantes ocorrências, tornando-se, dessa forma,<br />

uma seqüência promissora e que também deverá exigir cuidados para que, eventualmente,<br />

durante as obras, nenhum registro fóssil seja perdido. A quantidade, a diversidade e o grau de<br />

preservação dos espécimes fósseis dessa bacia propiciaram a criação de um museu na cidade<br />

de Taubaté, onde seus estudos têm aportado importantes informações para a melhor<br />

compreensão da evolução dos taxa e dos ecossistemas terrestres do Mio-Pliocêno brasileiro.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–99<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


g. Aspectos Espeleológicos<br />

Nesta fase dos estudos ambientais, como preconiza o Termo de Referência (TR - item II.5.1.9<br />

– Patrimônio Espeleológico), foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica visando<br />

levantar a existência de estudos, trabalhos, referências e outras informações que conduzissem<br />

à localização de cavidades naturais eventualmente existentes na AII do futuro Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté.<br />

O IBAMA-SP, em outubro de 2002, organizou o 1º Encontro Técnico com o objetivo de<br />

levantar a situação atual das cavernas do Estado de São Paulo.<br />

A partir desse Encontro, verificou-se a necessidade da realização de um<br />

levantamento/diagnóstico das cavidades subterrâneas em São Paulo, tendo os trabalhos de<br />

campo se iniciado em agosto de 2003, pela região do rio Ribeira do Iguape, no Parque<br />

Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) e no Parque Estadual de Jacupiranga. Segundo o<br />

CECAV/IBAMA, foram vistoriadas as cavernas de Santana, Morro Preto, Água Suja e Ouro<br />

Grosso, situadas em Iporanga, e a caverna do Diabo, no município de Eldorado.<br />

Os mapeamentos geológico e pedológico efetuados no âmbito deste diagnóstico do meio<br />

físico não relataram a existência de áreas cársticas com feições de dolinas, fendas, uvalas,<br />

vales cegos, lapiás, entre outras, inferindo-se que é baixa a probabilidade de ocorrência de<br />

cavernas na AII do futuro Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

5.1.4 RECURSOS MINERAIS<br />

A região onde se insere a Área de Influência Indireta (AII) do futuro Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté tem uma geologia favorável para a produção de minerais nãometálicos,<br />

também chamados de minerais industriais, estando centrada, principalmente, na<br />

extração de materiais para a construção civil, com destaque para as reservas de areia, argila,<br />

saibro e brita.<br />

Os depósitos de areia para construção civil associam-se às planícies aluvionares do rio Paraíba<br />

do Sul, aos sedimentos da Formação Pindamonhanga e São Paulo e aos sedimentos aluviais<br />

da Planície Costeira paulista.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–100<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Diversas minas de argila em atividade caracterizam a importância econômica desse bem<br />

mineral de natureza sedimentar. Situam-se na bacia de Taubaté, na planície aluvionar do rio<br />

Paraíba do Sul e dos outros rios e riachos.<br />

A brita é explorada a partir de maciços graníticos, além de gnaisses e migmatitos. Tais<br />

atividades extrativas são distribuídas nos Domínios Costeiros e Embu, principalmente em<br />

torno de centros consumidores, como São José dos Campos.<br />

Feldspato, quartzo e muscovita estão normalmente associados a pegmatitos ou, por vezes, a<br />

migmatitos e rochas granitóides.<br />

Geologicamente, a AII apresenta uma significativa diversidade de recursos minerais. Foram<br />

requeridas 76 (setenta e seis) áreas no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM),<br />

tanto para fins de pesquisa como para exploração. Dessas áreas, 21 encontram-se em fase de<br />

Autorização de Pesquisa (Alvará de Pesquisa), 6 na fase de Concessão de Lavra (sendo uma<br />

lavra com pedido de suspensão), 29 na fase Requerimento de Pesquisa, 7 em fase de<br />

Licenciamento, 9 em disponibilidade e 4 na fase de Requerimento de Lavra.<br />

Os recursos minerais que suscitaram interesse para autorizações e concessões minerais são<br />

areia (27 áreas), argila (11 áreas), gnaisse (11 áreas), granito (8 áreas), água mineral (4 áreas),<br />

linhito (4 áreas), hidrargilita (3 áreas), turfa (2 áreas) e caulim (2 áreas). Além desses, na AII,<br />

há processos referentes a argilito, rocha betuminosa, migmatito e fosfato, com uma área cada<br />

um.<br />

Com base nos números dos processos, foram realizadas pesquisas no DNPM, de modo a<br />

disponibilizar os seguintes dados: titular da área ou requerente, substância, município, área<br />

(hectares) e situação legal (último evento), conforme relação apresentada no Quadro 5.1-6.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.1–101 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.1-6 - Autorizações e Concessões Minerais – DNPM na AII do empreendimento<br />

ITEM PROCESSO ANO REQUERENTE SUBSTÂNCIA(S) MUNICÍPIO<br />

1 820307 2005 GERALDO MAGELA GONTIJO<br />

CAULIM, ÁGUA<br />

MINERAL<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

ÁREA<br />

(ha)<br />

PARAIBUNA 291,19<br />

2 820808 2002 ANTONIO CESAR MERENDA AR<strong>EIA</strong>, ARGILA PARAIBUNA 941,25<br />

3 820834 2002<br />

4 821001 1995<br />

NICANOR DE CAMARGO NEVES<br />

FILHO<br />

LUIZ FRANCISCO PINHEIRO<br />

ZUGLIANI<br />

ARGILA, CAULIM,<br />

FELDSPATO<br />

PARAIBUNA 659,50<br />

MIGMATITO PARAIBUNA 49,94<br />

5 820592 1988 JORGE GYOTOKU LINHITO TAUBATÉ 1.672,99<br />

6 821863 1987<br />

ARNALDO FONSECA CABRAL<br />

JUNIOR<br />

7 820824 1990 ANTÔNIO ROBERTO SAAD<br />

ÚLTIMO EVENTO<br />

AUT PESQ/ALVARÁ DE PESQUISA 03 ANOS PUBL -<br />

03/11/2005<br />

AUT PESQ/AUTO DE INFRAÇÃO MULTA-TAH -<br />

07/03/2005<br />

AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

06/10/2005<br />

AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

27/05/2004<br />

AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

28/02/2003<br />

ARGILA CAÇAPAVA 1.000,00 AUT PESQ/EXIGÊNCIA PUBLICADA - 05/03/1993<br />

ROCHA<br />

BETUMINOSA,<br />

ARGILA, ÁGUA<br />

MINERAL<br />

8 820132 1990 RAUL ARDITO LERÁRIO GRANITO CAÇAPAVA 50,00<br />

9 820098 2004 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. TURFA <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 413,71<br />

10 820103 2002 MINERAÇÃO BARUEL LTDA. LINHITO TAUBATÉ 1.954,48<br />

TAUBATÉ 688,71 AUT PESQ/EXIGÊNCIA PUBLICADA - 15/08/2002<br />

AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO -<br />

03/02/2005<br />

AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO -<br />

29/07/2005<br />

AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO -<br />

31/01/2005<br />

11 820102 2002 MINERAÇÃO BARUEL LTDA. LINHITO TAUBATÉ 916,99 REQ PESQ/EXIGÊNCIA PUBLICADA - 18/11/2003<br />

12 820831 2002<br />

NICANOR DE CAMARGO NEVES<br />

FILHO<br />

ARGILA, CAULIM,<br />

FELDSPATO<br />

PARAIBUNA 580,21<br />

13 820876 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 27,17<br />

14 820877 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 39,96<br />

15 821231 2000 RAUL ARDITO LERARIO ARGILA CAÇAPAVA 844,94<br />

16 820385 2002 MINERAÇÃO BARUEL LTDA. ARGILITO<br />

CAÇAPAVA E<br />

TAUBATÉ<br />

769,40<br />

AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO -<br />

31/01/2005<br />

AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO -<br />

31/01/2005<br />

AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO -<br />

31/01/2005<br />

AUT PESQ/PEDIDO RENOVAÇÃO ALVARÁ SOLICIT -<br />

06/10/2005<br />

AUT PESQ/RELATÓRIO FINAL PESQ APRESENTAD -<br />

10/12/2004<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–102 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


ITEM PROCESSO ANO REQUERENTE SUBSTÂNCIA(S) MUNICÍPIO<br />

17 821043 1987<br />

18 820268 2002<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ARNALDO FONSECA CABRAL<br />

JUNIOR<br />

ALDA DA CONCEIÇÃO<br />

RODRIGUES<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

ÁREA<br />

(ha)<br />

ARGILA TAUBATÉ 617,70<br />

ÁGUA MINERAL TAUBATÉ 50,02<br />

19 820491 2001 MARCOS KEUTENEDJIAN ARGILA S. J. DOS CAMPOS 875,25<br />

20 821703 1999<br />

21 820074 1991<br />

EXTRATORA DE AR<strong>EIA</strong> VARGEM<br />

GRANDE LTDA.<br />

PORTOMAIS EXTRAÇÃO E COM.<br />

DE AR<strong>EIA</strong> LTDA.<br />

ARGILA REFRATÁRIA PARAIBUNA 28,15<br />

HIDRARGILITA CAÇAPAVA 489,67<br />

22 820598 1995 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 50,00<br />

23 820133 1990<br />

24 811677 1974<br />

25 820066 1998<br />

26 820596 1995<br />

27 820597 1995<br />

28 820305 2000<br />

29 820309 2000<br />

30 820750 2001<br />

PEDREIRA SERRA DOURADA<br />

LTDA.<br />

SERVENG CIVILSAN S/A<br />

EMPRESAS ASSOCIADAS DE<br />

ENGENHARIA<br />

JAMBEIRO EXTRAÇÃO E<br />

COMÉRCIO DE AR<strong>EIA</strong> LTDA.<br />

SOARES PENIDO<br />

PARTICIPACOES E<br />

EMPREENDIMENTOS S.A.<br />

SOARES PENIDO<br />

PARTICIPACOES E<br />

EMPREENDIMENTOS S.A<br />

AGUACERTA SISTEMAS DE<br />

ABASTECIMENTO LTDA.<br />

AGUACERTA SISTEMAS DE<br />

ABASTECIMENTO LTDA.<br />

PORTOMAIS EXTRAÇÃO E<br />

COMÉRCIO DE AR<strong>EIA</strong> LTDA.<br />

GNAISSE, GNAISSE<br />

P/ BRITA<br />

CAÇAPAVA 360,00<br />

ÚLTIMO EVENTO<br />

AUT PESQ/RELATÓRIO FINAL PESQ APRESENTAD -<br />

17/06/1993<br />

AUT PESQ/RELATÓRIO FINAL PESQ APRESENTAD -<br />

22/08/2005<br />

AUT PESQ/RENUNCIA ALVARÁ PESQ PROTOCOLIZ -<br />

07/06/2005<br />

AUT PESQ/RENUNCIA ALVARÁ PESQ PROTOCOLIZ -<br />

27/09/2004<br />

AUT PESQ/SOLICITA PRORROGAÇÃO PRAZO EXIG -<br />

12/05/2005<br />

CONC LAV/COMPROVA PAGTO EMOL IMISSÃO POSSE<br />

- 06/07/2005<br />

CONC LAV/PEDIDO SUSPENSÃO LAVRA PROTOCOL -<br />

24/03/2005<br />

GNAISSE JAMBEIRO 43,62 CONC LAV/RAL ANO-BASE APRESENTADO - 16/03/2005<br />

AR<strong>EIA</strong> CAÇAPAVA 11,32 CONC LAV/RAL ANO-BASE APRESENTADO - 24/03/2005<br />

AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 50,00<br />

AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 50,00<br />

FOSFATO S.J. DOS CAMPOS 2.000,00<br />

ÁGUA MINERAL S.J. DOS CAMPOS 46,06<br />

GRANITO P/ BRITA<br />

CAÇAPAVA E<br />

JAMBEIRO<br />

31 820301 2003 PECUARIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 10,45<br />

49,70<br />

CONC LAV/TRANSF DIREITO LAVRA SOLICITADA -<br />

29/04/2005<br />

CONC LAV/TRANSF DIREITO LAVRA SOLICITADA -<br />

29/04/2005<br />

DISP/ÁREA S/PRETEN PROC ARQ ÁREA LIVRE -<br />

10/01/2002<br />

DISP/ÁREA S/PRETEN PROC ARQ ÁREA LIVRE -<br />

10/01/2002<br />

DISP/TORNA S/EFEITO PRIOR DISP ART 26 PU -<br />

10/09/2001<br />

LICEN/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

01/07/2005<br />

32 820849 2002 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. GNAISSE <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 49,81 DISP./EDITAL DISPON. LAV. S/ EFEITO PUBL. 21/03/06<br />

33 820837 2003<br />

PARAHYTINGA AR<strong>EIA</strong>S<br />

EXTRAÇÃO E COMÉRCIO LTDA.<br />

AR<strong>EIA</strong> PARAIBUNA 4,46<br />

LICEN/LICENCIAMENTO AUTORIZADO PUBLICADO -<br />

04/05/2004<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–103 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


ITEM PROCESSO ANO REQUERENTE SUBSTÂNCIA(S) MUNICÍPIO<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

ÁREA<br />

(ha)<br />

34 820736 2001 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 49,81<br />

35 820534 1997<br />

36 821097 1996<br />

SOARES PENIDO<br />

PARTICIPAÇÕES E<br />

EMPREENDIMENTOS S.A.<br />

MARGE EXTR E COM DE AR<strong>EIA</strong><br />

LTDA.<br />

AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 45,95<br />

AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 50,00<br />

37 820532 2005 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong>, SAIBRO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 45,00<br />

38 820100 2004 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 50,00<br />

39 807722 1977 ERIKA KEHRLE ARGILA <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 268,25<br />

40 820560 2001 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. GNAISSE <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 40,00<br />

41 820592 2001 PECUARIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 49,39<br />

42 820574 1988<br />

43 820131 1990<br />

SERVENG CIVILSAN S.A.<br />

EMPRESAS ASSOCIADAS DE<br />

ENGENHARIA<br />

PORTO MAIS EXTRAÇÃO E<br />

COMÉRCIO DE AR<strong>EIA</strong> LTDA.<br />

44 820995 2002 FELIPE OLAIO VILLELA<br />

GNAISSE JAMBEIRO 51,50<br />

GRANITO CAÇAPAVA 565,00<br />

ARGILA, CAULIM,<br />

FELDSPATO<br />

TAUBATÉ 316,15<br />

45 821014 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. TURFA <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 393,27<br />

46 820984 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong>, SAIBRO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 35,61<br />

47 820985 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong>, SAIBRO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 37,28<br />

48 820986 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong>, SAIBRO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 39,28<br />

49 820987 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong>, SAIBRO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 30,13<br />

50 820988 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong>, SAIBRO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 27,50<br />

ÚLTIMO EVENTO<br />

LICEN/LICENCIAMENTO AUTORIZADO PUBLICADO -<br />

06/01/2005<br />

LICEN/RELATORIO ANUAL LAVRA PROTOCOLIZAD -<br />

24/03/2005<br />

LICEN/RENOVAÇÃO LICENÇA AUTORIZADA PUBL -<br />

06/01/2005<br />

LICEN/REQUERIMENTO LICENCIAMENTO PROTOCO -<br />

12/09/2005<br />

LICEN/SOLICITA PRORROGAC PRAZO EXIGÊNCIA -<br />

31/08/2004<br />

REQ LAV/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

15/07/2004<br />

REQ LAV/REQUERIMENTO LAVRA PROTOCOLIZADO -<br />

21/06/2005<br />

REQ LAV/REQUERIMENTO LAVRA PROTOCOLIZADO -<br />

21/06/2005<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

04/05/2005<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

05/02/2001<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

05/12/2003<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

07/10/2004<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

15/12/2004<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

15/12/2004<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

15/12/2004<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

15/12/2004<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

15/12/2004<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–104 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


ITEM PROCESSO ANO REQUERENTE SUBSTÂNCIA(S) MUNICÍPIO<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

ÁREA<br />

(ha)<br />

51 820989 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong>, SAIBRO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 30,85<br />

52 820990 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong>, SAIBRO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 27,09<br />

53 820596 1988 JORGE GYOTOKU LINHITO<br />

54 820156 1987<br />

SERVENG CIVILSAN S.A.<br />

EMPRESAS ASSOCIADAS DE<br />

ENGENHARIA<br />

CAÇAPAVA E S. J.<br />

DOS CAMPOS<br />

1.996,00<br />

AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 789,00<br />

55 821062 2003 GERALDO MAGELA GONTIJO GRANITO PARAIBUNA 999,85<br />

56 820460 2000<br />

LUIZ FRANCISCO PINHEIRO<br />

ZUGLIANI<br />

GRANITO PARAIBUNA 264,74<br />

57 820737 2001 PECUARIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 49,98<br />

58 821368 1998 ROBERTO GIORCHINO CAULIM, GRANITO<br />

59 820008 2005<br />

60 821012 2002<br />

SERVENG CIVILSAN S.A.<br />

EMPRESAS ASSOCIADAS DE<br />

ENGENHARIA<br />

SERVENG CIVILSAN S.A.<br />

EMPRESAS ASSOCIADAS DE<br />

ENGENHARIA<br />

CAÇAPAVA,<br />

REDENÇÃO DA<br />

SERRA<br />

GRANITO JAMBEIRO 50,00<br />

AR<strong>EIA</strong>, GRANITO<br />

GNÁISSICO<br />

JAMBEIRO 38,08<br />

61 820698 2004 FABIO CASTANHOLA COSTA GRANITO PARAIBUNA 49,95<br />

62 820242 2005<br />

63 821358 2000<br />

NICANOR DE CAMARGO NEVES<br />

FILHO<br />

PORTOMAIS EXTRAÇÃO E COM.<br />

DE AR<strong>EIA</strong> LTDA.<br />

ARGILA, CAULIM,<br />

FELDSPATO<br />

PARAIBUNA 635,80<br />

ARGILA CAÇAPAVA 193,.4<br />

64 820591 2001 JOAO BRASIL CARVALHO LEITE GNAISSE JACAREÍ 33,23<br />

65 820153 2004<br />

ALDA DA CONCEIÇÃO<br />

RODRIGUES<br />

ÁGUA MINERAL TAUBATÉ 47,64<br />

66 820569 2004 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 40,48<br />

ÚLTIMO EVENTO<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

15/12/2004<br />

REQ PESQ/CUMPRIMENTO EXIGÊNCIA PROTOCOLI -<br />

15/12/2004<br />

REQ PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

16/09/2005<br />

REQ PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

24/07/2003<br />

REQ PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

27/01/2005<br />

REQ PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

27/05/2004<br />

REQ PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

27/06/2003<br />

900,00 REQ PESQ/EXIGÊNCIA PUBLICADA - 30/09/2003<br />

REQ PESQ/PEDIDO RECONS CONTRA INDEF PROT -<br />

12/09/2005<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

04/05/2005<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

11/10/2005<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

14/10/2005<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

15/12/2004<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

18/01/2002<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

20/05/2005<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

21/07/2005<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–105 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


ITEM PROCESSO ANO REQUERENTE SUBSTÂNCIA(S) MUNICÍPIO<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

ÁREA<br />

(ha)<br />

67 820693 2002 PECUARIA SERRAMAR LTDA. GNAISSE, GRANITO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 15,00<br />

68 820096 2004 WALDEMAR BENASSI GRANITO S. J. DOS CAMPOS 900,00<br />

69 820368 1988 JULIO BETTOI CARDOSO HIDRARGILITA PARAIBUNA 979,00<br />

70 820377 1988 JULIO BETTOI CARDOSO HIDRARGILITA PARAIBUNA 984,00<br />

71 820307 2000<br />

AGUACERTA SISTEMAS DE<br />

ABASTECIMENTO LTDA.<br />

AGUA MINERAL S. J. DOS CAMPOS 50,00<br />

ÚLTIMO EVENTO<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

23/09/2003<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

28/01/2005<br />

REQ PESQ/TORNA S/EFEITO DESP IND PUB -<br />

10/05/2000<br />

REQ PESQ/TORNA S/EFEITO DESP IND PUB -<br />

10/05/2000<br />

DISP/ÁREA S/PRETEN PROC ARQ ÁREA LIVRE -<br />

10/01/2002<br />

72 820387 2001 JOÃO BRASIL CARVALHO LEITE GNAISSE JACAREÍ 50,00 DISP./ÁREA DISPONÍVEL ART. 26 CM PÚBLI 06/12/2005<br />

73 820388 2001 JOÃO BRASIL CARVALHO LEITE GNAISSE JACAREÍ 50,00 DISP./ÁREA DISPONÍVEL ART. 26 CM PÚBLI 06/12/2005<br />

74 820389 2001 JOÃO BRASIL CARVALHO LEITE GNAISSE JACAREÍ 50,00 DISP./ÁREA DISPONÍVEL ART. 26 CM PÚBLI 06/12/2005<br />

75 820390 2001 JOÃO BRASIL CARVALHO LEITE GNAISSE JACAREÍ 50,00 DISP./ÁREA DISPONÍVEL ART. 26 CM PÚBLI 06/12/2005<br />

76 801093 1976 LUIZ ALVES COELHO AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 985,35<br />

Fonte: Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM - Sede – Brasília, novembro de 2005.<br />

Legenda:<br />

- REQ PESQ. = Requerimento de Pesquisa<br />

- AUT PESQ. = Autorização de Pesquisa<br />

- LICEN = Licenciamento<br />

- TAH = Taxa Anual por Hectare<br />

- CONC LAV = Concessão de Lavra<br />

- DISP. = Disponibilidade<br />

REQ LAV / DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO –<br />

08/04/2004<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–106 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


5.1.5 GEOMORFOLOGIA<br />

a. Considerações Gerais<br />

A Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento está inserida nas Províncias<br />

Geomorfológicas Planalto Atlântico e Costeira. Tais Províncias –– unidades básicas regionais<br />

–– encontram-se compartimentadas por zonas ou unidades geomorfológicas que, por sua vez,<br />

são integradas por unidades de relevo.<br />

O Planalto Atlântico caracteriza-se como uma região de terras altas, constituídas,<br />

predominantemente, por rochas cristalinas e, em parte, por rochas sedimentares da bacia<br />

cenozóica de Taubaté. As primeiras compreendem um conjunto diversificado de rochas<br />

metamórficas e ígneas de idades proterozóicas até neopaleozóicas (cambrianas). Tais rochas<br />

foram submetidas a deformações orogênicas, culminando, no final do Proterozóico<br />

(Neoproterozóico), com o evento Brasiliano.<br />

A bacia cenozóica, delineada a partir da abertura do Atlântico e consolidada ao longo do<br />

Terciário, continuou a ser modelada por eventos de erosão e sedimentação não-uniformes, no<br />

tempo e no espaço, ao longo do Cenozóico Superior.<br />

A Província Costeira corresponde à área drenada diretamente para o mar, constituindo o<br />

rebordo do Planalto Atlântico –– região serrana e planícies pequenas de origens variadas e<br />

enseadas. As planícies litorâneas estão subordinadas às reentrâncias do fronte serrano.<br />

Os sedimentos inconsolidados das baixadas e planícies costeiras foram gerados ao longo de<br />

ciclos transgressivos e regressivos da linha da costa durante o Quaternário.<br />

Desse modo, além da influência climática, fatores litoestruturais respondem pelas diferenças<br />

do relevo, conforme descritas a seguir e representadas graficamente no Mapa 5 –<br />

Geomorfologia, no Anexo A, Volume 2/3, deste <strong>EIA</strong>.<br />

b. Unidades Geomorfológicas<br />

A delimitação das unidades geomorfológicas baseia-se na homogeneidade das formas de<br />

relevo e na sua gênese comum em relação aos fatores litoestruturais e climáticos, procurandose<br />

retratar as paisagens da região a ser atravessada pelo empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–107 ABRIL / 2006


Na Província Planalto Atlântico, são reconhecidas as unidades geomorfológicas Planalto do<br />

Paraitinga e Médio Vale do Paraíba e, na Província Costeira, ocorrem as unidades Serrania<br />

Costeira e Baixada Litorânea.<br />

(1) Planalto do Paraitinga (PP)<br />

Trata-se de um planalto cristalino de estrutura complexa, cuja região drenada pela bacia do rio<br />

Paraíba do Sul encontra-se bastante dissecada. Apresenta um relevo de “mar de morros” e de<br />

serras longitudinais, com altitudes alcançando cerca de 1.300m, com amplitudes locais de<br />

relevo com valores, em geral, de 200 a 300m. Os rios são jovens, com corredeiras e<br />

cachoeiras adaptadas, geralmente, às estruturas geológicas.<br />

Predominam os sistemas de relevo Mar de Morros, Colinas Pequenas com Espigões Locais e<br />

Morros Paralelos.<br />

(2) Médio Vale do Paraíba (VP)<br />

Esta unidade se subdivide em uma região de morros desenvolvidos sobre rochas cristalinas<br />

pré-cambrianas e uma região de colinas sustentadas por rochas sedimentares. O embasamento<br />

rochoso dos morros cristalinos apresenta natureza essencialmente granito-gnáissica. As<br />

colinas, de natureza sedimentar, são sustentadas por rochas da Bacia Sedimentar de Taubaté.<br />

Os morros cristalinos dispõem-se ao redor da Bacia de Taubaté, em torno dos relevos de<br />

colinas. São constituídos principalmente por sistemas de relevos Morros Paralelos, Mar de<br />

Morros e Morrotes Alongados Paralelos. Na bacia, predominam Colinas Amplas, Colinas<br />

Tabulares e Colinas Pequenas com Espigões Locais.<br />

(3) Serrania Costeira (SC)<br />

A Serrania Costeira faz parte da serra do Mar e coincide com a extensa faixa das encostas de<br />

transição que orla o Planalto Atlântico desde a divisa do Estado do Rio de Janeiro. Essa<br />

unidade é constituída por escarpas festonadas, por vezes desfeitas em espigões lineares<br />

digitados. Em geral, as escarpas situam-se próximas à linha da costa, restringindo as áreas de<br />

planícies, enquanto que os espigões, às vezes, avançam para as baixadas, formando<br />

promontórios. Tais escarpas são sustentadas, predominantemente, por granitos orientados e<br />

migmatitos pré-cambrianos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–108 ABRIL / 2006


(4) Baixada Litorânea (BL)<br />

Esta unidade é caracterizada por planícies costeiras reduzidas e descontínuas, correspondentes<br />

à colmatagem fluviomarinha recente, de antigas elevações que formavam os sopés das<br />

escarpas. As planícies desenvolvem-se sobre um pacote de sedimentos quaternários<br />

constituído por depósitos marinhos (areias de praia) retrabalhados por ação fluvial (material<br />

areno-síltico-argiloso). Nesse setor, a linha da costa apresenta pequenas enseadas com<br />

características de costa de submersão.<br />

c. Unidades de Relevo<br />

A partir da análise e interpretação visual de imagens de satélite Landsat (1:100.000), fotos<br />

aéreas (1:60.000) e com apoio de cartas topográficas do IBGE (1:50.000), identificaram-se e<br />

delimitaram-se 14 unidades ou sistemas de relevo existentes na AII do Gasoduto. Foram<br />

separados conjuntos de formas de relevo com textura e padrão semelhante, levando em conta<br />

amplitude altimétrica, gradiente, geometria dos topos e vertentes, densidade de drenagem,<br />

padrão de drenagem e, por vezes, coberturas inconsolidadas.<br />

Resssalte-se, como descrito no item 5.1.1 – Aspectos Metodológicos, que, posteriormente à<br />

identificação preliminar no escritório, as diferentes geoformas e sistemas de relevo foram<br />

reconhecidas in loco, após o que teve início a preparação do mapa geomorfológico final<br />

(Mapa 05, Anexo A, Volume 2/3).<br />

(1) Planícies Aluviais – Pa<br />

Terrenos baixos e mais ou menos planos, junto às margens dos rios, sujeitos periodicamente a<br />

inundações.<br />

(2) PLANÍCIES COSTEIRAS – Pc<br />

Terrenos baixos e mais ou menos planos, próximos ao nível do mar, com baixa densidade de<br />

drenagem, padrão meandrante, localmente anastomosados. Ocorrem antigos cordões<br />

litorâneos.<br />

(3) Colinas Tabulares – Ct<br />

Constituem interflúvios extensos e aplainados ou abaulados, vertentes ravinadas de pequena<br />

expressão em área com perfis retilíneos de alta declividade. Drenagem de baixa densidade,<br />

vales abertos. As amplitudes topográficas estão em torno 20-30m.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–109 ABRIL / 2006


(4) Colinas Amplas – Ca<br />

Predominam interflúvios com área unitária superior a 4km 2 , topos aplainados, vertentes com<br />

perfis retilíneos a convexos, amplitudes topográficas entre 40 e 60m. A drenagem é de baixa<br />

densidade, de padrão subdendrítico; os vales são abertos e as planícies aluviais interiores,<br />

restritas.<br />

(5) Colinas Pequenas com Espigões Locais – Cp<br />

Predominam interflúvios sem orientação, com área unitária inferior a 1km 2 , topos aplainados<br />

a arredondados, vertentes ravinadas com perfis convexos a retilíneos e amplitudes de relevo<br />

em torno de 40-50m. A drenagem é de média a baixa densidade, de padrão subparalelo a<br />

dendrítico; os vales são fechados, e as planícies aluviais interiores são restritas.<br />

(6) Colinas Isoladas – Ci<br />

Formas de relevo residuais, com vertentes convexas e topos arredondados, com sedimentação<br />

de colúvios remanescentes do afogamento do relevo produzido pela sedimentação<br />

fluviomarinha que caracteriza as baixadas litorâneas. Predominam amplitudes topográficas<br />

inferiores a 40m.<br />

(7) Mar de Morros – Mm<br />

Topos arredondados, vertentes com perfis convexos a retilíneos, amplitudes topográficas em<br />

torno de 70-80m. A drenagem é de alta densidade e o padrão varia de dendrítico a retangular.<br />

Os vales são abertos a fechados e as planícies aluvionares interiores, desenvolvidas. Constitui,<br />

geralmente um conjunto de formas em “meia laranja”.<br />

(8) Morros Paralelos – Mp<br />

Topos arredondados, vertentes com perfis retilíneos a convexos, amplitudes topográficas em<br />

torno de 100m, podendo alcançar 120m. A drenagem é de alta densidade e o padrão em treliça<br />

a localmente subdendrítica. Os vales são ora fechados, ora abertos e as planícies aluvionares<br />

interiores são restritas.<br />

(9) Morros com Serras Restritas – Ms<br />

Possuem topos arredondados, vertentes com perfis retilíneos, por vezes abruptas, presença de<br />

serras restritas, amplitudes topográficas entre 130 e 140m. Drenagem de alta densidade,<br />

padrão dendrítico a pinulado, vales fechados, planícies aluvionares interiores restritas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–110 ABRIL / 2006


(10) Morros Altos – Ma<br />

São elevações com vertentes convexo-côncavas com topos arredondados, às vezes aguçados e<br />

amplitudes topográficas em torno de 200m. Ocorrem depósitos de tálus, e a densidade de<br />

drenagem é de média a alta, com padrão de drenagem variável.<br />

(11) Morrotes – Mo<br />

Predominam amplitudes locais entre 50 e 70m; com topos arredondados, vertentes com perfis<br />

convexos a retilíneos; drenagem de alta densidade, padrão em treliça, vales fechados a<br />

abertos, predominando declividades médias a altas (em torno de 15%).<br />

(12) Serras Alongadas - Sa<br />

Elevações com topos angulosos a abaulados, alongadas, vertentes ravinadas com perfis<br />

retilíneos, amplitudes topográficas em torno de 250m, drenagem de alta densidade, padrão<br />

paralelo pinulado, vales fechados.<br />

(13) Escarpas com Espigões Digitados – Ee<br />

Escarpas compostas por grandes espigões lineares subparalelos, topos angulosos, vertentes<br />

com perfis retilíneos, amplitudes topográficas em torno de 500m. Drenagem de alta<br />

densidade, padrão paralelo-pinulado, vales fechados.<br />

(14) Escarpas Festonadas – Ef<br />

Escarpas desfeitas em anfiteatros separados por espigões, topos angulosos, vertentes com<br />

perfis retilíneos, amplitudes topográficas em torno de 250m, drenagem de alta densidade,<br />

padrão subdendrítico a dendrítico, vales fechados.<br />

d. Aspectos Morfodinâmicos<br />

O traçado do futuro Gasoduto atravessa regiões de morfologia variada sustentada por<br />

diferentes unidades litoestratigráficas, com os tipos de solos a elas associados.<br />

Em função da geologia, relevo e clima, podem ocorrer zonas mais ou menos alteradas,<br />

transições com o manto de alteração e irregularidades. A diferença de permeabilidade entre o<br />

solo e rocha constitui um meio de percolação preferencial na interface entre esses dois tipos<br />

de material, podendo desencadear processos erosivos e instabilidades, principalmente em<br />

terrenos declivosos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–111 ABRIL / 2006


Os produtos de intemperismo dos diversos tipos de rocha –– que guardam as características<br />

originais dessas rochas –– podem se apresentar, por vezes, desfavoráveis, haja vista a<br />

diminuição da densidade e resistência às intervenções programadas para a implantação e<br />

operação do futuro empreendimento.<br />

Os processos morfogenéticos se diferenciam em função do clima, do relevo e da cobertura<br />

vegetal. As condições climáticas atuais são responsáveis pela permanência de faixas<br />

decrescentes de umidade do litoral para o interior, as quais, influindo no recobrimento<br />

vegetal, favorecem a diversificação dos processos morfogenéticos atuantes no modelado.<br />

Além do papel desempenhado pela evolução morfoclimática, a diversidade geomorfológica da<br />

região está condicionada pela diversidade litológica e estrutura geológica. As influências<br />

tectono-estruturais são constantes –– alinhamentos de topos ou cristas estruturais, cursos<br />

d’água retilíneos/sulcos estruturais, falhas, diáclases, foliação das rochas.<br />

As influências antrópicas (principalmente o desmatamento) contribuem para a degradação do<br />

meio ambiente. A devastação das matas para uso agropecuário deixa os solos desprotegidos,<br />

facilitando o escoamento superficial das águas pluviais.<br />

Quando os processos de decomposição química e o escoamento superficial comandam a<br />

evolução do modelado, a dissecação forma interflúvios em forma de colinas, cristas e taludes<br />

com vales encaixados, a depender, também, das constituições litológicas e estruturais –– nas<br />

áreas onde predominam rochas sedimentares, os interflúvios têm formas de colinas amplas ou<br />

tabulares com vertentes recuadas e vales de fundos chatos (vide Bacia de Taubaté).<br />

A erosão atua, principalmente, através do escoamento concentrado, provocando o<br />

aparecimento de sulcos e ravinas nas encostas mais íngremes, onde ocorrem, também,<br />

movimento de massa, ocasionando instabilidade dessas áreas.<br />

Apesar do controle estrutural em segmentos dos cursos d’água, o padrão de drenagem<br />

predominante na Área de Influência Indireta do futuro Gasoduto é o dendrítico a<br />

subdendrítico.<br />

As formas de relevo mais conservadas (colinas amplas, médias e tabulares) não oferecem<br />

restrições quanto ao uso e ocupação, pois se trata de formas amplas com poucos desníveis e<br />

consideradas, geralmente, estáveis.<br />

As formas mais dissecadas, onde a ação da erosão foi mais acentuada, são mais restritivas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–112 ABRIL / 2006


quanto à implantação de empreendimentos como este, ora em estudo. Os setores<br />

representados pelas formas mais aguçadas ou de maiores amplitudes de relevo, com declives<br />

das encostas mais íngremes, são os considerados mais vulneráveis em relação à estabilidade<br />

de terrenos, devido à maior incidência dos processos de erosão acelerada e movimentos de<br />

massa.<br />

No Planalto de Paraitinga, podem ocorrer fenômenos de escorregamentos superficiais e<br />

profundos, principalmente em corpos coluvionares. Podem acontecer, também, quedas de<br />

blocos relacionadas às estruturas das rochas –– falhas, diáclases, foliação ou outras<br />

descontinuidades –– ou no caso de matacões, devido ao descalçamento provocado pela<br />

remoção de material terroso que os envolve. Nos sopés das encostas, são comuns as formas de<br />

acumulação: depósitos de tálus e rampas de colúvio. Os fenômenos de erosão hídrica são mais<br />

evidentes nas áreas desprovidas de cobertura vegetal.<br />

Nas colinas sedimentares da Bacia de Taubaté (Médio Vale do Paraíba) predominam<br />

fenômenos de erosão laminar e de rastejo, com ocorrência esparsa de ravinamentos,<br />

principalmente em solos mais arenosos.<br />

Na Serrania Costeira, a energia do relevo apresenta maiores dificuldades à implantação e<br />

manutenção de obras civis nas encostas. Observa-se que o uso e ocupação das terras se<br />

desenvolve com maior freqüência e intensidade sobre antigos depósitos coluvionares, dada<br />

sua menor declividade e seus solos mais espessos, em comparação aos demais solos das<br />

encostas.<br />

Os rios que drenam para o mar se apresentam como torrentes que reagem imediatamente aos<br />

episódios de chuvas intensas. Em geral, transportam os sedimentos derivados de movimentos<br />

de massa, haja vista a vegetação existente proteger os solos da erosão hídrica.<br />

A zona da Baixada Litorânea recebe todos os materiais decorrentes dos processos erosivos<br />

atuantes nas escarpas das serras, espigões e morros isolados. Esse material é retrabalhado<br />

pelos rios, que promovem uma gradação granulométrica em direção à orla marítima. Os vales<br />

dos rios estão sujeitos a entulhamentos daqueles materiais resultantes da erosão e<br />

escorregamentos nas partes mais altas do relevo.<br />

Os rios que meandram a planície costeira apresentam regime hidráulico subordinado aos<br />

efeitos das chuvas da serra do Mar e também das marés, com possibilidades de enchentes<br />

significativas quando da conjugação desses dois fatores, inundando setores da baixada.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–113 ABRIL / 2006


Os processos morfogenéticos são, portanto, condicionantes e, também, decorrentes do<br />

comportamento geotécnico dos materiais existentes na AII. No item 5.1.7 - Geotecnia e<br />

Potencial de Risco Geológico-Geotécnico, apresentado adiante, essas questões são<br />

discutidas.<br />

5.1.6 SOLOS E CAPACIDADE DE USO DAS TERRAS<br />

a. Considerações Gerais<br />

Este item compreende o estudo de Solos, Avaliação da Erodibilidade e da Capacidade de Uso<br />

das Terras da Área de Influência Indireta – AII do futuro Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté,<br />

no Estado de São Paulo.<br />

Tem por objetivo a identificação, caracterização e delimitação cartográfica dos diversos solos<br />

ocorrentes, tendo-se adotado a metodologia preconizada pela EMBRAPA Solos (Centro<br />

Nacional de Pesquisa de Solos – CNPS). Adicionalmente, a partir deste estudo, as terras<br />

foram avaliadas quanto à sua suscetibilidade à erosão. Foram elaborados os Mapas de Solos,<br />

Suscetibilidade à Erosão e de Capacidade de Uso das Terras, todos na escala de 1:100.000<br />

(Mapas 06, 07 e 08, Anexo A,Volume 2/3).<br />

b. Síntese Metodológica<br />

Os trabalhos de escritório e de campo, incluindo-se a aplicação in loco dos critérios para<br />

identificação e distinção das classes de solos, foram desenvolvidos com base no Sistema<br />

Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999) e demais publicações normativas,<br />

cujo detalhamento foi apresentado no item 5.1.1e.<br />

Inicialmente, foram efetuados o levantamento, a análise e a sistematização do material básico<br />

disponível com relação às características dos solos e seus fatores de formação, especialmente<br />

material de origem, relevo e clima. Foram utilizados dados de sensores remotos de origem e<br />

escalas variadas, tais como imagens do satélite Landsat ETM7+, composição colorida, na<br />

escala de 1:100.000, fotografias aéreas pancromáticas, escala de 1:60:000 (USAF, 1967),<br />

tendo como base cartográfica as cartas planialtimétricas do IBGE, na escala de 1:50.000.<br />

A partir da interpretação pormenorizada das fotografias aéreas supracitadas, foi gerado um<br />

mapa pedológico preliminar e, após confronto das informações coletadas nos trabalhos de<br />

campo, quando se fizeram descrições de perfis, foram conceituadas e ajustadas as unidades de<br />

mapeamento de solos e elaborado o presente item informativo, abrangendo a caracterização<br />

dos solos, sua erodibilidade e sua classificação quanto à capacidade de uso das terras.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–114 ABRIL / 2006


c. Descrição das Unidades de Solos<br />

A seguir, é apresentada a caracterização sumária das classes de solos e/ou tipos de terrenos<br />

identificados na Área de Influência Indireta (AII) e que constam na legenda de identificação<br />

do Mapa de Solos, conforme apresentado no Quadro 5.1-7.<br />

Foram diferenciados, ao todo, 120 polígonos de unidades de solos, tendo como principais<br />

classes os Argissolos Vermelho-Amarelos, Latossolos Vermelho-Amarelos, Cambissolos e<br />

Neossolos. A Figura 5.1-50 ilustra a extensão e distribuição percentual das unidades<br />

mapeadas na AII. Estão descritas todas as classes de solos que ocorrem nessa área, mesmo<br />

aquelas que compreendem apenas a componente secundária ou terciária e inclusões das<br />

unidades. As inclusões são classes que representam uma porcentagem sempre inferior a 20%<br />

da unidade e, embora não sejam representadas na legenda do mapa de solos, estão descritas<br />

neste relatório.<br />

Quadro 5.1-7 – Extensão e distribuição percentual das unidades de mapeamento na AII<br />

Unidade de<br />

Mapeamento<br />

PVAd1<br />

PVAd2<br />

PVAd3<br />

PVAd4<br />

PVAd5<br />

PVAd6<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CLASSES DE SOLOS<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo ondulado e forte ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo forte ondulado e ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo forte ondulado e ondulado<br />

+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média e média/argilosa, relevo ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado e proeminente, textura média/argilosa, relevo forte<br />

ondulado e ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO<br />

Distrófico típico, A moderado, textura média e média/argilosa,<br />

relevo ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado e proeminente, textura média/argilosa, relevo forte<br />

ondulado e ondulado + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO<br />

Distrófico típico, A moderado, textura argilosa e média, relevo<br />

ondulado.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Área<br />

(ha)<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–115 ABRIL / 2006<br />

(%)<br />

2629,23 2,63<br />

1865,03 1,87<br />

97,62 0,10<br />

1316,10 1,32<br />

1303,22 1,30<br />

267,88 0,27


Unidade de<br />

Mapeamento<br />

PVAd7<br />

PVAd8<br />

PVAd9<br />

PVAd10<br />

PVAd11<br />

PVAd12<br />

PVAd13<br />

PVAd14<br />

PVAd15<br />

PVAd16<br />

PVAd17<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CLASSES DE SOLOS<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado e proeminente, textura arensa/média, relevo forte<br />

ondulado e ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO<br />

Distrófico típico, A moderado, textura média e média/argilosa,<br />

relevo ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura arensa/média, relevo ondulado e forte ondulado +<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado e proeminente, textura média/argilosa, relevo ondulado e<br />

forte ondulado + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO<br />

Distrófico típico, A moderado, textura argilosa e média, relevo<br />

ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, relevo<br />

forte ondulado e ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-<br />

AMARELO Eutrófico típico, relevo ondulado ambos A moderado,<br />

textura média/argilosa.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo forte ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo forte ondulado +<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado e proeminente, textura arenosa/média, relevo forte<br />

ondulado e ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, relevo<br />

forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico<br />

típico, relevo forte ondulado e ondulado, ambos A moderado, textura<br />

média/argilosa.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo forte ondulado e<br />

montanhoso.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, relevo<br />

forte ondulado e montanhoso + ARGISSOLO VERMELHO-<br />

AMARELO Eutrófico típico, relevo forte ondulado, ambos A<br />

moderado, textura média/argilosa.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo montanhoso e forte<br />

ondulado.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo montanhoso e forte<br />

ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico<br />

típico, A moderado e proeminente, textura média e média/argilosa,<br />

relevo forte ondulado.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Área<br />

(ha)<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–116 ABRIL / 2006<br />

(%)<br />

4306,68 4,31<br />

2959,36 2,96<br />

452,69 0,45<br />

4247,97 4,25<br />

946,13 0,95<br />

286,92 0,29<br />

3348,26 3,35<br />

1064,19 1,07<br />

3119,21 3,12<br />

4697,06 4,70<br />

715,32 0,72


Unidade de<br />

Mapeamento<br />

PVAd18<br />

PVAd19<br />

PVAd20<br />

PVAd21<br />

CXbd1<br />

CXbd2<br />

CXbd3<br />

CXbd4<br />

CXbd5<br />

CXbd6<br />

ESo<br />

LVAd1<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CLASSES DE SOLOS<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura média/argilosa, relevo montanhoso.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, relevo<br />

montanhoso + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico<br />

típico, relevo forte ondulado, ambos A moderado, textura<br />

média/argilosa.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, relevo<br />

montanhoso e escarpado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO<br />

Distrófico típico, relevo montanhoso, ambos A moderado, textura<br />

média/argilosa e argilosa.<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, relevo<br />

escarpado e montanhoso + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO<br />

Distrófico típico, relevo montanhoso, ambos A moderado, textura<br />

média/argilosa e argilosa.<br />

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, relevo ondulado +<br />

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, relevo<br />

ondulado e forte ondulado, ambos A moderado, textura argilosa.<br />

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico + LATOSSOLO<br />

VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, ambos A moderado,<br />

textura argilosa, relevo ondulado e forte ondulado.<br />

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, relevo forte<br />

ondulado + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico<br />

típico, relevo ondulado e forte ondulado, ambos A moderado, textura<br />

argilosa.<br />

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, relevo montanhoso<br />

+ LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, relevo<br />

forte ondulado e montanhoso, ambos A moderado, textura argilosa.<br />

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico + LATOSSOLO<br />

VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, ambos A moderado,<br />

textura argilosa, relevo montanhoso.<br />

CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, relevo escarpado e<br />

montanhoso + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico<br />

típico, relevo montanhoso, ambos A moderado, textura argilosa.<br />

ESPODOSSOLO FERROCÁRBICO Órtico típico, A proeminente,<br />

textura arenosa + CAMBISSOLO FLÚVICO Tb Distrófico, A<br />

moderado e proeminente + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO<br />

Órtico, A moderado, todos relevo plano.<br />

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo suave ondulado e plano +<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo suave ondulado.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Área<br />

(ha)<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–117 ABRIL / 2006<br />

(%)<br />

547,72 0,55<br />

2760,97 2,76<br />

3802,06 3,81<br />

1101,10 1,10<br />

1537,51 1,54<br />

1645,95 1,65<br />

23,26 0,02<br />

350,37 0,35<br />

2466,48 2,47<br />

5470,37 5,48<br />

703,73 0,70<br />

4597,55 4,60


Unidade de<br />

Mapeamento<br />

LVAd2<br />

LVAd3<br />

LVAd4<br />

LVAd5<br />

LVAd6<br />

LVAd7<br />

RYbd1<br />

RYbd2<br />

RYbd3<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CLASSES DE SOLOS<br />

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa + ARGISSOLO VERMELHO-<br />

AMARELO Distrófico típico, A moderado, textura argilosa, ambos<br />

relevo suave ondulado.<br />

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo suave ondulado e ondulado +<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo ondulado.<br />

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo ondulado + ARGISSOLO<br />

VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A moderado, textura<br />

argilosa, relevo ondulado e suave ondulado.<br />

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo forte ondulado + ARGISSOLO<br />

VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A moderado, textura<br />

argilosa, relevo suave ondulado.<br />

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo suave ondulado e plano +<br />

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo suave ondulado.<br />

LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A<br />

moderado, textura argilosa, relevo montanhoso + ARGISSOLO<br />

VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, A moderado, textura<br />

argilosa, relevo forte ondulado e ondulado.<br />

NEOSSOLO FLÚVICO Tb Distrófico e Eutrófico típico, A<br />

moderado, textura aregilosa/média + GLEISSOLO MELÂNICO<br />

Distrófico típico, textura média e argilosa, ambos relevo plano.<br />

NEOSSOLO FLÚVICO Tb Distrófico típico, textura argilosa/média<br />

+ GLEISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico, textura argilosa e média,<br />

ambos A moderado, relevo plano.<br />

NEOSSOLO FLÚVICO Tb Distrófico e Eutrófico típico, textura<br />

argilosa/média, relevo plano + CAMBISSOLO FLÚVICO Tb<br />

Distrófico, textura média e argilosa + ESPODOSSOLO<br />

FERROCÁRBICO Órtico típico, textura arenosa, todos A<br />

moderado, relevo plano.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Área<br />

(ha)<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–118 ABRIL / 2006<br />

(%)<br />

15270,14 15,29<br />

2063,51 2,07<br />

6014,97 6,02<br />

8138,82 8,15<br />

3156,10 3,16<br />

1212,37 1,21<br />

2053,72 2,06<br />

545,52 0,55<br />

2800,68 2,80<br />

TOTAL 99.885,74 100,00


Área (Hectares)<br />

20.000<br />

18.000<br />

16.000<br />

14.000<br />

12.000<br />

10.000<br />

8.000<br />

6.000<br />

4.000<br />

2.000<br />

0<br />

PVAd1<br />

PVAd2<br />

PVAd3<br />

PVAd4<br />

Figura 5.1-50 – Extensão e Distribuição Percentual das Unidades de Mapeamento de Solos na AII<br />

PVAd5<br />

PVAd6<br />

PVAd7<br />

PVAd8<br />

PVAd9<br />

PVAd10<br />

PVAd11<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

PVAd12<br />

PVAd13<br />

PVAd14<br />

PVAd15<br />

Hectares (ha) Percentagem (%)<br />

PVAd16<br />

PVAd17<br />

PVAd18<br />

PVAd19<br />

PVAd20<br />

PVAd21<br />

CXbd1<br />

Unidades de Mapamento<br />

CXbd2<br />

CXbd3<br />

CXbd4<br />

CXbd5<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

CXbd6<br />

ESo<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–119 ABRIL / 2006<br />

LVAd1<br />

LVAd2<br />

LVAd3<br />

LVAd4<br />

LVAd5<br />

LVAd6<br />

LVAd7<br />

RYbd1<br />

RYbd2<br />

RYbd3<br />

20,0<br />

18,0<br />

16,0<br />

14,0<br />

12,0<br />

10,0<br />

8,0<br />

6,0<br />

4,0<br />

2,0<br />

0,0<br />

Percentual (%)


(1) Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico (PVAd)<br />

São solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural de cores mais amarelas do<br />

que o matiz 2,5YR e mais vermelhas do que o matiz 7,5YR, na maior parte dos primeiros<br />

100cm do horizonte B (inclusive BA), e distinta diferenciação entre os horizontes no tocante a<br />

cor, estrutura e textura, principalmente. São profundos, com argila de atividade baixa,<br />

horizonte A do tipo moderado e textura média/argilosa e média. Eventualmente, ocorre<br />

textura cascalhenta, tanto superficialmente, quanto em subsuperfície.<br />

São solos distróficos, com saturação por bases inferior a 50% que, originalmente, eram<br />

cobertos por vegetação de floresta e, na área da bacia terciária, por cerrado. O principal tipo<br />

de uso verificado sobre eles é a pastagem e alguns remanescentes de floresta secundária.<br />

À exceção das áreas de relevos mais declivosos, poucas são as limitações à sua utilização<br />

agrícola, sendo principalmente baixa a soma de bases trocáveis, que obriga à execução de<br />

práticas corretivas de ordem química. A baixa fertilidade natural e a suscetibilidade à erosão,<br />

nos locais mais declivosos e/ou com presença de forte gradiente textural em alguns<br />

indivíduos, são os principais fatores limitantes, devendo-se ainda mencionar a presença de<br />

pedregosidade nas unidades em associação com os Cambissolos.<br />

Pode-se afirmar que a presença do horizonte B textural é um fator negativo em termos da<br />

erosão do tipo superficial. Assim, aspectos relacionados ao gradiente textural, ao tipo de<br />

estrutura e à permeabilidade, entre outros, influenciam na sua maior ou menor erodibilidade.<br />

A ordem dos Argissolos é a mais representativa da unidade, com cerca de 42% do total da<br />

área de estudo. Foram mapeadas 21 unidades de Argissolos, em sua maioria, sempre<br />

associados aos Latossolos Vermelho-Amarelos e Cambissolos. Nas unidades com maiores<br />

declives, é comum a ocorrência de inclusões de solos mais rasos, como os Neossolos Litólicos<br />

e, também, de Afloramentos Rochosos que, na escala do trabalho efetuado (1:100.000), não<br />

foram cartograficamente separados em unidades de mapeamento (Fotos 5.1-1 a 5.1-5).<br />

Os Argissolos ocorrem na porção central da AII (Figura 5.1-51), em relevo desde o ondulado<br />

(PVAd1) até o montanhoso e escarpado (PVAd20 e PVAd21). Essas áreas possuem<br />

suscetibilidade à erosão que varia de muito forte a extremamente forte, sendo recomendada<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–120 ABRIL / 2006


sua utilização para a preservação da flora e da fauna. Em alguns locais menos declivosos,<br />

entretanto, é permitido o uso de espécies protetoras do solo, como as florestas plantadas.<br />

Figura 5.1-51– Distribuição das unidades de Argissolos (PVAd)<br />

Dominantemente, representam as classes com forte suscetibilidade à erosão, devido ao relevo<br />

em que ocorrem e ao gradiente textural ao longo do perfil, estando nessa classe, por exemplo,<br />

as unidades: PVAd3 a PVAd7 e PVAd10 a PVAd13. Na classe seguinte, isto é,<br />

suscetibilidade à erosão muito forte, estão as unidades: PVAd14 a PVAd19.<br />

As demais unidades de Argissolos compreendem as classes de moderada suscetibilidade à<br />

erosão, sendo recomendado seu uso considerando os critérios conservacionistas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–121 ABRIL / 2006


(2) Cambissolo Háplico Tb Distrófico (CXbd)<br />

São solos minerais não hidromórficos, pouco evoluídos, caracterizados pela presença de<br />

horizonte B incipiente, de caráter distrófico, com argila de baixa atividade. Apresentam<br />

fertilidade natural baixa, são medianamente profundos a rasos, apresentando seqüência de<br />

horizontes A, Bi e C, com pequena diferenciação entre eles. Em geral, verifica-se forte<br />

influência do material de origem em suas características, o que evidencia a pouca evolução<br />

desses solos, expressa também pelo fraco desenvolvimento pedogenético do horizonte B, ou<br />

mesmo pelo grau de intemperização pouco avançado, inferido pela presença, na fração<br />

grosseira, de conteúdos minerais primários de fácil intemperização superiores a 4% ou, ainda,<br />

por teores de silte relativamente elevados.<br />

Na AII, esses solos ocorrem em terrenos de elevado declive (forte ondulado e montanhoso),<br />

apresentando risco de erosão forte e muito forte, devido às características inerentes do perfil,<br />

como a pequena profundidade do solum − horizonte C próximo à superfície, cujo fraco grau<br />

de desenvolvimento estrutural proporciona, quando exposto, condições favoráveis ao<br />

estabelecimento e evolução dos processos erosivos. A suscetibilidade à erosão apresenta grau<br />

ligeiramente mais elevado – extremamente forte – nos locais de perfis mais rasos e em<br />

declives um pouco maiores, como áreas de relevo escarpado.<br />

Foram identificadas apenas seis unidades de mapeamento em que se verifica a predominância<br />

de Cambissolos Háplicos. Ocorrem em áreas de domínio de vegetação de floresta, sob relevo<br />

movimentado, no trecho inicial do futuro Gasoduto. Estão associados aos Latossolos<br />

Vermelho-Amarelos e, como inclusão, ocorrem os Neossolos Litólicos, que tendem a ocupar<br />

as áreas de topo e de bordas, respectivamente. Os Cambissolos têm baixo potencial agrícola,<br />

pois apresentam severas limitações de relevo e de solo, além de serem altamente suscetíveis<br />

aos processos erosivos. Apresentam restrições ao uso nos locais de perfis rasos e/ou que<br />

possuem pedregosidade ou rochosidade. São utilizados preferencialmente com pastagens ou<br />

cobertos por vegetação florestal.<br />

Os Cambissolos representam cerca de 11,5% da AII e estão localizados na porção inicial do<br />

futuro duto, próxima ao litoral (Figura 5.1-52). Compreendem as áreas de florestas mais<br />

preservadas da AII e também de maior declive, situadas nas proximidades e nos limites do<br />

Parque Estadual da Serra do Mar.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–122 ABRIL / 2006


Figura 5.1-52 – Distribuição das unidades de Cambissolos (CXbd)<br />

(3) Cambissolo Flúvico Tb Distrófico<br />

Os Cambissolos Flúvicos possuem horizonte B incipiente (Bi) e são desenvolvidos em<br />

planícies aluviais. São horizontes muito semelhantes ao horizonte C, diferindo-se deles,<br />

porém, por apresentar um maior desenvolvimento pedogenético. Apresentam uma grande<br />

variação de atributos, o que os torna muito difícil de se enquadrarem em um padrão geral,<br />

onde predominam texturas média e argilosa. É comum apresentarem elevado teor de silte<br />

também em superfície. Nestes solos, a formação de solo superficial, que aumenta a<br />

erodibilidade do solo, ocorre com facilidade. Podem ser classificados como de moderada<br />

suscetibilidade à erosão, devido à sua capacidade de infiltração de água no solo ser moderada.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–123 ABRIL / 2006


Estes solos ocorrem somente como componente secundário das unidades ESo2 (Espodossolos<br />

Ferrocárbicos) e RYbd3 (Neossolos Flúvicos), na porção inicial do traçado do futuro<br />

Gasoduto.<br />

(4) Espodossolo Ferrocárbico Órtico típico (ESo)<br />

Compreende solos com horizonte mineral subsuperficial, com espessura mínima de 2,5cm,<br />

formados por acumulação iluvial de matéria orgânica e complexos organometálicos de<br />

alumínio, com presença de ferro iluvial, denominado horizonte espódico. Resulta uma<br />

morfologia bastante fácil de identificação, sendo comum a ocorrência do horizonte E álbico,<br />

de cor esbranquiçada, contrastando acentuadamente com a cores avermelhadas do horizonte<br />

espódico que lhe sucede.<br />

São solos quimicamente pobres, com baixíssimo teor de bases trocáveis. Para que alcancem<br />

uma boa produtividade, é imprescindível a aplicação de insumos. Por se desenvolverem<br />

predominantemente em material grosseiro, esses solos apresentam elevada condutividade<br />

hidráulica e baixa capacidade de retenção de umidade, assemelhando-se, nesses aspectos, aos<br />

Neossolos Quartzarênicos.<br />

Na AII, tais solos, por se situarem em ambientes bastante úmidos (zona litorânea) ou com<br />

lençol freático bastante elevado, apresentam comportamento diferente dos Neossolos que, nos<br />

períodos secos, revelam acentuado estresse hídrico (Fotos 5.1-6 e 5.1-7).<br />

A textura arenosa ou média favorece os trabalhos de preparo do solo para plantio, sendo a<br />

camada arável facilmente agricultada. A conjugação de elevada permeabilidade, de lençol<br />

freático a pequena profundidade e baixíssima capacidade de adsorção exclui o uso de aterro<br />

sanitário e depósito de efluentes em solos com horizonte B espódico.<br />

Ocorre apenas uma unidade de Espodossolos (ESo), associada aos Neossolos Quartzarênicos<br />

como componentes secundário e terciário, respectivamente. A unidade ESo (Foto 5.1-8) tem<br />

como segunda componente os Cambissolos Flúvicos, descritos anteriormente. Compreende<br />

solos com moderada suscetibilidade à erosão, devido à pequena coesão das partículas e à<br />

baixa capacidade de retenção de umidade e de nutrientes que desfavorecem o<br />

desenvolvimento rápido da cobertura vegetal.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–124 ABRIL / 2006


Essa unidade representa aproximadamente 0,70% da superfície total da AII e está localizada<br />

na faixa litorânea, no início do futuro Gasoduto (Figura 5.1-53).<br />

Figura 5.1-53 – Distribuição das unidades de Espodossolos (ESo)<br />

(5) Gleissolo Melânico Tb Distrófico e Eutrófico<br />

Os Gleissolos Melânicos compreendem solos mal drenados, com lençol freático elevado por<br />

longos períodos durante o ano, apresentando horizonte glei subjacente ao horizonte H hístico,<br />

com menos de 40cm de espessura, ou horizonte A húmico ou proeminente e seqüência de<br />

horizontes do tipo A - Cg. Apresentam argila de baixa atividade e caráteres distrófico e<br />

eutrófico. São originados de sedimentos aluviais e coluviais quaternários, apresentando,<br />

portanto, grande variabilidade espacial, com textura argilosa.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–125 ABRIL / 2006


Localizam-se em baixadas, normalmente com vegetação nativa adaptada à condição de maior<br />

encharcamento, como a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas.<br />

Devido à topografia plana em que ocorrem, apresentam muito baixo potencial erosivo; no<br />

entanto, em razão da proximidade do lençol freático à sua superfície, constituem áreas de<br />

relevância ambiental, que devem ser manejadas com muito cuidado.<br />

Apresentam riscos de inundação por cheias ou por acumulação de água de chuvas em alguma<br />

época do ano. Mesmo assim, na AII do empreendimento em estudo, são considerados de boa<br />

potencialidade agrícola, em muito, pela sua condição natural de maior umidade e, por vezes,<br />

de boa fertilidade natural. Ocorrem em áreas de várzea, de relevo plano, onde se verifica a<br />

prática de pequenos cultivos, normalmente de arroz irrigado, sendo, também, muito utilizados<br />

para o cultivo de capineiras e plantios de pastagens.<br />

São áreas com erodibilidade ligeira, porém, de maneira geral, apresentam razoável<br />

vulnerabilidade, tanto pelas restrições de drenagem, com risco de poluição do lençol freático,<br />

quanto pelo seu manejo trabalhoso e de alto custo. Estes solos ocorrem apenas como<br />

componente secundário da unidade RYbd1.<br />

(6) Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico (LVAd)<br />

São solos bem-drenados, caracterizados pela ocorrência de horizonte B latossólico de cores<br />

mais amarelas do que o matiz 2,5YR e mais vermelhas do que o matiz 7,5 YR, na maior parte<br />

dos primeiros 100cm do horizonte B (inclusive BA). São profundos e bastante<br />

intemperizados, o que se reflete na baixa capacidade de troca de cátions que possuem.<br />

As características físicas são de boa drenagem interna, boa aeração e ausência de<br />

impedimentos físicos à mecanização e penetração de raízes. Entretanto, aqueles de textura<br />

média, tendendo para arenosa, são mais restritivos ao uso por possuírem baixa retenção de<br />

água e de nutrientes a eles incorporados.<br />

As principais limitações ao aproveitamento agrícola desses solos decorrem de suas<br />

características químicas, impondo a execução de práticas para correção química, como<br />

calagem e adubação.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–126 ABRIL / 2006


Na AII, ocorrem sete unidades de Latossolos Vermelho-Amarelos típicos (LVAd), os quais,<br />

em outras unidades, associam-se com a maioria dos Argissolos e Cambissolos. Os primeiros<br />

(LVAd1 a LVAd4) diferenciam-se por ocorrerem em relevos mais suavizados no interior da<br />

bacia terciária. Dadas as boas características físicas que possuem, assim como a condição de<br />

relevo aplainado em que ocorrem, são solos pouco propensos à erosão (Fotos 5.1-9 a 5.1-12).<br />

Os solos da unidade LVAd4, de textura argilosa, tendendo para média, apresentam boas<br />

condições para a exploração com lavouras mecanizadas em sequeiro. As principais limitações<br />

decorrem da fertilidade baixa e da deficiência de micronutrientes.<br />

A Figura 5.1-54, apresentada a seguir, evidencia as características da fotointerpretação<br />

realizada, com detalhe para a unidade LVAd4, em relevo ondulado, sendo esses solos mais<br />

suscetíveis aos processos erosivos que os demais Latossolos da bacia terciária de Taubaté.<br />

As unidades LVAd1 e LVAd2 (Foto 5.1-13) apresentam suscetibilidade à erosão ligeira,<br />

enquanto a unidade LVAd3 possui suscetibilidade moderada, em face de o relevo onde<br />

ocorrem ser mais movimentado (Foto 5.1-14). Já as unidades LVAd4 e LVAd5 possuem<br />

moderada a forte suscetibilidade à erosão, por ocorrerem em áreas mais declivosas e de borda<br />

de colinas tabulares. As demais unidades (LVAd6 e LVAd7) ocorrem em áreas muito<br />

movimentadas, de relevo montanhoso, apresentando, em decorrência, suscetibilidade à erosão<br />

forte a muito forte (Foto 5.1-15).<br />

Os Latossolos, como unidade principal, cobrem aproximadamente 40,5% da área total<br />

mapeada e estão distribuídos em quase toda a AII do Gasoduto, à exceção da baixada<br />

litorânea. (Figura 5.1-55).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–127 ABRIL / 2006


Figura 5.1-54 – Exemplo das unidades LVAd2 e LVAD4 na aerofoto.<br />

Figura 5.1-55 – Distribuição das unidades de Latossolos (LVAd).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–128 ABRIL / 2006


(7) Neossolo Litólico Distrófico (RLd)<br />

Os Neossolos Litólicos são solos minerais não-hidromórficos, pouco desenvolvidos, rasos ou<br />

muito rasos, possuindo horizonte A moderado assentado diretamente sobre a rocha. São<br />

distróficos com saturação por bases inferior a 50%.<br />

A pequena espessura do solo, a freqüente ocorrência de cascalhos e fragmentos de rocha no<br />

seu perfil, a presença de rochosidade, a suscetibilidade à erosão, mormente das manchas<br />

situadas em áreas declivosas, são as limitações mais comuns desses solos. São solos de<br />

vocação agrícola muito restrita, em que a pequena profundidade efetiva limita o<br />

desenvolvimento radicular da maioria das plantas e culturas comerciais, sendo indicados para<br />

preservação da flora e da fauna.<br />

Apresentam capacidade de armazenamento de água muito baixa e, em áreas como a deste<br />

estudo, mais chuvosas, ocorre até uma condição de moderada sustentabilidade da vegetação<br />

florestal. Essas características, associadas à ocorrência do substrato rochoso, a pequena<br />

profundidade, em relevo muito movimentado, tornam tais áreas muito vulneráveis aos<br />

processos erosivos, que se intensificam nos locais de declives mais acentuados.<br />

Esses solos ocorrem somente como inclusão nas unidades de Cambissolos (CXbd4 a CXbd6)<br />

e Argissolos (PVAd20 e PVAd21), situados em segmentos inicial e central da AII (Fotos<br />

5.1-16 e 5.1-17).<br />

(8) Neossolo Flúvico Tb Distrófico e Eutrófico (RYbd)<br />

São solos minerais não-hidromórficos, pouco evoluídos, formados a partir de depósitos<br />

aluviais recentes, nas margens de cursos d’água. Devido à sua origem de fontes as mais<br />

diversas, são muito heterogêneos quanto à textura e demais propriedades físicas e químicas,<br />

que podem variar num mesmo perfil entre as diferentes camadas, que não possuem relação<br />

pedogenética entre si. Em geral, apresentam argila de atividade baixa e são distróficos, com<br />

saturação por bases inferior a 50%.<br />

Os Neossolos Flúvicos, de uma forma geral, são considerados de grande potencialidade<br />

agrícola; no entanto, podem ocorrer restrições ao desenvolvimento dos cultivos, dada a<br />

presença de sais e/ou sódio. As áreas onde ocorrem são de relevo plano, favorecendo a prática<br />

de mecanização agrícola. A trafegabilidade poderá ser prejudicada em períodos chuvosos,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–129 ABRIL / 2006


uma vez que o escoamento superficial é pequeno. Nesse caso, essa característica fica<br />

potencializada, pois, além desses solos apresentarem textura argilosa, as argilas são de<br />

atividade alta, intensificando as restrições ao tracionamento. Apresentam riscos de inundação<br />

por cheias periódicas ou por acumulação de água de chuvas na época de intensa pluviosidade.<br />

Ocorrem três unidades onde os Neossolos Flúvicos constituem o principal componente da<br />

unidade. A unidade RYbd1 representa os Neossolos da bacia terciária e estão associados aos<br />

Gleissolos Melânicos, descritos anteriormente. Na porção central da AII, os Neossolos<br />

Flúvicos localizam-se nos vales encaixados com pequena expressão geográfica, sendo<br />

bastante esparsos. Esses solos encontram-se associados aos Gleissolos Háplicos, de textura<br />

argilosa, desenvolvidos em relevo plano, compreendendo a unidade RYbd2 (Foto 5.1-18).<br />

Por último, na faixa litorânea da AII encontra-se a unidade RYbd3, correspondente aos<br />

Neossolos Flúvicos associados aos Cambissolos Flúvicos e aos Espodossolos Ferrocárbicos,<br />

ambos descritos nas unidades anteriores.<br />

Em geral, originalmente apresentavam vegetação adaptada à condição de maior<br />

encharcamento, como os brejos herbáceos ou Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas.<br />

Devido à topografia plana em que ocorrem, apresentam muito baixo potencial erosivo; no<br />

entanto, em razão da proximidade do lençol freático à superfície, o que facilta bastante a sua<br />

contaminação, constituem áreas de relevância ambiental, que devem ser manejadas com muito<br />

cuidado.<br />

Os Neossolos Flúvicos representam, como componente principal da unidade,<br />

aproximadamente 5,4% da AII e estão localizados em setores mais baixos, nos extremos norte<br />

e extremo sul dessa área, e em pequenas manchas restritas no trecho intermediário da AII<br />

(Figura 5.1-56).<br />

(9) Neossolo Quartzarênico Órtico<br />

Compreende solos minerais arenosos, essencialmente quartzosos, virtualmente destituídos de<br />

minerais primários pouco resistentes ao intemperismo, fortemente a excessivamente drenados,<br />

muito permeáveis, profundos ou muito profundos. Ocorrem sob vegetação de restinga e têm<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–130 ABRIL / 2006


como material de origem sedimentos arenosos quaternários. São solos que ocorrem<br />

subordinados na unidade dos Espodossolos ferrocárbicos.<br />

Figura 5.1-56– Distribuição das unidades de Neossolos Flúvicos (RYbd)<br />

Possuem baixa fertilidade natural, com baixas capacidade de troca de cátions e saturação por<br />

bases. A textura arenosa condiciona uma baixa capacidade de retenção de água e de eventuais<br />

elementos nutrientes aplicados, o que constitui forte limitação ao seu aproveitamento agrícola.<br />

Podem, porém, ser usados para cultivo de espécies adaptadas, como o coco, especialmente<br />

sob irrigação.<br />

Em razão de sua constituição arenosa com grãos soltos, condicionando fácil<br />

desagregabilidade de seu material constituinte, apresentam moderada suscetibilidade à erosão,<br />

apesar de ocorrerem em relevo plano.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–131 ABRIL / 2006


A classe do Neossolo Quartzarênico ocorre na Baixada Litorânea, associada aos Espodossolos<br />

(ESo).<br />

d. Avaliação da Erodibilidade das Terras<br />

A avaliação da suscetibilidade à erosão foi realizada a partir das informações contidas no<br />

estudo precedente de solos. As classes de erodibilidade para cada unidade de mapeamento de<br />

solos encontram-se indicadas no Quadro 5.1-8.<br />

Embora na maior parte da AII se verifiquem altos índices pluviométricos, cabe ressaltar que a<br />

pluviosidade é bem distribuída ao longo do ano, mesmo sendo relativamente freqüente a<br />

ocorrência de chuvas torrenciais, com implicações diretas nos processos erosivos.<br />

No subitem anterior, foram discutidas, para cada unidade de mapeamento, as principais<br />

características dos solos e suas implicações quanto à erodibilidade.<br />

Quadro 5.1-8 - Legenda referente à erodibilidade das terras<br />

SUSCETIBILIDADE À<br />

EROSÃO 1<br />

Li - Ligeira<br />

Mo - Moderada<br />

Mo/Fo - Moderada/Forte<br />

Fo - Forte<br />

Fo/MF - Forte/Muito Forte<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

DESCRIÇÃO DA CLASSE<br />

Terras que apresentam ligeira suscetibilidade à erosão.<br />

Compreendem áreas de relevo plano e/ou suave ondulado, que<br />

apresentam solos de baixa erodibilidade.<br />

Terras que possuem moderada suscetibilidade à erosão.<br />

Compreendem áreas de relevo ondulado que apresentam solos<br />

profundos e bem drenados ou áreas em relevo plano com solos<br />

moderadamente drenados, arenosos ou areno-argilosos.<br />

Terras que possuem moderada a forte suscetibilidade à erosão.<br />

Compreendem áreas de relevo ondulado e forte ondulado que<br />

apresentam solos profundos e bem drenados.<br />

Terras que possuem forte suscetibilidade à erosão. Compreendem<br />

áreas de relevo forte ondulado e ondulado que apresentam solos<br />

profundos ou pouco profundos e bem drenados, com gradiente<br />

textural pequeno.<br />

Terras que possuem suscetibilidade à erosão forte e muito forte.<br />

Compreendem áreas de relevo forte ondulado ou montanhoso, que<br />

apresentam solos pouco profundos ou profundos e bem e<br />

moderadamente drenados.<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–132 ABRIL / 2006


SUSCETIBILIDADE À<br />

EROSÃO 1<br />

MF - Muito Forte<br />

MF/EF - Muito<br />

Forte/Extremamente Forte<br />

EF - Extremamente Forte<br />

1 – Conforme EMBRAPA –SNLCS, 1979, Série Miscelânea, 1.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

DESCRIÇÃO DA CLASSE<br />

Terras que possuem muito forte suscetibilidade à erosão.<br />

Compreendem áreas de relevo montanhoso ou forte ondulado, que<br />

apresentam solos profundos, bem drenados e gradiente textural ou<br />

solos pouco profundos, moderadamente drenados.<br />

Terras que possuem suscetibilidade à erosão muito forte a<br />

extremamente forte. Compreendem áreas de relevo montanhoso e<br />

escarpado que apresentam solos profundos e pouco profundos,<br />

bem-drenados, com gradiente textural pequeno.<br />

Terras que possuem suscetibilidade à erosão extremamente forte.<br />

Compreendem áreas de relevo escarpado e montanhoso que<br />

apresentam solos profundos e pouco profundos, bem drenados, com<br />

gradiente textural pequeno.<br />

A seguir, é apresentado, no Quadro 5.1-9 o agrupamento das unidades de mapeamento de<br />

solos, segundo a classe de erodibilidade das terras, considerando os parâmetros ambientais<br />

relacionados e discutidos no item de solos.<br />

Quadro 5.1-9 – Classificação de Erodibilidade das Terras e Unidades de Mapeamento de<br />

Solos<br />

CLASSE DE SUSCETIBILIDADE<br />

À EROSÃO<br />

UNIDADE DE MAPEAMENTO DE SOLOS<br />

Li - Ligeira LVAd1, LVAd2, RYbd1 e RYbd2.<br />

Mo - Moderada PVAd1, ESo, LVAd3 e RYbd3.<br />

Mo/Fo - Moderada/Forte PVAd2, PVAd8, PVAd9, LVAd4 e LVAd5.<br />

Fo - Forte<br />

Fo/MF - Forte/Muito Forte CXbd3 e LVAd6.<br />

PVAd3 a PVAd7, PVAd10 a PVAd13, CXbd1 e<br />

CXbd2.<br />

MF - Muito Forte PVAd14 a PVAd19, CXbd4, CXbd5 e LVAd7.<br />

MF/EF - Muito Forte/Extremamente<br />

Forte<br />

PVAd20.<br />

EF - Extremamente Forte PVAd21 e CXbd6.<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–133 ABRIL / 2006


O Mapa de Suscetibilidade à Erosão (Mapa 07, Anexo A, Volume 2/3) foi elaborado a partir<br />

do Mapa de Solos (Mapa 06, Anexo A, Volume 2/3), tendo-se procedido a alguns<br />

agrupamentos de unidades de mapeamento de solos.<br />

e. Avaliação da Capacidade de Uso das Terras<br />

O Mapa de Capacidade de Uso das Terras (Mapa 08, Anexo A, Volume 2/3) foi elaborado a<br />

partir do Mapa de Solos (Mapa 06, Anexo A, Volume 2/3), tendo-se procedido, em alguns<br />

casos, a agrupamentos de unidades de mapeamento de solos, cuja classificação da capacidade<br />

de uso fosse idêntica.<br />

As principais limitações de uso das terras da AII decorrem da suscetibilidade à erosão, das<br />

características intrínsecas dos solos e do excesso de água, enquanto o aspecto climático é uma<br />

condicionante de pequena restrição ao uso agrícola na maior parte da AII, não sendo<br />

considerada no presente estudo.<br />

O Mapa 08 foi elaborado tendo em vista as características edáficas da AII, onde as<br />

condicionantes de erosão são evidenciadas, o que não ocorre quando se avalia a aptidão<br />

agrícola, voltada especificamente para a utilização agronômica das terras.<br />

A legenda do mapa de capacidade de uso das terras é apresentada a seguir.<br />

GRUPO A – Terras passíveis de serem utilizadas com culturas anuais, perenes, pastagens,<br />

reflorestamento e/ou vida silvestre.<br />

Classe e<br />

Subclasse 1<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Aptidão e Limitações<br />

II Terras cultiváveis com técnicas simples de conservação.<br />

IIs - Terras com ligeiras limitações por solos;<br />

IIes - Terras com ligeiras limitações por erosão e solos.<br />

III Terras cultiváveis com técnicas intensas ou complexas de conservação.<br />

IIIa - Terras com moderadas limitações por excesso de umidade no solo;<br />

IIIes - Terras com moderadas limitações por erosão e solos.<br />

IV<br />

Terras cultiváveis apenas ocasionalmente ou em extensão limitada, com<br />

sérios problemas de conservação.<br />

IVa - Terras com fortes limitações por excesso de umidade no solo;<br />

IVes - Terras com fortes limitações por erosão e solos.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–134 ABRIL / 2006


GRUPO B – Terras normalmente impróprias para cultivos intensivos, mas adaptadas para<br />

pastagens e/ou reflorestamento e/ou vida silvestre.<br />

CLASSE E<br />

SUBCLASSE 1<br />

V<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

APTIDÃO E LIMITAÇÕES<br />

Terras adaptadas, em geral, para pastagens e, em alguns casos, para<br />

reflorestamento, sem necessidade de práticas especiais de conservação.<br />

Vsa - Terras com severas limitações por solos e por excesso de umidade no solo.<br />

VI<br />

Terras adaptadas para pastagens e/ou reflorestamento, com práticas<br />

especiais de conservação. São cultiváveis apenas em casos especiais de<br />

culturas permanentes protetoras do solo.<br />

VIes - Terras com moderado risco de erosão, fortes limitações de solos.<br />

VII<br />

Terras adaptadas somente para pastagens e/ou reflorestamento, com<br />

práticas especiais de conservação.<br />

VIIes - Terras com fortes riscos de erosão e limitações de solos<br />

GRUPO C – Terras impróprias para cultivos anuais, perenes, pastagens ou reflorestamento,<br />

porém apropriadas para proteção da flora e da fauna silvestres, recreação ou armazenamento<br />

de água.<br />

CLASSE E<br />

SUBCLASSE 1<br />

VIII<br />

APTIDÃO E LIMITAÇÕES<br />

Terras impróprias para culturas, pastagem ou reflorestamento, podendo<br />

servir de abrigo e proteção da flora e fauna silvestres, como ambiente para<br />

recreação, ou para fins de armazenamento de água.<br />

VIIIes – Terras com risco de erosão muito forte e extremamente forte e fortes limitações de<br />

solos.<br />

1 – Conforme LEPSCH, I. F. et al., 1991<br />

Nota: as Unidades de Uso (fatores limitantes), representadas por sufixos numéricos das<br />

subclasses (e, s, a ou c), são indicadas a seguir.<br />

• subclasse e (limitações pelo risco de erosão):<br />

1 - declive acentuado; 2 – declive longo; 3 – gradiente textural; 4 – permeabilidade baixa.<br />

• subclasse s (limitações de solos):<br />

1 - pouca profundidade; 2 - textura arenosa em todo o perfil; 3 – pedregosidade e/ou<br />

rochosidade; 4 - baixa saturação por bases e/ou baixa capacidade de troca catiônica.<br />

• subclasse a (limitações por excesso de água):<br />

1 - lençol freático elevado; 2 - risco de inundação; 3 - deficiência de oxigênio no solo.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–135 ABRIL / 2006


Apresentam-se, a seguir, no Quadro 5.1-10, de forma sintética, as principais características<br />

dos agrupamentos das unidades de capacidade de uso das terras .<br />

Quadro 5.1-10 - Características Edáficas dos Grupamentos de Capacidade de Uso das Terras<br />

CAPACIDADE DE<br />

USO 1<br />

IIe2s4<br />

IIs4<br />

IIIa12<br />

IIIe1s4<br />

IIIe12s4<br />

IVa123<br />

IVe123s14<br />

IVe123s4<br />

IVe12s4<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CARACTERÍSTICAS EDÁFICAS<br />

Terras produtivas com relevo suavemente ondulado (suave<br />

ondulado e ondulado), com moderado risco à erosão, com boa<br />

profundidade efetiva e fertilidade natural baixa.<br />

Terras produtivas com relevo suavemente ondulado (suave<br />

ondulado e plano), com ligeiro risco à erosão, com boa<br />

profundidade efetiva e fertilidade natural baixa.<br />

Terras praticamente planas com limitações ligeiras a moderadas<br />

por excesso de umidade, com pequeno risco de inundação<br />

ocasional. Uma vez instalado o sistema de drenos, a manutenção é<br />

facilitada. Apresentam solos com fertilidade natural média e alta.<br />

Terras com declividades moderadas (ondulado ou forte ondulado),<br />

com riscos elevados à erosão sob cultivos intensivos, podendo<br />

apresentar erosão laminar moderada e/ou sulcos superficiais.<br />

Apresentam boa profundidade efetiva e fertilidade natural baixa.<br />

Terras com declividades moderadas (ondulado e forte ondulado) e<br />

pendentes longas, com riscos elevados à erosão sob cultivos<br />

intensivos, podendo apresentar erosão laminar moderada e/ou<br />

sulcos superficiais. Apresentam boa profundidade efetiva e<br />

fertilidade natural baixa.<br />

Terras praticamente planas com limitações moderadas por excesso<br />

de umidade, com risco de inundação ocasional, impedindo o<br />

cultivo contínuo e a mecanização. Apresentam solos com<br />

fertilidade natural média e alta.<br />

Terras impróprias para cultivos intensivos, mas que sob pastagens<br />

são moderadamente suscetíveis à erosão, mesmo com declividades<br />

acentuadas (forte ondulado e montanhoso). Risco de erosão muito<br />

forte, podendo apresentar sulcos rasos freqüentes. Apresentam<br />

média profundidade efetiva e fertilidade natural baixa.<br />

Terras impróprias para cultivos intensivos, mas que sob pastagens<br />

são moderadamente suscetíveis à erosão, mesmo com declividades<br />

acentuadas (forte ondulado e montanhoso). Risco de erosão muito<br />

forte, podendo apresentar sulcos rasos freqüentes. Apresentam<br />

média e boa profundidade efetiva e fertilidade natural baixa.<br />

Terras muito limitadas por erosão para cultivos intensivos, com<br />

declives acentuados (forte ondulado), podendo apresentar erosão<br />

em sulco com muita freqüência. Apresentam moderada restrição à<br />

mecanização e baixo nível de fertilidade natural.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–136 ABRIL / 2006


CAPACIDADE DE<br />

USO 1<br />

IVe23s14<br />

Vs245a12<br />

VIe123s4<br />

VIe1234s4<br />

VIIe1234s34<br />

VIIIe134s34<br />

VIIIe13s134<br />

1 – Conforme LEPSCH, I. F. et al., 1991<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CARACTERÍSTICAS EDÁFICAS<br />

Terras muito limitadas por erosão para cultivos intensivos, com<br />

declives acentuados (forte ondulado ou ondulado), podendo<br />

apresentar erosão em sulco muito freqüentes. Apresentam média<br />

ou boa profundidade efetiva e moderada restrição à mecanização e<br />

baixa fertilidade natural.<br />

Terras planas, não sujeitas à erosão, com deflúvio praticamente<br />

nulo, limitado pelo excesso de umidade no solo, com risco de<br />

inundação freqüente, podendo ser utilizadas com pastagem nas<br />

épocas mais secas. Apresentam nível de fertilidade natural baixa.<br />

Terras impróprias para cultivos intensivos, mas que sob pastagens<br />

são moderadamente suscetíveis à erosão, mesmo com declividades<br />

acentuadas (forte ondulado e montanhoso). Risco de erosão muito<br />

forte, podendo apresentar sulcos rasos freqüentes. Apresentam<br />

média e boa profundidade efetiva e baixa fertilidade natural.<br />

Terras impróprias para cultivos intensivos, mas que sob pastagens<br />

são moderadamente suscetíveis à erosão, mesmo com declividades<br />

acentuadas (forte ondulado e montanhoso). Risco de erosão muito<br />

forte, podendo apresentar sulcos rasos freqüentes. Apresentam<br />

média e boa profundidade efetiva, baixa permeabilidade e baixa<br />

fertilidade natural.<br />

Terras que, além de impróprias para culturas anuais, apresentam<br />

severas limitações para outras atividades, que não florestas.<br />

Apresentam declividade muito acentuada (montanhoso) e o risco<br />

de erosão é muito forte, pedregosidade e rochosidade impedindo a<br />

mecanização, e podem apresentar sulcos profundos de erosão.<br />

Terras impróprias para qualquer tipo de cultivo, incluindo florestas<br />

comerciais. Possuem relevo muito acentuado (escarpado e<br />

montanhoso). Podem apresentar sulcos profundos, ravinas e<br />

voçorocas. Incluem também solos rasos com baixa permeabilidade<br />

e afloramentos de rochas, sendo áreas sujeitas a escorregamentos e<br />

queda de blocos.<br />

Terras impróprias para qualquer tipo de cultivo, incluindo florestas<br />

comerciais. Possuem relevo muito acentuado (escarpado e<br />

montanhoso). Podem apresentar sulcos profundos, ravinas e<br />

voçorocas. Incluem também solos rasos e afloramentos de rochas,<br />

sendo áreas sujeitas a escorregamentos e queda de blocos.<br />

Apresenta-se, no Quadro 5.1-11, a seguir, a correspondência entre as classes de capacidade<br />

de uso das terras e as unidades de mapeamento de solos.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–137 ABRIL / 2006


Quadro 5.1-11 – Correlação das Unidades de Capacidade de Uso das Terras e de Solos<br />

CLASSIFICAÇÃO DA CAPACIDADE<br />

DE USO<br />

IIe2s4 LVAd3<br />

IIs4 LVAd1 e LVAd2<br />

IIIa12 RYbd3<br />

IIIe1s4 LVAd4 e LVAd5<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

UNIDADE DE MAPEAMENTO DE<br />

SOLOS<br />

IIIe12s4 PVAd1, PVAd2, PVAd8 e PVAd9<br />

IVe12s4 LVAd6<br />

IVa123 RYbd1 e RYbd2<br />

IVe123s4 PVAd3 a PVAd7, PVAd10 a PVAd13<br />

IVe23s14 CXbd1 e CXbd2<br />

IVe123s14 CXbd3<br />

Vs245a12 ESo<br />

VIe1234s4 PVAd14 e PVAd15<br />

VIe123s4 LVAd7<br />

VIIe1234s34 PVAd16 a PVAd20<br />

VIIIe134s34 PVAd21, CXbd4 a CXbd6.<br />

VIIIe13s134 PVAd21 e CXbd6<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–138 ABRIL / 2006


5.1.7 GEOTECNIA E POTENCIAL DE RISCO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO<br />

a. Aspectos Gerais<br />

Os terrenos ao longo da Área de Influência Indireta do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

apresentam diferenciados comportamentos e propriedades geotécnicas, que refletem as<br />

interações entre os condicionantes do meio físico, tais como: litologias e sua evolução tectônica;<br />

tipos de solos, resultantes do intemperismo e pedogênese do substrato rochoso; coberturas<br />

inconsolidadas; além dos fatores relacionados ao uso e ocupação dos terrenos e, principalmente,<br />

os fatores climáticos, representados pelas elevadas precipitações pluviométricas. Os problemas<br />

geotécnicos e processos morfogenéticos são condicionados também pela compartimentação<br />

geomorfológica da AII, onde a escarpa da serra do Mar, por exemplo, consiste em entidade<br />

geotécnica única, formando uma verdadeira barreira natural que, desde os tempos coloniais até<br />

os dias de hoje, dificulta o acesso ao planalto.<br />

Os empreendimentos de ultrapassagem da escarpa da serra do Mar, por meio de caminhos,<br />

estradas de ferro ou rodovias, sempre condicionaram, potencializaram e aceleraram os problemas<br />

geotécnicos relacionados com a dinâmica de encostas, cujos registros de eventos de<br />

movimentação de massa são inúmeros e de diferentes tipologias.<br />

A delimitação e a caracterização de unidades geotécnicas, realizadas na escala de 1:100.000,<br />

resultam de processos de generalização dos temas geologia, geomorfologia e pedologia,<br />

acrescidos dos dados provenientes de trabalhos de campo, para verificação e aferição, in loco,<br />

das características geotécnicas dos terrenos da AII do empreendimento, particularmente daqueles<br />

que sofrerão os impactos diretos da implantação do Gasoduto (Área de Influência Direta - AID).<br />

Assim, as unidades geológico-geotécnicas aqui definidas refletem uma tendência de<br />

comportamento dos terrenos frente às solicitações para a implantação do empreendimento. Os<br />

trabalhos tiveram por finalidade identificar as características do meio físico, sob o ponto de vista<br />

da geologia de engenharia, buscando, além das características geotécnicas, identificar as<br />

suscetibilidades dos terrenos frente a processos morfodinâmicos de encostas e aqueles<br />

relacionados aos processos erosivos, como ravinamentos e voçorocas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–139 ABRIL / 2006


Foram também considerados os problemas geotécnicos relacionados com as variações de volume<br />

experimentados por materiais expansivos, associados a alguns compartimentos dos sedimentos<br />

terciários, principalmente aqueles incluídos na Formação Tremembé da Bacia de Taubaté.<br />

Em continuidade, foram delimitadas, ao longo da AID, áreas potenciais para a ocorrência de<br />

eventos que ponham em situação de risco, tanto o empreendimento, quanto o meio ambiente.<br />

Essas áreas foram hierarquizadas, segundo graus relativos de risco, e descritas de acordo com os<br />

condicionantes principais dos processos atuantes.<br />

b. Síntese Metodológica<br />

A metodologia dos trabalhos realizados encontra-se detalhada no item 5.1.1, constando<br />

basicamente de consultas a estudos anteriores realizados na área, uso de dados de sensores<br />

remotos diversos (imagens Landsat, Ikonos e aerofotos), descrição dos critérios de mapeamento,<br />

tendo em vista o estabelecimento de unidades geológico-geotécnicas e tratamento de dados em<br />

ambiente SIG para elaboração do Mapa 10 - Geológico-Geotécnico e de Áreas de Risco da<br />

Área de Influência Indireta – AII (Anexo A, Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>) e da Carta–Imagem da<br />

AID (Anexo B, Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>).<br />

c. Unidades Geológico-Geotécnicas<br />

Os trabalhos de generalização e de integração de dados do meio físico resultaram na<br />

individualização de 10 unidades geológico-geotécnicas, identificadas ao longo da AII do<br />

empreendimento, caracterizadas, a seguir, conforme Mapa 10 – Geológico-Geotécnico e de<br />

Áreas de Risco.<br />

(1) Unidade Geotécnica Aluviões – Ug_Al<br />

Esta unidade é constituída de sedimentos quaternários, sendo composta de areias inconsolidadas<br />

de granulometria variada, argilas e cascalheiras fluviais em depósitos de calha e/ou terraços.<br />

Estão incluídos, nessa unidade, os grandes depósitos aluvionares que formam a planície de<br />

inundação do rio Paraíba do Sul, sobrepostos aos sedimentos terciários da Bacia de Taubaté, e,<br />

também, depósitos menos expressivos que ocorrem ao longo das diversas calhas de pequenos<br />

cursos d’água ao longo da AII.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–140 ABRIL / 2006


Depósitos aluvionares ocorrem, também, interdigitados aos sedimentos coluvionares ao longo<br />

das calhas dos rios e terraços na planície aluvionar da baixada litorânea, e estão associados a<br />

depósitos fluviomarinhos e aos cordões litorâneos.<br />

Os tipos pedológicos consistem dos Neossolos Flúvicos, de textura argilosa a média, atividade<br />

baixa, e Gleissolos Melânicos de textura argilosa a média. Essa associação de solos,<br />

principalmente aqueles que ocorrem na planície aluvionar do rio Paraíba do Sul e na planície<br />

aluvionar da baixada litorânea, apresenta elevada saturação, condicionando o caráter<br />

hidromórfico desses materiais.<br />

A espessura dos aluviões é variável, desde decimétricas, nas calhas de drenagem, a métricas, nos<br />

terraços aluvionares, principalmente nas planícies aluvionares do Paraíba do Sul e na planície<br />

aluvionar da baixada litorânea. Em diversos locais, principalmente ao longo da grande planície<br />

aluvionar do rio Paraíba do Sul, ocorrem lavras de areia que fornecem material granular para a<br />

construção civil.<br />

O comportamento geotécnico é condicionado pelas variações texturais e espessura dos estratos<br />

sedimentares, e pela posição do nível d’ água. A capacidade de suporte é variável, de muito<br />

baixa, nos terrenos com níveis de argila mole ou de ocorrência de horizontes de turfeiras, onde<br />

podem ocorrer recalques, a média a alta, nos trechos arenosos e com níveis de cascalhos ou<br />

blocos de rocha.<br />

A escavabilidade dos materiais dessa unidade é fácil nos locais de maior espessura de material<br />

arenoso, como ao longo dos terraços aluvionares. A escavação em materiais arenosos, pouco<br />

coesivos, pode exigir implantação de estruturas de contenção das paredes das cavas.<br />

A unidade apresenta alta suscetibilidade a inundações. Com relação aos processos erosivos, tem<br />

alta suscetibilidade à erosão das margens (solapamento) dos canais fluviais. A suscetibilidade a<br />

movimentos de massa é nula, quando relacionada à origem ou área-fonte dos processos de<br />

ruptura. Entretanto, consiste em área de deposição, que pode receber materiais erodidos das<br />

porções mais elevadas do terreno. Essa condição indica que os vales encaixados, tanto nas<br />

porções médias como nas baixadas junto ao sopé das áreas serranas, podem ser atingidos por<br />

materiais detríticos provenientes de movimentos do tipo fluxos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–141 ABRIL / 2006


O nível d’água elevado, associado aos terrenos dessa unidade, condiciona problemas<br />

construtivos relativos à estabilidade dos taludes laterais das escavações. Depósitos de turfa<br />

ocorrem, principalmente ao longo dos terraços aluvionares do rio Paraíba do Sul. Esses depósitos<br />

de matéria orgânica podem eventualmente ser submetidos a eventos de combustão espontânea<br />

ou induzidos.<br />

(2) Unidade Geotécnica Sedimentos Marinhos – Ug_Mar<br />

Esta unidade é composta de sedimentos marinhos quaternários que incluem depósitos atuais e<br />

subatuais, como praias, depósitos marinhos localmente retrabalhados por ação fluvial e/ou<br />

eólica. Consistem de sedimentos areno-siltíco-argilosos de deposição fluviomarinho-lacustre e<br />

depósitos de mangue.<br />

A unidade distribui-se nas áreas aplainadas ao longo da costa, nos cordões arenosos interiores, e<br />

em áreas planas costeiras inundadas pelas marés. Os tipos pedológicos da unidade incluem os<br />

Neossolos Quartzarênicos Órticos e Cambissolos Flúvicos, ambos de textura arenosa e atividade<br />

baixa.<br />

O comportamento geotécnico é variável, estando condicionado diretamente pelo tipo de<br />

ambiente deposicional e energia de transporte/sedimentação, dependendo também da posição do<br />

lençol freático. O domínio dos cordões arenosos, constituídos de areia fina a média, apresenta<br />

elevada capacidade de suporte; porém, o elevado nível do lençol freático potencializa problemas<br />

geotécnicos diversos, principalmente aqueles relacionados à estabilidade dos taludes laterais em<br />

escavações.<br />

As áreas de domínio dos antigos manguezais e áreas alagadas sob influência das marés<br />

apresentam baixas propriedades geotécnicas, cujos terrenos têm baixa capacidade de suporte e<br />

são permanentemente ou parcialmente inundados. Baixas propriedades geotécnicas ocorrem<br />

também nos terrenos saturados parcial ou permanentemente, relacionados com ambientes<br />

transicionais fluviomarinhos, onde podem ocorrer níveis e depósitos de argilas moles de muito<br />

baixa capacidade de suporte, além dos problemas relacionados com a escavabilidade dos<br />

materiais da unidade. As áreas mais saturadas ao longo da faixa de implantação do duto devem<br />

apresentar problemas para sua limpeza; nas restantes, não devem ocorrer problemas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–142 ABRIL / 2006


(3) Unidade Geotécnica Coluvionar – Ug_Co<br />

Esta unidade é composta por sedimentos quaternários continentais indiferenciados que incluem<br />

depósitos elúvio-coluvionares de natureza argilo-arenosa e depósitos de caráter variado<br />

associados a encostas. Sedimentos aluviais arenosos depositados ao longo das calhas dos rios<br />

que drenam da escarpa da serra para a baixada litorânea foram incluídos nesta unidade. Esses<br />

materiais ocorrem muitas vezes interdigitados, sendo caracterizados como depósitos colúvio-<br />

aluvionares.<br />

A gênese da unidade está diretamente relacionada aos processos morfogenéticos condicionantes<br />

do recuo da escarpa da serra do Mar e deposição dos materiais mobilizados de montante, ao<br />

longo da faixa de transição entre os terrenos da baixada litorânea e a área escarpada. Consistem<br />

de depósitos heterogêneos que formam leques aluviais, depósitos de tálus, rampas de colúvios e<br />

aluviões.<br />

Os tipos pedológicos relacionados com a unidade incluem os Neossolos Flúvicos e Cambissolos<br />

Flúvicos, ambos de atividade baixa, de textura média-arenosa e arenosa, respectivamente.<br />

Os materiais da unidade apresentam baixas propriedades geotécnicas resultantes dos processos<br />

condicionantes de sua mobilização e deposição. Apresentam elevada permeabilidade e são muito<br />

suscetíveis a novas mobilizações, principalmente quando são alteradas as condições de equilíbrio<br />

deposicional por intervenções antrópicas. Alguns corpos de colúvio e tálus podem apresentar<br />

uma lenta, porém contínua mobilização. Nas porções mais distais das escarpas da serra, esses<br />

materiais assumem feições topograficamente aplainadas e se interdigitam aos sedimentos<br />

aluvionares carreados pela rede de drenagem. Lavras de areia ocorrem instaladas em diversos<br />

locais junto às calhas de drenagem (Foto 5.1-19). A distribuição espacial da Unidade Ug_Co<br />

resulta do tipo de processo de erosão/deposição e da energia do meio de transporte, a qual<br />

condicionará o maior ou menor alcance para jusante dos materiais mobilizados. A área de<br />

ocorrência da unidade resulta também da superposição e recorrência dos eventos<br />

morfogenéticos. Os locais de ocorrência da unidade consistem, por natureza, em áreas de<br />

amortecimento dos materiais mobilizados de montante. Tal situação configura essas áreas como<br />

de alto potencial de atingimento em eventuais processos de movimentação de massa<br />

catastróficos do tipo debris-flows (corridas de detritos). Esses processos estão normalmente<br />

relacionados a precipitações excepcionais, onde rupturas rasas ao longo do contato solo-rocha<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–143 ABRIL / 2006


liberam materiais, como solo, blocos e lascas de rocha, troncos de árvores e outros detritos que<br />

são capturados pela drenagem, por onde escoam com elevada fluidez, grande energia e poder de<br />

impacto.<br />

O comportamento geotécnico da unidade apresenta variações que são condicionadas pela<br />

heterogeneidade dos materiais, cuja grande distribuição granulométrica resulta da variação de<br />

energia dos processos de transporte de sedimentos. Assim, nas áreas mais proximais à escarpa e<br />

em concavidades junto ao sopé, ocorrem depósitos do tipo leques aluviais e depósitos de tálus,<br />

formados por blocos de rocha e outros materiais grosseiros. Nas porções mais distais, junto às<br />

baixadas marinhas, os sedimentos apresentam menor granulometria e maior seleção.<br />

Essas variações texturais condicionam o comportamento geotécnico, tanto com relação às<br />

características geomecânicas propriamente ditas, como em relação aos métodos construtivos a<br />

serem adotados no empreendimento. Desse modo, podem ser previstas dificuldades de escavação<br />

com a ocorrência de materiais de segunda categoria e mesmo de terceira nas porções mais<br />

próximas da escarpa, assim como os terrenos das porções mais distais devem apresentar uma<br />

escavabilidade mais fácil, cortando materiais de primeira categoria. A limpeza da faixa para<br />

implantação do duto poderá ser realizada sem maiores dificuldades.<br />

Na região dessa unidade geotécnica ocorrem diversos depósitos de lixo, alguns deles localizados<br />

nas proximidades da faixa do duto (Foto 5.1-20).<br />

Ainda com relação à distribuição espacial desta unidade geotécnica, ocorrem, ao longo da faixa<br />

da AII, quase que de forma generalizada, depósitos de colúvios em interflúvios e capeando<br />

meias-encostas, com pequena continuidade lateral. Essas coberturas detríticas associam-se a<br />

elúvios e ocorrem interdigitadas a sedimentos aluviais em áreas de acumulação. Entretanto, a<br />

representação cartográfica da unidade está limitada, no Mapa 10 de Unidades Geológico-<br />

Geotécnicas, ao sopé da escarpa da serra do Mar.<br />

(4) Unidade Geotécnica Arenitos – Ug_Are<br />

Esta unidade é composta por sedimentos cenozóicos e terciários depositados em ambiente de Rift<br />

Continental, na bacia Tafrogênica de Taubaté. A unidade é constituída de arenitos, arenitos com<br />

estratificação cruzada tabular e acanalada, arenitos grossos, conglomerados basais e argilitos,<br />

incluídos nas Formações Pindamonhangaba, São Paulo e Resende.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–144 ABRIL / 2006


A unidade ocupa, estritamente, a área aplainada morfologicamente bem definida e conhecida<br />

como Bacia de Taubaté, com relevo suave ondulado com colinas amplas e colinas tabulares.<br />

Os tipos pedológicos principais consistem dos Latossolos Vermelho-Amarelos, de textura<br />

argilosa, o que confere coesão a esses materiais, associados com Argissolos Vermelho-<br />

Amarelos, de textura argilosa. Na Foto 5.1-21, observa-se o relevo aplainado e solos de boas<br />

propriedades geomecânicas. Os solos residuais apresentam muito boas características<br />

geotécnicas. Entretanto, os sedimentos da Bacia de Taubaté podem apresentar algum potencial<br />

para problemas relacionados com a estabilidade de fundações e taludes de corte resultantes da<br />

expansão e contração de argilo-minerais no subsolo, principalmente se as cotas de escavação<br />

alcançarem esses materiais.<br />

A escavabilidade dos materiais da unidade é fácil, sem problemas de estabilidades das paredes<br />

das escavações, e a capacidade de suporte, de moderada a alta. Predominam amplamente, na<br />

unidade Ug_Are, os materiais de escavação de primeira categoria. A limpeza da faixa para<br />

implantação do duto deve ser fácil.<br />

A suscetibilidade à erosão é baixa, passando a moderada nas encostas dos relevos tabulares onde<br />

a concentração do escoamento das águas superficiais pode condicionar o desenvolvimento de<br />

sulcos, ravinas e voçorocas. Os processos erosivos podem ser acelerados pela ação antrópica,<br />

onde modificações nas formas das vertentes e do padrão de escoamento das águas superficiais,<br />

como ilustrado pelas Fotos 5.1-22 e 5.1-23, resultaram no desenvolvimento de sulcos e ravinas.<br />

Com relação aos movimentos de massa, a suscetibilidade da unidade é baixa, passando a<br />

moderada em condições de maior declividade. Nas vertentes das colinas, ocorrem pequenas<br />

rupturas relacionadas a processos de creeping.<br />

(5) Unidade Geotécnica Folhelhos – Ug_Fol<br />

Esta unidade é composta por sedimentos terciários depositados em ambiente de Rift Continental,<br />

na bacia Tafrogênica de Taubaté, com predomínio de depósitos lacustres relacionados à<br />

Formação Tremembé. A unidade apresenta relação genética muito estreita com a unidade<br />

geotécnica arenitos (Ug_Are), da qual poderia ser considerada uma subunidade geotécnica.<br />

Contudo, o ambiente deposicional lacustre possibilitou a geração de argilo-minerais de<br />

importantes características geotécnicas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–145 ABRIL / 2006


A unidade ocupa estritamente a área aplainada morfologicamente bem definida e conhecida<br />

como Bacia de Taubaté, com relevo suave ondulado com colinas amplas e colinas tabulares. Os<br />

tipos pedológicos principais consistem dos Latossolos Vermelho-Amarelos, de textura argilosa,<br />

o que confere coesão a esses materiais, associados a Argissolos Vermelho-Amarelos, de textura<br />

argilosa.<br />

Apesar da cobertura de solos residuais de boas propriedades geotécnicas, as características da<br />

unidade são condicionadas pela presença de argilo-minerais esverdeados, de estrutura 2:1 do<br />

grupo das esmectitas, depositados em ambiente lagunar. Essas argilas, de elevada capacidade de<br />

troca iônica, apresentam comportamento geotécnico problemático, refletido pelas variações de<br />

volume dos argilo-minerais, em condições de variação dos teores de umidade. Assim, se as cotas<br />

de escavação alcançarem os horizontes de sedimentos argilosos, diversos problemas geotécnicos<br />

poderão resultar devido à expansividade dos argilo-minerais desta unidade, principalmente<br />

aqueles relacionados com a estabilidade de taludes de cortes, ao longo de rodovias, e problemas<br />

relacionados aos recalques e carregamentos diferenciais em fundações e aterros.<br />

A escavabilidade é fácil a moderada, com predomínio de materiais de primeira categoria. A<br />

capacidade de suporte é variável de moderada a alta, nos horizontes de solo residual. Nos<br />

sedimentos, as condições de umidade e saturação dos materiais poderão condicionar variações<br />

nos resultados de ensaios de penetração.<br />

A suscetibilidade a processos erosivos é moderada. A suscetibilidade a movimentos de massa é<br />

alta em taludes de corte expostos aos agentes intempéricos, como ocorre ao longo de rodovias<br />

que cortam a unidade. Nesses locais, as rupturas são controladas pelos processos de variação de<br />

volume das argilas de estrutura 2:1 submetidas a teores variáveis de umidade.<br />

A limpeza da faixa para implantação do duto deve ser realizada sem grandes dificuldades.<br />

(6) Unidade Geotécnica Quartzitos – Ug_Qtz<br />

Esta unidade é constituída de metassedimentos neoproterozóicos, compostos de quartzitos<br />

feldspáticos e quartzitos com gnaisses calcissilicáticos subordinados, incluídos no Complexo<br />

Costeiro. A unidade ocupa terrenos de relevo ondulado, com alguns morrotes. Não foram<br />

identificados nos trabalhos de campo, ao longo dos trechos percorridos da AII, nem nos<br />

trabalhos de fotointerpretação, cristas ou exposições de rocha aflorante.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–146 ABRIL / 2006


Os tipos pedológicos consistem predominantemente de Argissolos Vermelho-Amarelos, de<br />

textura média-argilosa a argilosa, de atividade baixa.<br />

A escavabilidade é, em geral, moderada a fácil, principalmente nos termos mais espessos. A<br />

capacidade de suporte é alta. Predominam materiais de primeira categoria de escavação, com<br />

ocorrências materiais de segunda categoria.<br />

A suscetibilidade à erosão é moderada e a suscetibilidade a movimentos de massa é moderada a<br />

baixa. Em morrotes e colinas, ocorrem feições indicativas de processos de rastejo, conforme<br />

ilustra a Foto 5.1-24. A limpeza da faixa é fácil, dada a pouca cobertura vegetal, o relevo<br />

ondulado e ausência de afloramentos.<br />

(7) Unidade Geotécnica Xistos – Ug_Xis<br />

Esta unidade é constituída de rochas mesoproterozóicas do Complexo Embu, que inclui<br />

litologias paraderivadas parcialmente de afinidade vulcanossedimentar, metamorfizadas<br />

predominantemente nos graus médio a alto. Essas litologias consistem de quartzo-micaxistos e<br />

quartzitos por vezes associados a metabasitos e milonitos, e também granada-silimanita-biotita<br />

gnaisses, localmente migmatizados, com boudins de calcissilicáticas, quartzitos e anfibólios,<br />

lentes de xistos e mármores restritos. Ocorrem associações de biotita-milonito gnaisses e corpos<br />

de biotita ortognaisses.<br />

A unidade distribui-se em terrenos de relevo que variam desde suave ondulado, na ocorrência da<br />

unidade junto à Bacia de Taubaté, a relevos mais movimentados e com forte controle estrutural,<br />

com alinhamentos de cumeadas NE-SW, como ocorre na porção média da AII, incluindo<br />

morrotes, morros paralelos e mar de morros. Nesse trecho, ocorrem colinas e morros alinhados<br />

com cobertura coluvionar argilo-arenosa sobre solo residual, formando um perfil de material<br />

intemperizado com, aproximadamente, 3,0 a 4,0m de espessura. Ocorrem ainda, de modo<br />

esparso, blocos de rocha.<br />

Os tipos pedológicos principais relacionados com a unidade são os Argissolos Vermelho-<br />

Amarelos, de textura média argilosa a argilosa, de atividade baixa.<br />

O comportamento geotécnico desses materiais foi considerado inicialmente como similar ao da<br />

Unidade Geotécnica Quartzitos, da qual poderia ser considerada uma subunidade. Entretanto, em<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–147 ABRIL / 2006


função da maior anisotropia dessas litologias, marcada pela xistosidade dos quartzo-xistos,<br />

principalmente, essas rochas foram agrupadas e classificadas como uma unidade geotécnica<br />

distinta.<br />

O comportamento geotécnico é condicionado principalmente pela xistosidade, que confere a<br />

esses materiais um caráter mais brando e de menor resistência à ação dos agentes intempéricos.<br />

Entretanto, a heterogeneidade dos tipos litológicos dessa unidade geotécnica resulta em<br />

características geotécnicas que podem variar de elevadas a baixas. A escavabilidade é variável<br />

de fácil a moderada, passando a difícil nos trechos de solos rasos associados a afloramentos de<br />

rocha. Predominam materiais de primeira e segunda categorias, eventualmente ocorrendo<br />

materiais de terceira categoria de escavação.<br />

A capacidade de suporte é elevada a moderada. A relação espacial entre xistosidade e o plano de<br />

carregamento ou corte também pode ter reflexos no comportamento geomecânico dos materiais<br />

da unidade, sendo menor a capacidade de suporte quando a carga é paralela ao plano da foliação,<br />

e inversamente, a capacidade de suporte é maior quando o carregamento é perpendicular. Os<br />

solos residuais que ocorrem predominantemente na unidade apresentam boas propriedades<br />

geomecânicas.<br />

A suscetibilidade à erosão é moderada a alta, condicionada por fatores litológicos e estruturais,<br />

onde os horizontes de solo residual, principalmente o saprolito, apresentam textura siltosa sendo<br />

mais facilmente erodidos. As estruturas geológicas, incluindo a foliação, fraturas e mesmo<br />

falhas, condicionam a captura e concentração das águas de escoamento superficial, que passam a<br />

sulcar e ravinar os materiais siltosos mais friáveis. A suscetibilidade a movimentos de massa é<br />

moderada a alta, sendo influenciada pelas relações espaciais entre a atitude dos planos da<br />

foliação e a orientação da face dos taludes de corte e vertentes naturais de declividade média a<br />

alta, mesmo aquelas de pequenas amplitudes. As rupturas são em geral planares, com cicatrizes<br />

pouco profundas (Foto 5.1-25). Rastejos são comuns nas vertentes convexas desta unidade.<br />

A limpeza da faixa para implantação do duto é fácil a moderada nos trechos de maior<br />

declividade.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–148 ABRIL / 2006


(8) Unidade Geotécnica Granitos – Ug_Gr<br />

Esta unidade é constituída de rochas neoproterozóicas graníticas e granitóides, tais como: granito<br />

porfirítico, granito Serra Branca, granito Serra do Jambeiro, granitos Salto e Fazenda Santa<br />

Terezinha, do Complexo Embu, e granito Complexo Pico do Papagaio. Estão incluídos<br />

granitóides maciços e foliados do Domínio Costeiro. Os tipos litológicos consistem de biotita<br />

granitos, granada-muscovita-biotita granitos, muscovita-granada-biotita granito a monzogranito<br />

com estruturas migmatíticas, granada-biotita granito com estruturas migmatíticas, muscovita-<br />

biotita granitos, hornblenda biotita granitos e granitos leucocráticos com granada – granito<br />

Natividade.<br />

A unidade distribui-se ao longo de diferentes relevos, incluindo desde morfologias pouco<br />

movimentadas suave-onduladas, colinas pequenas, morrotes, morros paralelos, mar de morros,<br />

morros altos, serras alongadas e as formas escarpadas da serra do Mar, onde as litologias<br />

graníticas, juntamente com rochas migmatíticas e gnáissicas, passam a constituir outra unidade<br />

geotécnica.<br />

As características geotécnicas da unidade estão relacionadas a sua mineralogia, história evolutiva<br />

e aos materiais de cobertura. O caráter mais isotrópico das rochas da unidade, com menor grau<br />

de fraturamento, confere boas propriedades geomecânicas ao maciço rochoso. Entretanto, alguns<br />

tipos de granitos podem gerar blocos e matacões que podem ser mobilizados quando<br />

posicionados em vertentes e/ou resultar em problemas construtivos, exigindo corte em materiais<br />

de terceira categoria.<br />

Os tipos pedológicos predominantes nesta unidade incluem principalmente os Argissolos<br />

Vermelho-Amarelos, de textura média-argilosa a argilosa. Nas porções de maior declividade, nas<br />

proximidades da borda da escarpa da serra do Mar, ocorrem Cambissolos Háplicos associados<br />

com Latalossolos Vermelho-Amarelos.<br />

A escavabilidade é fácil nos terrenos com cobertura de colúvio argilo-arenoso e solo residual de<br />

primeira e segunda categorias, com espessura de 3,0 a 4,0m, passando a moderada a difícil nas<br />

áreas de ocorrências de solos mais rasos e com maior incidência de blocos e matacões. A capacidade<br />

de suporte é elevada. Em pontos localizados, o duto corta terrenos mais saturados, onde a capacidade<br />

de suporte é mais baixa.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–149 ABRIL / 2006


A suscetibilidade à erosão é variável, de moderada a alta, sendo dependente do relevo e declividade dos<br />

terrenos. A suscetibilidade a movimentos de massa é moderada a alta, variável com a declividade. A<br />

limpeza da faixa para implantação do duto é simples.<br />

(9) Unidade Geotécnica Gnaisses e Migmatitos – Ug_Gnmig<br />

Esta unidade é constituída de rochas arqueanas do Complexo Capivari e de rochas metamórficas<br />

neoproterozóicas, tais como: gnaisses do Complexo Embu e gnaisses do Complexo Costeiro, que<br />

incluem rochas migmatizadas de composição tonalítica a granítica, granada-silimanita-biotita<br />

gnaisses localmente migmatizados, com lentes de quartzito, xistos e mármores, migmatitos de<br />

estruturas diversas, biotita gnaisses, e gnaisses com boudins de calssilicáticas.<br />

A unidade distribui-se em relevos variados, que incluem colinas pequenas, morrotes, morros<br />

altos, morros paralelos, mar de morros e um trecho com escarpas festonadas.<br />

Os tipos pedológicos consistem de Argissolos Vermelho-Amarelos, de textura média-argilosa, de<br />

atividade baixa, associados a Latossolos Vermelho-Amarelos, de textura argilosa. Em áreas mais<br />

restritas da unidade, em relevo mais movimentado, ocorrem Cambissolos Háplicos.<br />

O comportamento geotécnico da unidade é variável, já que ocorrem coberturas de colúvio argilo-<br />

arenoso com espessura média de 2,0 a 3,0m, sobrepostas ao horizonte de solo residual com<br />

espessuras variadas. Predominam materiais de primeira e segunda categorias de escavação.<br />

Secundariamente, ocorrem trechos com rocha aflorante (material de terceira categoria). Em<br />

geral, as coberturas de colúvio apresentam baixa a moderada capacidade de suporte, passando a<br />

alta nos solos residuais.<br />

Alguns afloramentos em cortes de rodovia, como o descrito nos trabalhos de campo, expõem a<br />

rocha migmatizada, pouco alterada, foliada, com textura grossa e fraturamento subvertical<br />

N65W. A rocha é cortada por falha suborizontal, constituindo uma faixa milonitizada com<br />

espessura superior a 1,0m (Foto 5.1-26). Em outro afloramento, nas proximidades de São José<br />

dos Campos (Foto 5.1-27), o gnaisse granítico, pouco fraturado, apresenta foliação<br />

N60E/70NW.<br />

A suscetibilidade à erosão é moderada a alta, sendo dependente da declividade dos terrenos. A<br />

erodibilidade dos materiais é dependente, também, das diferenças texturais, onde os horizontes<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–150 ABRIL / 2006


de solo saprolítico, via de regra mais siltosos, são mais suscetíveis aos processos erosivos do que<br />

os horizontes superiores residuais e coluviais (Foto 5.1-28). A suscetibilidade a movimentos de<br />

massa é moderada a alta, sendo igualmente dependente da declividade. A limpeza da faixa para<br />

implantação do duto pode ser realizada facilmente.<br />

Em algumas áreas rebaixadas, ocorrem depósitos de argila que são explotados pelas diversas<br />

olarias existentes (Foto 5.1-29).<br />

(10) Unidade Geotécnica Escarpas – Ug_Es<br />

Esta unidade é formada por duas unidades litoestratigráficas neoproterozóicas, que incluem<br />

rochas graníticas do Domínio Costeiro, relacionadas ao Complexo Pico do Papagaio, que<br />

consiste de um maciço pouco foliado (pós a tardicinemáticos) composto de hornblenda-biotita<br />

granitos rosados porfiríticos, e também por litologias migmatizadas de estruturas diversas do<br />

Complexo Costeiro, classificadas como hornblenda-biotita migmatitos. Essas litologias estão em<br />

contato por falha transcorrente.<br />

As características geotécnicas das litologias que compõem a unidade geotécnica são<br />

condicionadas por sua gênese, mineralogia e história evolutiva. Os termos graníticos pós a<br />

tardicinemáticos apresentam-se maciços, pouco foliados e pouco fraturados, com juntas de<br />

alívio. Esse tipo litológico apresenta elevadas propriedades geomecânicas.<br />

Os migmatitos são mais heterogêneos. Apresentam-se mais foliados e cortados por<br />

descontinuidades que reduzem suas propriedades geomêcanicas. A foliação é de alto ângulo ou<br />

mesmo verticalizada, com direção NE-SW. Essas rochas são cortadas por descontinuidades, tais<br />

como falhas secundárias, fraturas e juntas de alívio.<br />

O contato entre os granitos e os migmatitos ocorre ao longo do plano de uma falha transcorrente<br />

com espessura de dezenas de metros, onde se desenvolveu intensa foliação milonítica<br />

verticalizada de orientação NE-SW. Essas descontinuidades contribuem para a redução das<br />

propriedades geotécnicas do substrato geológico da unidade. Diques de rochas básicas,<br />

intensamente fraturadas, cortam as litologias da unidade.<br />

O substrato rochoso é capeado por solos com espessuras variadas, onde os solos residuais são em<br />

geral pouco espessos e os saprolitos, mais espessos. A Foto 5.1-30 mostra uma saibreira de solo<br />

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5.1–151 ABRIL / 2006


saprolítico de rocha gnáissica, em colina residual no sopé da escarpa da serra.<br />

O topo rochoso pouco alterado aflora em diversos locais e posiciona-se pouco profundo,<br />

principalmente ao longo das cristas dos espigões digitados que mergulham de direção à baixada.<br />

Essas feições morfológicas, via de regra, representam porções dos maciços rochosos com boas<br />

características geotécnicas para a implantação de obras, como túneis e outras escavações em<br />

rocha.<br />

As vertentes e concavidades são capeadas, em geral, por depósitos de colúvio de tálus, os quais<br />

apresentam elevada fragilidade a processos erosivos e de rupturas, principalmente quando<br />

submetidos a intervenções como cortes, desconfinamentos, desmatamentos ou mudanças no<br />

padrão da drenagem.<br />

Os tipos pedológicos consistem predominantemente de Cambissolo Háplico, de textura argilosa<br />

a média, atividade baixa; secundariamente, ocorrem Latossolos Vermelho-Amarelos, de textura<br />

argilosa.<br />

A Unidade Geotécnica Escarpas foi definida principalmente em função da condicionante<br />

morfológica, pela qual a serra do Mar destaca-se como entidade marcante do meio físico por<br />

suas imponentes escarpas com espigões digitados. A serra do Mar, historicamente, desde o<br />

período colonial, constituiu-se no grande desafio a ser vencido, dada a necessidade de sua<br />

ultrapassagem para serem alcançados os terrenos superiores do planalto paulista.<br />

Esse desafio ficou evidenciado em todos os empreendimentos, sejam caminhos, ferrovias ou<br />

rodovias, implantados nesta unidade, que sofreram e provocaram diversos problemas<br />

geotécnicos resultantes das severas condições geológico-geotécnicas, morfológicas e climáticas<br />

que ocorrem na região. A grande fragilidade dos terrenos da serra do Mar, relacionada a<br />

movimentos de massa, fica evidenciada pelo histórico de recorrentes eventos de rupturas,<br />

abrangendo praticamente todos os tipos e processos de movimentos em encostas.<br />

Dos eventos em encostas relacionados ao desbravamento e transposição da serra do Mar,<br />

SANTOS (2004) destaca as ocorrências de março de 1967, quando uma precipitação de<br />

211mm/h provocou escorregamentos generalizados na região de Caraguatatuba do tipo corrida<br />

de detritos (debris-flow), gerados a partir dos escorregamentos translacionais rasos. No verão de<br />

1985, ocorreu outro evento generalizado, principalmente na região de Cubatão, onde as rupturas<br />

translacionais rasas afetaram grandes áreas de encostas. Em 1994, uma corrida de detritos<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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5.1–152 ABRIL / 2006


(debris-flow) atingiu as instalações da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão.<br />

A grande suscetibilidade a movimentos de massa da Unidade Geotécnica Escarpas, conforme<br />

exemplificado acima, é condicionada fortemente pela precipitação pluviométrica na região, cujo<br />

efeito orográfico conseqüente da brusca variação altimétrica e posição da escarpa, paralela ao<br />

oceano com vales profundos e encaixados, retém as frentes de chuvas vindas do litoral. Essa<br />

condição resulta em precipitações médias de 2.500mm anuais que, em alguns trechos, chegam a<br />

ultrapassar os 4.000mm anuais. Na região, a Defesa Civil considera a precipitação mínima de<br />

120mm acumulados em três dias como situação de alerta para a ocorrência de eventos de ruptura<br />

em encostas.<br />

A elevada fragilidade dos terrenos desta unidade geotécnica está relacionada também com a<br />

declividade das encostas, as quais, a partir de inclinações superiores a 35°, começam a se tornar<br />

mais suscetíveis a escorregamentos. Somam-se a esses fatores aqueles relacionados ao substrato<br />

geológico, tais como fraturamento das rochas, atitude das estruturas como falhas, fraturas,<br />

foliações e texturas, e aos materiais inconsolidados de cobertura, como colúvios e tálus. A ação<br />

antrópica, que promove alterações na morfologia das vertentes e altera o padrão de drenagem,<br />

realizando o desconfinamento de corpos de tálus, colúvio e rocha, consiste no grande<br />

potencializador e acelerador dos processos dinâmicos na encostas.<br />

Segundo SANTOS (2004), na região da serra do Mar, ocorre variada tipologia de movimentos de<br />

massa, conforme apresentado no Quadro 5.1-12. Das tipologias de movimentos de massa<br />

descritas, os escorregamentos translacionais rasos, por sua grande área de distribuição e pela<br />

freqüência de ocorrência, são os que exigem mais cuidados, ante a implementação de<br />

empreendimentos na região da serra do Mar.<br />

Os movimentos de fluxos, que incluem as corridas de lama e de detritos (mud-flow e debris-<br />

flow), evoluem a partir de rupturas translacionais rasas (planares) em condições de extrema<br />

saturação. Esses fluxos são, em geral, catastróficos — os materiais detríticos mobilizados das<br />

encostas superiores são capturados pela drenagem, que atua como um conduto para o<br />

escoamento do fluxo com grande poder de impacto e capacidade de atingir grandes áreas a<br />

jusante do local de ruptura inicial.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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5.1–153 ABRIL / 2006


Quadro 5.1-12 – Tipologia e Características de Movimentos de Massa na serra do Mar<br />

Origem Tipo Característica/Causa (Síntese)<br />

Natural<br />

Induzida<br />

Rastejo<br />

Escorregamento<br />

translacional raso<br />

Corrida de lama<br />

Desprendimento de rocha<br />

Movimento de tálus e<br />

colúvio<br />

Escorregamento rotacional<br />

profundo<br />

Escorregamento<br />

translacional raso<br />

Fonte: SANTOS, 2004.<br />

Desprendimento de rocha<br />

Colapso em saprolito<br />

fraturado<br />

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AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Movimentos de grande lentidão/intermitência no<br />

horizonte superior de solos superficiais.<br />

Desmonte hidráulico de solos superficiais,<br />

especialmente associados a encostas retilíneas com<br />

inclinação acima de 30° e rupturas positivas de<br />

declive.<br />

Violenta torrente fluída de massa de solo e rocha ao<br />

longo dos talvegues encaixados. Os materiais são<br />

oriundos de escorregamentos planares das vertentes.<br />

Queda de blocos e de lascas de superfícies rochosas<br />

naturais expostas; rolamento de matacões.<br />

Movimentações de grandes massas coluvionares<br />

quando cortadas ou sobrecarregadas por alguma<br />

intervenção humana.<br />

Escorregamentos de grandes massas de solo devido a<br />

escavações no pé do talude, sobrepeso, alterações na<br />

drenagem natural e desmatamento.<br />

Cortes no terreno, concentrações das águas<br />

superficiais, desmatamentos, sobrepesos de aterro ou<br />

lixo.<br />

Quedas de blocos individualizados ou<br />

desmoronamentos de conjuntos de blocos por<br />

combinação desfavorável de planos estruturais da<br />

rocha com o plano do talude de corte.<br />

Desmoronamento de grandes massas de rocha<br />

alterada fraturada pela combinação desfavorável de<br />

orientações espaciais de suas estruturas, em<br />

diferentes graus de alteração.<br />

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d. Materiais de Cobertura com Características Geotécnicas de Interesse para o<br />

Empreendimento<br />

As coberturas inconsolidadas descritas a seguir apresentam características geotécnicas<br />

importantes, cujo comportamento dos materiais têm reflexos diretos, tanto nas suscetibilidades<br />

frente aos processos dinâmicos, como erosões e movimentos de massa, quanto implicações<br />

relacionadas aos métodos construtivos e exigências de manutenção do empreendimento. A<br />

representação desses materiais no Mapa 10 – Geológico-Geotécnico e de Áreas de Risco foi<br />

suprimida, com exceção dos solos aluviais, devido à superposição de temas, em determinadas<br />

áreas, ter ocasionado uma grande densidade de dados superpostos, o que poderia dificultar o<br />

entendimento do tema principal. Entretanto, no Mapa 06 – Solos, no Anexo A, Volume 2/3<br />

deste documento, esses materiais estão plenamente representados.<br />

(1) Solos Hidromórficos<br />

Os tipos pedológicos que incluem de forma generalizada Gleissolos e Neossolos Flúvicos em<br />

condições permanentes ou parciais de elevada saturação confere a esses materiais características<br />

hidromórficas. Essas características, associadas ao ambiente deposicional e pedogenético,<br />

condicionam as baixas propriedades geotécnicas desses materiais. Consistem de solos com baixa<br />

capacidade de suporte, que entulham áreas de várzeas e alagados, com níveis de argila e matéria<br />

orgânica. Nesse ambiente, ocorrem os depósitos de turfa, descritos anteriormente.<br />

(2) Aluviões<br />

Depósitos de areia grossa a média com níveis de cascalhos. Ocorrem depositados ao longo dos<br />

cursos d’água de praticamente toda a AII. Diversas lavras de areia estão instaladas ao longo da<br />

AII, principalmente na planície aluvionar do rio Paraíba do Sul e na planície aluvionar da<br />

baixada litorânea. Os depósitos aluvionares têm potencial para suprir as necessidades do<br />

empreendimento de materiais granulares.<br />

(3) Argissolos e Latossolos<br />

Os Argissolos, principalmente, e os Latossolos consistem nos tipos pedológicos predominantes<br />

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ao longo da AII e AID. Os primeiros cobrem, aproximadamente, 40% da superfície de AII e os<br />

segundos ocorrem em, aproximadamente, 30% da faixa considerada.<br />

Essas coberturas inconsolidadas incluem solos residuais, gerados in situ, e horizontes<br />

transportados submetidos aos processos pedogenéticos. Os Latossolos e Argissolos, do ponto de<br />

vista da geologia de engenharia, constituem-se nos melhores materiais, tendo em vista suas boas<br />

características de espessura, escavabilidade, capacidade de suporte, suscetibilidades à erosão e<br />

movimentos de massa. As áreas de ocorrência desses materiais, de boas propriedades<br />

geotécnicas, consistem de locais potenciais para fornecerem materiais granulares finos para<br />

empréstimo.<br />

O comportamento geotécnico desses materiais, principalmente aqueles relacionados com a maior<br />

ou menor resistência à ação erosiva, pode ser generalizado, de forma a considerar que Latossolos<br />

apresentam menor suscetibilidade à erosão e perfil mais profundo. Os Argissolos apresentam<br />

maior suscetibilidade aos processos erosivos e perfis menos profundos. Fator determinante para<br />

a diferenciação do comportamento desses materiais frente aos agentes erosivos, considerando as<br />

mesmas condições de precipitação e cobertura vegetal, consiste nas formas de relevo e<br />

declividade das encostas. Assim, a suscetibilidade à erosão, tanto dos Latossolos como dos<br />

Argissolos, está diretamente relacionada com a topografia. Nos terrenos planos e suave-<br />

ondulados, a erodibilidade é ligeira a moderada no máximo e, nos terrenos forte-ondulados a<br />

montanhosos, a erodibilidade dos solos pode ser alta.<br />

e. Outros Elementos de Importância Geotécnica<br />

(1) Poços Tubulares<br />

Com a finalidade de fornecer parâmetros indicativos da posição do nível d’água do sistema<br />

aqüífero cristalino e, principalmente, do sistema aqüífero sedimentar, ao longo da faixa da AII, e<br />

visualizar as possíveis interferências de poços com a diretriz do duto, foi realizado o<br />

levantamento, via WEB, dos poços tubulares, na base de dados SIAGAS do Serviço Geológico<br />

do Brasil – CPRM.<br />

Foram recuperados 217 poços, cujas medidas do nível de água estático apresentaram os<br />

seguintes resultados: 27 poços sem dados (12,4%); 14 com nível d’água entre 1,0m e 10,0m<br />

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(6,4%); 28 poços com nível d’água entre 11,0m e 20,0m (12,9%) e 148 poços com níveis d’água<br />

mais profundo que 20,0m (68,3%). Desse total, foram representados no Mapa 10 - Geológico-<br />

Geotécnico e de áreas de risco, aproximadamente 70 poços tubulares selecionados de forma a<br />

limitar o adensamento de pontos, e possibilitar a representação das características<br />

hidrogeológicas das unidades geotécnicas. Os poços estão representados por símbolo específico<br />

acompanhado do valor correspondente à profundidade do nível estático em metros.<br />

A análise dos dados referentes ao nível estático (NE) em poços profundos perfurados em<br />

sistemas aqüíferos porosos, como no caso da maioria dos poços ao longo da AII, deve ser<br />

realizada com cuidado, pois a posição do nível indicada pode estar relacionada com a unidade<br />

litoestratigráfica que está sendo bombeada, não tendo relação com o nível do lençol freático.<br />

(2) Recursos Minerais<br />

Foram pesquisados e recuperados do banco de dados GIS do Brasil (2001), disponibilizados<br />

pela CPRM, dados referentes a ocorrências de Recursos Minerais. Ao longo da AII, estão<br />

cadastradas 18 ocorrências de areia, argila, quartzito, manganês, turfa e brita. Os depósitos de<br />

areia e pedreiras existentes ao longo da AII mostram o potencial da região para suprir o<br />

empreendimento frente às necessidades de material de construção.<br />

f. Áreas de Risco Geológico-Geotécnico<br />

Foram delimitadas, hierarquizadas e caracterizadas áreas de risco geológico-geotécnico, com<br />

base na avaliação das possíveis suscetibilidades e fragilidades de trechos ao longo do duto frente<br />

aos processos dinâmicos, quer naturais, quer induzidos, que poderão afetar o empreendimento,<br />

promovendo danos ambientais e materiais.<br />

As áreas de risco foram classificadas segundo os dois principais ambientes potenciais de<br />

ocorrência: encostas e baixadas.<br />

(1) Áreas de Risco de Encostas<br />

As áreas de risco de encostas (sigla RE) estão relacionadas aos processos erosivos e de<br />

movimentos de massa, que potencialmente poderão ocorrer nesses ambientes, tais como erosões<br />

em sulcos, ravinas, voçorocas e escorregamentos de diversas tipologias.<br />

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As áreas de risco de encosta foram hierarquizadas da seguinte maneira, de acordo com seu maior<br />

ou menor grau de suscetibilidade:<br />

• Áreas consideradas de risco muito baixo ou inexistente –SR;<br />

• Áreas de risco baixo – sigla RE-I;<br />

• Áreas de risco moderado – RE-II;<br />

• Áreas de risco alto – RE-III; e<br />

• Áreas de risco muito alto – RE-IV.<br />

Os trechos delimitados, relacionados a um determinado grau de risco, correspondem a uma faixa<br />

aproximada, definida de forma estimada, de acordo com parâmetros geotécnicos subjetivos, os<br />

quais podem ou não se confirmar. Essa condição resulta na grande dificuldade previsional que<br />

envolve todas as variáveis determinantes dos processos morfodinâmicos.<br />

Assim, as classes Sem Risco ou Risco Muito Baixo (SR), Risco Baixo (RE-I) e Risco Moderado<br />

(RE-II) têm comportamentos muito próximos, em que o fator mais expressivo consiste na<br />

influência da compartimentação do relevo no condicionamento dos processos erosivos. As<br />

coberturas de solos, de boas características geotécnicas, como os Latossolos e Argissolos,<br />

conferem certo comportamento homogêneo frente aos fatores de risco, onde as mudanças de<br />

relevo e declividade assumem fundamental importância no controle dos processos erosivos.<br />

• Áreas de Risco Muito Baixo ou Sem Risco – (SR)<br />

Trechos: Km29-Km34+200m; Km36+300m-Km36+900m; Km41+400m-Km45+800m;<br />

Km56+900m-Km85m; Km85+600m-Km87+500m; Km88+100m-Km88+300m; Km88+600m-<br />

Km89+300m; Km89+900m-Km90+300m; Km90+700m-Km91+100m; Km91+700m-<br />

Km94+100.<br />

Nesses trechos, os terrenos apresentam relevo plano, suave a suave-ondulado, de muito baixa<br />

suscetibilidade frente aos processos erosivos e de movimentos de massa. Entretanto, sob<br />

determinadas condições climáticas e, principalmente, por intervenções antrópicas, algumas<br />

feições erosivas, como sulcos e ravinamentos, podem evoluir e atingir a faixa do duto. Foram<br />

incluídos nesta classe alguns talvegues que cortam os sedimentos das unidades Ug_Are e<br />

Ug_Fol, na Bacia de Taubaté.<br />

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5.1–158 ABRIL / 2006


• Áreas de Risco Baixo (RE-I)<br />

Trechos: Km21+800m-Km22+400m; Km23+100m-Km24+200m; Km25+300m-Km26+500m;<br />

Km27+100m-Km28+100m; Km38+900m-Km40+900m; Km47-Km51+600m; Km52+300-<br />

Km53+500m; Km54+900m-Km56+900m; Km85-Km85+600m; Km87+500-Km88+100m;<br />

Km88+300m-Km88+600m;Km89+300m-Km89+900m;Km90+300m-Km90+700m;<br />

Km91+100m-Km91+700m.<br />

São áreas com baixa suscetibilidade a processos erosivos e de movimentos de massa. O relevo<br />

ondulado com declividades um pouco mais acentuadas potencializa o desenvolvimento de alguns<br />

processos, principalmente quando induzidos, por cortes e movimentações de terra.<br />

• Áreas de Risco Moderado (RE-II)<br />

Trechos: Km07-Km08+100m; Km10+700m-Km15+600m; Km16+400-Km19+300;<br />

Km26+500-Km27+100m; Km28+100m-Km29; Km40+900m-Km41+400; Km45+800m-Km47;<br />

Km51+600m-Km52+300m; Km53+500m-Km54+900m; Km56+900m-Km57+800m.<br />

São áreas de moderada suscetibilidade a processos erosivos e movimentos de massa. O relevo<br />

ondulado, variando de colinas com morros de relevo com vertente de declividades médias,<br />

condiciona a ocorrência de processos erosivos. Ocorrem algumas evidências de sulcos e<br />

ravinamentos.<br />

• Áreas de Risco Alto (RE-III)<br />

Trechos: Km8+100m-Km10+700m; Km15+600m-Km16+400; Km19+300-Km21+800m;<br />

Km22+400-Km23; Km24+200m-Km25+300m; Km34+200m-Km36+300m e do Km36+900m<br />

ao Km38+800m.<br />

São áreas de alta suscetibilidade aos processos erosivos e a movimentos de massa. O relevo mais<br />

movimentado de morros, morros paralelos e mar de morros, onde as declividades são mais<br />

elevadas, favorece o desenvolvimento de processos erosivos e de movimentos de massa.<br />

• Área de Risco Muito Alto (RE-IV)<br />

Trecho:Km 2+100-Km 07.<br />

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5.1–159 ABRIL / 2006


São áreas relacionadas às escarpas da serra do Mar onde os processos morfodinâmicos,<br />

representados por erosões, quedas de blocos, escorregamentos e fluxos de detritos, são<br />

recorrentes. As elevadas declividades dos terrenos e as baixas características geotécnicas dos<br />

materiais, incluindo solo e rocha, quando associadas a precipitações excepcionais, favorecem o<br />

desenvolvimento de processo generalizado de rupturas nas encostas da serra do Mar.<br />

(2) Área de Risco de Baixada<br />

As áreas de risco de baixada (sigla RB) referem-se à área de atingimento estimada, relacionada<br />

aos processos deposicionais dos materiais mobilizados de montante, os quais podem assumir<br />

proporções catastróficas sob determinadas condições climáticas e geotécnicas. O risco de<br />

baixada inclui, também, as áreas sujeitas a eventos de inundação, principalmente aquelas na<br />

planície aluvionar da baixada litorânea. Nessa fase dos estudos, entretanto, não foi possível<br />

definir os limites ou o alcance máximo dos processos de deposição dos materiais mobilizados<br />

pelos fluxos de lama e/ou detritos provenientes da unidade geotécnica escarpas (Ug_Es) sobre a<br />

unidade geotécnica depósitos coluvionares (Ug_Co). Assim, a área de risco de baixada foi<br />

delimitada de modo que, nas porções proximais de escarpa, predominam os processos<br />

deposicionais, relacionados a movimentos de massa, e nas porções mais distais, ao longo das<br />

calhas de drenagem, predominam os eventos de inundações.<br />

O trecho da faixa sujeito aos processos acima descritos estende-se do Km 0,0 ao Km 2+100m.<br />

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5.1–160 ABRIL / 2006


5.1.8 RECURSOS HÍDRICOS<br />

a. Aspectos Gerais<br />

O gás natural, combustível a ser transportado pelo duto em estudo, é reconhecido por não<br />

representar risco potencial de contaminação do ambiente aquático, uma vez que se trata de um<br />

produto volátil que, no caso de vazamento, se dispersa rapidamente na atmosfera. Com isso, o<br />

conceito de bacia hidrográfica como unidade de análise foi utilizado apenas para facilitar a<br />

caracterização do regime fluvial no local em que os corpos d’água serão atravessados pelo duto.<br />

O diagnóstico concentrou-se principalmente nesses pontos de travessia.<br />

Os objetivos do diagnóstico foram:<br />

• a identificação e o mapeamento dos corpos d’água existentes ao longo de todo o traçado do<br />

Gasoduto e suas respectivas bacias hidrográficas;<br />

• a caracterização do regime fluvial, do comportamento sedimentológico e da qualidade da<br />

água dos cursos d’água principais;<br />

• a identificação das classes de uso dos cursos d’água, conforme enquadramento efetuado<br />

pelos órgãos gestores dos recursos hídricos.<br />

b. Identificação dos Corpos d’Água e suas Bacias Hidrográficas<br />

Procurou-se identificar todos os cursos d’água que precisarão ser atravessados pelo duto. Desse<br />

modo, com base nas cartas topográficas do IBGE, na escala de 1:50.000, foram identificados os<br />

pontos de interseção.<br />

Para cada ponto de travessia, foram delimitadas as áreas de drenagem que contribuem para cada<br />

um desses pontos e, posteriormente, calculadas as dimensões dessas áreas de contribuição.<br />

Procurou-se identificar também todos os reservatórios localizados na AII do futuro Gasoduto.<br />

No caso dos rios de maior porte, buscou-se o posto fluviométrico existente (de área de drenagem<br />

conhecida) mais próximo do ponto de interseção com o traçado do futuro duto; então, foi<br />

delimitada apenas a área incremental (positiva ou negativa) entre esse ponto e a estação.<br />

No Mapa de Recursos Hídricos (Mapa 11, Anexo A, Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>), estão indicados<br />

todos os 98 pontos identificados de interseção do duto com os cursos d’água, assim como os<br />

limites das áreas de drenagem que contribuem para cada ponto de travessia. No mesmo mapa,<br />

em tabela, estão listados os nomes dos cursos d’água atravessados, quando a informação estava<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–161 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


disponível.<br />

Conforme a codificação adotada pela Agência Nacional de Águas – ANA para as bacias e subbacias<br />

hidrográficas, o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté atravessa, ao longo de seu traçado, a<br />

sub-bacia do rio Juqueriquerê (localizado na sub-bacia 80), pertencente à bacia hidrográfica do<br />

Atlântico Trecho Sudeste (bacia 8), e a sub-bacia do rio Paraíba do Sul (sub-bacia 58) situada na<br />

bacia do Atlântico Trecho Leste (bacia 5). Os rios principais dessas bacias citadas deságuam<br />

diretamente no oceano Atlântico.<br />

Em seu trecho inicial até o Km 7,0, aproximadamente, o futuro Gasoduto passa pela bacia do rio<br />

Juqueriquerê. Nesse ponto, o Gasoduto entra na bacia do rio Paraíba do Sul, no trecho afluente<br />

ao reservatório do rio Paraibuna. A partir do Km 35, o traçado atravessa o trecho afluente ao<br />

reservatório de Santa Branca no rio Paraíba do Sul e, depois, em seu trecho final, a partir do Km<br />

57, termina num trecho da bacia do Paraíba do Sul, próximo à cidade de Taubaté. As Figuras<br />

5.1-57 e 5.1-58 apresentam os limites das bacias atravessadas pelo percurso do futuro Gasoduto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–162 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-57 – Bacia do rio Juqueriquerê<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–163 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-58 – Sub-bacia do rio Paraíba do Sul até Taubaté<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–164 REVISÃO: 0 ABRIL / 2006


A bacia hidrográfica do rio Juqueriquerê drena uma área de 420km², aproximadamente. O rio<br />

resulta da confluência dos rios Perequê-Mirim, Perequê, Claro e Camburu (ou Tinga), o único<br />

entre eles que seria atravessado pelo futuro duto. O rio Camburu é formado pela confluência, a<br />

580m de altitude, dos rios Pardo e Novo, ambos com nascentes na serra do Juqueriquerê. Após a<br />

confluência de sua formação, o rio Camburu (ou Tinga) desce pela serra do Mar até encontrar a<br />

planície drenada pelo rio Juqueriquerê, próximo à localidade de Porto Novo.<br />

A bacia do rio Paraíba do Sul abrange áreas dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de<br />

Janeiro, drenando aproximadamente 57.000km² até a sua foz, no oceano Atlântico, no município<br />

fluminense de São João da Barra. Seu curso principal é formado pela confluência dos rios<br />

Paraitinga e Paraibuna, cujas nascentes se situam, respectivamente, nos municípios paulistas de<br />

Areias e Cunha. A sub-bacia do rio Paraíba do Sul, a ser atravessada pelo futuro Gasoduto, das<br />

nascentes até as proximidades da cidade de Taubaté, localiza-se integralmente no Estado de São<br />

Paulo.<br />

Destacam-se, como principais travessias do Gasoduto em estudo, em função do porte dos cursos<br />

d’água, as travessias dos rios Paraíba do Sul e Capivari, ambos no remanso do reservatório de<br />

Santa Branca.<br />

c. Enquadramento dos Cursos d’Água em Classes de Uso<br />

O Decreto Estadual n o 8.468/76 previu as Classes de Uso das Águas do Estado de São Paulo. A<br />

Classe 1 foi descrita como a das “águas destinadas ao abastecimento doméstico, sem tratamento<br />

prévio ou com simples desinfecção”. A Classe 2 foi descrita como a classe das “águas destinadas<br />

ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional, à irrigação de hortaliças ou plantas<br />

frutíferas e à recreação de contato primário (natação, esqui-aquático e mergulho)”.<br />

Na Resolução CONAMA n o 357/05, as Classes de Uso das Águas foram definidas de modo<br />

semelhante, com algumas diferenças: a Classe 1 abrange o uso para proteção das comunidades<br />

aquáticas e a Classe 2 prevê o uso para aqüicultura e pesca.<br />

Segundo o “Diagnóstico da Situação Atual dos Recursos Hídricos da Unidade de Gerenciamento<br />

dos Recursos Hídricos do Litoral Norte – Relatório Final” (IPT, 2000), o enquadramento dos<br />

corpos d’água das bacias dos rios Juqueriquerê e Paraíba do Sul foi apresentado no Decreto<br />

Estadual n o 10.755/77, conforme as classes previstas no Decreto n o 8.468/76.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–165 ABRIL / 2006


Foram classificados como Classe 1 “todos os cursos d’água do Litoral Norte, desde a divisa dos<br />

municípios de Santos e São Sebastião até a divisa do município de Ubatuba com o Estado do Rio<br />

de Janeiro, até a cota 50m. Nessas bacias, os corpos d’água que não estão localizados acima da<br />

cota 50m foram enquadrados na Classe 2, condição em que se encontram todos os cursos d’água<br />

da bacia do rio Juqueriquerê atravessados pelo Gasoduto.<br />

Segundo o Decreto n o 10.755/77, no trecho da bacia do rio Paraíba do Sul até a barragem de<br />

Santa Branca, incluindo os formadores Paraibuna e Paraitinga, bem como todos os seus<br />

afluentes, os rios foram enquadrados na Classe 1. Além desses, todos os outros rios atravessados<br />

pelo Gasoduto na bacia do Paraíba do Sul foram enquadrados na Classe 2.<br />

No item 5.1.9 – Interferências do Empreendimento com a AID, é apresentada a relação dos<br />

pontos de travessia dos cursos d’água e, também, a classe de uso da água na qual cada corpo<br />

d’água está enquadrado.<br />

d. Caracterização do Regime Fluvial<br />

A caracterização do regime fluvial dos principais cursos d’água atravessados pelo Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté foi efetuada com base em dados fluviométricos coletados na Agência<br />

Nacional das Águas (ANA).<br />

A Área de Influência Indireta do empreendimento divide-se em dois trechos com<br />

comportamentos hidrológicos distintos, separados pelo obstáculo oferecido pela serra do Mar.<br />

No início do percurso, existe o pequeno trecho de comportamento litorâneo, representado<br />

especificamente pela bacia do rio Juqueriquerê e, no trecho restante, o comportamento<br />

hidrológico continental observado na bacia do Paraíba do Sul.<br />

Tendo em vista a baixa densidade de postos fluviométricos existentes ao longo do percurso do<br />

duto — característica da rede de observação das bacias hidrográficas brasileiras — e o pequeno<br />

porte da maioria dos cursos d’água atravessados, poucos rios possuem uma estação fluviométrica<br />

próxima do ponto de interseção. Por isso, foi necessário, nesses casos, selecionar postos de<br />

cursos d’água vizinhos que pudessem funcionar como referência para a caracterização do regime<br />

fluvial.<br />

As estações fluviométricas selecionadas para caracterizar o regime fluvial dos principais cursos<br />

d’água a serem atravessados estão listadas no Quadro 5.1-13, apresentado a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–166 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.1-13 - Estações Fluviométricas Selecionadas<br />

Código Nome do Posto Rio<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Área de drenagem<br />

(km 2 )<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–167 ABRIL / 2006<br />

Período de<br />

Observação<br />

58070000 Bairro Alto Paraibuna 585 07/1929 a 04/1974<br />

58147000 Pararangaba Pararangaba 49 02/1960 em diante<br />

58155000 Cerâmica Quirino<br />

80800000<br />

Usina Rio dos<br />

Campos<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

ribeirão Caçapava<br />

Velha<br />

30 11/1957 em diante<br />

Capivari 142 09/1940 a 10/1973<br />

O posto fluviométrico Bairro Alto operou até 1974 onde hoje é o final do remanso da represa de<br />

Paraibuna. O posto fluviométrico Pararangaba está localizado no rio de mesmo nome, afluente<br />

da margem direita do rio Paraíba do Sul, cuja foz fica pouco a jusante da cidade de São José dos<br />

Campos. O ribeirão Caçapava Velha, onde está situado o posto Cerâmica Quirino, é afluente da<br />

margem direita do rio Paraíba do Sul e sua foz fica entre as cidades de Caçapava e Taubaté.<br />

Devido à inexistência de postos fluviométricos na área litorânea em estudo, não foi possível<br />

utilizar um posto da bacia do rio Juqueriquerê para ser utilizado na descrição das travessias dessa<br />

bacia. O posto fluviométrico selecionado para caracterizar as vazões nesses locais foi o posto<br />

Usina Rio dos Campos, no rio Capivari, que faz parte da bacia do rio Itanhaém, no litoral sul do<br />

Estado de São Paulo.<br />

De modo a caracterizar o regime fluvial, foram coletados os dados de vazões médias diárias dos<br />

postos fluviométricos existentes. A partir desses dados, foram calculadas as vazões médias<br />

mensais ao longo de todo o período de observação e selecionados os valores máximos e mínimos<br />

observados.<br />

As vazões médias, máximas e mínimas mensais observadas nos quatro postos fluviométricos<br />

selecionados são apresentadas nas Figuras 5.1-59 a 5.1-62.


Vazões Mensais (m³/s)<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

Mês<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Médias Máximas Mínimas<br />

Figura 5.1-59 - Vazões Médias, Máximas e Mínimas Mensais no rio Paraibuna em Bairro Alto<br />

(período 1938 a 1973).<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

O posto Bairro Alto, no rio Paraibuna, foi utilizado para estimar as vazões nas travessias da bacia<br />

do Paraíba do Sul no trecho a montante da barragem de Santa Branca. Nesses trechos, apenas a<br />

travessia do rio Paraíba do Sul em si e a do rio Capivari não foram estimadas pelas vazões lidas<br />

em Bairro Alto, por estarem ambas no remanso do reservatório de Santa Branca.<br />

Nesse posto, as vazões médias variaram de 12,3m 3 /s, em agosto, a 34,1m 3 /s, em fevereiro. A<br />

vazão média de longo termo foi de 21,3m 3 /s. A maior vazão média mensal observada foi de<br />

73,0m 3 /s, ocorrida em dezembro de 1962.<br />

O trimestre mais seco vai de julho a setembro, quando as vazões médias mensais foram<br />

inferiores a 13,5m 3 /s, ficando a vazão média em torno de 12,9m 3 /s. A menor vazão mensal<br />

obtida no período comum foi de 6,07m³/s, em setembro de 1963.<br />

O período de cheia ocorre entre novembro e março, e a série de vazões apresentou seus maiores<br />

picos de vazão mensal em dezembro e fevereiro, atingindo os valores 73,0 e 72,2m 3 /s,<br />

respectivamente.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–168 ABRIL / 2006


Vazões Mensais (m³/s)<br />

2,00<br />

1,80<br />

1,60<br />

1,40<br />

1,20<br />

1,00<br />

0,80<br />

0,60<br />

0,40<br />

0,20<br />

0,00<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

Mês<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Médias Máximas Mínimas<br />

Figura 5.1-60 – Vazões Médias, Máximas e Mínimas Mensais no rio Pararangaba em<br />

Pararangaba (período 1960 a 1988).<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

O posto Pararangaba, no rio de mesmo nome – um afluente da margem direita do Paraíba do Sul<br />

no trecho próximo a São José dos Campos –, foi o posto usado nas estimativas feitas para as<br />

travessias situadas nesse trecho.<br />

Considerando o período observado, as vazões médias mensais variaram ao longo do ano de<br />

0,20m³/s, em agosto, a 0,80m³/s, em janeiro. A vazão média de longo termo registrada foi de<br />

0,45m³/s. Em junho de 1983, foi registrado o valor máximo de vazão média mensal: 1,81m³/s.<br />

Nesse posto, o trimestre mais seco corresponde ao período que vai de julho a setembro,<br />

apresentando médias mensais inferiores a 0,24m³/s e uma média no trimestre de 0,24m³/s. A<br />

mínima mensal, de 0,07m³/s, ocorreu em julho de 1969.<br />

Os hidrogramas nesse local mostram um período mais freqüente para a ocorrência de cheias, que<br />

vai de dezembro a março, tendo sido registrados máximos mensais de 1,78 e 1,67m³/s em<br />

dezembro e fevereiro, respectivamente. Curiosamente, o maior valor registrado ocorreu dentro<br />

do período de recessão de níveis d’água, em junho de 1983, atingindo 1,81m³/s.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–169 ABRIL / 2006


Vazões Mensais (m³/s)<br />

1,40<br />

1,20<br />

1,00<br />

0,80<br />

0,60<br />

0,40<br />

0,20<br />

0,00<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

Mês<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Médias Máximas Mínimas<br />

Figura 5.1-61 – Vazões Médias, Máximas e Mínimas Mensais no ribeirão Caçapava Velha em<br />

Cerâmica Quirino (período 1957 a 1997).<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

A série fluviométrica do ribeirão Caçapava Velha em Cerâmica Quirino foi utilizada para<br />

estimar vazões características na bacia do Paraíba do Sul no trecho mais próximo à cidade de<br />

Taubaté.<br />

No período observado, as vazões médias mensais variaram de 0,11m 3 /s, em agosto, a 0,53m 3 /s,<br />

em fevereiro. A vazão média de longo termo foi 0,28m 3 /s. A maior vazão média mensal<br />

observada foi 1,31m 3 /s, ocorrida em janeiro de 1967.<br />

O trimestre mais seco vai de julho a setembro, quando as vazões médias mensais foram<br />

inferiores a 0,14m 3 /s, ficando a vazão média em torno de 0,13m 3 /s. A menor vazão mensal<br />

registrada foi de 0,02m³/s, em setembro de 1994.<br />

Os hidrogramas nesse local mostram um período mais freqüente para a ocorrência de cheias de<br />

dezembro a março. Os valores máximos mensais chegaram a 1,31m 3 /s e 1,30m 3 /s, em janeiro e<br />

fevereiro, respectivamente.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–170 ABRIL / 2006


Vazões Mensais (m³/s)<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />

Mês<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Médias Máximas Mínimas<br />

Figura 5.1-62 – Vazões Médias, Máximas e Mínimas Mensais no rio Capivari em Usina Rio dos<br />

Campos (período 1953 a 1973).<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

O posto Usina Rio dos Campos, no rio Capivari, localizado na sub-bacia 80 (rios Itapanhau,<br />

Itanhaém e outros), foi selecionado para estimar as vazões nas travessias da bacia do rio<br />

Juqueriquerê.<br />

Nesse posto, as vazões médias variaram de 3,30m 3 /s, em julho, a 9,58m 3 /s, em março. A vazão<br />

média de longo termo foi 6,08m 3 /s. A maior vazão média mensal observada foi 26,1m 3 /s,<br />

ocorrida em fevereiro de 1967.<br />

O trimestre mais seco vai de junho a agosto, quando as vazões médias mensais foram inferiores a<br />

3,97m 3 /s, ficando a vazão média em torno de 3,62m 3 /s. A menor vazão mensal obtida no período<br />

comum foi de 0,54m³/s, em setembro de 1963.<br />

O período de cheia ocorre entre dezembro e março, sendo que a série apresentou seus maiores<br />

picos de vazão mensal em fevereiro e março, atingindo os valores 26,1 e 22,7m 3 /s,<br />

respectivamente.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–171 ABRIL / 2006


Em função das análises e correlações realizadas, foi elaborado o Quadro 5.1-18, inserido no<br />

item 5.1.9, onde são apresentados os pontos de travessia do duto em cursos d’água, suas áreas de<br />

drernagem, vazões características (máxima, média e mínima) e classe de uso.<br />

e. Comportamento Sedimentológico<br />

Após a identificação dos cursos d’água atravessados pelo Gasoduto e a caracterização de seu<br />

regime fluvial, foi realizado um estudo do comportamento sedimentológico dos rios nas subbacias<br />

atravessadas.<br />

A presença de sedimentos nos rios brasileiros é muito variável, dependendo da data de<br />

ocorrência e do comportamento das chuvas. Por exemplo, chuvas mais intensas carreiam mais<br />

material sólido para o curso d’água. No caso das áreas agrícolas, conforme o período do<br />

calendário de plantio em que ocorrem as chuvas, pode ser gerado um aporte maior de sedimentos<br />

nos rios quando o solo está mais exposto.<br />

Uma característica das sub-bacias atravessadas é que, nos rios barrados para formação de<br />

reservatórios, uma parte dos sedimentos transportados fica retida nesses reservatórios.<br />

A caracterização aqui apresentada, do comportamento sedimentológico dos principais cursos<br />

d’água atravessados pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, foi realizada com base em dados<br />

sedimentométricos coletados na Agência Nacional das Águas (ANA).<br />

A carência de postos de monitoramento ao longo do percurso do duto torna-se mais acentuada no<br />

tocante aos dados sedimentológicos, pois, em poucas estações fluviométricas, são monitorados<br />

os sedimentos transportados pelo curso d’água.<br />

Além de não haver nenhuma estação com dados sedimentológicos disponíveis na sub-bacia 80<br />

para apoiar as estimativas efetuadas para a bacia do rio Juqueriquerê, a maioria dos postos<br />

disponíveis na bacia do rio Paraíba do Sul opera com reservatórios a montante. Devido à<br />

retenção de sedimentos nesses reservatórios, a estimativa de sedimentos transportados nos<br />

afluentes seria subestimada.<br />

Dentre os postos de interesse disponíveis, o de Pindamonhangaba é o que apresenta maior<br />

percentual de área não controlada por reservatórios. Mesmo assim, apenas 34% de sua área não<br />

apresentam reservatórios que retenham parte do aporte sólido ao posto.<br />

As estações sedimentométricas selecionadas para caracterizar o comportamento sedimentológico<br />

nas sub-bacias atravessadas estão apresentadas no Quadro 5.1-14, a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–172 ABRIL / 2006


Código Nome do Posto<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.1-14 – Estações Sedimentométricas Selecionadas<br />

Área de drenagem<br />

(km 2 )<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Dados Disponíveis<br />

(Período)<br />

58087600 Paraibuna 1.896 06/1994 a 12/1995 Paraibuna<br />

58099000 Santa Branca 4.930 01/2000 a 11/2004<br />

58139000<br />

São José dos<br />

Campos<br />

7.740 05/1994 a 03/1996<br />

58183000 Pindamonhangaba 9.576 05/1994 a 10/2003<br />

58250000 Resende 13.882 04/2000 a 10/2003<br />

Fonte: Agência Nacional das Águas (ANA).<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–173 ABRIL / 2006<br />

Rio<br />

Paraíba do Sul<br />

De modo a caracterizar o comportamento sedimentológico, foram coletados todos os dados<br />

disponíveis das medições de descarga sólida dessas estações.<br />

Buscou-se, então, definir uma curva-chave de sedimentos em suspensão (concentração em ppm)<br />

para cada posto de monitoramento. No entanto, em função da grande dispersão dos resultados<br />

observados, não foi possível ajustar uma curva para a maioria das estações.<br />

A quantidade insuficiente de medições nas estações de Paraibuna e São José dos Campos (5 e 6<br />

medições, respectivamente) não permitiu, satisfatoriamente, a caracterização dos sedimentos; em<br />

conseqüência, seus dados não foram utilizados no presente estudo.<br />

A Figura 5.1-63, apresentada a seguir, mostra a relação entre a concentração de sedimentos em<br />

suspensão e a vazão líquida resultante das medições realizadas no rio Paraíba do Sul em Santa<br />

Branca. Apesar da escala logarítmica adotada nos eixos do gráfico, pode-se verificar que a<br />

dispersão é muito grande.<br />

São apresentadas, nas Figuras 5.1-64 e 5.1-65, também a seguir, as relações entre concentração<br />

de sedimentos em suspensão e vazão líquida em Pindamonhangaba e Resende, respectivamente,<br />

conforme mostrado, também, no Quadro 5.1-15.


Concentração de sedimentos em suspensão<br />

(ppm)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

10 100 1000<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Vazão (m 3 /s)<br />

Figura 5.1-63 – Rio Paraíba do Sul em Santa Branca – Concentração de Sedimentos em<br />

Suspensão x Vazão.<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

Concentração de sedimentos em suspensão (ppm)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

10 100<br />

Vazão (m<br />

1000<br />

3 /s)<br />

Figura 5.1-64 – Rio Paraíba do Sul em Pindamonhangaba (PCD INPE) - Curva-chave de<br />

Sedimentos em Suspensão.<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–174 ABRIL / 2006


Concentração de sedimentos em suspensão<br />

(ppm)<br />

1000<br />

100<br />

10<br />

1<br />

100 1000<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Vazão (m 3 /s)<br />

Figura 5.1-65 – Rio Paraíba do Sul em Resende - Curva-chave de Sedimentos em Suspensão.<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

A análise das Figuras 5.1-64 e 5.1-65 permite estimar que, para a vazão líquida de 100m 3 /s, a<br />

concentração de sedimentos em suspensão no rio Paraíba do Sul seria 29,5ppm, em<br />

Pindamonhangaba, e 8,26ppm, em Resende.<br />

As baixas concentrações de sedimentos observadas em Resende podem ser explicadas pela sua<br />

localização logo a jusante do reservatório de Funil, que retém parcela significativa dos<br />

sedimentos afluentes.<br />

No rio Paraíba do Sul, em Pindamonhangaba, pode-se observar que as concentrações medidas<br />

variaram de 3,09ppm a 256ppm. A concentração de sedimentos mais alta medida em<br />

Pindamonhangaba está coerente com o fato de esse posto ter a maior área não controlada por<br />

reservatórios.<br />

As concentrações de sedimentos em suspensão observadas nos postos são relativamente baixas,<br />

quando comparadas a outras bacias brasileiras do mesmo porte. Considerando que a maioria das<br />

áreas atravessadas pelo duto possui uma cobertura vegetal bem preservada, espera-se que os<br />

sedimentos em suspensão nos locais das travessias tenham concentrações iguais ou menores às<br />

observadas nos postos fluviométricos.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–175 ABRIL / 2006


Quadro 5.1-15 - Concentrações de Sedimentos em Suspensão Medidas nos Postos Fluviométricos Selecionados<br />

Nome do Posto Rio<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Área de Drenagem<br />

(km 2 )<br />

Período de Observação de<br />

Sedimentos<br />

Número de<br />

Concentração (ppm)<br />

Medições Máxima Mínima<br />

Paraibuna Paraibuna 1.896 06/1994 a 12/1995 5 147,0 4,6<br />

Santa Branca Paraíba do Sul 4.930 01/2000 a 11/2004 17 152,0 3,6<br />

São José dos Campos Paraiba do Sul 7.740 05/1994 a 03/1996 6 42,9 19,7<br />

Pindamonhangaba Paraíba do Sul 9.576 05/1994 a 10/2003 21 256,0 3,1<br />

Resende Paraíba do Sul 13.882 04/2000 a 10/2003 14 155,0 5,5<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–176 ABRIL / 2006


f. Usos da Água<br />

Segundo o “Diagnóstico da Situação Atual dos Recursos Hídricos da Unidade de Gerenciamento<br />

dos Recursos Hídricos do Litoral Norte – Relatório Final” (IPT, 2000), existem, na bacia do<br />

Juqueriquerê, pontos de captação para abastecimento público e aqüicultura. As águas do<br />

Juqueriquerê também são utilizadas para diluição de esgotos domésticos.<br />

De acordo com o “Plano de Recursos Hídricos Para a Fase Inicial da Cobrança na Bacia do Rio<br />

Paraíba do Sul” (COPPETEC, 2002), entre os usos da água dos trechos atravessados pelo duto na<br />

bacia a montante de Santa Branca e nas proximidades de Taubaté, citam-se: a captação para<br />

abastecimento público, a diluição de lançamentos domésticos e industriais, a agropecuária e a<br />

geração hidrelétrica.<br />

Os pontos de captação para abastecimento público encontrados estão apresentados no Mapa 11<br />

de Recursos Hídricos, e no Quadro 5.1-16, a seguir.<br />

Quadro 5.1-16 – Pontos de Captação Encontrados na Área de Influência Indireta<br />

Município Empresa<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Ponto de Captação<br />

(Rio)<br />

Caraguatatuba SABESP Claro<br />

Localização<br />

(Coordenadas UTM)<br />

Norte Este<br />

7.378.901 450.349<br />

7.373.205 449.758<br />

Pindamonhangaba SABESP Paraíba do Sul 7.466.093 451.663<br />

Santa Branca Prefeitura Municipal Paraíba do Sul 7.414.500 409.300<br />

São José dos Campos SABESP<br />

Taubaté SABESP<br />

Paraíba do Sul - -<br />

das Couves - -<br />

Una 7.453.049 447.978<br />

Paraíba do Sul 7.460.331 442.649<br />

Segundo a SABESP de Caçapava, esse município não possui captação superficial de água para<br />

abastecimento público, suprindo a demanda apenas com captações subterrâneas.<br />

Analisando-se o Quadro 5.1-16 ou o Mapa 11 - Recursos Hídricos, pode-se concluir que não<br />

há captações de água para abastecimento público registradas a jusante das travessias do<br />

Gasoduto.<br />

No Projeto Básico Ambiental, deverão ser previstas coletas e análises de qualidade da água nos<br />

principais pontos de travessia, considerando, pelo menos, duas medições, uma 30 dias antes das<br />

obras e outra 30 dias depois do início de operação do Gasoduto.<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–177 ABRIL / 2006


Foto 5.1-1 – Relevo de<br />

Colinas com Espigões<br />

Locais e Morros com<br />

Serras Restritas ao<br />

fundo. Ocorrem<br />

Argissolos Vermelho-<br />

Amarelos distróficos.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

438.027E/7.405.397N<br />

Foto 5.1-3 – Aspecto da<br />

unidade de relevo Mar de<br />

Morros sustentada por<br />

rochas cristalinas précambrianas.<br />

Ocorrem Argissolos<br />

Vermelho-Amarelos<br />

distróficos.<br />

Município: Jambeiro<br />

Coordenadas UTM:<br />

423.294E / 7.421.199N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-2 – Exploração<br />

de saibro em uma colina<br />

isolada na Planície<br />

Costeira.<br />

Ocorrem Argissolos<br />

Vermelho-Amarelos.<br />

Município: Caraguatatuba<br />

Coordenadas UTM:<br />

447.225E / 7.383.155N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–178 ABRIL / 2006


Foto 5.1-4 – Aspecto da<br />

unidade de relevo<br />

Morros Paralelos, ao<br />

fundo da foto.<br />

Dominam Argissolos<br />

Vermelho-Amarelos<br />

distróficos.<br />

Município: São José dos<br />

Campos<br />

Coordenadas UTM:<br />

419.409E / 7.427.473N<br />

Foto 5.1-6 – Planície<br />

costeira constituída de<br />

sedimentos marinhos e<br />

mistos com valas de<br />

drenagem. Ao fundo,<br />

colinas isoladas e escarpa<br />

da serra do Mar.<br />

Ocorrem Espodossolos<br />

Ferrocárbicos Órticos, de<br />

textura arenosa.<br />

Município: Caraguatatuba<br />

Coordenadas UTM:<br />

455.909E / 7.384.757N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-5 – Argissolo<br />

Vermelho-Amarelo<br />

distrófico, textura<br />

média/argilosa, relevo<br />

ondulado.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

441.501E / 7.398.739N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–179 ABRIL / 2006


Foto 5.1-7 – Planície<br />

Costeira. Ao fundo,<br />

aspecto da Escarpa com<br />

Espigões Digitados.<br />

Ocorrem Espodossolos<br />

Ferrocárbicos associados a<br />

Neossolos Flúvicos Tb<br />

distróficos.<br />

Município: Caraguatatuba<br />

Coordenadas UTM:<br />

455.909E / 7.384.757N<br />

Foto 5.1-9 –<br />

Afloramento de rochas<br />

sedimentares terciárias<br />

da Bacia de Taubaté.<br />

Ocorrência de Latossolo<br />

Vermelho-Amarelo<br />

distrófico.<br />

Município: Taubaté<br />

Coordenadas UTM:<br />

442.789E / 7.445.900N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-8 – Planície<br />

Costeira com Colinas<br />

Isoladas e Escarpas com<br />

Espigões Digitados ao<br />

fundo. Ocorrem<br />

Espodossolos<br />

Ferrocárbicos.<br />

Município: Caraguatatuba<br />

Coordenadas UTM:<br />

453.802E / 7.384.833N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–180 ABRIL / 2006


Foto 5.1-10 – Colinas<br />

Amplas sustentadas por<br />

rochas sedimentares da<br />

Bacia de Taubaté, onde<br />

ocorrem Latossolos<br />

Vermelho-Amarelos<br />

distróficos.<br />

Município: Taubaté.<br />

Coordenadas UTM:<br />

443.910E / 7.447.539 N<br />

Foto 5.1-12 – Faixa dos<br />

dutos GASPAL/OSRIO,<br />

atravessando Colinas<br />

Amplas cobertas por<br />

plantio de eucaliptos.<br />

Ocorre Cambissolo<br />

Háplico como inclusão em<br />

áreas de Latossolos<br />

Vermelho-Amarelos.<br />

Município: Taubaté.<br />

Coordenadas UTM:<br />

437.126E / 7.443.569N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-11 – Faixa dos<br />

dutos GASPAL/OSRIO (a<br />

ser compartilhada com o<br />

Gasoduto em estudo),<br />

atravessando relevo de<br />

Colinas Amplas na Bacia<br />

de Taubaté. Ocorrem<br />

Latossolos Vermelho-<br />

Amarelos distróficos.<br />

Município: Taubaté.<br />

Coordenadas UTM:<br />

442.962E / 7.446.173N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–181 ABRIL / 2006


Foto 5.1-13 – Latossolo<br />

Vermelho-Amarelo<br />

distrófico, textura<br />

argilosa, A moderado,<br />

relevo forte ondulado.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

428.461E / 7.410.970N<br />

Foto 5.1-15 – Latossolo<br />

Vermelho Amarelo<br />

distrófico, textura<br />

argilosa, relevo forte<br />

ondulado.<br />

Município: Paraibuna<br />

CoordenadasUTM:<br />

439.967E / 7.391.159N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-14 – Área de<br />

contato entre as unidades<br />

de relevo Colinas Amplas,<br />

sustentada por rochas<br />

sedimentares da Bacia de<br />

Taubaté e Mar de Morros,<br />

esta sobre rochas cristalinas<br />

pré-cambrianas.<br />

Ocorrem Latossolos<br />

Vermelho-Amarelos na<br />

área da bacia e Argissolos<br />

no cristalino.<br />

Município: Taubaté<br />

Coordenadas UTM:<br />

444.378E / 7.447.145N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–182 ABRIL / 2006


Foto 5.1-16 – Afloramento<br />

de rocha granitóide<br />

bastante cataclasada. Zona<br />

de cisalhamento<br />

transcorrente. Rodovia dos<br />

Tamoios. Neossolos<br />

Litólicos distróficos.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

445.160E / 7.398.743N<br />

Foto 5.1-18 – Aspecto do<br />

lixão na Planície Costeira,<br />

onde ocorrem Neossolos<br />

Flúvicos Tb distróficos<br />

com inclusão de<br />

Espodossolo Ferrocárbico<br />

em relevo plano.<br />

Município: Caraguatatuba<br />

Coordenadas UTM:<br />

451.866E / 7.381.456N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-17 – Afloramento<br />

de granito-gnaisse<br />

migmatizado (granitóide)<br />

com porfiroblastos de<br />

feldspato orientados e<br />

rotacionados. Ocorrem<br />

Argissolos Vermelho-<br />

Amarelos com inclusões de<br />

Neossolos Litólicos<br />

distróficos.<br />

Município: Jambeiro<br />

Coordenadas UTM:<br />

421.298E / 7.422.664N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–183 ABRIL / 2006


Foto 5.1-20 – Depósito de<br />

lixo na baixada<br />

fluviomarinha arenoargilosa.<br />

NA 1,5m a 2,0m.<br />

Município: Caraguatatuba<br />

Coordenadas UTM:<br />

447.225E/7.383.171N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-19 –<br />

Exploração de areia no<br />

rio Tinga. Baixada<br />

colúvio-alúvio-marinha<br />

argilo-arenosa.<br />

Município:<br />

Caraguatatuba<br />

Coordenadas UTM:<br />

447.150E /7.383.342N<br />

Foto 5.1-21 – Relevo<br />

suave de tabuleiros e<br />

colinas, sem indícios de<br />

processos erosivos.<br />

Município: Taubaté<br />

Coordenadas UTM:<br />

441.152E/7.446.015N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–184 ABRIL / 2006


Foto 5.1-23 – Faixa de<br />

duto existente com solo<br />

exposto e bermas com<br />

indícios de erosão. O<br />

processo erosivo<br />

relaciona-se<br />

provavelmente ao relevo<br />

ondulado e a<br />

implantação do duto.<br />

Município: Caçapava<br />

Coordenadas UTM:<br />

433.486E/7.441.333N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-22 – Faixa de<br />

duto existente, em relevo<br />

suave ondulado com<br />

muito baixa a baixa<br />

suscetibilidade à erosão.<br />

Município: Caçapava<br />

Coordenadas UTM:<br />

429.888E/7.439.770N<br />

Foto 5.1-24 – Colinas<br />

com vertentes com<br />

pequenos indícios de<br />

creeping. Coberturas de<br />

colúvios sobre solo<br />

residual.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

431.920E/7.406.074N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–185 ABRIL / 2006


Foto 5.1-26 – Corte ao<br />

longo da rodovia em<br />

rocha gnáissica sã, com<br />

planos de fraturas, falhas<br />

e outras<br />

descontinuidades.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

445.190E/7.398.732N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-25 –<br />

Escorregamento planar.<br />

Colúvio argilo-arenoso<br />

com espessura de 1,0m,<br />

sobre solo residual<br />

(saprolito) siltoso<br />

espessura de 1,0m.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

430.461E/7.411.400N<br />

Foto 5.1-27 –<br />

Afloramento de gnaisse<br />

em área de relevo suave<br />

ondulado sem indícios de<br />

erosões.<br />

Município: São José dos<br />

Campos<br />

Coordenadas UTM:<br />

419.409E/7.427.473N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–186 ABRIL / 2006


Foto 5.1-29 – Áreas<br />

aplainadas com nível<br />

d’água elevado (aprox.<br />

1,0m) onde ocorrem<br />

lavras de argila.<br />

Morrotes e colinas sem<br />

indícios de processos<br />

erosivos.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

435.036E/7.402.662N<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

Foto 5.1-28 – Cobertura<br />

de colúvio e solo residual<br />

sobre saprolito de rocha<br />

gnáissica com sulcos e<br />

formação de pipping. Os<br />

horizontes siltosos do<br />

saprolito apresentam<br />

maior suscetibilidade aos<br />

processos erosivos.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

440.030E/7.396.090N<br />

Foto 5.1-30 – Saibreira<br />

em colina residual no<br />

sopé da serra na baixada<br />

colúvio-alúvio-marinha.<br />

Município:<br />

Caraguatatuba<br />

Coordenadas UTM:<br />

447.225E/7.383.142N<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–187 ABRIL / 2006


5.1.9 INTERFERÊNCIAS DO EMPREENDIMENTO COM A AID<br />

a. Principais Travessias de Rios<br />

Para caracterizar o regime fluvial nas 98 travessias de corpos d’água identificadas com base<br />

nas Cartas do Brasil, do IBGE, escala de 1:50.000, foram extraídos os valores médio, máximo<br />

e mínimo observados na série de vazões médias mensais obtida para cada posto fluviométrico<br />

selecionado. O Quadro 5.1-17 apresenta os resultados obtidos.<br />

Posteriormente, as vazões características nas travessias foram estimadas com base nos valores<br />

obtidos no posto fluviométrico mais próximo e de área de drenagem de mesma ordem de<br />

grandeza, seja no mesmo curso d’água, seja numa sub-bacia vizinha. Esses valores<br />

característicos foram corrigidos pela proporção entre as áreas de drenagem do posto e do local<br />

da travessia.<br />

O Quadro 5.1-18 apresenta os resultados obtidos nas travessias identificadas, onde o número<br />

do ponto de interseção corresponde à mesma numeração seqüencial adotada no Mapa de<br />

Recursos Hídricos (Mapa 11, Anexo A, Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>). Os enquadramentos em<br />

classes de uso para os corpos d’água atravessados, conforme descrito anteriormente no item<br />

5.1.8, também são apresentados nesse quadro.<br />

Exemplos do aspecto das calhas fluviais dos rios e córregos próximos aos locais das<br />

travessias são ilustrados pelas Fotos 5.1-31 a 5.1-33, apresentadas ao final deste item.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

5.1–188<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL/ 2006


Nome do Posto Rio<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.1-17 - Vazões Características dos Postos Fluviométricos Selecionados<br />

Área de<br />

drenagem<br />

(km 2 )<br />

Período de<br />

Observação<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL MEIO FÍSICO<br />

5.1–189<br />

Vazão Média Mensal<br />

(m 3 Vazão Específica Mensal<br />

/s)<br />

(L/s.km 2 Número<br />

de<br />

)<br />

Anos Máx. Média Mín. Máx. Média Mín.<br />

Bairro Alto rio Paraibuna 585 out/38 - jan/74 36 73,0 21,3 6,1 124,84 36,38 10,38<br />

Pararangaba rio Pararangaba 49 mar/60 - ago/88 29 1,81 0,45 0,07 36,94 9,18 1,43<br />

Cerâmica Quirino<br />

Usina Rio Dos<br />

Campos<br />

ribeirão Caçapava<br />

Velha<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas – ANA<br />

30 dez/57 - dez/97 41 1,31 0,28 0,02 43,67 9,33 0,67<br />

rio Capivari 142 mar/53 - set/73 21 26,1 6,1 0,5 183,45 42,82 3,80<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Quadro 5.1-18 - Vazões Características dos Rios nas Travessias e Enquadramento dos Corpos d’Água em Classes de Uso<br />

TRAVESSIA RIO BACIA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Área de<br />

Drenagem<br />

(km²)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL MEIO FÍSICO<br />

5.1–190<br />

OBS<br />

Posto de<br />

Referência<br />

Vazão Característica<br />

(m 3 /s)<br />

Máxima Média Mínima<br />

1 Afluente do Ribeirão do Pau-d´alho Rios Juqueriquerê... (80) 2,19 80800000 0,40 0,09 0,01 2<br />

2 Ribeirão do Pau-d´alho Rios Juqueriquerê... (80) 20,94 80800000 0,40 0,09 0,01 2<br />

3 Ribeirão do Pau-d´alho Rios Juqueriquerê... (80) 20,80 80800000 3,84 0,90 0,08 2<br />

4 Ribeirão do Pau-d´alho Rios Juqueriquerê... (80) 20,01 80800000 3,82 0,89 0,08 2<br />

5 Rio Pardo Rio Paraíba do Sul (58) 11,89 58070000 3,67 0,86 0,08 1<br />

6 Afluente do Rio Pardo Rio Paraíba do Sul (58) 0,02 58070000 1,48 0,43 0,12 1<br />

7 Afluente do Rio Pardo Rio Paraíba do Sul (58) 0,80 58070000 < 0,01 < 0,01 < 0,01 1<br />

8 Córrego do Tapiá Rio Paraíba do Sul (58) 2,38 58070000 0,10 0,03 0,01 1<br />

9 Afluente do Ribeirão dos Prazeres Rio Paraíba do Sul (58) 0,81 58070000 0,30 0,09 0,02 1<br />

10 Ribeirão dos Prazeres Rio Paraíba do Sul (58) 26,11 58070000 0,10 0,03 0,01 1<br />

11 Afluente do Rio Lourenço Velho Rio Paraíba do Sul (58) 0,61 58070000 3,26 0,95 0,27 1<br />

12 Afluente do Rio Lourenço Velho Rio Paraíba do Sul (58) 0,11 58070000 0,08 0,02 0,01 1<br />

13 Afluente do Rio Lourenço Velho Rio Paraíba do Sul (58) 1,97 58070000 0,01 < 0,01 < 0,01 1<br />

14 Rio Lourenço Velho Rio Paraíba do Sul (58) 41,34 58070000 0,25 0,07 0,02 1<br />

15 Afluente do Ribeirão do Cedro Rio Paraíba do Sul (58) 0,11 58070000 5,16 1,50 0,43 1<br />

16 Afluente do Ribeirão do Cedro Rio Paraíba do Sul (58) 1,95 58070000 0,01 < 0,01 < 0,01 1<br />

17 Ribeirão do Cedro Rio Paraíba do Sul (58) 13,18 58070000 0,24 0,07 0,02 1<br />

18 Córrego do Gentil Rio Paraíba do Sul (58) 5,46 58070000 1,65 0,48 0,14 1<br />

19 Afluente do Córrego do Gentil Rio Paraíba do Sul (58) 1,39 58070000 0,68 0,20 0,06 1<br />

20 Afluente do Córrego do Louro Rio Paraíba do Sul (58) 0,29 58070000 0,17 0,05 0,01 1<br />

21 Córrego do Louro Rio Paraíba do Sul (58) 0,22 58070000 0,04 0,01 < 0,01 1<br />

22 Ribeirão Claro Rio Paraíba do Sul (58) 6,68 58070000 0,03 0,01 < 0,01 1<br />

23 Afluente do Ribeirão Lajeado Rio Paraíba do Sul (58) 0,37 58070000 0,83 0,24 0,07 1<br />

24 Afluente do Ribeirão Lajeado Rio Paraíba do Sul (58) 1,73 58070000 0,05 0,01 < 0,01 1<br />

25 Afluente do Ribeirão Lajeado Rio Paraíba do Sul (58) 1,82 58070000 0,22 0,06 0,02 1<br />

26 Ribeirão Lajeado Rio Paraíba do Sul (58) 6,64 58070000 0,23 0,07 0,02 1<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

Classe<br />

de<br />

Uso


TRAVESSIA RIO BACIA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Área de<br />

Drenagem<br />

(km²)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL MEIO FÍSICO<br />

5.1–191<br />

OBS<br />

Posto de<br />

Referência<br />

Vazão Característica<br />

(m 3 /s)<br />

Máxima Média Mínima<br />

27 Afluente do Córrego Varjão Rio Paraíba do Sul (58) 0,58 58070000 0,83 0,24 0,07 1<br />

28 Córrego Varjão Rio Paraíba do Sul (58) 1,94 58070000 0,07 0,02 0,01 1<br />

29 Afluente do Córrego Varjão Rio Paraíba do Sul (58) 0,38 58070000 0,24 0,07 0,02 1<br />

30 Afluente do Córrego Espírito Rio Paraíba do Sul (58) 0,43 58070000 0,05 0,01 < 0,01 1<br />

31 Córrego Espírito Rio Paraíba do Sul (58) 3,70 58070000 0,05 0,02 < 0,01 1<br />

32 Ribeirão Fartura Rio Paraíba do Sul (58) 60,80 58070000 0,46 0,13 0,04 1<br />

33 Córrego São José Rio Paraíba do Sul (58) 4,62 58070000 7,59 2,21 0,63 1<br />

34 Afluente do Córrego São José Rio Paraíba do Sul (58) 2,57 58070000 0,58 0,17 0,05 1<br />

35 Córrego Morro Azul Rio Paraíba do Sul (58) 2,44 58070000 0,32 0,09 0,03 1<br />

36 Córrego Morro Azul Rio Paraíba do Sul (58) 3,05 58070000 0,30 0,09 0,03 1<br />

37 Rio do Salto Rio Paraíba do Sul (58) 99,84 58070000 0,38 0,11 0,03 1<br />

38 Afluente do Rio Paraíba do Sul Rio Paraíba do Sul (58) 0,15 58070000 12,46 3,63 1,04 1<br />

39 Afluente do Rio Paraíba do Sul Rio Paraíba do Sul (58) 0,41 58070000 0,02 0,01 < 0,01 1<br />

40 Afluente do Rio Paraíba do Sul Rio Paraíba do Sul (58) 1,49 58070000 0,05 0,01 < 0,01 1<br />

41 Córrego Santo Antônio Rio Paraíba do Sul (58) 2,72 58070000 0,19 0,05 0,02 1<br />

42 Afluente do Córrego Santo Antônio Rio Paraíba do Sul (58) 0,31 58070000 0,34 0,10 0,03 1<br />

43 Rio Paraíba do Sul Rio Paraíba do Sul (58) 4.593,97 Represa de Santa Branca 58040000 0,04 0,01 < 0,01 1<br />

44 Afluente do Rio Paraíba do Sul Rio Paraíba do Sul (58) 0,70 58070000 - - - 1<br />

45 Ribeirão do Pantanhão Rio Paraíba do Sul (58) 22,72 58070000 0,09 0,03 0,01 1<br />

46 Afluente do Rio Capivari Rio Paraíba do Sul (58) 0,24 58070000 2,84 0,83 0,24 1<br />

47 Afluente do Rio Capivari Rio Paraíba do Sul (58) 2,56 58070000 0,03 0,01 < 0,01 1<br />

48 Rio Capivari Rio Paraíba do Sul (58) 194,10 Represa de Santa Branca 58040000 0,32 0,09 0,03 1<br />

49 Córrego São João Rio Paraíba do Sul (58) 1,59 58070000 - - - 1<br />

50 Rio Varador ou Varadouro Rio Paraíba do Sul (58) 7,23 58070000 0,20 0,06 0,02 1<br />

51 Afluente do Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 0,15 58147000 0,90 0,26 0,08 2<br />

52 Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 2,46 58147000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

53 Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 2,94 58147000 0,09 0,02 < 0,01 2<br />

54 Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 6,64 58147000 0,11 0,03 < 0,01 2<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

Classe<br />

de<br />

Uso


TRAVESSIA RIO BACIA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Área de<br />

Drenagem<br />

(km²)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL MEIO FÍSICO<br />

5.1–192<br />

OBS<br />

Posto de<br />

Referência<br />

Vazão Característica<br />

(m 3 /s)<br />

Máxima Média Mínima<br />

55 Afluente do Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 0,20 58147000 0,25 0,06 0,01 2<br />

56 Afluente do Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 0,80 58147000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

57 Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 10,14 58147000 0,03 0,01 < 0,01 2<br />

58 Afluente do Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 0,16 58147000 0,37 0,09 0,01 2<br />

59 Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 11,51 58147000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

60 Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 11,71 58147000 0,43 0,11 0,02 2<br />

61 Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 12,39 58147000 0,43 0,11 0,02 2<br />

62 Rio Alambari Rio Paraíba do Sul (58) 12,80 58147000 0,46 0,11 0,02 2<br />

63 Ribeirão do Cajuru Rio Paraíba do Sul (58) 16,55 58147000 0,47 0,12 0,02 2<br />

64 Afluente do Ribeirão do Cajuru Rio Paraíba do Sul (58) 0,10 58147000 0,61 0,15 0,02 2<br />

65 Afluente do Ribeirão do Cajuru Rio Paraíba do Sul (58) 0,20 58147000 < 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

66 Córrego do Bairrinho Rio Paraíba do Sul (58) 12,77 58147000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

67 Rio Pararangaba Rio Paraíba do Sul (58) 7,63 58147000 0,47 0,12 0,02 2<br />

68 Afluente do Rio Pararangaba Rio Paraíba do Sul (58) 0,22 58147000 0,28 0,07 0,01 2<br />

69 Córrego Alvorada Rio Paraíba do Sul (58) 0,73 58147000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

70 Ribeirão da Divisa Rio Paraíba do Sul (58) 7,75 58147000 0,03 0,01 < 0,01 2<br />

71 Ribeirão Dois Córregos Rio Paraíba do Sul (58) 21,52 58147000 0,29 0,07 0,01 2<br />

72 Afluente do Ribeirão Olho d´água Rio Paraíba do Sul (58) 0,11 58147000 0,79 0,20 0,03 2<br />

73 Afluente do Ribeirão Olho d´água Rio Paraíba do Sul (58) 1,59 58147000 < 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

74 Afluente do Ribeirão Olho d´água Rio Paraíba do Sul (58) 0,16 58147000 0,06 0,01 < 0,01 2<br />

75 Ribeirão Olho d´água Rio Paraíba do Sul (58) 9,27 58147000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

76 Afluente do Ribeirão Olho d´água Rio Paraíba do Sul (58) 0,80 58147000 0,34 0,09 0,01 2<br />

77 Afluente do Ribeirão de Manuel Lito Rio Paraíba do Sul (58) 0,28 58147000 0,03 0,01 < 0,01 2<br />

78 Ribeirão de Manuel Lito Rio Paraíba do Sul (58) 1,07 58147000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

79 Afluente do Ribeirão de Manuel Lito Rio Paraíba do Sul (58) 0,24 58147000 0,04 0,01 < 0,01 2<br />

80 Afluente do Ribeirão de Manuel Lito Rio Paraíba do Sul (58) 0,20 58147000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

81 Córrego da Mina Rio Paraíba do Sul (58) 8,21 58155000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

82 Ribeirão Borda da Mata Rio Paraíba do Sul (58) 5,74 58155000 0,36 0,08 0,01 2<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

Classe<br />

de<br />

Uso


TRAVESSIA RIO BACIA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Área de<br />

Drenagem<br />

(km²)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL MEIO FÍSICO<br />

5.1–193<br />

OBS<br />

Posto de<br />

Referência<br />

Vazão Característica<br />

(m 3 /s)<br />

Máxima Média Mínima<br />

83 Afluente do Ribeirão da Mata Rio Paraíba do Sul (58) 0,48 58155000 0,25 0,05 < 0,01 2<br />

84 Afluente do Ribeirão da Mata Rio Paraíba do Sul (58) 0,84 58155000 0,02 < 0,01 < 0,01 2<br />

85 Ribeirão da Mata Rio Paraíba do Sul (58) 18,30 58155000 0,04 0,01 < 0,01 2<br />

86 Afluente do Ribeirão da Mata Rio Paraíba do Sul (58) 1,41 58155000 0,80 0,17 0,01 2<br />

87 Afluente do Ribeirão da Mata Rio Paraíba do Sul (58) 0,50 58155000 0,06 0,01 < 0,01 2<br />

88 Córrego Guaçaira ou Caetano Rio Paraíba do Sul (58) 12,76 58155000 0,02 < 0,01 < 0,01 2<br />

Afluente do Córrego Guaçaira ou Rio Paraíba do Sul (58)<br />

89 Caetano<br />

0,70 58155000 0,56 0,12 0,01 2<br />

90 Córrego da Cachoeira Rio Paraíba do Sul (58) 6,54 58155000 0,03 0,01 < 0,01 2<br />

91 Córrego da Vargem Rio Paraíba do Sul (58) 11,25 58155000 0,29 0,06 < 0,01 2<br />

92 Afluente do Córrego Boçoroca Rio Paraíba do Sul (58) 0,31 58155000 0,49 0,11 0,01 2<br />

93 Afluente do Córrego Boçoroca Rio Paraíba do Sul (58) 0,19 58155000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

94 Afluente do Córrego Boçoroca Rio Paraíba do Sul (58) 0,98 58155000 0,01 < 0,01 < 0,01 2<br />

95 Córrego Boçoroca Rio Paraíba do Sul (58) 2,40 58155000 0,04 0,01 < 0,01 2<br />

96 Afluente do Córrego Boçoroca Rio Paraíba do Sul (58) 0,87 58155000 0,10 0,02 < 0,01 2<br />

97 Afluente do Ribeirão Piracanguá Rio Paraíba do Sul (58) 2,71 58155000 0,04 0,01 < 0,01 2<br />

98 Ribeirão Piracanguá Rio Paraíba do Sul (58) 7,72 58155000 0,12 0,03 < 0,01 2<br />

Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA<br />

Nota : A sub-bacia do rio Juqueriquerê faz parte da bacia dos rios Itapanhaú e Itanhaém (código 80 da ANA).<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

Classe<br />

de<br />

Uso


Foto 5.1-31 - Vista do rio Capivari no trecho remansado pelo reservatório de Santa Branca<br />

(coordenadas UTM 421.738E/ 7.421.993N), cerca de 900m a jusante da travessia do futuro<br />

Gasoduto.<br />

Foto 5.1-32 - Vista do rio do Salto (coordenadas UTM 426.922E / 7.413.738N) próximo à<br />

travessia do futuro Gasoduto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–194 ABRIL / 2006


Foto 5.1-33- Vista do córrego da Cachoeira (coordenadas UTM 434.588E/ 7.7.443.092N)<br />

980m a jusante da travessia do futuro Gasoduto.<br />

b. Interferências com Áreas de Autorizações e Concessões Minerais<br />

De acordo com o levantamento de autorizações e concessões minerais no Departamento<br />

Nacional de Produção Mineral – DNPM, na Área de Influência Direta (AID) o traçado do<br />

futuro Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté interferirá com 16 (dezesseis) áreas das 76 áreas<br />

(processos DNPM) de interesse mineral identificadas ao longo da Área de Influência Indireta<br />

do Gasoduto. Tais áreas encontram-se representadas no Mapa 09 – Processos Minerários,<br />

apresentado no Anexo A, Volume 2/3 deste documento.<br />

Dessas 16 áreas cujos polígonos serão atravessados pelo traçado do futuro Gasoduto, 4 estão<br />

em fase de Requerimento de Pesquisa, 10 em Autorização de Pesquisa, 1 na fase de<br />

Concessão de Lavra e 1 em disponibilidade, conforme relação apresentada no Quadro 5.1-19.<br />

Os recursos minerais que suscitaram interesse para a autorizações e concessões minerais são:<br />

areia (4 áreas), argila (3 áreas), linhito (2 áreas) e turfa, caulim/água mineral,<br />

argila/caulim/feldspato, argilito, granito, hidrargilita e gnaisse, estes últimos com uma área<br />

cada.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–195 ABRIL / 2006


Prevê-se que a implantação do Gasoduto poderá acarretar interferências com jazidas minerais<br />

ou minas correspondentes a esses processos. Deve-se, entretanto, conhecer em detalhe as<br />

áreas requeridas para pesquisa e lavra, assim como a localização da ocorrência ou jazida da<br />

substância mineral de interesse, uma vez que a interferência constatada pelo estudo atual é do<br />

polígono da área requerida com o traçado do Gasoduto.<br />

Ressalta-se que a única área que dispõe de concessão de lavra (areia), é o processo<br />

1995820597, cujo titular é Soares Penido Participações e Empreendimentos S.A, com<br />

50,00ha, em Caraguatatuba. O polígono correspondente a este processo é tangenciado em seu<br />

setor inferior esquerdo pelo traçado do futuro duto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–196 ABRIL / 2006


Quadro 5.1-19 - Interferências do traçado do futuro Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté com áreas correspondentes a Processos Minerários–DNPM<br />

ITEM PROCESSO ANO REQUERENTE SUBSTÂNCIA(S) MUNICÍPIO<br />

1 820307 2005 GERALDO MAGELA GONTIJO<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CAULIM, ÁGUA<br />

MINERAL<br />

ÁREA<br />

(ha)<br />

PARAIBUNA 291,19<br />

ÚLTIMO EVENTO<br />

AUT PESQ/ALVARÁ DE PESQUISA 03 ANOS PUBL -<br />

03/11/2005<br />

2 820808 2002 ANTONIO CESAR MERENDA AR<strong>EIA</strong>, ARGILA PARAIBUNA 941,25 AUT PESQ/AUTO DE INFRAÇÃO MULTA-TAH - 07/03/2005<br />

3 820592 1988 JORGE GYOTOKU LINHITO TAUBATÉ 1.672,99<br />

4 821863 1987<br />

ARNALDO<br />

JUNIOR<br />

FONSECA CABRAL<br />

AUT PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

28/02/2003<br />

ARGILA CAÇAPAVA 1.000,00 AUT PESQ/EXIGÊNCIA PUBLICADA - 05/03/1993<br />

5 820098 2004 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. TURFA <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 413,71 AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO - 29/07/2005<br />

6 820103 2002 MINERAÇÃO BARUEL LTDA. LINHITO TAUBATÉ 1.954,48 AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO - 31/01/2005<br />

7 820877 2003 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 39,96 AUT PESQ/PAGAMENTO DA TAH EFETUADO - 31/01/2005<br />

8 820385 2002 MINERAÇÃO BARUEL LTDA. ARGILITO<br />

CAÇAPAVA E<br />

TAUBATÉ<br />

9 820491 2001 MARCOS KEUTENEDJIAN ARGILA S. J. DOS CAMPOS 875,25<br />

10 820597 1995<br />

SOARES PENIDO PARTICIPACOES<br />

E EMPREENDIMENTOS S.A<br />

769,40<br />

AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 50,00<br />

AUT PESQ/RELATÓRIO FINAL PESQ APRESENTAD -<br />

10/12/2004<br />

AUT PESQ/RENUNCIA ALVARÁ PESQ PROTOCOLIZ -<br />

07/06/2005<br />

CONC LAV/TRANSF DIREITO LAVRA SOLICITADA -<br />

29/04/2005<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TAUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–197 ABRIL / 2006


ITEM PROCESSO ANO REQUERENTE SUBSTÂNCIA(S) MUNICÍPIO<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ÁREA<br />

11 820491 2001 MARCOS KEUTENEDJIAN ARGILA S. J. DOS CAMPOS 875,25<br />

12 820156 1987<br />

SERVENG CIVILSAN S.A.<br />

EMPRESAS ASSOCIADAS DE<br />

ENGENHARIA<br />

(ha)<br />

AR<strong>EIA</strong> <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 789,00<br />

13 821062 2003 GERALDO MAGELA GONTIJO GRANITO PARAIBUNA 999,85<br />

14 820242 2005<br />

NICANOR DE CAMARGO NEVES<br />

FILHO<br />

ARGILA, CAULIM,<br />

FELDSPATO<br />

PARAIBUNA 635,80<br />

ÚLTIMO EVENTO<br />

AUT PESQ/RENUNCIA ALVARÁ PESQ PROTOCOLIZ -<br />

07/06/2005<br />

REQ PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

24/07/2003<br />

REQ PESQ/DOCUMENTO DIVERSO PROTOCOLIZADO -<br />

27/01/2005<br />

REQ PESQ/SOLICITA PRORROG PRAZO EXIGÊNCI -<br />

14/10/2005<br />

15 820368 1988 JULIO BETTOI CARDOSO HIDRARGILITA PARAIBUNA 979,00 REQ PESQ/TORNA S/EFEITO DESP IND PUB - 10/05/2000<br />

16 820849 2002 PECUÁRIA SERRAMAR LTDA. GNAISSE <strong>CARAGUA</strong>TATUBA 49,81 DISP./EDITAL DISPON. LAV. S/ EFEITO PUBL. 21/03/06<br />

Fonte: Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM - Sede – Brasília, novembro de 2005.<br />

Legenda:<br />

- REQ PESQ. = Requerimento de Pesquisa<br />

- AUT PESQ. = Autorização de Pesquisa<br />

- LICEN = Licenciamento<br />

- TAH = Taxa Anual por Hectare<br />

- CONC LAV = Concessão de Lavra<br />

- DISP = Disponibilidade<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TAUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–198 ABRIL / 2006


c. Interferências com Áreas Suscetíveis à Erosão e Áreas de Risco Geotécnico<br />

Nas áreas a serem atravessadas pelo futuro Gasoduto com relevo escarpado, montanhoso,<br />

forte ondulado, ondulado com solos de erodibilidade Extremamente Forte (EF), Muito Forte<br />

(MF), Forte (Fo) e seus intermediários (MF/EF, MF/Fo, Fo/MF), predominam Cambissolos<br />

Háplicos e Argissolos Vermelho-Amarelos, conforme relação constante do Quadro 5.1-20,<br />

apresentado adiante.<br />

Nelas, poderão ocorrer alterações localizadas nas condições de estabilidade dos terrenos, bem<br />

como a instalação de processos erosivos, quando houver qualquer intervenção com cortes ou<br />

mesmo outros usos, tendo em vista a exposição dessas áreas, que apresentam elevado grau de<br />

suscetibilidade à erosão sob a ação das chuvas intensas, devido não somente à declividade<br />

como também à pequena espessura dos solos, caráter abrúptico, gradiente textural, e presença<br />

de pedregosidade, rochosidade e afloramentos de rocha.<br />

Qualquer desmatamento maior nas áreas de ocorrência dos solos acima indicados poderá dar<br />

início a uma erosão laminar moderada e forte e em sulcos, que poderão evoluir para<br />

ravinamentos de escoamento superficial concentrado, alterando a estabilidade das encostas<br />

existentes, caso não sejam adotadas medidas preventivas e corretivas durante a fase de<br />

implantação do empreendimento. Esse impacto é, em parte, incrementado pelo regime<br />

climático com elevado índice pluviométrico, além de, também, poder gerar problemas nos<br />

corpos d´água próximos, por meio do carreamento de sólidos.<br />

Quadro 5.1-20 – Classes de erodibilidade das terras e unidades de mapeamento de solos<br />

CLASSE DE SUSCETIBILIDADE À<br />

EROSÃO<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

UNIDADE DE MAPEAMENTO DE SOLOS<br />

Li - Ligeira LVAd1, LVAd2, RYbd1 e RYbd2.<br />

Mo - Moderada PVAd1, ESo, LVAd3 e RYbd3.<br />

Mo/Fo - Moderada/Forte PVAd2, PVAd8, PVAd9, LVAd4 e LVAd5.<br />

Fo - Forte PVAd3 a PVAd7, PVAd10 a PVAd13, CXbd1 e CXbd2.<br />

Fo/MF - Forte/Muito Forte CXbd3 e LVAd6.<br />

MF - Muito Forte PVAd14 a PVAd19, CXbd4, CXbd5 e LVAd7.<br />

MF/EF - Muito Forte/Extremamente Forte PVAd20.<br />

EF - Extremamente Forte PVAd21 e CXbd6.<br />

Fonte: Mapa 07 – Suscetibilidade à Erosão.<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–199 ABRIL / 2006


Algumas vertentes de declividades moderadas ou fortes das elevações daquelas unidades de<br />

relevo já apresentam feições erosivas decorrentes das atividades antrópicas (principalmente a<br />

retirada da vegetação), tais como sulcos, ravinas e cicatrizes de movimentos de massa<br />

anteriores.<br />

As áreas mais críticas ao longo do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté estão referenciadas na<br />

Figura 5.1-59 e no Quadro 5.1-21 a seguir apresentados, indicando-se, para cada categoria<br />

de suscetibilidade à erosão das terras, suão intervalo de ocorrência ao longo do traçado. Tais<br />

áreas encontram-se identificadas no Mapa 14 – Pontos e Áreas Notáveis, apresentado no<br />

Anexo A, Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>.<br />

Conforme o Quadro 5.1-21, dos 94,1km de extensão do futuro duto, 34,4 ou 36,5% possuem<br />

elevada suscetibilidade à erosão, enquadrando-se nas classes Forte a Muito Forte e<br />

Extremamente Forte.<br />

De acordo com os resultados obtidos nos estudos de suscetibilidade à erosão, observa-se uma<br />

alta correlação, principalmente nas categorias mais elevadas de cada sistema, com as áreas de<br />

risco geotécnico, conforme apresentado no Quadro 5.1-21.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–200 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Figura 5.1-59 – Localização das Áreas com Elevada Suscetibilidade à Erosão<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–201 ABRIL / 2006


Quadro 5.1-21 – Interferências com Áreas de Alta Suscetibilidade à Erosão e de Elevado Grau de Risco Geotécnico<br />

Suscetibilidade à Erosão<br />

Inicial Final<br />

%<br />

Inicial Final<br />

EF<br />

Extremamente<br />

Forte<br />

CXbd6 2,20 6,50 4,30 4,6 R-IV Muito Alto 2,10 7,00 4,90 5,2<br />

Fo Forte CXbd2 6,50 8,20 1,70 1,8 - - - - - -<br />

MF Muito Forte CXbd5 8,20 10,98 2,78 3,0 R-III Alto 8,10 10,70 2,60 2,8<br />

Fo Forte CXbd1 10,98 11,50 0,52 0,6 - - - - - -<br />

(*)<br />

Símbolo Classificação Solo<br />

Km de Ocorrência Extensão<br />

(Km)<br />

Km de Ocorrência Extensão<br />

(Km)<br />

% (*)<br />

Símbolo Classificação<br />

Fo/MF Forte/Muito Forte LVAd6 11,50 13,47 1,97 2,1 R-III Alto 15,60 16,40 0,80 0,9<br />

EF<br />

Extremamente<br />

Forte<br />

PVAd21 20,17 21,50 1,33 1,4 R-III Alto 19,30 21,80 2,50 2,7<br />

MF Muito Forte<br />

Muito Forte/<br />

PVAd14 22,20 22,90 0,70 0,7 R-III Alto 22,40 23,00 0,60 0,6<br />

MF/EF Extremamente<br />

Forte<br />

Muito Forte/<br />

PVAd20 24,08 25,63 1,55 1,6 R-III Alto 24,20 25,30 1,10 1,2<br />

MF/EF Extremamente<br />

Forte<br />

Muito Forte/<br />

PVAd20 26,17 27,28 1,11 1,2 - - - - - -<br />

MF/EF Extremamente<br />

Forte<br />

PVAd20 27,90 28,70 0,80 0,9 - - - - - -<br />

Fo Forte PVAd4 31,05 34,05 3,00 3,2 - - - - - -<br />

MF Muito Forte PVAd16 34,15 38,80 4,65 4,9 R-III Alto<br />

34,20<br />

36,90<br />

36,30<br />

38,80<br />

2,10<br />

1,90<br />

2,2<br />

2,0<br />

Fo Forte PVAd7 40,80 45,62 4,82 5,1 - - - - - -<br />

Fo Forte PVAd10 45,94 48,65 2,71 2,9 - - - - - -<br />

Fo Forte PVAd13 48,65 48,95 0,30 0,3 - - - - - -<br />

Fo Forte PVAd7 48,95 49,45 0,50 0,5 - - - - - -<br />

MF Muito Forte PVAd15 49,45 51,07 1,62 1,7 - - - - - -<br />

TOTAL<br />

34,36 36,5 TOTAL<br />

16,50 17,5<br />

Fonte: Mapa 06 – Solos, 07 - Suscetibilidade à Erosão e Mapa 10 – Geológico-Geotécnico.<br />

(*) Relativo a 94,1km de extensão.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Risco Geotécnico<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – MEIO FÍSICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TAUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–203 ABRIL / 2006


De uma forma geral, os segmentos da AID cujo risco geotécnico é alto e muito alto possuem<br />

suscetibilidade à erosão muito forte e extremamente forte.<br />

Há alguns segmentos da AID, entretanto, que possuem suscetibilidade à erosão muito forte e<br />

extremamente forte e, ao mesmo tempo, têm um menor grau de risco geotécnico. Nessas<br />

áreas, há risco da erosão laminar severa devido ao gradiente textural existente entre os<br />

horizontes superficial e subsuperficial, no caso dos Argissolos, desenvolvidos em relevo forte<br />

ondulado (>20% de declive). Nesses casos, a suscetibilidade a processos erosivos que possam<br />

evoluir para movimentos de massa é limitada devido às boas características geotécnicas dos<br />

materiais de cobertura.<br />

As áreas consideradas de risco geotécnico registradas na AID, tiveram sua identificação<br />

limitada aos 800m de largura, ao longo do traçado do futuro Gasoduto, conforme mostrado no<br />

Mapa 10 – Unidades Geológico-Geotécnicas e de Áreas de Risco. Nesse mapa, as áreas de<br />

risco encontram-se delimitadas, considerando sua representação cartográfica na escala de<br />

1:100.000. Entretanto, para a AID, essas áreas foram identificadas, com maior detalhe, sobre<br />

material aerofotográfico na escala de 1:25.000.<br />

Os trabalhos de avaliação das áreas de riscos ao longo da AID foram realizados em ambiente<br />

de Sistemas de Informações Geográficas – SIG, onde foram analisados em conjunto os<br />

seguintes materiais: mosaico de ortofotos, escala 1:25.000, formato geotiff; curvas<br />

altimétricas geradas do MDT – Projeto Shuttle (NIMA-NASA), com 90 metros de resolução;<br />

polígonos das áreas de risco definidos na AII.<br />

A apresentação das áreas de risco na AID foi estruturada segundo os graus de risco, do maior<br />

para o menor, e por trechos de ocorrência ao longo da diretriz, isto é, Km inicial e Km final<br />

de cada uma delas. Em seguida, são descritas, de forma sucinta, as categorias de áreas de<br />

risco mais elevado (Risco Alto e Muito Alto).<br />

• Áreas de Risco de Encostas<br />

- Risco Muito Alto (R-IV)<br />

São áreas relacionadas às escarpas da serra do Mar onde os processos morfodinâmicos,<br />

representados por erosões, quedas de blocos, escorregamentos e fluxos de detritos, são<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–204 ABRIL / 2006


ecorrentes. Ocorrem, unicamente, entre o Km 2,1 e o Km 7,0 do futuro duto. Dos 4,9km<br />

desse trecho, apenas 0,8km situam-se realmente em área de risco muito alto. De fato, a maior<br />

extensão desse trecho (4,1km) não será afetada pelas obras, uma vez que está prevista a<br />

construção de um túnel entre o Km 2,9 e o Km 8,1.<br />

- Risco Alto (R-III)<br />

São áreas de alta suscetibilidade aos processos erosivos e a movimentos de massa. O relevo<br />

mais movimentado de morros, morros paralelos e mar de morros, onde as declividades são<br />

mais elevadas, favorece o desenvolvimento de processos erosivos e de movimentos de massa.<br />

Ocorrem do Km 8,1 ao Km 10,7; do Km 15,6 ao Km 16,4; do Km 19,3 ao Km 21,8; do Km<br />

22,4 ao Km 23,0; do Km 24,2 ao Km 25,3; do Km 34,2 ao Km 36,3 e do Km 36,9 ao Km<br />

38,8.<br />

O primeiro segmento dessas áreas, do Km 8,1 ao Km 10,7, inicia-se nas proximidades da<br />

saída do túnel a ser construído .<br />

• Área de Risco de Baixada (RB)<br />

Esta área refere-se à área de atingimento estimada, relacionada aos processos deposicionais<br />

dos materiais mobilizados de montante, os quais podem assumir proporções catastróficas sob<br />

determinadas condições climáticas e geotécnicas. O Risco de Baixada inclui, também, as<br />

áreas sujeitas a eventos de inundação, principalmente aquelas na planície aluvionar da<br />

baixada litorânea.<br />

O único trecho da AID sujeito aos processos acima descritos estende-se do Km 0,0 ao Km<br />

2,1.<br />

• Conclusões<br />

De acordo com os resultados apresentados nos estudos de suscetibilidade à erosão, observa-se<br />

uma alta correlação entre suscetibilidade à erosão e as áreas de risco geotécnico.<br />

Dos 94,1km de extensão do futuro duto, 34,4 ou 36,5% possuem elevada suscetibilidade à<br />

erosão, enquadrando-se nas classes Forte a Muito Forte e Extremamente Forte, enquanto que<br />

16,5km ou 17,5% situam-se em ambientes de encostas, apresentando risco geológico-<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–205 ABRIL / 2006


geotécnico alto e muito alto. Nesse sentido, observa-se que, em função da previsão de<br />

construção de um túnel entre os Km 2,9 e 8,1 (5,2km), a área compreendida neste intervalo<br />

não apresentará risco geotécnico, o que reduz o trecho de elevada suscetibilidade à erosão e<br />

risco geológico-geotécnico de 34,4km para 29,2km.<br />

Ressalta-se, ainda, a ocorrência de 2,1km do futuro Gasoduto no trecho inicial, cujo risco<br />

geológico-geotécnico é relativo à posição fisiográfica de baixada, podendo vir a ser atingido<br />

por materiais provenientes de áreas elevadas de montante. Esse segmento apresenta alto risco<br />

de inundação.<br />

Os trechos comentados acima estão representados graficamente nos Mapas 10 e 14<br />

respectivamente, Geológico-Geotécnico e Pontos e Áreas Notáveis, ambos apresentados no<br />

Anexo A, Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL<br />

MEIO FÍSICO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.1–206 ABRIL / 2006


5.2 MEIO BIÓTICO<br />

5.2.1. ASPECTOS METODOLÓGICOS<br />

a. Vegetação<br />

O estudo da vegetação ao longo do traçado do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté consistiu na<br />

caracterização fitofisionômica dos ambientes, aliada às avaliações qualitativas e quantitativas<br />

da organização e distribuição dos componentes vegetais.<br />

Para a descrição da vegetação atual, foram realizados trabalhos de campo em diversos pontos<br />

das Áreas de Influência do empreendimento. Foram priorizados os testemunhos da cobertura<br />

vegetal nativa, abrangendo trechos remanescentes de vegetação arbórea, arbustiva e/ou<br />

herbácea de interesse ou de expressão.<br />

O roteiro dos trabalhos de campo e a seleção das áreas de relevante interesse ao estudo foram<br />

definidos com base em aerofotografias, imagens de satélite e em cartas topográficas do IBGE.<br />

O percurso foi verificado por meio de equipamento de posicionamento global por satélites<br />

(GPS), tendo sido tomadas as coordenadas dos principais pontos de interesse.<br />

A análise da Área de Influência Indireta (5km para cada lado da diretriz do duto) enfatizou os<br />

aspectos fitofisionômicos da vegetação, sendo complementadas com informações obtidas em<br />

bibliografia específica, principalmente no que se refere à área do Parque Estadual da Serra do<br />

Mar, onde não se fez levantamento de campo.<br />

Para a Área de Influência Direta (400m para cada lado do traçado), foi realizada uma análise<br />

fitofisionômica e florística da vegetação, a fim de diagnosticar as condições da vegetação<br />

existente, e obter informações sobre o estado de conservação de cada trecho analisado. As<br />

espécies representativas da flora também foram relacionadas através de levantamento<br />

florístico preliminar.<br />

(1) Levantamento Florístico<br />

O levantamento florístico é considerado fundamental para o conhecimento da vegetação e,<br />

conseqüentemente, para a caracterização de suas diferentes fisionomias. Esse trabalho,<br />

realizado no período entre 6 e 10 de outubro de 2005, envolveu a observação de material em<br />

estado fértil, ou vegetativo, ao longo da diretriz do empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-1 ABRIL / 2006


O levantamento florístico preliminar foi realizado no sentido de se obterem informações sobre<br />

a composição da vegetação da Área de Influência Direta do empreendimento, relacionando as<br />

espécies representativas da flora local.<br />

Tal estudo envolveu a observação e coleta de material em estado fértil ou vegetativo ao longo<br />

da diretriz do Gasoduto. O material coletado para os estudos foi armazenado em sacos<br />

plásticos e borrifados com álcool 70%, sendo posteriormente prensado e seco em estufa. A<br />

identificação do material foi realizada em laboratório, com base em bibliografia específica e<br />

por comparação com material depositado em herbários. O material em estado fértil e de maior<br />

valor para pesquisa foi incorporado às coleções do Herbário do Instituto de Pesquisas Jardim<br />

Botânico do Rio de Janeiro (RB).<br />

Uma listagem de espécies vegetais é apresentada ao final desta seção, tendo sido elaborada<br />

com base no levantamento de campo, abrangendo as ocorrentes nas Áreas de Influência do<br />

empreendimento, principalmente na AID.<br />

Para cada táxon, procurou-se referenciar o hábito/forma de vida e o(s) respectivo(s) hábitat(s)<br />

de ocorrência. Foram ainda consideradas observações acerca dos nomes populares, obtidos<br />

com base em consulta bibliográfica. Cabe destacar que alguns nomes populares aplicados às<br />

espécies podem variar conforme a localidade, sendo aqui fornecidos somente a título de<br />

ilustração.<br />

A definição dos estádios sucessionais da vegetação secundária tomou como base a<br />

nomenclatura e os critérios estabelecidos pela Resolução Conjunta SMA/IBAMA/SP de 17 de<br />

fevereiro de 1994, que estabelece os parâmetros para análise dos estádios de sucessão da Mata<br />

Atlântica no Estado de São Paulo.<br />

A metodologia empregada para a caracterização da vegetação no contexto regional consistiu<br />

na compilação e revisão da bibliografia específica para as Áreas de Influência do<br />

empreendimento.<br />

A classificação da vegetação tomou por base o sistema fisionômico-ecológico proposto por<br />

VELOSO et al. (1991), e adotado pelo IBGE (1992). Para o diagnóstico da vegetação<br />

original, foram utilizados, como fonte básica de referência, os mapeamentos datados de 2002,<br />

realizados pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais<br />

(INPE) e o mapas fitoecológicos elaborados pelo RADAMBRASIL (Folha SF 23, 1:250.000).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-2 ABRIL / 2006


(2) Estrutura das Comunidades Vegetais<br />

• Reconhecimento prévio<br />

Antecedendo os estudos quantitativos, foi realizada uma pré-identificação das fitofisionomias<br />

a serem estudadas, com o auxílio de imagens de satélite LANDSAT 7, SPOT e ASTER,<br />

aerofotografias (escala 1:20.000) e cartas topográficas 1:50.000 (IBGE), contendo o traçado<br />

do Gasoduto, onde foram selecionados, e devidamente georreferenciados, os prováveis pontos<br />

de amostragens.<br />

Durante a campanha de campo, foram amostrados 28 pontos, sendo cinco de fitossociologia<br />

(P1 a P5) e florística, e 23 exclusivamente de florística (V1 a V23 – Quadro 5.2-1), ao longo<br />

dos 94,10km de extensão do futuro Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, sendo 65,00km em<br />

faixa nova e 29,10km em faixa existente.<br />

Esses pontos estão representados no Mapa 12 - Vegetação, Uso e Ocupação das Terras,<br />

apresentado no Volume 2/3 deste relatório, Anexo A.<br />

• Estudos qualitativos e quantitativos das fitofisionomias<br />

O levantamento das informações primárias para o estudo foi realizado em diversos<br />

fragmentos na Área de Influência Direta do Gasoduto, atravessados pela faixa de servidão de<br />

20m. No total, foram mensuradas 20 subparcelas de 10x25m, em cinco pontos de<br />

amostragem, demarcadas ao longo de várias transecções iniciadas a, pelo menos, 5m da<br />

borda dos fragmentos.<br />

A análise estrutural da comunidade incluiu as estimativas de parâmetros florísticos<br />

(composição florística, diversidade de espécies e agregação das espécies); parâmetros<br />

fitossociológicos (estrutura horizontal, estrutura vertical, valor de cobertura e valor de<br />

importância); estrutura de tamanho (diâmetros, altura, área basal e volume cilíndrico); e da<br />

amostragem realizada (curva área versus espécie). O processamento dos dados foi efetuado<br />

através do emprego dos softwares MataNativa e MS Excel.<br />

Os parâmetros fitossociológicos foram calculados com o objetivo de se conhecer a<br />

importância de cada espécie na referida comunidade. Assim, as estimativas dos parâmetros da<br />

estrutura horizontal incluíram a freqüência, a densidade e a dominância de cada espécie<br />

amostrada. A estrutura vertical foi realizada objetivando melhor caracterização da importância<br />

ecológica das espécies arbóreas nos fragmentos, e calculada através da posição sociológica.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-3 ABRIL / 2006


Para informar a importância ecológica da espécie em termos de distribuição horizontal, foram<br />

calculados os índices de cobertura e de importância, bem como de sua ampliação, que<br />

também engloba a importância da espécie em termos de distribuição vertical. Todos esses<br />

índices foram calculados a partir dos valores relativos dos parâmetros mencionados<br />

anteriormente.<br />

A avaliação da estrutura dos fragmentos estudados foi realizada tomando-se por base a<br />

distribuição em classes de diâmetro, de altura, das áreas seccionais (área basal) e do volume<br />

cilíndrico.<br />

Os parâmetros florísticos visaram, sobretudo, ao conhecimento da importância ecológica de<br />

cada espécie e ao grau de diversidade florística dos fragmentos estudados. Assim, na análise<br />

da composição florística, são apresentadas informações sobre as espécies encontradas,<br />

separadas por táxon, família botânica ou estrato (fitofisionomia, p.e.).<br />

A análise da diversidade de espécies visou estabelecer referências que permitam avaliar o<br />

quanto um fragmento florestal é diverso em termos de espécies. Para tanto, foram empregados<br />

vários índices com esse propósito (coeficiente de mistura de Jentsch, o índice de Shannon-<br />

Weaver, o índice de uniformidade de Pielou e o índice de Simpson).<br />

A avaliação do padrão de distribuição espacial dos indivíduos das espécies nos fragmentos<br />

pôde ser analisada por meio da estimativa de índices de agregação (de MacGuinnes, de<br />

Fracker e Brischle e de Payandeh).<br />

Para a avaliação da amostragem realizada, foi produzida a curva área-espécie, ferramenta<br />

importante como referência para se determinar a suficiência amostral do ponto de vista<br />

qualitativo. Considerando que a composição florística de um fragmento nativo pode<br />

apresentar maior ou menor diversidade em termos de número de espécies, a curva áreaespécie<br />

permite avaliar se o número de espécies amostradas corresponde exatamente ao de<br />

espécies existentes na área.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-4 ABRIL / 2006


LEGENDA<br />

COORDENADAS<br />

(UTM)<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.2-1 - Pontos amostrais de fitossociologia e florística.<br />

MUNICÍPIO FISIONOMIA ATIVIDADES<br />

V1 454152W/7386390S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio médio) Florística<br />

V2 454151W/7385095S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio médio) Florística<br />

V3 453971W/7386754S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio médio) Florística<br />

V4 453934W/7384950S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio médio) Florística<br />

V5 453859W/7386281S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio médio) Florística<br />

V6 453829W/7384890S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio médio) Florística<br />

V7 453366W/7384786S Caraguatatuba Pastagem (campos antrópicos) Florística<br />

V8 450743W/7382881S Caraguatatuba Pastagem (campos antrópicos) Florística<br />

V9 450579W/7384022S Caraguatatuba Pastagem (campos antrópicos) Florística<br />

P1 450285W/7382064S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio médio) Fitossociologia e Florística<br />

V10 450080W/7384058S Caraguatatuba Pastagem (campos antrópicos) Florística<br />

V11 448636W/7386207S Caraguatatuba Pastagem (campos antrópicos) Florística<br />

V12 448015W/7385451S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio inicial) Florística<br />

V13 447781W/7384073S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio inicial) Florística<br />

V14 446870W/7383557S Caraguatatuba Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (estádio inicial) Florística<br />

P2 441846W/7388299S Paraibuna Floresta Ombrófila Densa Montana (estádio médio) Fitossociologia e Florística<br />

P3 438093W/7393004S Paraibuna Floresta Ombrófila Densa Montana (estádio avançado) Fitossociologia e Florística<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-5 ABRIL / 2006


LEGENDA<br />

COORDENADAS<br />

(UTM)<br />

MUNICÍPIO FISIONOMIA ATIVIDADES<br />

V15 437644W/7399539S Paraibuna Floresta Ombrófila Densa Montana (estádio médio) Florística<br />

V16 429988W/7408874S Paraibuna Floresta Ombrófila Densa Montana (estádio inicial) Florística<br />

P5 426751W/7414125S Paraibuna Floresta Ombrófila Densa Montana (estádio médio) Fitossociologia e Florística<br />

P4 423915W/7417459S Jambeiro Floresta Ombrófila Densa Montana (estádio médio) Fitossociologia e Florística<br />

V17 423817W/7419584S Jambeiro Campos antrópicos / Silvicultura Florística<br />

V18 423423W/7421781S Jambeiro Vegetação ciliar secundária (estádio inicial)<br />

Floresta Ombrófila Densa (Vegetação secundária em estádio<br />

Florística<br />

V19 418049W/7428086S S.J. dos Campos inicial)<br />

Floresta Ombrófila Densa (Vegetação secundária em estádio<br />

Florística<br />

V20 417829W/7430306S S.J. dos Campos inicial) Florística<br />

V21 441147W/7446008S Taubaté Pastagem Florística<br />

V22 441125W/7445935S Taubaté Pastagem Florística<br />

V23 439775W/7445118S Taubaté Ausência de Vegetação ciliar Florística<br />

* Identificação dos pontos amostrados de (P) fitossociologia e florística; e (V) florística.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-6 ABRIL / 2006


• Supressão de Vegetação<br />

Para estimativa da supressão da vegetação, foi realizado o mapeamento da vegetação natural<br />

em toda a área projetada para o empreendimento, em uma faixa de servidão de 20m de<br />

largura, em toda sua extensão. A delimitação das áreas de supressão foi efetuada sobre<br />

ortofotografia, no formato de plantas digitais (CAD).<br />

As estimativas foram feitas por meio de uma ferramenta computacional, em ambiente de<br />

Sistema de Informações Geográficas (SIG). Para tal, a geometria das áreas foi convertida e<br />

interpretada de modo a facilitar a apresentação dos dados quantitativos sem que se perdesse a<br />

informação de situação espacial da cobertura arbórea na faixa de servidão, de forma a facilitar<br />

a análise para o licenciamento da supressão da vegetação.<br />

Procurou-se discretizar a vegetação nativa nas seguintes classes:<br />

– Floresta Ombrófila Densa: apresentando três das suas cinco formações – de terras baixas<br />

(5 a 50m de altitude); submontana (de 50 a 500m de altitude) e montana (500 a 1.500m de<br />

altitude);<br />

– Vegetação Secundária: regeneração de Floresta Ombrófila Densa nos estádios<br />

sucessionais secundários inicial, médio e avançado;<br />

– Mata Ciliar: como a vegetação originalmente presente na área do Gasoduto é a Floresta<br />

Ombrófila Densa, a vegetação ocorrente nas margens de rios não chega a formar uma<br />

unidade fitofisionomicamente distinta, sendo considerada, nesse caso, parte integrante da<br />

Floresta Ombrófila Densa, ou da vegetação secundária, quando há alteração antrópica.<br />

Também foi efetuada a quantificação da área de silvicultura, por apresentar cobertura arbórea.<br />

As Áreas de Preservação Permanente (APP) dos rios perenes e dos intermitentes foram<br />

definidas com larguras de 50 e 30m, respectivamente. Para calcular a área de APP a ser<br />

suprimida pelo empreendimento, foi aplicada a Resolução CONAMA 303/2002.<br />

No mapeamento apresentado no Anexo C deste documento, só foram computadas as classes<br />

que pressupõem uma operação de retirada (supressão) da vegetação arbórea. Outras classes,<br />

como pastagens, culturas agrícolas, APP sem vegetação, entre outras mapeáveis, não são<br />

objeto do licenciamento ora pleiteado. Cabe ressaltar que, para permitir uma visualização<br />

melhor das áreas de vegetação que sofrerão interferência/supressão, apesar de a faixa de<br />

supressão ser somente a de 20m de largura, foi delimitado um corredor de 800m de largura.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-7 ABRIL / 2006


. Fauna<br />

Durante a campanha de campo, foram amostrados 43 pontos, todos amostrados pelos quatro<br />

grupos de vertebrados (F1 a F43 – Quadro 5.2-2), ao longo dos 94,10km de extensão do<br />

futuro Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, sendo 65,00km em faixa nova e 29,10km em faixa<br />

existente.<br />

Esses pontos estão representados no Mapa 12 - Vegetação, Uso e Ocupação das Terras,<br />

apresentado no Volume 2/3 deste relatório, Anexo A.<br />

(1) Mastofauna<br />

As Áreas de Influência do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté estão inseridas no domínio da<br />

Floresta Atlântica, predominante nas encostas e planaltos interioranos do Estado de São Paulo<br />

(TROPPMAIR, 1974; OLIVEIRA-FILHO e FONTES, 2000).<br />

A princípio, foram identificados, por meio de fotografias aéreas, imagens de satélite e mapas,<br />

os remanescentes florestais inseridos nas Áreas de Influência do empreendimento. A partir<br />

daí, foi possível selecionar os locais que melhor representassem os ambientes atravessados<br />

pelo Gasoduto, considerando os aspectos faunísticos. Os pontos estudados durante a<br />

campanha de campo estão apresentados no Quadro 5.2-2.<br />

As atividades em campo primaram por analisar os hábitats mais significativos, e suas<br />

condições de suporte para a mastofauna (BECKER e DALPONTE, 1991; OLIVEIRA e<br />

CASSARO, 1999).<br />

A mastofauna foi estudada em campo, no período de 3 a 7 de outubro de 2005, utilizando-se<br />

de técnicas para avaliações ambientais rápidas. Essas técnicas aliam informações biológicas,<br />

às inovações tecnológicas, e permitem realizar diagnósticos, e prognósticos ambientais, mais<br />

realísticos e objetivos (TNC, 1992). Além disso, foram utilizadas técnicas de reconhecimento<br />

visual e de vestígios (como pegadas, fezes e identificação de vocalizações), e entrevistas com<br />

os moradores e/ou pessoas que detinham conhecimentos sobre a vida silvestre local.<br />

As buscas por vestígios foram realizadas através de caminhadas por trilhas preexistentes,<br />

tanto durante o dia quanto à noite. Esses inventários se concentraram em áreas florestadas,<br />

principalmente nas proximidades de fragmentos de mata, dando-se ênfase às margens dos<br />

corpos d’água.<br />

As buscas realizadas a pé foram complementadas por deslocamentos de automóvel, que<br />

permitiram aumentar significativamente a área amostrada. Maiores detalhes sobre os métodos<br />

empregados podem ser vistos em VOSS e EMMONS (1996) e WILSON et al. (1996).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-8 ABRIL / 2006


LEGENDA<br />

COORDENADAS<br />

(UTM)<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.2-2 - Localização dos pontos amostrados em campo para a fauna<br />

MUNICÍPIO OBSERVAÇÕES<br />

F1 448097W/7383463S Caraguatatuba Rio Camburu, ponto localizado a montante da futura UTGCA A calha do rio possui aproximadamente 15m de largura.<br />

F2 451920W/7382627S Caraguatatuba<br />

Rio Camburu, presença reduzida de macrófitas nas margens, ausência de vegetação nas margens, predomínio de pastagem. O rio<br />

apresentava uma profundidade de cerca de 60cm. Na data da campanha a largura do rio era de cerca de 5m.<br />

F4 453746W/7384917S Caraguatatuba Área Florestada, com elementos endêmicos da avifauna.<br />

F5 451497W/S7381950 Caraguatatuba Área de pastagem, sem indicação de importância biológica.<br />

F6 450749W/7382884S Caraguatatuba Avifauna aquática, herpetofauna e anurofauna significativa, na travessia dos córregos da área de baixada.<br />

F7 450558W/7384008S Caraguatatuba Avifauna aquática, herpetofauna e anurofauna significativa, na travessia dos córregos da área de baixada.<br />

F8 447954W/7385388S Caraguatatuba<br />

Borda do Parque Estadual da Serra do Mar. Mata de boa qualidade, com presença de elementos endêmicos e ameaçados de fauna.<br />

Avifauna aquática significativa no entorno, riqueza de herpetofauna e anurofauna significativa, travessias de córregos na área de<br />

baixada com indicação de mastofauna relevante.<br />

F9 441774W/7388220S Paraibuna<br />

Borda do PESM. Mata de boa qualidade, com presença de elementos endêmicos e ameaçados de fauna. Avifauna aquática<br />

significativa no entorno, riqueza de herpetofauna e anurofauna significativa, travessias de córregos na área de baixada com<br />

indicação de mastofauna relevante.<br />

F10 439380W/7391756S Paraibuna Área florestada com presença de elementos endêmicos de fauna.<br />

F11 437622W/7399472S Paraíbuna Área florestada com presença de elementos endêmicos de fauna.<br />

F12 435058W/7402756S Paraíbuna Área florestada com presença de elementos endêmicos de fauna.<br />

F13 429339W/7408889S Paraíbuna Área florestada com presença de elementos endêmicos de fauna.<br />

F14 427919W/7412144S Paraíbuna APP do entrono do Reservatório de Paraibuna, com presença de significativa concentração de elementos da fauna.<br />

F15 426701W/7414127S Paraibuna Área florestada, próximo a reflorestamento, com presença de elementos endêmicos de fauna.<br />

F16 425217W/7415269S Paraíbuna Área reflorestada.<br />

F17 424113W/7417368S Jambeiro Travessia do Reservatório de Paraibuna, com presença de fauna significativa (aves aquáticas).<br />

F18 423647W/7419445S Jambeiro Áreas com remanescentes de mata, próximo a reservatório, com presença de significativa concentração de espécies de fauna.<br />

F19 423430W/7420051S Jambeiro Áreas com remanescentes de mata, próximo a reservatório, com presença de significativa concentração de espécies de fauna.<br />

F20 423143W/7421300S Jambeiro Cruzamento de estrada.<br />

F21 422357W/7422593S Jambeiro Travessia de curso d'água sem presença faunística significativa.<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-9 ABRIL / 2006


LEGENDA<br />

COORDENADAS<br />

(UTM)<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MUNICÍPIO OBSERVAÇÕES<br />

F22 422181W/7423112S Jambeiro Cruzamento com linha de transmissão.<br />

F23 420901W/7424820S Jambeiro Travessia do córrego, mata ciliar de boa qualidade, mas sem indicação faunística significativa.<br />

F24 420652W/7425518S Jambeiro Remanescente de mata.<br />

F25 419557W/7426924S Caçapava Remanescente de mata.<br />

F26 418794W/7428600S Caçapava Cruzamento de estrada em área de pastagem, sem indicação de importância biológica.<br />

F27 418472W/7428975S Caçapava Remanescente de mata.<br />

F28 417740W/7430398S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F29 417083W/7431828S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F30 416553W/7433015S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F31 417348W/7433627S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F32 417692W/7433598S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F33 420509W/7433976S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F34 420889W/7434287S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F35 422264W/7435779S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F36 423173W/7436565S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F37 425983W/7437902S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F38 426026W/7437918S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F30 427336W/7438478S Caçapava Áreas degradadas, presença de ocupação humana.<br />

F40 428618W/7439065S Caçapava Cruzamento de estrada.<br />

F41 437147W/7443594S Taubaté Área reflorestada.<br />

F42 438921W/7444506S Taubaté Travessia de córrego.<br />

F43 441132W/7445946S Taubaté Áreas degradadas, presença de ocupação humana, com pouca significância faunística.<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-10 ABRIL / 2006


Para a elaboração da lista de espécies, adotou-se ordenamento taxonômico (WILSON e<br />

REEDER, 1993). As informações biológicas sobre as espécies seguiram EISENBERG<br />

(1981), CRESPO (1982), EMMONS (1990), NOWAK (1991), REDFORD e EISENBERG<br />

(1992), FONSECA et al. (1998); LANGE e JABLONSKI (1998) e EISENBERG e<br />

REDFORD (1999).<br />

A lista considera as espécies identificadas diretamente em campo, e as espécies de provável<br />

ocorrência, nas Áreas de Influência do empreendimento. Nesse caso, os dados bibliográficos e<br />

museológicos (Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo) sobre a fauna regional,<br />

aliados à tipologia vegetal encontrada, foram utilizados como indicador da fauna potencial.<br />

Para avaliar a estrutura da comunidade de mamíferos, as espécies inventariadas foram<br />

correlacionadas a três aspectos bionômicos: massa corporal, hábito alimentar e locomoção.<br />

A massa corporal reflete diretamente os aspectos biológicos das espécies (e.g. reprodução,<br />

quantidade de alimento ingerido). Foram consideradas cinco classes (valores expressos em<br />

gramas): classe I (até 100), classe II (101 a 500), classe III (501 a 1.000), classe IV (1.001 a<br />

5.000) e classe V (maiores que 5.000).<br />

As dietas foram classificadas em FPN (Frugívoro/Polinívoro/Nectarívoro), INS (Insetívoro),<br />

OMN (todas as classes), CAR (Carnívoro), que ocupa as espécies que se alimentam de<br />

pequenos e grandes vertebrados, HER (Herbívoro) e HEM (Hematófago).<br />

As formas de locomoção foram subdivididas em seis classes: ARB (Arborícola), que se<br />

desloca regularmente pelo estrato arbóreo e, geralmente, tem cauda preênsil; TER (Terrestre);<br />

SAQ (Semi-aquático), que apresenta adaptações morfológicas para a ocupação do ambiente<br />

aquático, geralmente com membranas interdigitais; VOA (Voador); FOS (Semifossorial), que<br />

se desloca pelo solo ou sob ele, fazendo galerias ou buracos e ESC (Escansorial), que<br />

apresenta grande facilidade para subir em árvores, bem como usa intensivamente o estrato<br />

horizontal do ambiente.<br />

O status de conservação das espécies apresentadas neste estudo segue a Lista Oficial da Fauna<br />

Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA, 2003), a Lista de Fauna Ameaçada do Estado de<br />

São Paulo (SEMA/SP, 1998) sob os parâmetros conservacionistas da IUCN (2004) e a<br />

Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagem em Perigo<br />

de Extinção (CITES, 2005).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-11 ABRIL / 2006


Também é informado o status das espécies, segundo os critérios do CITES (Convention on<br />

International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora), que regula o comércio<br />

das espécies da fauna e flora em todo o mundo (CITES, 2005).<br />

(2) Avifauna<br />

O inventário da avifauna foi realizado entre os dias 03 e 07 de outubro de 2005. Os trabalhos<br />

de campo ocorreram nos períodos de maior atividade da avifauna, entre as 5:30 e as 10:00h e<br />

entre as 15:30 e as 18:00h, porém foram realizadas observações entre as 10:00 e as 15:00h, e<br />

entre as 18:00 e as 21:00h, nesse último caso, para que se registrassem espécies de hábitos<br />

noturnos. O esforço total de campo foi de aproximadamente 50 horas, distribuído ao longo<br />

dos pontos amostrados (Quadro 5.2-2).<br />

Para a realização das amostragens em campo, foram utilizados diversos métodos para os<br />

inventários biológicos, como registros visuais e sonoros. As espécies foram observadas com o<br />

auxílio de binóculos Bushnel 10x50. Na identificação das espécies em campo, foram<br />

utilizados guias de campo para aves, conforme DE LA PEÑA e RUMBOLL (1998), e<br />

RIDGELY e TUDOR (1997).<br />

As manifestações sonoras da avifauna foram gravadas com auxílio de um gravador analógico<br />

Sony TCM 5000 EV, em fitas cassete, através de um microfone direcional Sennheiser ME 66.<br />

A reprodução dessas vocalizações em campo (playback), em alguns casos, facilitou a<br />

identificação das espécies. Quando isso não foi possível, as vocalizações foram comparadas a<br />

outras depositadas no arquivo sonoro do Departamento de Zoologia do Instituto de<br />

Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).<br />

Ao longo da diretriz do empreendimento, foram visitados diversos pontos, previamente<br />

escolhidos (Quadro 5.2-2), utilizando-se como base as cartas topográficas do IBGE e<br />

imagens de satélite da área, a fim de considerar a tipologia vegetal, e o acesso dos<br />

especialistas aos locais, a seguir listados.<br />

Os registros históricos foram reunidos considerando todos os trabalhos relacionados à área<br />

geográfica, e aspectos biológicos:<br />

WILLIS e ONIKI (1981) – caracterizam a avifauna da Estação Ecológica de Boracéia e de<br />

Ubatuba, regiões que, do ponto de vista ornitológico, se assemelham às áreas do<br />

empreendimento;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-12 ABRIL / 2006


HÖFLING e LENCIONI (1992) – tratam da avifauna da região de Salesópolis, localizada<br />

próxima da AID do empreendimento. Nesse trabalho, apresentam-se importantes<br />

referências sobre as espécies de aves da serra do Mar;<br />

• OLMOS (1996) – estuda a avifauna da ilha de São Sebastião (ilha Bela), localizada<br />

próxima da parte baixa da AID do empreendimento. Esse trabalho traz boas referências<br />

sobre as espécies de aves dessa região costeira do Estado de São Paulo, tanto das<br />

florestas de restinga quanto das montanhas e estuários;<br />

• GOERCK (1999) – estuda a avifauna da região de Ubatuba, localizada próxima da AID<br />

do empreendimento. Esse trabalho apresenta informações úteis sobre as espécies de aves<br />

das montanhas da serra do Mar e das áreas de baixada, localizadas próximas ao litoral;<br />

• DAEE/SP (2001 e 2003) – são os únicos trabalhos sobre a avifauna das localidades de<br />

Paraitinga e Biritiba-Mirim. Esses trabalhos trazem importantes informações sobre as<br />

espécies de aves da região de transição entre a serra do Mar e o Vale do Paraíba;<br />

• IBC (2003) – trata-se de uma lista importante sobre a avifauna do núcleo Santa Virgínia,<br />

do Parque Estadual da Serra do Mar, atravessado pelo empreendimento. Nesse trabalho,<br />

destacam-se referências sobre as espécies de aves da região alta da serra do Mar.<br />

Para classificar a avifauna da AID do empreendimento (registros históricos e campo), foram<br />

aplicados os seguintes critérios:<br />

• Status: para definir o status de cada espécie, foram selecionados critérios como: aves<br />

indicadoras de qualidade ambiental, segundo (STOTZ et al. 1996); aves endêmicas da<br />

Mata Atlântica ou cuja distribuição é centrada principalmente nesse bioma, segundo<br />

STOTZ et al. (1996) e BIRDLIFE (2000); aves ameaçadas de extinção, de acordo com<br />

SÃO PAULO (1998); aves ameaçadas de extinção, segundo MMA (2003); aves<br />

consideradas cinegéticas (aves de caça) e aves consideradas de valor econômico (aves de<br />

gaiola);<br />

• Registros de campo: para padronizar e validar os registros de campo, foram utilizados os<br />

seguintes critérios: OBS: Observação; VOC: Vocalização; VES: Vestígios (penas, ninhos,<br />

etc.); GRA: Gravação da vocalização;<br />

• Uso do hábitat: para definir o hábitat das espécies encontradas na AID do<br />

empreendimento, foram utilizados os seguintes critérios: NA - aquático-natante (espécies<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-13 ABRIL / 2006


de ambientes aquáticos que nadam); AL - aquático-limícola (espécies de ambientes<br />

aquáticos que se alimentam na lama); TSTe - terreste-silvícola-terrícola (espécies de<br />

ambientes florestais que utilizam o solo); TSTa - terrestre-silvícola-tamnícola (espécies<br />

de ambientes florestais que utilizam o dossel); TSCo - terrestre-silvícola-corticícola<br />

(espécies de ambientes florestais que utilizam o tronco das árvores); Tca - terrestrecampícola<br />

(espécies de ambientes campestres); Ae – aerícola (espécies cujo hábitat é o<br />

ar);<br />

• Hábitats ocupados: para definir o uso do hábitat das espécies encontradas na AID do<br />

empreendimento, foram utilizados os seguintes critérios; AU: áreas urbanas; MA: Mata<br />

Atlântica; RE: Restinga; P: pastagem; VV: vegetação ciliar.<br />

(3) Herpetofauna<br />

• Répteis<br />

Trabalhos recentes têm sugerido que, para a realização de inventários de herpetofauna em<br />

prazos curtos, é necessário utilizar conjuntamente técnicas de amostragem e coleta,<br />

envolvendo trabalhos de campo, pesquisa bibliográfica e verificação de registros em coleções<br />

(CECHIN e MARTINS, 2000).<br />

Assim, a caracterização da fauna de répteis presente na Área de Influência Direta do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté foi realizada com base em observações diretas de exemplares, ou<br />

constatação por vestígio (pegadas, rastros e ecdises). Outro meio empregado foi a realização<br />

de entrevistas com moradores.<br />

Também foram examinados espécimes depositados nas coleções herpetológicas do Museu<br />

Nacional / UFRJ (MNRJ), no Rio de Janeiro, e do Instituto Butantan (IBSP), em São Paulo,<br />

além de dados reunidos na literatura referente às Áreas de Influência do empreendimento.<br />

O trabalho de campo foi realizado no período de 03 a 07 de outubro de 2005. Durante a<br />

campanha, foram percorridas linhas de amostragem (transectos), tanto durante o dia quanto à<br />

noite, no interior e na borda de fragmentos de mata, que se mostraram propícios à ocorrência<br />

de répteis.<br />

O método empregado priorizou a localização visual dos indivíduos, como descrito por VITT e<br />

VANGILDER (1983). A amostragem em dois períodos do dia é fundamental para a<br />

observação de espécies com padrões de atividades distintos (ROCHA, 1994).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-14 ABRIL / 2006


Também foram empregadas buscas mediante manipulação da serrapilheira, verificação de<br />

troncos caídos e sob pedras, com o objetivo de amostrar espécimes não-ativos ou em repouso.<br />

Os principais fragmentos de mata nas Áreas de Influência do Gasoduto foram previamente<br />

selecionados com o auxílio de imagens de satélite. Posteriormente, essas áreas foram visitadas<br />

e, quando o ambiente era propício para a ocorrência de répteis, foram amostradas em campo<br />

(Quadro 5.2.-2).<br />

Os fragmentos onde não foram identificadas áreas apropriadas para a amostragem (por<br />

inspeção local) foram visitados somente durante o dia, pois, em geral, apresentavam-se com<br />

baixa umidade e sombreamento devido à ausência de sub-bosque.<br />

Para as Áreas de Influência do Gasoduto, existem poucos estudos publicados, no que se refere<br />

à fauna de répteis. À exceção do trabalho de MARQUES e SAZIMA (2004), para a serra do<br />

Mar, todos os outros dados disponíveis na literatura, para a referida região, são fruto de<br />

trabalhos pontuais com grupos taxonômicos específicos.<br />

Nesse contexto, dados importantes sobre a composição da comunidade local têm sido<br />

publicados de forma limitada, ora em formato de dissertações, teses, ora em formato de<br />

relatórios não-publicados (HADDAD e ABE, 1999).<br />

• Anfíbios<br />

Para o levantamento da anurofauna, uma pré-seleção de pontos amostrais foi efetuada através<br />

de dados cartográficos e imagens de satélite. Nessa fase, foram destacadas as localidades mais<br />

adequadas aos levantamentos, adotando-se como critérios sua proximidade de corpos d’água e<br />

a presença de formações florestais.<br />

Os pontos pré-selecionados (Quadro 5.2.-2) foram posteriormente visitados, com o objetivo<br />

de identificar ambientes de relevância para os anfíbios, como corpos d’água potencialmente<br />

utilizados para reprodução, áreas de vegetação nativa, etc. Durante tais visitas, foi realizado o<br />

levantamento das espécies de anuros de atividade diurna.<br />

Os pontos considerados mais relevantes foram inventariados à noite, para a complementação<br />

do levantamento de anuros, com as espécies noturnas. No total, o levantamento da anurofauna<br />

consistiu de visitas diurnas e noturnas, a diversos pontos na Área de Influência Direta do<br />

empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-15 ABRIL / 2006


Além dos registros durante o trabalho de campo, o levantamento das espécies de anfíbios foi<br />

complementado com pesquisa à coleção de anfíbios do Museu Nacional/UFRJ e por<br />

levantamento bibliográfico. Nessa coleção, foram procurados os registros de espécies<br />

provenientes de todos os municípios atravessados pelo empreendimento, bem como dos<br />

municípios vizinhos. No entanto, só foram encontrados registros para o município de<br />

Caraguatatuba, bem como para a combinação de localidades da serra do Mar próximas a ele,<br />

como São Sebastião, Salesópolis (especialmente da localidade de Boracéia) e Ubatuba, todas<br />

no Estado de São Paulo. Também foram incluídas espécies de ocorrência citada na literatura<br />

para essa região.<br />

(4) Ictiofauna<br />

A obtenção das informações sobre a composição geral das comunidades de peixes nas Áreas<br />

de Influência Direta (AID) e Indireta (AII) do empreendimento se deu por meio de visitas a<br />

campo, realizadas entre os dias 29 e 30 de setembro de 2005.<br />

As avaliações dos principais corpos d’água visitados durante a campanha de campo, que<br />

deverão ser atravessados pelo Gasoduto, foram desenvolvidas utilizando-se cartas geográficas<br />

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram ainda analisadas imagens de<br />

satélite mostrando porções das Áreas de Influência do empreendimento, sobre as quais foi<br />

marcada a diretriz do traçado do Gasoduto.<br />

Nos principais pontos visitados, foram tomados pontos georreferenciados, tendo sido<br />

utilizado, nessa tarefa, um aparelho receptor GPS (de Global Positioning System) e adotado o<br />

sistema de coordenadas geográficas UTM (Universal Transverse Mercator).<br />

Nos locais visitados (Quadro 5.2-2), foram efetuadas observações relativas à localização,<br />

caracterização do corpo d’água, cobertura vegetal, substrato dominante, etc. Tais pontos<br />

foram também registrados fotograficamente.<br />

Os levantamentos bibliográficos foram realizados nas bibliotecas do Museu Nacional (MNRJ,<br />

Rio de Janeiro) e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP, São Paulo),<br />

além daquele existente no Setor de Peixes dessa última instituição.<br />

Foi realizado, ainda, o exame de material ictiológico relevante, quando disponível, nas principais<br />

coleções ictiológicas brasileiras. Foram consultadas as coleções científicas de instituições de<br />

pesquisa relevantes: o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, (MZUSP) e Museu<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-16 ABRIL / 2006


Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ), além do Museu de Ciências da Pontifícia Universidade<br />

Católica do Rio Grande do Sul (MCP-PUCRS).<br />

Levantamentos preliminares foram efetivados nessas coleções ictiológicas, visando à<br />

localização de lotes de exemplares provenientes das bacias hidrográficas ora investigadas.<br />

Como ferramenta auxiliar, utilizou-se o acesso ao Sistema Nacional de Informações sobre<br />

Coleções Ictiológicas (PRONEX/SIBIP/NEODAT III). Além desse recurso, foram efetuadas<br />

consultas no The Catalogue of Fishes. Tais levantamentos também averiguaram a relativa<br />

representatividade de material ictiológico proveniente daquelas bacias em questão, caso<br />

existente, nas coleções das instituições visitadas.<br />

O recentemente publicado Check List of the Freshwater Fishes of South and Central America<br />

(REIS et al., 2003) foi utilizado para confirmação dos nomes científicos após a identificação<br />

do material examinado relativo às espécies de águas doces, bem como quanto às suas áreas de<br />

distribuição propostas. Quanto à nomenclatura das espécies de peixes marinhas mencionadas<br />

ao longo do texto, foram realizadas consultas ao Catálogo das Espécies de Peixes Marinhos<br />

do Brasil (MENEZES et al., 2003).<br />

Como complemento, foram ainda realizadas, durante a campanha de campo, entrevistas com<br />

membros das populações ribeirinhas locais, objetivando avaliar a composição geral da<br />

ictiofauna em cada bacia, e estimar a eventual importância da pesca como atividade de<br />

subsistência e/ou econômica na região.<br />

A classificação acima da categoria de “ordem” segue NELSON (1994). As recentes<br />

contribuições de BIZERRIL (1994, 1998), BIZERRIL e PRIMO (2001) e SOUZA-LIMA (2000)<br />

sobre a ictiofauna de águas interiores do Estado do Rio de Janeiro foram também extensivamente<br />

analisadas.<br />

c. Unidades de Conservação, Áreas de Interesse Conservacionista e Corredores<br />

Ecológicos<br />

Todas as Unidades de Conservação atravessadas pela diretriz do empreendimento, ou que se<br />

encontram a uma distância de até 10km, foram caracterizadas, de acordo com a Resolução<br />

CONAMA nº 13, de 06/12/1990. Essa Resolução dispõe sobre os processos de licenciamento<br />

de empreendimentos localizados em áreas circundantes das Unidades de Conservação, em um<br />

raio de até dez quilômetros, determinando que sejam concedidas licenças apenas mediante<br />

autorização do órgão responsável pela administração dessas UCs.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-17 ABRIL / 2006


Cabe ressaltar que a Lei 9.985, de 18/07/2000, referente ao Sistema Nacional de Unidades de<br />

Conservação (SNUC), em seu artigo 36, dispõe que, nesses casos, o licenciamento do<br />

empreendimento, além de só ser concedido mediante autorização do órgão responsável por<br />

sua administração, a Unidade afetada deverá ser uma das beneficiárias da compensação<br />

ambiental.<br />

5.2.2 VEGETAÇÃO<br />

Este item contém informações sobre a cobertura vegetal e a flora ocorrente ao longo da<br />

diretriz proposta para o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté. Quanto à cobertura vegetal, são<br />

descritos os atributos fisionômicos (de forma, de estrutura e funcionais) e apresentada a<br />

distribuição espacial dos remanescentes ao longo do corredor de 10km de largura que inclui o<br />

traçado do Gasoduto.<br />

Em relação à flora, listam-se aqui as principais espécies registradas na região (Quadro 5.2-3),<br />

por ocasião da campanha de campo, incluindo a importância econômica delas, a relação das<br />

espécies ameaçadas de extinção e aquelas protegidas do corte.<br />

a. Caracterização da Mata Atlântica<br />

As Áreas de Influência do Gasoduto, quando definidas por critérios fitofisionômicos,<br />

enquadram-se no grande domínio da Mata Atlântica, que se estendia desde as florestas<br />

deciduais do Nordeste brasileiro até o extremo norte do Rio Grande do Sul, com<br />

prolongamento a oeste, principalmente em território paranaense, até o nordeste da Argentina e<br />

leste do Paraguai, inclusive pelo sul extremo de Mato Grosso do Sul (VELOSO et al.., 1991).<br />

O empreendimento se localiza no litoral norte do Estado de São Paulo, atravessando áreas de<br />

planície litorânea, encostas da serra do Mar e a região florestada do planalto, todas<br />

pertencentes ao Bioma Mata Atlântica. Esse bioma é um dos mais destacados centros<br />

tropicais de biodiversidade do globo, abrigando alto número de espécies endêmicas<br />

(CÂMARA, 1991). A Mata Atlântica detém a condição de ecossistema mais ameaçado do<br />

País, dada a contínua erosão de sua diversidade biológica.<br />

Os atributos de biologicamente rico e altamente ameaçado colocam a Floresta Atlântica entre<br />

as cinco regiões mundiais (hotspots), e, por conseguinte, de maior prioridade para<br />

conservação (MITTERMEIER et al., 1997, 1999).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-18 ABRIL / 2006


Originalmente, esse bioma apresentava uma grande densidade florestal, com árvores altas,<br />

entre 25 e 40 metros de altura, e copas formando dosséis contínuos. Contava também com<br />

substratos inferiores de formações predominantemente herbáceas, e uma grande variedade de<br />

epífitas, cipós, lianas e fungos (KLEIN, 1975).<br />

A composição florística e a estrutura da floresta se traduzem em uma grande variedade de<br />

nichos (KLOPER e MACARTHUR, 1960), o que pode ser verificado pela alta riqueza de<br />

espécies. Contudo, a despeito de sua relevância como um centro de alta diversidade, existem<br />

poucos levantamentos faunísticos detalhados para a Mata Atlântica.<br />

Nesse contexto, o Workshop "Padrões de Biodiversidade da Mata Atlântica do Sudeste e Sul<br />

do Brasil", realizado em maio de 1996, em Campinas, São Paulo, definiu áreas prioritárias<br />

para levantamentos faunísticos e florísticos, apresentando mapeamento das áreas de maior<br />

diversidade para o Estado de São Paulo.<br />

Embora a Mata Atlântica tenha sido reduzida a apenas 7% de cobertura vegetal original, e os<br />

remanescentes florestais se encontrem muito fragmentados, ou descontínuos (FONSECA,<br />

1985; DEAN, 1995), diversas áreas relevantes podem ser indicadas, principalmente as<br />

porções recobertas por Floresta Ombrófila, nas encostas do Planalto Atlântico de São Paulo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-19 ABRIL / 2006


Anacardiaceae<br />

Quadro 5.2-3 – Relação geral das espécies vegetais registradas nas Áreas de Influência do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Schinus terebinthifolius Raddi arbusto/árvore aroeira P ornamental, medicinal, madeira<br />

Annonaceae<br />

Xylopia brasiliensis Spreng. árvore pindaíba VS avifauna<br />

Apiaceae<br />

Hydrocotyle sp. erva acariçoba VS (FDB) medicinal<br />

Apocynaceae<br />

Aspidosperma sp. árvore sn FDM outros<br />

Araceae<br />

Anthurium gaudichaudianum Kunth epífita antúrio FDM<br />

Anthurium pentaphyllum (Aubl.) G.Don<br />

epífita<br />

radicante<br />

sn FDM avifauna<br />

Philodendron sp. epífita filodendro FDM<br />

Araliaceae<br />

Dendropanax cf. monogynum (Vell.) Seem. árvore sn FDM avifauna<br />

Didymopanax angustissimum March. árvore sn VS<br />

Arecaceae<br />

Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

palmeira<br />

arborescente<br />

iri, brejaúba FDB medicinal, ornamental, madeira, outros<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-20 ABRIL / 2006


Euterpe edulis Mart.*<br />

Geonoma sp.<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Syagrus pseudococcos (Raddi) Glassman<br />

Asteraceae<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

palmeira<br />

arborscente<br />

palmeira<br />

arbustiva<br />

palmeira<br />

arborescente<br />

palmito FDB, FDM<br />

sn FDM<br />

alimentícia, ornamental, forrageira,<br />

medicinal<br />

baba-de-boi P, VS (FDB) avifauna, ornamental<br />

Bidens pilosa L. erva picão P medicinal<br />

Bidens segetum Mart. ex Colla trepadeira picão VS outros<br />

Mikania spp. trepadeira sn VS outros<br />

Piptocarpha quadrangularis (Vell.) Baker trepadeira candeia, paratudo VS madeira, medicinal<br />

Begoniaceae<br />

Begonia fruticosa A .DC. trepadeira begonia FDM outros<br />

Begonia sp. trepadeira begonia FDM outros<br />

Begonia digitata Raddi subarbusto sn FDM outros<br />

Bignoniaceae<br />

Adenocalymma sp.<br />

trepadeira<br />

lenhosa<br />

sn VS (FDB)<br />

Jacaranda puberula Cham. árvore caroba, carobinha VS (FDB) madeira, ornamental, medicinal<br />

Pithecoctenium crucigerum (L.) A. Gentry trepadeira escova-de-macaco VS (FDB) ornamental<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-21 ABRIL / 2006


Bombacaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Pseudobombax grandiflorum (Cav.)<br />

Boraginaceae<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

árvore embiruçu VS fauna<br />

Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult. arbusto erva-baleeira VS medicinal<br />

Bromeliaceae<br />

Edmundoa sp. erva terrestre bromélia FDM ornamental, fauna<br />

Nidularium innocentii Lem.<br />

epífita ou<br />

terrestre<br />

bromélia FDM, FDB, VS ornamental, avifauna<br />

Nidularium procerum Lindm. epífita bromélia VS (FDB) ornamental, avifauna<br />

Tillandsia gardneri Lindl. epífita cravo-do-mato, bromélia VS (FDB), P ornamental, avifauna<br />

Tillandsia mallemontii Glaziou ex Mez * epífita cravo-do-mato, bromélia VS (FDB), P ornamental, avifauna<br />

Tillandsia stricta Sol. var. Stricta epífita cravo-do-mato, bromélia VS (FDB), P ornamental, avifauna<br />

Tillandsia usneoides L. epífita barba-de-velho VS (FDB) ornamental<br />

Vriesea bituminosa Wawra epífita bromélia FDM ornamental, fauna<br />

Vriesea carinata Wawra epífita bromélia FDM, FDB ornamental, fauna<br />

Vriesea incurvata Gaudich. epífita bromélia FDM, FDB ornamental, fauna<br />

Vriesea philippocoburgii Wawra epífita bromélia VS (FDB) ornamental, fauna<br />

Vriesea scalaris E.Morren epífita bromélia FDM ornamental, fauna<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-22 ABRIL / 2006


Buddlejaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Buddleja sp. erva fuminho P outros<br />

Burseraceae<br />

Protium widgrenii Engl. árvore breu-vermelho, almécega FDB madeira, medicinal<br />

Cactaceae<br />

Rhipsalis sp. epífita ripsális VS (FDB), P ornamental<br />

Cecropiaceae<br />

Cecropia glazioui Snethl. árvore imbaúba-vermelha VS avifauna<br />

Cecropia sp. árvore imbaúba VS (FDB) outros<br />

Celastraceae<br />

Maytenus aquifolium Mart. arbusto sn VS (FDB) outros<br />

Chloranthaceae<br />

Hedyosmum brasiliense Mart. ex Miq. árvore sn FDM outros<br />

Chrysobalanaceae<br />

Couepia sp. árvore carrapeta FDM outros<br />

Clethraceae<br />

Clethra scabra Pers. árvore pau-cetim<br />

Clusiaceae<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

VS (FDB,<br />

FDM)<br />

Clusia criuva Camb. árvore mangerana FDM fauna, ornamental<br />

Garcinia gardneriana (Pl. & Triana) Zappi árvore bacupari-miúdo VS (FDB) fauna<br />

Tovomitopsis saldanhae Engl. árvore sn FDM fauna<br />

outros<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-23 ABRIL / 2006


Commelinaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Commelina sp. erva trapoeraba P, VS outros<br />

Costaceae<br />

Costus sp. erva sn VS (FDB)<br />

Cyatheaceae<br />

Cyathea sp.<br />

Dilleniaceae<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

feto<br />

arborescente<br />

samambaiuçu VS (FDM) outros<br />

Tetracera cf. oblongata DC. trepadeira sn VS (FDB) outros<br />

Euphorbiaceae<br />

Alchornea triplinervia (Spreng.) M.Arg. árvore tapiá, tanheiro FDM, VS avifauna, madeira<br />

Aparisthmium cordatum (A.Juss.) Baill. árvore sn FDM, VS<br />

Croton floribundus Spreng. árvore capixingui VS madeira, medicinal, melífera<br />

Fragariopsis scandens A.St. Hil. trepadeira sn FDM outros<br />

Sapium glandulatum (Vell.) Pax árvore leiteiro, visgueiro VS madeira<br />

Flacourtiaceae<br />

Casearia sylvestris Sw. árvore pau-lagarto VS avifauna, medicinal<br />

Casearia sp. árvore sn VS (FDB) avifauna<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-24 ABRIL / 2006


Gentianaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Macrocarpaea glaziovii Gilg arbusto sn FDM outros<br />

Gleicheniaceae<br />

Sticherus bifidus (Willd.) Ching erva samambaia-brava P outros<br />

Heliconiaceae<br />

Heliconia velloziana Emygdio erva heliconia FDM ornamental, avifauna<br />

Heliconia sp. erva sn VS (FDB) outros<br />

Lamiaceae<br />

Leonurus sibiricus L. erva cordão-de-frade P outros<br />

Lauraceae<br />

Cryptocarya cf. saligna Mez árvore sn FDM madeira<br />

Ocotea sp. FDM<br />

Ocotea sp. árvore canela FDM madeira<br />

Leguminosae-Caesalpinioideae<br />

Bauhinia forficata Link árvore pata-de-vaca VS ornamental, avifauna<br />

Chamaecrista sp. erva mata-pasto VS (FDB)<br />

Schizolobium parahyba (Vell.) Blake árvore guapuruvu VS ornamental<br />

Senna multijuga (Rich.) Irwin & Barneby árvore pau-cigarra, caquera VS ornamental<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-25 ABRIL / 2006


FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Leguminosae-Mimosoideae<br />

Acacia sp. trepadeira arranha-gato VS outros<br />

Anadenanthera sp. árvore angico VS (FDB) madeira<br />

Inga edulis Mart. árvore ingá VS (FDB) madeira, ornamental<br />

Inga sessilis (Vell.) Mart. ex Benth. árvore ingá-ferradura FDM fauna<br />

Inga sp. árvore ingá FDM outros<br />

Mimosa pudica L. erva dormideira, sensitiva VS apícola<br />

Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. árvore pau-jacaré VS (FDB), P madeira<br />

Leguminosae-Papilionoideae<br />

Crotalaria sp. erva crotalária VS<br />

Machaerium sp. árvore sn FDM, VS madeira<br />

Macroptilium lathyroides (L.) Urb. erva feijão-de-rolinha VS forrageira<br />

Leguminosae-Papilionioideae<br />

Machaerium sp. árvore sn FDM, VS madeira<br />

Loranthaceae<br />

Struthanthus marginatus (Desr.) Blume hemiparasita erva-de-passarinho P, VS (FDB) avifauna<br />

Malvaceae<br />

Sida spp. erva malva, vassourinha P madeira, ornamental, medicinal<br />

Melastomataceae<br />

Leandra sp. 1 subarbusto pixirica FDM outros<br />

Leandra sp. subarbusto pixirica (VS) FDB outros<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-26 ABRIL / 2006


FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Miconia brunnea Mart. ex DC. árvore pixirica FDM, VS avifauna<br />

Miconia cabussu Hoehne árvore pixirica FDM, VS<br />

Tibouchina pulchra (Cham.) Cogn. árvore sn VS (FDM) outros<br />

Meliaceae<br />

Melia azedarach L. ** árvore cinamomo P ornamental<br />

Trichilia catigua A.Juss. árvore sn VS (FDB) outros<br />

Trichilia emarginata (Turcz.) C.DC. * árvore sn FDM, VS outros<br />

Trichilia lepidota Mart. ssp. schummaniana T.D.<br />

Penn. *<br />

árvore sn VS (FDB) outros<br />

Trichilia sp. árvore catiguá FDM madeira<br />

Menispermaceae<br />

Chondodendron platiphyllum (St.Hil.) Miers *<br />

Monimiaceae<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

trepadeira<br />

lenhosa<br />

abutua VS (FDB) outros<br />

Mollinedia schottiana (Sprengel) Perkins árvore capixim FDM outros<br />

Mollinedia sp. arbusto sn FDM outros<br />

Siparuna brasiliensis A .DC. arvoreta nega-mina, capitiú FDM, VS medicinal<br />

Moraceae<br />

Dorstenia arifolia Lam. * erva caiapiá VS (FDB)<br />

Sorocea hilarii Gaudich. * árvore soroca VS (FDB) avifauna<br />

Musaceae<br />

Musa paradisiaca L. arbusto bananeira VS alimentícia<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-27 ABRIL / 2006


Myrsinaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Myrsine ferruginea (Ruiz & Pav.) Spreng. árvore capororoca VS avifauna, ornamental, madeira<br />

Myrsine umbellata Mart. árvore capororoca VS madeira, ornamental<br />

Myrtaceae<br />

Gomidesia spectabilis (DC.) Berg árvore sn FDM outros<br />

Gomidesia sp. árvore sn FDM outros<br />

Myrcia fallax (Rich.) DC. árvore sn VS (FDB) outros<br />

Myrcia rostrata DC. árvore guamirim-de-folha-miúda FDM avifauna<br />

Myrciaria floribunda (West ex Willd.) Berg árvore cambuí-preto FDM outros<br />

Psidium guajava L. ** árvore goiabeira VS alimentícia, medicinal<br />

Indeterminada árvore sn FDM outros<br />

Nyctaginaceae<br />

Guapira opposita (Vell.) Reitz árvore garapari-miúdo<br />

Ochnaceae<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

VS (FDM e<br />

FDB)<br />

Ouratea cuspidata Engl. arbusto sn FDB e FDM outros<br />

Onagraceae<br />

Fuchsia regia subsp. regia P.E. Berry<br />

trepadeira<br />

lenhosa<br />

avifauna<br />

brinco-de-princesa FDM avifauna<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-28 ABRIL / 2006


Orchidaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Indeterminada 1 erva orquídea-de-terra VS (FDB) outros<br />

Indeterminada 2 epífita orquídea FDM outros<br />

Passifloraceae<br />

Passiflora sp. trepadeira sn VS outros<br />

Piperaceae<br />

Peperomia sp. erva sn VS<br />

Piper aduncum L. subarbusto caapeba VS (FDS) medicinal<br />

Piper amplum Kunth subarbusto sn VS (FDB) outros<br />

Piper arboreum Aubl.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

arbusto sn VS (FDB) outros<br />

Piper gaudichaudianum Kunth subarbusto caapeba VS outros<br />

Piper richardiifolium Kunth subarbusto sn VS outros<br />

Pothomorphe umbellata (L.) Miq. subarbusto caapeba, pariparoba VS (FDS) medicinal, ornamental<br />

Poaceae<br />

Bambusa sp. **<br />

arbusto<br />

entouceirado<br />

bambu P, VS outros<br />

Paspalum sp. erva capim-rabo-de-burro P forrageira, medicinal<br />

Andropogon sp. erva<br />

capim-rabo-de-capimbraquiária<br />

P outros<br />

Brachiaria sp. erva capim-braquiária P forrageira<br />

Panicum maximum Jacq. erva capim-colonião P forrageira, medicinal<br />

Panicum sp. erva sn P outros<br />

Pennisetum sp. erva milheto P outros<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-29 ABRIL / 2006


Polypodiaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Microgramma sp. trepadeira sn VS (FDB) outros<br />

Pteridium aquilinum (L.) Khun erva samambaia-das-taperas VS ornamental, outros<br />

Rubiaceae<br />

Bathysa gymnocarpa K.Schum. árvore guapeva VS (FDB) outros<br />

Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.) Wawra arbusto VS (FDB) outros<br />

Psychotria cf. velloziana Benth. arbusto sn FDM, VS outros<br />

Psychotria sp. arbusto VS<br />

Rudgea sp. árvore FDB<br />

Spermacoce verticillata L. erva sn VS (FDB) medicinal<br />

Indeterminada FDM<br />

Rutaceae<br />

Zanthoxylum rhoifolium Lam. árvore mamica-de-porca VS madeira, medicinal<br />

Sapindaceae<br />

Allophylus cf. membranifolius Radlk. árvore sn VS outros<br />

Cupania oblongifolia Berg árvore camboatá VS (FDB) fauna<br />

Cupania vernalis Cambess. FDM, VS<br />

Cupania furfuracea Radlk * árvore<br />

pau-de-cantil, gragoatã,<br />

camboatá<br />

FDM, VS madeira, melífera, avifauna<br />

Matayba guianensis Aubl. árvore camboatá-liso FDM, VS madeira<br />

Serjania sp. trepadeira sn FDB, FDM, VS outros<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-30 ABRIL / 2006


Sapotaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Chrysophyllum inornatum Mart. árvore sn VS (FDB) avifauna<br />

Chrysophyllum sp. árvore sn FDM outros<br />

Indeterminada VS (FDB)<br />

Smilacaceae<br />

Smilax sp. trepadeira sn FDB<br />

Solanaceae<br />

Cestrum sp. árvore sn VS (FDM) outros<br />

Solanum sp. 1 árvore sn VS (FDB) outros<br />

Solanum sp. 2 árvore joá VS (FDB) outros<br />

Solanum americanum Mill. erva maria-pretinha, erva-moura P outros<br />

Typhaceae<br />

Typha angustifolia L. erva taboa, espadana, landim P alimentícia, medicinal, artes.<br />

Ulmaceae<br />

Trema micrantha (L.) Blume árvore crindiúva VS (FDB) avifauna<br />

Urticaceae<br />

Urera sp. subarbusto urtiga VS (FDB) fauna<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-31 ABRIL / 2006


Verbenaceae<br />

FAMÍLIA / ESPÉCIE HÁBITO NOME POPULAR TIPOLOGIA USOS<br />

Aegiphila sellowiana Cham. árvore tamanqueiro VS (FDB), P fauna<br />

Citharexylum myrianthum Cham. árvore pau-de-viola, pombeiro VS (FDB) melífera, avifauna<br />

Lantana sp. subarbusto cambará-roxo VS (FOM) medicinal, ornamental<br />

Zingiberaceae<br />

Hedychium coronarium J.Konig erva lírio-do-brejo P<br />

Legenda:<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

alimentícia, ornamental, medicinal,<br />

perfumaria<br />

Tipologia: Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (FDB); ; Floresta Ombrófila Densa Sub-Montana (FDS); Floresta Ombrófila Densa Montana (FDM); Pastagem<br />

(P); Vegetação Secundária (VS). Quando VS for sucedido de outra classe entre parênteses, por exemplo, VS (FDB), significa Vegetação Secundária em área de domínio<br />

de Floresta Ombrófila Densa dasTerras Baixas.<br />

Obs.: * Espécie ameaçada; ** Espécie exótica.<br />

sn = nome não conhecido<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-32 ABRIL / 2006


. Cobertura Vegetal, Uso e Ocupação das Terras (AII)<br />

Em linhas gerais, a cobertura vegetal ocorrente nas Áreas de Influência do traçado do<br />

Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté pertence à área de domínio fisionômico da Mata Atlântica,<br />

que abrange diversas formações florestais e ecossistemas associados à costa atlântica<br />

brasileira.<br />

De acordo com a classificação proposta por VELOSO et al. (1991) e adotada pelo IBGE<br />

(1992), a vegetação originalmente presente na região abrange os tipos vegetacionais<br />

correspondentes à Floresta Ombrófila Densa e, em menor escala, à Vegetação com Influência<br />

Marinha (matas de restinga) e às Áreas de Tensão Ecológica.<br />

No Mapa 12 – Vegetação, Uso e Ocupação das Terras, apresentado no Volume 2/3 deste<br />

documento, estão representadas as principais tipologias vegetais encontradas ao longo de todo<br />

o traçado do futuro Gasoduto, na escala 1:100.000. No trecho inicial, partindo da UTG<br />

Caraguatatuba, o duto atravessará áreas de baixada e morrotes, fortemente alteradas,<br />

atualmente ocupadas por pastagens, com alguns remanescentes de Floresta Ombrófila Densa<br />

das Terras Baixas. Ainda no município de Caraguatatuba, com o aumento progressivo da<br />

inclinação do terreno, o Gasoduto entrará em área de Floresta Ombrófila Densa Submontana,<br />

fisionomia presente da entrada sul do Parque Estadual da Serra do Mar até as proximidades do<br />

limite daquele município com Paraibuna.<br />

A partir daí, por cerca de 6km, passando pela entrada norte do Parque, intercepta, por meio de<br />

um túnel subterrâneo, um trecho de Floresta Ombrófila Densa Montana, com declividade<br />

acentuada.<br />

Seguindo em direção noroeste, passando pelos municípios de Paraíbuna e Jambeiro, a diretriz<br />

atravessa grandes extensões de pastagem, com inúmeros mosaicos de Floresta Ombrófila<br />

Densa Montana, e áreas de silvicultura, até os limites desse último município com São José<br />

dos Campos. A partir desse ponto, a forte ocupação humana se faz presente, alterando<br />

significativamente a paisagem até o final da diretriz, em Taubaté.<br />

Entretanto, ainda se encontram pequenos fragmentos de Floresta Ombrófila Densa Montana,<br />

ao sul de Caçapava, ou margeando cursos d’água entre as áreas de Silvicultura (Caçapava<br />

Velha). Destaca-se que, originalmente, essa vegetação era representativa de ecótono Floresta<br />

Ombrófila–Cerrado, atualmente totalmente descaracterizada.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-33 ABRIL / 2006


(1) Tipologia da vegetação original<br />

• Floresta Ombrófila Densa<br />

De modo geral, a ocorrência deste tipo de vegetação relaciona-se a fatores climáticos, como<br />

elevadas temperaturas (médias de 25°C) e uma pluviosidade bem distribuída durante o ano,<br />

sem um período climatologicamente seco.<br />

Caracteriza-se pela cobertura arbórea densa com fanerófitos perenifólios, estruturados em<br />

vários estratos e associados a trepadeiras lenhosas e epífitas. Os trechos florestais limitados às<br />

Áreas de Influência do empreendimento enquadram-se, segundo a classificação adotada pelo<br />

IBGE (1992), em três formações distintas: das Terras Baixas (0 a 50m de altitude),<br />

Submontana (50 a 500m) e Montana (500 a 1.500m).<br />

Cabe ressaltar que essas faixas altimétricas representam tão somente linhas indicativas gerais<br />

dos tipos de formações encontrados, e podem variar tendo em vista a diversidade de fatores<br />

bióticos e abióticos que podem influenciar localmente a vegetação. Adicionalmente, diversos<br />

trechos podem apresentar características intermediárias, que se refletem na expansão de<br />

determinados elementos florísticos.<br />

Nas Áreas de Influência do Gasoduto, esse tipo de vegetação ocorre principalmente sobre as<br />

serras e morros residuais, destacando-se o fato de que distintos ambientes, como topos de<br />

morros, encostas voltadas para o oceano, ou para o interior, vales, grotas e áreas de<br />

afloramentos rochosos, podem ser caracterizados por uma fisionomia, composição florística e<br />

estruturas próprias.<br />

Cabe destacar que, ao longo dos anos, distintas nomenclaturas têm sido usadas para a<br />

classificação dos tipos de vegetação observados na serra do Mar, no Estado de São Paulo.<br />

MANTOVANI et al. (1990), estudando a florística e a estrutura de trechos de vegetação na<br />

serra do Mar em Salesópolis, município vizinho a Caraguatatuba e Paraibuna, municípios<br />

atravessados pelo empreendimento, identificaram quatro padrões florestais:<br />

– Mata de topo de morros – Denominada por KLEIN (1980) de “matinha nebular”, tratase<br />

de uma formação florestal condicionada pela presença de solos rasos (Litossolos), com<br />

um dossel contínuo. Essas matas apresentam, geralmente, em seu interior, populações<br />

densas de bromélias terrícolas e, em muitas áreas, populações densas do bambu<br />

escandente Chusquea sp. A amostragem fitossociológica registrou a dominância de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-34 ABRIL / 2006


espécies como Guapira opposita (maria-mole), Byrsonima ligustrifolia (cedro),<br />

Calyptranthes concinna (guamirim), Ouratea cf. vaccinioides e Rapanea ferruginea,<br />

atualmente Myrsine ferruginea (capororoca);<br />

– Mata de fundo de vale – Formação que apresentou o maior desenvolvimento entre as<br />

áreas avaliadas. Situa-se sobre solos profundos, relacionados com a rede hidrográfica. As<br />

espécies arbóreas do dossel atingem 20m de altura. De um modo geral, encontra-se em<br />

áreas de difícil acesso, em vales profundos ou grotas formadas sobre escarpas íngremes.<br />

Apresenta um sub-bosque de grande riqueza florística, com a presença de muitos<br />

indivíduos de Euterpe edulis (palmito), exibindo também elevada riqueza de epífitas,<br />

principalmente sobre indivíduos dos estratos mais elevados. Como espécies mais<br />

importantes nessa comunidade, foram encontradas Terminalia phaeocarpa (mirindiba),<br />

Psychotria nuda (erva-de-anta), Guapira opposita (maria-mole), Euterpe edulis (palmito),<br />

Miconia theaezans (tapiá), Alchornea triplinervia (tanheiro), Marlierea tomentosa<br />

(cabeludinha) e Psychotria suterella (erva-de-anta).<br />

– Mata da encosta atlântica – Apresenta, assim como a formação descrita a seguir,<br />

grandes variações estruturais, de acordo com a cota em que se encontra, a declividade e a<br />

influência das massas de ar vindas do oceano. Possui, ainda, características ecotonais entre<br />

as matas de topo de morros e de fundo de vale. A amostragem fitossociológica destacou a<br />

importância das famílias Sapotaceae, Nyctaginaceae, Myrtaceae e Lauraceae. Dentre as<br />

espécies, destacaram-se Micropholis cuneata, Guapira opposita, Myrcia rostrata<br />

(guamirim-miúdo), Licania kunthiana, Ocotea sylvestris, Manilkara subsericea<br />

(maçarandubinha), Vochysia magnifica e Ocotea porosa (canela-imbuia). Caracteriza-se,<br />

ainda, pela riqueza de epífitas e em espécies de sub-bosque.<br />

– Mata da encosta do Vale do Paraíba – Situada em trechos com menores índices<br />

pluviométricos quando comparados às encostas voltadas para o oceano, apresenta em sua<br />

composição algumas espécies decíduas. As famílias Myrtaceae, Sapotaceae e Lauraceae<br />

foram registradas como as mais importantes. Dentre as espécies, destacaram-se<br />

Micropholis cuneata, Calyptranthes lucida (murta), Guapira opposita, Didymopanax<br />

calvum (mandioqueira), Ocotea porosa, Eugenia squamiflora e Amaioua guianensis<br />

(marmelada).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-35 ABRIL / 2006


MANTOVANI (1992), descrevendo brevemente as florestas no município de Caraguatatuba,<br />

mencionou a ocorrência, no topo de morros, de mata nebular, sendo essa mais baixa e densa<br />

que as florestas sobre as encostas e fundos de vales. No interior dessas matas, encontram-se,<br />

geralmente, populações densas de bromélias terrícolas. Nas encostas, a floresta apresenta<br />

características estruturais intermediárias, entre a mata nebular e as florestas situadas no fundo<br />

de vales, mostrando variações estruturais dependentes de substrato. Já as florestas presentes<br />

nos fundos de vales atingem seu máximo desenvolvimento, estando condicionadas às<br />

características do substrato e do microclima. Sobre os morros residuais no interior da planície<br />

costeira, dependendo da influência do sedimento, a floresta apresenta faixas transicionais de<br />

diferentes extensões com a vegetação de restinga.<br />

Na descrição da vegetação do Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar (IF/SP,<br />

2005), foi adotada a classificação segundo o sistema de EITEN (1970), sendo apresentada a<br />

correlação entre esse sistema e o de VELOSO (1991) (Quadro 5.2-4).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-36 ABRIL / 2006


FORMAÇÕES VEGETAIS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.2-4 – Formações vegetais presentes no Parque Estadual da Serra do Mar – Correlação<br />

Floresta Sempre verde do planalto<br />

AUTORES<br />

EITEN (1970) VELOSO (1991) e outros<br />

Floresta Ombrófila Densa Montana<br />

Floresta da Crista da Serra do Mar Floresta Ombrófila Densa Altomontana/Montana<br />

Floresta de Neblina<br />

Floresta de Altitude<br />

Floresta da Encosta da Serra do Mar Floresta Ombrófila Densa Montana<br />

Floresta Ombrófila Densa Submontana<br />

Floresta Alta do Litoral Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas<br />

Floresta de Planície<br />

Floresta de Restinga Alta<br />

Campo Montano Estepe<br />

Campos de Altitude<br />

Vegetação com influência marinha<br />

Restinga baixa<br />

Vegetação com influência flúvio-marinha<br />

Fonte: Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar, 2005.<br />

Manguezal<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-37 REVISÃO: 1 ABRIL / 2006


• Vegetação com Influência Marinha (Restinga)<br />

O termo “restinga”, no sentido amplo, tem sido usado para designar um complexo que<br />

abrange diversas comunidades vegetais ocorrentes no ecossistema adjacente ao oceano, sobre<br />

as planícies arenosas.<br />

No litoral norte do Estado de São Paulo, onde será localizado o empreendimento, as planícies<br />

costeiras são, em geral, pouco desenvolvidas, tendo em vista a proximidade da serra do Mar<br />

em relação à costa litorânea. No caso particular de Caraguatatuba, ocorre um desvio da linha<br />

da costa para o norte, o recuo da escarpa para o interior e a conseqüente formação de uma<br />

planície arenosa desenvolvida, onde predominam formações marinhas e aluviais, de extensão<br />

excepcional para o litoral norte (MANTOVANI, 1992).<br />

A área norte desse município possui planície estreita, com a serra do Mar próxima às praias;<br />

já a área mais próxima a São Sebastião exibe uma planície mais larga, bastante ocupada. O<br />

litoral é menos recortado que o dos municípios vizinhos, com áreas de praias separadas por<br />

alguns costões rochosos.<br />

MANTOVANI (1992) mencionou as distintas comunidades encontradas nas restingas da<br />

baixada de Caraguatatuba: pequenas comunidades halófilo-psamófilas, com espécies<br />

reptantes; comunidades arbustivo-arbóreas, que contêm muitas bromélias terrícolas,<br />

denominadas jundu; florestas de restinga, que se desenvolvem sobre os cordões arenosos;<br />

florestas paludosas, situadas nas depressões entre os cordões arenosos.<br />

Em estudo enfocando trechos de floresta de restinga sobre e entre os cordões arenosos, esse<br />

autor registrou 147 espécies, encontrando como características da floresta paludosa: Euterpe<br />

edulis (palmiteiro), Calophyllum brasiliense (guanandi), Tabebuia cassinoides (caxeta) e<br />

Tapirira guianensis (peito-de-pomba). As duas florestas apresentaram dominância florística<br />

das famílias Bromeliaceae, Leguminosae (Caesalpinoideae, Mimosoideae e Papilionoideae),<br />

Myrtaceae e Orchidaceae. Dentre as epífitas, destacaram-se espécies de Pteridophyta,<br />

Orchidaceae, Piperaceae, Bromeliaceae, Gesneriaceae e Araceae.<br />

• Área de Tensão Ecológica<br />

As Áreas de Tensão Ecológica constituem faixas de contato (ecótone), caracterizadas pela<br />

interpenetração de comunidades características de dois ou mais tipos de vegetação, por vezes<br />

formando mosaicos de fácil delimitação, no caso de contatos entre tipos de vegetação<br />

fisionomicamente distintos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-38 ABRIL / 2006


Na área estudada, essa vegetação correspondia, originalmente, a uma faixa de transição<br />

caracterizada pelo contato Floresta Ombrófila/Cerrado, ocorrendo ao norte da faixa de<br />

implantação do duto, abrangendo um pequeno trecho na Área de Influência Indireta, entre São<br />

José dos Campos e Taubaté. Atualmente, essa vegetação encontra-se muito descaracterizada,<br />

tendo em vista o desmatamento e a urbanização local.<br />

(2) Tipologia da vegetação secundária<br />

A vegetação secundária resulta do processo de sucessão natural que ocorre após a remoção da<br />

vegetação original e posterior rebrota. Tal processo envolve a substituição gradativa de<br />

espécies adaptadas a cada uma das comunidades sucessionais, e é um reflexo de diversos<br />

fatores atuantes, podendo-se citar, dentre eles, o tempo de uso e de abandono do solo e,<br />

também, a forma de manejo aplicada em cada área (desmatamentos, queimadas, atividades<br />

agrícolas ou pastoris, etc.).<br />

Com base nos parâmetros apresentados pela Resolução Conjunta SMA/IBAMA/SP de 17 de<br />

fevereiro de 1994, para a definição dos estádios de sucessão da Mata Atlântica no Estado de<br />

São Paulo, foram observadas, na Área de Influência Indireta do Gasoduto, as fases<br />

sucessionais apresentadas a seguir. Ressalta-se que o estádio sucessional é definido, dentre<br />

outras características, pela composição florística, não sendo possível sua representação gráfica<br />

no Mapa de Vegetação, Uso e Ocupação das Terras (Mapa 12, Volume 2/3).<br />

• Vegetação Secundária em estádio pioneiro de regeneração (estádio sucessional<br />

secundário pioneiro da Floresta Ombrófila Densa)<br />

Caracteriza-se pela fisionomia, geralmente campestre, com o predomínio de estratos<br />

herbáceos, podendo haver estratos arbustivos e ocorrer o predomínio de um ou outro. O<br />

estrato arbustivo pode ser aberto ou fechado, com alturas, em geral, até 2m. Epífitas estão<br />

ausentes. Trepadeiras, se presentes, são em geral herbáceas.<br />

• Vegetação Secundária em estádio inicial de regeneração (Estádio sucessional<br />

secundário inicial da Floresta Ombrófila Densa)<br />

Caracteriza-se pela fisionomia que varia de savânica a florestal baixa, sem diferenciação de<br />

estratos, e onde podem ocorrer pequenas árvores. Plantas lenhosas possuem alturas, em geral,<br />

entre 1,5-8,0m (Foto 5.2-1). Destacam-se, nas Áreas de Influência do Gasoduto, espécies de<br />

Leg. Mimosoideae (Piptadenia sp – pau-jacaré), Leg. Papilionioideae (Machaerium sp),<br />

Melastomataceae (Miconia sp, Leandra sp – pixirica), Verbenaceae (Aegiphila sp –<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-39 ABRIL / 2006


tamanqueiro), Euphorbiaceae (Croton sp – capixingui), Solanaceae (Solanum sp),<br />

Flacourtiaceae (Casearia sp – pau-lagarto), Piperaceae (Piper sp), Cecropiaceae (Cecropia sp<br />

– imbaúba), Myrsinaceae (Myrsine sp – capororoca), Anacardiaceae (Schinus terebinthifolius<br />

– aroeira), Malvaceae (Sida sp), Gleicheniaceae (Sticherus sp), entre outras famílias. Epífitas<br />

são pouco abundantes ou ausentes nesses ambientes.<br />

• Vegetação Secundária em estádio médio de regeneração (estádio sucessional<br />

secundário médio da Floresta Ombrófila Densa)<br />

Após a fase anterior, e havendo continuidade no processo sucessional, surge uma vegetação<br />

com fisionomia arbustivo-arbórea mais desenvolvida, onde predominam arbustos e arvoretas<br />

de vários tamanhos, com alturas que variam entre 4 e 12m. A cobertura é fechada, e ocorre<br />

uma redução de espécies heliófilas herbáceas e arbustivas típicas do estádio inicial. Têm<br />

início a diferenciação em estratos e o aparecimento de espécies umbrófilas no sub-bosque.<br />

Epífitas aparecem em maior número de indivíduos e espécies. Trepadeiras podem estar<br />

presentes, com predomínio de espécies lenhosas (Foto 5.2-2).<br />

A diversidade de espécies é maior que na fase anterior e, entre as árvores, destacam-se, na<br />

região, espécies pertencentes a famílias como Melastomataceae (Tibouchina sp, Miconia spp<br />

– pixirica), Leg. Mimosoideae (Piptadenia gonoacantha – pau-jacaré, Inga sp – ingá), Leg.<br />

Caesalpinioideae (Schizolobium parahyba – guapuruvu), Leg. Papilionioideae (Machaerium<br />

sp), Araliaceae (Didymopanax sp), Lauraceae (Nectandra sp, Ocotea sp – canelas).<br />

No sub-bosque, são comuns espécies de Piperaceae (Piper spp), Rubiaceae (Psychotria spp),<br />

Arecaceae (Syagrus sp – baba-de-boi), Moraceae (Sorocea sp – soroca) e Heliconiaceae<br />

(Heliconia sp), além de diversas plântulas e indivíduos arbóreos jovens do estrato superior.<br />

Trepadeiras herbáceas e lenhosas mostram-se abundantes nessas matas, e epífitas são mais<br />

freqüentes que na fase inicial. Destacam-se, na região, espécies de Bromeliaceae e Araceae,<br />

além de famílias de liquens.<br />

• Vegetação Secundária em estádio avançado de regeneração (estádio sucessional<br />

secundário avançado da Floresta Ombrófila Densa)<br />

Nessa fase, a vegetação exibe uma fisionomia florestal fechada, caracterizando-se pela<br />

ocorrência de várias espécies encontradas na fase média, porém mais desenvolvidas; pela<br />

presença no sub-bosque de espécies mais exigentes e tolerantes à sombra; e pela uniformidade<br />

do dossel arbóreo, que pode apresentar ou não árvores emergentes. Ocorre uma grande<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-40 ABRIL / 2006


variedade de espécies lenhosas com alturas superiores a 10m e copas, em geral, amplas,<br />

havendo um número maior de estratos em relação à fase anterior (Foto 5.2-3).<br />

Nas Áreas de Influência do empreendimento, destacam-se, dentre as arbóreas, espécies das<br />

famílias Moraceae (Ficus sp), Myristicaceae (Virola sp), Meliaceae (Cedrela sp – cedro),<br />

Lauraceae (Ocotea sp, Nectandra sp – canelas), Leg.Papilionioideae (Machaerium sp) e<br />

Elaeocarpaceae (Sloanea sp), entre diversas outras.<br />

No sub-bosque, são comuns espécies de Monimiaceae (Mollinedia sp), Rubiaceae,<br />

Bromeliaceae, Marantaceae, Heliconiaceae, Cyatheaceae (Cyathea spp – samambaiuçu) e<br />

outras famílias de pteridófitas.<br />

Trepadeiras lenhosas (cipós) são mais abundantes e ricas em espécies; epífitas estão presentes<br />

em grande número de espécies e com grande abundância, destacando-se espécies de<br />

Bromeliaceae (Vriesea sp), Araceae (Philodendron sp) e Cactaceae (Rhipsalis sp), entre<br />

diversas outras.<br />

(3) Caracterização das Formações Não-Naturais<br />

• Reflorestamento<br />

Amplos trechos reflorestados com Eucalyptus spp. e Pinus sp. estão concentrados<br />

principalmente nas áreas englobadas pelos municípios de Paraibuna, Jambeiro e Caçapava<br />

(Foto 5.2-4).<br />

• Pastagens<br />

Correspondem, na região estudada, às áreas mais fortemente impactadas pela ação humana,<br />

onde a vegetação original foi removida e substituída por uma cobertura predominantemente<br />

herbácea (Foto 5.2-5). Nesse ambiente, dominam gramíneas invasoras de gêneros como<br />

Brachiaria, Paspalum, Pennisetum e Andropogon, podendo estar associadas a espécies de<br />

ervas e subarbustos.<br />

Apresenta-se, a seguir, no Quadro 5.2-5, um resumo das classes de cobertura vegetal, uso e<br />

ocupação das terras na AII, associadas às suas áreas de ocorrência e aos correspondentes<br />

percentuais (Figura 5.2-1).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-41 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.2-5 - Distribuição das Classes de Cobertura Vegetal, Uso e Ocupação das Terras na AII<br />

SÍMBOLO CLASSE DE COBERTURA VEGETAL, USO E OCUPAÇÃO DAS TERRAS ÁREA (ha) %<br />

S SILVICULTURA 13.608 13,35<br />

P PASTAGEM 61.205 60,03<br />

FDM Floresta Ombrófila Densa Montana 14.043 13,77<br />

FDSM Floresta Ombrófila Densa Submontana 4.116 4,04<br />

FDTB Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas 403 0,40<br />

AU ÁREA URBANA 5.740 5,63<br />

AI ÁREA INDUSTRIAL 991 0,97<br />

INS INSTITUCIONAL 796 0,78<br />

CA CORPOS D’ÁGUA 1.048 1,03<br />

TOTAL (AII) – 101.950 100,0<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-42 ABRIL / 2006


Porcentagem<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

13,35<br />

Figura 5.2-1 – Distribuição das porcentagens das principais classes de cobertura vegetal, uso<br />

e ocupação das terras, na AII do empreendimento. Legenda: S – Silvicultura, P – Pastagem,<br />

FDM - Floresta Ombrófila Densa Montana, FDSM - Floresta Ombrófila Densa Submontana,<br />

FDTB - Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas, AU - Área Urbana, AI - Área Industrial, Ins<br />

– Institucional, CA - Corpos d’água.<br />

(4) Extrativismo Vegetal na Área de Influência Indireta (AII)<br />

Não foram observados sinais de retirada recente de madeira, e palmito, ou qualquer outro tipo<br />

de exploração dos recursos naturais. Por se tratar de uma região onde predomina a vegetação<br />

secundária, entende-se que diversas espécies originalmente existentes, sobretudo as que<br />

possuíam grande interesse econômico, já foram retiradas, sendo atualmente encontradas<br />

somente na área do Parque Estadual da Serra do Mar.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

60,03<br />

13,77<br />

4,04<br />

0,40<br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

5,63<br />

0,97 0,78 1,03<br />

S P FDM FDSm FDTb AU AI Ins CA<br />

Classes de Cobertura Vegetal, Uso e Ocupação das Terras<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-43 ABRIL / 2006


Foto 5.2-2 - Vegetação<br />

Secundária em estádio<br />

médio de regeneração.<br />

Sub-bosque denso, com<br />

presença de bromélias,<br />

epífitas e indivíduos<br />

jovens. Município de<br />

Paraibuna. Coordenadas<br />

441.846W/7.388.299S.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-1 - Vegetação<br />

Secundária em estádio<br />

inicial de regeneração.<br />

Presença marcante de<br />

imbaúba (Cecropia sp) e<br />

bambus. Pouco<br />

abundantes ou ausência<br />

de epífitas. Fragmento<br />

circundado por áreas de<br />

pastagem. Município de<br />

São José dos Campos.<br />

Coordenadas<br />

417.829W/7.430.306S<br />

Foto 5.2-3 - Vegetação<br />

Secundária em estádio<br />

avançado de<br />

regeneração. Apresenta<br />

três estratos, marcante<br />

abundância de epífitas,<br />

principalmente junto ao<br />

solo, presença de liquens<br />

e de musgos. Destaque<br />

para a grande quantidade<br />

de bromélias e palmito<br />

(Euterpe edulis).<br />

Município de Paraibuna.<br />

Coordenadas<br />

438.093W/7.393.004S.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-44 ABRIL / 2006


Foto 5.2-4 - Silvicultura.<br />

Extenso reflorestamento<br />

de Eucalyptus sp.<br />

Área a ser atravessada<br />

pela diretriz do<br />

Gasoduto, próximo a<br />

Caçapava Velha.<br />

Município de Caçapava.<br />

Coordenadas<br />

435.343W/7.442.837S.<br />

5.2.3 FAUNA<br />

a. Mastofauna<br />

(1) Caracterização geral<br />

Na Mata Atlântica, foram registradas, até o presente, aproximadamente 276 espécies de<br />

mamíferos, divididas em 129 gêneros, 34 famílias e 9 ordens. Esses dados foram extraídos de<br />

revisões taxonômicas e descrições recentes de taxa, assim como de trabalhos sobre a<br />

distribuição geográfica de mamíferos (FONSECA et al., 1996; EMMONS, 1990;<br />

MARINHO-FILHO e SAZIMA, 1998; EISENBERG e REDFORD, 1999; COSTA et al.,<br />

2000; VIVO, 2000).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-5 – Pastagem:<br />

fisionomia mais comum<br />

na Área de Influência<br />

Indireta do traçado do<br />

Gasoduto.<br />

Município de Taubaté.<br />

Coordenadas<br />

439.775W/7.445.118S.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-45 ABRIL / 2006


Os dados obtidos em campo, acrescidos das publicações e das informações museológicas,<br />

permitiram estimar a mastofauna das Áreas de Influência do empreendimento como composta<br />

por 9 ordens, 25 famílias, 60 gêneros e 73 espécies (Quadro 5.2-6). Essa riqueza representa a<br />

totalidade de ordens dos mamíferos da Mata Atlântica, 73,5% de suas famílias, 46,5% dos<br />

gêneros e 26,4% das espécies.<br />

Conforme apresentado no Quadro 5.2-7, a ordem Chiroptera (morcegos), com 22 espécies<br />

(30,1% do total), foi a mais rica, seguida pela ordem Rodentia (roedores), com 19 espécies<br />

(26%), e Carnivora (carnívoros), com 12 espécies (16,4%), Didelphimorphia (7 espécies;<br />

9,6%), Xenarthra (4; 5,5%), Primates (4; 5,5%), Artiodactyla (3; 4,1%), Perissodactyla (1;<br />

1,4%) e Lagomorpha (1; 1,4%).<br />

A partir dos dados apresentados no Quadro 5.2-8, agrupou-se a fauna de acordo com os<br />

tópicos propostos para análise. Os resultados estão expressos nas Figuras 5.2-2, 5.2-3 e 5.2-4.<br />

A análise demonstra que a mastofauna da AII é composta essencialmente por espécies de<br />

pequeno porte, com massa corporal inferior a 500 gramas (45 espécies; 61,6% do total). Esse<br />

grupo se desloca preferencialmente de duas formas: terrestre (27 espécies; 37% do total) ou<br />

através de vôo (22 espécies; 30,1%).<br />

A avaliação feita indicou que a mastofauna local se separa em dois grupos. O primeiro é<br />

composto por espécies de pequeno tamanho corporal (classes I e II), com predomínio do<br />

deslocamento terrestre (marsupiais e pequenos roedores), e alado (morcegos), com<br />

predomínio de frugívoros e insetívoros.<br />

Já no segundo grupamento, o predomínio é de espécies de tamanho maior (classes IV e V),<br />

com uma variedade maior de tipos de deslocamentos (arborícolas, terrestres e fossoriais) e de<br />

dietas (onívoros, carnívoros e herbívoros).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-46 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-6 - Lista de mamíferos de potencial ocorrência, nas Áreas de Influência do empreendimento<br />

ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME COMUM TIPO DE REGISTRO<br />

Ordem DIDELPHIMORPHIA<br />

Família Didelphidae<br />

Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826) gambá-orelha-preta LIT , MUS<br />

Metachirus nudicaudatus (E. Geoffroy, 1803) cuíca LIT, MUS<br />

Micoureus paraguayanus (Tate, 1931) mucura LIT<br />

Monodelphis americana (Müller, 1776) catita LIT<br />

Monodelphis iheringi (Thomas, 1888) catita MUS<br />

Monodelphis scalops (Thomas, 1888) catita MUS<br />

Philander frenatus (Linnaeus, 1758) cuíca-quatro-olhos LIT<br />

Ordem XENARTHRA<br />

Família Bradypodidae<br />

Bradypus variegatus (Schinz, 1825) preguiça LIT<br />

Família Dasypodidae<br />

Dasypus novemcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-galinha LIT , MUS<br />

Dasypus septemcinctus (Linnaeus, 1758) tatu-mulita REC<br />

Família Myrmecophagidae<br />

Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) tamanduá-mirim MUS<br />

Ordem CHIROPTERA<br />

Família Phyllostomidae<br />

Anoura geoffroyi (Gray, 1838) morcego LIT<br />

Anoura caudifera (E. Geoffroy, 1818) morcego LIT, MUS<br />

Artibeus cinereus (Gervais, 1856) morcego LIT<br />

Artibeus fimbriatus (Gray, 1838) morcego LIT<br />

Artibeus lituratus (Olfers, 1818) morcego LIT<br />

Artibeus obscurus (Schinz, 1821) morcego LIT<br />

Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) morcego LIT, MUS<br />

Chiroderma doriae (Thomas, 1891) morcego LIT<br />

Chrotopterus auritus (Peters, 1856) morcego LIT<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-47 ABRIL / 2006


ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME COMUM TIPO DE REGISTRO<br />

Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810) morcego-vampiro LIT<br />

Diphylla ecaudata Spix, 1823 morcego-vampiro MUS, LIT<br />

Glossophaga soricina (Pallas, 1766) morcego LIT<br />

Micronycteris megalotis (Gray, 1842) morcego LIT<br />

Mimon bennettii (Gray, 1838) morcego LIT<br />

Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) morcego LIT<br />

Pygoderma bilabiatum (Wagner, 1843) morcego MUS, LIT<br />

Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810) morcego LIT, MUS<br />

Sturnira tildae de la Torre, 1959 morcego LIT<br />

Tonatia bidens (Spix, 1823) morcego LIT<br />

Trachops cirrhosus (Spix, 1823) morcego LIT<br />

Família Thyropteridae<br />

Thyroptera tricolor Spix, 1823 morcego MUS, LIT<br />

Família Vespertilionidae<br />

Myotis nigricans (Schinz, 1821) morcego LIT<br />

Ordem PRIMATES<br />

Família Callitrichidae<br />

Callithrix aurita (E. Geoffroy, 1812) sagüi-de-tufo-preto MUS, LIT<br />

Família Cebidae<br />

Cebus nigritus (Goldfuss, 1809) macaco-prego MUS, LIT<br />

Família Atelidae<br />

Alouatta guariba (Humboldt, 1812) bugio LIT<br />

Brachyteles arachnoides (E. Geoffroy, 1806) muriqui, mono-carvoeiro MUS, LIT<br />

Ordem CARNIVORA<br />

Família Canidae<br />

Cerdocyon thous (Linnaeus, 1758) cachorro-do-mato MUS, LIT<br />

Família Felidae<br />

Herpailurus yaguaroudi (Geoffroy, 1803) gato-mourisco LIT<br />

Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) jaguatirica MUS, LIT<br />

Leopardus tigrinus (Schreber, 1775) gato-do-mato-pequeno MUS, LIT<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-48 ABRIL / 2006


ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME COMUM TIPO DE REGISTRO<br />

Leopardus wiedii (Schinz, 1821) gato-maracajá LIT<br />

Panthera onca (Linnaeus, 1758) onça-pintada MUS, LIT<br />

Puma concolor (Linnaeus, 1771) onça-parda, puma LIT, REC (Floresta Ombrófila Densa de<br />

Terras Baixas)<br />

Família Mustelidae<br />

Eira barbara (Linnaeus, 1758) irara MUS, LIT<br />

Galictis cuja (Molina, 1782) furão MUS, LIT<br />

Lontra longicaudis (Olfers, 1818) lontra LIT<br />

Família Procyonidae<br />

Nasua nasua (Linnaeus, 1758) quati LIT , MUS<br />

Procyon cancrivorus (G. Cuvier, 1798) mão-pelada REC (Floresta Ombrófila Densa de Terras<br />

Baixas e Montana)<br />

Ordem PERISSODACTYLA<br />

Família Tapiridae<br />

Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) anta MUS, REC (Floresta Ombrófila Densa de<br />

Terras Baixas)<br />

Ordem ARTIODACTYLA<br />

Família Tayassuidae<br />

Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) cateto LIT<br />

Tayassu pecari (Link, 1795) queixada MUS<br />

Família Cervidae<br />

Mazama gouazoubira (G. Fischer, 1814) veado-pardo REC (Floresta Ombrófila Densa de Terras<br />

Baixas e Montana)<br />

Ordem RODENTIA<br />

Família Sciuridae<br />

Sciurus ingrami Linnaeus, 1766 serelepe, esquilo MUS, LIT, REC (Floresta Ombrófila Densa<br />

de Terras Baixas e Montana)<br />

Família Muridae<br />

Akodon cursor (Winge, 1887) rato-do-mato LIT, MUS<br />

Blarinomys breviceps (Winge, 1877) rato-do-mato MUS<br />

Bolomys lasiurus (Lund, 1841) rato-do-mato MUS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-49 ABRIL / 2006


ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME COMUM TIPO DE REGISTRO<br />

Delomys dorsalis (Hensel, 1872) rato-do-mato LIT<br />

Juliomys pictipes (Osgood, 1933) rato-do-mato LIT<br />

Nectomys squamipes (Brants, 1827) rato-d’água LIT<br />

Oligoryzomys nigripes (Olfers, 1818) rato-do-mato LIT<br />

Oryzomys russatus (Wagner, 1848) rato-do-mato LIT<br />

Thaptomys nigrita (Lichtenstein, 1829)<br />

Família Erethizontidae<br />

rato-do-mato MUS, LIT<br />

Sphiggurus villosus (F. Cuvier, 1823)<br />

Família Caviidae<br />

ouriço MUS<br />

Cavia aperea Erxleben, 1777<br />

Família Hydrochaeridae<br />

preá MUS, LIT<br />

Hydrochaeris hydrochaeris (Linnaeus, 1766)<br />

Família Dasyproctidae<br />

capivara MUS, LIT<br />

Dasyprocta azarae Lichtenstein, 1823<br />

Família Echimyidae<br />

cutia LIT<br />

Trinomys dimidiatus (Günther, 1827) rato-de-espinho MUS<br />

Trinomys iheringi Thomas, 1911 rato-de-espinho LIT, MUS<br />

Phyllomys aff. dasythrix Hensel, 1812 rato-de-espinho MUS, LIT<br />

Phyllomys kerri (Moojen, 1950) rato-de-espinho MUS, LIT<br />

Phyllomys nigrispinus (Wagner, 1842)<br />

Ordem LAGOMORPHA<br />

Família Leporidae<br />

rato-de-espinho MUS<br />

Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758) tapiti MUS, LIT<br />

Legenda: REC (espécie registrada durante a fase de campo – formação vegetacional do ponto de observação); MUS (espécie depositada no MZUSP); LIT (dado de<br />

literatura).<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-50 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-7 - Composição taxonômica potencial da mastofauna nas Áreas de Influência do empreendimento<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ORDEM N O DE FAMÍLIAS N O DE GÊNEROS N O DE ESPÉCIES<br />

Didelphimorphia (gambás, cuícas) 1 5 7<br />

Xenarthra (tatus, tamanduás) 3 3 4<br />

Chiroptera (morcegos) 3 17 22<br />

Primates (macacos, bugios) 3 4 4<br />

Carnivora (gatos, cachorros, mustelídeos) 4 10 12<br />

Perissodactyla (anta) 1 1 1<br />

Artiodactyla (veados, porcos-do-mato) 2 3 3<br />

Lagomorpha (tapiti) 1 1 1<br />

Rodentia (esquilos, ratos, cutias, pacas) 7 16 19<br />

TOTAL 25 60 73<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-51 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-8- Mamíferos de potencial ocorrência nas Áreas de Influência do empreendimento e suas características bionômicas<br />

ESPÉCIE CLASSES DE PESO HÁBITO ALIMENTAR LOCOMOÇÃO<br />

Didelphis aurita IV omn esc<br />

Metachirus nudicaudatus II omn ter<br />

Micoureus paraguayanus II omn arb<br />

Monodelphis americana I omn ter<br />

Monodelphis iheringi I omn ter<br />

Monodelphis scalops I omn ter<br />

Philander frenatus II omn esc<br />

Bradypus variegatus V her arb<br />

Dasypus novemcinctus IV omn fos<br />

Dasypus septemcinctus IV omn fos<br />

Tamandua tetradactyla V ins esc<br />

Anoura geoffroyi I fpn voa<br />

Anoura caudifera I fpn voa<br />

Artibeus cinereus I fpn voa<br />

Artibeus fimbriatus I fpn voa<br />

Artibeus lituratus I fpn voa<br />

Artibeus obscurus I fpn voa<br />

Carollia perspicillata I fpn voa<br />

Chiroderma doriae I fpn voa<br />

Chrotopterus auritus I car voa<br />

Desmodus rotundus I hem voa<br />

Diphylla ecaudata I hem voa<br />

Glossophaga soricina I fpn voa<br />

Micronycteris megalotis I ins voa<br />

Mimon bennettii I fpn voa<br />

Platyrrhinus lineatus I fpn voa<br />

Pygoderma bilabiatum I fpn voa<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-52 ABRIL / 2006


ESPÉCIE CLASSES DE PESO HÁBITO ALIMENTAR LOCOMOÇÃO<br />

Sturnira lilium I fpn voa<br />

Sturnira tildae I fpn voa<br />

Tonatia bidens I fpn voa<br />

Trachops cirrhosus I car voa<br />

Thyroptera tricolor I ins voa<br />

Myotis nigricans I ins voa<br />

Callithrix aurita II omn arb<br />

Cebus nigritus IV omn arb<br />

Alouatta guariba V her arb<br />

Brachyteles arachnoides V fpn arb<br />

Cerdocyon thous V omn ter<br />

Herpailurus yaguaroudi IV car ter<br />

Leopardus pardalis V car ter<br />

Leopardus tigrinus IV car ter<br />

Leopardus wiedii IV car esc<br />

Panthera onça V car esc<br />

Puma concolor V car ter<br />

Eira bárbara IV omn esc<br />

Galictis cuja IV car ter<br />

Lontra longicaudis V car saq<br />

Nasua nasua V omn esc<br />

Procyon cancrivorus V car ter<br />

Tapirus terrestris V her ter<br />

Pecari tajacu V her ter<br />

Tayassu pecari V her ter<br />

Mazama gouazoubira V her ter<br />

Sciurus ingrami II omn arb<br />

Akodon cursor I ins ter<br />

Blarinomys breviceps I ins fos<br />

Bolomys lasiurus I ins ter<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-53 ABRIL / 2006


ESPÉCIE CLASSES DE PESO HÁBITO ALIMENTAR LOCOMOÇÃO<br />

Delomys dorsalis I ins ter<br />

Juliomys pictipes I ins ter<br />

Nectomys squamipes I omn saq<br />

Oligoryzomys nigripes I ins ter<br />

Oryzomys russatus I ins ter<br />

Thaptomys nigrita I ins ter<br />

Sphiggurus villosus III her arb<br />

Cavia aperea II her ter<br />

Hydrochaeris hydrochaeris V her saq<br />

Dasyprocta azarae IV her ter<br />

Trinomys dimidiatus II fpn ter<br />

Trinomys iheringi II fpn ter<br />

Phyllomys aff. Dasythrix II fpn arb<br />

Phyllomys kerri II fpn arb<br />

Phyllomys nigrispinus II fpn arb<br />

Sylvilagus brasiliensis III her ter<br />

LEGENDA:<br />

CLASSES DE PESO:<br />

I ... >= 100g<br />

II 101 >= 500g<br />

III 501 >= 1000g<br />

IV 1001 >= 5000g<br />

V 5001 > ...<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

HÁBITO ALIMENTAR:<br />

fpn = frugívoro/polinívoro<br />

ins = insetívoro<br />

omn = omnívoro<br />

car = carnívoro<br />

her = herbívoro<br />

hem = hematófago<br />

LOCOMOÇÃO:<br />

arb = arborícola<br />

ter = terrestre<br />

saq = semi-aquático<br />

voa = voador<br />

fos = semi-fossorial<br />

esc = escansorial<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-54 ABRIL / 2006


Número de espécies<br />

Figura 5.2-2 - Composição potencial da mastofauna na AII do empreendimento, segundo as<br />

classes de massa corporal; Classe I (>=100g), Classe II (101g>=500g), Classe III<br />

(501g>=1000g), Classe IV (1001g>=5000g), Classe V (5001>...).<br />

Número de Espécies<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

34<br />

Figura 5.2-3 - Composição potencial da mastofauna na AII do empreendimento, segundo o<br />

grupo alimentar.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

11<br />

2<br />

Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V<br />

21<br />

12<br />

16<br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-55 ABRIL / 2006<br />

10<br />

11 11<br />

Frugívoro Insetívoro Onívoro Carnívoro Herbívoro Hematófago<br />

16<br />

2


Número de espécies<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

11<br />

Figura 5.2-4 - Composição potencial da mastofauna na área do empreendimento, segundo as<br />

classes de locomoção e ocupação do ambiente.<br />

(2) Histórico do conhecimento da mastofauna<br />

O naturalista austríaco Johann Natterer, no século XIX, foi o pioneiro no estudo da fauna de<br />

mamíferos de São Paulo, realizando estudos na localidade de Ipanema, atualmente chamada<br />

Iperó (VIVO, 1998).<br />

Trabalhos de pesquisa mais recentes, mas de grande relevância, foram desenvolvidos por<br />

MARINHO-FILHO (1992), na serra do Japi, e VIVO e GREGORIN (2001), no Parque<br />

Estadual de Intervales.<br />

Os principais estudos desenvolvidos na Floresta Atlântica distinguem-se em dois grupos:<br />

estudos de auto-ecologia de espécies ameaçadas, especialmente primatas (MELLO, 1986;<br />

RYLANDS e BERNARDES, 1991) e carnívoros (PARDINI, 1998; QUADROS, 2001); e os<br />

de sinecologia, que estudam as comunidades de pequenos mamíferos terrestres (DAVIS,<br />

1945; CARVALHO, 1965; FONSECA e KIERULFF, 1988; FERNANDEZ, 1989;<br />

FONSECA, 1989; STALLINGS, 1988; CERQUEIRA et ai,. 1993; LEITE et al., 1994;<br />

GENTILE e CERQUEIRA, 1995; BARROS-BATTESTI et al., 2000) e morcegos<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

27<br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

3<br />

Arborícola Terrestre Semi-aquático Voador Semi-fossorial Escansorial<br />

22<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-56 ABRIL / 2006<br />

3<br />

7


(TRAJANO, 1984; AGUIAR, 1994; FAZZOLARI-CORRÊA, 1995; MIRETZKI e<br />

MARGARIDO, 1999).<br />

O conjunto de informações disponíveis para a Mata Atlântica revela uma intrincada relação<br />

entre os mamíferos e os ambientes. Observou-se que, a despeito de sua aparente<br />

homogeneidade na distribuição da sua mastofauna, a Mata Atlântica apresenta<br />

particularidades regionais importantes, que só poderiam ser diagnosticadas com base em<br />

estudos locais e de longa duração, com métodos variados (VOSS e EMMONS, 1996).<br />

Nesse sentido, a fauna de mamíferos da AII do empreendimento foi, até o momento, pouco<br />

estudada. A maioria dos estudos foi realizada há menos de uma década, especialmente no<br />

Parque Estadual da Serra do Mar (núcleos Caraguatatuba e São Sebastião). Esses estudos<br />

priorizaram as comunidades de pequenos mamíferos, especialmente morcegos (SARTI, 2001;<br />

GERALDES, 2005), roedores e marsupiais (CARVALHO, 1965; FRACASSO, 2000).<br />

Quantos aos de médio e grande porte, como os carnívoros e ungulados, destacam-se os<br />

estudos sobre animais cinegéticos (GALETTI, 2005). À exceção do estudo de CARVALHO<br />

(1965), os demais ainda não foram publicados, estando disponíveis na forma de resumos de<br />

congresso, monografias e teses, muitas de acesso restrito.<br />

(3) Mamíferos e seus ambientes<br />

A Mata Ciliar (vegetação ripária) em meio ao ambiente florestal, geralmente, é composta pela<br />

fauna florestal adjacente. Contudo, as espécies de hábitos aquáticos ou justafluviais podem<br />

estar associadas, ainda que de forma não exclusiva, à vegetação ripária. Entre elas,<br />

encontram-se a lontra (Lontra longicaudis), a capivara (Hydrochaerus hydrochaeris), o ratod´água<br />

(Nectomys squamipes) e a anta (Tapirus terrestris). De qualquer forma, esse ambiente<br />

deve ser sempre relevado para as questões de conservação, pela presença dos corpos d’água.<br />

O local onde está instalada a Fazenda Serra Mar, ponto de partida do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté, já foi, outrora, recoberta por uma vegetação exuberante de restinga.<br />

Atualmente, a área é destinada completamente a atividades agropecuárias. A mastofauna<br />

pretérita deveria ser muito semelhante em composição à que foi descrita neste estudo, ainda<br />

que tais áreas possam apresentar uma capacidade menor de suporte à fauna (FOGAÇA, 2003).<br />

Enquanto muitas espécies de mamíferos florestais não atravessam nem mesmo pequenas áreas<br />

abertas, outras fazem uso desses ambientes para alimentação, reprodução e dispersão, dentre<br />

outros aspectos relacionados à sua ecologia.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-57 ABRIL / 2006


Normalmente, destacam-se em ambientes abertos os pequenos roedores exóticos (Mus<br />

musculus, Rattus rattus e Rattus norvergicus) e nativos (Akodon e Oligoryzomys), bem como<br />

uma variedade de espécies que demonstram uma aparente adequação a essas paisagens, como,<br />

por exemplo, a capivara (Hydrochaerus hydrochaeris), o tapiti (Sylvilagus brasiliensis) e os<br />

veados do gênero Mazama.<br />

As silviculturas apresentam alta homogeneidade ambiental e, em geral, são lugares hostis à<br />

fauna nativa e, portanto, áreas de baixa diversidade faunística. Essas monoculturas foram<br />

observadas por toda a área do empreendimento. Atualmente, já se encontram algumas<br />

espécies, aquelas consideradas generalistas, ocupando tais ambientes. Espécies herbívoras e<br />

onívoras são mais freqüentemente associadas a reflorestamentos de pínus e eucalipto do que<br />

aquelas frugívoras e carnívoras (GHELER-COSTA, 2002).<br />

Com base nisso, pode-se estimar a presença, nas monoculturas, de roedores dos gêneros<br />

Oryzomys e Oligoryzomys. Esse último, em plantio de eucalipto no Estado de São Paulo,<br />

representou mais de 55% da abundância relativa dos pequenos mamíferos locais (SILVA,<br />

2001). Roedores exóticos também são esperados, como Mus musculus, Rattus rattus e R.<br />

norvergicus.<br />

Dentre os mamíferos de médio e grande porte, os felinos, canídeos, veados e, até mesmo,<br />

antas, por vezes, utilizam reflorestamentos como áreas de descanso. Alguns autores chegam a<br />

sugerir que, se bem manejadas, essas áreas podem ser relativamente importantes para<br />

determinadas espécies, seja como hábitat, seja para o deslocamento na busca por ambientes<br />

florestais (SILVA, 2001; GHELER-COSTA, 2002).<br />

Já as áreas de pastagem, também presentes em grande parte da AII do Gasoduto, exigem uma<br />

maior plasticidade ecológica de certas espécies. Quando próximas de remanescentes<br />

florestais, alguns mamíferos nativos podem fazer uso desse ambiente. Os mamíferos que<br />

necessitam de grandes áreas de vida, como os carnívoros, são relativamente comuns nessas<br />

áreas.<br />

Os morcegos também utilizam as pastagens, especialmente os morcegos-vampiros Diphylla<br />

ecaudata e Desmodus rotundus; este último é considerado comum e abundante em pequenos<br />

fragmentos florestais, mesmo os isolados (REIS e MULLER, 1995; REISET et al., 2000;<br />

PEDRO et al., 2001), sendo capturado com freqüência em áreas de pastagens.<br />

BIANCONI et al.. (2004) sugerem que essa espécie utiliza áreas florestais como abrigo ou<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-58 ABRIL / 2006


stepping stones (trampolins ecológicos) quando busca alimento em áreas de pastagens, no<br />

caso, gado eqüino e bovino.<br />

Em linhas gerais, os dados apresentados sugerem que a AII do empreendimento, mesmo<br />

sendo esse inserido numa paisagem fragmentada, conserva uma significativa fração de sua<br />

comunidade original de mamíferos.<br />

(4) Mamíferos Endêmicos<br />

As espécies endêmicas estão restritas a uma determinada área limitada e definida. No caso do<br />

presente estudo, consideram-se endêmicas as espécies com ocorrência restrita para a Mata<br />

Atlântica do Brasil, ou seja, o bugio-ruivo (Alouatta guariba), o sagüi (Callithrix aurita), o<br />

monocarvoeiro (Brachyteles arachnoides), o rato-do-mato (Delomys dorsalis), várias espécies<br />

de ratos de espinho dos gêneros Trinomys e Phyllomys e a catita (Monodelphis scalops).<br />

(5) Mamíferos Ameaçados<br />

Entre as 73 espécies identificadas, 21 (29%) são consideradas ameaçadas (Quadro 5.2-9), e<br />

uma única espécie citada no CITES não é considerada ameaçada de extinção: Cerdocyon<br />

thous (cachorro-do-mato).<br />

A ordem Carnívora é a que mais se destaca, com oito espécies, 67% dos carnívoros<br />

registrados na área de estudo. As espécies terrestres e florestais, com mais de 1kg de massa<br />

corporal, são as mais atingidas. As seguintes espécies: bugio (Alouatta guariba), sagüi<br />

(Callithrix aurita), monocarvoeiro (Brachyteles arachnoides), jaguatirica (Leopardus<br />

pardalis), gato-do-mato (L. tigrinus), maracajá (L. wiedii), onça-pintada (Panthera onca),<br />

juntas, perfazem 38% das espécies que estão ameaçadas, tanto no Estado de São Paulo como<br />

no Brasil.<br />

Duas espécies de morcegos ameaçados foram detectadas: Chiroderma doriae e Thyroptera<br />

tricolor. O primeiro é uma espécie que era considerada restrita à Mata Atlântica, porém novos<br />

registros mostraram o contrário; contudo, aparenta ser localmente rara. O segundo apresenta<br />

distribuição geográfica ampla, porém é localmente raro (KOOPMAN, 1982; EMMONS,<br />

1990).<br />

A suçuarana (Puma concolor), ameaçada de extinção, foi registrada nas Áreas de Influência<br />

do empreendimento, através de pegadas (Foto 5.2-6). O mão-pelada (Procyon cancrivorus)<br />

foi registrado através de fezes (Foto 5.2-7), na Fazenda Morro Azul. A maioria das espécies<br />

de carnívoros registradas encontra-se sob algum grau de ameaça, sendo a destruição do<br />

hábitat o fator de maior risco para sua conservação.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-59 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-9 - Relação das espécies ameaçadas de mamíferos, potencialmente ocorrentes nas Áreas de Influência do empreendimento<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ESPÉCIES FEDERAL ESTADUAL CITES<br />

Monodelphis iheringi nc pa nc<br />

Monodelphis scalops nc pa nc<br />

Bradypus variegatus nc nc II<br />

Tamandua tetradactyla nc pa nc<br />

Callithrix aurita vu ep I<br />

Alouatta guariba cp vu II<br />

Brachyteles arachnoides ep cp I<br />

Cerdocyon thous nc nc II<br />

Herpailurus yaguaroudi nc pa II<br />

Leopardus pardalis vu vu I<br />

Leopardus tigrinus vu vu I<br />

Leopardus wiedii vu ep I<br />

Panthera onça vu cp I<br />

Puma concolor vu vu nc<br />

Lontra longicaudis nc vu I<br />

Procyon cancrivorus nc pa nc<br />

Tapirus terrestris nc ep II<br />

Pecari tajacu nc vu II<br />

Tayassu pecari nc ep II<br />

Dasyprocta azarae nc vu nc<br />

Legenda: Listas Federal e Estadual - cp, criticamente em perigo; vu, vulnerável; ep, em perigo; pa, provavelmente ameaçada; nc, não consta (modificado de FONSECA et<br />

al., 1994; SEMA/SP, 1998; IBAMA, 2003; IUCN, 2004). Lista do CITES: apêndice I, espécies ameaçadas, cujo comércio pode afetar suas populações; apêndice II,<br />

espécies ameaçadas ou não, cujo comércio pode potencialmente afetar as suas populações (CITES, 2005).<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-60 ABRIL/ 2006


Outra espécie ameaçada assinalada é a anta (Tapirus terrestris). Um dos maiores mamíferos<br />

sul-americanos, ocorre em ambientes florestais, sempre marginais a corpos d’água, que é seu<br />

principal refúgio. Essa espécie foi registrada durante a fase de campo, em dois pontos, na<br />

Fazenda Serra Mar (Fotos 5.2-8 e 5.2-9).<br />

Apenas duas espécies de roedores constam da Lista de Espécies Ameaçadas do Estado de São<br />

Paulo: a paca (Agouti paca) e a cutia (Dasyprocta azarae); ambas as espécies devem ocorrer<br />

na Área de Influência Indireta do empreendimento.<br />

As espécies listadas no Quadro 5.2-9 apresentam indícios de que suas populações estão<br />

decrescendo pelo excesso de exploração, destruição extensiva de hábitats, ou por outro<br />

distúrbio ambiental, podendo, também, ter suas populações seriamente reduzidas, não<br />

apresentando recuperação espontânea. Essas espécies, possivelmente, passarão à categoria de<br />

“extintas” em um futuro próximo, se os fatores de alteração ambiental continuarem.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-6 - Pegada de<br />

onça-parda (Puma<br />

concolor).<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas<br />

441.774W/7.388.220S.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-61 ABRIL / 2006


Foto 5.2-8 - Pegadas de anta<br />

(Tapirus terrestris),<br />

registradas na Fazenda Serra<br />

Mar.<br />

Município de Caraguatatuba.<br />

Coordenadas<br />

450.558W/7.384.008S.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-7 - Fezes de<br />

mão-pelada (Procyon<br />

cancrivorus), na<br />

fazenda Morro Azul.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas<br />

447.954W/7.385.388S.<br />

Foto 5.2-9 - Poça<br />

temporária, usada como<br />

“banheiro” por antas<br />

(Tapirus terrestris).<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas<br />

450.558W/7.384.008S.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-62 ABRIL / 2006


. Avifauna<br />

(1) Caracterização geral<br />

A Mata Atlântica apresenta cerca de 700 espécies de aves, das quais aproximadamente 200<br />

são consideradas endêmicas desse bioma (SCOTT e BROOKE 1985; CRACRAFT, 1985,<br />

STOTZ et al., 1996). De acordo com a ocorrência dessas espécies e através da biogeografia<br />

da região da Mata Atlântica, foram determinados diversos centros de endemismo.<br />

A compilação geral dos dados apresenta uma lista com 402 espécies de aves para a AII do<br />

empreendimento, 52,2% do total registrado (770 espécies) para o Estado de São Paulo<br />

(WILLIS e ONIKI, 2003) das quais 184 foram registradas durante os trabalhos de campo e<br />

218 somente nos levantamentos feitos através da compilação histórica de trabalhos da região.<br />

Os resultados desses levantamentos podem ser observados no Quadro 5.2-10.<br />

Desse total, 64 espécies são indicadoras da qualidade ambiental, 128 são endêmicas da Mata<br />

Atlântica, 40 estão ameaçadas no Estado de São Paulo, 8 estão ameaçadas no Brasil, 19 são<br />

consideradas cinegéticas (aves de caça) e 22 espécies são consideradas de valor econômico<br />

(aves de gaiola).<br />

O trabalho de campo registrou 184 espécies de aves para toda a região da AII do<br />

empreendimento. Isso representa 45,7 % das espécies citadas na compilação geral dos dados e<br />

55,9 % das espécies de aves registradas no Parque Estadual da Serra do Mar.<br />

Foram registradas 64 espécies indicadoras da qualidade ambiental, ou bioindicadores<br />

(incluindo os registros históricos), de acordo com o seu grau de sensibilidade às alterações<br />

ambientais (STOTZ et al., 1996). Podem-se destacar as seguintes espécies: macuco (Tinamus<br />

solitarius), pomba-amargosa (Patagioenas plumbea), maitaca-verde (Pionus maximiliani),<br />

tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), chocão-carijó (Hypoedaleus guttatus),<br />

trovoada (Drymophila ferruginea), papa-formiga-de-grota (Myrmeciza squamosa), entufado<br />

(Merulaxis ater), tovacuçu (Grallaria varia), tovaca-campainha (Chamaeza campanisona),<br />

arapaçu-de-bico-torto (Campylorhamphus falcularius), arredio-pálido (Cranioleuca pallida),<br />

limpa-folha-coroado (Philydor atricapillus), trepador-coleira (Anabazenops fuscus),<br />

tiririzinho-do-mato (Hemitriccus orbitatus), tororó (Poecilotriccus plumbeiceps),<br />

assanhadinho (Myiobius barbatus), corocochó (Carpornis cucullata), araponga (Procnias<br />

nudicollis) e pavó (Pyroderus scutatus).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-63 ABRIL / 2006


De acordo com a compilação histórica dos dados e os trabalhos de campo, foram registradas<br />

19 espécies com potencial cinegético, ou seja, espécies procuradas para caça. Geralmente,<br />

essas aves pertencem às famílias Tinamidae, Anatidae, Cracidae, Odontophoridae,<br />

Columbidae e Turdidae.<br />

Podem-se destacar os registros de campo de macuco (Tinamus solitarius), inhambuguaçu<br />

(Crypturellus obsoletus), pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis), jacuaçu (Penelope obscura),<br />

pombão (Patagioenas picazuro), pomba-amargosa (Patagioenas plumbea), juriti-pupu<br />

(Leptotila verreauxi) e juriti-gemedeira (Leptotila rufaxilla).<br />

De acordo com literatura e os dados primários, foram registradas 22 espécies de aves de valor<br />

econômico, ou seja, espécies procuradas para o comércio nacional e internacional de tráfico<br />

de animais silvestres ou mesmo por “passarinheiros” locais que colocam essas aves em gaiola.<br />

Geralmente, tais aves pertencem às famílias Psittacidae, Cotingidae, Emberizidae,<br />

Cardinalidae, Fringillidae e Estrildidae. Destacam-se os registros de campo de tiriba-de-testavermelha<br />

(Pyrrhura frontalis), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), araponga (Procnias<br />

nudicollis), pavó (Pyroderus scutatus), coleirinho (Sporophila caerulescens), trinca-ferroverdadeiro<br />

(Saltator similis), pintassilgo (Carduelis magellanica) e bico-de-lacre (Estrilda<br />

astrild).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-64 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-10 - Lista de espécies de potencial ocorrência na área do estudo (estão hachuradas as que foram efetivamente constatadas em<br />

campo). A classificação segue o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos - CBRO (2005)<br />

Tinamiformes<br />

Anseriformes<br />

Galliformes<br />

Tinamidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-65 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Tinamus solitarius 1 2 3 5 macuco 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTe MA<br />

Crypturellus obsoletus 5 inhambuguaçu 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 VOC, GRA TSTe MA<br />

Crypturellus parvirostris 5 inhambu-chororó 2, 5, 6 TSTe MA<br />

Anatidae<br />

Cairina moschata 5 pato-do-mato 2 AN CD, VV<br />

Amazonetta brasiliensis 5 pé-vermelho 6, 7 OBS AN CD, VV<br />

Cracidae<br />

Penelope obscura 5 jacuaçu 2, 3, 5, 6, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTe MA<br />

Pipile jacutinga 1 2 3 4 5 jacutinga 2, 4, 8 TSTe MA<br />

Odontophoridae<br />

Podicipediformes<br />

dicipedidae<br />

Pelecaniformes<br />

Odontophorus capueira 1 2 5 uru 1 ,2, 3, 4, 8 TSTe MA<br />

Podilymbus podiceps mergulhão-caçador 8 AN CD, VV<br />

Phalacrocoracidae<br />

Anhingidae<br />

Phalacrocorax brasilianus biguá OBS AN CD, VV<br />

Anhinga anhinga biguatinga OBS AN CD, VV


Fregatidae<br />

Ciconiiformes<br />

Ardeidae<br />

Cathartiformes<br />

Falconiformes<br />

Cathartidae<br />

Accipitridae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-66 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Fregata magnificens 1 tesourão 2, 3, 8 OBS Ae RE<br />

Nycticorax nycticorax savacu OBS AL CD, VV<br />

Butorides striata socozinho 2, 3, 5, 8 OBS AL CD, VV<br />

Bubulcus ibis garça-vaqueira 6, 8 OBS Tca CD, VV<br />

Ardea cocoi garça-moura 6 OBS AL CD, VV<br />

Ardea alba garça-branca-grande 3, 6, 8 OBS AL CD, VV<br />

Syrigma sibilatrix maria-faceira Tca CD, VV<br />

Egretta thula garça-branca-pequena 2, 6 OBS AL CD, VV<br />

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha 1, 2, 3, 4, 6, 8 Ae A, C, MA, P, RE<br />

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 OBS Ae A, AU, C, MA, P, RE<br />

Elanoides forficatus gavião-tesoura 4, 7 Ae MA<br />

Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza 2, 3, 8 Ae MA<br />

Elanus leucurus gavião-peneira 2, 6 Ae A, AU, C, MA, P, RE<br />

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro OBS Ae CD, VV<br />

Leucopternis lacernulatus 1 2 3 4 gavião-pombo-pequeno 3, 8 Ae MA<br />

Leucopternis polionotus 1 2 3 gavião-pombo-grande 1, 3, 4, 7, 8 Ae MA, RE<br />

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo OBS Ae MA<br />

Rupornis magnirostris gavião-carijó 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 OBS Ae A, AU, MA, P, RE<br />

Percnohierax leucorrhous gavião-de-sobre-branco 2, 8 Ae MA<br />

Buteo albicaudatus gavião-de-rabo-branco 2, 4, 6, 8 Ae MA, RE


Gruiformes<br />

amidae<br />

ariamidae<br />

Falconidae<br />

Rallidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta 1, 3, 4, 8 Ae MA, RE<br />

Spizastur melanoleucus 1 2 3 gavião-pato 4 Ae MA, RE<br />

Spizaetus tyrannus 3 gavião-pega-macaco 1, 3, 8 Ae MA<br />

Caracara plancus caracará 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8 OBS Ae A, AU, MA, P, RE<br />

Milvago chimachima carrapateiro 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8 OBS Ae A, AU, MA, P, RE<br />

Herpetotheres cachinnans acauã 3, 6, 8 VOC, GRA Ae MA, RE<br />

Micrastur ruficollis falcão-caburé 1, 3, 7, 8 Ae MA<br />

Micrastur semitorquatus falcão-relógio 8 Ae MA<br />

Falco sparverius quiriquiri 2, 4, 6 OBS Ae MA, P, RE<br />

Falco femoralis falcão-de-coleira 2, 6 Ae MA, P, RE<br />

Aramus guarauna carão OBS AN CD, VV<br />

Aramides cajanea 1 saracura-três-potes 2, 4, 5, 6 OBS AL CD, VV<br />

Aramides saracura 2 saracura-do-mato 1, 2, 3, 5, 7, 8 AL CD, VV<br />

Laterallus viridis sanã-castanha 4 AL CD, VV<br />

Laterallus melanophaius sanã-parda 3, 4, 6 VOC, GRA AL CD, VV<br />

Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha AL CD, VV<br />

Porzana albicollis sanã-carijó 1, 2, 8 VOC, GRA AL CD, VV<br />

Pardirallus nigricans saracura-sanã 2, 4, 5, 6 AL CD, VV<br />

Gallinula chloropus frango-d'água-comum 6 OBS, VOC, GRA AN CD, VV<br />

Gallinula melanops frango-d'água-carijó 4 AN CD, VV<br />

Fulica armillata 3 carqueja-de-bico-manchado 4 AL CD, VV<br />

Cariama cristata seriema 2, 6 OBS, VOC, GRA TCa C, P<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-67 ABRIL / 2006


TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-68 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Charadriiformes<br />

canidae<br />

Jacana jacana<br />

Charadriidae<br />

jaçanã 6, 8 OBS AL CD, VV<br />

Vanellus chilensis<br />

Columbiformes<br />

Columbidae<br />

quero-quero 2, 5, 6, 7, 8 OBS AL A, AU, C, MA, P, RE<br />

Columbina talpacoti 5 rolinha-roxa 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 OBS TCa A, AU, C, MA, P, RE<br />

Claravis pretiosa pararu-azul 3 TSTa MA<br />

Psittaciformes<br />

Psittacidae<br />

Claravis godefrida 1 2 3 4 pararu-espelho 3, 8 TSTa MA<br />

Columba livia pombo-doméstico OBS TCa A, AU, C,<br />

Patagioenas picazuro 5 pombão 5, 6 OBS TSTa A, AU, C, MA, P, RE<br />

Patagioenas cayennensis 5 pomba-galega 3, 6, 8 TSTa MA<br />

Patagioenas plumbea 1 5 pomba-amargosa 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Zenaida auriculata 5 pomba-de-bando 4 TSTa A, AU, C, MA, P, RE<br />

Leptotila verreauxi 5 juriti-pupu 1, 3, 4, 6, 7 VOC TSTa MA, RE<br />

Leptotila rufaxilla 5 juriti-gemedeira 1, 3, 4, 5, 7, 8 VOC TSTa MA, RE<br />

Geotrygon montana pariri 2, 3, 5, 6, 8 TSTa MA, RE<br />

Aratinga leucophthalma periquitão-maracanã 2 TSTa A, AU, C, MA, P<br />

Pyrrhura frontalis 1 2 6 tiriba-de-testa-vermelha 1, 2, 3, 4, 7, 8 OBS TSTa MA, RE<br />

Forpus xanthopterygius 6 tuim 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa A, AU, C, MA, RE<br />

Brotogeris tirica 2 periquito-rico 1, 2, 3, 4, 7, 8 OBS TSTa A, AU, C, MA, P, RE<br />

Touit melanonotus 1 2 3 4 apuim-de-costas-pretas 3, 8 TSTa MA<br />

Touit surdus 1 2 3 apuim-de-cauda-amarela 4, 8 TSTa MA<br />

Pionopsitta pileata 2 3 cuiú-cuiú 1, 3, 4, 7, 8 OBS TSTa MA


Cuculiformes<br />

uculidae<br />

Strigiformes<br />

rigidae<br />

Tytonidae<br />

Caprimulgiformes<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Pionus maximiliani 1 maitaca-verde 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 OBS TSTa MA, RE<br />

Amazona aestiva 3 6 papagaio-verdadeiro OBS TSTa A, AU, C, MA, RE<br />

Amazona farinosa 3 6 papagaio-moleiro 4 TSTa MA, RE<br />

Triclaria malachitacea 2 3 sabiá-cica 2 TSTa MA<br />

Coccyzus sp papa-lagarta 2 TSTa MA<br />

Piaya cayana alma-de-gato 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 OBS, VOC TSTa A, AU, MA, RE<br />

Crotophaga ani anu-preto 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 OBS TCa A, AU, C, MA, RE<br />

Guira guira anu-branco 2, 4, 5, 6 OBS TCa A, AU, C, MA, RE<br />

Tapera naevia saci 2, 3, 4, 5, 6 VOC TSTa C, MA, RE<br />

Dromococcyx phasianellus 3 peixe-frito-verdadeiro 2 TSTa MA<br />

Tyto alba coruja-da-igreja 3, 4, 8 TSTa A, AU, C, MA, RE<br />

Megascops choliba corujinha-do-mato 1, 2, 4, 8 VOC TSTa A, AU, C, MA, RE<br />

Megascops atricapilla 2 corujinha-sapo 3, 8 TSTa A, AU, C, MA<br />

Pulsatrix perspicillata 3 murucututu 7 TSTa MA<br />

Pulsatrix koeniswaldiana 1 2 murucututu-de-barriga-amarela 3, 4, 8 TSTa MA<br />

Strix hylophila 1 2 coruja-listrada 8 TSTa MA<br />

Strix virgata coruja-do-mato 3, 8 TSTa MA<br />

Glaucidium minutissimum caburé-miudinho 3, 8 TSTa MA<br />

Glaucidium brasilianum caburé 8 TSTa MA<br />

Athene cunicularia coruja-buraqueira 2, 4 OBS TCa A, AU, C<br />

Rhinoptynx clamator coruja-orelhuda 4 TSTa A, AU, MA, RE<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-69 ABRIL / 2006


yctibiidae<br />

Apodiformes<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-70 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Nyctibius aethereus 1 3 mãe-da-lua-parda 1, 3, 8 TSTa MA<br />

Nyctibius griseus mãe-da-lua 2, 3, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA, RE<br />

Caprimulgidae<br />

Apodidae<br />

Trochilidae<br />

Lurocalis semitorquatus tuju 3, 4, 5, 8 TCa MA, RE<br />

Nyctidromus albicollis bacurau 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TCa C, P, MA, RE<br />

Nyctiphrynus ocellatus bacurau-ocelado 4 TCa MA, RE<br />

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura 4, 8 TCa MA, RE<br />

Macropsalis forcipata 2 bacurau-tesoura-gigante 7 TCa MA<br />

Cypseloides fumigatus taperuçu-preto 1, 2, 8 Ae MA<br />

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca 1, 2, 3, 4, 6, 8 OBS Ae MA, RE<br />

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento 1, 3, 4, 7, 8 Ae MA, RE<br />

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal 1, 2, 4, 8 OBS Ae A, AU, C, MA, P, RE<br />

Panyptila cayennensis andorinhão-estofador 3 Ae MA<br />

Ramphodon naevius 2 beija-flor-rajado 1, 2, 3, 4, 8 TSTa MA<br />

Glaucis hirsutus balança-rabo-de-bico-torto 2, 4 TSTa MA<br />

Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno 3 TSTa MA<br />

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro 3 TSTa MA<br />

Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado 2, 5 OBS TSTa MA<br />

Phaethornis eurynome 2 rabo-branco-de-garganta-rajada 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA, RE<br />

Eupetomena macroura beija-flor-tesoura 2, 4, 6, 8 TSTa A, AU, MA, RE<br />

Florisuga fusca 2 beija-flor-preto 1, 2, 3, 4, 8 TSTa MA, RE<br />

Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta 4, 8 TSTa MA<br />

Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta 3, 4 TSTa MA, RE


Trogoniformes<br />

Trogonidae<br />

Coraciiformes<br />

Alcedinidae<br />

Momotidae<br />

Galbuliformes<br />

ucconidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Stephanoxis lalandi 2 beija-flor-de-topete 2, 7, 8 TSTa MA<br />

Lophornis magnificus 3 topetinho-vermelho 1, 8 TSTa MA<br />

Lophornis chalybeus topetinho-verde 1, 4 TSTa MA<br />

Chlorostilbon aureoventris besourinho-de-bico-vemelho 2, 3, 5, 8 OBS TSTa MA<br />

Thalurania glaucopis 2 beija-flor-de-fronte-violeta 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 TSTa MA, RE<br />

Hylocharis cyanus beija-flor-roxo 1, 2 TSTa MA<br />

Hylocharis chrysura beija-flor-dourado 3 TSTa MA<br />

Leucochloris albicollis 2 beija-flor-de-papo-branco 1, 2, 7, 8 TSTa MA, RE<br />

Clytolaema rubricauda 2 beija-flor-rubi 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Calliphlox amethystina estrelinha-ametista 4 TSTa MA<br />

Trogon viridis surucuá-grande-de-barrigaamarela<br />

1, 3, 4, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA<br />

Trogon surrucura 2 surucuá-variado 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 TSTa MA<br />

Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Ceryle torquatus martim-pescador-grande 1, 2, 4, 6, 7, 8 OBS TSTa CD, VV<br />

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde 1, 4, 8 OBS TSTa CD, VV<br />

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno 3, 4, 7, 8 TSTa CD, VV<br />

Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata 3, 4 TSTa CD, , MA, VV<br />

Baryphthengus ruficapillus 2 juruva-verde 3, 4, 7 TSTa MA<br />

Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha 1, 3 TSTa MA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-71 ABRIL / 2006


Piciformes<br />

amphastidae<br />

Picidae<br />

Passeriformes<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Nystalus chacuru joão-bobo 2 6 OBS TCa C, MA, P<br />

Malacoptila striata 2 barbudo-rajado 3 TSTa MA<br />

Ramphastos vitellinus 1 tucano-de-bico-preto 3 TSTa MA, RE<br />

Ramphastos dicolorus 1 2 tucano-de-bico-verde 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 VOC TSTa MA, RE<br />

Selenidera maculirostris 2 araçari-poca 2, 3, 4, 8 TSTa MA<br />

Pteroglossus bailloni 1 2 araçari-banana 1, 2, 3, 8 TSTa MA<br />

Picumnus temminckii 2 pica-pau-anão-de-coleira 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 VOC TSCo MA<br />

Melanerpes candidus birro, pica-pau-branco 6 OBS, VOC TSCo C, MA, P<br />

Melanerpes flavifrons 2 benedito-de-testa-amarela 3, 4, 8 OBS, VOS, GRA TSCo MA<br />

Veniliornis spilogaster 2 picapauzinho-verde-carijó 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 VOC TSCo MA<br />

Piculus flavigula 1 pica-pau-bufador 1, 3 TSCo MA<br />

Piculus aurulentus 2 pica-pau-dourado 1, 2, 3, 7, 8 OBS, VOS, GRA TSCo MA<br />

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado 1, 3, 4, 6, 8 OBS TSCo C, MA<br />

Colaptes campestris pica-pau-do-campo 2, 4, 5, 6 OBS TSCo C<br />

Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela 1, 2, 3, 4, 6, 8 VOC TSCo MA<br />

Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca 2, 3, 8 OBS TSCo MA<br />

Campephilus robustus 2 pica-pau-rei 4 TSCo MA<br />

Thamnophilidae<br />

Hypoedaleus guttatus 1 2 chocão-carijó 1, 2, 3, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Batara cinerea 1 matracão 1, 2, 3, 6, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Mackenziaena leachii 2 borralhara-assobiadora 3, 6, 7 VOC, GRA TSTa MA<br />

Mackenziaena severa 2 borralhara 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Biatas nigropectus 2 3 4 papo-branco 3 TSTa MA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-72 ABRIL / 2006


hinocryptidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho 1, 2, 3, 6, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Dysithamnus stictothorax 2 choquinha-de-peito-pintado 1, 3 VOC, GRA TSTa MA<br />

Dysithamnus mentalis choquinha-lisa 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Dysithamnus xanthopterus 2 choquinha-de-asa-ferrugem 1, 2, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Myrmotherula gularis 2 choquinha-de-garganta-pintada 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Myrmotherula minor 1 2 3 4 choquinha-pequena 1, 3, 4, 8 TSTa MA<br />

Myrmotherula unicolor 2 3 choquinha-cinzenta 1, 3, 8 TSTa MA<br />

Herpsilochmus rufimarginatus 1 chorozinho-de-asa-vermelha 1, 3, 4 VOC, GRA TSTa MA<br />

Drymophila ferruginea 1 2 trovoada 1, 2, 3, 4, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Drymophila rubricollis 2 trovoada-de-bertoni 7 TSTa MA<br />

Drymophila genei 2 choquinha-da-serra 3 TSTa MA<br />

Drymophila ochropyga 2 choquinha-de-dorso-vermelho 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Drymophila malura 2 choquinha-carijó 1, 6, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Drymophila squamata 2 pintadinho 1, 3 TSTa MA<br />

Terenura maculata 2 zidedê 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Pyriglena leucoptera 2 papa-taoca-do-sul 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Myrmeciza squamosa 1 2 papa-formiga-de-grota 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Conopophagidae<br />

Conopophaga lineata 2 chupa-dente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Conopophaga melanops 1 2 cuspidor-de-máscara-preta 2, 3, 4 TSTa MA<br />

rhamphus guttatus 2 tapaculo-pintado 2, 3, 7 TSTa MA<br />

Merulaxis ater 1 2 entufado 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Scytalopus speluncae 2 tapaculo-preto 1, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Scytalopus indigoticus 1 2 macuquinho 7, 8 TSTa MA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-73 ABRIL / 2006


micariidae<br />

Grallariidae<br />

Scleruridae<br />

ndrocolaptidae<br />

Furnariidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-74 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Grallaria varia 1 tovacuçu 1, 2, 3, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Hylopezus nattereri 1 2 pinto-do-mato 2, 3, 7 TSTa MA<br />

Formicarius colma 1 galinha-do-mato 1, 2, 3, 8 TSTa MA<br />

Chamaeza campanisona 1 tovaca-campainha 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Chamaeza meruloides 2 tovaca-cantadora 3, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Chamaeza ruficauda 1 tovaca-de-rabo-vermelho 2, 8 TSTa MA<br />

Sclerurus mexicanus 3 vira-folha-de-peito-vermelho 3 TSTa MA<br />

Sclerurus scansor 1 2 vira-folha 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Dendrocincla turdina 2 arapaçu-liso 1, 2, 3, 8 OBS, VOC, GRA TSCo MA<br />

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 VOC TSCo MA<br />

Xiphocolaptes albicollis 2 arapaçu-de-garganta-branca 1, 2, 3, 7, 8 OBS TSCo MA<br />

Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSCo MA<br />

Xiphorhynchus fuscus 2 arapaçu-rajado TSCo MA<br />

Lepidocolaptes falcinellus 1 2 arapaçu-escamado 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 VOC TSCo MA<br />

Campylorhamphus falcularius 1 2 arapaçu-de-bico-torto 1, 3, 8 OBS, VOC TSCo MA<br />

Furnarius rufus joão-de-barro 1, 2, 5, 6, 7, 8 OBS TSTa A, AU, C, MA, P, RE<br />

Synallaxis ruficapilla 2 pichororé 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 VOC TSTa MA, RE<br />

Synallaxis cinerascens pi-puí 3, 7, 8 TSTa MA


annidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-75 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Synallaxis spixi joão-teneném 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA, RE<br />

Cranioleuca pallida 1 2 arredio-pálido 1, 2, 4, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Certhiaxis cinnamomeus curutié 1, 2, 8 VOC TSTa CD, VV<br />

Phacellodomus erythrophthalmus 2 joão-botina-da-mata 2, 3, 6, 7, 8 TSTa MA, VV<br />

Phacellodomus ferrugineigula 2 joão-botina-do-brejo OBS, VOC, GRA TSTa MA, VV<br />

Clibanornis dendrocolaptoides 2 cisqueiro 8 TSTa MA<br />

Anabacerthia amaurotis 1 2 limpa-folha-miúdo 1, 2, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete 1, 3, 6, 7, 8 TSTa MA<br />

Philydor lichtensteini 1 2 limpa-folha-ocráceo 1, 3, 4, 8 TSTa MA<br />

Philydor atricapillus 1 2 limpa-folha-coroado 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia 2, 3, 4, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Anabazenops fuscus 1 2 trepador-coleira 1, 2, 3, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Cichlocolaptes leucophrus 1 2 trepador-sobrancelha 1, 2, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Automolus leucophthalmus 1 2 barranqueiro-de-olho-branco 1, 2, 3, 6, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA<br />

Lochmias nematura 1 joão-porca 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 VOC TSTa CD, MA<br />

Heliobletus contaminatus 1 2 trepadorzinho 1, 3, 8 TSTa MA<br />

Xenops minutus bico-virado-miúdo 1, 3, 6, 7, 8 TSTa MA<br />

Xenops rutilans bico-virado-carijó 1, 2, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Mionectes rufiventris 1 2 abre-asa-de-cabeça-cinza 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA<br />

Leptopogon amaurocephalus cabeçudo 1, 2, 3, 4, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Hemitriccus diops 2 olho-falso 1, 2, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Hemitriccus orbitatus 1 2 tiririzinho-do-mato 1, 2, 3, 5, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA<br />

Hemitriccus nidipendulus 2 tachuri-campainha 1, 3, 8 TSTa MA<br />

Hemitriccus furcatus 2 3 papa-moscas-estrela 3 TSTa MA


TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-76 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Poecilotriccus plumbeiceps 1 2 tororó 1, 2, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Todirostrum poliocephalum 2 teque-teque 1, 2, 3, 4, 8 OBS TSTa MA<br />

Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio 2 OBS, VOC TSTa MA<br />

Phyllomyias burmeisteri piolhinho-chiador 3, 8 TSTa MA<br />

Phyllomyias virescens 2 piolhinho-verdoso 8 TSTa MA<br />

Phyllomyias fasciatus piolhinho 1, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Phyllomyias griseocapilla 2 piolhinho-serrano 1, 3, 8 TSTa MA<br />

Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta 1, 3, 8 TSTa MA<br />

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela 3, 4, 5, 8 VOC, GRA TSTa AU, C, MA, P, RE<br />

Elaenia albiceps guaracava-de-crista-branca 8 TSTa MA<br />

Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto 8 TSTa MA<br />

Elaenia mesoleuca tuque 2, 8 TSTa MA<br />

Elaenia obscura tucão 8 TSTa MA<br />

Camptostoma obsoletum risadinha 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 VOC, GRA TSTa AU, C, MA, P, RE<br />

Serpophaga nigricans joão-pobre 7, 8 TSTa MA<br />

Serpophaga subcristata alegrinho 1, 2, 4, 8 VOC TSTa AU, C, MA, P, RE<br />

Capsiempis flaveola marianinha-amarela 3 TSTa MA<br />

Phylloscartes eximius 2 3 barbudinho 3, 8 TSTa MA<br />

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato 1, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Phylloscartes paulista 2 3 não-pode-parar 1, 3, 8 TSTa MA<br />

Phylloscartes oustaleti 1 2 papa-moscas-de-olheiras 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Phylloscartes difficilis 2 estalinho 2 TSTa MA<br />

Phylloscartes sylviolus 2 maria-pequena 1, 3, 8 TSTa MA


TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-77 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Myiornis auricularis 1 2 miudinho 1, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Platyrinchus mystaceus patinho 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Platyrinchus leucoryphus 1 2 3 patinho-gigante 3, 8 TSTa MA<br />

Myiobius barbatus 1 assanhadinho 1, 3, 4, 7 OBS TSTa MA<br />

Myiobius atricaudus assadinho-de-cauda-preta 8 TSTa MA<br />

Onychorhynchus coronatus 1 2 3 maria-leque 1, 2, 8 TSTa MA<br />

Myiophobus fasciatus filipe 2, 3, 4, 8 TSTa MA<br />

Hirundinea ferruginea gibão-de-couro 2, 3, 4, 7, 8 OBS TCa C, MA<br />

Lathrotriccus euleri enferrujado 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu 3, 4 TSTa MA<br />

Contopus cinereus papa-moscas-cinzento 1, 2, 3, 4, 8 TSTa MA<br />

Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado 2, 3, 7, 8 TCa C, MA<br />

Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho 2 OBS TCa C, MA<br />

Knipolegus nigerrimus 2 maria-preta-de-garganta-vermelha 2, 3, 4 TCa C, MA<br />

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno 1, 2, 3 OBS TCa C, CD, MA, , RE, VV<br />

Xolmis cinereus primavera OBS TCa C, P<br />

Xolmis velatus noivinha-branca 2 OBS TCa C, MA, RE<br />

Muscipipra vetula 2 tesoura-cinzenta 1, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada 4 OBS Tca CD, MA, VV<br />

Arundinicola leucocephala freirinha OBS Tca CD, MA, RE, VV<br />

Colonia colonus viuvinha 1, 3, 4, 7 OBS TSTa MA<br />

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro 1, 2, 3, 4, 7, 8 OBS TCa AU, C, MA, P, RE<br />

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata 2, 3, 4, 8 OBS TSTa MA<br />

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penachovermelho<br />

1, 3, 4, 7, 8 OBS TSTa AU, C, MA, P, RE


xyruncidae<br />

otingidae<br />

Pipridae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-78 ABRIL / 2006<br />

HÁBITAT<br />

Pitangus sulphuratus<br />

A, AU, C, CD, MA, P,<br />

bem-te-vi 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS TSTa<br />

RE<br />

Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno 2 TSTa MA<br />

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Megarynchus pitangua neinei 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS TSTa A, AU, C, CD, MA, P<br />

Empidonomus varius peitica 4, 7, 8 OBS TSTa MA<br />

Tyrannus melancholicus suiriri 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC TSTa A, AU, C, MA, P, RE<br />

Tyrannus savana tesourinha 2, 3, 4, 8 OBS Tca A, AU, C, MA, P, RE<br />

Rhytipterna simplex vissiá 3 TSTa MA<br />

Sirystes sibilator gritador 1, 2, 4, 8 TSTa MA<br />

Myiarchus tuberculifer maria-cavaleira-pequena 2 TSTa MA<br />

Myiarchus swainsoni irré 2, 3, 4, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Myiarchus ferox maria-cavaleira 2, 4, 5, 8 TSTa MA<br />

Ramphotrigon megacephalum maria-cabeçuda 1, 2, 3, 8 TSTa MA<br />

Attila phoenicurus 1 capitão-castanho 2, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Attila rufus 2 capitão-de-saíra 1, 2, 4, 5, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Oxyruncus cristatus 1 araponga-do-horto 1, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Phibalura flavirostris 3 tesourinha-da-mata 4, 8 TSTa MA<br />

Carpornis cucullata 1 2 3 corocochó 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Procnias nudicollis 1 2 3 6 araponga 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Lipaugus lanioides 1 2 3 tropeiro-da-serra 4 TSTa MA<br />

Pyroderus scutatus 1 2 3 6 pavó 3, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Neopelma aurifrons fruxu-baiano 1, 4 TSTa MA<br />

Piprites chloris 1 papinho-amarelo 1, 4, 7, 8 TSTa MA


tyridae<br />

rundinidae<br />

Vireonidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Ilicura militaris 2 tangarazinho 1, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Manacus manacus rendeira 1, 3, 4, 5, 8 TSTa MA<br />

Chiroxiphia caudata 2 tangará 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA, RE<br />

Schiffornis virescens 2 flautim 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Laniisoma elegans 1 3 chibante 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Iodopleura pipra anambezinho 1, 3 TSTa MA<br />

Tityra inquisitor anambé-branco-de-bochechaparda<br />

3 OBS TSTa MA<br />

Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Pachyramphus viridis caneleiro-verde 1, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Pachyramphus castaneus caneleiro 1, 2, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Pachyramphus marginatus caneleiro-bordado 1, 3 TSTa MA<br />

Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto 2, 3, 8 TSTa MA<br />

Cyclarhis gujanensis pitiguari 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA, RE<br />

Vireo olivaceus juruviara 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA, RE<br />

Hylophilus poicilotis 2 verdinho-coroado 1, 2, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA<br />

Tachycineta albiventer andorinha-do-rio Ae CD, MA, RE, WW<br />

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco 2, 8 OBS Ae CD, MA, RE, WW<br />

Progne tapera andorinha-do-campo 2, 4, 8 OBS Ae C, MA, RE<br />

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande 1, 2, 3, 4, 7, 8 OBS Ae A, AU, C, MA, RE<br />

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS Ae A, AU, C, MA, RE<br />

Neochelidon tibialis calcinha-branca 1, 3 Ae MA<br />

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora 1, 2, 3, 4, 7, 8 Ae C, CD, MA, RE<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-79 ABRIL / 2006


oglodytidae<br />

lioptilidae<br />

urdidae<br />

imidae<br />

otacillidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Petrochelidon pyrrhonota andorinha-de-dorso-acanelado 8 Ae MA<br />

Thryothorus longirostris garrinchão-de-bico-grande 3, 4 OBS, VOC, GRA TSTa MA, RE<br />

Troglodytes musculus corruíra 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa A, AU, C, MA, RE<br />

Ramphocaenus melanurus bico-assovelado 3, 8 TSTa MA<br />

Catharus ustulatus sabiá-de-óculos 8 TSTa MA<br />

Platycichla flavipes 6 sabiá-una 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 TSTa MA, RE<br />

Turdus rufiventris 5 6 sabiá-laranjeira 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA, RE<br />

Turdus leucomelas 5 sabiá-barranco 2, 5 OBS, VOC TSTa MA, RE<br />

Turdus amaurochalinus 5 6 sabiá-poca 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS TSTa MA, RE<br />

Turdus albicollis 5 6 sabiá-coleira 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 VOC TSTa MA<br />

Mimus saturninus sabiá-do-campo 2, 5 OBS TCa C, P<br />

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor 1, 4 TCa C, P<br />

Anthus correndera caminheiro-de-espora 4 TCa C<br />

Coerebidae<br />

Thraupidae<br />

Coereba flaveola cambacica 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC TSTa A, AU, MA, RE<br />

Orchesticus abeillei 2 sanhaçu-pardo 8 TSTa MA<br />

Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo 8 TSTa MA, C<br />

Orthogonys chloricterus 2 catirumbava 1, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Thlypopsis sordida saí-canário 2, 4, 5, 6, 7 TSTa MA<br />

Trichothraupis melanops tiê-de-topete 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 OBS TSTa MA<br />

Habia rubica 1 tiê-do-mato-grosso 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 TSTa MA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-80 ABRIL / 2006


Emberizidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Tachyphonus cristatus tiê-galo 1, 3 OBS TSTa MA<br />

Tachyphonus coronatus 2 tiê-preto 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Ramphocelus bresilius 2 tiê-sangue 1, 2, 3, 5, 6 OBS, VOC TSTa MA, RE<br />

Thraupis sayaca sanhaçu-cinzento 1, 2, 4, 5, 6, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Thraupis cyanoptera 2 sanhaçu-de-encontro-azul 1, 2, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Thraupis ornata 2 sanhaçu-de-encontro-amarelo 1, 3, 4, 5, 7, 8 TSTa MA<br />

Thraupis palmarum sanhaçu-do-coqueiro 1, 2, 3, 4, 6, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade 3, 7 OBS TSTa MA<br />

Pipraeidea melanonota saíra-viúva 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 TSTa MA<br />

Tangara seledon 2 saíra-sete-cores 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Tangara cyanocephala 2 saíra-militar 1, 2, 3, 4, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Tangara desmaresti 2 saíra-lagarta 1, 2, 3, 7, 8 TSTa MA<br />

Tangara cyanoventris 2 saíra-douradinha 2 TSTa MA<br />

Tangara cayana saíra-amarela 2, 5, 6, 7 OBS TSTa MA<br />

Tangara peruviana 2 3 saíra-sapucaia 4 TSTa MA, RE<br />

Dacnis cayana saí-azul 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Chlorophanes spiza saí-verde 3, 4 TSTa MA<br />

Hemithraupis ruficapilla 2 saíra-ferrugem 1, 3, 4, 6, 8 TSTa MA<br />

Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho 2, 6, 8 TSTa MA<br />

Zonotrichia capensis tico-tico 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 OBS TCa A, AU, C, MA, RE<br />

Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo OBS, VOC, GRA TCa C, P<br />

Haplospiza unicolor 2 cigarra-bambu 3, 4, 6, 8 TSTa MA<br />

Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado 8 TCa C, P, VV<br />

Poospiza lateralis quete 7 TSTa MA<br />

Sicalis flaveola 6 canário-da-terra-verdadeiro 1, 4, 5, 8 OBS TCa C, P<br />

Volatinia jacarina tiziu 2, 4, 5, 6, 8 OBS TCa C, P<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-81 ABRIL / 2006


ardinalidae<br />

eridae<br />

Parulidae<br />

Fringillidae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Sporophila frontalis 2 3 4 6 pixoxó 3, 4 TCa C, P<br />

Sporophila falcirostris 2 3 4 6 cigarra-verdadeira 3 TCa C, P<br />

Sporophila lineola 6 bigodinho 6 TCa C, P<br />

Sporophila nigricollis 6 baiano 6 TCa C, P<br />

Sporophila caerulescens 6 coleirinho 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8 OBS TCa C, P<br />

Sporophila angolensis 3 6 curió 4, 7, 8 TCa C, P<br />

Tiaris fuliginosus cigarra-do-coqueiro 1, 2, 3, 8 TSTa MA<br />

Saltator fuliginosus 2 6 pimentão 1, 2, 3, 4, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Saltator similis 6 trinca-ferro-verdadeiro 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 VOC, GRA TSTa MA<br />

Saltator maxillosus 2 6 bico-grosso 8 TSTa MA<br />

Cyanocompsa brissonii 3 6 azulão 4, 6, 7, 8 TSTa MA<br />

Parula pitiayumi mariquita 3, 4, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA<br />

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra 1, 2, 3, 4, 7, 8 OBS, VOC TSTa MA<br />

Basileuterus culicivorus pula-pula 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA<br />

Basileuterus leucoblepharus 2 pula-pula-assobiador 1, 2, 5, 6, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa MA<br />

Phaeothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho 1, 2, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Psarocolius decumanus 3 japu 3, 7 OBS TSTa C, MA<br />

Cacicus haemorrhous guaxe 3 TSTa C, MA<br />

Cacicus chrysopterus tecelão 1, 2, 3, 6, 7, 8 OBS, VOC, GRA TSTa C, MA<br />

Gnorimopsar chopi 6 graúna 2, 4 OBS, VOC, GRA TCa C, P<br />

Molothrus bonariensis vira-bosta 2, 3, 4, 5, 8 OBS TCa C, P<br />

Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul OBS TCa C, P<br />

Carduelis magellanica 6 pintassilgo 2, 3, 5, 6 OBS, VOC TCa C, P<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-82 ABRIL / 2006


Legenda:<br />

Estrildidae<br />

Passeridae<br />

TAXON NOME POPULAR REFERÊNCIAS<br />

TIPO DE<br />

REGISTRO<br />

USO DO<br />

HÁBITAT<br />

HÁBITAT<br />

Euphonia chlorotica fim-fim 4, 6 VOC TSTa MA<br />

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro 1, 3 TSTa MA<br />

Euphonia chalybea 2 3 cais-cais 2, 8 TSTa MA<br />

Euphonia cyanocephala gaturamo-rei 1, 2, 3, 8 TSTa MA<br />

Euphonia pectoralis 2 ferro-velho 1, 3, 4, 7, 8 TSTa MA<br />

Chlorophonia cyanea bandeirinha 1, 3 TSTa MA<br />

Estrilda astrild 6 bico-de-lacre 3, 4, 5, 6 OBS, VOC TCa C, P<br />

Passer domesticus pardal 1, 4, 8 OBS TCa A, AU, C, P, RE<br />

Status (na coluna taxon): aves indicadoras (conforme STOTZ et al. 1996) de qualidade ambiental (1); aves endêmicas da Mata Atlântica (conforme BIRDLIFE 2000), ou<br />

cuja distribuição é centrada principalmente nesse bioma (2); aves ameaçadas de extinção (segundo SÃO PAULO 1998) (3); aves ameaçadas de extinção (segundo IBAMA<br />

2003) (4); aves consideradas cinegéticas (aves de caça) (5) e aves consideradas de valor econômico (aves de gaiola) (6).<br />

Referências: 1 - Willis & Oniki (1981), 2 - Höfling & Lencioni (1992), 3 - Goerck (1995), 4 - Olmos (1996), 5 - DAEE (2001), 6 - DAEE (2003), 7 - IBC (2003) e 8 -<br />

CEO (2005).<br />

Tipos de registro: OBS: Observação, VOC: Vocalização, VES: Vestígios (penas, ninhos, etc), GRA: Gravação da vocalização.<br />

Uso do hábitat: AN, aquático-natante; AL, aquático-limícola; TSTe, terreste-silvícola-terrícola; TSTa, terrestre-silvícola-tamnícola; TSCo, terrestre-silvícola-corticícola;<br />

TCa, terrestre-campícola; Ae, aerícola.<br />

Hábitats ocupados: A, áreas agrícolas; AU, áreas urbanas; C, Campos; CD, Corpos d´água (rios, lagos, etc); MA, Mata Atlântica (Florestas); RE, Restinga; P, pastagem;<br />

VV, vegetação ciliar de várzea (brejosa).<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-83 ABRIL / 2006


(2) Avifauna endêmica<br />

As espécies de aves da Mata Atlântica estão associadas aos centros de endemismos<br />

encontrados ao logo desse bioma, que faz dessa região uma das mais importantes do ponto de<br />

vista ornitológico de todo o mundo (HAFFER, 1974; 1985; CRACRAFT, 1985;<br />

MITTERMEIER, 1988).<br />

Um total de 128 espécies de aves endêmicas ou cuja distribuição está centrada no Bioma Mata<br />

Atlântica, em todo o Brasil, foi anotada para as localidades amostradas, incluindo-se aí,<br />

também, os registros históricos realizados em outras regiões próximas.<br />

Destacam-se espécies como: macuco (Tinamus solitarius), periquito-rico (Brotogeris tirica),<br />

cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata), rabo-branco-de-garganta-rajada (Phaethornis eurynome),<br />

tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), pica-pau-anão-de-coleira (Picumnus<br />

temminckii), benedito-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons), picapauzinho-verde-carijó<br />

(Veniliornis spilogaster), pica-pau-dourado (Piculus aurulentus), borralhara-assobiadora<br />

(Mackenziaena leachii), choquinha-de-peito-pintado (Dysithamnus stictothorax), trovoada<br />

(Drymophila ferruginea), choquinha-carijó (Drymophila malura), papa-taoca-do-sul<br />

(Pyriglena leucoptera), papa-formiga-de-grota (Myrmeciza squamosa), entufado (Merulaxis<br />

ater), tovaca-cantadora (Chamaeza meruloides), arapaçu-de-bico-torto (Campylorhamphus<br />

falcularius), arredio-pálido (Cranioleuca pallida), joão-botina-do-brejo (Phacellodomus<br />

ferrugineigula), limpa-folha-coroado (Philydor atricapillus), trepador-coleira (Anabazenops<br />

fuscus), tiririzinho-do-mato (Hemitriccus orbitatus), tororó (Poecilotriccus plumbeiceps),<br />

teque-teque (Todirostrum poliocephalum), capitão-de-saíra (Attila rufus), corocochó<br />

(Carpornis cucullata), araponga (Procnias nudicollis), pavó (Pyroderus scutatus), tiê-sangue<br />

(Ramphocelus bresilius), saíra-militar (Tangara cyanocephala) e pimentão (Saltator<br />

fuliginosus), entre outros.<br />

(3) Avifauna Ameaçada<br />

Segundo os registros históricos, são assinaladas, para a AII, 8 espécies consideradas como<br />

ameaçadas pelo IBAMA (2003). Durante os trabalhos de campo, nenhuma espécie ameaçada<br />

foi registrada na região.<br />

Destacam-se os registros de literatura: a jacutinga (Pipile jacutinga), o gavião-pombopequeno<br />

(Leucopternis lacernulatus), o pararu-espelho (Claravis godefrida), o apuim-decostas-pretas<br />

(Touit melanonotus), a choquinha-de-peito-pintado (Biatas nigropectus), a<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-84 ABRIL / 2006


choquinha-pequena (Myrmotherula minor), o pixixó (Sporophila frontalis) e a cigarraverdadeira<br />

(Sporophila falcirostris).<br />

Tratando-se de uma das áreas de remanescentes mais importantes da Mata Atlântica do<br />

Sudeste do Brasil, todas essas espécies podem ocorrer atualmente na região, principalmente<br />

no interior do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM).<br />

Nesse contexto, foram registradas na AII 40 espécies consideradas como ameaçadas no<br />

Estado (SÃO PAULO, 1998). Durante os trabalhos de campo, foram registradas 7 espécies<br />

que constam nessa lista.<br />

Destacam-se as seguintes espécies: macuco (Tinamus solitarius), cuiú-cuiú (Pionopsitta<br />

pileata), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), corocochó (Carpornis cucullata), araponga<br />

(Procnias nudicollis), pavó (Pyroderus scutatus) e japu (Psarocolius decumanus).<br />

(4) Aves e seus ambientes<br />

As formações de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas e Montana estão representadas<br />

em áreas localizadas, principalmente, nos arredores do Parque Estadual da Serra do Mar.<br />

Embora fora dos limites do Parque, essas áreas apresentam matas contínuas, em bom estado<br />

de conservação. As características típicas de áreas bem-conservadas se traduzem em uma<br />

avifauna muito interessante do ponto de vista ecológico.<br />

Para a região florestada, foram registradas as espécies pomba-amargosa (Patagioenas<br />

plumbea), juriti-pupu (Leptotila verreauxi), juriti-gemedeira (Leptotila rufaxilla), tiriba-detesta-vermelha<br />

(Pyrrhura frontalis), cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata), corujinha-do-mato<br />

(Megascops choliba), surucuá-grande-de-barriga-amarela (Trogon viridis), tucano-de-bicoverde<br />

(Ramphastos dicolorus), picapauzinho-verde-carijó (Veniliornis spilogaster), pica-pauverde-barrado<br />

(Colaptes melanochloros), pica-pau-de-banda-branca (Dryocopus lineatus),<br />

trovoada (Drymophila ferruginea), papa-formiga-de-grota (Myrmeciza squamosa), entufado<br />

(Merulaxis ater), tovacuçu (Grallaria varia), tovaca-cantadora (Chamaeza meruloides),<br />

arapaçu-liso (Dendrocincla turdina), arapaçu-verde (Sittasomus griseicapillus), arapaçu-debico-torto<br />

(Campylorhamphus falcularius), arredio-pálido (Cranioleuca pallida), trepadorcoleira<br />

(Anabazenops fuscus), limpa-folha-coroado (Philydor atricapillus), bico-virado-carijó<br />

(Xenops rutilans), abre-asa-de-cabeça-cinza (Mionectes rufiventris), corocochó (Carpornis<br />

cucullata), araponga (Procnias nudicollis), pavó (Pyroderus scutatus), flautim (Schiffornis<br />

virescens), anambé-branco-de-bochecha-parda (Tityra inquisitor), sabiá-poca (Turdus<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-85 ABRIL / 2006


amaurochalinus), saíra-militar (Tangara cyanocephala), sanhaçu-frade (Stephanophorus<br />

diadematus), trinca-ferro-verdadeiro (Saltator similis), pula-pula-assobiador (Basileuterus<br />

leucoblepharus) e tecelão (Cacicus chrysopterus), entre outras.<br />

Das espécies registradas nessa fitofisionomia, chama-se atenção para a ocorrência abundante<br />

de algumas aves ameaçadas no Estado de São Paulo, segundo SÃO PAULO (1998), e<br />

indicadoras da qualidade ambiental, como a araponga (Procnias nudicollis) e o corocochó<br />

(Carpornis cucullata).<br />

Nas áreas de florestas secundárias remanescentes, são predominantes as matas em estádios<br />

intermediários de sucessão. Essas matas se encontram principalmente na região de transição<br />

do Planalto Paulista e no Vale do Paraíba, onde também se encontra uma avifauna muito<br />

interessante do ponto de vista ecológico, da qual podem ser citadas: inhambuguaçu<br />

(Crypturellus obsoletus), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), mãe-da-lua (Nyctibius<br />

griseus), martim-pescador-grande (Ceryle torquatus), joão-bobo (Nystalus chacuru), tucanode-bico-verde<br />

(Ramphastos dicolorus), pica-pau-do-campo (Colaptes campestris), papataoca-do-sul<br />

(Pyriglena leucoptera), joão-teneném (Synallaxis spixi), joão-botina-do-brejo<br />

(Phacellodomus ferrugineigula), ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum), gibão-de-couro<br />

(Hirundinea ferruginea), maria-preta-de-penacho (Knipolegus lophotes), lavadeira-mascarada<br />

(Fluvicola nengeta), viuvinha (Colonia colonus), pitiguari (Cyclarhis gujanensis), tiê-preto<br />

(Tachyphonus coronatus) e mariquita (Parula pitiayumi), entre outros.<br />

As áreas de pastagens se concentram na região localizada ao norte do Parque Estadual da<br />

Serra do Mar. Ao longo de toda essa região da AII, existem poucos fragmentos significativos<br />

de florestas. Em meio às áreas abertas, ainda podem ser verificados diversos fragmentos de<br />

mata isolados.<br />

Esses ambientes apresentam espécies típicas de áreas abertas, com ocorrência de regiões de<br />

transição para Cerrado. Pode-se citar como ave-símbolo desse tipo de transição a seriema<br />

(Cariama cristata), que foi observada em toda a região, além de diversas espécies típicas de<br />

áreas abertas, como o quiriquiri (Falco sparverius) e a maria-preta-de-penacho (Knipolegus<br />

lophotes), entre outros.<br />

Na área de baixada, entre as encostas montanhosas da serra do Mar e o cordão arenoso<br />

litorâneo, existe uma grande área de pastagem alagada, permeada por áreas de restinga e<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-86 ABRIL / 2006


pequenos remanescentes de mata. Atualmente, essa área pertence a uma fazenda de criação de<br />

gado, encontrando-se totalmente antropizada.<br />

Nas áreas de pastagem, foram observadas espécies como gavião-carijó (Rupornis<br />

magnirostris), quero-quero (Vanellus chilensis), suiriri (Tyrannus melancholicus), joão-debarro<br />

(Furnarius rufus), tico-tico-do-campo (Ammodramus humeralis), canário-da-terraverdadeiro<br />

(Sicalis flaveola), coleirinho (Sporophila caerulescens), pia-cobra (Geothlypis<br />

aequinoctialis), caminheiro-zumbidor (Anthus lutescens), polícia-inglesa-do-sul (Sturnella<br />

superciliaris) e tico-tico (Zonotrichia capensis), que são muito comuns nessas áreas.<br />

Na região, também existem áreas alagadas associadas às pastagens, como canais de drenagem<br />

e lagoas, além de pequenos brejos, que servem de ambiente para espécies como carão<br />

(Aramus guarauna), pé-vermelho (Amazonetta brasiliensis), caracará (Caracara plancus),<br />

sanã-carijó (Porzana albicollis), freirinha (Arundinicola leucocephala), suiriri-cavaleiro<br />

(Machetornis rixosa), curutié (Certhiaxis cinnamomeus) e andorinha-de-sobre-branco<br />

(Tachycineta leucorrhoa).<br />

(5) Caracterização dos pontos amostrados da AID<br />

Como objetivo de caracterizar a AID do empreendimento, foram selecionados pontos<br />

representativos, tanto do ponto de vista geográfico, quanto do ambiental, para detalhamento.<br />

As regiões próximas a São José dos Campos, Taubaté e Caçapava possuem fragmentos<br />

pequenos, isolados e significativamente antropizados. Dessa forma, as amostragens de campo<br />

foram concentradas nas áreas do entorno dos reservatórios de Paraibuna e Santa Branca, e nos<br />

limites do Parque Estadual da Serra do Mar, tanto na parte alta, quanto na parte baixa.<br />

Nas florestas de baixada do trecho inicial do duto, em Caraguatatuba, foram encontradas áreas<br />

remanescentes de mata. Contudo, essas manchas de vegetação estão sensivelmente<br />

modificadas e isoladas em pequenos fragmentos.<br />

Trata-se de uma região localizada na parte baixa da AID do empreendimento, entre as<br />

montanhas da serra do Mar e a região litorânea do Estado de São Paulo. Originalmente, essa<br />

região apresentava uma mata de baixada, permeada por áreas de restinga, que, com o passar<br />

dos anos, deu lugar às pastagens. Atualmente, pertence a uma fazenda de criação de gado e<br />

encontra-se totalmente antropizada, tanto pela falta de vegetação original quanto pela<br />

drenagem dos corpos d´água.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-87 ABRIL / 2006


Nas áreas de pastagem, podem ser observadas espécies como Rupornis magnirostris (gaviãocarijó),<br />

Amazona aestiva (papagaio-verdadeiro), Vanellus chilensis (quero-quero), Tyrannus<br />

melancholicus (suiriri), Furnarius rufus (joão-de-barro), Ammodramus humeralis (tico-ticodo-campo),<br />

Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro), Sporophila caerulescens<br />

(coleirinho), Geothlypis aequinoctialis (pia-cobra), Anthus lutescens (caminheiro-zumbidor),<br />

Sturnella superciliaris (polícia-inglesa-do-sul) e Zonotrichia capensis (tico-tico), que lá são<br />

muito comuns.<br />

Nessas áreas, encontram-se partes alagadas, como canais, drenagens, e lagoas, além de<br />

pequenos brejos, que servem de ambiente para espécies como Aramus guarauna (carão),<br />

Amazonetta brasiliensis (pé-vermelho), Caracara plancus (caracará), Porzana albicollis<br />

(sanã-carijó), Arundinicola leucocephala (freirinha), Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro),<br />

Certhiaxis cinnamomeus (curutié) e Tachycineta leucorrhoa (andorinha-de-sobre-branco).<br />

Praticamente todas as espécies encontradas neste ponto possuem uma ocorrência comum e<br />

típica de ambientes abertos. O papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), que se encontra na<br />

listas das aves ameaçadas do Estado de São Paulo (SÃO PAULO 1998), é comum na região,<br />

mas se trata, possivelmente, de uma espécie introduzida, pois não foram encontrados registros<br />

históricos para a mesma nos trabalhos ornitológicos consultados.<br />

Na área atravessada pelo duto, no limite sul do Parque Estadual da Serra do Mar, são<br />

encontrados diversos remanescentes florestais. Neles, foram registradas diversas aves. Na área<br />

de transição entre as áreas de pastagens e a encosta da serra do Mar, observam-se espécies<br />

como periquito-rico (Brotogeris tirica), papa-taoca-do-sul (Pyriglena leucoptera), joãoteneném<br />

(Synallaxis spixi), guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster), sabiálaranjeira<br />

(Turdus rufiventris) e saí-azul (Dacnis cayana), entre outras.<br />

Nas matas contínuas ao Parque Estadual da Serra do Mar, a avifauna muda<br />

significativamente, passando a ocorrer espécies típicas da Mata Atlântica. As espécies<br />

registradas nesse ponto são típicas de áreas florestadas bem conservadas, sendo consideradas<br />

também como indicadoras da qualidade ambiental, como macuco (Tinamus solitarius),<br />

inhambuguaçu (Crypturellus obsoletus), jacuaçu (Penelope obscura), maitaca-verde (Pionus<br />

maximiliani), surucuá-grande-de-barriga-amarela (Trogon viridis), tucano-de-bico-verde<br />

(Ramphastos dicolorus), arapaçu-de-garganta-branca (Xiphocolaptes albicollis), tiririzinho-<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-88 ABRIL / 2006


do-mato (Hemitriccus orbitatus), araponga (Procnias nudicollis), tangará (Chiroxiphia<br />

caudata), tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) e pimentão (Saltator fuliginosus), entre outros.<br />

Na parte alta da AID do empreendimento, ou no limite norte do Parque Estadual da Serra do<br />

Mar, ocorrem áreas de florestas contínuas, em bom estado de conservação. Nessa área<br />

encontra-se uma avifauna muito interessante do ponto de vista ecológico.<br />

Para a região florestada, onde a Mata Atlântica possui uma conexão com o Parque, destacamse<br />

as seguintes espécies: pomba-amargosa (Patagioenas plumbea), juriti-pupu (Leptotila<br />

verreauxi), tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata),<br />

picapauzinho-verde-carijó (Veniliornis spilogaster), pica-pau-verde-barrado (Colaptes<br />

melanochloros), trovoada (Drymophila ferruginea), papa-formiga-de-grota (Myrmeciza<br />

squamosa), entufado (Merulaxis ater), tovacuçu (Grallaria varia), tovaca-cantadora<br />

(Chamaeza meruloides), arapaçu-de-bico-torto (Campylorhamphus falcularius), arrediopálido<br />

(Cranioleuca pallida), trepador-coleira (Anabazenops fuscus), limpa-folha-coroado<br />

(Philydor atricapillus), corocochó (Carpornis cucullata), araponga (Procnias nudicollis),<br />

pavó (Pyroderus scutatus), flautim (Schiffornis virescens), saíra-militar (Tangara<br />

cyanocephala) e sanhaçu-frade (Stephanophorus diadematus), entre outros.<br />

Ao longo do planalto paulista, existem poucos fragmentos significativos de florestas. Os<br />

remanescentes encontram-se isolados e cercados por pastagens, além estarem circundados por<br />

estradas e pequenas propriedades. Devido a estas características, encontra-se uma avifauna<br />

diferenciada das demais localidades com espécies típicas de ambientes abertos e regiões de<br />

transição para Cerrado.<br />

Pode-se citar como ave mais comum nessa transição a seriema (Cariama cristata), que foi<br />

observada em toda a região, além de diversas espécies típicas de áreas abertas, como o<br />

quiriquiri (Falco sparverius) e a maria-preta-de-penacho (Knipolegus lophotes), entre outras.<br />

Na região de transição entre o Planalto Paulista e o Vale do Paraíba, podem ser encontrados<br />

diversos fragmentos florestais, dentro dos limites da AID. Mesmo distantes do Parque, esses<br />

fragmentos possuem uma importância significativa na conservação das espécies. Isso se deve<br />

ao fato de que existe uma avifauna rica sob o ponto de vista ecológico.<br />

Para esses fragmentos, podem ser citados: o inhambuguaçu (Crypturellus obsoletus), a<br />

papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), o joão-bobo (Nystalus chacuru), a papa-taoca-do-sul<br />

(Pyriglena leucoptera), o joão-botina-do-brejo (Phacellodomus ferrugineigula), a viuvinha<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-89 ABRIL / 2006


(Colonia colonus), o tiê-preto (Tachyphonus coronatus) e a mariquita (Parula pitiayumi),<br />

entre outros.<br />

c. Herpetofauna<br />

(1) Répteis<br />

• Caracterização geral<br />

Nas Áreas de Influência do empreendimento, foram realizados poucos estudos relacionados à<br />

fauna de répteis. À exceção do trabalho de MARQUES et al., (2001) para a serra do Mar,<br />

todos os outros dados disponíveis na literatura são frutos de trabalhos pontuais com grupos<br />

taxonômicos específicos. Nesse contexto, dados importantes sobre a composição faunística da<br />

região não têm sido publicados, estando essas informações limitadas a dissertações, teses e<br />

relatórios que, muitas vezes, são de acesso difícil (HADDAD e ABE, 2000).<br />

Ainda assim, é notória a grande diversidade de espécies de répteis registradas principalmente<br />

para a porção norte da serra do Mar do Estado de São Paulo (Quadro 5.2-11). Várias delas<br />

são descritas para a região, muitas das quais com distribuições restritas e baixas densidades<br />

populacionais.<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, em sua maior parte, atravessa áreas de pastagens, áreas<br />

agrícolas e/ou de ocupação humana, nas quais a fauna de répteis é composta majoritariamente<br />

por espécies de ampla distribuição geográfica e relativa abundância.<br />

De forma geral, a diversidade de espécies é constituída por taxa generalistas que ocorrem em<br />

áreas abertas (e.g., campos agrícolas, pastagens, área urbana, etc.). Nas áreas alteradas,<br />

geralmente, predominam as pastagens.<br />

Contudo, ainda existem fragmentos de mata relativamente grandes, e com certa umidade, nos<br />

quais podem ser encontradas diversas espécies ao longo da diretriz do empreendimento.<br />

Nessas áreas, há importantes corpos-d’água, tais como rios, riachos, reservatório e lagoas. Os<br />

remanescentes de mata, em geral, apresentam sub-bosques preservados, existindo um relativo<br />

grau de sombreamento em seu interior.<br />

Alguns répteis de ampla distribuição geográfica e dieta menos especializada preferem<br />

ambientes que abrigam uma anurofauna densa, ou população de roedores abundante. Esses<br />

ambientes apresentam numerosas estratificações verticais, fundamentais para o forrageamento<br />

e para a termorregulação de espécies arborícolas e semi-arborícolas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-90 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-11- Répteis de provável ocorrência nas Áreas de Influência do Gasoduto Caraguadatuba–Taubaté. (As espécies observadas em<br />

trabalho de campo estão marcadas em cinza e as espécies com registros de museus ou literatura, para os municípios que abrangem o<br />

empreendimento, estão marcadas com asteriscos).<br />

NOME CIENTÍFICO<br />

Ordem Testudines<br />

Família Chelidae<br />

Subfamília Hydromedusinae<br />

NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Hydromedusa maximiliani * Cágado Dezembro a outubro F<br />

Hydromedusa tectifera *<br />

Família Testudinidae<br />

Cágado Dezembro a outubro F<br />

Geochelone carbonaria *<br />

Ordem Crocodylia<br />

Família Crocodylidae<br />

Jabuti Junho a setembro AB<br />

Caiman latirostris<br />

Ordem Squamata<br />

Subordem Amphisbaena<br />

Família Amphisbaenidae<br />

Jacaré-do-papo-amarelo Reprodução contínua VV<br />

Amphisbaena darwinii * Cobra-de-duas-cabeças ND F<br />

Amphisbaena mertensi * Cobra-de-duas-cabeças ND AU, AB<br />

Leposternum microcephalum *<br />

Subordem Sauria<br />

Família Iguanidae<br />

Subfamília Polychrotinae<br />

Cobra-de-duas-cabeças Outubro a fevereiro AU, F<br />

Anisolepis grilli Camaleãozinho Dezembro a setembro AB, F<br />

Enyalius brasiliensis * Camaleãozinho Outubro a março F<br />

Enyalius perditus * Camaleãozinho Outubro a março F<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-91 ABRIL / 2006


NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Subfamíla Tropiduridae<br />

Tropidurus torquatus * Lagartixa-preta Setembro a janeiro AU, AB, P<br />

Infra-ordem Gekkota<br />

Gyminodactylus hogei * Lagartixa-da-floresta Reprodução contínua F<br />

Hemidactylus mabouia * Lagartixa-de-parede Reprodução semi-contínua AU, AB, P, F<br />

Infra-ordem Scincomorpha<br />

Família Gmnophthalmidae<br />

Colobodactylus taunayi Lagartinho ND F<br />

Ecpleopus gaudichaidii * Lagartinho ND F<br />

Placosoma cordylinum * Lagartinho Outubro a março F<br />

Placosoma glabellum * Lagartinho Outubro a março F<br />

Família Teiidae<br />

Tupinambis merianae * Teiú ND AU, AB, F, P<br />

Infra-ordem Dipoglossa<br />

Família Anguidae<br />

Dipoglossus fasciatus * Briba ND F<br />

Ophiodes fragilis * Cobra-de-vidro Outubro a janeiro VV, AU, AB, F,<br />

Infra-ordem Serpentes<br />

Família Typhlopidae<br />

Liotyphlops beui * Cobra-cega ND AU, AB<br />

Família Boidae<br />

Corallus hortulanus * Cobra-veadeira Março a agosto VV, F<br />

Família Tropidophiidae<br />

Tropidophis paucisquamis Jiboinha ND F<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-92 ABRIL / 2006


NOME CIENTÍFICO<br />

Família Colubridae<br />

NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Atractus pantostictus * Fura-terra ND AU, AB<br />

Atractus reticulatus * Fura-terra ND AU, AB<br />

Atractus serranus * Cobra-da-terra ND F<br />

Atractus zebrinus * Cobra-coral ND F<br />

Boiruna maculata Muçurana Reprodução contínua AB<br />

Chironius bicarinatus * Cobra-cipó Outubro a dezembro VV, F<br />

Chironius exoletus * Espia-caminho Outubro a dezembro VV, AB, F<br />

Chironius fuscus * Cobra-cipó Outubro a dezembro VV, F<br />

Chironius laevicollis * Cobra-cipó Outubro a dezembro F<br />

Chironius quadricariatus Cobra-cipó Outubro a dezembro AB<br />

Chironius multiventris * Cobra-cipó Outubro a dezembro F<br />

Clelia plumbea * Muçurana Reprodução contínua F<br />

Clelia quimi * Muçurana Reprodução contínua AU, AB<br />

Dipsas alternans * Dormideira Reprodução contínua F<br />

Dipsas indica * Dormideira Outubro a dezembro F<br />

Echinanthera affinis * Papa-rã ND F<br />

Echinanthera amoena * Papa-rã ND F<br />

Echinanthera bilineata Papa-rã Outubro a dezembro F<br />

Echinanthera cephalostriata * Papa-rã ND F<br />

Echinanthera cyanopleura * Papa-rã Outubro a dezembro F<br />

Echinanthera melanostigma Papa-rã ND F<br />

Echinanthera persimilis Papa-rã ND F<br />

Echinanthera unduata * Papa-rã Outubro a dezembro F<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-93 ABRIL / 2006


NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Elapomorphus quinquelineatus * Fura-terra Dezembro a abril AU, F<br />

Erythrolamprus aesculapii * Cobra-coral Reprodução contínua AU, AB, F, P<br />

Helicops carinicaudus * Cobra-d’água Setembro a dezembro AU, AB, F<br />

Helicops modestus * Cobra-d’água Novembro a julho AU, AB, P<br />

Imantodes cenchoa Dormideira Outubro a dezembro F<br />

Liophis amarali Papa-rã ND F<br />

Liophis atraventer Cobra-verde Outubro a janeiro F<br />

Liophis jaegeri * Cobra-verde ND AU, F<br />

Liophis miliaris * Cobra-d’água Reprodução contínua VV, AU, AB, F, P<br />

Liophis poecilogyrus * Cobra-de-lixo Reprodução contínua VV, AU, AB, F, P<br />

Liophis typhlus * Cobra-verde ND VV, AU, AB<br />

Mastigodryas biffosatus Jararacuçu-do-brejo ND VV, AU, F<br />

Oxyrhopus clathratus * Cobra-coral Outubro a dezembro AU, AB, F<br />

Oxyrhopus guibei * Cobra-coral Reprodução contínua AU, AB, P<br />

Oxyrhopus petola Cobra-coral ND AU, F<br />

Philodryas olfersii * Cobra-verde Setembro a dezembro VV, AU, AB, P<br />

Philodryas patagoniensis * Parelheira Setembro a dezembro AU, AB, P<br />

Pseudoboa serrana Muçurana ND F<br />

Sibynomorphus mikanii * Dormideira Julho a janeiro AU, AB, P<br />

Sibynomorphus neuwiedi * Dormideira Julho a fevereiro AU, F, P<br />

Siphlophis longicaudus Dorme-dorme ND F<br />

Siphlophis pulcher * Dorme-dorme ND F<br />

Sodellina punctata Cobra-d’água Outubro a dezembro F<br />

Spilotes pullatus * Caninana Julho a novembro VV, AU, AB, F<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-94 ABRIL / 2006


NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Taeniophallus occipitalis Corre-campo ND AU, AB<br />

Thamnodynastes hypoconia * Corredeira Outubro a janeiro VV, AU, F<br />

Thamnodynastes longicaudus * Corredeira Outubro a janeiro VV, AU, F<br />

Thamnodynastes cf. nattereri * Corredeira Outubro a janeiro VV, AU, F<br />

Thamnodynastes strigatus * Corredeira Outubro a janeiro VV, AU, F<br />

Tomodon dorsatus Falsa-jararaca Dezembro a setembro AU, F<br />

Tropidodryas serra * Jararaquinha Outubro a dezembro F<br />

Tropidodryas striaticeps * Cobra-cipó Outubro a dezembro F<br />

Uromacerini ricardinii Cobra-cipó ND F<br />

Xenodon neuwiedii * Boipeva Reprodução contínua VV, AU, F<br />

Waglerophis merremi Boipeva Reprodução contínua VV, AU, AB, P<br />

Família Elapidae<br />

MIcrurus corallinus * Coral Setembro a dezembro AU, F<br />

Micrurus decoratus Coral Outubro a novembro F<br />

Família Viperidae<br />

Bothrops alternatus * Urutu-cruzeiro Setembro a janeiro AU, AB, F<br />

Bothrops jararaca * Jararaca Abril a março VV, AU, F, P<br />

Bothrops jararacussu * Jararacuçu Setembro a fevereiro AU, F<br />

Crotalus durissus * Cascavél Outubro a dezembro AU, AB<br />

Legenda: Fonte de registros: * - Coleções científicas ou literatura.<br />

Hábitat: VV - Vegetação ciliar de várzea (brejosa); AU - Áreas urbanas; AB - Áreas de vegetação aberta; F - Ambiente florestal; P – Pastagem.<br />

ND: Não Disponível.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-95 ABRIL / 2006


Uma espécie que se encontra freqüentemente associada a esse tipo de ambiente é a caninana<br />

(Spilotes pullatus), que também apresenta uma ampla distribuição geográfica e dieta<br />

generalista. De hábito diurno, caça, por busca ativa ou por espreita, lagartos, pequenos<br />

roedores e aves. É freqüentemente avistada forrageando próximo a ninhos de aves em busca<br />

de filhotes, mas pode se alimentar também no chão de mata, buscando pequenos roedores.<br />

A caninana (Spilotes pullatus) é uma espécie relativamente comum, tanto em áreas agrícolas<br />

quanto em subúrbios afastados das grandes cidades, onde pode ocorrer, também, em<br />

fragmentos de mata de tamanho moderado. É uma espécie aparentemente mais sensível aos<br />

distúrbios ambientais gerados pelas atividades humanas, devido ao seu grande porte, padrão<br />

de atividade diurno e hábito arborícola.<br />

Nas áreas alteradas com predomínio de pastagens e com a presença de corpos-d’água, brejos,<br />

riachos e poças, ocorrem espécies de ampla distribuição geográfica e dieta generalista. Esses<br />

ambientes abrigam uma anurofauna abundante, que se configura como uma das principais<br />

fontes alimentares para as espécies em questão.<br />

Uma espécie que se encontra freqüentemente associada a esse tipo de ambiente é a cobrad’água<br />

(Liophis miliaris), serpente de ampla distribuição geográfica que apresenta hábito<br />

terrícola, para forrageamento ativo, e atividade noturna (MARQUES et al,. 2001). Ela se<br />

alimenta de anfíbios anuros, girinos e peixes presentes em poças temporárias ou perenes,<br />

brejos em borda de mata e pequenos riachos. Trata-se de uma das espécies mais abundantes<br />

nos ambientes alterados por ação antrópica, embora possa ocorrer também em ambientes<br />

naturais de Mata Atlântica associados a bordas de mata nos ambientes acima mencionados.<br />

Espécies abundantes, generalistas e de ampla distribuição poderiam eventualmente fazer uso<br />

das áreas abertas para forrageamento, tal qual a serpente limpa-campo (Philodryas<br />

patagoniensis). Essa espécie apresenta distribuição geográfica muito ampla, ocorrendo do sul<br />

da Argentina ao norte do Brasil, em áreas abertas do Estado de Rondônia (PASSOS e<br />

FERNANDES, 2002).<br />

A limpa-campo é uma espécie diurna que apresenta forrageamento ativo e se alimenta de uma<br />

variada gama de presas: anfíbios anuros, lagartos, pequenos roedores e aves (MARQUES et<br />

al., 2001). Parece ser uma serpente pouco sensível às alterações ambientais geradas por<br />

atividades antrópicas e, provavelmente, tem ampliado significativamente seus limites de<br />

distribuição originais, com o freqüente desmatamento de áreas florestadas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-96 ABRIL / 2006


A lagartixa-da-floresta (Gymnodactylus darwinii) é uma representante dos gekonídeos<br />

arborícolas endêmicos da Mata Atlântica. Ocorre do médio rio Doce, no Estado do Espírito<br />

Santo, até o sul do Estado de São Paulo (VANZOLINI et al., 1980).<br />

Essa espécie de hábito noturno se alimenta de pequenos insetos, sendo aparentemente restrita<br />

a ambientes florestados com reduzido a moderado grau de antropização. Dado o seu hábito<br />

estritamente arborícola, é notadamente sensível a supressão vegetal de sub-bosque, como em<br />

matas que sofreram cortes seletivos para exploração de lenha.<br />

Em relação às serpentes, a diversidade de espécies também se apresenta superior à encontrada<br />

somente em áreas abertas, ainda que sua abundância relativa seja muito inferior. De forma<br />

geral, as espécies que ocorrem nesses ambientes apresentam distribuições mais restritas,<br />

embora, ainda, com relativa amplitude de distribuição dentro do bioma.<br />

A cobra-cipó (Chironius multiventris) é amplamente distribuída no Brasil. Ocorre na<br />

Amazônia e na Mata Atlântica, embora a subespécie descrita para a Mata Atlântica seja<br />

endêmica desse bioma e deva ser elevada à categoria de espécie plena em futuro próximo.<br />

Essa espécie tem hábitos arborícolas e atividade diurna, forrageia ativamente, tanto no extrato<br />

arbóreo quanto no chão de mata, onde se alimenta de anfíbios anuros aparentemente em<br />

descanso (MARQUES et al., 2001).<br />

Uma espécie característica de áreas degradadas, freqüentemente observada em ambientes<br />

antropizados, é a cobra-do-lixo (Liophis poecilogyrus). Essa serpente possui ampla<br />

distribuição geográfica, sendo muito abundante em áreas antropizadas, onde podem ser<br />

encontradas, principalmente, em áreas de baixada, próximas a corpos-d’água.<br />

Sua alimentação, hábitos e táticas de forrageamento se assemelham aos descritos para a<br />

cobra-d’água (Liphis miliaris), apesar de L. poecilogyrus apresentar uma atividade<br />

diurna/noturna, o que favorece uma dieta mais generalista, incluindo, por exemplo, lagartos<br />

como itens alimentares freqüentes (PINTO e FERNANDES, 2004).<br />

Esse fato talvez explique, em parte, o motivo de sua espécie ser muito abundante em áreas<br />

urbanas, onde a disponibilidade de corpos-d’água é menos freqüente para a ocorrência de<br />

anurofauna associada, mas, em contrapartida, apresenta grande disponibilidade de lagartos de<br />

hábito diurno.<br />

A fauna de répteis que caracterizam essas regiões de mata é composta, em sua grande<br />

maioria, por espécies com padrões de distribuição mais restritos e geralmente ocorrendo em<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-97 ABRIL / 2006


densidades populacionais mais baixas. De forma geral, a diversidade de espécies em áreas<br />

florestadas é significativamente maior do que a observada em áreas abertas, sendo constituída<br />

por taxa com dietas especializadas e exigentes do ponto de vista de condições bióticas (e.g.,<br />

sombreamento) e abióticas (e.g., umidade).<br />

Existem áreas estruturalmente complexas, como a transição entre a planície litorânea e a base<br />

da serra do Mar, onde se localiza o Parque Estadual de mesmo nome. Esse ambiente,<br />

atualmente com predominância de pastagens, apresenta um considerável remanescente<br />

florestal quase contínuo ao limite sul do Parque.<br />

Uma diversidade de riachos corta o interior da mata e deságua em um rio de considerável<br />

porte, que atravessa o fragmento em sua porção inferior. Essa região apresenta diversos<br />

brejos, alguns em borda de mata, onde ocorrem várias espécies de anfíbios anuros.<br />

Dentre a fauna de répteis, destaca-se a provável ocorrência tanto de espécies restritas aos<br />

ambientes florestados como de espécies características de áreas antropizadas. A diversidade<br />

de espécies nesses ambientes, geralmente, é relativamente alta, pois se encontram elementos<br />

faunísticos característicos de ambos os ambientes.<br />

Uma espécie freqüentemente observada em ambientes de mata secundária e reflorestamentos<br />

é o lagartinho (Placosoma glabellum). Essa espécie é diurna, utiliza o chão de mata, onde se<br />

alimenta de pequenos insetos e aracnídeos. É muito sensível à supressão vegetal, ao efeito de<br />

borda e à fragmentação advindos da formação de trilhas no interior da mata.<br />

Quanto às serpentes, em sua grande maioria, são espécies com dietas especializadas e<br />

sensíveis às alterações de umidade e sombreamento no ambiente.<br />

A serpente Atractus zebrinus é uma espécie endêmica da Mata Atlântica que apresenta uma<br />

distribuição relativamente ampla dentro do bioma, ocorrendo desde o Estado do Espírito<br />

Santo até Santa Catarina, em regiões com altitudes acima de 600 metros (PASSOS et al.,<br />

2005). Essa espécie de hábitos criptozóicos é ativa durante a noite, geralmente sob o folhedo,<br />

onde se alimenta, provavelmente, de anelídeos. Pelas características mencionadas acima e em<br />

decorrência dos registros disponíveis em coleções, pode-se inferir que essa espécie só ocorre<br />

em ambientes que mantenham suas características de cobertura e sombreamento próximas às<br />

originais.<br />

A serpente Dipsas alternans também é endêmica da Mata Atlântica, onde ocorre desde o<br />

Estado do Espírito Santo até Santa Catarina (PASSOS et al., 2004). Apresenta hábitos<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-98 ABRIL / 2006


noturnos, alimentando-se exclusivamente de moluscos (lesmas e caracóis), dos quais segue<br />

ativamente os rastros no chão da mata.<br />

Em relação à lista nacional de espécies ameaçadas de extinção (IUCN, 2003), não há<br />

nenhuma espécie de provável ocorrência na região de abrangência do empreendimento.<br />

Pela última lista publicada da fauna ameaçada de extinção do Estado de São Paulo, as<br />

seguintes espécies são de provável ocorrência para as Áreas de Influência do Gasoduto: jabuti<br />

(Geochelone carbonaria), cágado (Hydromedusa maximiliani), cágado (Hydromedusa<br />

tectifera), briba (Dipoglossus fasciatus), lagartinho (Colobodactylus taunayi), lagartinho<br />

(Ecpleopus gaudichaudii), camaleãozinho (Enyalius perditus), teiú (Tupinambis merianae),<br />

jiboinha (Tropidophis paucisquamis), cobra-veadeira (Corallus hortulanus), cobra-daterra<br />

(Atractus serranus), cobra-da-terra (Atractus zebrinus), muçurana (Clélia plumbea),<br />

dormideira (Dipsas neivai), fura-terra (Elapomorphus quinquelineatus), dormideira<br />

(Imantodes cenchoa), cobra-verde (Liophis atraventer), cobra-d'água (Sodellina punctata),<br />

papa-rã (Echinanthera persimilis), cobra-cipó (Uromacerina ricardinii), cobra-coral<br />

(Micrurus decoratus) e jararaca (Bothrops jararaca).<br />

Dentre essas, duas foram confirmadas para a Área de Influência Indireta do empreendimento,<br />

através dos trabalhos de campo (Tupinambis merianae e Bothrops jararaca).<br />

No entanto, ambas foram listadas com ressalvas. No momento da elaboração dessa lista, duas<br />

espécies, identificadas como teiú (T. merianae) e jararaca (B. jararaca), respectivamente,<br />

estavam em fase de descrição, ou seja: teiú (Tupinambis palustris -MANZANI e ABE, 2002)<br />

e Jararaca (Bothrops alcatraz - MARQUES et al., 2003).<br />

Portanto, nenhuma das espécies observadas durante o trabalho de campo foi alvo direto da<br />

referida lista.<br />

• Caracterização das espécies observadas<br />

Dos répteis cujo registro foi confirmado para a AII do empreendimento, nenhuma das<br />

espécies era exclusivamente de mata. Embora algumas espécies tenham suas distribuições de<br />

acordo com os limites originais da Mata Atlântica, elas, em geral, se adaptaram aos ambientes<br />

antropizados, ou têm expandido seus limites de ocorrência.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-99 ABRIL / 2006


Todavia, é importante notar que o registro de ocorrência para répteis, sobretudo os<br />

exclusivamente florestais, configura-se extremamente fortuito, demandando uma amostragem<br />

prolongada por meio de diversas técnicas amostrais (CECHIN e MARTINS, 1995).<br />

A maioria das espécies de répteis assinalados durante os trabalhos de campo apresenta hábitos<br />

secretivos, baixas densidades populacionais, padrões de colorido mimetizando o ambiente e,<br />

muitas vezes, reduzida atividade diária.<br />

Os répteis que tiveram presença confirmada na Área de Influência Direta do Gasoduto foram<br />

os lagartos lagartixa-preta (Tropidurus torquatus), lagartixa-de-parede (Hemidactylus<br />

mabouia), cobra-de-vidro (Ophiodes fragilis) e o teiú (Tupinambis merianae); e as serpentes<br />

cobra-coral (Oxyrhopus guibei), urutu-cruzeiro (Bothrops alternatus), jararaca (Bothrops<br />

jararaca) e jararacuçu (Bothrops jararacussu).<br />

A lagartixa-de-parede (Hemidactylus mabouia) é uma espécie sinantrópica, cosmopolita e de<br />

ampla distribuição no Brasil (Foto 5.2-10). Essa espécie ocorre principalmente dentro de<br />

perímetros urbanos, sendo freqüentemente associada às habitações humanas.<br />

Esse pequeno lagarto apresenta hábito noturno e se alimenta principalmente de insetos<br />

atraídos pela iluminação artificial das casas ou postes de luz.<br />

É importante salientar também que essa espécie, provavelmente, não constitua um elemento<br />

nativo de nossa fauna, uma vez que pode ter sido introduzida no País (VANZOLINI et al.,<br />

1980).<br />

A lagartixa-preta (Tropidurus torquatus) é uma espécie de ampla distribuição geográfica,<br />

bastante comum em locais de afloramentos rochosos, onde se abriga entre as rochas e caça<br />

por espreita, alimentando-se de pequenos artrópodes (Foto 5.2-11).<br />

Essa espécie generalista e característica de áreas abertas é freqüentemente encontrada em<br />

áreas antropizadas, sendo aparentemente pouco sensível aos distúrbios ambientais gerados<br />

pela atividade humana.<br />

A cobra-de-vidro (Ophiodes fragilis) também é uma espécie com ampla distribuição<br />

geográfica que, apesar de endêmica do bioma Mata Atlântica, não é tão sensível a alterações<br />

ambientais, sendo encontrada em praticamente todos os tipos de ambientes, desde os mais<br />

preservados até os muito alterados (Foto 5.2-12).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-100 ABRIL / 2006


Essa espécie, de forrageamento ativo, apresenta uma dieta generalista, baseada em pequenos<br />

artrópodes. É freqüentemente avistada próximo a corpos-d’água, como poças temporárias,<br />

riachos ou drenagens artificiais.<br />

O teiú (Tupinambis merianae) é uma espécie de ampla distribuição geográfica (Foto 5.2-13),<br />

ocorrendo desde regiões ao sul da Bacia Amazônica até o norte da Argentina e Uruguai<br />

(AVILLA-PIRES, 1995).<br />

Essa espécie heliófila (que necessita de sol) ocorre em ambientes de área aberta,<br />

freqüentemente próximos a fragmentos florestais, para onde fazem incursões à procura de<br />

alimento. Esse lagarto de grande porte apresenta uma dieta onívora, alimentando-se de<br />

artrópodes, frutas, ovos e pequenos vertebrados.<br />

É freqüentemente observada em áreas rurais próximo a galinheiros ou granjas, onde se<br />

alimenta de ovos ou de filhotes. Apesar de ser uma espécie aparentemente pouco influenciada<br />

por alterações ambientais, sofre uma certa pressão por caça em algumas regiões do País.<br />

O urutu-cruzeiro (Bothrops alternatus) é uma espécie de ampla distribuição (Foto 5.2-14),<br />

ocorrendo desde os Estados de Goiás e Minas Gerais, no Brasil, até o norte da Argentina e<br />

Uruguai (CAMPBELL e LAMAR, 2004). Ocorre em uma gama variada de ambientes, desde<br />

regiões de vegetação aberta, como o Cerrado e os Pampas, até áreas de Mata Atlântica de<br />

altitude no Sudeste do Brasil.<br />

Essa espécie foi registrada para a AII do empreendimento através de entrevistas com<br />

moradores. Como se trata de uma serpente venenosa, a população, em geral, identifica-a com<br />

certa facilidade, através das manchas no dorso da cabeça, que se assemelham à constelação do<br />

Cruzeiro do Sul, sendo denominada também como cruzeira ou urutu-cruzeiro.<br />

A jararaca (Bothrops jararaca) é espécie de ampla distribuição geográfica na Mata Atlântica e<br />

ecossistemas associados (Foto 5.-15), onde ocorre desde o sul da Bahia até o norte do Rio<br />

Grande do Sul e Argentina (CAMPBELL e LAMAR, 2004).<br />

Apesar de ser originalmente endêmica da Mata Atlântica, essa espécie se adaptou muito bem<br />

aos ambientes antropizados, tanto em áreas rurais como em cidades. São serpentes de hábito<br />

noturno, que se alimentam de presas ectotérmicas (e.g., anfíbios, lagartos) quando jovens,<br />

mudando para presas endotérmicas (e.g., roedores), na idade adulta.<br />

Atualmente, essa serpente é a principal causadora de acidentes ofídicos no Brasil, sendo<br />

responsável por mais de 70% das ocorrências anuais. Sua presença foi registrada para a AII<br />

do Gasoduto por meio de entrevistas com moradores. Por ser venenosa, a população, em<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-101 ABRIL / 2006


geral, reconhece-a com certa facilidade, através das manchas no dorso do corpo e de sua<br />

agressividade habitual.<br />

A jararacuçu (Bothrops jararacussu) é uma espécie de grande porte, amplamente distribuída<br />

no Sudeste do Brasil (Foto 5.2-16), ocorrendo na vertente atlântica desde o sul da Bahia até o<br />

extremo norte do Rio Grande do Sul e Argentina; na porção continental desde o Cerrado de<br />

São Paulo e a Floresta de Araucária do Estado do Paraná até o Chaco no Paraguai e Bolívia<br />

(CAMPBELL e LAMAR, 2004).<br />

Essa serpente, de hábito noturno e crepuscular, alimenta-se de pequenos roedores e<br />

marsupiais, que caça por espreita. Como diversas outras espécies do gênero, a jararacuçu<br />

também ocorre em ambientes alterados. Os registros disponíveis na literatura indicam que sua<br />

distribuição se restringe aos ambientes florestais.<br />

A cobra-coral (Oxyrhopus guibei) é uma espécie amplamente distribuída no Cerrado do<br />

Estado de São Paulo (Foto 5.2-17), embora, com a crescente expansão das áreas agrícolas,<br />

tenha aumentado significativamente a sua distribuição para áreas originalmente de<br />

predominância de Mata Atlântica. É uma serpente de hábito noturno, que apresenta uma dieta<br />

generalista, podendo alimentar-se de pequenos roedores e lagartos, que caça ativamente.<br />

É uma das espécies mais comuns em ambientes antropizados, onde freqüentemente é<br />

observada próxima a arbustos ou capões de mata. É uma serpente muito confundida com as<br />

corais verdadeiras do gênero Micrurus (e.g., M. Frontalis), das quais mimetiza o seu padrão<br />

de colorido aposemático (SAZIMA e ABE, 1991).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-102 ABRIL / 2006


Foto 5.2-11 - Lagartixapreta<br />

(Tropidurus<br />

torquatus), espécie<br />

generalista bem adaptada<br />

a ambientes alterados.<br />

Um indivíduo dessa<br />

espécie foi avistado<br />

termorregulando próximo<br />

à estrada de acesso à<br />

Fazenda Serra Mar.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-10 - Lagartixade<br />

parede (Hemidactylus<br />

mabouia), espécie<br />

sinantrópica típica de<br />

ambientes alterados. Essa<br />

espécie foi registrada<br />

através de entrevistas.<br />

Foto 5.2-12 - Cobra-de-vidro<br />

(Ophiodes fragilis), espécie<br />

de ampla distribuição na Mata<br />

Atlântica e aparentemente<br />

adaptada também a ambientes<br />

degradados.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-103 ABRIL / 2006


Foto 5.2-14 - Urutucruzeiro<br />

(Bothrops<br />

alternatus), espécie<br />

característica de<br />

ambientes abertos. Seu<br />

registro foi confirmado<br />

através de entrevistas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-13 - Pegadas de<br />

teiú (Tupinambis merianae)<br />

em estrada de acesso ao<br />

Gasoduto, no município de<br />

Caraguatatuba. Essa espécie<br />

é heliófila e adaptada a<br />

ambientes alterados, tendo<br />

sido avistada também<br />

durante os trabalhos de<br />

campo.<br />

Foto 5.2-15 - Jararaca<br />

(Bothrops jararaca),<br />

espécie característica de<br />

ambientes alterados. Seu<br />

registro foi confirmado<br />

através de entrevistas.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-104 ABRIL / 2006


Foto 5.2-17 - Cobracoral<br />

(Oxyrhopus<br />

guibei), espécie<br />

característica de áreas<br />

abertas, freqüentemente<br />

encontrada em<br />

ambientes muito<br />

alterados.<br />

(2) Anfíbios<br />

• Caracterização geral<br />

A área de baixada litorânea é bastante alterada, sendo composta predominantemente por<br />

pastagens, cortadas por pequenos rios e canais de drenagem, sem fragmento de mata próximo.<br />

Ali também ocorrem diversas travessias de córregos, com médio volume de água, riachos<br />

menores e pequenos canais de drenagem.<br />

De forma geral, as espécies observadas e/ou ouvidas nas áreas de pastagem e em seus<br />

arredores são caracteristicamente de área aberta e de ampla distribuição. Em conseqüência dos<br />

desmatamentos promovidos pelo homem, tais espécies, ecologicamente mais generalistas, têm<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-16 - Jararacuçu<br />

(Bothrops jararacussu), espécie<br />

característica de ambientes de<br />

mata, pouco alterados por ação<br />

antrópica. Seu registro foi<br />

confirmado através de<br />

entrevistas.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-105 ABRIL / 2006


expandido geograficamente seus limites, passando a ocorrer também nas áreas outrora<br />

recobertas por mata.<br />

Várias outras espécies de ampla distribuição nas baixadas litorâneas do Sudeste do Brasil<br />

poderiam ter sido encontradas nas Áreas de Influência do empreendimento, incluindo-se,<br />

portanto, na listagem de espécies deste estudo (Quadro 5.2-12). O fato de não terem sido<br />

observadas em campo não indica que elas realmente não ocorram na área, uma vez que um<br />

levantamento completo exigiria um período de estudo muito mais longo.<br />

Dentre as espécies assinaladas nas áreas de baixadas litorâneas, algumas têm distribuição<br />

conhecida do sul do Estado do Rio de Janeiro até Ubatuba - SP, ou mesmo, conhecidas apenas<br />

em Ubatuba (como Physalaemus atlanticus – pererequinha).<br />

Pela proximidade entre as áreas, tais espécies também poderiam ocorrer no litoral de<br />

Caraguatatuba. No entanto, devido ao longo tempo de colonização da região, é difícil<br />

determinar se a ocorrência conhecida corresponde ao padrão de distribuição original ou se a<br />

falta de registro para a área se deve à alteração antrópica que historicamente o local vem<br />

sofrendo.<br />

Além disso, a ausência de registros para essas espécies, ao sul da distribuição atualmente<br />

conhecida, também pode ser resultado da insuficiência de trabalhos, como no caso de Scinax<br />

cf. angrensis (rãzinha), espécie assinalada para a AII do Gasoduto, que é conhecida apenas<br />

dos arredores da localidade onde foi descrita, no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro.<br />

Embora relativamente bem estudado, o Estado de São Paulo ainda é insuficientemente<br />

conhecido, visto que novas espécies são descritas todos os anos, inclusive para áreas como<br />

Paranapiacaba, no município de Santo André, e Boracéia, no município de Salesópolis, onde<br />

esforços de coleta intensivos foram realizados durante décadas (HADDAD e ABE, 1999).<br />

Além de numericamente insuficientes, os estudos sobre composição da anurofauna são<br />

metodologicamente inadequados, como indica um estudo recente (ZAHER et al., 2005), que<br />

relata o reencontro de duas espécies não coletadas há muito tempo. Os autores levantam a<br />

hipótese de que o sucesso do reencontro dessas espécies raras deve-se ao uso de armadilhas de<br />

interceptação e queda (pitfall) no levantamento da anurofauna.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-106 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-12 - Lista geral dos anfíbios de provável ocorrência nas Áreas de Influência do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté. (Espécies<br />

observadas e/ou ouvidas em campo encontram-se destacadas em cinza).<br />

NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Amphibia<br />

Ordem Anura<br />

Família Brachycephalidae<br />

Brachycephalus ephippium Sapinho-pingo-de-ouro ND F<br />

Brachycephalus hermogenesi Sapo-pulga ND F<br />

Brachycephalus nodoterga 1 3 * Sapinho-pingo-de-ouro ND F<br />

Família Bufonidae<br />

Bufo ictericus Sapo-cururu Setembro e outubro A, F, P<br />

Bufo ornatus Sapo-cururuzinho Maio a outubro A, F, P<br />

Bufo schneideri Sapo-cururu ND BM<br />

Dendrophryniscus brevipollicatus* Sapinho ND F<br />

Dendrophryniscus leucomystax Sapinho Dezembro a fevereiro F<br />

Família Centrolenidae<br />

Hyalinobatrachium eurygnathum* Perereca-de-vidro Setembro a março F<br />

Hyalinobatrachium uranoscopum 3 Perereca-de-vidro Outubro a março F<br />

Família Hylidae<br />

Aparasphenodon brunoi Perereca-de-capacete ND F, R<br />

Aplastodiscus albosignatus Perereca-flautinha Outubro F<br />

Aplastodiscus arildae Perereca-verde Outubro a janeiro F<br />

Aplastodiscus callipygius Perereca-verde ND F<br />

Aplastodiscus leucopygius Perereca-verde Agosto a maio F<br />

Aplastodiscus perviridis Perereca-verde Outubro a abril F<br />

Bokermannohyla astartea 1 * Perereca Outubro a fevereiro F<br />

Bokermannohyla circumdata* Perereca ND F<br />

Bokermannohyla claresignata Perereca ND F<br />

Bokermannohyla hylax* Perereca Outubro a novembro F<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-107 ABRIL / 2006


NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Dendropsophus berthalutzae Pererequinha Outubro a março BM, P, R<br />

Dendropsophus elegans* Perereca-de-colete ND BM, AU, A, P<br />

Dendropsophus giesleri Pererequinha ND BM, F<br />

Dendropsophus microps Pererequinha Setembro a fevereiro BM, F<br />

Dendropsophus minutus* Pererequinha-do-brejo Quase todo o ano BM, AU, A, P<br />

Dendropsophus nanus Pererequinha-do-brejo ND BM, A, P<br />

Dendropsophus sanborni Pererequinha-do-brejo ND BM, A, P<br />

Hypsiboas albomarginatus Perereca-verde Outubro a fevereiro BM, A, P<br />

Hypsiboas albopunctatus Perereca-cabrinha ND BM, A, P<br />

Hypsiboas bischoffi Perereca Dezembro a março BM, A, P<br />

Hypsiboas faber Sapo-ferreiro, rã-martelo Outubro a janeiro BM, AU, A, F, P<br />

Hypsiboas pardalis Perereca Setembro a fevereiro BM, A, F, P<br />

Hypsiboas polytenius* Perereca-de-pijama Quase todo o ano BM, A, P<br />

Hypsiboas prasinus Perereca Outubro a março BM, A, P<br />

Hypsiboas semilineatus* Perereca Outubro a fevereiro BM, A, P<br />

Itapotihyla langsdorffii Perereca-castanhola ND F<br />

Phasmahyla cochranae 1 Perereca-das-folhagens ND F<br />

Phasmahyla guttata Perereca-das-folhagens ND F<br />

Phrynomedusa fimbriata 3 Perereca-das-folhagens ND F<br />

Phrynomedusa vanzolinii 3 Perereca-das-folhagens ND F<br />

Phyllomedusa burmeisteri Perereca-das-folhagens ND BM, AU, A, P<br />

Phyllomedusa rohdei Perereca-das-folhagens Setembro a março BM, AU, A, P<br />

Scinax alter Rã-do-litoral Outubro a março BM, AU, A, P, R<br />

Scinax cf. Angrensis Pererequinha Outubro a março BM, AU, A, P, R<br />

Scinax argyreornatus* Pererequinha Novembro a fevereiro BM, A, F, P<br />

Scinax brieni 1 Perereca Abril e agosto BM, F<br />

Scinax catharinae Perereca ND BM, F<br />

Scinax crospedospilus Perereca Novembro a fevereiro BM, A, P<br />

Scinax cuspidatus Raspa-cuia ND BM, A, P<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-108 ABRIL / 2006


NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Scinax eurydice* Raspa-cuia ND A, P<br />

Scinax flavoguttatus Perereca Setembro e outubro A, F, P<br />

Scinax fuscovarius* Perereca-de-banheiro ND BM, AU, A, P<br />

Scinax hayii* Perereca-de-banheiro Outubro a dezembro BM, A, F, P<br />

Scinax obtriangulatus Perereca Dezembro a abril F<br />

Scinax perereca Perereca Novembro a janeiro A, P<br />

Scinax cf. Perpusillus* Perereca Setembro a abril F<br />

Sphaenorhynchus orophilus Perereca-verde ND BM, A, P<br />

Trachycephalus mesophaeus Perereca-grudenta Janeiro F<br />

Trachycephalus nigromaculatus Perereca ND F<br />

Xenohyla truncata* Perereca ND R<br />

Família Leptodactylidae<br />

Adenomera marmorata* Rãzinha-marmoreada Junho a janeiro BM, AU, A, F, P<br />

Adenomera cf. bokermanni Rãzinha Julho a março BM, F<br />

Ceratophrys aurita 3 Sapo-intanha ND F<br />

Crossodactylus dispar Rãzinha-de-riacho ND F<br />

Crossodactylus gaudichaudii Rãzinha-de-riacho ND F<br />

Cycloramphus boraceiensis 1 Sapinho-do-riacho ND F<br />

Cycloramphus eleutherodactylus Sapinho-do-riacho ND F<br />

Cycloramphus semipalmatus 1 3 Sapinho-do-riacho ND F<br />

Eleutherodactylus binotatus Rã-do-folhiço Setembro a dezembro F<br />

Eleutherodactylus guentheri* Rã-do-folhiço Setembro a dezembro F<br />

Eleutherodactylus juipoca Rãzinha ND P<br />

Eleutherodactylus lacteus* Rãzinha-do-folhiço ND F<br />

Eleutherodactylus nigriventris 1 Rãzinha ND F<br />

Eleutherodactylus cf. parvus* Rãzinha-do-folhiço ND F<br />

Eleutherodactylus randorum 1 Rãzinha ND F<br />

Eleutherodactylus spanios 1 3 Rãzinha ND BM, F<br />

Eleutherodactylus venancioi Rãzinha ND F<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-109 ABRIL / 2006


NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Flectonotus fissilis* Perereca-marsupial Setembro a março F<br />

Flectonotus goeldii Perereca-marsupial ND F<br />

Flectonotus ohausi 3 * Perereca-marsupial Agosto a fevereiro F<br />

Gastrotheca microdiscus 3 Perereca-marsupial ND F<br />

Holoaden luederwaldti 3 Sapinho ND F<br />

Hylodes asper* Rã-de-corredeira Setembro a maio F<br />

Hylodes phyllodes 1 * Rã-de-corredeira Setembro a junho F<br />

Leptodactylus flavopictus Rã Outubro a dezembro BM, F, P<br />

Leptodactylus furnarius Rã ND BM, A, P<br />

Leptodactylus fuscus Rã-assobiadora Outubro a janeiro BM, AU, A, P<br />

Leptodactylus jolyi 3 Rã ND BM, P<br />

Leptodactylus notoaktites Rã ND BM, P<br />

Leptodactylus cf. ocellatus 2 Rã-manteiga Setembro a fevereiro BM, AU, A, P<br />

Leptodactylus spixi Rã ND BM, A, P<br />

Macrogenioglottus alipioi* Sapo-intanha-grande ND F<br />

Megaelosia goeldii Rã-de-corredeira ND F<br />

Paratelmatobius cardosoi 1 Rãzinha-de-barriga-vermelha ND F<br />

Paratelmatobius poecilogaster 1 3 Rã-de-barriga-colorida ND F<br />

Physalaemus cuvieri Rã-cachorro Setembro a janeiro BM, A, F, P<br />

Physalaemus maculiventris Rãzinha ND F<br />

Physalaemus moreirae Rãzinha ND F<br />

Physalaemus olfersii Rãzinha-rangedora Outubro a fevereiro BM, A, F, P<br />

Physalaemus signifer Rãzinha ND BM, F<br />

Physalaemus spiniger Rãzinha-do-folhiço Junho a março F<br />

Proceratophrys appendiculata* Sapo-de-chifre ND F<br />

Proceratophrys boiei Sapo-de-chifre Setembro a janeiro F<br />

Proceratophrys melanopogon Sapo-de-chifre ND F<br />

Thoropa miliaris* Rã-da-pedra ND BM, A, F, P<br />

Zachaenus parvulus Rãzinha ND F<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-110 ABRIL / 2006


NOME CIENTÍFICO<br />

Família Microhylidae<br />

NOME POPULAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT<br />

Arcovomer passarellii Rã-assobiadora-da-mata ND F<br />

Myersiella microps* Rã-assobiadora-da-mata ND F<br />

Chiasmocleis atlantica Rãzinha ND F<br />

Chiasmocleis carvalhoi 3 Rãzinha-da-mata ND F<br />

Chiasmocleis leucosticta*<br />

Ordem Gymnophiona<br />

Família Caecilidae<br />

Rãzinha -da-mata ND F<br />

Caecilia tentaculata Cobra-cega ND ND<br />

Chthonerpeton braestrupi Cobra-cega ND ND<br />

Siphonops hardyi Cobra-cega ND ND<br />

Siphonops insulanus 1 3 Cobra-cega ND ND<br />

Siphonops paulensis Cobra-cega ND ND<br />

Legenda:<br />

* Presença confimada com base em material tombado em museu.<br />

Status (na coluna nome científico): 1 Endêmicos da Serra do Mar, litoral norte do Estado de São Paulo; 2 Cinegéticos, 3 Ameaçados.<br />

Hábitat: BM- Vegetação em borda de mata (geralmente brejosa); AU - Áreas urbanas; A - Áreas agrícolas; F - Ambiente florestal; P - Pastagem; R - Ambientes com<br />

influência de Restinga.<br />

ND = Não disponível.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-111 ABRIL / 2006


A parte baixa da encosta da serra do Mar, próximo ao traçado, está parcialmente alterada,<br />

representando uma zona de transição entre as pastagens da baixada litorânea e as matas da<br />

região serrana. Contudo, essas áreas apresentam relativa complexidade estrutural, tendo sido<br />

realizadas amostras em diversos ambientes, como pastagem e remanescentes secundários de<br />

mata.<br />

Nas áreas compostas por pastagens, a anurofauna presente quase não se diferenciou daquela<br />

dos pontos de mata secundária e seus arredores. As áreas de pastagens abandonadas<br />

apresentam concentrações de plantas arbustivas e arbóreas. Nas áreas florestadas, os vários<br />

corpos d’água presentes são utilizados pelas espécies observadas para a reprodução.<br />

Os corpos d’água existentes possuem fluxo d’água de diferentes volumes. Os leitos podem ser<br />

de pedra, arenosos ou lodosos, e a vegetação marginal, por vezes, é densa. Essas diversas<br />

características indicam um elevado número de microambientes para a reprodução dos anuros.<br />

As áreas montanhosas florestadas, contínuas à área preservada do Parque Estadual da Serra do<br />

Mar, são ambientes relevantes para a anurofauna. Por esse motivo, além das espécies que<br />

ocorrem em borda de mata, nas encostas próximas do Parque Estadual da Serra do Mar,<br />

também foram observadas espécies tipicamente de mata.<br />

As margens da represa de Paraibuna são pouco alteradas, sendo compostas<br />

predominantemente por ambiente florestal contínuo à área do Parque Estadual da Serra do<br />

Mar. Nas terras economicamente cultivadas nas proximidades desse ponto, observam-se<br />

plantações de pinheiros e eucaliptos.<br />

Nessa área, foram assinalados indivíduos de várias espécies características de área aberta de<br />

pastagem, bem como de borda de mata, vocalizando nas margens da represa. Destaca-se a<br />

ocorrência de espécies diurnas e noturnas de anuros exclusivamente de áreas florestadas,<br />

vocalizando nas margens da estrada de acesso, poças (Foto 5.2-18), no folhiço do chão da<br />

mata ou nas poças formadas pelos pequenos riachos que cruzam tal estrada.<br />

Na porção mais bem conservada da diretriz, nas proximidades do Parque Estadual da Serra do<br />

Mar, os acessos atravessam áreas relativamente extensas de Mata Atlântica. Em função da<br />

presença de corpos d’água de pequeno e médio porte e da proximidade com a área do referido<br />

Parque, várias espécies exclusivas de ambientes florestais podem estar presentes nessa região.<br />

O menor número de espécies observadas para os ambientes florestais, em comparação com as<br />

pastagens, não deve ser interpretado como indicativo de qualidade ambiental inferior, pois o<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-112 ABRIL / 2006


encontro das espécies de ambientes florestais é menos freqüente que o das espécies de<br />

pastagens.<br />

Por outro lado, as espécies de mata apresentam maior interesse conservacionista por serem,<br />

em geral, mais raras, geralmente especialistas, e distribuídas espacialmente de forma mais<br />

restrita, sendo freqüentemente endêmicas.<br />

Nos fragmentos de mata secundária de maior tamanho, indivíduos de espécies de área aberta e<br />

atividade diurna foram ouvidos. Durante a amostragem noturna, nenhuma espécie<br />

exclusivamente de mata foi ali observada, mas o folhiço à época da amostragem encontravase<br />

extremamente seco em virtude de um longo período de estiagem, fator que desfavorece o<br />

encontro de espécies de anfíbios.<br />

Na porção de matas secundárias do interior, várias espécies características de área aberta e de<br />

borda de mata foram observadas em um brejo. Eram as mesmas encontradas nas áreas de<br />

baixada litorânea, embora tenha sido encontrada alguma diferença na composição da<br />

anurofauna de área aberta entre essas duas regiões; provavelmente, porque as áreas de baixada<br />

litorânea têm maior influência de espécies de restinga, ao passo que os pontos mais próximos<br />

do Vale do Paraíba apresentam maior influência de espécies de Cerrado.<br />

Em geral, quanto mais afastados da área de mata preservada do Parque Estadual da Serra do<br />

Mar, menores e mais alterados são os fragmentos observados. Nessas áreas, predominam as<br />

pastagens e os pequenos fragmentos de mata.<br />

As espécies de áreas abertas, ecologicamente mais generalistas, têm expandido<br />

geograficamente os seus limites, passando a ocorrer também nas áreas outrora cobertas por<br />

mata. Ao mesmo tempo, algumas espécies de mata, que ocorrem em clareiras naturais, se<br />

adequaram às novas condições, passando a ocupar áreas de borda de mata e ambientes<br />

antropizados, mesmo que pouco arborizados.<br />

Inversamente, diversas espécies de anuros, com modos reprodutivos especializados e<br />

adaptadas a microambientes de matas, são automaticamente eliminadas com os<br />

desmatamentos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-113 ABRIL / 2006


• Caracterização das espécies observadas<br />

Família Bufonidae<br />

Sapo (Bufo ictericus)<br />

Esta espécie foi ouvida vocalizando em área alagada rasa de borda de mata, durante<br />

amostragem noturna. Um indivíduo também foi encontrado atropelado em uma estrada<br />

afastada da Área de Influência Direta do empreendimento. Ocorre no sudeste e sul do Brasil,<br />

no leste do Paraguai e na região de Misiones, na Argentina.<br />

Sapo (Bufo ornatus – Foto 5.2-19)<br />

Esta espécie foi observada vocalizando em uma área alagada à beira da estrada, próximo a<br />

uma pequena concentração de vegetação de porte arbustivo, durante amostragem noturna.<br />

A espécie foi assinalada durante a amostragem noturna, às margens da represa de Paraibuna, e<br />

em áreas alagadas rasas de borda de mata. Ocorre no litoral da Região Sudeste, atingindo<br />

áreas mais interiores no Estado de São Paulo.<br />

Família Hylidae<br />

Pererequinhas (Aplastodiscus arildae)<br />

Vários indivíduos desta espécie foram ouvidos cantando próximo à represa de Paraibuna,<br />

durante amostragem noturna. Ocorrem na serra do Mar e na serra da Mantiqueira, no sudeste<br />

do Brasil.<br />

Pererequinhas (Bokermannohyla hylax – Foto 5.2-20)<br />

Vários indivíduos desta espécie foram ouvidos vocalizando, durante amostragem noturna, em<br />

diversos riachos de pouquíssimo volume de água, que deságuam na represa de Paraibuna.<br />

Essa espécie ocorre na Mata Atlântica costeira dos Estados de São Paulo e Paraná.<br />

Pererequinhas (Dendropsophus berthalutzae – Foto 5.2-21)<br />

Vários indivíduos desta espécie foram observados vocalizando na vegetação marginal de um<br />

pequeno canal de drenagem, durante amostragem noturna. Esta espécie ocorre nas baixadas<br />

litorâneas do Espírito Santo a São Paulo e também na serra do Mar, no Estado de São Paulo.<br />

Pererequinhas (Dendropsophus elegans)<br />

Diversos exemplares desta espécie foram observados vocalizando em brejos de áreas abertas e<br />

borda de mata. É bastante comum, ocorrendo na Mata Atlântica da Bahia ao Paraná, incluindo<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-114 ABRIL / 2006


as áreas de transição entre o domínio Atlântico e as formações de Cerrado e Caatinga, no<br />

Estado de Minas Gerais.<br />

Pererequinhas (Dendropsophus minutus)<br />

Esta espécie foi ouvida em brejos de área aberta e borda de mata dos arredores do Parque<br />

Estadual, durante amostragens noturnas. É muito comum e amplamente distribuída, ocorrendo<br />

em praticamente toda a América do Sul a leste dos Andes.<br />

Pererequinhas (Dendropsophus sanborn)i<br />

Esta espécie foi ouvida no brejo próximo a um fragmento de mata, durante amostragem<br />

noturna. Ocorre no sul e sudeste do Brasil, no Uruguai, sul do Paraguai e no centro e leste da<br />

Argentina.<br />

Pererequinhas (Hypsiboas albomarginatus– (Foto 5.2-22)<br />

Esta espécie foi ouvida em brejos de borda de mata e seus arredores, durante amostragens<br />

noturnas. Cantos esporádicos foram ouvidos durante o dia no brejo do ponto 33,5. Esta<br />

espécie é comum e ocorre na Mata Atlântica de Pernambuco a Santa Catarina e também na<br />

Bacia Amazônica.<br />

Pererequinhas (Hypsiboas albopunctatus)<br />

Esta espécie foi ouvida em um fragmento florestal, em área alagada, durante amostragem<br />

noturna. É bastante comum e tem ampla distribuição nas áreas abertas da região central do<br />

Brasil e nas regiões vizinhas, incluindo outros países.<br />

Pererequinhas (Hypsiboas faber – (Foto 5.2-23)<br />

Esta espécie foi ouvida em brejos de borda de mata das margens da represa de Paraibuna,<br />

durante amostragens noturnas. Esta espécie é bastante comum, ocorrendo na costa leste do<br />

Brasil, sudeste do Paraguai e região de Misiones, na Argentina. Sua presença é facilmente<br />

detectada devido ao canto que emite — alto e reconhecido pelo público em geral, que<br />

denomina a espécie como sapo-martelo ou sapo-ferreiro.<br />

Pererequinhas (Hypsiboas pardalis – Foto 5.2-24)<br />

Esta espécie foi ouvida em brejo de borda de mata e arredores, durante amostragens noturnas.<br />

Ocorre do Brasil central a leste, até o Estado de São Paulo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-115 ABRIL / 2006


Pererequinhas (Hypsiboas semilineatus)<br />

Esta espécie foi ouvida em brejo de borda de mata, durante amostragem noturna. É bastante<br />

comum na sua área de ocorrência, na região costeira de Alagoas a Santa Catarina.<br />

Pererequinhas (Phyllomedusa rohdei)<br />

Esta espécie foi observada vocalizando em uma área alagada à beira de estrada, durante<br />

amostragem noturna, próximo a um bambuzeiro e a vegetação de porte arbustivo. Ocorre nas<br />

baixadas litorâneas do Rio de Janeiro e São Paulo.<br />

Pererequinhas (Scinax alter)<br />

Vários indivíduos foram observados vocalizando em brejos de área aberta e borda de mata em<br />

todos os pontos de baixada litorânea, durante amostragem noturna. Esta espécie ocorre na<br />

região costeira do Espírito Santo ao Paraná.<br />

Pererequinhas (Scinax cf. Angrensis – Foto 5.2-25)<br />

Dois indivíduos foram observados em brejo de borda de mata, durante amostragem noturna.<br />

Devido à taxonomia confusa e à grande similaridade entre as espécies, a identificação de<br />

espécies do gênero Scinax, muitas vezes, é bastante dificultada.<br />

A espécie observada pertence ao grupo de Scinax catharinae. Entre as espécies desse grupo,<br />

com as quais mais se assemelha, nenhuma tem ocorrência conhecida para o local. Após<br />

algumas considerações, chegou-se à conclusão de que os indivíduos observados,<br />

provavelmente, pertencem à espécie Scinax angrensis.<br />

Até o momento, essa espécie era conhecida apenas dos arredores da localidade onde foi<br />

descrita, no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro. Esse fato demonstra que, apesar de o<br />

Estado de São Paulo ser bem estudado, o conhecimento de sua anurofauna ainda precisa ser<br />

aprofundado, ora através de levantamentos, ora através de revisões do material depositado em<br />

coleções herpetológicas.<br />

Pererequinhas (Scinax cuspidatus – Foto 5.2-26)<br />

Esta espécie foi observada vocalizando no campo. Um casal em amplexo também foi<br />

encontrado em um brejo próximo a fragmento de mata, durante amostragem noturna (Foto<br />

5.2-27). Segundo FROST (2004), a espécie ocorre apenas na baixada litorânea dos Estados do<br />

Espírito Santo e Rio de Janeiro.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-116 ABRIL / 2006


Família Leptodactylidae<br />

Sapinhos (Adenomera marmorata)<br />

Durante o dia e também à noite, esta espécie foi ouvida vocalizando em vários pontos, em<br />

praticamente todos os tipos de vegetação: na pastagem, em áreas mais úmidas e sombreadas<br />

por árvores ou encosta; em eucaliptal; próximo a residências abandonadas. Um indivíduo foi<br />

visualizado enquanto vocalizava dentro da mata. Essa espécie é bastante comum em toda a<br />

sua área de distribuição que se estende do estado do Rio de Janeiro a Santa Catarina.<br />

Sapinhos (Cycloramphus boraceiensis)<br />

Dois indivíduos foram observados vocalizando em um riacho de corredeira, com leito de<br />

pedras, em área de mata. Esta espécie ocorre em áreas florestadas, nos riachos de corredeira<br />

com leito de pedras da serra do Mar. Ocorre do litoral norte do Estado de São Paulo e sul do<br />

Rio de Janeiro, e também na ilha Grande e na ilha Bela.<br />

Sapinhos (Eleutherodactylus binotatus)<br />

Uma fêmea dessa espécie foi avistada durante o dia, vagando no folhiço da mata. Esta espécie<br />

apresenta desova terrestre e não tem fase larvar em seu ciclo de vida; portanto, ao contrário da<br />

maioria dos demais anfíbios, não utiliza corpos d’água para sua reprodução. Apesar de<br />

amplamente distribuída na Mata Atlântica, é encontrada principalmente em pequenos<br />

fragmentos de mata. Esta espécie é restrita a ambientes florestais, desovando no folhiço<br />

úmido do chão da mata.<br />

Sapinhos (Eleutherodactylus juipoca)<br />

Vários indivíduos foram ouvidos vocalizando durante o dia, em ambiente de pastagem. Esta<br />

espécie tem distribuição bastante ampla, ocorrendo nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e<br />

Goiás (BASTOS e POMBAL, 2001). Como as demais espécies do gênero, apresenta desova<br />

terrestre e, por não ter fase larvar em seu ciclo de vida, não depende de corpos d’água para a<br />

reprodução.<br />

Sapinhos (Eleutherodactylus cf. parvus)<br />

Logo após uma chuva, vários indivíduos desta espécie foram ouvidos vocalizando no chão de<br />

mata. É restrita a ambientes florestais, desovando no folhiço úmido do chão da mata. Ocorre<br />

na Mata Atlântica do sudeste do Brasil.<br />

O nome Eleutherodactylus parvus provavelmente tem sido aplicado a um complexo de<br />

espécies, e somente um estudo taxonômico mais detalhado poderia fornecer com exatidão a<br />

identificação desta espécie.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

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TAUBATÉ<br />

5.2-117 ABRIL / 2006


Sapinhos (Hylodes phyllodes – Foto 5.2-28)<br />

Vários indivíduos desta espécie foram ouvidos vocalizando durante o dia, no interior da mata,<br />

principalmente em riachos de pequeno volume de água que deságuam na represa de<br />

Paraibuna. Em geral, esta espécie ocupa os mesmos locais, onde, à noite, foi ouvida<br />

Bokermannohyla hylax. Prefere os riachos de montanhas de áreas florestadas da serra do Mar<br />

do litoral norte do Estado de São Paulo, onde vocaliza durante o período diurno.<br />

Sapinhos (Leptodactylus fuscus – Foto 5.2-29)<br />

Vários indivíduos desta espécie foram observados atravessando estradas e vagando pela<br />

região, bem como vocalizando em áreas alagadas de pastagens. Esta espécie ocupa áreas<br />

abertas, sendo bastante comum. Apresenta uma ampla distribuição geográfica na região<br />

Neotropical, estando presente nas formações de área aberta do Panamá, até a América do Sul,<br />

a leste dos Andes.<br />

Sapinhos (Leptodactylus cf. ocellatus)<br />

Vários indivíduos desta espécie foram observados atravessando estradas e vagando pela<br />

região. Um indivíduo foi observado vocalizando em uma área alagada à beira da estrada,<br />

próximo a uma pequena concentração de vegetação de porte arbustivo, durante amostragem<br />

noturna. Vários indivíduos também foram ouvidos às margens da represa de Paraibuna, em<br />

amostragens diurna e noturna. Esta espécie ocupa áreas abertas e é bastante comum.<br />

O nome Leptodactylus ocellatus, provavelmente, é aplicado a um complexo de espécies, e<br />

somente um estudo taxonômico mais detalhado poderia fornecer com exatidão a identificação<br />

dessa espécie. As populações incluídas sob esse nome ocorrem em praticamente toda a<br />

América do Sul a leste dos Andes.<br />

Sapinhos (Physalaemus cuvieri)<br />

Vários indivíduos desta espécie foram observados atravessando estradas e também quando<br />

vocalizavam à beira da represa de Paraibuna. Esta espécie é bastante comum e tem ampla<br />

distribuição nas áreas abertas da região central do Brasil, e também nas regiões vizinhas,<br />

incluindo outros países.<br />

A inclusão de espécies de provável ocorrência no Parque Estadual da Serra do Mar foi<br />

baseada em literatura, especialmente aquelas citadas para a localidade de Boracéia, no<br />

município de Salesópolis, região da serra do Mar, próxima e contínua à área em questão<br />

(HEYER et al., 1990).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-118 ABRIL / 2006


Foto 5.2-19 - O sapo<br />

(Bufo ornatus), espécie<br />

observada atravessando<br />

estradas e vocalizando<br />

em áreas alagadas rasas<br />

e às margens da represa<br />

de Paraibuna.<br />

Município de Paraibuna.<br />

(Coordenadas UTM<br />

447954W/7385388S).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-18 - Poça<br />

artificial em área de<br />

pastagem,<br />

potencialmente<br />

utilizada para<br />

reprodução de anuros.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

(Coordenadas UTM<br />

431228W/7412041S).<br />

Foto 5.2-20 – A<br />

pererequinha<br />

(Bokermannohyla hylax),<br />

espécie observada<br />

vocalizando em várias<br />

poças de ambiente<br />

florestal formadas ao<br />

lado dos riachos que<br />

cruzam a estrada de<br />

acesso do ponto F34.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

(Coordenadas UTM<br />

441774W/7388220S).<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-119 ABRIL / 2006


Foto 5.2-22 - A<br />

pererequinha (Hypsiboas<br />

albomarginatus), espécie<br />

observada vocalizando<br />

em brejos de borda de<br />

mata.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas UTM<br />

441.774W/7.388.220S.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-21 - A<br />

pererequinha<br />

(Dendropsophus<br />

berthalutzae), espécie de<br />

área aberta observada<br />

enquanto vocalizava em<br />

vegetação marginal de<br />

um pequeno canal de<br />

drenagem.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

(Coordenadas UTM<br />

447954W/7385388S).<br />

Foto 5.2-23 - Hypsiboas<br />

faber (sapo-martelo ou<br />

sapo-ferreiro), espécie<br />

observada vocalizando<br />

em brejos de borda de<br />

mata e de área aberta.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas UTM<br />

441.774W/7.388.220S.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-120 ABRIL / 2006


Foto 5.2-25 - A<br />

pererequinha<br />

Scinax cf.<br />

angrensis, espécie<br />

observada em<br />

borda de mata.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas<br />

447954W/<br />

7385388S.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-24 - A<br />

pererequinha<br />

Hypsiboas pardalis,<br />

espécie observada<br />

vocalizando em brejos<br />

de borda de mata nos<br />

pontos F8 e F9.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas<br />

441774W/7388220S.<br />

Foto 5.2-26 - A<br />

pererequinha Scinax<br />

cuspidatus, espécie<br />

observada vocalizando<br />

em brejo próximo a<br />

fragmento de mata.<br />

Município de Paraibuna.<br />

Coordenadas 426508W/<br />

7408420S.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-121 ABRIL / 2006


Foto 5.2-28 – A<br />

pererequinha Hylodes<br />

phyllodes, espécie<br />

observada vocalizando<br />

durante o dia em ambiente<br />

florestal nos arredores do<br />

ponto F8 e nos riachos<br />

que cruzam a estrada de<br />

acesso do ponto F8.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas 441774W/<br />

7388220.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-27 - A<br />

pererequinha Scinax<br />

cuspidatus, casal em<br />

amplexo.<br />

Município de<br />

Paraíbuna.<br />

Coordenadas<br />

426508W/7408420S.<br />

Foto 5.2-29 - O sapinho<br />

Leptodactylus fuscus,<br />

espécie observada<br />

atravessando a estrada e<br />

vocalizando em áreas de<br />

pastagem alagadas das<br />

baixadas litorâneas.<br />

Município de Paraibuna.<br />

Coordenadas 447954W/<br />

7385388S.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-122 ABRIL / 2006


d. Ictiofauna<br />

(1) Caracterização geral<br />

O presente estudo busca, em termos gerais, diagnosticar qualitativamente a ictiofauna presente nos<br />

cursos d’água existentes no Estado de São Paulo, e que se encontram inseridos nas Áreas de Influência<br />

do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

As bacias hidrográficas a serem afetadas pelo empreendimento são aquelas dos rios da Lagoa (ou<br />

ribeirão da Lagoa) e Juqueriquerê (ambas isoladas, de pequeno porte e localizadas na baixada de<br />

Caraguatatuba, município de Caraguatatuba - SP), além do rio Paraíba do Sul (em porções dos<br />

municípios de Paraibuna, Jambeiro, São José dos Campos, Caçapava, e Taubaté; todos também<br />

incluídos no Estado de São Paulo).<br />

Considerando-se os objetivos específicos deste estudo, destaca-se uma caracterização da ictiofauna<br />

dos principais sistemas hidrográficos relacionados acima; uma avaliação e diagnóstico do estado de<br />

conservação dos peixes das bacias em questão, incluindo a indicação da presença de espécies<br />

endêmicas, raras e/ou ameaçadas de extinção; e, finalmente, quantificação da importância da pesca<br />

naquelas áreas estudadas.<br />

Estudos específicos sobre a ictiofauna existente nas bacias de pequeno porte dos rios da<br />

Lagoa e Juqueriquerê (município de Caraguatatuba - SP) são, até o presente, escassos e o<br />

material ictiológico disponível em coleções brasileiras referentes a tais sistemas é<br />

aparentemente bastante restrito.<br />

Com base em informações obtidas em levantamentos em museus e em estudos recentes<br />

realizados nas principais instituições nacionais, esses sistemas têm tido usualmente foco<br />

primário sobre grupos de peixes de origem tipicamente marinha, os quais, eventualmente e em<br />

determinadas épocas do ano, invadem as porções mais baixas dos rios citados (SANTOS,<br />

2004 e PERES, 2004).<br />

Por outro lado, levantamentos e investigações referentes à ictiofauna do rio Paraíba do Sul e<br />

de seus principais afluentes têm sido efetivados regularmente desde meados do século XIX,<br />

quando da realização da notória “Expedição Thayer” (1865).<br />

Exemplares de peixes obtidos naquela campanha na bacia do rio Paraíba do Sul foram de<br />

grande valia e serviram de base para trabalhos desenvolvidos por renomados pesquisadores,<br />

desde então visando à compreensão da diversidade naquele sistema hidrográfico.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-123 ABRIL / 2006


O vale do rio Paraíba do Sul é comumente referido como o "alto vale", por AB’SABER e<br />

BERNARDES (1958). Aquele trecho entre as nascentes do Paraíba do Sul, nas sub-bacias dos<br />

rios Paraibuna e Paraitinga, e a região de Guararema, no Estado de São Paulo, o qual exibe<br />

declividade acentuada, deverão ser cruzados pelo traçado do Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté na área da bacia do rio Paraíba do Sul.<br />

Dentre os trabalhos mais recentes e relevantes disponíveis, lidando direta ou indiretamente<br />

com a ictiofauna do rio Paraíba do Sul e áreas em sub-bacias adjacentes nas cercanias do<br />

referido empreendimento, podem-se destacar, por exemplo, aqueles de BIZERRIL (1994;<br />

1998), BIZERRIL e PRIMO (2001) e SOUZA-LIMA (2000).<br />

Cerca de 200 espécies de peixes encontram-se atualmente registradas para a bacia do rio<br />

Paraíba do Sul; dessas, aproximadamente 30 são consideradas endêmicas, isto é, exclusivas da<br />

bacia. Nove espécies foram originalmente descritas de maneira inequívoca de áreas no<br />

alto/médio vale do rio Paraíba do Sul e encontram-se potencialmente distribuídas nesse rio e<br />

em seus tributários, ao longo da Área de Influência Indireta do empreendimento.<br />

Apesar da falta de estudos taxonômicos referentes a determinadas espécies potencialmente<br />

incluídas no conjunto acima, é quase certo que muitas constituem, de fato, grupos endêmicos<br />

da bacia. Algumas podem ser mencionadas — os piaus (Leporinus conirostris), família<br />

Anostomidae, ordem Characiformes; a pirapitinga (Brycon insignis), família Characidae,<br />

ordem Characiformes; a piquira (Oligobrycon microstomus), família Characidae, ordem<br />

Characiformes; a cumbaca (Glanidium melanopterum), família Auchenipteridae, ordem<br />

Siluriformes; o bagre (Taunayia bifasciata), família Heptapteridae, ordem Siluriformes; o<br />

cascudinho (Pareiorhina rudolphi) e o cascudo-viola (Rineloricaria nigricauda), ambos da<br />

família Loricariidae, ordem Siluriformes; e o guaru (Phallotorynus fasciolatus), família<br />

Poeciliidae, ordem Cyprinodontiformes.<br />

Essas e outras espécies dignas de nota, potencialmente ocorrentes em trechos do alto/médio<br />

vale da bacia do rio Paraíba do Sul, naquelas áreas a serem cruzadas pelo Gasoduto, incluindo<br />

cabeceiras de rios e locais próximos a nascentes, encontram-se listadas no Quadro 5.2-13.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-124 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-13 - Principais espécies de peixes ocorrentes nas Áreas de Influência do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté<br />

NOME CIENTIFICO NOME VULGAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT PREFERENCIAL<br />

ORDEM CHARACIFORMES<br />

Família Anostomidae<br />

Leporinus conirostris Piau dezembro a março rios de médio a grande porte<br />

Leporinus copelandii Piau dezembro a março rios de médio porte<br />

Leporinus mormyrops<br />

Família Characidae<br />

Piau dezembro a março rios de médio porte<br />

Astyanax spp. Lambaris dezembro a março rios de médio a pequeno porte<br />

Brycon insignis Pirapitinga dezembro a março rios de médio a grande porte<br />

Brycon opalinus Piabanha dezembro a março rios de médio a grande porte<br />

Oligobrygon microstomus<br />

Família Crenuchidae<br />

Piquira dezembro a março rios de médio a pequeno porte<br />

Characidium spp.<br />

Família Curimatidae<br />

Canivetes dezembro a março rios de pequeno porte<br />

Cyphocharax gilbert<br />

Família Erythrinidae<br />

Sairu dezembro a março rios de médio porte<br />

Hoplias cf. Malabaricus<br />

Família Prochilodontidae<br />

Traira dezembro a março<br />

rios de médio e grande, áreas de<br />

remanso e lagos<br />

Prochilodus cf. Vimboides Curimbatá dezembro a março rios de médio e grande porte<br />

ORDEM SILURIFORMES<br />

Família Auchenipteridae<br />

Glanidium melanopterum Cumabaca dezembro a março rios de médio a grande porte<br />

Família Heptapteridae<br />

Rhamdia cf. Quelen Bagre dezembro a março rios de médio porte<br />

Taunaia bifasciata Bagre dezembro a março rios de médio porte<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-125 ABRIL / 2006


NOME CIENTIFICO NOME VULGAR PERÍODO REPRODUTIVO HÁBITAT PREFERENCIAL<br />

Família Loricariidae<br />

Hypostomus spp. Cascudos dezembro a março rios de médio porte<br />

Neoplecostomus microps Cascudinho dezembro a março rios de pequeno e médio porte<br />

Pareiorhina rudolphi Cascudinho dezembro a março rios de pequeno e médio porte<br />

Família Pimelodidae<br />

Pimelodus cf. maculatus Mandi dezembro a março rios de médio porte<br />

Família Trichomycteridae<br />

Trichomycterus spp. Cambevas dezembro a março rios de pequeno e médio porte<br />

ORDEM GYMNOTIFORMES<br />

Família Gymnotidae<br />

Gymnotus cf. carapo Sarapo dezembro a março rios de médio porte<br />

ORDEM CYPRINODONTIFORMES<br />

Família Poeciliidae<br />

Phallotorynus fasciolatus Barrigudinho, guaru dezembro a março rios de pequeno a médio porte<br />

ORDEM PERCIFORMES<br />

Família Cichlidae<br />

Geophagus cf. brasiliensis Cara dezembro a março rios de pequeno a médio porte<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-126 ABRIL / 2006


Deve-se ter em mente, ainda, que o conhecimento da ictiofauna brasileira e da Região<br />

Neotropical, como um todo, está muito aquém do necessário para que se façam inferências<br />

precisas sobre a diversidade e dinâmica dos peixes em diversas regiões, incluindo aquela<br />

atualmente estudada (VARI e MALABARBA, 1998). Dados primários, como o número final<br />

e o status taxonômico definitivo das espécies que a compõem, estão ainda distantes de serem<br />

conhecidos.<br />

(2) Caracterização da ictiofauna por bacia hidrográfica atravessada<br />

• Bacia do rio da Lagoa<br />

A bacia do rio da Lagoa (ou “ribeirão da Lagoa”) drena parte da área da Fazenda Serra Mar.<br />

Nota-se, especialmente, que, nas cercanias dessa fazenda, há uma considerável quantidade de<br />

canais de drenagem (em sua maioria, artificiais), os quais contribuem de maneira importante<br />

para essa pequena bacia. A barra do rio da Lagoa situa-se entre as praias das Frecheiras e das<br />

Palmeiras, na cidade de Caraguatatuba.<br />

A área da bacia, como um todo, parece estar atualmente bastante alterada em função de ações<br />

humanas, desenvolvidas especialmente ao longo das últimas décadas, como a construção de<br />

canais de drenagem, instalação de loteamentos, estabelecimento de aterros, etc.<br />

Não foram localizadas indicações de peixes coletados nessa bacia, após investigação nas<br />

principais coleções ictiológicas nacionais, que contêm material de áreas no litoral norte do<br />

Estado de São Paulo.<br />

Entrevistas com moradores e pescadores, realizadas durante os trabalhos de campo,<br />

resultaram em menções relativas às seguintes espécies de peixes na área do referido sistema<br />

hídrico: traíra (Hoplias cf. malabaricus), família Erythrinidae, ordem Characiformes; bagre<br />

(Rhamdia cf. quelen), família Heptapteridae, ordem Siluriformes; cará (Geophagus cf.<br />

brasiliensis) e tilápia (Oreochromis niloticus), ambos da família Cichlidae, ordem<br />

Perciformes.<br />

Nesse caso particular, a tilápia é um peixe exótico, de origem africana, e sua introdução em<br />

sistemas aquáticos neotropicais é altamente desaconselhada sob o ponto de vista ambiental.<br />

Ainda segundo os entrevistados, algumas espécies de peixes marinhos, tais como o parati<br />

(Mugil sp.), família Mugilidade, ordem Mugiliformes, e o robalo (Centropomus cf.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-127 ABRIL / 2006


parallelus), família Centropomidae, ordem Perciformes, sobem pela sua foz durante certos<br />

períodos do ano, para desovar.<br />

Tais situações, contudo, e também de acordo com os relatos, não têm ocorrido com freqüência<br />

recentemente, aparentemente em virtude de perturbações causadas por dragagens realizadas<br />

por empregados da fazenda, na área da bacia.<br />

É interessante considerar que, apesar da presença da considerável rede de drenagem<br />

mencionada acima, foram observados, na área da bacia inserida nos domínios da fazenda<br />

Serra Mar, durante o período de inspeção, pequenos locais alagados e isolados no meio do<br />

campo (esse utilizado primariamente para a pastagem), que poderiam conter exemplares de<br />

peixes (por exemplo, peixes anuais, grupos adaptados para se desenvolverem nesse tipo de<br />

ambiente especializado).<br />

Quanto a essa questão, é interessante considerar que COSTA (2002) menciona a presença da<br />

espécie de peixe-anual Leptolebias aureoguttatus (CRUZ, 1974), família Rivulidae, ordem<br />

Cyprinodontiformes, nas “baixadas costeiras do Paraná e sul do Estado de São Paulo” e<br />

considera o status de conservação da mesma como sendo de “baixo risco”.<br />

De acordo com os levantamentos desenvolvidos durante o presente estudo, não há, entretanto,<br />

relatos ou (aparentemente) material disponível que comprove atualmente a presença de<br />

espécies de peixes anuais na área da bacia do rio da Lagoa ou sistemas adjacentes na baixada<br />

de Caraguatatuba (norte do Estado de São Paulo).<br />

É preciso mencionar ainda que, posteriormente, COSTA (2003) indicou a distribuição da<br />

espécie, de maneira um pouco mais vaga, como sendo as bacias da costa atlântica de baixada<br />

(atlantic coastal plain basins).<br />

• Bacia do rio Juqueriquerê<br />

O rio Juqueriquerê constitui um dos mais importantes rios do município de Caraguatatuba<br />

(SP); primariamente, é formado pelos rios Camburu (ou Tinga) e Claro. O rio Camburu tem<br />

suas nascentes no alto da serra adjacente e representa atualmente o principal fornecedor de<br />

água para as regiões de São Sebastião e Caraguatatuba, através da empresa SABESP<br />

(Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Ao longo de seu trajeto, percorre parte dos<br />

domínios da Fazenda Serra Mar, especialmente junto à encosta da serra adjacente (área dos<br />

“fundos” da referida fazenda).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-128 ABRIL / 2006


As áreas de inundação da planície costeira de Caragutatuba localizam-se, primariamente, nas<br />

cercanias da região do baixo rio Juqueriquerê. A principal mancha de solo úmido naquela área<br />

estende-se desde o bairro das Palmeiras até o bairro do Ribeirão, e manchas menores podem<br />

ser usualmente notadas ao norte do morro do Indaiaquara e nas proximidades da foz do rio<br />

(“ribeirão”) da Lagoa.<br />

Locais potencialmente inundáveis na planície costeira de Caraguatatuba (que incluem locais<br />

onde estão já instalados loteamentos e construções) situam-se nas cercanias dos bairros de<br />

Tinga e Ribeirão.<br />

A existência de áreas inundáveis nessas porções da planície deriva principalmente da presença<br />

de uma bacia com notada circularidade na região (bacia do rio Juqueriquerê); da recorrência<br />

de ciclos de marés altas (que “represam” periodicamente o rio em sua parte mais baixa,<br />

dificultando o escoamento de suas águas); da existência de um lençol freático localizado<br />

próximo à superfície; da presença de solo composto parcialmente por sedimentos<br />

impermeáveis; e, finalmente, de ações antópicas junto à calha dos rios da bacia (acúmulo de<br />

detritos, extração de areia, etc.).<br />

O desmatamento de encostas em áreas próximas também pode estar relacionado a eventos de<br />

inundação na bacia, pois se torna progressivamente diminuída a capacidade das encostas de<br />

reterem água (por exemplo, em períodos de chuva mais acentuados).<br />

O rio Juqueriquerê tem cerca de 8km de extensão ao longo de sua porção navegável (áreas<br />

mais baixas), desde sua foz até a confluência dos rios Camburu e Claro. O rio Claro tem águas<br />

primariamente limpas (“claras”), ao passo que o rio Camburu exibe águas mais turvas. Esse<br />

último cruza parte da Fazenda Serramar (local de instalação do ponto de partida do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté) e tem como afluentes canais de drenagem estabelecidos na referida<br />

fazenda, onde predominam plantações de algumas culturas e criação de gado (visando ao<br />

corte e à produção de leite).<br />

O rio Juqueriquerê sofre atualmente com o assoreamento em alguns pontos e, eventualmente,<br />

também com acúmulo de sedimentos junto à área da sua foz, o que resulta em problemas<br />

ocasionais de escoamento e causa inundações localizadas, especialmente ao longo do baixo<br />

curso. Também foram ouvidas queixas de moradores com relação ao despejo de esgotos,<br />

notadamente ao longo de trechos nas áreas mais baixas da bacia.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-129 ABRIL / 2006


Levantamentos realizados nas principais coleções ictiológicas brasileiras e informações<br />

obtidas a partir de dados da literatura indicam a presença, na área da bacia do rio<br />

Juqueriquerê, das seguintes espécies de peixes características de ambientes de águas doces<br />

(incluindo especialmente o rio Camburu): lambari (Mimagoniates microlepis), coridora<br />

(Corydoras barbatus), bagre (Rhamdioglanis frenatus), mandi-chorão (Pimelodella sp),<br />

cascudo (Rineloricaria sp) e cambeva (Trichomycterus cf. iheringi).<br />

• Bacia do rio Paraíba do Sul<br />

O traçado do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté deverá cruzar áreas superiores, médias e<br />

baixas de tributários do rio Paraíba do Sul, incluindo o corpo principal desse rio, a jusante da<br />

confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga.<br />

A área do vale do rio Paraíba do Sul é comumente referida como o "alto vale" (AB’SABER e<br />

BERNARDES, 1958). O trecho entre as nascentes do Paraíba do Sul, entre as sub-bacias dos<br />

rios Paraibuna e Paraitinga e a região de Guararema, exibe uma declividade própria de<br />

montanha.<br />

Além disso, subáreas do médio vale desse sistema, notoriamente denominadas de "médio vale<br />

superior" (i.e., o trecho entre Guararema e Cachoeira Paulista), serão também afetadas pelo<br />

traçado na bacia. Segundo BIZERRIL e PRIMO (2001), o trecho do "médio vale superior" do<br />

Paraíba do Sul, onde a declividade média é de cerca de 0,19m/km, caracteriza-se "pela<br />

presença de vários meandros mortos, refletindo o trabalho fluvial sobre os terrenos<br />

sedimentares de origem terciária".<br />

Dentre os trabalhos mais recentes e relevantes disponíveis, tratando direta ou indiretamente a<br />

ictiofauna do rio Paraíba do Sul, e áreas em sub-bacias adjacentes nas cercanias do<br />

empreendimento, podem-se destacar, por exemplo, aqueles de BIZERRIL (1994 e 1998),<br />

BIZERRIL e PRIMO (2001) e SOUZA-LIMA (2000).<br />

É importante mencionar a questão da passagem do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté pela<br />

área do reservatório de Santa Branca (transpondo esse corpo d’água em mais de uma<br />

localidade, o que inclui o cruzamento do rio Paraíba do Sul na área de remanso do referido<br />

reservatório).<br />

Reservatórios constituem ambientes lênticos, usualmente instalados em áreas com<br />

características originais primariamente lóticas, onde a presença e/ou dominância de certas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-130 ABRIL / 2006


espécies de peixes varia progressivamente, tornando-se diferenciada após o estabelecimento<br />

do barramento. Isso é, as populações originais de peixes são substituídas, ou perdem seu<br />

caráter dominante, dando lugar a outras, mais adaptadas ao novo ambiente formado.<br />

A composição ictiofaunística de reservatórios, geralmente, apresenta-se menos diversificada<br />

do que aquela de trechos livres do rio, ou seja, do rio em seu aspecto original na área<br />

modificada, indicando que usualmente ocorre perda da diversidade em decorrência de ações<br />

de represamentos.<br />

As espécies de lambaris (Astyanax spp), família Characidade, ordem Characiformes); bocarra<br />

(Oligosarcus hepstus), família Characidae, ordem Characiformes); traíra (Hoplias cf.<br />

malabaricus, família Erythrinidae, ordem Characiformes; sairu (Cyphocharax gilbert; família<br />

Curimatidae, ordem Characiformes); bagre (Rhamdia cf. quelen, família Heptapteridae,<br />

ordem Siluriformes; e, finalmente, cará (Geophagus cf. brasiliensis) e as exóticas tilápias<br />

(gêneros Oreochromis e Tilapia, família Cichlidae, ordem Perciformes) são usualmente os<br />

grupos mais comuns em reservatórios na bacia do rio Paraíba do Sul (CASTRO e ARCIFA,<br />

1987; BIZERRIL e PRIMO, 2001).<br />

Na área logo a jusante do reservatório de Santa Branca, já fora da Área de Influência Indireta<br />

do empreendimento, segundo informações de moradores, há registros da eventual observação<br />

de exemplares de dourado (Salminus brasiliensis), família Characidae da ordem<br />

Characiformes, espécie de peixe importante no que se refere à prática de pesca artesanal e<br />

esportiva em áreas do sudeste do Brasil.<br />

Destaca-se que o dourado, segundo informações de BIZERRIL e PRIMO (2001), constitui<br />

espécie de peixe alóctone, tendo sido introduzida na bacia do rio Paraíba do Sul em meados<br />

da década de 1940.<br />

No município de São José dos Campos, o traçado do Gasoduto passa por alguns riachos de<br />

pequeno/médio porte, com águas relativamente limpas e calmas, onde, usualmente, são<br />

notados peixes de pequeno tamanho, tais como lambaris, bagres, barrigudinhos e carás.<br />

Corpos d’água com essas mesmas características e, potencialmente, contendo esses mesmos<br />

grupos mencionados acima são comuns ao longo da parte final do trajeto, entre os municípios<br />

de Caçapava e Taubaté.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-131 ABRIL / 2006


5.2-4. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, ÁREAS DE INTERESSE CONSERVACIONISTA E<br />

CORREDORES ECOLÓGICOS<br />

a. Unidades de Conservação atravessadas pelo duto<br />

(1) Parque Estadual da Serra do Mar<br />

O Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) é a Unidade de Conservação (UC) mais próxima<br />

do empreendimento. Ela será atravessada pela diretriz do empreendimento por meio de um<br />

túnel, passando sob seus limites. Isso se dará logo na porção inicial do traçado do Gasoduto,<br />

entre os Km 3 e 8 (Mapa 13 – Unidades de Conservação, volume 2/3, Anexo A).<br />

O PESM é considerado como a principal Unidade de Conservação do litoral norte de São<br />

Paulo. Isso se deve principalmente à sua extensão geográfica (315.390ha) — é a maior<br />

Unidade de Conservação paulista — e à sua grande diversidade de ambientes naturais, além<br />

do seu alto grau de preservação.<br />

O Parque possui unidades administrativas independentes para facilitar seu gerenciamento. O<br />

empreendimento, caso seja implantado, estará inserido na área de atuação do Núcleo<br />

Caraguatatuba, atravessando-o, por meio de um túnel, de cerca de 5km.<br />

As áreas sob responsabilidade administrativa do Núcleo Caraguatatuba abrangem<br />

57.604,07ha, contendo porções dos municípios de Caraguatatuba (39.811,64ha), Paraibuna<br />

(5.142,68ha), Salesópolis (8.649,85ha), Natividade da Serra (1.500ha) e São Sebastião<br />

(2.500ha).<br />

O Parque representa a maior área conservada de Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) e<br />

campos de altitude, de São Paulo (SÃO PAULO, 1997). Esses ambientes constituem abrigo<br />

para muitas espécies endêmicas, de distribuição geográfica restrita, raras, e diversas espécies<br />

ameaçadas de extinção. Exemplos são o palmito (Euterpe edulis), Ocotea beyrichii, Ocotea<br />

curucutuensis, Huberia laurina, Swartzia flaemingii, Qualea gestasiana, Lafoensia<br />

glyptocarpa, jequitibá (Cariniana estrellensis), grumixava (Micropholis crassipedicellata),<br />

guatambu (Aspidosperma olivaceum), jatobá (Hymenaea courbaril), pau-de-espeto-miúdo<br />

(Casearia sylvestris), guaçatonga (Casearia obliqua) e pau-ferro (Humiriastrum dentatum).<br />

Para a fauna destacam-se as aves pomba pararu (Claravis godefrida), tauató-pintado<br />

(Accipiter poliogaster), jaó-do-sul (Crypturellus noctivagus), jacutinga (Pipile jacutinga),<br />

papagaio-da-cararoxa (Amazona brasiliensis), sabiá-cica (Triclaria malachitacea), apuim-decauda-vermelha<br />

(Touit melanonotus), pichochó (Sporophila frontalis) e gavião-pombo-grande<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-132 ABRIL / 2006


(Leucopternis polionotus); os anfíbios Physalaemus atlanticus, Chiamocleis carvalhoi e<br />

Paratelmatobius gaigeae; as serpentes Corallus hortulanus, Liophis atraventer e Bothrops<br />

fonsecai; o quelônio Hydromedusa maximiliani e dentre os mamíferos, a cuica d'água<br />

(Chironectes minimus), Monodelphis iheringi, mucura (Marmosops paulensis),<br />

tamanduámirim (Tamandua tetradactyla); os morcegos (Chiroderma doriae), Thyroptera<br />

tricolor e Myotis ruber; os primatas Callithrix aurita, Callicebus nigrifrons, Alouatta guariba<br />

e Brachyteles arachnoides; a onça-pintada (Panthera onca), a ariranha (Pteronura<br />

brasiliensis), o cateto (Pecari tajacu), o queixada (Tayassu pecari), o veado Mazama bororo<br />

e a cutia Dasyprocta azarae.<br />

Além disso, essa Unidade de Conservação é considerada um dos últimos bancos genéticos da<br />

fauna e flora do Estado de São Paulo (CESP, 1992). Outro fato notável diz respeito à sua<br />

importância no cenário nacional — é a maior área de florestas do domínio da Mata Atlântica,<br />

representando também a sua maior porção contínua preservada. Fora isso, o Parque protege as<br />

nascentes dos rios que abastecem as populações urbanas do litoral.<br />

A área do Parque está inserida em duas áreas de extrema importância biológica (MMA,<br />

2000): a MA-703, Baixada Santista, com 569.864,98ha, e a MA-697, Serra da Bocaina, com<br />

489.358,87ha. Para ambas as áreas, o inventário biológico é recomendado. Próximo à Área de<br />

Influência Indireta do empreendimento, está a área prioritária MC-816, do Canal de São<br />

Sebastião e arredores, para a qual têm sido recomendadas a criação de uma Unidade de<br />

Conservação e ações de manejo ambiental.<br />

Comprovando a importância do parque, em 1985, o Estado de São Paulo tombou a Serra do<br />

Mar, através da Resolução Estadual 40/85, baseada nos Decretos Estaduais n o 13.426, de<br />

16/03/1979, e n o 48.137, de 07/10/2003.<br />

O tombamento é uma medida de proteção dos bens naturais, e por isso implica restrições de<br />

uso. Dessa forma, conforme os artigos 137 e 138 do Decreto 13.426/79, e Decreto 48.137/03,<br />

os empreendimentos localizados no interior da área de tombamento, definidos caso a caso,<br />

devem ser submetidos à aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico,<br />

Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-133 ABRIL / 2006


(2) Área de Proteção Ambiental Federal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do<br />

Sul<br />

A Área de Proteção Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (artigo 6 o do<br />

Decreto n o 87.561, de 13/09/1982) é a segunda UC atravessada pela diretriz do<br />

empreendimento, entre os Km 40 e 54 (Mapa 13 – Unidades de Conservação).<br />

Considerando seus limites atuais, é importante atentar para as proibições legais (Resolução<br />

CONAMA nº 10, de 14/12/88), como as referentes à realização de obras de terraplanagem e à<br />

abertura de canais, quando resultarem em sensível alteração das condições ecológicas locais, e<br />

à proibição das obras que resultem em acelerada erosão, ou acentuado assoreamento das<br />

coleções hídricas. Por outro lado, essa mesma Resolução abre uma possibilidade para esse<br />

tipo de obra se houver licenciamento por órgão competente, no caso o IBAMA.<br />

Essa APA, assim como as descritas a seguir, encontram-se na Área Prioritária para a<br />

Conservação denominada Vale do Paraíba (CP-508), de 181.938,07ha, considerada como<br />

insuficientemente conhecida, havendo necessidade de realização de manejo.<br />

A Gerência executiva do IBAMA em São Paulo, que coordena os estudos de redefinição e<br />

atualização da área dessa APA, informou que ainda não existem informações mais atualizadas<br />

disponíveis.<br />

(3) Área de Proteção Ambiental Municipal da Serra do Jambeiro<br />

A terceira UC atravessada pelo empreendimento, entre os Km 57 e 60, aproximadamente, se<br />

localiza no município de São José dos Campos: seus limites foram inicialmente definidos pelo<br />

Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (Leis Complementares 121/95 e 165/97),<br />

quando foi denominada como APA III, nome posteriormente modificado para APA da Serra<br />

de Jambeiro, com uma área de 4.892,37ha (Mapa 13 – Unidades de Conservação).<br />

A região é caracterizada por áreas de relevo ondulado, com setores de alta declividade, onde<br />

se encontram inúmeras nascentes e mananciais formadores dos ribeirões tributários da<br />

margem direita do rio Paraíba do Sul. A proteção dessa área garante a qualidade das águas e<br />

previne problemas de enchentes e inundações. Há interesse da Prefeitura em criar, nessa APA,<br />

um Parque Natural Municipal.<br />

(4) Zona Especial de Proteção Ambiental do Cajuru<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-134 ABRIL / 2006


A Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPA) do Cajuru se localiza em São José dos<br />

Campos, e foi criada pela Lei Complementar 165/97 (Lei de Zoneamento) no artigo 75 § 1º,<br />

com características semelhantes às das APAs. Essa UC situa-se na Macrozona Urbana, com<br />

área de 417,95ha (Mapa 13 – Unidades de Conservação). O Gasoduto deverá atravessá-la<br />

entre os Km 66 e 67, aproximadamente.<br />

(5) Áreas de Interesse Conservacionista no município de Caçapava<br />

O município de Caçapava, através da Lei Complementar nº 109/1999, que dispõe sobre o<br />

zoneamento, uso e ocupação do solo do município, criou áreas de preservação ambiental<br />

(semelhantes às ZEPAs) como áreas destinadas a ações de resgates das qualidades ambientais<br />

e paisagísticas preexistentes, e áreas de preservação permanente (APP) como áreas destinadas<br />

à preservação da flora, fauna e recursos naturais presentes nesse município. Nessas áreas, é<br />

admitido apenas o manejo adequado dos recursos ambientais e vedado o desenvolvimento de<br />

qualquer outra atividade. Uma dessas áreas é diretamente atravessada pelo duto (Mapa 13 –<br />

Unidades de Conservação).<br />

b. Unidades de Conservação localizadas no raio de 10km do Gasoduto<br />

(1) Parque Natural Municipal Dr. Rui Calazans de Araújo<br />

O Parque Natural Municipal está localizado na área central do município de Paraibuna,<br />

possuindo uma área de 67ha (Decreto Municipal nº 1.875 de 04/02/2002). O limite do Parque<br />

se encontra aproximadamente 3km da diretriz do duto, na altura do Km 37 (Mapa 13 –<br />

Unidades de Conservação).<br />

O Parque não possui ainda plano de manejo, porém existe uma dissertação de mestrado que<br />

propõe um zoneamento (DINIZ, 2005). A maior parte do parque foi caracterizada como zona<br />

de recuperação (56,3%), onde predomina vegetação no estágio inicial de regeneração e<br />

espécies invasoras. No entanto, existe uma expressiva área (36,5%) que representa a zona<br />

primitiva, onde a vegetação e os solos estão bem conservados.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-135 ABRIL / 2006


A vegetação tem porte médio a alto, em estágio avançado e médio de regeneração, e abriga<br />

nascentes importantes. Dentre as espécies protegidas, estão o angico (Leucocholorum<br />

encariale), o cambará-candeia (Gochnatia polymorpha), o pau-tamanco (Pera glabrata), o<br />

ingá (Inga sessilis e I. striata) e o pau-gambá (Pithecellobium langsdorfii).<br />

(2) Área de Proteção Ambiental Estadual do Banhado<br />

Localizada no município de São José dos Campos, inicialmente fazia parte da APA Municipal<br />

IV, criada pela Lei Complementar 165/97 (Lei de Zoneamento). Através da Lei Estadual nº<br />

11.262, de 08/11/2002, foi denominada como APA do Banhado e seus limites foram definidos<br />

objetivando a proteção da planície de inundação dos rios Paraíba do Sul e Jaguari. É composta<br />

por três áreas distintas que somam 9.100ha, sendo que a mais próxima do duto dista 7,8km.<br />

(Mapa 13 – Unidades de Conservação).<br />

Existe uma área pertencente à APA IV que não foi incorporada pela APA do Banhado, na<br />

porção leste do municípo, compreendendo uma parte da várzea do Rio Paraíba do Sul. Dista<br />

6,1km do duto (Mapa 13 – Unidades de Conservação).<br />

(3) Zona Especial de Proteção Ambiental do Torrão de Ouro<br />

Criada pela Lei Complementar 165/97 (Lei de Zoneamento) no artigo 75 § 1º, com<br />

características semelhantes às das APAs. Situa-se na Macrozona Urbana do município de São<br />

José dos Campos, com área de 821,16ha (Mapa 13 – Unidades de Conservação).<br />

c. Corredores Ecológicos<br />

Segundo o SNUC, o corredor é definido por “porções de ecossistemas naturais ou<br />

seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e<br />

o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas<br />

degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência<br />

áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais”. A mesma definição pode<br />

ser usada de uma maneira mais geral, quando faixas de vegetação ligam fragmentos separados<br />

por uma matriz diferenciada e intransponível para a biota.<br />

O empreendimento atravessa uma região de conectividade do Bioma Mata Atlântica, mais<br />

especificamente da Ecorregião da Serra do Mar. O conceito de ecorregião considera um<br />

conjunto de comunidades naturais, geograficamente distintas, que compartilham a maioria das<br />

suas espécies, condições ambientais e processos ecológicos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-136 ABRIL / 2006


Toda a área do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté está dentro do Corredor da Serra do Mar, ou<br />

Corredor Sul da Mata Atlântica, cujos limites só aparecem em escala menor que a apresentada<br />

no Mapa 13 – Unidades de Conservação. A delimitação desse corredor faz parte do Projeto<br />

Corredores Ecológicos, do Ministério de Meio Ambiente, ligado ao Programa Piloto para a<br />

Proteção das Florestas Tropicais. O projeto inclui áreas de elevada biodiversidade, legalmente<br />

protegidas ou não.<br />

Esse Projeto busca proteger legalmente as áreas do Corredor, implementando modelos para a<br />

conservação da biodiversidade nos interstícios entre as Unidades de Conservação e suas zonas<br />

de amortecimento.<br />

5.2.5 INTERFERENCIAS DA VEGETAÇÃO NA AID<br />

As classes de cobertura vegetal encontradas na Área de Influência Direta (AID) do traçado do<br />

Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté são Floresta Ombrófila Densa, Pastagens e Silvicultura,<br />

além da Vegetação Secundária, que no presente estudo corresponde aos estádios sucessionais<br />

secundários da Floresta Ombrófila Densa.<br />

Apresenta-se, a seguir, a descrição da cobertura vegetal, uso e ocupação das terras na Área de<br />

Influência Direta, seguida de uma breve caracterização de cada ponto de flora amostrado,<br />

considerando as fisionomias mais representativas ocorrentes ao longo do traçado do<br />

Gasoduto. Essas informações também estão apresentadas no Mapa 12 - Vegetação, Uso e<br />

Ocupação das Terras, volume 2/3 deste documento, Anexo A.<br />

a. Pastagens (campos antrópicos)<br />

A vegetação na porção inicial do traçado do empreendimento (Ponto V8 e arredores) no<br />

município de Caraguatatuba, até o limite sul do Parque Estadual da Serra do Mar,<br />

principalmente nos trechos de baixa declividade e de baixada, encontra-se fortemente alterada<br />

em sua fisionomia, composição e estruturas.<br />

Predominam lá, como ao longo do traçado, as pastagens (Foto 5.2-30), com indivíduos<br />

arbóreos mais ou menos esparsos em alguns pontos, principalmente ao longo dos canais de<br />

drenagem (Foto 5.2-31). Ocorrem ainda, pequenas elevações recobertas por vegetação<br />

secundária, notavelmente em estádios iniciais e pioneiros de regeneração (Foto 5.2-32), além<br />

de eucaliptos (Foto 5.2-33).<br />

Na paisagem, sobressaem amplamente as gramíneas forrageiras, predominantemente<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-137 ABRIL / 2006


invasoras, como Paspalum (capim-rabo-de-burro), Brachiaria (capim-braquiária), Pennisetum<br />

(milheto) e Panicum (capim-colonião). Intercalando as manchas de capim, ocorrem ervas,<br />

arbustos ruderais e diversas espécies invasoras, como Sida (malva) e Leonurus sibiricus<br />

(cordão-de-frade), entre outras.<br />

Nas áreas úmidas, são comuns a Typha angustifolia (taboa) e a Hedychium coronarium (líriodo-brejo).<br />

Entre os indivíduos arbóreos e arbustivos, destacam-se Piptadenia gonoacantha<br />

(pau-jacaré), Schinus terebinthifolius (aroeira), Syagrus pseudococcos (baba-de-boi),<br />

Cecropia glazioui (imbaúba-vermelha) e Inga edulis (ingá). Touceiras de bambus (Bambusa<br />

sp.) são também comuns no local.<br />

Entre as epífitas observadas sobre as árvores, destacam-se Vriesea philippocoburgii<br />

(bromélia), Tillandsia gardneri (cravo-do-mato), T. mallemontii (cravo-do-mato), T. stricta<br />

(cravo-do-mato), Microgramma sp. e Rhipsalis sp (ripsális). A espécie Struthanthus<br />

marginatus (erva-de-passarinho) sobressai entre as hemiparasitas locais.<br />

b. Floresta Ombrófila Densa<br />

Na Área de Influência Direta, a maior parte dessa fisionomia exibe, em diversos graus,<br />

alguma intervenção antrópica. O estado de conservação nas áreas florestadas e fragmentadas<br />

varia de acordo com a acessibilidade e o grau de ocupação humana. A maior parte dos<br />

remanescentes que escaparam à ação antrópica encontra-se em áreas de aclive acentuado,<br />

destacando-se a área do Parque Estadual da Serra do Mar e os trechos de mata contínua,<br />

predominantemente na porção noroeste do Parque (sul do município de Paraíbuna – Ponto P2,<br />

relacionado no Quadro 5.2-1, e adjacências), onde ocorrem florestas em bom estado de<br />

conservação.<br />

A partir do limite sul do Parque Estadual da Serra do Mar, conforme mencionado no item<br />

5.2.2 – Cobertura Vegetal, Uso e Ocupação das Terras da AII, e segundo o Plano de Manejo<br />

do Parque Estadual da Serra do Mar, publicado em novembro de 2005, a área dessa Unidade<br />

de Conservação possui grande heterogeneidade de ambientes que mudam em função da<br />

variação latitudinal e, sobretudo, do gradiente altitudinal, do nível do mar, até cerca dos<br />

2.000m de altitude.<br />

As formações vegetais apresentam mosaicos com baixa similaridade de espécies entre as<br />

diferentes áreas, e com muitas espécies exclusivas em cada um dos ambientes. Entre as<br />

espécies encontradas em toda a área do Parque, destacam-se a Sloanea guianensis (sapopema)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-138 ABRIL / 2006


e o Campomanesia xanthocarpha (sete-capotes). Essas árvores de dossel são características<br />

dos trechos menos perturbados de floresta. Entre as espécies arbóreas de grande porte com<br />

distribuição mais restrita, registrada próximo a Caraguatatuba, destaca-se a Lafoensia<br />

glyptocarpa (mirindiba).<br />

Os representantes botânicos mais comuns no sub-bosque são a Guapira opposita (mariamole)<br />

e o Euterpe edulis (palmito-jussara). Outras espécies de ampla distribuição geográfica,<br />

geralmente com elevada plasticidade ambiental, também aparecem em áreas de estádios<br />

iniciais de sucessão, tais como Tibouchina mutabilis (manacá-da-serra), Bathysa australis<br />

(fumo-bravo), Cabralea canjerana (canjerana), Rollinia sericea (araticum), Didymopanax<br />

angustissimum (mandiocão), Miconia cabussu (cabuçu), Jacaranda puberula (caroba) e<br />

Cupania oblongifolia (cuvatã).<br />

c. Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas<br />

Remanescente em estádio médio de regeneração, situado na encosta de um morrote (Foto 5.2-<br />

34) no município de Caraguatatuba (Ponto P1). Apresenta declividade de cerca de 30°, dossel<br />

descontínuo, onde se destacam indivíduos arbóreos comuns no fragmento, como<br />

Schizolobium parahyba (guapuruvu).<br />

O estrato inferior apresenta-se denso próximo às bordas, tornando-se medianamente denso em<br />

direção ao seu interior (Foto 5.2-35). Na borda dessa mata, ainda no estrato inferior, são<br />

comuns Trema micrantha (crindiúva), Zanthoxylum rhoifolium (mamica-de-porca), Piper<br />

arboreum, Piper amplum e espécies de Solanum sp e Urera sp (urtiga).<br />

O solo é pedregoso em alguns pontos. Trepadeiras herbáceas e lenhosas mostram-se<br />

abundantes, e epífitas são escassamente observadas. Esse fragmento é atravessado por uma<br />

faixa praticamente homogênea de bambus (Bambusa sp), que exerce forte pressão competitiva<br />

sobre as espécies nativas, principalmente nas bordas da mata.<br />

Entre as árvores do sub-bosque, destacam-se Garcinia gardneriana (bacupari-miúdo),<br />

Sorocea hilarii (soroca), Trichilia lepidota, T. catigua, Protium widgrenii (breu-vermelho) e<br />

Rudgea sp., além de Astrocaryum aculeatissimum (iri). Ocorre também uma intensa<br />

regeneração de indivíduos jovens arbustivos e arbóreos, favorecidos pela penetração de luz no<br />

interior da mata, ilustrados por Cupania oblongifolia (camboatá) e Jacaranda puberula<br />

(caroba).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-139 ABRIL / 2006


Entre as ervas terrestres e rupícolas, destacam-se Dorstenia arifolia (caiapiá), Heliconia sp,<br />

Costus sp e espécies de pteridófitas, marantáceas e uma espécie de orquídea-de-terra. As<br />

trepadeiras são ilustradas por Chondodendron platyphyllum (abutua), Tetracera cf. oblongata<br />

e espécies dos gêneros Adenocalymma e Serjania. As poucas epífitas são representadas por<br />

Nidularium cf. procerum e Tillansdia stricta.<br />

d. Floresta Ombrófila Densa Submontana<br />

Na Área de Influência do empreendimento, esta formação reveste as encostas da Serra do<br />

Mar, estando sua maior parte, no local, englobada pelo Parque Estadual da Serra do Mar. O<br />

estado de conservação destas matas varia conforme a altitude, sendo, em geral, maior nas<br />

áreas situadas em maiores altitudes e declividade mais acentuada. Nas menores cotas, o grau<br />

de alteração é mais elevado, devido à proximidade com as áreas de baixa declividade e de<br />

baixada adjacentes.<br />

Esse trecho de Floresta Ombrófila Densa Submontana, situado no município de<br />

Caraguatatuba logo acima de uma vegetação de encosta e de baixada, com diferentes graus de<br />

interferência antrópica, com a presença de casas, pastagens, estradas de terra e linhas de<br />

eletricidade (Foto 5.2-36). Nas cotas mais baixas e alteradas, destaca-se, dentre os elementos<br />

arbóreos, Schizolobium parahyba (guapuruvu), pelas suas copas amplas e troncos retos.<br />

Outras árvores comumente encontradas são Trema micrantha (crindiúva), Senna multijuga,<br />

Garcinia gardneriana (bacupari-miúdo), Cecropia sp. (imbaúba), Jacaranda puberula<br />

(caroba), Cupania oblongifolia e Guapira opposita. No subosque, destacam-se Astrocaryum<br />

aculeatissimum, Tibouchina sp. e espécies de Miconia, Piper e Solanum. Epífitas são<br />

comumente observadas, ilustradas por Vriesea philippocoburgii (bromélia), Tillandsia<br />

gardneri (cravo-do-mato) e Tillandsia mallemontii (cravo-do-mato). Com a elevação da<br />

altitude, a mata encontra-se em melhor estado de conservação, formando um dossel contínuo,<br />

já em área protegida pelo Parque Estadual da Serra do Mar.<br />

e. Floresta Ombrófila Densa Montana<br />

Corresponde à vegetação florestal presente em altitudes entre 500-1000 m/s.m. Nessas faixas<br />

altitudinais, os rios cortam um relevo ondulado de acentuada declividade marcado por vales,<br />

exibindo um leito em geral pedregoso. De um modo geral, a vegetação dessa região serrana<br />

apresenta uma diversificada fisionomia, influenciada principalmente pelos padrões<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

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5.2-140 ABRIL / 2006


topográficos e climáticos, podendo encerrar, dependendo das características locais, variações<br />

na estratificação, altura do dossel e composição florística.<br />

(1) Ponto P3<br />

Fragmento de Floresta Ombrófila Densa Montana em estádio avançado de regeneração,<br />

localizado no município de Paraibuna. Ocorre sobre a encosta de morro, em terreno declivoso,<br />

rodeado por extensas áreas de silvicultura (Eucalyptus sp), sendo essa última a fisionomia<br />

dominante na região.<br />

Tendo em vista a dificuldade de acesso ao mencionado trecho, foi selecionado, para fins de<br />

análise florística e fitossociológica, um fragmento situado sobre a encosta e o topo de um<br />

morro adjacente, de altitude aproximadamente igual e que exibe semelhanças em relação ao<br />

anterior no tocante à fisionomia e ao estado de conservação da mata.<br />

Esse fragmento situa-se numa declividade de 0 a 10° e apresenta visualmente três estratos,<br />

marcante abundância de epífitas, principalmente junto ao solo, presença de líquens e de<br />

musgos. O interior da mata mostra-se pouco denso e de fácil penetração. A camada de<br />

serapilheira atinge 15cm de espessura em alguns pontos. Trepadeiras lenhosas estão presentes.<br />

Sua cobertura é média e, em vários pontos, a luz penetra parcialmente no interior da mata, o<br />

que favorece a abundância e riqueza de epífitas. A proximidade com áreas de pastagens e o<br />

potencial para a extração seletiva de madeiras são as principais ameaças para a integridade do<br />

fragmento.<br />

Destacam-se, entre as arbóreas, Euterpe edulis (palmito), com indivíduos que podem atingir<br />

20m de altura. Outras árvores que se destacam são Schizolobium parahyba (guapuruvu),<br />

Couepia sp. (carrapeta), Protium heptaphyllum (almecega), Myrsine gardneriana, Miconia<br />

cinnamomifolia, Casearia sp. e Malouetia arborea.<br />

O estrato arbustivo é pouco denso e o interior da mata mostra-se repleto de plântulas de<br />

Euterpe edulis. Entre as inúmeras epífitas situadas em baixa altura (até 1m), destacam-se<br />

bromeliáceas como Nidularium procerum, N. nidularium, N. innocentii, Vriesea scalaris, V.<br />

carinata, Edmundoa sp, orquidáceas e aráceas como Anthurium pentaphyllum, A.<br />

gaudichaudianum (antúrio) e Philodendron spp (filodendro).<br />

Entre as arvoretas presentes no interior, destacam-se Myrcia fallax, Gomidesia spectabilis,<br />

Cupania furfuracea (camboatá), Miconia brunnea (pixirica), Myrciaria floribunda (cambuí-<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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MEIO BIÓTICO<br />

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TAUBATÉ<br />

5.2-141 ABRIL / 2006


preto), Mollinedia sp, M. schottiana (capixim), Cupania oblongifolia (camboatá), Ouratea<br />

cuspadata, Casearia sp., Protium sp. e Trichilia emarginata.<br />

O interior da mata mostra intensa regeneração, com diversas espécies arbóreas jovens, entre<br />

elas Euterpe edulis, Aparisthmium cordatum, Xylopia brasiliensis (pindaiba), Tovomitopsis<br />

saldanhae, Ocotea sp, Dendropanax sp, Myrciaria sp, Trichilia sp, Myrcia rostrata<br />

(guamirim-de-folha-miúda), Aspidosperma sp, Micropholis sp, e Dendropanax sp.<br />

Entre as epífitas ocorrentes nos ramos superiores, destacam-se Vriesea bituminosa e<br />

Tillandsia stricta. Nas bordas desse fragmento, é comum o bambu escandente do gênero<br />

Merostachys. Entre as herbáceas sobressaem marantáceas.<br />

(2) Ponto P2<br />

Amostragem em trecho contínuo de Floresta Ombrófila Densa Montana, sendo esse o maior<br />

dentre todos os fragmentos a serem atravessados pela diretriz do Gasoduto. A área situa-se em<br />

terreno acidentado (20 a 45°), junto a uma grota entre duas elevações, próximo à entrada norte<br />

do PESM, e apresenta-se, de um modo geral, em bom estado de conservação, mostrando um<br />

maior grau de alteração nas áreas próximas ao caminho de acesso.<br />

Apresenta visualmente três estratos, marcante abundância e riqueza de epífitas. Musgos e<br />

líquens são encontrados em grande quantidade. A espessura da camada de serrapilheira varia<br />

de 5 a 15cm. Entre as árvores, destacam-se diversos indivíduos adultos de Euterpe edulis<br />

(palmito), Alchornea triplinervia (tapiá) e Cryptocarya sp. O dossel atinge alturas superiores<br />

a 16m.<br />

O interior da mata se apresenta medianamente denso, sendo mais aberto próximo à beira da<br />

trilha de acesso. Nesse ambiente, são comuns espécies das famílias Myrtaceae, Rubiaceae e<br />

Arecaceae (Geonoma spp) (Foto 5.2-37). No interior e borda da mata, sobressaem diversas<br />

espécies de fetos arborescentes de Cyathea spp. Entre as inúmeras epífitas, destacam-se<br />

espécies de bromeliáceas (Vriesea bituminosa, V. incurvata, Nidularium innocentii), aráceas<br />

(Philodendron sp, Anthurium sp), pteridófitas e orquidáceas. Trepadeiras lenhosas também<br />

estão presentes.<br />

Nas áreas mais abertas, como beira de trilhas e caminhos, a vegetação mostra um grau maior<br />

de alteração, onde se destacam árvores como Hedyosmum brasiliense (cidreira), Alchornea<br />

triplinervia (tapiá), Myrsine ferruginea (capororoca), Ocotea spp (canelas), Euterpe dulis<br />

(palmito), Inga sessilis (ingá-ferradura), Lamanonia ternata, Bathysa gymnocarpa (guapeva),<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-142 ABRIL / 2006


Clusia criuva (mangerana), Cyathea spp, Cecropia glazioui (imbaúba), Tibouchina pulchra,<br />

Miconia cabussu (pixirica), Solanum cernuum (panacéia) e Siparuna brasiliensis (negamina),<br />

além de espécies subarbustivas e arbustivas de Psychotria sp, Piper sp, Lobelia sp e<br />

Macrocarpaea glaziovii, entre outras.<br />

Espécies de trepadeiras são comuns, ilustradas por Piptocarpha quadrangularis (candeia),<br />

Fuchsia regia (bico-de-princesa), Begonia sp, B. fruticosa e B. digitata (begonias),<br />

Fragariopsis scandens, espécies de Mikania e Serjania, além de bambus escandentes em<br />

abundância (Merostachys sp e Chusquea sp).<br />

(3) Ponto V16<br />

Fragmento de Floresta Ombrófila Densa Montana, em estádio inicial de regeneração, e com<br />

grau de degradação elevado, localizado no município de Paraibuna (Foto 5.2-38). Encontra-se<br />

inserido em região de relevo mediamente acidentado com presença de grandes áreas de<br />

pastagens adjacentes. Estende-se do topo até a encosta do morro, com declividade variando de<br />

10-40%. Evidências de perturbação nesse fragmento incluem a invasão pelo gado oriundo das<br />

pastagens vizinhas.<br />

A cobertura arbórea apresenta-se muito descontínua, com altura média de 7m, havendo<br />

abundância de troncos com fino calibre (DAP < 5cm). Algumas poucas árvores de<br />

Machaerium sp. atingem alturas superiores (16-22m). O fragmento apresenta dois estratos,<br />

escassez de epífitas, presença de líquens e abundância de cipós e trepadeiras herbáceas.<br />

No estrato arbóreo, há dominância das espécies Piptadenia gonoacantha (pau-jacaré), Croton<br />

floribundus (capixingui), Sparattosperma leucanthum (cinco-folhas), Syagrus pseudococcos<br />

(baba-de-boi) e Cecropia glazioui (imbaúba). O interior da mata mostra-se denso, sendo<br />

comuns arvoretas como Cupania vernalis (camboatá), Allophylus cf. membranifolius,<br />

Zanthoxylum rhoifolium (mamica-de-porca), Schinus terebinthifolius (aroeira), Jacaranda<br />

puberula (caroba) e Casearia sylvestris (pau-lagarto).<br />

Nesse ambiente, ocorre intensa regeneração, com abundância de indivíduos jovens de<br />

Cupania vernalis, Myrsine umbellata e M. ferruginea (capororoca) e Pseudobombax<br />

grandiflorum (embiruçu). Trepadeiras são ilustradas por Pithecoctenium crucigerum (escovade-macaco),<br />

Bidens segetum (picão) e espécies dos gêneros Mikania, Acacia e Passiflora.<br />

Entre as poucas epífitas, sobressaem Tillandsia mallemontii e Tillandsia usneoides. O estrato<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-143 ABRIL / 2006


herbáceo/subarbustivo exibe uma cobertura média a densa, onde sobressaem espécies dos<br />

gêneros Leandra, Piper e Heliconia.<br />

(4) Ponto V17<br />

Fragmento de Floresta Ombrófila Densa Montana em estádio médio de regeneração.<br />

Localizado, no município de Paraíbuna, em região onde a cobertura florestal predomina nas<br />

elevações, com ocorrência de pastagens nos trechos adjacentes menos declivosos.<br />

O fragmento de floresta apresenta visualmente três estratos distintos, escassez de epífitas,<br />

presença de líquens e musgos, como também de trepadeiras lenhosas (lianas). Sua cobertura é<br />

média apresentando ausência de clareiras. O estrato arbóreo superior, com alturas variando<br />

entre 16-18m, exibe uma fisionomia bem homogênea, sendo dominado por poucas espécies,<br />

entre elas Miconia sp e Tibouchina sp. Ocorrem ainda ocasionalmente espécies como Euterpe<br />

edulis (palmito), Didymopanax angustissimum, Hedyosmum brasiliense (cidreira),<br />

Machaerium sp, Solanum sp, Bathysa sp, entre outras.<br />

De um modo geral, o fragmento apresenta, nas bordas, o estrato herbáceo/subarbustivo muito<br />

denso, havendo ampla dominância de algumas espécies de Piper (e.g. P. gaudichaudianum –<br />

caapeba) e Heliconia sp (heliconia).<br />

No interior da mata, essa cobertura herbácea torna-se menos densa, ocorrendo uma intensa<br />

regeneração de espécies lenhosas típicas de estratos superiores. Outros arbustos e arvoretas<br />

comumente encontrados nesse ambiente são Casearia sylvestris (pau-lagarto), Psychotria<br />

nuda, Guapira opposita (garapari-miúdo), Geonoma sp, Mollinedia sp e Leandra sp. Entre as<br />

trepadeiras, destacam-se espécies de Bignoniaceae e Passifloraceae (Passiflora sp). Entre as<br />

poucas epífitas, destaca-se Vriesea bituminosa (bromélia).<br />

f. Florística e Fitossociologia<br />

No levantamento quantitativo realizado em 5 pontos amostrais (0,5ha cada), foram<br />

amostrados 339 indivíduos de árvores, com diâmetro do tronco à altura de 1,30m do solo<br />

(DAP), maior ou igual a 7,6cm (Quadro 5.2-14). Foi possível identificar 68 espécies,<br />

distribuídas em 40 famílias.<br />

A Figura 5.2-4 ilustra a participação dos indivíduos arbóreos distribuídos em percentual das<br />

respectivas famílias botânicas. As famílias que apresentaram maior número de indivíduos<br />

foram Leguminosae-Mimosoideae, Lauraceae, Sapindaceae, Melastomataceae, Lacistemaceae<br />

e Myrsinaceae. Quanto ao padrão de distribuição espacial nas parcelas o Quadro 5.2-15<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-144 ABRIL / 2006


apresenta os índices de MacGuinnes, de Fracker e Brischle e de Payandeh para as espécies.<br />

Os indivíduos mortos foram agregados na categoria “morta” que, apesar de não ser uma<br />

família, apresentou um percentual representativo.<br />

Com relação às espécies, as que apresentaram maior número de indivíduos foram Cupania<br />

vernalis Cambess. (Sapindaceae), Guapira opposita (Vell.) Reitz (Nyctaginaceae), Lacistema<br />

pubescens Mart. (Lacistemaceae), Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud. (Melastomataceae),<br />

Myrsine gardneriana A.DC. (Myrsinaceae), Ocotea sp.3 (Lauraceae), Piptadenia paniculata<br />

(Benth.) Brenan (Leguminosae-Mimosoideae), Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand<br />

(Burseraceae) e Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. (Elaeocarpaceae).<br />

Do Quadro 5.2-15, 15 espécies apresentam distribuição agregada quando avaliadas por todos<br />

os índices, enquanto que outras apresentam tendência a agruparem-se ou distribuição<br />

aleatória. O Quadro 5.2-16 apresenta os resultados para avaliação da diversidade através do<br />

coeficiente de mistura de Jentsch, do índice de Shannon-Weaver, do índice de uniformidade<br />

de Pielou e do índice de Simpson.<br />

Os valores verificados para o índice de Shannon-Weaver oscilaram entre 3,46 (P2) e 1,96<br />

(P4). Quanto maior é o valor desse índice, (H'), maior é a diversidade florística da população<br />

em estudo. Esse índice expressa riqueza e uniformidade.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-145 ABRIL / 2006


Foto 5.2-31 – No local da<br />

mata ciliar, encontram-se<br />

indivíduos arbóreos ao<br />

longo do canal de<br />

drenagem.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas 450.447 e<br />

7.382.345.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-30 – Área de<br />

pastagem (campos<br />

antrópicos).<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas 450.816 e<br />

7.382.810.<br />

Foto 5.2-32 – Área de<br />

Influência Direta do<br />

Gasoduto, mostrando a<br />

vegetação secundária em<br />

estádio pioneiro de<br />

regeneração e, ao fundo, as<br />

encostas da Serra do Mar.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas 448.017 e<br />

7.385.454.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-146 ABRIL / 2006


Foto 5.2-34 – Fragmento<br />

florestal em estádio médio<br />

de regeneração, próximo ao<br />

início do Gasoduto.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas 450.367 e<br />

7.382.579.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-33 – Área do<br />

início do Gasoduto,<br />

mostrando ao fundo<br />

morrotes ocupados por<br />

plantios de eucaliptos e<br />

vegetação secundária.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas 450.816 e<br />

7.382.810.<br />

Foto 5.2-35 – Aspecto do<br />

interior da mata na área do<br />

Ponto P1.<br />

Município de<br />

Caraguatatuba.<br />

Coordenadas 450.344 e<br />

7.382.144.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-147 ABRIL / 2006


Foto 5.2-37 – Aspecto do<br />

interior de fragmento<br />

florestal em estádio médio<br />

de regeneração (Ponto P2).<br />

Município de Paraibuna.<br />

Coordenadas 441.846 e<br />

7.388.299.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

Foto 5.2-36 – Trecho de<br />

Floresta Ombrófila Densa<br />

Submontana na AID, no<br />

município de<br />

Caraguatatuba, com área de<br />

pastagens adjacentes.<br />

Coordenadas do ponto do<br />

registro fotográfico<br />

447.121 / 7.384.073.<br />

Foto 5.2-38 – Aspecto do<br />

interior de fragmento<br />

florestal em estádio inicial<br />

de regeneração (Ponto<br />

V16). Município de<br />

Paraibuna.<br />

Coordenadas 429.960 e<br />

7.408.859.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-148 ABRIL / 2006


Pela Figura 5.2-5, pode-se inferir sobre a suficiência amostral, que é representada por uma<br />

tendência assintótica, o que significa a não-ocorrência de incremento no número acumulado<br />

de espécies, devido ao aumento dos pontos de amostragem. Em particular, a curva que<br />

representa os dados obtidos nesse levantamento demonstra tendência à estabilização,<br />

indicando que a amostragem realizada é suficiente para caracterizar as formações em questão,<br />

e que o aumento no número de pontos amostrais não deve alterar significativamente os<br />

resultados alcançados em termos de florística.<br />

O Quadro 5.2-17 apresenta a análise fitossociológica contemplando os resultados para as<br />

estruturas, horizontal e vertical, para os pontos amostrais locados na AID do Gasoduto.<br />

Desse quadro, extrai-se que mais de 80% do índice de valor de importância ampliado foram<br />

creditados a apenas 22 espécies. Entre elas, Piptadenia paniculata (Benth.) Brenan, Miconia<br />

cinnamomifolia (DC.) Naud., Myrsine gardneriana A.DC., Cupania vernalis Cambess.,<br />

Schizolobium parahyba (Vell.) Blake e Lacistema pubescens Mart. congregam mais da<br />

metade dos indivíduos.<br />

Completam esse percentual Ocotea sp.3, Guapira opposita (Vell.) Reitz, Protium<br />

heptaphyllum (Aubl.) Marchand, Sloanea guianensis (Aubl.) Benth., Pera glabrata (Schott.)<br />

Baill., Chrysophyllum sp., Couepia sp., Malouetia arborea (Vell.) Miers, Piptadenia<br />

gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr., Astrocaryum aculeatissimum (Schott.)Burret., Matayba<br />

eleagnoides Radlk., ni (não identificada), Nectandra cf. oppositifolia Nees, Euterpe edulis<br />

Mart., Cariniana janeirensis Knuth.<br />

Já com relação a estrutura vertical, os fragmentos estudados apresentaram 13% dos indivíduos<br />

arbóreos abaixo de 7,5m de altura e 18% acima de 15,9m de altura. Os 69% dos indivíduos<br />

restantes situaram-se entre esses extremos.<br />

Em termos de espécies, Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud. e Ocotea sp.3 foram aquelas<br />

que tiveram maior contribuição no estrato emergente, com 7 indivíduos. Espécies verificadas<br />

mortas em pé foram a de maior contribuição no estrato inferior e entre os limites de 7,5 e<br />

15,9m de altura das florestas, com 10 e 23 indivíduos arbóreos, respectivamente.<br />

A média dos diâmetros da população situou-se na casa de 13,9cm e a média das alturas em<br />

11,7m. A Figura 5.2-6 e a Figura 5.2-7 ilustram a participação dos indivíduos arbóreos nas<br />

estruturas horizontal e vertical nos fragmentos estudados.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-149 ABRIL / 2006


g. Áreas de Supressão de Vegetação<br />

A espacialização das diferentes classes de uso e das fisionomias vegetais atravessadas pelo<br />

futuro Gasoduto está apresentada na Carta-imagem (em escala 1:25.000, volume 2/3, Anexo<br />

B), na Área de Influência Direta (800m) e na Faixa de Servidão do Gasoduto (20m), bem<br />

como o percentual dessa em relação à AID (Quadro 5.2-18).<br />

Em uma análise da Área de Influência Direta, verificou-se que 84% das partes que serão<br />

atravessadas pela diretriz do Gasoduto apresentam algum grau de antropismo. Nelas, as<br />

classes de uso mais representativas são as pastagens, com 70%, e silvicultura, com 12,0%.<br />

Para a área de vegetação nativa potencial, 15% apresentam uma formação de porte florestal.<br />

As áreas de supressão destinadas à faixa de servidão perfazem um total de 189ha. Dessas<br />

167ha apresentam algum grau de antropismo (88% do total). Já a cobertura arbórea nativa,<br />

22ha (12% do total), apresenta para Floresta Ombrófila Densa Montana 16ha (8,5% do<br />

total), para a Floresta Ombrófila Densa Submontana 5ha (2,6% do total) e para Floresta<br />

Ombrófila Densa Terras Baixas 1ha (0,5% do total).<br />

Cabe ressaltar que, em relação às áreas de preservação permanente das margens dos rios, a<br />

maior parte (39,92ha) encontra-se fora dessa situação legal. Os municípios onde haverá<br />

supressão de vegetação arbórea são Caraguatatuba (8,41ha), Caçapava (3,25ha), Jambeiro<br />

(3,96ha), Paraíbuna (22,02ha), São José dos Campos (1,40ha) e Taubaté (3,76ha).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-150 ABRIL / 2006


Burseraceae; Elaeocarpaceae;<br />

Euphorbiaceae; Sapotaceae<br />

12%<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Apocynaceae;<br />

Chrysobalanaceae;<br />

Leguminosae-<br />

Caesalpinioideae;<br />

Annonaceae; Lecythidaceae;<br />

Leguminosae-Papilionioideae;<br />

ni<br />

13%<br />

Arecaceae; Myrtaceae;<br />

Nyctaginaceae<br />

12%<br />

Figura 5.2-4 – Percentual das famílias amostradas na AID<br />

Myrsinaceae<br />

5%<br />

Chletraceae; Flacourtiaceae;<br />

Vochysiaceae; Humiriaceae;<br />

Meliaceae; ni (1)<br />

6%<br />

Lacistemaceae<br />

5%<br />

Melastomataceae<br />

5%<br />

Bignoniaceae; Cecropiaceae;<br />

Clusiaceae; Combretaceae;<br />

Erytroxylaceae; Moraceae; ni<br />

(3); ni (4); Rubiaceae;<br />

Cunoniaceae; Malpighiaceae;<br />

Proteaceae<br />

6%<br />

Sapindaceae<br />

6%<br />

Leguminosae-Mimosoideae<br />

10%<br />

Lauraceae<br />

10%<br />

Obs.: ni, ni (1), ni (3) e ni (4) são espécies cujas famílias não foram identificadas, sendo computadas em separado; ni (2) posteriormente foi identificada como<br />

pertencente à família Myrtaceae, sendo, portando computada dentro dela.<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

morta<br />

10%<br />

5.2-151 ABRIL / 2006


h. Espécies Ameaçadas de Extinção<br />

No Quadro 5.2-19, são listadas as espécies categorizadas como ameaçadas, reconhecidas na<br />

Área de Influência Direta.<br />

Figura 5.2-5 – Curva área x espécie verificada para o levantamento nos pontos amostrais<br />

Espécie<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

N o DE ÁREAS<br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-152 ABRIL / 2006


Figura 5.2-6 – Distribuição dos diâmetros por classe de diâmetro para os indivíduos arbóreos<br />

nos 5 pontos amostrais<br />

Número de indivíduos<br />

Figura 5.2-7 – Distribuição das alturas por classe de altura para os indivíduos arbóreos nos 5<br />

pontos amostrais<br />

Número de indivíduos<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

0<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

43<br />

Classe de diâmetro (cm)<br />

18<br />

Classes de altura (m)<br />

DIAGNÓSTICO DO<br />

MEIO BIÓTICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.2-153 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-14 – Espécies de árvores, e respectivas famílias botânicas, identificadas nos pontos amostrais da vegetação.<br />

Nome Científico Família P1 P2 P3 P4 P5<br />

Duguetia salicifolia RE Fr. Annonaceae x<br />

Guatteria sp. Annonaceae x<br />

Guatteria sp.2 Annonaceae x<br />

Mallouettia arborea Apocynaceae x<br />

Malouetia arborea (Vell.) Miers Apocynaceae x<br />

Astrocaryum aculeatissimum (Schott.)Burret. Arecaceae x x<br />

Euterpe edulis Mart. Arecaceae x<br />

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Arecaceae x<br />

Tabebuia heptaphylla (Vell.) Tol. Bignoniaceae x<br />

Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Burseraceae x<br />

Cecropia glaziovi Snethl. Cecropiaceae x x<br />

Clethra scabra Pers. Chletraceae x<br />

Couepia sp. Chrysobalanaceae x x<br />

Tovomitopsis sp. Clusiaceae x<br />

Terminalia januarensis DC. Combretaceae x x<br />

Lamanonia ternata Vell. Cunoniaceae x<br />

Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. Elaeocarpaceae x x<br />

Erythroxylum pulchrum A.St.-Hil. Erytroxylaceae x<br />

Alchornea triplinervea (Spreng.)Mull.Arg. Euphorbiaceae x<br />

Pera glabrata (Schott.) Baill. Euphorbiaceae x<br />

Casearia sp. Flacourtiaceae x<br />

Vantanea compacta (Schnizl.) Cuatr. Humiriaceae x<br />

Lacistema puberula Lacistemaceae x<br />

Lacistema pubescens Mart. Lacistemaceae x x<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-154 ABRIL / 2006


Nome Científico Família P1 P2 P3 P4 P5<br />

Aniba firmula Lauraceae x<br />

Lauraceae sp. Lauraceae x<br />

Nectandra cf. oppositifolia Nees Lauraceae x x<br />

Nectandra puberula Lauraceae x<br />

Ocotea aciphylla (Ness.)Mez. Lauraceae x<br />

Ocotea sp.3 Lauraceae x<br />

Ocotea sp.1 Lauraceae x<br />

Ocotea sp.2 Lauraceae x<br />

Cariniana janeirensis Knuth Lecythidaceae x<br />

Bauhinia longifolia (Bong.)Steudel. Leguminosae-Caesalpinioideae x<br />

Schizolobium parahyba (Vell.) Blake Leguminosae-Caesalpinioideae x<br />

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. Leguminosae-Mimosoideae x<br />

Piptadenia paniculata (Benth.) Brenan Leguminosae-Mimosoideae x<br />

Piptadenia sp. Leguminosae-Mimosoideae x<br />

Pseudopiptadenia inaequalis Leguminosae-Mimosoideae x<br />

Lonchocarpus guilleminianus (Tul.) Malme. Leguminosae-Papilionioideae x<br />

Tachigali sp. Leguminosae-Papilionioideae x<br />

Byrsonima myricifolia Griseb. Malpighiaceae x<br />

Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud. Melastomataceae x x<br />

Miconia sp. Melastomataceae x<br />

Guarea macrophylla Vahl. ssp. tuberculata Vellozo Meliaceae x<br />

Ficus luschnatiana (Miq.) Miq. Moraceae x<br />

Morta (não identificada) Morta (não identificada) x x x x x<br />

Myrsine gardneriana A.DC. Myrsinaceae x x<br />

Myrsine sp. Myrsinaceae x<br />

Eugenia brasiliensis Lam. Myrtaceae x<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-155 ABRIL / 2006


Nome Científico Família P1 P2 P3 P4 P5<br />

Myrcia fallax (Rich.) DC. Myrtaceae x<br />

Myrcia rostrata DC Myrtaceae x<br />

Myrtaceae sp. Myrtaceae x<br />

ni (2) Myrtaceae x<br />

ni ni x x<br />

ni (1) ni (1) x x<br />

ni (3) ni (3) x<br />

ni (4) ni (4) x<br />

Guapira opposita (Vell.) Reitz Nyctaginaceae x<br />

Guapira sp Nyctaginaceae x<br />

Roupala brasiliensis Klotz. Proteaceae x<br />

Amaioua ntermédia Mart. Rubiaceae x<br />

Cupania oblongifolia Cambess. Sapindaceae x<br />

Cupania vernalis Cambess. Sapindaceae X<br />

Matayba eleagnoides Radlk. Sapindaceae x x<br />

Chrysophyllum sp. Sapotaceae x<br />

Micropholis crassipedicelata Pierre Sapotaceae x<br />

Vochysia bifalcata Warm. Vochysiaceae x x<br />

Nota: ni = não identificada.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-156 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-15 – Índices de agregação para as espécies de árvores identificadas nos fragmentos, na área do gasoduto<br />

Nome Científico IGA Classif. IGA Ki Classif. Ki Pi Classif. Pi<br />

Matayba eleagnoides 4,35 Agregada 11,63 Agregada 5 Agrupamento<br />

Casearia sp. 3,48 Agregada 8,61 Agregada 4 Agrupamento<br />

Lauraceae sp. 3,48 Agregada 8,61 Agregada 4 Agrupamento<br />

Chrysophyllum sp. 3,25 Agregada 3,24 Agregada 4,85 Agrupamento<br />

Pera glabrata 3,25 Agregada 3,24 Agregada 4,85 Agrupamento<br />

Miconia cinnamomifolia 3,07 Agregada 1,49 Agregada 3,35 Agrupamento<br />

Cupania oblongifolia 2,61 Agregada 5,59 Agregada 3 Agrupamento<br />

Duguetia salicifolia 2,61 Agregada 5,59 Agregada 3 Agrupamento<br />

Lacistema puberula 2,61 Agregada 5,59 Agregada 3 Agrupamento<br />

Nectandra puberula 2,61 Agregada 5,59 Agregada 3 Agrupamento<br />

Pseudopiptadenia inaequalis 2,61 Agregada 5,59 Agregada 3 Agrupamento<br />

Vantanea compacta 2,61 Agregada 5,59 Agregada 3 Agrupamento<br />

Astrocaryum aculeatissimum 2,52 Agregada 2,2 Agregada 4,71 Agrupamento<br />

Malouetia arborea 2,52 Agregada 2,2 Agregada 2,43 Agrupamento<br />

Cupania vernalis 2,16 Agregada 0,84 Tend. Agrup. 4,22 Agrupamento<br />

Cariniana janeirensis 1,8 Tend. Agrup. 1,16 Agregada 2,87 Agrupamento<br />

Nectandra cf. oppositifolia 1,8 Tend. Agrup. 1,16 Agregada 2,87 Agrupamento<br />

ni 1,8 Tend. Agrup. 1,16 Agregada 2,87 Agrupamento<br />

Sloanea guianensis 1,8 Tend. Agrup. 0,58 Tend. Agrup. 2,8 Agrupamento<br />

Protium heptaphyllum 1,8 Tend. Agrup. 0,58 Tend. Agrup. 2,53 Agrupamento<br />

Amaioua intermedia 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

Aniba firmula 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

Erythroxylum pulchrum 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

Mallouettia arborea 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-157 ABRIL / 2006


Nome Científico IGA Classif. IGA Ki Classif. Ki Pi Classif. Pi<br />

Myrtaceae sp. 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

ni (3) 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

ni (4) 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

Tabebuia heptaphylla 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

Tovomitopsis sp. 1,74 Tend. Agrup. 2,57 Agregada 2 Agrupamento<br />

Clethra scabra 1,44 Tend. Agrup. 0,64 Tend. Agrup. 2 Agrupamento<br />

Eugenia brasiliensis 1,44 Tend. Agrup. 0,64 Tend. Agrup. 2 Agrupamento<br />

Piptadenia sp. 1,44 Tend. Agrup. 0,64 Tend. Agrup. 2 Agrupamento<br />

Tachigali sp. 1,44 Tend. Agrup. 0,64 Tend. Agrup. 2 Agrupamento<br />

Vochysia bifalcata 1,44 Tend. Agrup. 0,64 Tend. Agrup. 2 Agrupamento<br />

Piptadenia gonoacantha 1,44 Tend. Agrup. 0,64 Tend. Agrup. 1,33 Tend. Agrup.<br />

Couepia sp. 1,44 Tend. Agrup. 0,32 Tend. Agrup. 1 Não Agrup.<br />

Guarea macrophylla ssp. tuberculata 1,08 Tend. Agrup. 0,12 Aleatória 1,22 Tend. Agrup.<br />

Myrcia fallax 1,08 Tend. Agrup. 0,12 Aleatória 1,22 Tend. Agrup.<br />

ni (1) 1,08 Tend. Agrup. 0,12 Aleatória 1,22 Tend. Agrup.<br />

Ocotea aciphylla 1,08 Tend. Agrup. 0,12 Aleatória 1,22 Tend. Agrup.<br />

Euterpe edulis 0,9 Uniforme -0,07 Aleatória 0,73 Não Agrup.<br />

Schizolobium parahyba 0,9 Uniforme -0,07 Aleatória 0,73 Não Agrup.<br />

Alchornea triplinervea 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Bauhinia longifolia 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Byrsonima myricifolia 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Guapira sp. 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Guatteria sp. 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Guatteria sp.2 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Lamanonia ternata 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Lonchocarpus guilleminianus 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-158 ABRIL / 2006


Nome Científico IGA Classif. IGA Ki Classif. Ki Pi Classif. Pi<br />

Miconia sp. 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Micropholis crassipedicelata 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Myrsine sp. 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Ocotea sp.1 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Roupala brasiliensis 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Syagrus romanzoffiana 0,87 Uniforme* -0,46 Aleatória 1 Não Agrup.<br />

Cecropia glaziovi 0,72 Uniforme -0,4 Aleatória 0,67 Não Agrup.<br />

Ficus luschnatiana 0,72 Uniforme -0,4 Aleatória 0,67 Não Agrup.<br />

Myrcia rostrata 0,72 Uniforme -0,4 Aleatória 0,67 Não Agrup.<br />

ni (2) 0,72 Uniforme -0,4 Aleatória 0,67 Não Agrup.<br />

Ocotea sp2 0,72 Uniforme -0,4 Aleatória 0,67 Não Agrup.<br />

Terminalia januarensis 0,72 Uniforme -0,4 Aleatória 0,67 Não Agrup.<br />

Piptadenia paniculata * Uniforme* * Aleatória 6,11 Agrupamento<br />

Myrsine gardneriana * Uniforme* * Aleatória 4,5 Agrupamento<br />

morta * Uniforme* * Aleatória 4,14 Agrupamento<br />

Ocotea sp.3 * Uniforme* * Aleatória 0,9 Não Agrup.<br />

Lacistema pubescens * Uniforme* * Aleatória 0,86 Não Agrup.<br />

Guapira opposita * Uniforme* * Aleatória 0,22 Não Agrup.<br />

Legenda:<br />

IGA - Índice de Agregação de MacGuinnes (IGAi < 1: distribuição uniforme; IGAi = 1: distribuição aleatória; 1 < IGAi 2: distribuição agregada ou agrupada)<br />

Ki - Índice de Fracker e Brischle (Ki


Quadro 5.2-16 – Índices de diversidade para as parcelas mensuradas na área do Gasoduto próximas às coordenadas<br />

dos pontos amostrais (área total = 0,5ha)<br />

Ponto<br />

Coordenadas UTM<br />

E N<br />

Município N S ln(S) H' C J QM<br />

P1 450.285 7.382.064 Caraguatatuba 34 13 2,56 2,32 0,9 0,91 01:02,6<br />

P2 441.846 7.388.299 Paraibuna 107 43 3,76 3,46 0,97 0,92 01:02,5<br />

P3 438.093 7.393.004 Paraibuna 95 40 3,69 3,37 0,97 0,91 01:02,4<br />

P4 423.915 7.417.459 Jambeiro 47 13 2,56 1,96 0,79 0,77 01:03,6<br />

P5 426.751 7.414125 Paraibuna 56 18 2,89 2,5 0,9 0,87 01:03,1<br />

Geral – – – 339 110 4,7 4,2 0,98 0,89 01:03,1<br />

Legenda: N = nº de indivíduos; S = nº de espécies; ln = logarítmo neperiano; H' = índice de Shannon-Weaver; C = índice de Simpson; J = índice de uniformidade de Pielou;<br />

QM = Coeficiente de Mistura de Jentsch.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-160 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-17 – Parâmetros fitossociológicos das espécies das árvores com DAP 7,6 cm, com base em 339 indivíduos amostrados em 20<br />

subparcelas (10 × 25 m) nos fragmentos próximas às coordenadas dos pontos amostrais, na AID do Gasoduto.<br />

Nome Científico Ni Ui ABi DA DR FA FR DoA DoR VC (%) VI (%) PSR VIA<br />

Morta 35 4 0,756 87,5 10,32 100 3,25 1,89 11,55 10,94 8,38 9,84 9,72<br />

Piptadenia paniculata 24 4 0,667 60 7,08 100 3,25 1,667 10,19 8,63 6,84 7,15 7,54<br />

Miconia cinnamomifolia 17 3 0,349 42,5 5,01 75 2,44 0,872 5,33 5,17 4,26 4,27 4,57<br />

Myrsine gardneriana 16 4 0,222 40 4,72 100 3,25 0,554 3,39 4,05 3,79 5,34 4,39<br />

Cupania vernalis 12 3 0,394 30 3,54 75 2,44 0,984 6,02 4,78 4 3,5 4,09<br />

Schizolobium parahyba 5 3 0,703 12,5 1,47 75 2,44 1,758 10,74 6,11 4,89 1,08 4,03<br />

Lacistema pubescens 14 4 0,115 35 4,13 100 3,25 0,287 1,75 2,94 3,05 4,82 3,60<br />

Ocotea sp.3 13 4 0,265 32,5 3,83 100 3,25 0,663 4,06 3,95 3,71 3,03 3,56<br />

Guapira opposita 12 4 0,107 30 3,54 100 3,25 0,266 1,63 2,58 2,81 4,02 3,14<br />

Protium heptaphyllum 10 3 0,304 25 2,95 75 2,44 0,759 4,64 3,79 3,34 2,16 3,10<br />

Sloanea guianensis 10 3 0,162 25 2,95 75 2,44 0,405 2,48 2,71 2,62 2,67 2,67<br />

Pera glabrata 9 2 0,129 22,5 2,65 50 1,63 0,322 1,97 2,31 2,08 3,2 2,53<br />

Chrysophyllum sp. 9 2 0,113 22,5 2,65 50 1,63 0,282 1,72 2,19 2 2,86 2,35<br />

Couepia sp. 8 3 0,108 20 2,36 75 2,44 0,27 1,65 2 2,15 2,81 2,32<br />

Malouetia arborea 7 2 0,175 17,5 2,06 50 1,63 0,437 2,67 2,37 2,12 1,57 2,02<br />

Piptadenia gonoacantha 4 2 0,22 10 1,18 50 1,63 0,55 3,36 2,27 2,06 1,26 1,86<br />

Astrocaryum aculeatissimum 7 2 0,07 17,5 2,06 50 1,63 0,176 1,07 1,57 1,59 1,45 1,54<br />

Matayba eleagnoides 5 1 0,082 12,5 1,47 25 0,81 0,205 1,25 1,36 1,18 1,94 1,49<br />

ni 5 2 0,051 12,5 1,47 50 1,63 0,127 0,78 1,13 1,29 1,94 1,45<br />

Nectandra cf. oppositifolia 5 2 0,098 12,5 1,47 50 1,63 0,244 1,49 1,48 1,53 1,08 1,36<br />

Euterpe edulis 5 3 0,051 12,5 1,47 75 2,44 0,129 0,79 1,13 1,57 1,34 1,35<br />

Cariniana janeirensis 5 2 0,05 12,5 1,47 50 1,63 0,124 0,76 1,12 1,29 1,34 1,25<br />

Vochysia bifalcata 4 2 0,042 10 1,18 50 1,63 0,105 0,64 0,91 1,15 1,55 1,20<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-161 ABRIL / 2006


Nome Científico Ni Ui ABi DA DR FA FR DoA DoR VC (%) VI (%) PSR VIA<br />

Eugenia brasiliensis 4 2 0,041 10 1,18 50 1,63 0,104 0,63 0,91 1,15 1,55 1,20<br />

Piptadenia sp. 4 2 0,034 10 1,18 50 1,63 0,085 0,52 0,85 1,11 1,55 1,17<br />

Pseudopiptadenia inaequalis 3 1 0,1 7,5 0,88 25 0,81 0,251 1,53 1,21 1,08 1,16 1,15<br />

Tachigali sp. 4 2 0,028 10 1,18 50 1,63 0,07 0,43 0,8 1,08 1,23 1,04<br />

Ocotea aciphylla 3 2 0,039 7,5 0,88 50 1,63 0,098 0,6 0,74 1,04 1,16 0,98<br />

Vantanea compacta 3 1 0,06 7,5 0,88 25 0,81 0,151 0,92 0,9 0,87 1,16 0,98<br />

ni (1) 3 2 0,052 7,5 0,88 50 1,63 0,131 0,8 0,84 1,1 0,85 0,93<br />

Lauraceae sp. 4 1 0,068 10 1,18 25 0,81 0,17 1,04 1,11 1,01 0,66 0,93<br />

Cupania oblongifolia 3 1 0,05 7,5 0,88 25 0,81 0,125 0,76 0,82 0,82 1,16 0,93<br />

Guarea macrophylla ssp. tuberculata 3 2 0,047 7,5 0,88 50 1,63 0,117 0,72 0,8 1,08 0,88 0,92<br />

Clethra scabra 4 2 0,044 10 1,18 50 1,63 0,109 0,67 0,92 1,16 0,61 0,90<br />

Myrcia fallax 3 2 0,015 7,5 0,88 50 1,63 0,036 0,22 0,55 0,91 1,16 0,87<br />

Casearia sp. 4 1 0,047 10 1,18 25 0,81 0,116 0,71 0,95 0,9 0,69 0,85<br />

ni (4) 2 1 0,072 5 0,59 25 0,81 0,18 1,1 0,84 0,83 0,77 0,81<br />

Nectandra puberula 3 1 0,04 7,5 0,88 25 0,81 0,1 0,61 0,75 0,77 0,88 0,80<br />

Ficus luschnatiana 2 2 0,063 5 0,59 50 1,63 0,158 0,97 0,78 1,06 0,49 0,78<br />

Lacistema puberula 3 1 0,03 7,5 0,88 25 0,81 0,076 0,47 0,68 0,72 0,85 0,75<br />

Erythroxylum pulchrum 2 1 0,046 5 0,59 25 0,81 0,115 0,7 0,65 0,7 0,77 0,71<br />

Duguetia salicifolia 3 1 0,016 7,5 0,88 25 0,81 0,04 0,25 0,57 0,65 0,85 0,69<br />

Ocotea sp.2 2 2 0,015 5 0,59 50 1,63 0,037 0,23 0,41 0,81 0,77 0,66<br />

Amaioua intermedia 2 1 0,021 5 0,59 25 0,81 0,051 0,31 0,45 0,57 0,77 0,60<br />

Myrtaceae sp. 2 1 0,019 5 0,59 25 0,81 0,048 0,29 0,44 0,57 0,77 0,59<br />

Myrcia rostrata 2 2 0,02 5 0,59 50 1,63 0,049 0,3 0,45 0,84 0,46 0,58<br />

Mallouettia arborea 2 1 0,015 5 0,59 25 0,81 0,038 0,23 0,41 0,55 0,77 0,58<br />

Aniba firmula 2 1 0,014 5 0,59 25 0,81 0,036 0,22 0,4 0,54 0,77 0,57<br />

Cecropia glaziovi 2 2 0,012 5 0,59 50 1,63 0,03 0,18 0,39 0,8 0,46 0,55<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-162 ABRIL / 2006


Nome Científico Ni Ui ABi DA DR FA FR DoA DoR VC (%) VI (%) PSR VIA<br />

Myrsine sp. 1 1 0,03 2,5 0,29 25 0,81 0,074 0,45 0,37 0,52 0,77 0,55<br />

Terminalia januarensis 2 2 0,01 5 0,59 50 1,63 0,024 0,15 0,37 0,79 0,46 0,54<br />

ni (3) 2 1 0,044 5 0,59 25 0,81 0,11 0,67 0,63 0,69 0,2 0,51<br />

Tabebuia heptaphylla 2 1 0,038 5 0,59 25 0,81 0,095 0,58 0,59 0,66 0,2 0,48<br />

Syagrus romanzoffiana 1 1 0,039 2,5 0,29 25 0,81 0,098 0,6 0,45 0,57 0,39 0,47<br />

ni (2) 2 2 0,011 5 0,59 50 1,63 0,027 0,17 0,38 0,79 0,15 0,44<br />

Guatteria sp.2 1 1 0,018 2,5 0,29 25 0,81 0,046 0,28 0,29 0,46 0,39 0,38<br />

Roupala brasiliensis 1 1 0,014 2,5 0,29 25 0,81 0,035 0,22 0,26 0,44 0,39 0,36<br />

Bauhinia longifolia 1 1 0,013 2,5 0,29 25 0,81 0,032 0,19 0,24 0,43 0,39 0,35<br />

Lonchocarpus guilleminianus 1 1 0,012 2,5 0,29 25 0,81 0,03 0,18 0,24 0,43 0,39 0,35<br />

Guatteria sp. 1 1 0,011 2,5 0,29 25 0,81 0,029 0,18 0,24 0,43 0,39 0,35<br />

Alchornea triplinervea 1 1 0,011 2,5 0,29 25 0,81 0,027 0,17 0,23 0,43 0,39 0,35<br />

Micropholis crassipedicelata 1 1 0,009 2,5 0,29 25 0,81 0,023 0,14 0,22 0,42 0,39 0,34<br />

Ocotea sp.1 1 1 0,008 2,5 0,29 25 0,81 0,02 0,12 0,21 0,41 0,39 0,34<br />

Guapira sp. 1 1 0,008 2,5 0,29 25 0,81 0,019 0,12 0,21 0,41 0,39 0,34<br />

Lamanonia ternata 1 1 0,006 2,5 0,29 25 0,81 0,015 0,09 0,19 0,4 0,39 0,33<br />

Byrsonima myricifolia 1 1 0,006 2,5 0,29 25 0,81 0,015 0,09 0,19 0,4 0,39 0,33<br />

Tovomitopsis sp. 2 1 0,011 5 0,59 25 0,81 0,028 0,17 0,38 0,52 0,07 0,32<br />

Miconia sp. 1 1 0,006 2,5 0,29 25 0,81 0,015 0,09 0,19 0,4 0,07 0,22<br />

*** Total 339 4 6,544 847,5 100 3075 100 16,359 100 100 100 100 100<br />

Legenda: Ni = número de indivíduos; Ui = número de parcelas com presença da espécie; ABi = área basal da espécie; DA = densidade absoluta; DoA = dominância<br />

absoluta; FA = freqüência absoluta. DR = densidade relativa; DoR = dominância relativa; FR = freqüência relativa; VC = valor de cobertura; VI = valor de importância;<br />

PSR = posição sociológica relativa e VIA = índice do valor de importância ampliado . Espécies ordenadas por valor decrescente de VIA.<br />

.<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-163 ABRIL / 2006


Quadro 5.2-18 – Distribuição das Classes de Uso e Cobertura das Terras na AID e na Faixa de Servidão do Gasoduto<br />

Classe de Cobertura Vegetal, Uso e<br />

Ocupação das Terras<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Legenda<br />

AID (800m de largura) Faixa de Servidão de 20m<br />

(ha) (%) (ha) (%)<br />

Corpos d’água CA 64,7 0,86 2,1 1,2<br />

Área Urbana AU 152,1 2,01 0,6 0,3<br />

Pastagem P 5300,9 70,15 143,7 80,9<br />

Silvicultura S 879,4 11,64 9,4 5,3<br />

Floresta Ombrófila Densa Montana FDM 916,0 12,12 16,3 9,2<br />

Floresta Ombrófila Densa Submontana FDSm 238,3 3,15 4,8 2,7<br />

Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas FDTb 5,4 0,07 0,8 0,5<br />

Total 7556,8 100,00 177,7 100<br />

Obs.: Como dito anteriormente, a diretriz do Gasoduto atravessará o Parque Estadual da Serra do Mar, por meio de um túnel, entre os Kms 3 e 8.<br />

A área referente a essa faixa possui cerca de 10ha.<br />

Quadro 5.2-19 – Espécies Ameaçadas de Extinção identificadas na AID<br />

Espécie Família Nome Vulgar Categoria Fonte<br />

Dorstenia arifolia Lam. Moraceae caiapiá Vulnerável (VU) Portaria IBAMA 37-N/1992<br />

Chondodendron platiphyllum (St.Hil.) Miers Menispermaceae abutua Vulnerável (VU) Resolução SMA 48/2004<br />

Cupania furfuracea Radlk. Sapindaceae camboatá Em Perigo (EN) Resolução SMA 48/2004<br />

Euterpe edulis Mart. Arecaceae palmito Vulnerável (VU) Resolução SMA 48/2004<br />

Sorocea hilarii Gaudich. Moraceae soroca Em Perigo (EN) CARAUTA et al. 1996<br />

Tillandsia mallemontii Glaziou ex Mez Bromeliaceae cravo-do-mato Vulnerável (VU) Resolução SMA 48/2004<br />

Trichilia emarginata (Turcz.) C.DC. Meliaceae – Rara (R) WALTER & GILLETT, 1998<br />

Trichilia lepidota schumanniana T.D. Penn. Meliaceae – Rara (R) WALTER & GILLETT, 1998<br />

DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

5.2-164 ABRIL / 2006


5.3 MEIO ANTRÓPICO<br />

Os estudos do meio antrópico têm por objetivo identificar os elementos centrais que<br />

conformam a dinâmica social e econômica das Áreas de Influência do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté, de modo a permitir a identificação do significado do<br />

empreendimento para a região e subsidiar a análise dos impactos que dele poderão decorrer.<br />

O item II.5.3 — Meio Antrópico — do Termo de Referência, emitido pelo Instituto Brasileiro<br />

do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, expressa a necessidade de<br />

estudos sobre a formação histórica da região, as características da população e de sua<br />

dinâmica, suas condições de vida, tais como saúde, educação, saneamento, lazer, infra-<br />

estrutura e renda, sobre a dinâmica territorial, as atividades econômicas desenvolvidas e<br />

sobre seu patrimônio histórico, cultural e arqueológico. A existência de comunidades<br />

indígenas, quilombolas e populações tradicionais e de suas características, são aspectos a<br />

serem abordados também pelo estudo. Além disso, há que se identificar os impactos que o<br />

empreendimento irá provocar na população, na economia e nos atuais usos da área onde será<br />

instalada o empreendimento.<br />

Para uma melhor apresentação dos diferentes temas, o Diagnóstico do Meio Antrópico foi<br />

dividido em quatro seções: Dinâmica Populacional Regional, Patrimônio Histórico, Cultural e<br />

Arqueológico, Comunidades Indígenas, Quilombolas e Populações Tradicionais e<br />

Caracterização da Área Influência Direta (AID).<br />

5.3.1 ASPECTOS METODOLÓGICOS<br />

Os estudos socioeconômicos foram realizados através de uma análise regional, considerando<br />

o desenvolvimento econômico nacional e o crescimento das cidades, e análises locais, a partir<br />

da realidade atual dos municípios e comunidades sob influência do traçado do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté. Foram consideradas duas Áreas de Influência, a Indireta e a Direta,<br />

conforme definido na Seção 3, deste documento.<br />

A Área de Influência Indireta (AII) abrange os municípios atravessados pelo Gasoduto, ou<br />

seja, as unidades administrativas que sofrerão efeitos e interferências, de alta ou de baixa<br />

intensidade, de naturezas diversas, nas diferentes etapas de implantação e operação do<br />

empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-1 ABRIL / 2006


Para a Área de Influência Direta (AID), por outro lado, a pesquisa focalizou a área de<br />

inserção do empreendimento, considerando-se uma faixa com largura de 800 metros, sendo<br />

400 metros para cada lado do empreendimento. Foram consideradas as relações construídas<br />

historicamente com o espaço, os usos atuais e as relações sociais que se organizam em função<br />

desse espaço. Essa pesquisa visou obter o máximo de informações a respeito da região por<br />

onde o Gasoduto passará e da população localizada nas proximidades da faixa de servidão.<br />

Em cada um desses níveis de análise, referente às Áreas de Influência Indireta e Direta,<br />

procurou-se privilegiar as variáveis que melhor representassem as singularidades existentes<br />

da organização do espaço, da economia e da população.<br />

A pesquisa de campo foi realizada em diversas campanhas, cada uma envolvendo, no mínimo,<br />

dois pesquisadores. Para AII a campanha ocorreu entre os dias 03 a 07 de outubro de 2005 (5<br />

dias) e para a campanha da AID, foram utilizados 10 dias ao todo, nos períodos de 03 a 09 de<br />

outubro de 2005 e 06 a 08 de fevereiro de 2006. Foi também realizada campanha para<br />

reconhecimento arqueológico entre 07 e 11 de fevereiro de 2006 (5 dias).<br />

a. Dinâmica Populacional Regional<br />

Para a Área de Influência Indireta, os municípios considerados nesta análise são, portanto, os<br />

seguintes: Caraguatatuba, Jambeiro, Paraibuna, São José dos Campos, Caçapava e Taubaté,<br />

todos no Estado de São Paulo.<br />

Adotar um primeiro nível de análise mais amplo justifica-se pelo fato de que, muitas vezes, as<br />

características dos municípios que compõem a AII não podem ser explicadas por fatores<br />

endógenos, mas estão fortemente vinculadas e subordinadas à dinâmica regional. Os dados<br />

referentes a esses municípios, portanto, serão apresentados, muitas vezes, de forma<br />

comparativa, devendo ser entendidos, dentro do contexto regional, em suas peculiaridades.<br />

A abordagem regional, entretanto, não elimina a necessidade da análise das características e<br />

indicadores dos municípios sob influência do futuro Gasoduto. Isso porque é dentro dessa<br />

Área de Influência Indireta que se localizam as sedes municipais que poderão servir de apoio<br />

às obras e os territórios que sofrerão as interferências — positivas e/ou negativas — do<br />

processo de implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-2 ABRIL / 2006


Para a elaboração do diagnóstico da Área de Influência Indireta do Gasoduto, considerando a<br />

situação dos municípios que a integram, buscou-se traçar um perfil socioeconômico deles,<br />

identificando suas estruturas sociais, econômicas e dinâmicas cotidianas, para que as futuras<br />

ações do empreendedor tivessem um caráter sustentável e adequado às particularidades locais.<br />

A análise de dados secundários e primários desempenhou um papel relevante, em que a<br />

associação dos trabalhos de escritório e de campo permitiu uma visão global das<br />

características socioeconômicas da AII e da região no entorno do empreendimento, assim<br />

como a correção, quando necessária, e interpretação adequada desses dados. Para tanto, foram<br />

utilizadas as informações obtidas nos documentos fornecidos pelas Prefeituras Municipais,<br />

nos Anuários Estatísticos, publicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –<br />

IBGE e da Fundação SEADE e demais documentos disponíveis sobre as Áreas de Influência.<br />

Além disso, contou-se com a realização de entrevistas informais com moradores e<br />

representantes do Poder Público local e análise de material fotográfico e cartográfico, tais<br />

como cartas-imagem nas escalas 1.20.000 e 1:10.000 e cartas topográficas do IBGE, na escala<br />

1:50.000.<br />

Complementarmente, foram realizadas pesquisas na Internet, em sites das Prefeituras<br />

Municipais, quando existentes, do Governo Estadual, do Governo Federal e de instituições de<br />

pesquisa que pudessem subsidiar na complementação dos dados durante a elaboração do<br />

Diagnóstico.<br />

Com a obtenção desse material, buscou-se entender o processo de ocupação do território em<br />

estudo, suas motivações culturais, políticas e econômicas, o conhecimento do atual uso e<br />

ocupação do solo, as atividades produtivas na região, as condições de vida das populações, da<br />

infra-estrutura e dos serviços em geral (educação, saúde, saneamento básico e outros).<br />

A campanha de campo nas Prefeituras e Secretarias, entre os dias 03 a 07 de outubro de 2005 (5<br />

dias), permitiu, além de um contato maior com os representantes da administração municipal,<br />

observar mais detalhadamente as características socioeconômicas da AII, servindo também para<br />

atualizar as informações e confirmar as tendências verificadas. Nesse contato com as<br />

Prefeituras, procurou-se obter mais informações a respeito da legislação municipal (Lei<br />

Orgânica), da existência ou não de Plano Diretor, de leis de uso e ocupação do solo, vetores de<br />

crescimento, incidência de doenças respiratórias e existência de Áreas Especiais (Unidades de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-3 ABRIL / 2006


Conservação, Terras Indígenas, Comunidades Remanescentes de Quilombos e Populações<br />

Tradicionais), em particular.<br />

b. Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico<br />

O diagnóstico do Patrimônio Arqueológico do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, apresentado<br />

integralmente no Anexo D, e de forma resumida na Seção 5.3.3, foi elaborado de acordo com<br />

as normas e procedimentos exigidos pelas Portarias nº 07/88 e nº 230/02 do Instituto de<br />

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, que dispõem sobre o desenvolvimento<br />

de pesquisas arqueológicas.<br />

Para a análise da Área de Influência Indireta (AII), o estudo arqueológico baseou-se nos<br />

seguintes limites geográficos:<br />

• Arqueologia pré-colonial: vale do médio rio Paraíba do Sul em sua porção paulista; vales<br />

dos rios Paraitinga e Paraibuna (serra); bacia do rio Juqueriquerê (notadamente vales dos<br />

rios Camburu/Tinga e Pau d’Alho), no litoral norte paulista.<br />

A penetração de populações indígenas pré-coloniais nas Áreas de Influência ocorreu seguindo<br />

os vales desses rios e seus afluentes, não possuindo significância arqueológica a conformação<br />

socioeconômica atual.<br />

• Etno-história: áreas municipais de Caraguatatuba, Paraibuna, Jambeiro, São José dos<br />

Campos, Caçapava e Taubaté.<br />

Nesses municípios, foram identificados os bens culturais remanescentes do processo histórico<br />

que originou a atual configuração territorial dessas unidades municipais. A busca de dados<br />

além dessas atuais fronteiras municipais – cuja formação territorial e cultural resultou de<br />

forças e agentes atuantes numa área mais ampla – ocorreu somente em momentos em que se<br />

enfocou a dinâmica da colonização regional, no contexto da produção açucareira, da<br />

cafeicultura, da expansão ferroviária e das correntes migratórias, da industrialização e das<br />

atividades vinculadas ao turismo.<br />

Com respeito à caracterização da Área de Influência Direta (AID) do Gasoduto projetado,<br />

foram adotados dois critérios de delimitação:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-4 ABRIL / 2006


• o primeiro refere-se ao contexto de informações do patrimônio arqueológico e histórico-<br />

cultural ou contexto arqueológico e etno-histórico, para o qual se adotou o mesmo<br />

conjunto das áreas municipais já referidas para a AII, salvaguardadas algumas<br />

especificidades no que concerne à evolução administrativa, e que se integram ao amplo<br />

contexto histórico-cultural desenvolvido entre litoral, serra e planalto. Devido à<br />

identificação de processos históricos comuns nas duas áreas aqui definidas como AII e<br />

AID, elas serão tratadas neste tópico (contextualização regional) de forma conjunta;<br />

• o segundo critério relaciona-se ao levantamento ou reconhecimento arqueológico de<br />

campo onde se adotou uma faixa com largura de 400m para cada lado do duto projetado.<br />

Essa delimitação justifica-se em razão das características do registro arqueológico que, em<br />

geral, encontra-se associado a camadas de solos e sedimentos, passíveis de alterações, em<br />

decorrência do empreendimento. Considera-se, neste sentido, que esta faixa (onde está<br />

inserida a ADA do empreendimento) cobre as principais alterações nos terrenos<br />

promovidas pelas obras, tais como abertura e melhoria de acessos, terraplenagens,<br />

movimentação de maquinário e pessoal, alojamentos e infra-estruturas gerais, pátio de<br />

máquinas, canteiros de obras e áreas de armazenamento de tubos, etc. A AID incluiria,<br />

ainda, quaisquer áreas locadas além dos 400 metros a partir do eixo, para as quais foram<br />

destinadas atividades que envolvam aterro, escavações ou retrabalhamento de solos ou<br />

sedimentos.<br />

Com relação aos procedimentos de pesquisa, considera-se que o patrimônio arqueológico e<br />

histórico-cultural 1 de uma dada região é constituído pelos vestígios materiais remanescentes<br />

dos processos culturais que nela se sucederam, em períodos pré-históricos e históricos.<br />

Portanto, para caracterizá-lo, é preciso:<br />

• identificar os tipos de vestígios materiais que podem ter restado dos antigos<br />

assentamentos das populações que ocuparam o território da área de estudo, em tempos<br />

anteriores e posteriores à colonização européia;<br />

1 Entende-se aqui o patrimônio arqueológico e histórico-cultural como parte do conceito de recursos culturais,<br />

definido por FOWLER (1982), como “(...) os aspectos físicos, naturais e artificiais, associados às atividades<br />

humanas, incluindo sítios, estruturas e objetos possuindo significância, individualmente ou em grupo, em<br />

história, arquitetura, arqueologia ou desenvolvimento (cultural) humano.” (Apud CALDARELLI, 1999:347).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-5 ABRIL / 2006


• verificar as possibilidades reais de esses vestígios ainda se encontrarem preservados e em<br />

que grau de integridade;<br />

• avaliar a importância desses vestígios para a memória regional e nacional.<br />

Pelas razões mencionadas, a caracterização arqueológica e histórico-cultural das Áreas de<br />

Influência do empreendimento apresentada neste Diagnóstico baseou-se em fontes<br />

secundárias e procurou levantar os dados relativos à cultura material dos diversos grupos<br />

sociais ocupantes da AII, em busca dos testemunhos materiais que possam ter subsistido<br />

enquanto bens patrimoniais relevantes da pré-história e história regionais. Além disso, nessa<br />

elaboração, incluíram-se, para a AID, visita a campo, colhendo-se informações entre os<br />

moradores, bem como a vistoria arqueológica, realizada de forma oportunística, ou em pontos<br />

determinados a partir das informações obtidas; o objetivo foi o de levantar o potencial que tais<br />

áreas detêm para a ocorrência de bens arqueológicos.<br />

Para a elaboração do contexto arqueológico e etno-histórico da área de inserção do<br />

empreendimento, recorreu-se às seguintes fontes:<br />

• bibliografia relativa às pesquisas arqueológicas ocorridas na bacia do rio Paraíba do Sul e<br />

afluentes da região serrana, bem como no litoral norte paulista: publicações especializadas<br />

(livros e artigos em periódicos e anais de simpósios) e relatórios de pesquisas<br />

arqueológicas para licenciamento ambiental de empreendimentos;<br />

• bibliografia com informações sobre a etnografia, a etno-história e a história regionais;<br />

• Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do IPHAN.<br />

Como as fontes existentes correspondem a pesquisas localizadas, é preciso ter em mente que,<br />

certamente, existem lacunas no diagnóstico adiante esboçado, o qual apenas apresenta uma<br />

síntese dos conhecimentos regionais existentes e disponíveis no momento desta pesquisa.<br />

Para a fase de reconhecimento arqueológico de campo, os procedimentos metodológicos<br />

estiveram focados em:<br />

• avaliação de elementos naturais, ecológicos e paisagísticos de significância arqueológica;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-6 ABRIL / 2006


• levantamento de informações orais colhidas entre moradores no interior ou perímetro<br />

imediato à AID;<br />

• detecção de vestígios materiais de interesse histórico-arqueológico no interior ou<br />

perímetro imediato à AID.<br />

Quanto aos estudos sobre relação entre meio ambiente e potencial arqueológico, a<br />

metodologia adotada apresenta vínculos com pressupostos da Arqueologia Contextual<br />

(Contextual Archaeology) que, conforme WATERS (1992:4), refere-se a uma abordagem<br />

sistêmica em que a recuperação de componentes contextuais do ecossistema humano (flora,<br />

fauna, clima, paisagem e cultura humana) é usada para a interpretação de aspectos de<br />

estabilidade e mudança cultural. Por sua vez, sob uma perspectiva geoarqueológica<br />

(GLADFELTER, 1977; BUTZER, 1977; WATERS, 1992; BLUM ET AL., 1992), torna-se<br />

possível a determinação de variáveis ambientais com maior potencial para a ocorrência de<br />

sítios arqueológicos. Essas variáveis, em geral, estão baseadas na concepção da existência de<br />

determinados padrões recorrentes de ocupação/atividade humana, a partir de certas estratégias<br />

econômico-sociais ligadas a captação, produção, distribuição, consumo e manejo de recursos<br />

naturais em uma área. Por outro lado, a caracterização da estrutura, dinâmica e evolução da<br />

paisagem permite prever “controles geoarqueológicos” indicando áreas capazes de preservar<br />

ou condicionar aspectos de formação e distribuição de sítios.<br />

Para a abordagem de detecção de vestígios, a metodologia utilizada é específica de estudos<br />

para diagnóstico regional de recursos culturais (adaptado de REDMAN, 1973; SCHIFFER et<br />

al., 1978; LIGHTFOOT, 1986; NEVES, 1984; SANTOS, 2000), constando da observação de<br />

feições na paisagem e prospecção oportunística de terrenos a partir da existência de elementos<br />

de acessibilidade e visibilidade arqueológica. As áreas em pauta foram prospectadas por meio<br />

da visualização de superfícies de exposição do solo, tais como: áreas aradas e cultivadas,<br />

terrenos revolvidos para implantação de infra-estruturas rurais, trilhas de gado, barrancos de<br />

estradas e acessos, locais com feições erosivas planares e lineares, margens de rios e<br />

drenagens, setores de valas ou de retiradas de terra, etc.<br />

No planejamento das áreas a serem percorridas, foram utilizadas cartas temáticas e imagens<br />

aéreas, o que permitiu a seleção dos locais mais favoráveis à observação do solo, acessos<br />

principais e secundários, a presença de variações nos compartimentos paisagísticos e feições<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-7 ABRIL / 2006


geoarqueológicas de interesse, entre outros. Em razão das características lineares da obra,<br />

variações na cobertura vegetal e uso do solo, optou-se por um levantamento direcionado para<br />

a vistoria dos trechos no traçado e entorno imediato. Também foi utilizado o suporte de dados<br />

secundários, etno-históricos e arqueológicos regionais, permitindo contextualizar e auxiliar o<br />

reconhecimento de campo. Os trabalhos procuraram identificar os vestígios passíveis de<br />

sofrer os maiores danos em função de obras, bem como avaliar o potencial das áreas vizinhas<br />

à faixa de análise.<br />

Nesta fase de reconhecimento, não foi adotado procedimento algum de intervenção no solo,<br />

seja sondagens, seja raspagens. Sendo constatadas evidências de interesse, procedeu-se a uma<br />

vistoria geral para estimar a área de ocorrência, além do seu posicionamento por GPS. Os<br />

indícios superficiais foram registrados com máquina fotodigital, não sendo efetuada nenhuma<br />

forma de coleta. Registraram-se, também, fotodigitalmente, as características ambientais das<br />

áreas de interesse e de seu entorno.<br />

Outro aspecto tratado refere-se à realização de entrevistas na área de entorno do<br />

empreendimento, procurando, em geral, por moradores mais antigos ou residentes locais que<br />

pudessem fornecer informações de relevância em termos de patrimônio arqueológico e<br />

histórico-cultural.<br />

A documentação em campo partiu do preenchimento de cadernetas e gravação das entrevistas.<br />

Na seqüência, em etapa de gabinete, foram arroladas as informações secundárias relativas aos<br />

aspectos ambientais, etno-históricos e das pesquisas anteriores que, conjuntamente com a<br />

sistematização de dados apurados em campo, serviram de subsídio para o diagnóstico<br />

arqueológico da área.<br />

c. Comunidades Indígenas, Quilombolas e Populações Tradicionais<br />

O item 5.3.4 – Comunidades Indígenas, Quilombolas e Populações Tradicionais foi<br />

elaborado com base em bibliografia específica e consulta técnica aos órgãos federais<br />

responsáveis por populações indígenas e quilombolas, respectivamente a Fundação Nacional<br />

do Índio (FUNAI) e a Fundação Cultural Palmares.<br />

A identificação das Populações Tradicionais foi realizada através do trabalho de campo,<br />

consultas às Prefeituras Municipais e pesquisa no Departamento de Patrimônio Imaterial –<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-8 ABRIL / 2006


DPI, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, que implementa<br />

políticas de reconhecimento e valorização do patrimônio cultural imaterial brasileiro, com o<br />

registro de saberes tradicionais, celebrações, formas de expressão e lugares.<br />

d. Caracterização da Área Influência Direta (AID)<br />

Para a elaboração do diagnóstico da Área de Influência Direta do Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté, foi realizada campanha de campo, nos períodos de 03 a 09 de outubro de 2005 e 06<br />

a 08 de fevereiro de 2006, totalizando 10 dias. Observaram-se as modalidades de ocupação<br />

vigentes, a organização e a dinâmica do território e, principalmente, os modos de vida<br />

presentes nos locais com ocupação humana nas proximidades da faixa de servidão. Esse<br />

reconhecimento foi, portanto, realizado para uma faixa de 400m para cada lado do eixo do<br />

futuro Gasoduto, permitindo traçar o perfil da população, suas formas sociais de produção e<br />

reprodução, assim como detectar seus anseios e expectativas com relação ao empreendimento<br />

e às mudanças que poderão ocorrer em virtude das obras.<br />

Visando à otimização da campanha de campo da AID, foi realizado um planejamento prévio<br />

dos pontos e áreas que seriam observados em campo a partir das cartas topográficas do IBGE<br />

na escala 1:50.000, e cartas-imagem, nas escalas 1:20.000 e 1:10.000.<br />

Em campo, a equipe buscou identificar e caracterizar os núcleos populacionais com vetor de<br />

expansão no sentido do duto e/ou isolados, especialmente se situados em locais entendidos<br />

como vulneráveis às possíveis conseqüências no período construtivo do Gasoduto e,<br />

posteriormente, em sua operação comercial.<br />

Durante a pesquisa de campo na AID, foram identificadas também as principais rodovias<br />

federais e estaduais que deverão ser interceptadas pelo Gasoduto, assim como algumas<br />

rodovias vicinais. Outros empreendimentos lineares, tais como linhas de transmissão e outros<br />

dutos, foram igualmente identificados em campo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-9 ABRIL / 2006


5.3.2 DINÂMICA POPULACIONAL REGIONAL<br />

a. Histórico de Ocupação Humana e Econômica<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté atravessará seis municípios paulistas em sua Área de<br />

Influência Indireta (AII) — Caraguatatuba, Paraibuna, Jambeiro, São José dos Campos,<br />

Caçapava e Taubaté —, localizados em três microrregiões que pertencem à mesorregião do<br />

Vale do Paraíba Paulista, conforme mostrado no Quadro 5.3-1, abaixo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-1 – Micro e Mesorregiões integrantes da AII<br />

Municípios Microrregiões Mesorregiões<br />

Caraguatatuba Caraguatatuba Vale do Paraíba Paulista<br />

Paraibuna Paraibuna/Paraitinga Vale do Paraíba Paulista<br />

Jambeiro Paraibuna/Paraitinga Vale do Paraíba Paulista<br />

São José dos Campos São José dos Campos Vale do Paraíba Paulista<br />

Caçapava São José dos Campos Vale do Paraíba Paulista<br />

Taubaté São José dos Campos Vale do Paraíba Paulista<br />

Fonte: IBGE.<br />

(1) Estado de São Paulo<br />

A colonização do Estado de São Paulo foi iniciada em 1532, com a fundação da Vila de São<br />

Vicente, uma das mais antigas do País. Instalada a vila, os jesuítas dirigiram-se ao Planalto<br />

Piratininga, cuja topografia era considerada favorável à defesa contra possíveis ataques<br />

indígenas, e construíram as primeiras casas de taipa, que deram origem ao povoado de São<br />

Paulo de Piratininga. Esse povoado ganhou foro de vila em 1560.<br />

A economia do Estado baseou-se, no século XVIII, no bandeirismo paulista e, no século XIX,<br />

na agricultura de subsistência, permitindo acúmulo de capital e fornecimento de matéria-<br />

prima para o rápido desenvolvimento da região. A cultura do café, somada às condições<br />

favoráveis para obtenção de energia e à influência dos imigrantes europeus e asiáticos, foi<br />

fundamental para o crescimento demográfico da região, levando à abertura de estradas de<br />

ferro e a um processo de crescente industrialização. A proximidade entre a cidade de São<br />

Paulo, principal centro consumidor de produtos, e o porto de Santos, também constituiu<br />

variável facilitadora do desenvolvimento de todo o estado.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-10 ABRIL / 2006


Atualmente, o Estado de São Paulo é o maior centro industrial, comercial e financeiro do<br />

Brasil e da América Latina. A economia paulista responde por 34% do PIB nacional, sendo<br />

responsável por 33,3% das exportações e 45% das importações do País (SÃO PAULO, 2003).<br />

Além disso, a economia paulista possui grande parte do mercado consumidor nacional, com<br />

uma população de cerca de 40 milhões de habitantes e PIB per capita de aproximadamente<br />

US$ 5.500. O grau de urbanização (93%), semelhante ao dos países mais desenvolvidos,<br />

reflete a intensa modernização da agricultura e o rápido crescimento econômico liderado pelo<br />

setor industrial.<br />

(2) Os Municípios da Área de Influência Indireta<br />

• Caraguatatuba<br />

A origem da cidade de Caraguatatuba, nome que significa “enseada com altos e baixos” 1 ,<br />

remonta ao trabalho de catequização dos índios Tapuia, desenvolvido pelos jesuítas, ainda no<br />

século XVI. Sua fundação ocorreu nos anos de 1653 e 1654, época em que João Bláu era<br />

Governador da capitania de Nossa Senhora de Itanhaém. A constituição, no entanto, de um<br />

povoado com arruamento e demais prédios necessários ao seu desenvolvimento se efetivou<br />

apenas por determinação do Governador da capitania de São Paulo. O povoado, denominado<br />

Santo Antônio de Caraguatatuba, foi fundado em 27 de outubro de 1770 e elevado a freguesia<br />

no município de São Sebastião 77 anos depois, em 1847. Dez anos mais tarde, no dia 20 de<br />

abril, a freguesia foi elevada à categoria de vila, conquistando autonomia política e<br />

administrativa, com o nome de Caraguatatuba.<br />

A atividade econômica preponderante no começo do século XX era a produção de frutas para<br />

exportação, principalmente bananas. Atualmente, a economia local está baseada no turismo.<br />

É importante destacar que o município ficou mundialmente conhecido em março de 1967,<br />

quando uma tempestade de poucas horas provocou centenas de deslizamentos nas vertentes<br />

escarpadas da Serra do Mar, despejando sobre a cidade milhares de toneladas de lama e<br />

vegetação e matando dezenas de moradores.<br />

1<br />

A cidade de Caraguatatuba é localizada no litoral norte do estado, sendo a única da AII com saída direta para<br />

o mar.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-11 ABRIL / 2006


• Paraibuna<br />

Em meados do século XVII, um grupo de sertanistas desceu o rio Paraitinga até sua<br />

confluência com o rio Paraibuna, construindo, a uns 2km da margem, uma cabana e uma<br />

capela batizada de Santo Antônio. Em pouco tempo, um novo povoado estava formado, cujo<br />

nome era Santo Antônio da Barra de Paraibuna, servindo como local de pouso para os que<br />

saíam do litoral norte rumo à província de São Paulo.<br />

Em 1773, o capitão-geral de São Paulo, D. Luís Antônio de Souza, determinou que Manuel<br />

Antônio de Carvalho, seu subordinado, se dirigisse ao povoado instalado para assumir sua<br />

administração. O objetivo do capitão geral era a transferência, para as terras de Paraibuna, dos<br />

considerados vadios, vagabundos, sem endereço certo e sem utilidade para a República. A<br />

iniciativa foi rechaçada pelos moradores do novo povoado, que conseguiram reverter tal<br />

decisão dois anos mais tarde.<br />

O povoado, localizado até então em terras do município de Jacareí, foi elevado à condição de<br />

Freguesia de Santo Antônio de Paraibuna, em 7 de dezembro de 1812, por meio de alvará<br />

emitido pelo Príncipe Regente. Em 10 de junho de 1832, a freguesia foi denominada vila.<br />

Somente em 30 de abril de 1857, a vila foi reconhecida como cidade, com o nome de<br />

Paraibuna que, em Tupi-Guarani, significa “rio de águas escuras”.<br />

A monocultura do café teve um importante papel na economia do município até meados dos<br />

anos 70 do século XIX. Entre 1890 e 1920, a economia local permaneceu estagnada como<br />

decorrência do declínio da produção de café.<br />

Assim como no município de Jambeiro, a pecuária de leite ganhou impulso a partir de 1940,<br />

tornando-se a principal atividade econômica da cidade até meados da década de 70.<br />

O início da construção das barragens Paraibuna-Paraitinga marcou um novo momento de<br />

arrefecimento da economia local em virtude do acelerado êxodo em direção à área urbana da<br />

cidade bem como da migração da mão-de-obra da agropecuária para a construção civil,<br />

decorrência do alagamento da zona rural. O fim das obras das barragens, com o fechamento<br />

de aproximadamente 5.000 postos de trabalho, foi causa de mais um impacto negativo na<br />

economia do município.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-12 ABRIL / 2006


• Jambeiro<br />

A cidade de Jambeiro teve origem em 1872, quando da elevação à categoria de freguesia do<br />

antigo bairro do Capivari, pertencente ao município de Caçapava. Depois de quatro anos, no<br />

dia 30 de março, a freguesia foi elevada a vila, pela Lei Provincial nº 56, ganhando autonomia<br />

político-administrativa sob a denominação de Villa de Nossa Senhora de Capivary de<br />

Caçapava. Um ano mais tarde, a vila passou a denominar-se Villa do Jambeiro, sendo elevada<br />

à categoria de cidade em 7 de julho de 1898, pela Lei nº 07.<br />

Destaca-se que, até o fim da década de 20 do século XX, o desenvolvimento econômico do<br />

município esteve atrelado à cultura do café, assim como nos demais municípios do Vale do<br />

Paraíba. Com a crise da cafeicultura, a pecuária de leite transformou-se na principal atividade<br />

econômica local. O declínio da economia, àquela época, foi tão significativo que provocou a<br />

redução da população de aproximadamente 10.000 para 3.000 habitantes, de 1920 a 1960.<br />

Mais recentemente, ao final da década de 90, o município passou a investir na recuperação de<br />

sua capacidade econômica, a partir da construção de um pólo industrial, situado nas margens<br />

das rodovias Tamoios e SP-103, que já conta com 15 empresas, responsáveis por empregar<br />

mais de 900 trabalhadores. A empresa de autopeças Delphi contrata, sozinha, 560<br />

empregados.<br />

• São José dos Campos<br />

A origem da cidade de São José dos Campos remonta ao final do século XVI, quando os<br />

jesuítas organizaram, às margens do rio Comprido, atualmente divisa entre os municípios de<br />

São José e Jacareí, uma fazenda de pecuária que pretendia primordialmente sediar a<br />

catequização dos índios. Em 1611, a fazenda foi oficialmente transformada em missão de<br />

catequese, provocando, no entanto, uma reação imediata dos colonos que utilizavam índios<br />

como mão-de-obra escrava, e levando à constituição de um movimento para expulsão dos<br />

jesuítas. Em 1640, os jesuítas foram expulsos e a missão, fechada. Quinze anos mais tarde, os<br />

jesuítas voltaram à região e fundaram uma nova missão, reconhecida oficialmente como uma<br />

fazenda de gado. Esse novo núcleo cresceu lentamente, sofrendo as restrições impostas pelo<br />

êxodo de mão-de-obra provocado pelo início do ciclo da mineração e, posteriormente, pela<br />

própria expulsão dos jesuítas do Brasil.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-13 ABRIL / 2006


Com essa expulsão definitiva, os bens dos jesuítas foram transferidos para a Coroa, que<br />

tomou as medidas necessárias para que as propriedades se tornassem produtivas. Em 27 de<br />

junho de 1767, o povoado, formado pelos índios remanescentes das missões e por alguns<br />

poucos brancos que se haviam fixado no local, foi elevado à condição de vila, com o nome de<br />

vila de São José do Paraíba.<br />

Durante décadas, a economia local manteve-se sem grandes modificações, com<br />

predominância da produção rural. Por volta de 1850, a vila começou a apresentar os primeiros<br />

sinais de desenvolvimento econômico. A primeira cultura agrícola a se destacar na localidade<br />

foi o algodão, que atingiu seu apogeu no mesmo ano em que a vila foi transformada em<br />

cidade, 1864.<br />

A monocultura do café fortaleceu-se no município com a inauguração da estrada de ferro, em<br />

1877, ficando em evidência até a crise de 1930. Já naquele momento, o município era<br />

procurado para tratamento de problemas pulmonares, em função de suas condições climáticas.<br />

Em 1935, a cidade foi transformada em Estância Hidromineral, ganhando apoio oficial para<br />

ampliar seus serviços na área sanatorial. O advento dos antibióticos, na década de 40, mudou<br />

o tratamento das doenças pulmonares e acabou por esvaziar o papel da cidade como centro de<br />

tratamento dessas doenças.<br />

A industrialização (com a implantação de indústrias com alto potencial científico-<br />

tecnológico) cresceu com a instalação do Centro Técnico da Aeronáutica e a inauguração da<br />

Rodovia Presidente Dutra, ambos em 1950.<br />

No ano de 1971, a cidade passou a ser denominada São José dos Campos.<br />

• Caçapava<br />

O município de Caçapava é originário do adensamento de dois núcleos populacionais,<br />

distantes cerca de 5km entre si. O primeiro, fundado em 1705, por Jorge Dias Velho e sua<br />

esposa, foi elevado a freguesia em 1813 com o nome de Nossa Senhora da Ajuda. Segundo<br />

historiadores, a freguesia se transformou em célula-mater da organização social, política e<br />

religiosa daquela região, já que constituía passagem forçada das bandeiras que se dirigiam a<br />

Minas Gerais.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-14 ABRIL / 2006


O segundo núcleo, fundado como decorrência de uma série de lutas políticas, instalou-se<br />

perto do rio Paraíba, na fazenda do coronel João Dias da Cruz Guimarães. A proximidade<br />

com o rio facilitou o progresso do novo núcleo que, rapidamente, transformou-se em sede da<br />

freguesia e do distrito de Caçapava.<br />

Em 8 de abril de 1875, no apogeu da cultura do café, a vila de Nossa Senhora da Ajuda de<br />

Caçapava foi reconhecida como cidade. A crise da monocultura do café do início do século<br />

XX refletiu-se sobre a economia da cidade, que por décadas ficou praticamente estagnada. O<br />

dinamismo econômico só foi recuperado nos anos 70 com a expansão do Setor Secundário.<br />

Caçapava é um nome de origem Tupi-Guarani, que significa “clareira” ou “picada na mata”.<br />

• Taubaté<br />

A cidade de Taubaté foi o primeiro núcleo de povoamento do Vale do Paraíba que se<br />

constituiu onde antes existia uma antiga e importante aldeia dos índios Guaianá. O povoado,<br />

composto por índios aculturados e colonos, foi fundado em 1640, passando à condição de<br />

vila, em 5 de dezembro de 1645, com o nome de São Francisco das Chagas de Taubaté.<br />

A vila de Taubaté destacou-se quando do descobrimento do ouro em Minas Gerais, uma vez<br />

que era o ponto de partida e de abastecimento das expedições das bandeiras. A função de<br />

centro de abastecimento das tropas de minerações deu pujança à atividade agrícola local,<br />

limitada apenas pela escassez de mão-de-obra.<br />

Taubaté foi promovida à condição de cidade em 1842. Nesse mesmo século, da segunda<br />

metade em diante, o município destacou-se como um importante centro produtor de café e,<br />

ainda, pelo pioneirismo na industrialização.<br />

O nome Taubaté significa “aldeia mais importante” ou “aldeia alta”.<br />

No Quadro 5.3-2, a seguir, estão relacionadas as leis de criação de cada um dos municípios<br />

pertencentes à Área de Influência Indireta do empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-15 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-2 – Lei e ano de criação dos municípios da AII,<br />

aniversário da cidade e Santo Padroeiro<br />

Municípios<br />

Lei e Ano<br />

de Criação<br />

Número Data<br />

Aniversário da<br />

Cidade<br />

Santo Padroeiro<br />

Caraguatatuba Lei nº 581 20/04/1857 20/04 Santo Antônio<br />

Paraibuna Lei nº 595 1857 13/06 Santo Antônio<br />

Jambeiro<br />

Lei nº 7 15/07/1898 30/03 Nossa Senhora das<br />

Dores<br />

São José dos Campos Lei nº 27 22/04/1864 27/09 São José<br />

Caçapava Lei nº 20 14/04/1855 14/04 São João Batista<br />

Taubaté<br />

Lei nº 5 05/02/1842 05/12 São Francisco das<br />

Chagas<br />

Fontes: Sites Prefeituras; Fundação SEADE; documentos obtidos na campanha de campo, outubro/2005.<br />

(-) sem informação<br />

b. Demografia<br />

(1) Considerações Gerais<br />

Para análise demográfica dos municípios da Área de Influência Indireta do Gasoduto<br />

Caraguatuba–Taubaté, foram utilizados dados referentes aos Censos Demográficos de 1980,<br />

1991 e 2000 e à Contagem da População de 1996 (IBGE). Além disso, foram utilizados dados<br />

da pesquisa realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados (Fundação<br />

SEADE) referente à população, em 2005, de municípios do Estado de São Paulo.<br />

Visando compreender a dinâmica populacional dos municípios da AII, que podem sofrer<br />

efeitos de diversas ações do empreendimento — e que poderão refletir-se na sua vida social,<br />

econômica e em sua infra-estrutura —, foram analisadas as seguintes variáveis: densidade<br />

demográfica, população total, urbana e rural, crescimento populacional e migração, projeção<br />

demográfica, vetores de crescimento e população por idade e sexo.<br />

(2) Densidade Demográfica<br />

Os 6 municípios da AII possuem uma extensão territorial de 3.573 km 2 , que representa 1,44%<br />

da área do Estado de São Paulo (Quadro 5.3-3 e Figura 5.3-1); o território de cada um dos 6<br />

municípios varia muito de tamanho: São José dos Campos possui o maior território, com<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-16 ABRIL / 2006


1.100 km 2 , seguindo-se Paraibuna (810 km 2 ), Taubaté (626 km 2 ) e Caraguatatuba (484 km 2 );<br />

os menores são Caçapava (370 km 2 ) e Jambeiro (184 km 2 ).<br />

A densidade demográfica do conjunto da AII, segundo dados da Fundação SEADE de 2005, é<br />

de 295hab/km 2 , muito superior, portanto, à observada no estado (161hab/km 2 ).<br />

No interior da AII, destacam-se os municípios de São José dos Campos e Taubaté —<br />

municípios mais populosos dessa área — como aqueles que também possuem maior<br />

densidade demográfica (539hab/km 2 e 422hab/km 2 , respectivamente). Seguem-se os<br />

municípios de Caçapava e Caraguatatuba, com densidade de 220 e 193 km 2 , respectivamente,<br />

bem próximos à densidade do estado como um todo.<br />

Os municípios com menor densidade demográfica são Paraibuna e Jambeiro (23hab/km 2 e<br />

24hab/km 2 ), que, igualmente, caracterizam-se como os menos populosos da AII. Isso<br />

corresponde a dizer que as localidades com maior número de habitantes são também aquelas<br />

que apresentam maior concentração populacional e que os municípios com menor população<br />

demonstram relação mais favorável entre sua área territorial e o número de habitantes.<br />

(3) População Total, Urbana e Rural<br />

A população total da AII é de 1.054.365 habitantes. O Quadro 5.3-4 e a Figura 5.3-2<br />

revelam, inicialmente, um cenário bastante diversificado no que diz respeito ao porte dos<br />

municípios integrantes da AII. São José dos Campos e Taubaté podem ser considerados<br />

municípios de grande porte, possuindo população superior a 100 mil habitantes — o primeiro,<br />

diga-se, com população superior a 500 mil. Caraguatatuba e Caçapava, cuja população total<br />

está na faixa de 80 a 100 mil habitantes, são municípios de médio porte, ao passo que<br />

Jambeiro e Paraibuna são municípios pequenos, com população bastante inferior à verificada<br />

nos demais, 18.383 e 4.423, respectivamente.<br />

No que diz respeito à situação de domicílio, nota-se maior similaridade no conjunto da área.<br />

Dos seis municípios que a compõem, apenas Paraibuna possui população predominantemente<br />

rural (71,4%), e Jambeiro apresenta distribuição equilibrada da população segundo sua<br />

situação de domicílio (46,1% de população rural). Nos demais, a maior parte da população<br />

reside na área urbana, destacando-se São José dos Campos, cujo percentual de urbanização<br />

(98,9%) é superior ao da totalidade da AII (95,4%) e ao do Estado de São Paulo (93,6%).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-17 ABRIL / 2006


Estado/Municípios População Total (Habitantes)<br />

São Paulo 39.949.487 248.177 161<br />

Caraguatatuba 93.226 484 193<br />

Paraibuna 18.383 810 23<br />

Jambeiro 4.423 184 24<br />

São José dos Campos 592.932 1.100 539<br />

Caçapava 81.370 370 220<br />

Taubaté 264.031 626 422<br />

AII<br />

Fonte: SEADE- SP Demográfico, População Residente, 2005<br />

IBGE - Censo Demográfico - 2000<br />

1.054.365 3.573 295<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

0<br />

São Paulo<br />

Caraguatatuba<br />

QUADRO 5.3-3<br />

DENSIDADE DEMOGRÁFICA, 2005<br />

FIGURA 5.3-1<br />

DENSIDADE DEMOGRÁFICA, 2005 (hab/km²)<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

São José dos Campos<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

5.3-18<br />

Caçapava<br />

Taubaté<br />

Área (km²) Densidade (hab/km²)<br />

AII<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


QUADRO 5.3-4<br />

POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL - 1980, 1991, 1996, 2000 e 2005<br />

Estado/Municípios<br />

1980 1991<br />

População Total<br />

1996 2000 2005 1980 1991<br />

Urbana<br />

1996 2000 2005 1980 1991<br />

Rural<br />

1996 2000 2005<br />

São Paulo 25.042.074 31.588.925 34.119.110 37.032.403 39.949.487 22.196.896 29.314.861 31.767.618 34.592.851 37.412.251 2.845.178 2.274.064 2.351.492 2.439.552 2.537.236<br />

Caraguatatuba 33.802 52.878 67.398 78.921 93.226 33.215 52.729 63.627 75.251 89.596 587 149 3.771 3.670 3.630<br />

Paraibuna 14.126 14.891 14.179 17.009 18.383 5.562 5.818 4.940 5.295 5.265 8.564 9.073 9.239 11.714 13.118<br />

Jambeiro 2.872 3.285 3.457 3.992 4.423 1.013 1.369 1.532 1.934 2.384 1.859 1.916 1.925 2.058 2.039<br />

São José dos Campos 287.513 442.370 486.167 539.313 592.932 276.873 425.515 462.429 532.717 586.396 10.640 16.855 23.738 6.596 6.536<br />

Caçapava 51.353 66.058 68.117 76.130 81.370 45.202 58.316 60.432 66.741 72.062 6.151 7.742 7.685 9.389 9.308<br />

Taubaté 169.259 206.965 220.230 244.165 264.031 161.431 197.801 210.338 229.855 249.846 7.828 9.164 9.892 14.310 14.185<br />

AII 558.925 786.447 859.548 959.530 1.054.365 523.296 741.548 803.298 911.793 1.005.549 35.629 44.899 56.250 47.737 48.816<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 1980, 1991 e 2000. Contagem da População 1996.<br />

SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados , 2005<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

São Paulo<br />

1980 1991 1996 2000 2005<br />

São José dos Campos<br />

1980 1991 1996 2000 2005<br />

FIGURA 5.3-2<br />

POPULAÇÃO TOTAL, URBANA E RURAL - 1980, 1991, 1996, 2000 e 2005 (%)<br />

Legenda: População Urbana População Rural<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

Caraguatatuba<br />

1980 1991 1996 2000 2005<br />

Caçapava<br />

1980 1991 1996 2000 2005<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

1980 1991 1996 2000 2005<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-19<br />

Paraibuna<br />

Taubaté<br />

1980 1991 1996 2000 2005<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

Jambeiro<br />

1980 1991 1996 2000 2005<br />

AII<br />

1980 1991 1996 2000 2005<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


(4) Crescimento Populacional e Migração<br />

De 1980 a 2005, a população da AII cresceu 88,6%, percentual bastante superior à variação<br />

de crescimento da população do Estado – aproximadamente 60% (Quadro 5.3-5 e Figura<br />

5.3-3), o que pode significar que a região tem atraído população, especialmente em<br />

Caraguatatuba, Taubaté e São José dos Campos. Pode-se observar, no entanto, que o ritmo de<br />

crescimento do Estado de São Paulo, da AII como um todo e dos 6 municípios separadamente<br />

decresceu no último qüinqüênio.<br />

No que se refere ao crescimento populacional de cada um dos municípios da AII, destaca-se<br />

Caraguatatuba. Enquanto a população dos outros cinco municípios da AII cresceu, em 25<br />

anos, entre 30,14% e 106,23%, o município de Caraguatatuba apresentou, em 2005, 175,80%<br />

mais habitantes que em 1980. O crescimento populacional desse município está ligado às<br />

funções de veraneio. Situada no litoral, dispondo de várias praias, seu crescimento deveu-se<br />

ao movimento turístico e ao desenvolvimento imobiliário, iniciado na década de 1950. Seus<br />

atrativos naturais, associados ao aumento de acessibilidade, constituíram fatores decisivos<br />

para a economia da cidade, atraindo mão-de-obra para construção civil e para outros serviços.<br />

Caraguatatuba possui, ainda hoje, um ritmo acelerado de crescimento populacional: entre<br />

2000 e 2005 a taxa de crescimento anual foi de 3,4%, o que pode indicar que o movimento<br />

migratório continua importante para o município. De fato, na AII, a participação do município<br />

na migração é a maior: 14,2% da população total são de migrantes recentes. Outra<br />

informação importante refere-se à vocação turística de Caraguatatuba, que chega a triplicar<br />

seu contingente populacional durante as férias de verão.<br />

São José dos Campos, com uma população estimada para 2005 de quase 600 mil habitantes,<br />

teve seu crescimento demográfico, iniciado também na década de 1950, basicamente ligado à<br />

migração de população atraída pela industrialização. Entre 1985 e 2005 a população<br />

aumentou em 106,2%. O ritmo de crescimento demográfico, no entanto, tem diminuído,<br />

chegando próximo aos patamares estaduais (1,9% ao ano entre 2000 e 2005 no município e<br />

1,5% ao ano no Estado).<br />

Taubaté, segundo município em termos populacionais da AII, com 264 mil habitantes, teve<br />

seu crescimento baseado também na industrialização, facilitada pela inauguração em 1950 da<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-20 ABRIL / 2006


odovia Presidente Dutra, ligando o Rio de Janeiro a São Paulo. Constitui-se, hoje, num<br />

importante centro industrial do Médio Vale do Paraíba paulista. Entre 1980 e 2005, o<br />

crescimento populacional foi de 56%, menor que o de São José dos Campos, também cidade<br />

industrial. A participação da migração na população total foi de 6,3%, índice menor que a<br />

média da AII.<br />

Caçapava está situada entre dois pólos industriais: São José dos Campos e Taubaté. Embora<br />

cortado pela Via Dutra, não se desenvolveu industrialmente tanto quanto os municípios<br />

vizinhos, mas possui um parque industrial significativo. Com 81.370 habitantes em 2005, sua<br />

população é predominantemente urbana (88,6%) e seu crescimento ocorre a taxas menores.<br />

Entre 2000 e 2005, apresentou a menor taxa de crescimento da AII — 1,3% ao ano.<br />

Paraibuna e Jambeiro, municípios menos populosos da AII, com 18.383 e 4.423 habitantes,<br />

respectivamente, foram os que apresentaram menor crescimento populacional entre 1980 e<br />

2005, 30,14% e 54,00%, respectivamente. Ademais, Paraibuna foi o único município que<br />

registrou, nesses 25 anos, decréscimo da população urbana (-5,33%). Com relação a<br />

Jambeiro, deve-se destacar que o município, que já apresentou uma redução de 70% de sua<br />

população, vem registrando um crescimento populacional mais vigoroso a partir de meados<br />

dos anos 90, com a implantação do pólo industrial 2 . De fato, o número de migrantes para<br />

Jambeiro representou 12% de sua população.<br />

É importante registrar o significativo crescimento da população no campo do conjunto da AII:<br />

37%. De 1980 a 2005, o único município que perdeu população rural foi São José dos<br />

Campos (-38,57%), o que, se considerada a tendência nacional de crescente urbanização no<br />

período, reafirma a especificidade da dinâmica de crescimento demográfico da área em<br />

estudo.<br />

Nem sempre o crescimento da população rural representa que as atividades primárias estão se<br />

desenvolvendo e atraindo novos moradores ao campo. Tem-se observado que o crescimento<br />

da população rural deve-se ultimamente a dois fatores: ao crescimento do emprego não-<br />

agrícola e ao aumento da massa de inativos, aposentados e desempregados que mantém<br />

residência rural. Segundo SILVA (2001), em São Paulo “as taxas de crescimento da<br />

2 No período 2000-2005 o município de Jambeiro apresentou a segunda maior taxa média de crescimento<br />

populacional, 2,1%; só perdendo para Caraguatatuba, 3,4% (Quadro 5.3-5).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-21 ABRIL / 2006


população rural em 1996 e 1999 são o dobro da média registrada na demografia estadual.<br />

Pode estar ocorrendo, nesse caso, uma espécie de “volta ao campo”, o que não se confunde,<br />

todavia, com volta à agricultura.”<br />

Se analisados os dados referentes à migração (Quadro 5.3-6 e Figura 5.3-4), nota-se que,<br />

em 1996, a AII recebeu 63.226 migrantes, representando 7,35% de sua população total, a<br />

maior parte deles (57,4%) originária de outros municípios do próprio Estado de São Paulo.<br />

Em praticamente todos os municípios que compõem a AII, à exceção de São José dos<br />

Campos, houve predomínio do movimento migratório intra-estadual. O município de São José<br />

dos Campos, que recebeu maior número de migrantes na AII — 34.876 pessoas (55,6% do<br />

total que migrou para a área) —, recebeu migrantes principalmente de outras unidades da<br />

federação e abrigou, sozinho, 74,68% da migração de estrangeiros. Esses estrangeiros foram<br />

atraídos, em geral, pelos postos de trabalho abertos pelas indústrias de alto padrão tecnológico<br />

presentes no município. Segundo informações obtidas na campanha de campo, o movimento<br />

migratório com destino a São José dos Campos tem origem em algumas das cidades do Vale<br />

do Paraíba (Jambeiro e Caçapava), mas, principalmente, em outras do sul de Minas (Teófilo<br />

Otoni e Governador Valadares, principalmente), já que o município é caracterizado por maior<br />

volume de imigração inter-estadual.<br />

Destaca-se ainda, com relação ao volume de imigração, o município de Taubaté, que contou,<br />

no mesmo ano, com uma imigração de 13.949 pessoas. No outro extremo, estão os municípios<br />

de Jambeiro e Paraibuna que receberam menor número de migrantes: 420 e 892,<br />

respectivamente.<br />

É importante ressaltar que, quando comparados esses dados com a variável população total,<br />

percebe-se uma certa mudança de cenário. Apesar de São José dos Campos figurar como a<br />

localidade com maior volume de imigração na AII, o município de Caraguatatuba desponta<br />

como aquele em que há maior participação de migrantes na composição de sua população<br />

total (14,20%). Em segundo lugar, aparece Jambeiro, com 12,15% de habitantes originários<br />

de outras localidades e/ou unidades da federação. Destaca-se que grande parte da imigração<br />

recente nesse município é conseqüência da instalação de um pólo industrial, que vem atraindo<br />

trabalhadores, em especial de São José dos Campos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-22 ABRIL / 2006


QUADRO 5.3-5<br />

CRESCIMENTO POPULACIONAL - 1980, 1991, 1996, 2000 e 2005 (% a.a.)<br />

População Total População Urbana<br />

População Rural<br />

Estado/Municípios<br />

1980/1991 1991/1996 1996/2000 2000/2005 1980/1991 1991/1996 1996/2000 2000/2005 1980/1991 1991/1996 1996/2000 2000/2005<br />

São Paulo 2,1 1,6 2,1 1,5 2,6 1,6 2,2 1,6 -2,0 0,7 0,9 0,8<br />

Caraguatatuba 4,2 5,0 4,0 3,4 4,3 3,8 4,3 3,6 -11,7 90,8 -0,7 -0,2<br />

Paraibuna 0,5 -1,0 4,7 1,6 0,4 -3,2 1,8 -0,1 0,5 0,4 6,1 2,3<br />

Jambeiro 1,2 1,0 3,7 2,1 2,8 2,3 6,0 4,3 0,3 0,1 1,7 -0,2<br />

São José dos Campos 4,0 1,9 2,6 1,9 4,0 1,7 3,6 1,9 4,3 7,1 -27,4 -0,2<br />

Caçapava 2,3 0,6 2,8 1,3 2,3 0,7 2,5 1,5 2,1 -0,1 5,1 -0,2<br />

Taubaté 1,8 1,3 2,6 1,6 1,9 1,2 2,2 1,7 1,4 1,5 9,7 -0,2<br />

AII 3,2 1,8 2,8 1,9 3,2 1,6 3,2 2,0 2,1 4,6 -4,0 0,4<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 1980, 1991 e 2000. Contagem da População, 1996.<br />

SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, 2005<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

-1,0<br />

6,0<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

-1,0<br />

-2,0<br />

-3,0<br />

-4,0<br />

90,0<br />

70,0<br />

50,0<br />

30,0<br />

10,0<br />

-10,0<br />

-30,0<br />

Legenda: 1980 / 1991 1991 / 1996 1996 / 2000 2000 / 2005<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

FIGURA 5.3-3<br />

CRESCIMENTO POPULACIONAL - 1980, 1991, 1996, 2000 e 2005 (% a.a.)<br />

POPULAÇÃO TOTAL<br />

São Paulo Caraguatatuba Paraibuna Jambeiro São José dos Campos Caçapava Taubaté AII<br />

POPULAÇÃO URBANA<br />

São Paulo Caraguatatuba Paraibuna Jambeiro São José dos Campos Caçapava Taubaté AII<br />

POPULAÇÃO RURAL<br />

São Paulo Caraguatatuba Paraibuna Jambeiro São José dos Campos Caçapava Taubaté AII<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÔPICO<br />

5.3-23<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Estado/Municípios<br />

Outra unidade da federação Mesma unidade da federação País estrangeiro Ignorado<br />

São Paulo 2.765.482 1.139.640 1.579.012 28.726 18.104<br />

Caraguatatuba 9.572 3.123 6.357 42 50<br />

Paraibuna 892 149 736 0 7<br />

Jambeiro 420 56 362 0 2<br />

São José dos Campos 34.876 17.094 17.021 584 177<br />

Caçapava 3.517 1.068 2.397 25 27<br />

Taubaté 13.949 4.331 9.405 131 82<br />

AII 63.226 25.821 36.278 782 345<br />

Fonte: IBGE - Contagem da População, 1996<br />

100,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

0,0<br />

Outra unidade da<br />

federação<br />

Outra unidade da<br />

federação<br />

Outra unidade da<br />

federação<br />

Outra unidade da<br />

federação<br />

Mesma unidade da<br />

federação<br />

Mesma unidade da<br />

federação<br />

Mesma unidade da<br />

federação<br />

Mesma unidade da<br />

federação<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Total<br />

São Paulo<br />

Caraguatatuba<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

País estrangeiro Ignorado<br />

País estrangeiro Ignorado<br />

País estrangeiro Ignorado<br />

País estrangeiro Ignorado<br />

QUADRO 5.3-6<br />

MOVIMENTO MIGRATÓRIO, 1996<br />

FIGURA 5.3-4<br />

MOVIMENTO MIGRATÓRIO, 1996 (%)<br />

DIAGNÓSTCO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-24<br />

Origem do movimento migratório<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

Outra unidade da<br />

federação<br />

Outra unidade da<br />

federação<br />

Outra unidade da<br />

federação<br />

Outra unidade da<br />

federação<br />

Mesma unidade da<br />

federação<br />

Mesma unidade da<br />

federação<br />

Mesma unidade da<br />

federação<br />

Mesma unidade da<br />

federação<br />

São José dos Campos<br />

Caçapava<br />

País estrangeiro Ignorado<br />

País estrangeiro Ignorado<br />

Taubaté<br />

AII<br />

País estrangeiro Ignorado<br />

País estrangeiro Ignorado<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


(5) População por Idade e Sexo<br />

Dos quase 40 milhões de habitantes do Estado de São Paulo, 51,06% são do sexo feminino e<br />

48,94%, do sexo masculino, cenário que se reproduz no conjunto da AII, onde as mulheres<br />

somam 50,54% da população e os homens, 49,46% (Quadro 5.3-7 e Figura 5.3-5).<br />

Se observados em separado os municípios da Área de Influência Indireta, nota-se, no entanto,<br />

certa heterogeneidade. Em Caraguatatuba, Jambeiro e Paraibuna, cidades com menor grau de<br />

desenvolvimento econômico, é maior a participação relativa dos homens na população local.<br />

Em Jambeiro, por exemplo, município com menor percentual de mulheres dentre os<br />

analisados na AII, os homens são maioria absoluta em 13 das 16 faixas de idade analisadas.<br />

Já nos municípios de São José dos Campos, Caçapava e Taubaté, a relação homem/mulher é<br />

invertida. Há predomínio dos homens nas faixas de idade mais baixas, até 29 anos, mas, a<br />

partir daí, há igual número de homens e mulheres ou há predomínio de mulheres.<br />

Verifica-se que os 6 municípios da AII possuem padrões semelhantes de distribuição etária da<br />

população. De maneira geral, o segmento mais significativo encontra-se em idade produtiva,<br />

embora se note uma queda geral, dentro desse mesmo segmento, da população que se<br />

encontra entre 40 e 64 anos de idade.<br />

A população jovem (zero a 14 anos) é também expressiva, representando 24,6% da AII, o que<br />

revela uma base relativamente grande da pirâmide etária. A população em idade produtiva (15<br />

a 64 anos) aparece com 69,9% e, finalmente, a população idosa (acima de 65 anos) representa<br />

apenas 5,5%.<br />

(6) Projeção Demográfica<br />

A projeção demográfica realizada para os próximos dez anos, a partir da transposição da taxa<br />

média de crescimento anual da população da AII no período 2000-2005, permite observar<br />

que, em 2015, a população do conjunto da área deverá chegar a aproximadamente 1.275.380<br />

habitantes, 20,96% maior que a atual (Quadro 5.3-8). O município de Caçapava deve<br />

apresentar a menor variação da população, 14,24%.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-25 ABRIL / 2006


QUADRO 5.3-7<br />

GRUPOS DE IDADE POR SEXO, 2005<br />

Estado/Municípios<br />

São Paulo<br />

Total<br />

0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34<br />

Grupos de idade<br />

35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e<br />

Homem 19.551.803 1.706.305 1.632.618 1.631.640 1.742.236 1.878.164 1.826.034 1.616.798 1.489.018 1.381.563 1.214.201 996.169 776.672 550.458 431.963 311.921 366.043<br />

Mulher<br />

Caraguatatuba<br />

20.397.684 1.629.397 1.577.240 1.582.834 1.716.864 1.890.166 1.846.338 1.662.971 1.563.983 1.493.958 1.320.466 1.089.083 862.101 636.753 529.491 412.651 583.388<br />

Homem 46.755 4.183 3.990 4.115 4.352 4.813 4.885 4.210 3.427 2.795 2.436 2.180 1.680 1.299 990 692 708<br />

Mulher<br />

Paraibuna<br />

46.471 3.997 4.002 3.944 4.170 4.720 4.672 4.078 3.342 2.954 2.651 2.132 1.784 1.285 995 770 975<br />

Homem 9.364 755 814 889 945 839 774 694 653 647 550 442 394 304 242 195 227<br />

Mulher<br />

Jambeiro<br />

9.019 720 800 828 927 832 768 666 641 638 520 416 336 290 211 178 248<br />

Homem 2.289 164 178 213 215 223 208 168 160 170 131 103 90 94 60 58 54<br />

Mulher<br />

São José dos Campos<br />

2.134 156 184 186 195 202 190 189 161 134 117 88 89 81 64 43 55<br />

Homem 292.696 25.012 24.573 25.027 27.272 29.262 28.298 23.980 21.850 20.932 19.106 16.010 11.766 7.380 5.017 3.348 3.863<br />

Mulher<br />

Caçapava<br />

300.236 23.880 23.688 24.615 26.642 29.288 27.919 24.567 23.092 23.282 20.332 16.524 12.128 7.841 5.976 4.368 6.094<br />

Homem 40.352 3.547 3.257 3.415 3.756 4.098 3.742 3.223 2.941 2.816 2.503 2.107 1.692 1.158 867 572 658<br />

Mulher<br />

Taubaté<br />

41.018 3.387 3.223 3.398 3.598 3.898 3.674 3.291 3.043 3.008 2.637 2.129 1.699 1.233 1.000 733 1.067<br />

Homem 130.033 10.386 10.660 10.894 11.602 12.829 12.306 10.693 10.052 9.386 8.236 6.962 5.304 3.641 2.855 1.942 2.285<br />

Mulher<br />

AII<br />

133.998 9.913 10.222 10.373 11.310 12.612 12.279 10.816 10.264 10.021 8.902 7.188 5.835 4.209 3.364 2.694 3.996<br />

Homem 521.489 44.047 43.472 44.553 48.142 52.064 50.213 42.968 39.083 36.746 32.962 27.804 20.926 13.876 10.031 6.807 7.795<br />

Mulher 532.876 42.053 42.119 43.344 46.842 51.552 49.502 43.607 40.543 40.037 35.159 28.477 21.871 14.939 11.610 8.786 12.435<br />

Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE, 2005<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong> 5.3-26<br />

ABRIL / 2006


12,0<br />

10,0<br />

8,0<br />

Homens<br />

6,0<br />

Homens<br />

4,0<br />

Homens<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

2,0<br />

FIGURA 5.3-5<br />

PIRÂMIDE ETÁRIA E POR SEXO, 2005<br />

São Paulo<br />

São José dos<br />

75 e +<br />

75 e +<br />

70 a 74<br />

65 a 69<br />

Mulheres<br />

Homens<br />

70 a 74<br />

65 a 69<br />

Mulheres<br />

60 a 64<br />

60 a 64<br />

55 a 59<br />

55 a 59<br />

50 a 54<br />

50 a 54<br />

45 a 49<br />

45 a 49<br />

40 a 44<br />

40 a 44<br />

35 a 39<br />

35 a 39<br />

30 a 34<br />

30 a 34<br />

25 a 29<br />

25 a 29<br />

20 a 24<br />

20 a 24<br />

15 a 19<br />

15 a 19<br />

10 a 14<br />

10 a 14<br />

5 a 9<br />

5 a 9<br />

0 a 4<br />

0 a 4<br />

0,0<br />

0,0 5,0 10,0 15,0 15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0 0,0 5,0 10,0 15,0<br />

75 e +<br />

70 a 74<br />

65 a 69<br />

60 a 64<br />

55 a 59<br />

50 a 54<br />

45 a 49<br />

40 a 44<br />

35 a 39<br />

30 a 34<br />

25 a 29<br />

20 a 24<br />

15 a 19<br />

10 a 14<br />

5 a 9<br />

0 a 4<br />

12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 0,0 5,0 10,0 15,0 15,0 10,0<br />

5,0<br />

0,0 0,0 5,0 10,0 15,0<br />

Homens<br />

15,0 10,0<br />

5,0<br />

0,0 0,0 5,0 10,0 15,0<br />

Homens<br />

Caraguatatuba<br />

Paraibuna<br />

75 e +<br />

70 a 74<br />

65 a 69<br />

60 a 64<br />

55 a 59<br />

50 a 54<br />

45 a 49<br />

40 a 44<br />

35 a 39<br />

30 a 34<br />

25 a 29<br />

20 a 24<br />

15 a 19<br />

10 a 14<br />

5 a 9<br />

0 a 4<br />

75 e +<br />

70 a 74<br />

65 a 69<br />

60 a 64<br />

55 a 59<br />

50 a 54<br />

45 a 49<br />

40 a 44<br />

35 a 39<br />

30 a 34<br />

25 a 29<br />

20 a 24<br />

15 a 19<br />

10 a 14<br />

5 a 9<br />

0 a 4<br />

Mulheres<br />

Mulheres<br />

Mulheres<br />

15,0 10,0<br />

5,0<br />

0,0 0,0 5,0 10,0 15,0<br />

t<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-27<br />

75 e +<br />

70 a 74<br />

65 a 69<br />

60 a 64<br />

55 a 59<br />

50 a 54<br />

45 a 49<br />

40 a 44<br />

35 a 39<br />

30 a 34<br />

25 a 29<br />

20 a 24<br />

15 a 19<br />

10 a 14<br />

5 a 9<br />

0 a 4<br />

15,0 10,0<br />

5,0<br />

0,0 0,0 5,0 10,0 15,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

Homens<br />

Homens<br />

Homens<br />

t<br />

5,0<br />

Caçapava<br />

Taubaté<br />

Jambeiro AII<br />

0,0<br />

75 e +<br />

70 a 74<br />

65 a 69<br />

60 a 64<br />

55 a 59<br />

50 a 54<br />

45 a 49<br />

40 a 44<br />

35 a 39<br />

30 a 34<br />

25 a 29<br />

20 a 24<br />

15 a 19<br />

10 a 14<br />

5 a 9<br />

0 a 4<br />

75 e +<br />

70 a 74<br />

65 a 69<br />

60 a 64<br />

55 a 59<br />

50 a 54<br />

45 a 49<br />

40 a 44<br />

35 a 39<br />

30 a 34<br />

25 a 29<br />

20 a 24<br />

15 a 19<br />

10 a 14<br />

5 a 9<br />

0 a 4<br />

Mulheres<br />

Mulheres<br />

Mulheres<br />

0,0 5,0 10,0 15,0<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Destaca-se que Caraguatatuba vivenciará um crescimento populacional da ordem de 40% nos<br />

próximos dez anos, o maior dentre as cidades em análise. Apesar disso, São José dos Campos<br />

continuará a ser o município que concentra a maior parte da população da AII, 56,30%.<br />

Município<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-8 – Projeção da População Para o Ano 2015<br />

População estimada<br />

em 2005 3<br />

Taxa média de<br />

crescimento anual<br />

2000-2005 4<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

População Estimada<br />

em 2015 5<br />

Caraguatatuba 93.226 3,39% 130.057<br />

Paraibuna 18.383 1,57% 21.473<br />

Jambeiro 4.423 2,07% 5.430<br />

S.J.dos Campos 592.932 1,91% 716.693<br />

Caçapava 81.370 1,34% 92.957<br />

Taubaté 264.031 1,58% 308.744<br />

AII 1.054.365 1,92% 1.275.380<br />

Fonte: Censo Demográfico 2000 IBGE e Contagem da População 2005, Fundação SEADE.<br />

(7) Vetores de Crescimento Urbano e Econômico<br />

Com o objetivo de contribuir para a análise de eventuais e possíveis conflitos de uso e<br />

ocupação do solo nas Áreas de Influência do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, foram<br />

observadas as perspectivas de expansão urbana e de crescimento econômico nos 6 municípios<br />

por ele atravessados, cujas sedes se encontram até 6,97km do empreendimento.<br />

O método aplicado teve por subsídios a observação direta em campo e, principalmente, a<br />

realização de entrevistas com secretários e técnicos das Prefeituras Municipais, com o apoio de<br />

mapas do perímetro urbano e Planos Diretores. De acordo com as informações obtidas, os<br />

municípios apresentam, de maneira geral, tendências à expansão de seus núcleos urbanos e<br />

zonas econômicas, descritas a seguir e ilustradas sob a forma de figuras (Quadro 5.3-9 e<br />

Figuras 5.3-6 a 5.3-11).<br />

3 Calculada pela Fundação SEADE.<br />

4 Taxa média de crescimento da população no período 2000-2005.<br />

5 Calculada a partir da hipótese de que os fatores determinantes da evolução da população no período 2000-2005<br />

terão o mesmo comportamento nos próximos dez anos.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-28 ABRIL / 2006


FIGURA 5.3-6<br />

Asede municipal dista aproximadamente 1,75km da UTGCA.<br />

MAPA-CHAVE<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA (SP)<br />

VETORES DE CRESCIMENTO<br />

URBANO E ECONÔMICO<br />

NATIVIDADE<br />

DA SERRA<br />

NATIVIDADE<br />

DA SERRA<br />

5<br />

Km 0<br />

Km 0<br />

PARAIBUNA<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA<br />

1,75km<br />

10<br />

15<br />

20<br />

25<br />

OCEANO<br />

ATLÂNTICO<br />

OCEANO<br />

ATLÂNTICO<br />

UTGCA<br />

SÃO<br />

SEBASTIÃO<br />

SÃO<br />

SEBASTIÃO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

5.3-29<br />

ABRIL / 2006<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

LEGENDA:<br />

LIMITE DA ZONA URBANA<br />

LIMITE MUNICIPAL<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

ZEU ZONA DE EXPANSÃO URBANA<br />

UTGCA UNIDADE DE TRATAMENTO DE GÁS<br />

DE <strong>CARAGUA</strong>TATUBA<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

SEM ESCALA<br />

RONZE<br />

RUM<br />

R CATORZE<br />

RTREZE<br />

R DOZE<br />

R NOVE<br />

R SETE<br />

R<br />

R DOZE<br />

R DEZ<br />

R SETE<br />

R TRES<br />

RQUATRO<br />

R DOIS<br />

ROITO<br />

R SEIS<br />

R CINCO<br />

RIO MOCOCA<br />

R DE<br />

R DOZE<br />

AC TRES<br />

R NOVE<br />

R TREZE<br />

R DEZESETE<br />

RDEZESEIS<br />

R DEZENOVE<br />

R DEZESEIS<br />

RDEZOITO<br />

UM<br />

(01 , 06) - 35.10500<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR<br />

RDEZOITO<br />

R QUINZE<br />

88<br />

101<br />

90<br />

RB<br />

AV MARGINAL<br />

RODOVIA BR 101<br />

R J<br />

R UM<br />

R DOIS<br />

R DOS TOURINHOS<br />

R CINCO<br />

7.392.000<br />

466.000<br />

R GALDINA A DE PAULA<br />

RSEBASTIAO SOARES<br />

R PEDRA<br />

GRANDE<br />

R JOSE LAU<br />

PEREIR<br />

TV UM<br />

R<br />

R MAESTRO HEITOR DE CARVALHO<br />

R BENEDITO SOARES<br />

INACIO FILHO<br />

R O<br />

R B<br />

R B<br />

R A<br />

R B<br />

RA<br />

R PEDRA GRANDE<br />

R SETE<br />

R BENEDITO SOARES<br />

INACIO FILHO<br />

RUM<br />

ROITO<br />

RIO COCANHA<br />

R PEDRA GRANDE<br />

RGERALDO ALVES<br />

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR<br />

R E<br />

R O<br />

R C<br />

R O<br />

RC<br />

R F<br />

R BENEDITO<br />

SOARES<br />

INACIO FILHO<br />

R RIO SAO FRANCISCO<br />

R DOIS<br />

R NOVE<br />

RODOVIA BR 101<br />

R PURUS<br />

R OITO<br />

R UM<br />

AV MARGINAL<br />

R UM<br />

AV MARGINAL<br />

RSEIS<br />

R TETSUO WATANABE<br />

R CINCO<br />

RI<br />

RQUATRO<br />

RDEZESEIS<br />

RTRES<br />

RQUATRO<br />

R S<br />

RSE IS<br />

R TETSUO WATANABE<br />

RCINCO<br />

R DEZE -<br />

SETE<br />

R T<br />

R Q<br />

R R<br />

R P<br />

AV PERIMETRAL<br />

R MAESTRO HEITOR<br />

DE CARVALHO<br />

R H<br />

RUM<br />

R H<br />

RIO COCANHA<br />

AV UM<br />

R D<br />

RDOIS<br />

R PURUS<br />

R E<br />

R RIO PARANA<br />

R RIO<br />

NEGRO<br />

R MADEIRA<br />

AV RIO AMAZONAS<br />

R DOIS<br />

R D<br />

RTRES<br />

RQUINZE R DEZESEIS<br />

ROITO<br />

R DEZESETE<br />

R NOVE<br />

RJOSEGERONIMO SOARES<br />

R JOSE<br />

GERONIMO<br />

SOARES<br />

R NOEMIA ESTEVAN<br />

DE MATOS<br />

R NOVE<br />

RIO COCANHA<br />

R FORTALEZA<br />

RB<br />

RGALD<br />

DE P<br />

R L<br />

RDOIS<br />

R J<br />

RM<br />

R O<br />

R N<br />

R E<br />

R B<br />

AV UM<br />

RTRES<br />

RARAGUAIA<br />

RTAPAJOS<br />

R RIO SAO FRANCISCO<br />

R XINGU<br />

RTOCANTINS<br />

RARAGUAIA<br />

R DEZE -<br />

NOVE<br />

RTETSUO WATANABE<br />

R DEZENOVE<br />

R DEZOITO<br />

R VINTE E TRES<br />

RSEIS<br />

R 18<br />

R VINTE E SETE<br />

R VINTE<br />

E SEIS<br />

R VINTE<br />

ESEIS<br />

R CINCO<br />

R QUATRO<br />

RTRINTA<br />

TREZE<br />

RA<br />

RA<br />

RCATORZE<br />

R QUINZE<br />

R L CEZAR<br />

E MENEZES<br />

RVITORIA<br />

R ILHEUS<br />

R SALVADOR<br />

R PARANAGUA<br />

R NATAL<br />

R SALVADOR<br />

RUM<br />

R DEZENOVE<br />

R NATAL<br />

R ILHEUS<br />

RTORRES<br />

R FRANCISCO S DE A BRANDAO<br />

R FORTALEZA<br />

R CURITIBA<br />

R OLINDA<br />

RARACAJU<br />

RA<br />

R DEZESEIS<br />

R DEZESETE<br />

AV UM<br />

RONZE<br />

RCATORZE<br />

RQUINZE<br />

RTREZE<br />

R DOZE<br />

R DEZ<br />

7.392.000<br />

464.000<br />

RMACEIO<br />

R GAL<br />

FRANCISCO<br />

R DOM F SOUZA<br />

R CIPRIANO J<br />

BALMEIDA<br />

R ANTONIO<br />

DE SALEMA<br />

R CARLOS D<br />

ANDRADE<br />

R UM<br />

RTRINTA<br />

R TRINTA E UM<br />

RUM<br />

R VINTE E QUATRO<br />

RVINTEECINCO<br />

R VINTE E TRES<br />

R CINCO<br />

R NOVE<br />

R NOVE<br />

R DEZ<br />

R NOVE<br />

R SEIS<br />

RQUATRO<br />

RSETE<br />

RTRES<br />

R DOIS<br />

R VINTE E NOVE<br />

R TRINTA E CINCO<br />

R DOIS<br />

RUM<br />

RTRES<br />

R DIOGO L<br />

DE OLIVEIRA<br />

R DIOGO DE<br />

M ESIQUEIRA<br />

R RONDONIA<br />

R MANAUS<br />

ROITO<br />

R DEZOITO<br />

R QUATRO<br />

AV TRES<br />

R DEZENOVE<br />

AV TRES<br />

R DOIS<br />

RVINTE E DOIS<br />

R VINTE<br />

R NOVE<br />

R VINTE E UM<br />

OVE<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

91<br />

92<br />

R DEZESEIS<br />

R DEZESETE<br />

R SETE<br />

ROITO<br />

R CATORZE<br />

R ONZE<br />

EZ<br />

R NOVE<br />

RODOVIA BR 101<br />

RIO MOCOCA<br />

RODOVIA BR 101<br />

R DOIS<br />

RODOVIA BR 101<br />

R DOIS<br />

AV SINALEIRO<br />

R UM<br />

RQUATRO<br />

PRAIA DA COCAIA<br />

R DOIS<br />

AV ESTALEIRO<br />

AV BORESTE<br />

R CINCO<br />

RTRES<br />

R CINCO<br />

BR 101<br />

RQUATRO<br />

R BOLIVIA<br />

R VENEZUELA<br />

R PARAGUAI<br />

RTRES<br />

AV MARIACARLOTA<br />

BR 101<br />

R VICENTE L<br />

GUIMARAES<br />

AV JOAO GONCALVES SANTANA<br />

RCHILE<br />

BR 101<br />

RJOAQUIM A DE PAULA<br />

R JOSE DOS SANTOS<br />

RERMELINDA<br />

ADELIMA<br />

R BENEDITO FRANCISCO<br />

DE PAULA<br />

R GERALDO<br />

ESTEVAN DE MATOS<br />

R ERMELINDA<br />

ADELIMA<br />

AV MARIA CARLOTA<br />

RANTONIO<br />

RICARDO<br />

R DOS TOURINHOS<br />

R PEDRO XAVIER<br />

R GERTRUDES<br />

OLIVEIRA<br />

R BENEDITO<br />

RICARDO<br />

RMARIA JQMEDEIROS<br />

RODOVIA BR 101<br />

AV MARIA CARLOTA<br />

RMIGUELDE<br />

O COUTO<br />

REUCLIDES R PINTO<br />

R MARIO DE MORAES<br />

AV MARGINAL<br />

RODOVIA BR 101<br />

PRAIA DO MASSAGUAÇU<br />

R REGINAMPASSOS<br />

RPEDRA<br />

GRANDE<br />

R QUIRINO JACINTO SOARES<br />

TV ANTONIO<br />

ALEXANDRE<br />

URO<br />

IRA<br />

RIO COCANHA<br />

RUM<br />

RTREZER TREZE<br />

VE DEZESEIS<br />

VE QUINZE<br />

R DEZ<br />

RQUINZE<br />

VE CATORZE<br />

R NOVE<br />

RQUATRO<br />

VE CINCO<br />

VE CINCO<br />

ROITO<br />

RNOVE<br />

R CINCO<br />

VE TRES<br />

RUM<br />

RUM<br />

VE QUATRO<br />

R TRES<br />

VE DOIS<br />

R DOIS<br />

VE UM<br />

R QUATRO<br />

ROITO<br />

VE DOZE<br />

VE ONZE<br />

VE NOVE<br />

VE DEZ<br />

VE OITO<br />

R ORLANDO<br />

SILVA<br />

RUM<br />

RVINTE DE ABRIL<br />

RSEBASTIANA FELICIO DE OLIVEIRA<br />

R SETE<br />

R NOVE<br />

VE TREZE<br />

RCATORZE<br />

VE DEZESEIS<br />

R ONZE<br />

DINA A<br />

PAULA<br />

R B<br />

R VINTE DE ABRIL<br />

RA<br />

RA<br />

R DOMINGOS<br />

DA CRUZ<br />

R BENEDITO<br />

FRANCISCO DE PAULA<br />

R WANDERLEY<br />

MARCONDES SODRE<br />

RGALDINA ADEPAULA<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

466182<br />

7393940<br />

RIO TABATINGA<br />

R DEZOITO<br />

R DOZE<br />

R DEZESETE<br />

R QUINZE<br />

TRES<br />

R DOIS<br />

RQUATRO<br />

R OITO<br />

RCINCO<br />

RODOVIA BR 101<br />

RODOVIA BR 101<br />

R SETE<br />

RDEZ<br />

RSEIS<br />

RA<br />

RDOZE<br />

R NOVE<br />

RCATORZE<br />

R TREZE<br />

R DO GOLFE<br />

RRAIMUNDO<br />

MUNIS<br />

R JOAO M DE<br />

OLIVEIRA<br />

R ANTONIO<br />

A MUNIS<br />

R NOVE<br />

R BENEDITO<br />

SERRADO<br />

R JOAO GOMES<br />

RDO GOLFE<br />

AV AFONSO ARINOS<br />

DE MELO FRANCO<br />

AV AFONSO ARINOS<br />

DE MELO FRANCO<br />

R IBISCO<br />

R ONZE<br />

R FLAMBOYANT<br />

R BUGANVILLE<br />

AV JARDIM<br />

RDOGOLFE<br />

RODOVIA BR 101<br />

R DO GOLFE<br />

R FLAMBOYANT<br />

RODOVIA BR 101<br />

RDOGOLFE<br />

RODOVIA BR 101<br />

RTABATINGA<br />

AV AFONSO ARINOS<br />

DE MELO FRANCO<br />

7.388.000<br />

R SEBASTIAO<br />

MARIANO<br />

NEPOMUCENO<br />

R ARCILIO<br />

ALVES<br />

R NOVE<br />

R<br />

R TERTULIANO<br />

FOGACA<br />

R SEBASTIAO<br />

MARIANO<br />

NEPOMUCENO<br />

R CAP J<br />

NEPOMUCENO<br />

RMARIA<br />

HORTENCIA<br />

R CINCO<br />

RCINCO<br />

R DEZ<br />

R ONZE<br />

R SEIS<br />

RCINCO<br />

R TRES<br />

R DOZE<br />

R QUATRO<br />

A<br />

R FRANCISCO RIBEIRO<br />

AV BENEDITO DE CARVALHO<br />

R FRANCISCO RIBEIRO<br />

R DOIS<br />

R BENEDITO<br />

MIGUEL DA COSTA<br />

AV THIMOTEO<br />

DO ROSARIO<br />

R FRANCISCO<br />

RIBEIRO<br />

AV CINCO<br />

AV THIMOTEO DO ROSARIO<br />

R PRINCIPAL<br />

R AGOSTINHO<br />

FIGUEIREDO<br />

RUM<br />

RQUATRO<br />

R IRMA SAO FRANCISCO<br />

R SETE<br />

R SETE<br />

R SETE<br />

R CINCO<br />

RMANOEL H<br />

DE OLIVEIRA<br />

R PROCYON<br />

AV THIMOTEO<br />

DO ROSARIO<br />

RARIESTES<br />

TV RIO DO OURO<br />

RUM<br />

R ARIESTES<br />

RDOIS<br />

R UM<br />

AV THIMOTEO DO ROSARIO<br />

R ROSA DOS VENTOS<br />

R DO OURO<br />

RODOVIA SP 99<br />

AV BENEDITO DE CARVALHO<br />

RUA I<br />

AV A<br />

RQUATRO<br />

R TRES<br />

R DOIS<br />

AV CAMPOS SALLES<br />

R SIMONE<br />

R C ADECAM<br />

R M MAGALHAES<br />

R ROQUE<br />

D'ONOFRIO<br />

RUM<br />

R BENEDITO<br />

S SANTANA<br />

R. NOSSA SENHORA DA PAZ<br />

R PEDRO NOLASCO<br />

AV CAMPOS SALLES<br />

R PARTICULAR<br />

R VICTORIA CASTINO D'ONOFRIO<br />

TV A<br />

MOREIRA<br />

R DOIS<br />

R DEZ<br />

RTRES<br />

RODOVIA SP 99<br />

AV RIO<br />

DO OURO<br />

TV BENEDITO<br />

FERNANDES<br />

DA COSTA<br />

R DO OURO<br />

RPRINCIPAL<br />

R HORTO FLORESTAL<br />

456.000 7.390.000<br />

R OITO<br />

R BENEDITO S SANTANA<br />

R DEZ<br />

RQUATRO<br />

RNOVE<br />

R CINCO<br />

R JOAO M CEZAR<br />

VE JOAO<br />

M CEZAR<br />

TV JOAO<br />

M CEZAR<br />

R SIMONE<br />

R SETE<br />

RSEIS<br />

NCA<br />

AV<br />

R IMBE<br />

EUVA<br />

RFLORA<br />

ATLANTICO<br />

AV A<br />

TV C<br />

RTRES<br />

RMANOEL<br />

PASCHOAL<br />

R BENEDITO ROQUE<br />

AV IPIRANGA<br />

RODOVIA BR 101<br />

RODOVIA BR 101<br />

VE UM<br />

R FLORA ATLANTICO<br />

R SETE DE SETEMBRO<br />

R PEDRO<br />

JANUARIO<br />

LEITE<br />

R GERSON DO PRADO<br />

R MARGINAL IPIRANGA<br />

R VINTE E<br />

CINCO DE<br />

MARCO<br />

R SEBASTIAO<br />

CARNEIRO<br />

VE<br />

QUATRO<br />

R PEDRO<br />

JANUARIO LEITE<br />

R FRANCISCO<br />

MORGADO<br />

RCABREUVA<br />

R ANTONIO<br />

TELES<br />

DA SILVA<br />

R MANOEL<br />

DE CASTRO<br />

R CAETE<br />

R BENEDITO<br />

A MOREIRA<br />

R JOSE PEDRO BARBOSA<br />

ESCOLA<br />

ESTADUAL<br />

TV DAS<br />

MANGUEIRAS<br />

R CASA POPULAR<br />

RIACHO DO IPIRANGA<br />

R SETE<br />

RIACHO DOIPIRANGA<br />

R DOM PEDRO I<br />

R UBA<br />

R JOSE<br />

BONIFACIO<br />

R CABREUVA<br />

AV IPIRANGA<br />

R ANTONIO<br />

TELES MENEZES<br />

RCASABRANCA<br />

R E<br />

AV PRES CASTELO BRANCO<br />

R DEZ<br />

R BENEDITO A DE O BARBOSA<br />

AV PRES CASTELO BRANCO<br />

R ANTONIO<br />

HENRIQUE<br />

MESQUITA<br />

R PEDRO DE O<br />

BARBOSA<br />

R VILIANO<br />

DOS SANTOS<br />

R SETE<br />

R BENEDITO A<br />

DE OBARBOSA<br />

R ONZE<br />

RLUIZ<br />

AV FIORAVANTE<br />

PASCHOLIN<br />

AV FIORAVANTE PASCHOLIN<br />

R B<br />

AV MARTINS<br />

DE SA<br />

AV VINTE E TRES DE MAIO<br />

AV MACARANDUBA<br />

R ALEXANDRE<br />

BARBOSA<br />

SANTOS<br />

AV MACA -<br />

RANDUBA<br />

AV MARTINS DE SA<br />

R SANTO ANTONIO<br />

DO PINHAL<br />

AV ITAPOAN<br />

R SANTANA DO<br />

PARNAIBA<br />

AV PRES CASTELO<br />

BRANCO<br />

R ITU<br />

AV HORA<br />

RODRIGU<br />

AV MARTINS<br />

DE SA<br />

R BRAGANCA<br />

PAULISTA<br />

AV UM<br />

R SANACU<br />

RTIE SANGUE<br />

RSAIRA<br />

VE DOIS<br />

RTIESANGUE<br />

R SANACU<br />

AV SABIA LARANJEIRA<br />

R CANARIO<br />

DA TERRA<br />

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR<br />

AV DOS BANDEIRANTE<br />

R SAO BENTO<br />

DO SAPUCAI<br />

TV SOROCABA<br />

TV S<br />

RANG<br />

R BARTHOLOMEU<br />

BUENO DA SILVA<br />

AV PRES<br />

CASTELO<br />

BRANCO<br />

AL DOS PINHEIROS<br />

AV ALCIDES DE CASTRO GALVAO<br />

R AZULAO<br />

R LOURENCO<br />

CTAQUES<br />

AL<br />

AV MARTINS DE SA<br />

R NICOLAU<br />

BARRETO<br />

AL DAS<br />

PAINEIRAS<br />

AL DOS JACARANDAS<br />

R MARGINAL<br />

AL DAS<br />

PAINEIRAS<br />

AL DOS JACARANDAS<br />

R MARGINAL<br />

AL DAS LARANJEIRAS<br />

AL DAS CASTANHEIRAS<br />

AL DAS PESSEGUEIRAS<br />

AL DAS TAMAREIRAS<br />

AL DAS AMENDUEIRAS<br />

460.000<br />

AL DOS<br />

EUCALIPTOS<br />

AL DAS PALMEIRAS<br />

AL DOS<br />

CEDROS<br />

DO LIBANO<br />

AL DAS SERINGUEIRAS<br />

AL DOS CIPRESTES<br />

R I<br />

AL DOS<br />

EUCALIPTOS<br />

BATAO<br />

S<br />

AV PRES CASTELO BRANCO<br />

NTA BRANCA<br />

7.388.000<br />

460.000<br />

AL DAS CEREJEIRAS<br />

AL DOS CEDROS DO LIBANO<br />

AL DAS<br />

FAIAS<br />

AL DOS CARVALHOS<br />

AL DOS SALGUEIROS<br />

ALCIDADE JARDIM<br />

AL DOS SALGUEIROS<br />

ALCIDADE JARDIM<br />

AL DAS CASTANHEIRAS<br />

EST MUNICIPALCANTA GALO<br />

7.390.000<br />

R CRUZEIRO<br />

ROITO<br />

RDEZ<br />

R SETE<br />

RLORENA<br />

RAPARECIDA DO NORTE<br />

R PINDAMONHANGABA<br />

R LUCAS NOGUEIRA GARCEZ<br />

R GUARATINGUETA<br />

R <strong>TAUBATE</strong><br />

TV SEBASTIAO<br />

G SANTOS<br />

TV BENEDITOALVES<br />

AV SIQUEIRA CAMPOS<br />

TV CAMPOS<br />

RPADREJ<br />

BALISTERIO<br />

TV MANOEL<br />

MESSIAS<br />

TV ENGENHO<br />

VELHO<br />

MORRO<br />

SANTO ANTONIO<br />

AV BRASIL<br />

RSAO JOSE DOS CAMPOS<br />

R ILHA BELA<br />

R JACAREI<br />

AV SIQUEIRA CAMPOS<br />

RCACAPAVA<br />

R CARLOS<br />

GOMES<br />

AV FREI PACIFICO WAGNER<br />

AV SIQUEIRA CAMPOS<br />

RENGENHEIRO<br />

JOAO FONSECA<br />

R<br />

AV BRASIL<br />

R ARY BARROSO<br />

R ARRABA<br />

R CAVALO<br />

MARINHO<br />

RODOVIABR101<br />

R NOVE<br />

RUM<br />

R DOIS<br />

AV ERIDIANO<br />

AV ERIDIANO<br />

R SETE<br />

RTRES<br />

AV TSUSUKI<br />

YOSHIMOTO<br />

R SEIS<br />

R CINCO<br />

R QUINZE<br />

R ONZE<br />

R DEZ<br />

R DOZE<br />

RQUATRO<br />

ROITO<br />

RTRES<br />

R DEZESETE<br />

R VINTE<br />

RUM<br />

RUM<br />

RTREZE<br />

RTRES<br />

R DOIS<br />

AV PAVAO<br />

R DRAGAO<br />

RCATORZE<br />

R DOIS<br />

RQUATRO<br />

R OITO<br />

R DOZE<br />

R TUBARAO<br />

RCORVINA<br />

TV GOLFINHO<br />

AV ERIDIANO<br />

AL DOS<br />

ARENGUES<br />

R DELFIM<br />

RTUBARAO<br />

RDELFIM<br />

PRAIA DO MASSAGUAÇU<br />

R CASSIO - P<strong>EIA</strong><br />

R CISNE<br />

R CANCER<br />

R C SUL<br />

R U MAIOR<br />

AV HIDRA<br />

R PEGASO<br />

R U MENOR<br />

RCORVO<br />

AV BAL<strong>EIA</strong><br />

RODOVIA BR 101<br />

R DEZENOVE<br />

R VINTE<br />

R VINTE E UM<br />

RODOVIA BR 101<br />

R SEIS<br />

464.000 7.390.000<br />

R CINCO<br />

R CINCO<br />

R DEZESEIS<br />

RQUINZE<br />

R ONZE<br />

ROITO<br />

R CINCO<br />

R CINCO<br />

RUM<br />

R SEIS<br />

R SEIS<br />

R CINCO<br />

R NOVE<br />

R DEZ<br />

R UM<br />

RA<br />

AV MARGINAL<br />

R DOIS<br />

RQUATRO<br />

AV MARGINAL<br />

RODOVIA BR 101<br />

R SEIS<br />

R SEIS<br />

R SEIS<br />

RCINCO<br />

R B<br />

R CINCO<br />

RQUATRO<br />

R UM<br />

R PURUS<br />

R D<br />

R C<br />

RODOVIABR 101<br />

R UM<br />

RODOVIA BR 101<br />

R DOIS<br />

R SEIS<br />

RUM<br />

R SETE<br />

R CINCO<br />

AV MARGINAL<br />

R DOM LOURENCO<br />

DE ALMEIDA<br />

R DIOGO DE<br />

MENDONCA<br />

FURTADO<br />

RJOSE DE<br />

SANTA RITA<br />

R PEDRO ALEIXO<br />

R GAL DE JOAO<br />

R VASCONCELOS<br />

RODOVIA BR 101<br />

AV MARGINAL<br />

R DOM LOURENCO<br />

DE ALMEIDA<br />

R B<br />

RA<br />

RQUATRO<br />

RTRES<br />

AV MARGINAL<br />

R DIOGO DE<br />

MENDONCA<br />

FURTADO<br />

R JOSE DE<br />

SANTARITA<br />

RPEDRO ALEIXO<br />

R GAL DE JOAO<br />

R VASCONCELOS<br />

R DOIS<br />

R UM<br />

R CINCO<br />

RA<br />

AV UM<br />

R QUATRO<br />

RTRES<br />

AV DOIS<br />

R SEIS<br />

R C<br />

R K<br />

AV ERIDIANO<br />

AV ESCORPIAO<br />

R ORION<br />

AV LEAO<br />

AV FENIX<br />

AV BALANCA<br />

AV ERIDIANO<br />

AV DOIS<br />

R OITO<br />

RA<br />

R D<br />

B<br />

R TR<br />

R DOIS<br />

R NOVE<br />

R DEZ<br />

R ONZE<br />

R PARATY<br />

R DOM LUIZ<br />

DE SOUZA<br />

RLUIZ FILIPE<br />

S DA GAMA<br />

R PEDRO A<br />

F DE MELO<br />

R DOM LUIZ<br />

DE SOUZA<br />

R LUIZ FILIPE<br />

SDAGAMA<br />

RUM<br />

R PEDRO A<br />

F DE MELO<br />

R SEPETIBA<br />

R ADOSREIS<br />

R PARATY<br />

RLCEZAR DE<br />

MENEZES<br />

RVITORIA<br />

RADOS REIS<br />

R SEPETIBA<br />

DE<br />

R E<br />

R B<br />

RA<br />

R C<br />

AV DOIS<br />

AV UM<br />

AV QUATRO<br />

R DAS CAMELIAS<br />

R GABRIEL FAGUNDES<br />

DA ROCHA<br />

AV JARDIM<br />

R DAS HORTENCIAS<br />

RDOSCRISANTEMOS<br />

R DAS GARDENIAS<br />

R DAS AZAL<strong>EIA</strong>S<br />

RDOS JASMINS<br />

R DOS LILASES<br />

RDASMARGARIDAS<br />

RDAS PAPOULAS<br />

R DAS ROSAS<br />

R DAS ORQUIDEAS<br />

AV JARDIM<br />

R DOIS<br />

R CINCO<br />

RDOIS<br />

R DOIS<br />

R DOIS<br />

RSETE<br />

R DIREITA<br />

R ESQUERDA<br />

R TRES<br />

R DA GARCA<br />

RODOVIA BR 101<br />

R A<br />

R SEIS<br />

RTRES<br />

R OITO<br />

RQUATRO<br />

RDIREITA R DEZESEIS<br />

R DEZ<br />

R NOVE<br />

R DEZENOV<br />

RA<br />

R B<br />

RODOVIA BR 101<br />

AV A<br />

RODOVIA BR 101<br />

AC PARA KARTOD R<br />

R JOSE D<br />

DOS SANTOS<br />

AV FREI<br />

PACIFICO WAGNER<br />

R TEOTINO<br />

TIBIRICA<br />

PIMENTA<br />

RNOVE<br />

DE JULHO<br />

AV SA<br />

CRUZ<br />

RDRALTINO<br />

ARANTES<br />

NEPOM<br />

AV PA DR<br />

ANCHI<br />

AV PADRE<br />

ANCHIETA<br />

R SANTO<br />

ANTONIO<br />

PÇ CANDIDO<br />

MOTA<br />

PRAIA DO<br />

R OSTIANO<br />

SANDEVILLE<br />

R SANTOS DUMONT<br />

AV OSWALDO<br />

CRUZ<br />

AV OSWALDO<br />

CRUZ<br />

R GUARU -<br />

LHOS<br />

RDRALTINO<br />

ARANTES<br />

AV PADRE<br />

ANCHIETA<br />

AV DR ARTHUR COSTAFILHO<br />

RAVELINO<br />

FERREIRA<br />

AV FREI<br />

PACIFICO<br />

WAGNER<br />

R SAO<br />

BENEDITO<br />

R SAO BENEDITO<br />

R VITAL<br />

BRASIL<br />

RARACI<br />

AV FREI<br />

PACIFICO<br />

WAGNER<br />

RTERTULIANO<br />

FOGACA<br />

R SANTOS<br />

DUMONT<br />

AV PRESTES<br />

MAIA<br />

AV ESPIRITO<br />

SANTO<br />

AV MIGUEL<br />

VARLEZ<br />

AV PARANA<br />

AV RIO GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV MINAS GERAIS<br />

AV SAOPAULO<br />

AV PRESCILIANA<br />

DE CASTILHO<br />

R CAMAROEIRO<br />

R PE AMERICO<br />

ANDRIZZI<br />

AV MIGUEL VARLEZ<br />

R AVELINO<br />

FERREIRA<br />

R PEDRO LIPPI<br />

AV OSWALDO<br />

CRUZ<br />

R LAERCIO<br />

LUIZ DOS<br />

SANTOS<br />

R BENEDITO<br />

ZACARIAS<br />

NEPOMUCENO<br />

R JBARSOTE<br />

AV OSWALDO<br />

CRUZ<br />

R JOSE F PASSOS<br />

AV DR ARTHUR COSTA FILHO<br />

AV MARANHAO<br />

AV RIO GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV MINAS GERAIS<br />

AV MARANHAO<br />

AV SAO PAULO<br />

AV PIAUI<br />

AV DRARTHUR COSTA FILHO<br />

AV PARANA<br />

AV<br />

ESPIRITO<br />

SANTO<br />

AV PIAUI<br />

AV MIGUEL<br />

VARLEZ<br />

AV PIAUI<br />

AV PIAUI<br />

AV JOAO<br />

SMATOS<br />

AV PERNAMBUCO<br />

AV ESPIRITO<br />

SANTO<br />

AV AMAZONAS<br />

AV PRESCILIANA<br />

DE CASTILHO<br />

AV PRESTES<br />

MAIA<br />

RJOAO<br />

MARCELO<br />

R PEDRO LIPPI<br />

AV SAO PAULO<br />

R GUILHERME<br />

F DACOSTA<br />

RIRINEU<br />

MEIRELLES<br />

AV VEREADOR<br />

ARISTIDES<br />

ANIZIO<br />

DOS SANTOS<br />

AV MINAS GERAIS<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV GOIAS<br />

RANTONIONARDI<br />

R TERTULIANO FOGACA<br />

AV PRESTES MAIA<br />

R DOIS<br />

RANTONIO NARDI<br />

AV PRESCILIANA<br />

DE CASTILHO<br />

AV PERNAMBUCO<br />

AV MARANHAO<br />

AV AMAZONAS<br />

AV BAHIA<br />

AV RIO DE JANEIRO<br />

AV PRESCILIANA<br />

DE CASTILHO<br />

R BENEDITO<br />

ZACARIAS<br />

NEPOMUCENO<br />

AV SERGIPE<br />

AV ALAGOAS<br />

AV RIO GRANDE DO SUL<br />

AV MINAS GERAIS<br />

R CHIQUINHA<br />

DE ARAUJO<br />

R JOSE<br />

ANTONIO<br />

DA SILVA<br />

AV ALAGOAS<br />

AV SAO PAULO<br />

R DR PERO<br />

BRASIL<br />

ARRUDA<br />

R DR CARLOS<br />

ALMEIDA<br />

RODRIGUES<br />

R PEDRO<br />

GUILHERME<br />

WAACK<br />

AV MATO GROSSO<br />

AV ATLANTICA<br />

AV ATLANTICA<br />

AV ALAGOAS<br />

AV PARANA<br />

AV RIO DE JANEIRO<br />

AV VEREADOR<br />

ARISTIDES<br />

ANIZIO<br />

DOS SANTOS<br />

AV BAHIA<br />

AV GOIAS<br />

AV PARANA<br />

AV GOIAS<br />

AV AMAZONAS<br />

AV GUAPORE<br />

R VER ANTONIO<br />

CRUZ AROUCA<br />

AV MIGUEL VARLEZ<br />

AV VEREADOR<br />

ARISTIDES<br />

ANIZIO<br />

DOS SANTOS<br />

AV PERNAMBUCO<br />

R EXP NOVARINO<br />

LEITE<br />

DOS SANT<br />

AV ALAGOAS<br />

R DR CARLOS<br />

ALMEIDA<br />

RODRIGUES<br />

AV PARANA<br />

R BENEDITA<br />

FREITAS<br />

RAMOS<br />

AV SERGIPE<br />

AV PERNAMBUCO<br />

AV BAHIA<br />

RJOSE<br />

ANTONIO<br />

DA SILVA<br />

RCHIQUINHA<br />

DE ARAUJO<br />

R EXP NOVARINO LEITE DOS SANT<br />

R PEDRO<br />

GUILHERME<br />

WAACK<br />

RDRPERO<br />

BRASIL<br />

ARRUDA<br />

AV MATO<br />

GROSSO<br />

AV RIO DE<br />

JANEIRO<br />

AV ATLANTICA<br />

AV SAO<br />

PAULO<br />

AV SAO<br />

PAULO<br />

AV MINAS<br />

GERAIS<br />

R BENEDITA PINTO<br />

FERREIRA<br />

AV ATLANTICA<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO NORTE<br />

AV<br />

MINAS<br />

GERAIS<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV MINAS GERAIS<br />

AV SAO<br />

PAULO<br />

AV RIO<br />

GRANDE DO SUL<br />

AV<br />

PARA -<br />

NA<br />

R EVARISTO DA VEIGA<br />

R GENERAL OSORIO<br />

R BENJAMIN CONSTANT<br />

AV UNIAO DAS<br />

AMERICAS<br />

R GENERAL OSORIO<br />

AV ATLANTICA<br />

AV ALMIRANTE<br />

TAMANDARE<br />

R MARQUES<br />

HERVAL<br />

AVATLANTICA<br />

RASIL<br />

AV AMA-<br />

ZONAS<br />

R BRAULIO PEREIRA BARRETO<br />

AV RIO DE<br />

JANEIRO<br />

AV GUARDA MIRIM JUAREZ<br />

AV DURVALINABUENO<br />

R SEN FEIJO<br />

R ROTARY<br />

R DUARTE<br />

DA COSTA<br />

REVARISTO DA VEIGA<br />

RBENJAMIN<br />

CONSTANT<br />

AV ALMIRANTE<br />

TAMANDARE<br />

AV DURVALINA BUENO<br />

R SEN FEIJO<br />

R DUARTE DACOSTA<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO NORTE<br />

AV BELO<br />

HORIZONTE<br />

AV RIO<br />

BRANCO<br />

AV SANTA<br />

CATARINA<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO NORTE<br />

RTRES<br />

R JORGE<br />

LEITE VIEIRA<br />

R MARQUES<br />

HERVAL<br />

AV M DIREITA AV RIO<br />

BRANCO<br />

R AFONSO PENA<br />

AV RIO BRANCO<br />

RMATHIAS<br />

ALBUQUERQUE<br />

AV UNIAO<br />

DAS<br />

AMERICAS<br />

RMATHIAS<br />

ALBUQUERQUE<br />

R HENRIQUE DIAS<br />

AV RIO BRANCO<br />

RMANOEL<br />

CALIXTO SILVA<br />

AV RIO BRANCO<br />

R JOSE MIRANDA DE FARIA<br />

TV MARIA<br />

DO CARMO<br />

TR. LINDORIO<br />

DA SILVA<br />

R AFONSO PENA<br />

R PROJE -<br />

TADA<br />

R BENEDITA F S GONCALVES<br />

R FRANCISCO DO CARMO<br />

R MARIA R PINTO<br />

456.000<br />

RJOAO<br />

CAFE FILHO<br />

AV PRUDENTE<br />

DE MORAIS<br />

R GETULIO VARGAS<br />

R BENEDITA MARTINS CRUZ<br />

R HERMES DA FONSECA<br />

7.386.000<br />

RODETE<br />

M PINTO<br />

R BENEDITA<br />

ANTUNES<br />

DA COSTA<br />

ROITO<br />

R SETE<br />

RJORGE LEITE VIEIRA<br />

R SEBASTIAO PEDRO<br />

R MARIA<br />

F MOURA<br />

TV ZUMIRA<br />

M JESUS<br />

RMAL<br />

FLORIANO<br />

PEIXOTO<br />

R JOSE DO PATROCINIO<br />

RTOME<br />

DE SOUZA<br />

R NILO PECANHA<br />

RMADE<br />

SOUZA<br />

RMEMDESA<br />

R MAL ARTUR COSTA E SILVA<br />

RTREZE<br />

R ELVIRA PEUPETA<br />

R BENEDITA<br />

M SOUZA<br />

R MANOEL B<br />

DE BARROS<br />

R MAL<br />

FLORIANO<br />

PEIXOTO<br />

AV PRUDENTE DE MORAIS<br />

R JOAQUIM<br />

JOSE DA<br />

SILVA<br />

XAVIER<br />

R EPITACIO PESSOA<br />

R WENCESLAU BRAZ<br />

REPITACIO<br />

PESSOA<br />

R WENCESLAU BRAZ<br />

R EPITACIO PESSOA<br />

RJOSEBDEAESILVA<br />

AV PARA -<br />

NA<br />

AV SANTA<br />

CATARINA<br />

R FERRAZ DE<br />

VASCONCELOS<br />

AV RIO DE<br />

JANEIRO<br />

AV BAHIA<br />

R VICENTE<br />

LEPORACIO<br />

AV PA-<br />

RANA<br />

AV CUIABA<br />

AV BRASILIA<br />

AV VEREADOR<br />

ARISTIDES<br />

ANIZIO DOS<br />

SANTOS<br />

AV RIO BRANCO<br />

AVACRE<br />

PÇ 1ºCENTENARIO<br />

R ANTONIO JOSE DUARTE<br />

AV BELO<br />

HORIZONTE<br />

AV BELEM<br />

R DEODATO ALVES DA CRUZ<br />

AV BELO<br />

HORIZONTE<br />

AV AMAPA<br />

AV RIO BRANCO<br />

R BERTOLDO PASSOS<br />

AV SERGIPE<br />

AV AMAPA<br />

AV RIO BRANCO<br />

AV SERGIPE<br />

R DR CARLOS<br />

ALMEIDA<br />

RODRIGUES<br />

RBENEDITA<br />

FREITAS RAMOS<br />

R CDOR<br />

MARIO<br />

TROMBINI<br />

AV GUA -<br />

PORE<br />

R EXP NOVARINO<br />

LEITE DOS SANT<br />

R PEDRO<br />

GUILHERME<br />

WAACK<br />

RDRPERO<br />

BRASIL<br />

ARRUDA<br />

AV MATO<br />

GROSSO<br />

AV GUA -<br />

PORE<br />

R FERRAZ DE<br />

VASCONCELOS<br />

AV<br />

PERNAM -<br />

BUCO<br />

R CDOR<br />

MARIO<br />

TROMBINI<br />

AV PERNAMBUCO<br />

AV AMAZONAS<br />

AV RIO DE JANEIRO<br />

AV BAHIA<br />

R VICENTE<br />

LEPORACIO<br />

R BENEDITA<br />

PINTO<br />

FERREIRA<br />

AV AMA -<br />

ZONAS<br />

R SATURNINO<br />

MARIANO<br />

NEPOMUCENO<br />

AV CUIABA<br />

AV MATO GROSSO<br />

AV ACRE<br />

AV CUIABA<br />

AV BELEM<br />

R OSIRES<br />

NEPOMUCENO<br />

SANTANA<br />

AV BELEM<br />

AV AMAPA<br />

AV RIO<br />

BRANCO<br />

AV GUA -<br />

PORE<br />

AV GUA -<br />

PORE<br />

RQUATRO<br />

R1º CENTENARIO DOS BATISTAS<br />

R PLINIO PASSOS<br />

R CINCO<br />

R DEODATO ALVES DA CRUZ<br />

AV BRASILIA<br />

RODOVIA BR 101<br />

R JOSE CAETANO<br />

R TREZE<br />

R HIGINO MARTINS<br />

AV BRASILIA<br />

AV BRASILIA<br />

R QUINZE<br />

R DEZESEIS<br />

R E DE SANTANA<br />

RHERONDINO DO NASCIMENTO<br />

AV ACRE<br />

AV CUIABA<br />

R MANOEL B<br />

DE BARROS<br />

R HIGINO MARTINS<br />

R HOMERA<br />

R OITOA<br />

R SETE<br />

RSEIS<br />

RDOZE<br />

R ONZE<br />

R OITO B<br />

RNOVE<br />

R DEZ<br />

AV MARGINAL<br />

R MARIZA<br />

R PRADO<br />

AV MAL DEODORO<br />

DA FONSECA<br />

R JOAQUIM ANTONIO DA ROCHA<br />

R BENE -<br />

DITA<br />

RADOS<br />

SANTOS<br />

R E DE SANTANA<br />

TV BENEDITO<br />

RMARCIA<br />

R PEDRO<br />

ACABRAL<br />

RMARIAA<br />

DOS ANJOS<br />

R BENEDITA<br />

ALVES CRUZ<br />

RPRIMEIRO<br />

DE MAIO<br />

R BENEDITO ALVES NEPOMUCENO<br />

R DEZENOVE<br />

DE NOVEMBRO<br />

R IRMA SAO FRANCISCO<br />

RIO SANTO ANTONIO<br />

R INDEPENDENCIA<br />

R JOAO V MORAES<br />

R INDEPENDENCIA<br />

R BENEDITA<br />

ALVES CRUZ<br />

RTREZE<br />

DE MAIO R JOAO<br />

MARCELO<br />

AV A<br />

RA<br />

AV A<br />

R IRMA SAO FRANCISCO<br />

R DOIS<br />

R B<br />

R ANTONIO JOSE DUARTE<br />

R D<br />

R C<br />

R<br />

R H<br />

AV CAMPOS SALLES<br />

R F<br />

R E<br />

R G<br />

RA<br />

RA<br />

R ARTHUR<br />

BERNARDES<br />

R JOAQUIM JOSE<br />

DA SILVA XAVIER<br />

RA<br />

RA<br />

R DOM PEDRO I<br />

RDOMPEDROII<br />

RARTURBERNADES<br />

AV TUCANO<br />

AV TUCANO<br />

R BICO<br />

DE LACRE<br />

R COLEIRINHA<br />

AV TUCANO<br />

AV TUCANO<br />

R BICO<br />

DE LACRE RARTURBERNADES<br />

AV CARDEAL<br />

RUA 6<br />

TV PICA PAU<br />

AV FALCAO<br />

RUA 5<br />

RUA 5<br />

R ARAPONGA<br />

RGAVIAO<br />

R PASSARO PRETO<br />

R ROUXINOL<br />

RGAVIAO<br />

R PASSARO PRETO<br />

R ARAPONGA<br />

R ROUXINOL<br />

R COLEIRINHA<br />

R ROUXINOL<br />

R GAIVOTAS<br />

RA<br />

R GAIVOTAS<br />

RA<br />

R GAIVOTAS<br />

AV UIRAPURU<br />

R TICO<br />

TICO<br />

RA<br />

AV CARDEAL AV CARDEAL<br />

R GAIVOTAS<br />

R GAIVOTAS<br />

R BICO DE<br />

LACRE<br />

AV GARCA<br />

AV FALCAO<br />

AV PICA PAU<br />

RODOVIA BR 101<br />

RODOVIA BR 101<br />

AV PICA PAU<br />

AV PICA PAU<br />

AV CARDEAL<br />

AV FALCAO<br />

AV UIRAPURU<br />

R ARAPONGA<br />

AV FALCAO<br />

AV TRES<br />

TV TRES<br />

AV MAL<br />

DEODORO<br />

DA FONSECA<br />

R BENEDITO REIS<br />

R BENEDITA<br />

ANTUNES<br />

DA COSTA<br />

R DOZE<br />

TV JOAQUINA<br />

S FERREIRA<br />

RMARIAC<br />

DE SOUZA<br />

RDENILSA S DOS SANTOS<br />

R JOSE FERREIRA<br />

RJOSEVLEAL<br />

RMARIA<br />

JOSE DE<br />

OLIVEIRA<br />

R CANTIDIA<br />

O SANTANA<br />

ROITO<br />

R MARIA A DE O MOREIRA<br />

R DELFIM<br />

MDAC<br />

RIBEIRO<br />

R ANTONIO DOS SANTOS<br />

RODOVIA BR 101<br />

R MIGUEL ADELAIDE<br />

R CINCO<br />

R ALZIRA<br />

FRORIANO SA<br />

R 12<br />

AC PARA KARTODROMO (MATADOURO)<br />

RUM<br />

AV MARGINAL<br />

R DOIS<br />

RODOVIA BR 101<br />

TV JOAO S DACRUZ<br />

AV PICA PAU<br />

R PIXOXO<br />

AV PICA PAU<br />

RFILADELFO REIS<br />

R ELVIRA PEUPETA<br />

TV JOAO S<br />

DA CRUZ<br />

ROMO (MATADOURO)<br />

R PEDRO MARQUES<br />

DE MACEDO<br />

RQUATRO<br />

RTRES<br />

RQUATRO<br />

RJACARANDA<br />

RUM<br />

R CINCO<br />

R HIRAN MENDES<br />

R TRES<br />

RSAOLUIS<br />

RVIOLETA<br />

R JUSSARA<br />

RCABREUVA<br />

R GUARANDI<br />

R PATI<br />

R HORTENCIA<br />

AV FIORAVANTE PASCHOLIN<br />

R JASMIN<br />

RCASA BRA<br />

RMARGARIDA<br />

R ARACA<br />

AV DR ALDINO SCHIAVI<br />

RIPE<br />

RGUARANDI<br />

R PATI<br />

R INGA<br />

R LUIZ LIRIA MARTINS<br />

R VINTE E TRES DE MAIO<br />

AV SAO PAULO<br />

R CAUNA<br />

RLUIZLIRIALOPES<br />

TV AGUEDA<br />

R MONTE<br />

ALEGRE<br />

DO SUL<br />

AV DR ALDINO SCHIAVI<br />

R LUIZ LIRIA MARTINS<br />

R VINTE E<br />

TRES DE MAIO<br />

R CAMBURI<br />

R CAUNA<br />

R PITAN -<br />

GUEIRAS<br />

AV SAO PAULO<br />

R CABRE<br />

TV D<br />

RITANHAEM<br />

RDOS TIMBIRAS<br />

AV HORACIO<br />

RODRIGUES<br />

R PERUIBE<br />

AV ITAPOAN<br />

RALEXANDRE<br />

DE SOUZA<br />

TV H<br />

TV REGIANA<br />

AV HORACIO<br />

RODRIGUES<br />

R DON<br />

GERONIMO<br />

DE ATAIDE<br />

R FRANCISCO NUNES<br />

MARTINHO D'ECA<br />

RDOS<br />

TUPINAMBAS<br />

AV DOS<br />

BANDEIRANTES<br />

R SANTA RITA DO<br />

PASSA QUATRO<br />

RLUIZLIRIA LOPES<br />

RSANTABARBARA<br />

DO RIO PARDO<br />

AV ITAPOAN<br />

R FRANCISCO NUNES<br />

MARTINHO D'ECA<br />

R SOCORRO<br />

RDOS<br />

TIMBIRAS<br />

R BARTHOLOMEU<br />

BUENO DASILVA<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R MANOEL BORBA GATO<br />

R MANOEL<br />

BORBA GATO<br />

R DR ALBERTO S RAMOS<br />

AV PAULO FERRAZ PORTO<br />

RDOSGUARANIS<br />

AV DR ALDINO SCHIAVI<br />

R DOS<br />

CATETES<br />

R DOSCATETES<br />

R DOS<br />

TAMOIOS<br />

RDOSAYMORES<br />

R DOS<br />

GOITACAZES<br />

AV DOS<br />

BANDEIRANTES<br />

R PASCHOAL<br />

P ARAUJO<br />

R DOS<br />

TAMOIOS<br />

R SANTA RITA DO<br />

PASSA QUATRO<br />

AV DO CANAL<br />

R DOS<br />

AYMORES<br />

R TUPIS<br />

R CAMPOS<br />

N PAULISTA<br />

R BENEDITO<br />

JORGE<br />

R PEDRO CARVALHO<br />

R ANTONIO R DE ALMEIDA<br />

COELHO PASSOS DA<br />

R LINDOYA<br />

R BENEDITO V<br />

DOS SANTOS<br />

R SERRA NEGRA<br />

PRAINHA<br />

R DOS GOITACAZES<br />

R DOS<br />

GOITACAZES<br />

R NITEROI<br />

R D J VELHO<br />

R FERNAO DIAS PAES LEME<br />

R PEDRO CARVALHO<br />

R BENEDITO JORGE<br />

AV PAULO FERRAZ PORTO<br />

R BENEDITO V<br />

DOS SANTOS<br />

AV PROF ADALI<br />

R DOS<br />

TUPINAMBAS<br />

PONTADO<br />

CAMBURI<br />

RAGUAS DE SAO PEDRO<br />

RAGUASDA PRATA<br />

R JOSE V DA MOTA<br />

AV PAULO FERRAZ PORTO<br />

R NITEROI<br />

R BAHIA<br />

RFERNAO DIAS PAES LEME<br />

PRAIA DO<br />

CAMBURI<br />

Z LIRIA MARTINS<br />

IO<br />

UES<br />

R CUNHA<br />

ES<br />

R NUPORA<br />

AL DAS MAGNOLIAS<br />

R CUBA<br />

R CAMPINAS<br />

AV JUNDIAI<br />

VIELA<br />

TV E<br />

R SAN<br />

ROITO<br />

AV PAULO FERRAZ PORTO<br />

R GUARA -<br />

REMA<br />

AV BRASIL<br />

R MONSENHOR ASCANO BRANDAO<br />

R GUARAREMA<br />

R QUELUZ<br />

AV JUNDIAI<br />

R QUELUZ<br />

R MONSENHOR<br />

ASCANO BRANDAO<br />

R CAMPOS<br />

JORDAO<br />

TV A ZENKO<br />

FILHO<br />

R CRUZEIRO<br />

R SEBASTIAO NEPOMUCENO<br />

RLEVIA<br />

DE SOUZA<br />

AV JUNDIAI<br />

RCPAULISTA<br />

R CRUZEIRO<br />

AV BRASIL<br />

R ZACARIAS AROUCA<br />

R GUARA -<br />

TINGUETA<br />

AV DR ARTHUR COSTA FILHO<br />

RAPARECIDA<br />

DO NORTE<br />

R JOSE M<br />

DE SOUZA<br />

AV PRES<br />

CASTELO<br />

BRANCO<br />

R LORENA<br />

RCAMPOS<br />

JORDAO<br />

AV BRASIL<br />

R<br />

AV PRES<br />

CASTELO<br />

BRANCO<br />

RZACARIAS<br />

AROUCA<br />

R LUCAS<br />

NOGUEIRA GARCEZ<br />

AV DR ARTHUR COSTA FILHO<br />

RCACAPAVA<br />

R SAO JOSE DOS CAMPOS<br />

R DONA SOFIA<br />

TV COSTA NETO<br />

RFERNANDOCOSTA<br />

R ENGENHEIRO<br />

JOAO FONSECA<br />

R DR ALTINO<br />

ARANTES<br />

R BONIFACIO DE FREITAS<br />

AV PRES<br />

CASTELO<br />

BRANCO<br />

R MAJOR<br />

AYRES<br />

PÇ DIOGENES<br />

RIBEIRO DE LIMA<br />

AV DR ARTHUR<br />

COSTAFILHO<br />

AV PADRE<br />

ANCHIETA<br />

AV DR ARTHUR<br />

COSTA FILHO<br />

R MOGI DAS<br />

CRUZES<br />

AV SANTA CRUZ<br />

RTEOTINO<br />

TIBIRICA PIMENTA<br />

R GABRIEL<br />

QUADROS<br />

SANTA<br />

Z<br />

R MAJOR AYRES<br />

RLUIS<br />

PASSOS<br />

JUNIOR<br />

RSEBASTIAO<br />

MARIANO<br />

OMUCENO<br />

RE<br />

IETA<br />

CENTRO<br />

AV D O<br />

R DE<br />

Z<br />

R VINTE E TRES<br />

R G UM<br />

R DEZ<br />

AV T<br />

A<br />

AV DOIS<br />

R K RK<br />

RKUM<br />

AV EE<br />

AV EE<br />

R G TRES<br />

R G DOIS<br />

RGQUATRO<br />

RKDOIS<br />

R O DOIS<br />

R K TRES<br />

R O<br />

R O UM<br />

ROTRES<br />

R R<br />

R R UM<br />

R R R R<br />

AV DOIS<br />

AV EE<br />

R O<br />

AV TRES<br />

AV DOIS<br />

AV UM<br />

RRDOIS<br />

R R TRES<br />

RS<br />

R R TRES<br />

RRQUATRO<br />

R S<br />

AV EE<br />

RU<br />

RSDOIS<br />

R U<br />

RSUM<br />

RSDOIS<br />

RSTRES<br />

RUUM<br />

LIMITE DA ZONA URBANA LEI 200/92<br />

RUMDOIS<br />

RUQUATRO<br />

R U TRES<br />

PRAIA PAM - B R<br />

R BENJAMIN<br />

CONSTANT<br />

RALVARENGA<br />

PEIXOTO<br />

R EVARISTO DA VEIGA<br />

R GENERAL OSORIO<br />

AV ATLANTICA<br />

RTOMAS<br />

ANTONIO<br />

GONSALVES<br />

R CLAUDIO<br />

MANOEL<br />

DA COSTA<br />

AV ATLANTICA<br />

R ITAGUA<br />

RMARTIM<br />

DE SA<br />

R MARANDUBA<br />

AV ATLANTICA<br />

RMASSA-<br />

GUACU<br />

R CASAN -<br />

DOCA<br />

PRAIA DA LAGOA<br />

RONZE<br />

AV UM<br />

RSETE<br />

AV UM<br />

RSETE<br />

R OITO<br />

R DOZE<br />

R ONZE<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

R OITO<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

AV UM<br />

AV MIRAMAR<br />

R VINTE E UM<br />

RVINTE<br />

RDEZOITO<br />

R CAMPINAS<br />

AV MIRAMAR<br />

R JAU<br />

R ITU<br />

R SANTOS<br />

AV MIRAMAR<br />

R SAO JORGE<br />

R VINTE E DOIS<br />

PRAIA DAS PALMEIRAS<br />

R SEIS<br />

RTREZE<br />

R DEZESEIS<br />

R CATORZE<br />

RQUINZE<br />

R DOZE<br />

R SEIS<br />

R JOAQUIM NABUCO ARAUJO<br />

AV DUQUE DE CAXIAS<br />

R DO<br />

TELEGRAFO<br />

ALDO MAOCUCCI<br />

7.382.000<br />

456.000<br />

R SETE<br />

R OITO<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

R SETE<br />

R OITO<br />

RJOAOBLAU<br />

R BAURU<br />

R ARARAS<br />

RMARILIA<br />

R SAO PAULO<br />

RBOTUCATU<br />

R CARLOS RIBEIRO JUSTINIANO DAS CHAGAS<br />

R JULIO LAZARINI<br />

R SANTO ANTONIO<br />

RUM<br />

AV CC<br />

R MARGINAL DOIS<br />

R DOIS<br />

AV UM<br />

R RIBERAO PRETO<br />

R PIRACICABA<br />

R AN<br />

P<br />

R DOM F MASCARENHAS<br />

R A<br />

RCLEIDE E<br />

FERNANDES<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

R PALMEIRAS<br />

R SAO JORGE<br />

R SEIS<br />

R MARGINAL TRES<br />

RTRES<br />

AV DOSINGLESES<br />

RQUATRO<br />

R CINCO<br />

R ANTONIO FERNANDES<br />

RWALTER DEARAUJO CINTRA<br />

ROSCARINA<br />

VAZ FERREIRA<br />

R C<br />

RANTONIO<br />

FERREIRA GARCIA<br />

RINACIO FERREIRA<br />

R JOAO SIQUEIRA<br />

AV UM<br />

AV UM<br />

AV EE<br />

AV DOIS<br />

R DOZE<br />

R MARGINAL QUATRO<br />

AV DOS INGLESES<br />

RONZE<br />

RTREZE<br />

RSETE<br />

RDEZ<br />

RNOVE<br />

RATRES<br />

AV CC<br />

RADOIS<br />

AV AA<br />

AV TRES<br />

RDEZENOVE<br />

RNOVE<br />

R OITO<br />

RDEZ<br />

AC FAZENDA SERRAMAR<br />

MORRO<br />

DO<br />

CASTELO<br />

R C TRES<br />

R C<br />

RE<br />

AV CC<br />

RCUM<br />

R C DOIS<br />

AV EE<br />

RAQUATRO<br />

AV DOIS<br />

AV EE<br />

AV DOIS AV DOIS<br />

AV TRES<br />

AV UM<br />

AV TRES<br />

R F<br />

AV UM<br />

ROLA<br />

AV DOIS<br />

R DOZE<br />

RVINTE<br />

R VINTE<br />

EDOIS<br />

R SETE<br />

RTREZE<br />

R DEZ<br />

AV DOS INGLESES<br />

SINGLESES<br />

Z<br />

ESETE<br />

R NOVE<br />

R G<br />

R F<br />

AV CC<br />

R VINTE<br />

E DOIS<br />

ESEIS<br />

R OITO<br />

R G<br />

TRES<br />

AV UM<br />

S<br />

A<br />

V DOIS<br />

AV<br />

RFRA<br />

R DOZE<br />

T<br />

R O<br />

R DOZE<br />

ES<br />

T<br />

R O<br />

R ROZANA<br />

AV MANOEL<br />

SEVERINO<br />

DE CASTRO<br />

AV MANOEL<br />

SEVERINO<br />

DE CASTRO<br />

R ROZANA<br />

RSEIS VE ONZE<br />

CORREGO SEM NOME<br />

R JOSE CARLOS BALLIU<br />

TV JORDAO PEDRO<br />

AV DOIS<br />

TV ROSA PAES<br />

TV JORDAO PEDRO<br />

AV DOIS<br />

TV ROSA PAES<br />

CORREGO SEM DENOMINAÇAO<br />

7.380.000<br />

TV SAO MIGUEL<br />

R SAO MIGUEL<br />

RNOVE<br />

R OITO<br />

R NOVE<br />

R S<br />

R<br />

R QUATRO<br />

R SAO PEDRO<br />

R ANTONIO<br />

DOS SANTOS<br />

R SAO MATHEUS<br />

R B<br />

R C<br />

R A<br />

R C<br />

RQUATRO<br />

TV SA<br />

R CEARA<br />

R SAO MIGUEL<br />

R K<br />

RSAO<br />

MIGUEL<br />

R BAHIA<br />

AV DOIS<br />

R SAO JOAO<br />

RSA<br />

RSA<br />

TV SAO PE<br />

R MANOELGASPAR<br />

R GUILHERME DEALMEIDA<br />

RUM<br />

R DEZ<br />

R SAO MANOEL<br />

R DOIS<br />

IRMAOS<br />

RPEDRINA<br />

BORGES<br />

AROUCA<br />

R SEIS<br />

RTRES<br />

R NOVE<br />

R D<br />

R SAO MATHEUS<br />

R ANTONIO DOS SANTOS<br />

LIMITE DA ZONA URBANA<br />

PEREQUE<br />

PROLONGAMENTO<br />

ESTRADA DOS PASSAROS<br />

AV TRES<br />

AV TRES<br />

AV TRES<br />

AV DOIS<br />

R O<br />

RE<br />

R D<br />

R C<br />

AV UM<br />

AV QUATRO<br />

R U<br />

R S<br />

R ONZE<br />

RSEIS<br />

R SETE<br />

R DEZ<br />

ROITO<br />

RIO CAMBURU<br />

454.000<br />

R SAO MATHEUS<br />

RMANOEL GASPAR<br />

R GUILHERME<br />

DE ALMEIDA<br />

RTRES<br />

RUM<br />

RIO CAMBURU<br />

RIO CAMBURU<br />

AV DOIS<br />

AV DOIS<br />

AV UM<br />

AV TRES<br />

AV QUATRO<br />

AV TRES<br />

AV EE<br />

R V<br />

RV<br />

R V<br />

9<br />

AV MIRAMAR<br />

AL FRANCISCO ALVARO BUENO DE PAIVA<br />

AL FRANCISCO DE<br />

ASSIS ROSA E SILVA<br />

AV MIRAMAR<br />

AL TAMOIO<br />

AV CASEMIRO<br />

MARQUES J<br />

DE ABREU<br />

AV MIRAMAR<br />

AVATLANTICO<br />

AV SEIS<br />

R TRES<br />

R QUATRO<br />

AV CINCO<br />

AV QUATRO<br />

PÇ SÃO<br />

PAULO<br />

AL ANA MARIA<br />

DE JESUS RIBEIRO<br />

AL FRANCISCO DE<br />

ASSIS ROSA E SILVA<br />

RFERNANDO<br />

DE MELO<br />

VIANA<br />

AL TAMOIO<br />

R ITAMAR<br />

HART<br />

ABUBAKIR<br />

AV MIRAMAR<br />

7.380.000<br />

456.000<br />

RPEDRO DE<br />

ARAUJO<br />

LIMA<br />

ALAMEDA<br />

PARA<br />

R CRISTOVAO<br />

DE BARROS<br />

RDOMPEDRO DA SILVA<br />

AL COSME RANGEL<br />

RTATUAPE<br />

R BRAZ<br />

RICARDO<br />

SANTANA<br />

R PEDRO DE<br />

ARAUJO LIMA<br />

AL COSME RANGEL<br />

AV PRIMEIRO DE MAIO<br />

R DOIS<br />

R UM<br />

RMARAJO<br />

R DOM PEDRO<br />

DA SILVA<br />

R QUINZE<br />

AL MANOEL<br />

TELLES BARRETO<br />

R TATUAPE<br />

AL ERNESTO DE<br />

ALBUQUERQUE<br />

AL COSME RANGEL<br />

AL ANA MARIA<br />

DE JESUS RIBEIRO<br />

AL MANOEL<br />

TELLES BARRETO<br />

R DOM<br />

PEDRO<br />

DA SILVA<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

R BRAZ RICARDO SANTANA<br />

R AUGUSTA V PAES<br />

R ANGELO BENETE<br />

R ERNESTO J PAES<br />

R IZAMIRA PINTO SANTANA<br />

TV LAURENA PAES<br />

RTRES<br />

TV J S DE<br />

CASTRO<br />

RANTONIOLAZARO<br />

R UM<br />

RBANCO ECONOMICO<br />

RIO JUQUERIQUERE<br />

AL ANTONIO L<br />

GONCALVES DA CAMARA<br />

TV RECIFE<br />

R CAIXA<br />

ECONOMICA<br />

R BANCO ITAU<br />

RIO JUQUERIQUERE<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

R GENTIL R DO<br />

NASCIMENTO<br />

R PLACIDINA<br />

FERREIRA<br />

DOS SANTOS<br />

RTHOMAS<br />

MORENO<br />

R GENTIL R DO<br />

NASCIMENTO<br />

R BENEDITO<br />

MIGUEL DE<br />

BARROS<br />

AL ANTONIO L<br />

GONCALVES<br />

DA CAMARA<br />

R LOURENCO<br />

DA VEIGA<br />

AL MANOEL TELLES BARRETO<br />

R CRISTOVAO<br />

DE BARROS<br />

R AGENOR PAES<br />

RNOSSASRA<br />

APARECIDA<br />

RODETE<br />

R ISMAEL IGLESIAS<br />

R JOSE FERRARI<br />

PEGORELLI<br />

R BOAVENTURA<br />

DE SOUZA<br />

R TRES<br />

R FERNANDO<br />

DE NORONHA<br />

AL ANTONIO L GONCALVES DA CAMARA<br />

AL RONDONIA<br />

TV ANTONIO<br />

TDO ROSARIO<br />

R JOSE FERRARI<br />

AV ONZE<br />

R L CORREA R HEITOR<br />

FERRARI<br />

R P CORREA<br />

RANTONIO<br />

F PIMENTA<br />

R BENEDITA<br />

TEODORO<br />

R DEZ<br />

AV SETE<br />

RUM<br />

R DOIS<br />

RTRES<br />

RQUATRO<br />

RCINCO<br />

RSEIS<br />

AV ONZE<br />

R JOSE VIEIRA DE FREITAS LINS<br />

ROITO<br />

R DEZ<br />

RDOZE<br />

R SETE<br />

ROITO<br />

R NOVE<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

TV MANOEL<br />

SILVA<br />

R MANOEL SILVA<br />

RVINTE E SEIS DE SETEMBRO<br />

RANTONIO RODRIGUES<br />

RDOIS<br />

RTRES<br />

R MONGAGUA<br />

R PIRAJUI<br />

R A<br />

RDOMINGOS GRECA<br />

R AMADEU<br />

BERNARDI<br />

AV JOSE<br />

HERCULANO<br />

RDOMINGOS GRECA<br />

RALDO MAOCUCCI<br />

AV DUQUE DE CAXIAS<br />

NTONIO<br />

PEREGO<br />

R NOSSA SENHORA<br />

DO BOM PARTO<br />

R CAROLINA<br />

FERNANDES<br />

RALMIRANTE TAMANDARE<br />

AV DUQUE DE CAXIAS<br />

RALDO MAOCUCCI<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

R UM<br />

AV DOIS<br />

R CANAN<strong>EIA</strong><br />

R GUARUJA<br />

R JACUPIRANGA<br />

RIGUAPE<br />

RLUIS<br />

NICOLAU<br />

F VARELA<br />

R <strong>CARAGUA</strong> -<br />

TATUBA<br />

AV RIO CLARO<br />

R FRANCISCO ANTONIO<br />

R GUARUJA<br />

R SAO<br />

VICENTE<br />

R BERTIOGA<br />

RLOURIVAL PAES<br />

RLOURIVAL DE OLIVEIRA<br />

R BENEDITO CRUZ<br />

R ISMAEL IGLESIAS<br />

R MANOEL PAULINO FERREIRA<br />

R MARINA GONCALVES<br />

RISRAEL IGLESIAS<br />

R PEDRO DE OLIVEIRA<br />

R CINCO<br />

R FLORIANO<br />

PAULINO<br />

FERREIRA<br />

R BOAVENTURA<br />

DE SOUZA<br />

AV MANOEL SEVERINO DE CASTRO<br />

RTRES<br />

RQUATRO<br />

R SEIS<br />

R SETE<br />

R JUQUERI<br />

R SANCHES<br />

BATISTA<br />

XIMILIANO C NETO<br />

R PEREQUE<br />

RLAZARO<br />

RTOPOLANDIA<br />

R PIRAJUI<br />

AV JOSE DA<br />

COSTA<br />

PINHEIRO JR<br />

RSANTOS<br />

RJOSEFERRARI<br />

PEGORELLI<br />

R BENEDITO SEVERINO DE CASTRO<br />

R BENEDITO SEVERINO DE CASTRO<br />

R PEDRO DE OLIVEIRA<br />

R ISRAEL IGLESIAS<br />

R SEBASTIAO PAULINO FERREIRA<br />

R AGENOR<br />

PAES<br />

R FRANCISCO ANTONIO<br />

R FRANCISCO ANTONIO<br />

R <strong>CARAGUA</strong> -<br />

TATUBA<br />

R SANCHES<br />

BATISTA<br />

R MARANDUBA<br />

R LAGOI -<br />

NHA<br />

V RIO CLARO<br />

ANCISCOANTONIO<br />

R BARTOLOMEU<br />

LDEGUSMAO<br />

AV RIO CLARO<br />

R DEZ<br />

R ONZE<br />

R NOVE<br />

ROITO<br />

DA PETROBRAS<br />

R DEZ<br />

R ONZE<br />

R NOVE<br />

ROITO<br />

TV BARRANCO ALTO<br />

R SANTO ANTONIO<br />

TV BARRANCO ALTO<br />

LLIU<br />

R TRES<br />

R OLAVO BILAC<br />

R MARTINS FONTES<br />

R CINCO<br />

RQUATRO<br />

RDOIS<br />

RUM<br />

R ARNALDO<br />

MATEUS NEGRO<br />

R ALVARO JORGE<br />

RSANTO AGOSTINHO<br />

RSANTO AGOSTINHO<br />

R ALBERICO DA SILVA GORDO<br />

R DAGRANJA<br />

R ALBERICO DA SILVA GORDO<br />

R DAGRANJA<br />

RALBERICO DA<br />

SILVA GORDO<br />

AVO BILAC<br />

R DOIS<br />

RTRES<br />

RQUATRO<br />

R JOSE ALVES DOS SANTOS<br />

R SAO DIMAS<br />

R SAO JUDAS TADEU<br />

R SANTA RITA<br />

R JOSE ALVES DOS SANTOS<br />

R SAO DIMAS<br />

R SAO JUDAS TADEU<br />

R SANTA RITA<br />

R SAO<br />

FRANCISCO<br />

R CINCO<br />

R DEZ<br />

R DOIS<br />

R SETE<br />

RTRES<br />

R DOIS<br />

RTRES<br />

RUM<br />

R CASEMIRO DE ABREU<br />

L<br />

R SANTA MARTA<br />

R MARIA B DE MIRANDA<br />

O<br />

E<br />

ETE<br />

R SEIS<br />

ANTA MARTA<br />

AO MIGUEL<br />

AO MIGUEL<br />

EDRO<br />

R. P JETADA<br />

EST DO CAMINHO GRANDE<br />

EST ABA DE FORA<br />

R PE<br />

R HENRIQUE MAXIMILIANO C<br />

N<br />

R. ROCHA BOCATO<br />

EST ABA DE DENTRO EST PARQUE DAS GARCAS<br />

R CLEUSA SANTOS<br />

RIZIDRIO PAULINO<br />

R CINCO<br />

R ANTONIO PAULINO FERREIRA<br />

R ANTONIO OFERREIRA<br />

7.378.000<br />

456.000<br />

R E<br />

R CATORZE<br />

TV QUATRO<br />

RJOVIANO VASCONCELOS<br />

TV DOIS<br />

RDEZ<br />

R NOVE<br />

RIO JUQUERIQUERE<br />

TV MIRA MAR<br />

R GOVERNADOR<br />

VALADARES<br />

R NOSSA SENHORA<br />

APARECIDA<br />

R JOSE FERNANDO NUNES<br />

TV PEREQUE<br />

MIRIM<br />

RTRES<br />

CORACOES<br />

R SALESOPOLIS<br />

RTRES CORACOES<br />

R DAS MISSOES<br />

R PORTO NOVO<br />

R BENEDITO FERREIRA<br />

AV DOIS<br />

RVAPAPESCA<br />

R DEZESEIS<br />

R DEZESETE<br />

RDEZENOVE<br />

AV DOIS<br />

RDEZOITO<br />

R QUINZE<br />

RF<br />

AV D<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

RDOZE<br />

R ANTONIO FURTUNATO<br />

R TREZE<br />

RONZE<br />

R ONZE<br />

R DEZ<br />

R ANTONIO FURTUNATO<br />

R TREZE<br />

RONZE<br />

R ONZE<br />

R DEZ<br />

RDOZE<br />

R TRES<br />

RQUATRO<br />

AV C<br />

AV D<br />

RIO ITORORÓ<br />

RANTONIO O FERREIRA<br />

TV ANTONIO<br />

OVIDIO<br />

FERREIRA<br />

R JANIO DASILVA QUADROS<br />

RIZIDRIO PAULINO<br />

RDOIS<br />

TV JOAO F<br />

DOS SANTOS<br />

AV JARAGUA<br />

RUM<br />

RTRES<br />

R JOAQUIM<br />

ACOSTA<br />

RUM<br />

LIMITE DE MUNICIPIO<br />

R DOIS<br />

TV<br />

JORDAO<br />

RSANTA BARBARA<br />

R. SANTO AMBROSIO<br />

R SAO ROQUE<br />

R SANTA LUZIA<br />

AV PEREQUE MIRIM<br />

R SAO ROQUE<br />

R IZIDRIO PAULINO<br />

R SANTA<br />

INES<br />

R DIOGO ANTONIO FEIJO<br />

AV JOSE DA COSTA PINHEIRO JUNIOR<br />

R ANTONIO PAULINO FERREIRA<br />

R ANTONIO O FERREIRA<br />

R SANTA ISABEL<br />

R NOSSA SENHORA APARECIDA<br />

R AMPARO<br />

AV UM<br />

R SETE<br />

AV UM<br />

R SETE<br />

AV UM<br />

AV B<br />

R DOIS<br />

RUM<br />

AV B<br />

AV JOSEFA GONSALVES<br />

DE ALMEIDA<br />

AV C<br />

AV B<br />

R JANIO DA SILVA QUADROS<br />

R ANA J FERREIRA NERI<br />

R UM<br />

R LIRIOS<br />

R ORQUIDEA<br />

R CINCO<br />

ROITO<br />

ROITO<br />

TV OITO<br />

RSEIS<br />

R CINCO<br />

TV OITO<br />

RSEIS<br />

R DOIS<br />

R ANTONIO DE SOUZASANTOS<br />

TV SANTOS<br />

R SANTOS<br />

R VINTE E<br />

UM DE ABRIL<br />

R CHIBATA<br />

TV<br />

SANTOS<br />

TV PRAZERES<br />

R SIDNEI<br />

R BENEDITO<br />

MARCELO<br />

SANTOS<br />

RJOSE<br />

LIBERATO<br />

RIO PEREQUE -MIRIM<br />

R DEZESETE<br />

DE ABRIL<br />

R CINCO<br />

RQUATRO<br />

R CHIBATA<br />

R DOS PRAZERES<br />

R DOIS<br />

R CINCO<br />

R QUATRO<br />

R TRES<br />

R DOIS<br />

R CINCO<br />

R QUATRO<br />

R TRES<br />

RUM<br />

R CRAVO<br />

R ADALIA<br />

R ROSA<br />

RGIRASSOL<br />

RHENRIQUE MAXIM<br />

AV JOSE DA COSTA<br />

PINHEIRO JUNIOR<br />

R SETE<br />

DE SETEMBRO<br />

R 1º DE<br />

MAIO<br />

R DEZESETE DE ABRIL<br />

R JOAQUIM A DOS SANTOS<br />

RUA A<br />

R. BENEDITO JACINTO DO PRADO<br />

R. SANTA ROSA<br />

RUA 5<br />

R. S JOAQUIM<br />

RUA 5<br />

TV 4<br />

RUA 4<br />

RUA 4<br />

RUA 3<br />

R 21<br />

DEABRIL<br />

R UM<br />

R DOIS<br />

R EMILIO MARCONDES RIBAS<br />

R DOIS<br />

R TRES<br />

RQUATRO<br />

R BENEDITO CARLOS DASILVA<br />

TV SEBASTIAO<br />

C NASCIMENTO<br />

RDASROSAS<br />

R DAS MARGARIDAS<br />

AV JOSE DA COSTA PINHEIRO JUNIOR<br />

R CICLAMES<br />

R JOSE CARLOS BALLIU<br />

R BENEDITO CARLOS DA SILVA<br />

EST PARQUE DAS GARCAS<br />

AV JOSE DA COSTA PINHEIRO JR<br />

R MARIA ALVES VAZ<br />

RCARREADOR DAENSEADA<br />

NETO<br />

OCEANO<br />

ATLÂNTICO<br />

OCEANO<br />

ATLÂNTICO<br />

OCEANO<br />

ATLÂNTICO<br />

OCEANO<br />

ATLÂNTICO<br />

UTGCA<br />

ZEU<br />

São Sebastião<br />

São Sebastião<br />

Ubatuba<br />

ZEU<br />

Fazenda Serra Mar<br />

Fazenda Serra Mar<br />

De acordo com informações obtidas na Prefeitura Municipal, não há<br />

vetor de crescimento, mas apenas um adensamento populacional<br />

próximo ao local do empreendimento, indicado como ZEU<br />

R SEBASTIAO<br />

MARIANO<br />

NEPOMUCENO<br />

R ARCILIO<br />

ALVES<br />

R NOVE<br />

R<br />

RTERTULIANO<br />

FOGACA<br />

R SEBASTIAO<br />

MARIANO<br />

NEPOMUCENO<br />

R CAP J<br />

NEPOMUCENO<br />

R MARIA<br />

HORTENCIA<br />

R DEZ<br />

R ONZE<br />

R SEIS<br />

RQUATRO<br />

A<br />

AC PARA KARTOD R<br />

AV PADRE<br />

ANCHIETA<br />

RSANTO<br />

ANTONIO<br />

MOTA<br />

PRAIA DO<br />

R OSTIANO<br />

SANDEVILLE<br />

RSANTOSDUMONT<br />

AV OSWALDO<br />

CRUZ<br />

AV OSWALDO<br />

CRUZ<br />

R GUARU -<br />

LHOS<br />

R DR ALTINO<br />

ARANTES<br />

AV PADRE<br />

ANCHIETA<br />

AV DR ARTHUR COSTA FILHO<br />

R AVELINO<br />

FERREIRA<br />

AV FREI<br />

PACIFICO<br />

WAGNER<br />

R SAO<br />

BENEDITO<br />

R SAO BENEDITO<br />

R VITAL<br />

BRASIL<br />

R ARACI<br />

AV FREI<br />

PACIFICO<br />

WAGNER<br />

R TERTULIANO<br />

FOGACA<br />

RSANTOS<br />

DUMONT<br />

AV PRESTES<br />

MAIA<br />

AV ESPIRITO<br />

SANTO<br />

AV MIGUEL<br />

VARLEZ<br />

AV PARANA<br />

AV RIO GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV MINAS GERAIS<br />

AV SAO PAULO<br />

AV PRESCILIANA<br />

DE CASTILHO<br />

RCAMAROEIRO<br />

R PE AMERICO<br />

ANDRIZZI<br />

AV MIGUEL VARLEZ<br />

R AVELINO<br />

FERREIRA<br />

RPEDRO LIPPI<br />

AV OSWALDO<br />

CRUZ<br />

R LAERCIO<br />

LUIZ DOS<br />

SANTOS<br />

RBENEDITO<br />

ZACARIAS<br />

NEPOMUCENO<br />

R J BARSOTE<br />

AV OSWALDO<br />

CRUZ<br />

R JOSE F PASSOS<br />

AV DRARTHUR COSTA FILHO<br />

AV MARANHAO<br />

AV RIO GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV MINAS GERAIS<br />

AV MARANHAO<br />

AV SAO PAULO<br />

AV PIAUI<br />

AV DR ARTHUR COSTA FILHO<br />

AV PARANA<br />

AV<br />

ESPIRITO<br />

SANTO<br />

AV PIAUI<br />

AV MIGUEL<br />

VARLEZ<br />

AV PIAUI<br />

AV PIAUI<br />

AV JOAO<br />

S MATOS<br />

AV PERNAMBUCO<br />

AV ESPIRITO<br />

SANTO<br />

AV AMAZONAS<br />

AV PRESCILIANA<br />

DE CASTILHO<br />

AV PRESTES<br />

MAIA<br />

RJOAO<br />

MARCELO<br />

R PEDRO LIPPI<br />

AV SAO PAULO<br />

R GUILHERME<br />

FDACOSTA<br />

RIRINEU<br />

MEIRELLES<br />

AV VEREADOR<br />

ARISTIDES<br />

ANIZIO<br />

DOS SANTOS<br />

AV MINAS GERAIS<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV GOIAS<br />

R ANTONIO NARDI<br />

RTERTULIANO FOGACA<br />

AV PRESTES MAIA<br />

R DOIS<br />

RANTONIONARDI<br />

AV PRESCILIANA<br />

DE CASTILHO<br />

AV PERNAMBUCO<br />

AV MARANHAO<br />

AV AMAZONAS<br />

AV BAHIA<br />

AV RIO DE JANEIRO<br />

AV PRESCILIANA<br />

DE CASTILHO<br />

R BENEDITO<br />

ZACARIAS<br />

NEPOMUCENO<br />

AV SERGIPE<br />

AV ALAGOAS<br />

AV RIO GRANDE DO SUL<br />

AV MINAS GERAIS<br />

R CHIQUINHA<br />

DE ARAUJO<br />

R JOSE<br />

ANTONIO<br />

DA SILVA<br />

AV ALAGOAS<br />

AV SAO PAULO<br />

RDRPERO<br />

BRASIL<br />

ARRUDA<br />

R DR CARLOS<br />

ALMEIDA<br />

RODRIGUES<br />

R PEDRO<br />

GUILHERME<br />

WAACK<br />

AV MATO GROSSO<br />

AVATLANTICA<br />

AV ATLANTICA<br />

AV ALAGOAS<br />

AV PARANA<br />

AV RIO DE JANEIRO<br />

AV VEREADOR<br />

ARISTIDES<br />

ANIZIO<br />

DOS SANTOS<br />

AV BAHIA<br />

AV GOIAS<br />

AV PARANA<br />

AV GOIAS<br />

AV AMAZONAS<br />

AV GUAPORE<br />

R VER ANTONIO<br />

CRUZ AROUCA<br />

AV MIGUEL VARLEZ<br />

AV VEREADOR<br />

ARISTIDES<br />

ANIZIO<br />

DOS SANTOS<br />

AV PERNAMBUCO<br />

R EXP NOVARINO<br />

LEITE<br />

DOS SANT<br />

AV ALAGOAS<br />

R DR CARLOS<br />

ALMEIDA<br />

RODRIGUES<br />

AV PARANA<br />

R BENEDITA<br />

FREITAS<br />

RAMOS<br />

AV SERGIPE<br />

AV PERNAMBUCO<br />

AV BAHIA<br />

RJOSE<br />

ANTONIO<br />

DA SILVA<br />

R CHIQUINHA<br />

DE ARAUJO<br />

REXPNOVARINO LEITE DOS SANT<br />

R PEDRO<br />

GUILHERME<br />

WAACK<br />

R DR PERO<br />

BRASIL<br />

ARRUDA<br />

AV MATO<br />

GROSSO<br />

AV RIO DE<br />

JANEIRO<br />

AV ATLANTICA<br />

AV SAO<br />

PAULO<br />

AV SAO<br />

PAULO<br />

AV MINAS<br />

GERAIS<br />

R BENEDITA PINTO<br />

FERREIRA<br />

AV ATLANTICA<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO NORTE<br />

AV<br />

MINAS<br />

GERAIS<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO SUL<br />

AV MINAS GERAIS<br />

AV SAO<br />

PAULO<br />

AV RIO<br />

GRANDE DO SUL<br />

AV<br />

PARA -<br />

NA<br />

R EVARISTO DA VEIGA<br />

R GENERAL OSORIO<br />

RBENJAMIN CONSTANT<br />

AV UNIAO DAS<br />

AMERICAS<br />

R GENERAL OSORIO<br />

AV ATLANTICA<br />

AV ALMIRANTE<br />

TAMANDARE<br />

R MARQUES<br />

HERVAL<br />

AV ATLANTICA<br />

RASIL<br />

AV AMA-<br />

ZONAS<br />

R BRAULIO PEREIRA BARRETO<br />

AV RIO DE<br />

JANEIRO<br />

AV GUARDA MIRIM JUAREZ<br />

AV DURVALINA BUENO<br />

R SEN FEIJO<br />

RROTARY<br />

R DUARTE<br />

DA COSTA<br />

REVARISTODA VEIGA<br />

R BENJAMIN<br />

CONSTANT<br />

AV ALMIRANTE<br />

TAMANDARE<br />

AV DURVALINA BUENO<br />

R SEN FEIJO<br />

R DUARTE DA COSTA<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO NORTE<br />

AV BELO<br />

HORIZONTE<br />

AV RIO<br />

BRANCO<br />

AV SANTA<br />

CATARINA<br />

AV RIO<br />

GRANDE<br />

DO NORTE<br />

RTRES<br />

RJORGE<br />

LEITE VIEIRA<br />

R MARQUES<br />

HERVAL<br />

AV M DIREITA AV RIO<br />

BRANCO<br />

R AFONSO PENA<br />

AV RIO BRANCO<br />

RMATHIAS<br />

ALBUQUERQUE<br />

AV UNIAO<br />

DAS<br />

AMERICAS<br />

R MATHIAS<br />

ALBUQUERQUE<br />

R HENRIQUE DIAS<br />

AV RIO BRANCO<br />

RMANOEL<br />

CALIXTO SILVA<br />

AV RIO BRANCO<br />

R JOSE MIRANDA DE FARIA<br />

TV MARIA<br />

DO CARMO<br />

TR. LINDORIO<br />

DA SILVA<br />

R AFONSO PENA<br />

R PROJE -<br />

TADA<br />

R BENEDITA F S GONCALVES<br />

R FRANCISCO DO CARMO<br />

R MARIA R PINTO<br />

456.000<br />

R JOAO<br />

CAFE FILHO<br />

AV PRUDENTE<br />

DE MORAIS<br />

R GETULIO VARGAS<br />

R BENEDITA MARTINS CRUZ<br />

R HERMES DA FONSECA<br />

7.386.000<br />

RODETE<br />

M PINTO<br />

R BENEDITA<br />

ANTUNES<br />

DA COSTA<br />

ROITO<br />

R SETE<br />

R JORGE LEITE VIEIRA<br />

R SEBASTIAO PEDRO<br />

R MARIA<br />

F MOURA<br />

TV ZUMIRA<br />

M JESUS<br />

R MAL<br />

FLORIANO<br />

PEIXOTO<br />

R JOSE DO PATROCINIO<br />

R TOME<br />

DE SOUZA<br />

R NILO PECANHA<br />

RMADE<br />

SOUZA<br />

R MEM DE SA<br />

R MAL ARTUR COSTA E SILVA<br />

RTREZE<br />

R ELVIRA PEUPETA<br />

R BENEDITA<br />

M SOUZA<br />

R MANOEL B<br />

DE BARROS<br />

R MAL<br />

FLORIANO<br />

PEIXOTO<br />

AV PRUDENTE DE MORAIS<br />

R JOAQUIM<br />

JOSE DA<br />

SILVA<br />

XAVIER<br />

R EPITACIO PESSOA<br />

R WENCESLAU BRAZ<br />

R EPITACIO<br />

PESSOA<br />

RWENCESLAU BRAZ<br />

R EPITACIO PESSOA<br />

RJOSEBDEAESILVA<br />

AV PARA -<br />

NA<br />

AV SANTA<br />

CATARINA<br />

R FERRAZ DE<br />

VASCONCELOS<br />

AV RIO DE<br />

JANEIRO<br />

AV BAHIA<br />

R VICENTE<br />

LEPORACIO<br />

AV PA-<br />

RANA<br />

AV CUIABA<br />

AV BRASILIA<br />

AV VEREADOR<br />

ARISTIDES<br />

ANIZIO DOS<br />

SANTOS<br />

AV RIO BRANCO<br />

AV ACRE<br />

PÇ 1ºCENTENARIO<br />

R ANTONIO JOSE DUARTE<br />

AV BELO<br />

HORIZONTE<br />

AV BELEM<br />

R DEODATO ALVES DA CRUZ<br />

AV BELO<br />

HORIZONTE<br />

AV AMAPA<br />

AV RIO BRANCO<br />

R BERTOLDO PASSOS<br />

AV SERGIPE<br />

AV AMAPA<br />

AV RIO BRANCO<br />

AV SERGIPE<br />

R DR CARLOS<br />

ALMEIDA<br />

RODRIGUES<br />

R BENEDITA<br />

FREITAS RAMOS<br />

R CDOR<br />

MARIO<br />

TROMBINI<br />

AV GUA-<br />

PORE<br />

R EXP NOVARINO<br />

LEITE DOS SANT<br />

R PEDRO<br />

GUILHERME<br />

WAACK<br />

RDRPERO<br />

BRASIL<br />

ARRUDA<br />

AV MATO<br />

GROSSO<br />

AV GUA -<br />

PORE<br />

R FERRAZ DE<br />

VASCONCELOS<br />

AV<br />

PERNAM -<br />

BUCO<br />

R CDOR<br />

MARIO<br />

TROMBINI<br />

AV PERNAMBUCO<br />

AV AMAZONAS<br />

AV RIO DE JANEIRO<br />

AV BAHIA<br />

R VICENTE<br />

LEPORACIO<br />

R BENEDITA<br />

PINTO<br />

FERREIRA<br />

AV AMA -<br />

ZONAS<br />

R SATURNINO<br />

MARIANO<br />

NEPOMUCENO<br />

AV CUIABA<br />

AV MATO GROSSO<br />

AV ACRE<br />

AV CUIABA<br />

AV BELEM<br />

R OSIRES<br />

NEPOMUCENO<br />

SANTANA<br />

AV BELEM<br />

AV AMAPA<br />

AV RIO<br />

BRANCO<br />

AV GUA -<br />

PORE<br />

AV GUA -<br />

PORE<br />

RQUATRO<br />

R1º CENTENARIO DOS BATISTAS<br />

R PLINIO PASSOS<br />

R CINCO<br />

R DEODATO ALVES DA CRUZ<br />

AV BRASILIA<br />

RODOVIA BR 101<br />

R JOSE CAETANO<br />

RTREZE<br />

RHIGINO MARTINS<br />

AV BRASILIA<br />

AV BRASILIA<br />

R QUINZE<br />

R DEZESEIS<br />

R E DE SANTANA<br />

RHERONDINO DO NASCIMENTO<br />

AV ACRE<br />

AV CUIABA<br />

R MANOEL B<br />

DE BARROS<br />

R HIGINO MARTINS<br />

R HOMERA<br />

R OITOA<br />

RSETE<br />

RSEIS<br />

R DOZE<br />

R ONZE<br />

R OITO B<br />

RNOVE<br />

RDEZ<br />

AV MARGINAL<br />

RMARIZA<br />

R PRADO<br />

AV MAL DEODORO<br />

DA FONSECA<br />

RJOAQUIM ANTONIO DA ROCHA<br />

R BENE -<br />

DITA<br />

RADOS<br />

SANTOS<br />

R E DE SANTANA<br />

TV BENEDITO<br />

R MARCIA<br />

R PEDRO<br />

A CABRAL<br />

RMARIAA<br />

DOS ANJOS<br />

R BENEDITA<br />

ALVES CRUZ<br />

RPRIMEIRO<br />

DE MAIO<br />

R BENEDITO ALVES NEPOMUCENO<br />

R DEZENOVE<br />

DE NOVEMBRO<br />

R IRMA SAO FRANCISCO<br />

RIO SANTO ANTONIO<br />

R INDEPENDENCIA<br />

RJOAOVMORAES<br />

R INDEPENDENCIA<br />

RBENEDITA<br />

ALVES CRUZ<br />

R TREZE<br />

DE MAIO R JOAO<br />

MARCELO<br />

AV A<br />

RA<br />

AV A<br />

R IRMA SAO FRANCISCO<br />

RDOIS<br />

R B<br />

R ANTONIO JOSE DUARTE<br />

R D<br />

R C<br />

AV CAMPOS SALLES<br />

R F<br />

R E<br />

R G<br />

RA<br />

RA<br />

RARTHUR<br />

BERNARDES<br />

R JOAQUIM JOSE<br />

DA SILVA XAVIER<br />

RA<br />

RA<br />

R DOM PEDRO I<br />

RDOM PEDRO II<br />

R ARTUR BERNADES<br />

AV TUCANO<br />

AV TUCANO<br />

R BICO<br />

DE LACRE<br />

R COLEIRINHA<br />

AV TUCANO<br />

AV TUCANO<br />

R BICO<br />

DE LACRE R ARTUR BERNADES<br />

AV CARDEAL<br />

RUA 6<br />

TV PICA PAU<br />

AV FALCAO<br />

RUA 5<br />

RUA 5<br />

R ARAPONGA<br />

RGAVIAO<br />

R PASSARO PRETO<br />

R ROUXINOL<br />

RGAVIAO<br />

R PASSARO PRETO<br />

R ARAPONGA<br />

R ROUXINOL<br />

R COLEIRINHA<br />

R ROUXINOL<br />

R GAIVOTAS<br />

RA<br />

R GAIVOTAS<br />

RA<br />

R GAIVOTAS<br />

AV UIRAPURU<br />

R TICO<br />

TICO<br />

R A<br />

AV CARDEAL AV CARDEAL<br />

R GAIVOTAS<br />

R GAIVOTAS<br />

R BICO DE<br />

LACRE<br />

AV GARCA<br />

AV FALCAO<br />

AV PICA PAU<br />

RODOVIA BR 101<br />

RODOVIA BR 101<br />

AV PICA PAU<br />

AV PICA PAU<br />

AV CARDEAL<br />

AV FALCAO<br />

AV UIRAPURU<br />

R ARAPONGA<br />

AV FALCAO<br />

AV TRES<br />

TV TRES<br />

AV MAL<br />

DEODORO<br />

DA FONSECA<br />

R BENEDITO REIS<br />

R BENEDITA<br />

ANTUNES<br />

DA COSTA<br />

R DOZE<br />

TV JOAQUINA<br />

SFERREIRA<br />

RMARIA C<br />

DE SOUZA<br />

R DENILSA S DOS SANTOS<br />

R JOSE FERREIRA<br />

R JOSE VLEAL<br />

R MARIA<br />

JOSE DE<br />

OLIVEIRA<br />

R CANTIDIA<br />

O SANTANA<br />

R OITO<br />

R MARIAADE O MOREIRA<br />

R DELFIM<br />

MDAC<br />

RIBEIRO<br />

RANTONIO DOS SANTOS<br />

RODOVIA BR 101<br />

R MIGUEL ADELAIDE<br />

R CINCO<br />

RALZIRA<br />

FRORIANO SA<br />

R12<br />

AC PARA KARTODROMO (MATADOURO)<br />

RUM<br />

AV MARGINAL<br />

R DOIS<br />

RODOVIA BR 101<br />

TV JOAO S DA CRUZ<br />

AV PICA PAU<br />

R PIXOXO<br />

AV PICA PAU<br />

RFILADELFO REIS<br />

RELVIRA PEUPETA<br />

TV JOAO S<br />

DA CRUZ<br />

ROMO (MATADOURO)<br />

RPEDRO MARQUES<br />

DE MACEDO<br />

RQUATRO<br />

R TRES<br />

AV D O<br />

R DE<br />

Z<br />

R VINTE E TRES<br />

R DEZ<br />

PRAIA PAM - B R<br />

RBENJAMIN<br />

CONSTANT<br />

R ALVARENGA<br />

PEIXOTO<br />

REVARISTO DA VEIGA<br />

R GENERAL OSORIO<br />

AV ATLANTICA<br />

R TOMAS<br />

ANTONIO<br />

GONSALVES<br />

R CLAUDIO<br />

MANOEL<br />

DA COSTA<br />

AVATLANTICA<br />

R ITAGUA<br />

RMARTIM<br />

DE SA<br />

R MARANDUBA<br />

AV ATLANTICA<br />

R MASSA -<br />

GUACU<br />

R CASAN -<br />

DOCA<br />

PRAIA DA LAGOA<br />

R ONZE<br />

AV UM<br />

R SETE<br />

AV UM<br />

R SETE<br />

R OITO<br />

R DOZE<br />

RONZE<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

R OITO<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

AV UM<br />

AV MIRAMAR<br />

RVINTEEUM<br />

RVINTE<br />

R DEZOITO<br />

R VINTE E DOIS<br />

RSEIS<br />

R TREZE<br />

R DEZESEIS<br />

RCATORZE<br />

R QUINZE<br />

R DOZE<br />

RSEIS<br />

R SETE<br />

R OITO<br />

AV JOSE HERCULANO<br />

R SETE<br />

R OITO<br />

RUM<br />

AV CC<br />

R MARGINAL DOIS<br />

RDOIS<br />

AV UM<br />

RSEIS<br />

RMARGINAL TRES<br />

RTRES<br />

AV DOS INGLESES<br />

RQUATRO<br />

R CINCO<br />

R DOZE<br />

R MARGINAL QUATRO<br />

AV DOS INGLESES<br />

RONZE<br />

R TREZE<br />

RSETE<br />

RDEZ<br />

RNOVE<br />

AV CC<br />

RDEZENOVE<br />

RNOVE<br />

ROITO<br />

RDEZ<br />

AC FAZENDA SERRAMAR<br />

MORRO<br />

DO<br />

CASTELO<br />

AV CC<br />

RDOZE<br />

R VINTE<br />

R VINTE<br />

EDOIS<br />

RSETE<br />

RTREZE<br />

RDEZ<br />

AV DOS INGLESES<br />

SINGLESES<br />

Z<br />

ESETE<br />

R NOVE<br />

AV CC<br />

R VINTE<br />

EDOIS<br />

ESEIS<br />

ROITO<br />

UTGCA<br />

ZEU<br />

ZEU<br />

Fazenda Serra Mar<br />

Fazenda Serra Mar<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

Lixão<br />

Lixão


P/ São José dos Campos<br />

R SANTO<br />

ANTONIO<br />

ESTRADA PARA<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA<br />

R SANTO ANTONIO<br />

R SANTA RITA<br />

DE CASSIA<br />

ESTRADA PARA<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA<br />

AV CENTRALSUL<br />

AV CENTRAL NORTE<br />

AV SAO JOSE<br />

AV PERIMETRAL SUL<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

SEM ESCALA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

RIO PARAIBUNA<br />

AV SAO JOSE<br />

EST DOS TAMOIOS<br />

RIO PARAIBUNA<br />

R JAMBEIRO<br />

AV SAO JOSE<br />

R MAJOR<br />

UBATUBANO<br />

AV CARLOS GUIMARAES<br />

R HUMAITA<br />

R PADRE<br />

ANTONIO<br />

PRADO<br />

R MAJOR<br />

UBATUBANO<br />

R CEL CAMARGO<br />

R EXPEDICIONARIOS<br />

JOSE T DAS NEVES<br />

RIO PARAIBUNA<br />

R HUMAITA<br />

R DEZ DE JULHO<br />

LADEIRA<br />

FLAVIO<br />

ANT.<br />

ANDRADE<br />

R MAJOR<br />

RCELM<br />

HUMAITA<br />

RSOARES<br />

MARCELINO<br />

R<br />

R DR FELIPE<br />

DE MELO<br />

R MANOEL P<br />

DE SOUZA<br />

R SIMONE<br />

AV JOAO ELIAS CALAZANS<br />

RDRJOAOBATISTA<br />

BRASILIANO<br />

EST <strong>CARAGUA</strong>TATUBA<br />

AV JOAO ELIAS<br />

CALAZANS<br />

EST DOS TAMOIOS<br />

AV LINCON<br />

FELICIANO DA SILVA<br />

R CEL FRANCISCO TOBIAS DAS NEVES<br />

AV JOSE ELIAS COUTINHO<br />

R PADRE AMERICO<br />

Rodovia dos Tamoios (SP-099)<br />

EST LARANJEIRAS<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

R LINO MOREIRA LEAL<br />

EST LARANJEIRAS<br />

P/ Caraguatatuba<br />

Não há informações disponíveis sobre o<br />

vetor de crescimento deste município.<br />

432651<br />

FIGURA 5.3-7<br />

VETORES DE CRESCIMENTO<br />

URBANO E ECONÔMICO<br />

SANTA<br />

BRANCA<br />

JAMBEIRO<br />

55<br />

50<br />

45<br />

PARAIBUNA (SP)<br />

MAPA-CHAVE<br />

A sede municipal dista aproximadamente 3,07km do<br />

Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté e a extensão do<br />

Gasoduto que atravessa o município é de 38,95km.<br />

LEGENDA:<br />

PARAIBUNA<br />

40<br />

3,07km<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

VETOR DE CRESCIMENTO<br />

LIMITE DA ZONA URBANA<br />

LIMITE MUNICIPAL<br />

GASODUTO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-30 ABRIL / 2006<br />

REDENÇÃO<br />

DA SERRA<br />

15<br />

NATIVIDADE<br />

DA SERRA<br />

Km 0<br />

AII DOS MEIOS FISICO E BIOTICO<br />

10<br />

5


P/ P/ Rodovia Rodovia dos dos Tamoios Tamoios<br />

(SP-099) (SP-099)<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

SEM ESCALA<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

SP-103 SP-103 SP-103 SP-103<br />

EST EST FAZENDA FAZENDA BOM BOM JARDIM JARDIM<br />

ZEU<br />

RODOVIA RODOVIA JOAO JOAO DO DO AMRAL AMRAL GURGEL/SP-103<br />

GURGEL/SP-103<br />

RODOVIA RODOVIA PROF PROF JULIO JULIO<br />

DA DA PAULA PAULA MORAES/SP-10<br />

MORAES/SP-10<br />

RR ANTONIO ANTONIO MENDES MENDES RIBEIRO RIBEIRO<br />

RPADRE RPADRE<br />

CELESTINO<br />

CELESTINO<br />

GOMES GOMES<br />

FIGUEREDO<br />

FIGUEREDO<br />

RR PADRE PADRE JOAO JOAO PEREIRA PEREIRA RAMOS RAMOS<br />

RR TRINTA TRINTA DE DE MARCO MARCO<br />

RR HILARIO HILARIO FIRMINO FIRMINO<br />

RR FERNANDINHO FERNANDINHO HILARIO HILARIO<br />

RPADR RPADR DRE DRE JOSE JOSE<br />

CO CO COSTA COSTA DE DE<br />

CC<br />

COLHERINHAS<br />

COLHERINHAS<br />

RR CEL CEL ANTONIO ANTONIO DE DE ALMEIDA ALMEIDA<br />

RR JAMBEIRO<br />

JAMBEIRO<br />

RODOVIA RODOVIA PROF PROF JULIO JULIO<br />

DA DA PAULA PAULA MORAES/SP-10<br />

MORAES/SP-10<br />

RDRBARROS<br />

RDRBARROS<br />

RR PADRE PADRE VICTOR VICTOR RIBEIRO RIBEIRO MAZEI MAZEI<br />

RR PROF PROF JULIO JULIO<br />

DE DE MORAES MORAES<br />

CEMITERIO<br />

RDONAOLIVIAVIEIRADEALMEIDALUIZ<br />

RDONAOLIVIAVIEIRADEALMEIDALUIZ<br />

RDONAOLIVIA<br />

RDONAOLIVIA<br />

VIEIRA VIEIRA DE DE ALMEIDA ALMEIDA LUIZ LUIZ<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-31<br />

RR MARIA MARIA<br />

APARECIDA<br />

APARECIDA<br />

VIEIRA VIEIRA<br />

RR JOAO JOAO FRANCO FRANCO DE DE CAMARGO<br />

CAMARGO<br />

EST EST MUNICIPAL<br />

MUNICIPAL<br />

RR PREF PREF JORGE JORGE PEREIRA PEREIRA<br />

RR LUCAS LUCAS NOGUEIRA NOGUEIRA GARCES GARCES<br />

RR CAP CAP JESUINO JESUINO<br />

EST EST MUNICIPAL MUNICIPAL BAIRRO BAIRRO DOS DOS FRANCOS FRANCOS<br />

Há crescimento urbano nas proximidades<br />

da Rodovia SP-103. O Distrito Industrial de<br />

Jambeiro apresenta tendência de<br />

crescimento a partir da Rodovia dos<br />

Tamoios (SP-099), em direção à sede<br />

municipal.<br />

FIGURA 5.3-8<br />

VETORES DE CRESCIMENTO<br />

URBANO E ECONÔMICO<br />

JAMBEIRO (SP)<br />

SÃO JOSÉ<br />

DOS CAMPOS<br />

70<br />

65<br />

75<br />

60<br />

55<br />

6,97km 6,97km<br />

Km 50<br />

50<br />

MAPA-CHAVE<br />

A sede municipal dista aproximadamente 6,97km do Gasoduto<br />

Caraguatatuba-Taubaté e a extensão do Gasoduto que atravessa<br />

o município é de 11,20km.<br />

LEGENDA:<br />

CAÇAPAVA<br />

ZEU<br />

ZEI DISTRITO<br />

INDUSTRIAL<br />

DE JAMBEIRO<br />

JAMBEIRO<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

MUNICIPAL<br />

JAMBEIRO<br />

JAMBEIRO<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

VETOR DE CRESCIMENTO<br />

LIMITE DA ZONA URBANA<br />

LIMITE MUNICIPAL<br />

GASODUTO<br />

PARAIBUNA<br />

AII DOS MEIOS FISICO E BIOTICO<br />

ZEI ZONA DE EXPANSÃO INDUSTRIAL<br />

ZEU ZONA DE EXPANSÃO URBANA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006<br />

REDENÇÃO<br />

DA SERRA


SEDE MUNICIPAL<br />

SEM ESCALA<br />

Jacareí<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Aeroporto de São José dos Campos<br />

SP-099<br />

REVAP<br />

Do Do<br />

Cajuru<br />

Estrada Estrada<br />

ZEU<br />

GASODUTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ZEI<br />

Rodovia Presidente Dutra<br />

Rodovia Carvalho Pinto (SP-070)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

P/ Jambeiro/Caçapava<br />

GASODUTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

Informações municipais indicam que há expansão<br />

urbana próximo à Estrada do Cajuru, estendendo - se<br />

para a zona leste, e expansão industrial no entorno da<br />

rodovia Presidente Dutra.<br />

FIGURA 5.3-9<br />

VETORES DE CRESCIMENTO<br />

URBANO E ECONÔMICO<br />

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)<br />

MINAS GERAIS<br />

SÃO PAULO<br />

SÃO JOSÉ<br />

DOS CAMPOS<br />

JACAREÍ<br />

CAÇAPAVA<br />

REVAP<br />

70<br />

JAMBEIRO<br />

MAPA-CHAVE<br />

O Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté será implantado<br />

nas proximidades da sede municipal e a extensão do<br />

Gasoduto que atravessará o município será de 16,20km.<br />

LEGENDA:<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

65<br />

75<br />

60<br />

80<br />

Km 55<br />

VETOR DE CRESCIMENTO<br />

LIMITE DA ZONA URBANA<br />

LIMITE MUNICIPAL<br />

LIMITE ESTADUAL<br />

GASODUTO<br />

AII DOS MEIOS FISICO E BIOTICO<br />

ZEI ZONA DE EXPANSÃO INDUSTRIAL<br />

ZEU ZONA DE EXPANSÃO URBANA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-32 ABRIL / 2006


São São José José dos Campos Campos<br />

EST PEDREGULHO<br />

R VALAIR ALVARENGA<br />

R LUIZ DA SILVA IRIO<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

DE CAÇAPAVA<br />

EST DO TIGRÃO<br />

EST VELHA RIO - SP<br />

EST DO TIGRÃO<br />

R JOSÉ COSTA SILVA<br />

R HUNDIATO CESAROME<br />

AV MAL CASTELO BRANCO<br />

AV MAJOR NELSON PACHECO<br />

R DOIS<br />

RS/NOME<br />

RTRÊS<br />

R FERNANDO<br />

VAZ FILHO<br />

R JOSE FRANCISCO PEREIRA<br />

EST DE MARAMBAIA<br />

RQUATRO<br />

R PROJETADA<br />

EST DE MARAMBAIA<br />

RUM<br />

(06 , 02) - 35.08504<br />

RTRÊS<br />

RJOAOB<br />

GUIMARAES<br />

R DONADOMITILA<br />

DE F GUIMARAES<br />

RAURELIO<br />

PIROTTI<br />

R SILVIOO<br />

DELMAAR<br />

ROLEM EMBOC<br />

R JOOSE<br />

DO<br />

AMARAL<br />

GURGEL<br />

A CRUZ<br />

R ANTONIO<br />

SOUZA<br />

DOS REIS<br />

RJOAO<br />

FELIX DE<br />

OLIVEIRA<br />

ANDRADE<br />

R GERSON<br />

CARLOS<br />

PORT<br />

R SIMON FURMAN<br />

EST DOS AREIEIROS<br />

R DR JOSE V F<br />

MARCONDES<br />

R JOAO B LEITE<br />

AV MAL CASTELO BRANCO<br />

RJUANVILAS<br />

R FORNOVOL DI TARO<br />

R GERALDO<br />

DE OLIVEIRA<br />

RJOAQUIM<br />

S RIBEIRO<br />

R AVELINO L DEALMEIDA<br />

RDOIS<br />

R EXP JOSE<br />

PDASILVA<br />

R PROF ULISSES<br />

P BUENO<br />

RE<br />

RONZE<br />

EST BOA VISTA<br />

RUM<br />

R DONA LUCIA<br />

TELLES PEREIRA<br />

R JOSE VIRGILIO QUINSAN<br />

R CARLOS R DA SILVA<br />

R PARTICULAR<br />

R JOSE CANDIDO CAPELLI<br />

RJOSEBSREIS<br />

JOSE DE MOURA<br />

RESENDE<br />

R CARLOS<br />

MARTINS<br />

SODERO<br />

R PHILADELPHO<br />

DE PAULA<br />

PINTO<br />

RDEPUTADO<br />

BENEDITO<br />

MATARAZZO<br />

RANTONIO<br />

JOSE<br />

DA ROCHA<br />

RPADRE<br />

JOSE MDA<br />

SILVA RAMOS<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

Rodovia Presidente Dutra<br />

R ADAUTO<br />

GOMES<br />

MELO<br />

AV VERA<br />

R JOSE<br />

BENEDITO DE<br />

ALCANTARA<br />

FILHO<br />

R DR VOLTARE CRUZ<br />

R ANTONIO<br />

JOSE DA<br />

ROCHA<br />

RJULIO A SANTOS<br />

AV JO<br />

RE<br />

R VICENTE LEPORACE<br />

RPADRE<br />

JOSE M DA<br />

SILVA RAMOS<br />

M<br />

R ANTONIO GUEDES TAVARES<br />

RYONE<br />

M OUTINHO<br />

R IDAIZIO GABRIEL<br />

R URUGUAI<br />

R DEZ<br />

RNOVE<br />

RWALTERPDINT<br />

OO<br />

R SETE<br />

AV DR ADHEMAR MOREIRA<br />

BARBOSA ROMEO<br />

ROITO<br />

RSEIS<br />

R TEN AGOSTINHO<br />

B ALVARENGA<br />

R JOSE MONTEIRO<br />

DA SILVA<br />

TR DOIS<br />

R ESTADOS UNIDOS<br />

R ARGENTINA<br />

RCINCO<br />

RQUATRO<br />

RTRES<br />

R CAP VITORIO<br />

LBATISTA<br />

RDRALBERTO<br />

M BORGES<br />

R JOSE H B O<br />

ORGES<br />

AV DESEM P<br />

MALCANTARA<br />

R DR. PEDRO<br />

DE SOUZA<br />

AV JOSE DE<br />

MOURA RESENDE<br />

R HONDURAS<br />

R MEXICO<br />

RQUATRO<br />

ROLINTOO<br />

P LEITE<br />

EST DOS AREIEIROS<br />

EST P/ MUSEU DO AUTOMÓVEL<br />

R JOÃO<br />

CAETANO<br />

PEREIRA<br />

AV JOSE DE<br />

MOURA RESENDE<br />

RNI<strong>CARAGUA</strong><br />

RBOLIVIA<br />

R VALENTIM P VIDAL<br />

R CHILE<br />

AV VERA CRUZ<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

RPROF FERNANDO<br />

DO PANTALEAO<br />

R MANOEL<br />

NUNES<br />

DA COSTA<br />

R CAPAIRTON DEARAUJO<br />

R MANOEL ACIOLE BASTOS<br />

R ANGELO PASCOAL<br />

DE MARCO<br />

RMARIA<br />

DURVALINA<br />

FUJIANA<br />

RPROFAZELIA DE<br />

SOUZA MADUREIRA<br />

AV HENRI NESTLE<br />

RANTONIO DIAS<br />

EST MANTIQUEIRA<br />

R DOIS<br />

R JOSE SILVESTRE<br />

ROD CARVALHO PINTO<br />

R<br />

RTRÊS<br />

UM R UM<br />

R ALCINO<br />

RODRIGUES<br />

AV<br />

DESEM P M ALCANTARA<br />

RDRALBERTO<br />

M BORGES<br />

RJOSE HBORGES<br />

R JOAO GOM<br />

R JOSE<br />

AMARAL<br />

PALMEIRA<br />

R BRIGADEIRO FARIA LIMA<br />

RJOSEAMARA<br />

RAANTONIO<br />

PAZ VIDAL<br />

R ESTADOS UNIDOS<br />

REQUADOR<br />

R COLOMBIA<br />

EST P/ RIO PARAIBA<br />

TR JOÃO<br />

FARIA<br />

AV JOSE DE<br />

MOURARESENDE<br />

R JOSE GAZOLA<br />

REUGENIO DE<br />

ALMEIDA<br />

SALLES<br />

RMATEUS<br />

LOURENCO DE<br />

CARVALHO<br />

R PARAIBA<br />

R DOIS<br />

EST MANTIQUEIRA<br />

R ANTONIO<br />

GUEDES<br />

TAVARES<br />

RJOAO FUJARRA<br />

R ALBERTO TOZETTO<br />

R AMAZONAS<br />

RANTONIO<br />

GUEDES<br />

TAVARES<br />

R VISCONDE DO<br />

RIO BRANCO<br />

R FRANCISCO<br />

CP<br />

SOBRINHO<br />

RPIAUI<br />

R CEARA<br />

R JOSE D FARIA<br />

R VISCONDE<br />

DO RIO BRANCO<br />

R ARLINDO M A TOSETO<br />

EST P/ ALAMBIQUE<br />

ROLAVOBILAC<br />

RIO PARAIBA<br />

DO SUL<br />

RCEARA<br />

R MARANHAO<br />

R PER-<br />

NAM-<br />

BUCO<br />

R MAJOR OSORIO<br />

DA CUNHA LARA<br />

RTRAJANO<br />

APEREIRA<br />

RANTONIO<br />

GUEDES<br />

TAVARES<br />

EST P/ RIO PARAIBA<br />

RSANTO<br />

ANTONIO<br />

RVALDOMIRO<br />

BORBA<br />

AV JOSE DE<br />

MOURA RESENDE<br />

RMARIO SOARES<br />

OLIVEIRA LIMA<br />

RSANTOSSANTO<br />

AGOSTINHO<br />

RMARIO<br />

SOARES<br />

OLIVEIRA<br />

LIMA<br />

R SANTOS SANTO<br />

AGOSTINHO<br />

RJOAODAMASCCENO<br />

MDACOST STA<br />

AL PALMEIRA<br />

RJOSE<br />

PANCOLDO<br />

BINARI<br />

R VENEZUELA<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

MES DAMOTA<br />

R JOSE<br />

GAZOLA<br />

RGERMANO<br />

ANJOS<br />

AV MAL CASTELO BRANCO<br />

RIBEIRÃO DOIS<br />

CÓRREGOS<br />

RPARA<br />

APEREIRA<br />

RTRAJANO<br />

RUM<br />

RALA-<br />

GOAS<br />

R PROF ALEXANDRE<br />

FREITAS<br />

RMARCILIO<br />

DIAS<br />

R VISCONDE DO<br />

RIO BRANCO<br />

R CLAUDINO<br />

RIBEIRO DA SILVA<br />

P FILHO<br />

RMANOEL<br />

TAMANDARE<br />

R MARANHAO<br />

R MARQUES DE<br />

R AMAZONAS<br />

R ALFERES<br />

FRANCISCO<br />

JERONIMO<br />

R PROF ALEXANDRE<br />

FREITAS<br />

R JOAQUIM G<br />

DO AMARAL<br />

RPADRE BENTO<br />

A S ALMEIDA<br />

RANTONIO<br />

FEIJO<br />

R FIRMINO M COSTA<br />

VE RUBENS<br />

CORREA<br />

DOS SANTOS<br />

R FREI SERGIO<br />

RHENRIQUE<br />

DIAS<br />

R ANTONIO<br />

GUEDES<br />

TAVARES<br />

EST DOS AREIEIROS<br />

EST P/ RIO PARAIBA<br />

RANTONIOFELICIANO DE BARROS<br />

GPACHECO<br />

R CACILDA<br />

ROD CARVALHO PINTO<br />

R ANTONIO JAMUZZI<br />

R CAP. MARIO<br />

RAIMUNDO DASILVA<br />

GIPE<br />

R SER-<br />

R MAJOR<br />

ANTONIO<br />

R CEL JOSE<br />

DE ARAUJO<br />

R ANTONIO FELICIANO DE BARROS<br />

R ELIAS MIGUEL<br />

DE CERQUEIRA<br />

R PARA<br />

R ALFERES<br />

FRANCISCO<br />

JERONIMO<br />

RPROF<br />

ALEXANDRE<br />

FREITAS<br />

EST DE TATAUBA<br />

R BARBOSA<br />

AV SUBTENENTE LUIZ G DE T ARAUJO<br />

R JOSE<br />

QUIRINO<br />

DA COSTA<br />

RJOSEADOLFO<br />

MARCONDES DA SILVA<br />

RJOAQUIM<br />

PEREIRA<br />

TV ALFREDO<br />

M SIQUEIRA<br />

AV MAL CASTELO BRANCO<br />

TV HILDEBRANDO<br />

F FILHO<br />

AV VERA CRUZ<br />

AV JOSE DE<br />

MOURA<br />

RESENDE<br />

RSAOLUIZ<br />

RSAO<br />

BENTO<br />

RR<br />

SAO<br />

PEDRO<br />

RTEODORO PDASILVA<br />

R MATEUS<br />

LOURENCO<br />

DE CARVALHO<br />

RSAO PEDRO<br />

RJ<br />

RJOSE<br />

PANCO<br />

OLDO<br />

BINARI<br />

RJOAO DAMASCENO<br />

MDACOSTA RJOSEBENEDITO DA SILVA<br />

R FABRICIO C<br />

DE TOLEDO<br />

R SEMIRAUS<br />

FDASILVA<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

RTANCREDO<br />

FAZZI<br />

AV HENRI NESTLE<br />

R SAO LUIZ<br />

RSANTO ANTONIO<br />

R SAO<br />

BENTO<br />

RTEODORO<br />

PDASILVA<br />

R MAESTRO<br />

ESCUDEIRO<br />

RFREI<br />

CAETANODE<br />

MESSIAS<br />

RSANTO<br />

ANTONIO<br />

R JOAO QUIRINO DACOSTA<br />

RJOSE FRANCISCO<br />

DE SIQUEIRA<br />

RDRMILTON<br />

MENEZES<br />

R JOAQUIM PEREIRA<br />

TV MARIA R<br />

MOREIRA<br />

RANTONIO<br />

OSORIO<br />

BUENO<br />

AV JOSE DE<br />

MOURA<br />

RESENDE<br />

TR MATEUS L.<br />

CARVALHO<br />

RSAO<br />

FRANCISCO<br />

R MATEUS<br />

LOURENCO<br />

DE CARVALHO<br />

TV SANTO<br />

ANTONIO<br />

R TEODORO P<br />

DA SILVA<br />

R SSAO<br />

LLUIZ<br />

RR<br />

PRES<br />

KENNE NNEDY<br />

RCEL<br />

JOSE BENEDITO<br />

DE ARAUJO<br />

R SANTOSSANTO<br />

AGOSTINHO<br />

R ANTONIO FELICIANO DE BARROS<br />

RS/NOME<br />

R JOAQUIM PEREIRA<br />

RPRO<br />

BATIS<br />

OR<br />

MON<br />

OF<br />

STA<br />

RTIZ<br />

NTEIRO<br />

R PEDRO<br />

DE MOURA<br />

ALCANTARA<br />

R CEL JOSE BENEDITO<br />

DE ARAUJO<br />

R TANCREDO<br />

FAZZI<br />

R FABRICIO<br />

CDETOLEDO<br />

R ANTONIO SILVIO<br />

CUNHA PINTO<br />

R LUPERCIO<br />

A CAMARGO<br />

RJOAO DAMASCENO<br />

MDACOSTA RJOSEBENEDITO DA SILVA<br />

FPINTO<br />

RJOSE<br />

BENEDITO<br />

DA SILVA<br />

R FABRICIO C<br />

DE TOLEDO<br />

MAGALHAESRFRANCISCO<br />

RPROFACLAUDIA<br />

FELIX<br />

RSAO<br />

LUIZ<br />

R CEL JOSE<br />

BENEDITO DE<br />

ARAUJO<br />

R JOAO DAMASCENO<br />

MDACOSTA<br />

AV HENRI NESTLE<br />

EST DE TATAUBA<br />

R LUIZ VAZ<br />

DE CAMOES<br />

R JOAQUIM<br />

MANOEL<br />

DE FREITAS<br />

R ARTHUR DE<br />

OLIVEIRA<br />

PORTO<br />

R PADRE<br />

ATALIBA<br />

PEREIRA<br />

RBOAVENTURA<br />

MOREIRA<br />

DAMASCO<br />

RJOSE<br />

TIBURCIO<br />

PRADO<br />

R SAO BENTO<br />

EST DE TATAUBA<br />

R ARTHUR DE OLIVEIRA PORTO R ELIAS MIGUEL<br />

R B. DIAS<br />

RJOÃO MOREIRA<br />

R FRANCISCO<br />

ALVES MOREIRA<br />

R TRÊS<br />

EST DE TATAUBA<br />

R FRANCISCO NAVAJAS<br />

R HOMERO LOURENCO<br />

ALEGRE<br />

R ANTONIO SPINELLI<br />

DE CERQUEIRA<br />

R RAFAEL CITRO<br />

LIMA<br />

R OLIVEIRA<br />

R JOSE MARCONDES DO PRADO SOBRINHO<br />

RDOPORTO<br />

RJOAQUIM<br />

MANOEL<br />

DE FREITAS<br />

R BENEDITO<br />

BICUDO LEITE<br />

R JOSE ADOLFO<br />

MARCONDES DASILVA RPRES KENNEDY<br />

RDOPORTO<br />

RDOPORTO<br />

RDOPORTO<br />

RTEN<br />

MESQUITA<br />

RSOLD<br />

JOSE ALVES<br />

DE ABREU<br />

R OLIMPIO<br />

CATAO<br />

RMATEUS<br />

LOURENCO<br />

DE CARVALHO<br />

R ALLAN KARDEC<br />

R TEN LUCIANO<br />

R SAO<br />

FRANCISCO<br />

R PRES KENNEDY<br />

RFRANCISCO<br />

ROCHA<br />

FERREIRA<br />

RPROF<br />

BATISTA<br />

ORTIZ<br />

MONTEIRO<br />

RODOVIA JOAO DO AMARAL GURGEL<br />

R SAO LUIZ<br />

RODOVIA JOAO DO AMARAL GURGEL<br />

RARTHURDE<br />

OLIVEIRAPORTO<br />

RMJCANDIDO<br />

MARCONDES<br />

DO AMARAL<br />

R FRANCISCO<br />

ROCHA<br />

FERREIRA<br />

R PROF JOAO<br />

DE ALMEIDA<br />

R JOSE BONIFACIO<br />

RPEDRO<br />

DE MOURA<br />

ALCANTARA<br />

R CAP. MARIO<br />

RAIMUNDO DASILVA<br />

RSIMPLICIO BERTI<br />

PCA MARCO<br />

IBGE<br />

R JOSE BETTONI<br />

R PROF FRANCISCO<br />

ASSIS PEREIRA<br />

RTEN<br />

MESQUITA<br />

PC PEDRO DE TOLEDO<br />

RDR ODILON<br />

SOUZA MIRANDA<br />

RJOSE<br />

BONANI<br />

R ANDRE SANTOS<br />

R SARG<br />

GERALDO BERTTI<br />

R SOLD JOSE<br />

ALVES DE ABREU<br />

R JOSE BONIFACIO<br />

PCA SÃO ROQUE<br />

R CEL JOAO DIAS GUIMARAES<br />

R JOSE CASSUTA<br />

PANTALEAO<br />

RBENEDITO<br />

AFONSO MOURA<br />

R SARG<br />

ANDIRES<br />

NOGUEIRA<br />

RSARG<br />

GERALDO BERTTI<br />

AV BRASIL<br />

R QUATRO<br />

R UM<br />

EST CAÇAPAVA<br />

R TRÊS<br />

R AFONSO<br />

HENRIQUE<br />

R9DE<br />

JULHO<br />

RBENTOMANOEL<br />

NASCIMENTO<br />

R SEBASTIAO<br />

SOARES LARA<br />

R JOAQUIM<br />

RAFAEL<br />

DEARAUJO<br />

RLUZODE SOUZA<br />

R LUZO DE SOUZA<br />

RTEN<br />

MESQUITA<br />

R RUY<br />

BARBOSA<br />

R SARG ANDIRES<br />

NOGUEIRA<br />

R RUY BARBOSA<br />

R NOVE DE JULHO<br />

RJOSE VENANCIO NOGUEIRA<br />

R 9 DE<br />

JULHO<br />

R SARG<br />

ANDIRES<br />

NOGUEIRA<br />

R CEL JOAQUIM<br />

PANTALEAO<br />

RCOM<br />

JOAO LOPES<br />

DE LIMA<br />

ROLEMBER<br />

R JAIME<br />

R DONA MARIA<br />

CONCEICAO<br />

EST MUN.<br />

TV CARLOS<br />

E SANTOS<br />

R ANTONIO DOS SANTOS S<br />

R REG FEIJO<br />

PEREIRA BUENO<br />

R JAIME<br />

ROLEMBER<br />

DE LIMA<br />

SALES<br />

DAMASCO<br />

R AFONSO<br />

HENRIQUE<br />

R MANOELFRANCISCO<br />

DOS SANTOS<br />

RDONAMARIA<br />

R SEBASTIAO<br />

SOARES LARA<br />

RLUZODE<br />

SOUZA<br />

RJOSE<br />

VENANCIO<br />

NOGUEIRA<br />

R RUY<br />

BARBOSA<br />

CONCEICAO<br />

PEREIRA BUENO<br />

RDONA<br />

MARIQUINHA<br />

LARA<br />

R9DE<br />

JULHO<br />

R LAZARO<br />

LUIZ<br />

ZAMINNOF<br />

R JOSE GETULIO<br />

DE CARVALHO<br />

R FRANCISCO<br />

ALVES<br />

R SEBASTIAO<br />

SOARES LARA<br />

R DONA<br />

MARIQUINHA<br />

LARA<br />

R JOSE<br />

CASSUTA<br />

PANTALEAO<br />

RJOSE<br />

CASSUTA<br />

PANTALEAO<br />

R SOLD JOSE<br />

ALVES DE ABREU<br />

AV CEL ALCANTARA<br />

RPRUDENTE<br />

DE MORAIS<br />

R LAZARO LUIZ ZAMINNOF<br />

R JOAQUIM RAFAEL DE ARAUJO<br />

MAZAROPPI<br />

R BENEDITO<br />

ANACLETO<br />

ARAUJO<br />

R NOVE DE JULHO<br />

TV PROF<br />

ARMANDO<br />

DEARAUJO<br />

R MAL DEODORO<br />

TV<br />

GUARANI<br />

R RUY<br />

BARBOSA<br />

R QUINZE DE<br />

NOVEMBRO<br />

RJOSE LUDOVICO<br />

DE SIQUIRA<br />

R SETE DE<br />

SETEMBRO<br />

PC DA BANDEIRA<br />

R CAP JOAO RAMOS<br />

AV FRANCI SCO SALLE<br />

RAMANC<br />

R FRANCISCO ALVES<br />

R QUINZE DE<br />

NOVEMBRO<br />

RCONEGO<br />

RODOVALHO<br />

AV CEL MANOEL<br />

INOCENCIO<br />

R MARQUES<br />

DO HERVAL<br />

R PRUDENTE<br />

DE MORAIS<br />

AV DR PEREIRA<br />

DE MATTOS<br />

R JOSE LUDOVICO<br />

DE SIQUIRA<br />

RBENTOVIEIRA DE ALMEIDA<br />

RMAJORRAIMUNDO BENJAMIN DA SILVA<br />

RDUQ UE<br />

DE CAXXIAS<br />

RFRANCISCO<br />

NUNES<br />

DA COSTA<br />

BARBOSA<br />

RRUY<br />

R BENTO<br />

MANOEL<br />

NASCIMENTO<br />

RTREZE<br />

DE MAIO<br />

R MARQUES<br />

DO HERVAL<br />

R RUY BARBOSA<br />

RCOM<br />

JOAO LOPES<br />

R IRMAOS<br />

BRANCATI<br />

TV MANOEL ESTEVES<br />

R CAP CARLOS<br />

DE MOURA<br />

RQUINZE DE<br />

NOVEMBRO<br />

R DR<br />

FREITAS<br />

R VINTE E NOVE DE ABRIL<br />

R SOLD<br />

JOSE ALVES<br />

DE ABREU<br />

R SANTOS SANTO<br />

AGOSTINHO<br />

RPROFA<br />

MARGARIDA<br />

MAIA DE<br />

ALMEIDA VIEIRA<br />

R PROFESSOR BENEDITO<br />

RDRPEDRO<br />

MOREIRA<br />

DA COSTA<br />

R JOSE DEALENCAR<br />

AV DR LUIZ CARLOS MOURA SILVA<br />

AV MAL CASTELO BRANCO<br />

AV BRASIL<br />

AV BRASIL<br />

LAD SAO JOSE<br />

AV BRASIL<br />

AV DR LUIZ CARLOS MOURA SILVA<br />

R ANNA<br />

APARECIDA<br />

RENDA<br />

R LUIZ RENDA<br />

R LUIZ GONZAGA<br />

FERREIRA LANFREDI<br />

AV MARIA<br />

HERCILIA DE GODOY<br />

AV MARIA<br />

HERCILIA DE GODOY<br />

ARAUJO RENDA<br />

ARAUJO RENDA<br />

R SALVADOR RENDA<br />

R DOLORES F. CAMPOS<br />

AV DR LUIZ CARLOS<br />

MOURA SILVA<br />

RDR GETULIO<br />

EVARISTO<br />

DOS SANTOS<br />

AV ESSIO<br />

LANFREDI<br />

AV ESSIO<br />

LANFREDI<br />

RJOAO<br />

ARAUJO<br />

R JOSE MARIA<br />

WOGE FARIA<br />

R EDMIR<br />

MATTOS<br />

RANAFRANCA<br />

BARBOSA<br />

RCARLOS<br />

J PINTO<br />

RAMADOR<br />

BUENO<br />

RDRODILON<br />

SOUZA MIRANDA<br />

R PROF ALCIDES MARTINS<br />

RODOVIA JOAO DO AMARAL GURGEL<br />

R OSMAR<br />

OUVERA<br />

PACHECO<br />

RDR<br />

ALFREDO<br />

AROCHA<br />

R CAP CARLOS<br />

DE MOURA<br />

RMALDEODORO<br />

R CEL JOAO DIAS GUIMARAES<br />

R PROF JOSE<br />

DE FREITAS<br />

RPROFA ZELIA<br />

CASTRO<br />

MARQUES R<br />

AV ESSIO<br />

LANFREDI<br />

RDRALBERTO<br />

FERREIRA<br />

R JOSE<br />

BONANI<br />

R ISAIAS NANTES<br />

PEDROSA<br />

RPROF<br />

JOSE BENEDITO<br />

AMATTOS<br />

AV PRES<br />

ROOSEVELT<br />

R RUY BARBOSA<br />

R DONA AMELIA<br />

PANTALEAO<br />

R DONA AMELIA<br />

PANTALEAO<br />

R BENTO VIEIRA<br />

DE ALMEIDA<br />

R ARTHUR<br />

PORTES<br />

AV CEL<br />

MANOEL<br />

INOCENCIO<br />

O<br />

RTEN<br />

R MARQUES<br />

DO HERVAL<br />

RCOM<br />

JOAO LOPES<br />

AV CEL MANOEL<br />

INOCENCIO<br />

AV DR PEREIRA<br />

DE MATTOS<br />

R PRUDENTE DE MORAIS<br />

R CEL JOAO<br />

DIAS PEREIRA<br />

RCEL<br />

GRACA<br />

MARTINS<br />

RARTHUR<br />

PORTES<br />

R BENEDITO<br />

GONCALVE VES<br />

DOS SAN ANTOS<br />

R LUZIA OLIMPIA<br />

MARCONDES<br />

PEREIRA<br />

R VINICIOS<br />

DE MORAIS<br />

AV PROFA AMASILHA<br />

DE CASTRO<br />

AV PROFA AMASILHA<br />

DE CASTIM<br />

R ALICE<br />

DE SOUZA<br />

CAPELLI<br />

R PROFA HERCILIA<br />

DE GODOY ARAUJO<br />

R MARIA<br />

JOSE ROCHA<br />

FERREIRA<br />

R JOSE BENEDITO<br />

ROCHAFERREIRA<br />

RJOAQUIM<br />

QUIRINO<br />

CARVALHO<br />

RALBERTO AZEVEDO<br />

R JOAO DIAS PEREIRA FILHO<br />

R CAP VENANCIO<br />

FELIX DA ROCHA<br />

RPROFBATISTA<br />

ORTIZ MONTEIRO<br />

R SILVANO CORREA<br />

DE TOLEDO<br />

R PROJETA<br />

RGENARO RODRIGUES<br />

R SAO FRANCISCO<br />

RPROFAAURORA<br />

PAES DA COSTA<br />

RDRPEDRO<br />

MOREIRA DA COSTA<br />

R SAO FRANCISCO<br />

AV HENRI NESTLE<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

RPEDRO<br />

ALVARES<br />

CABRAL<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

RPRES VENCESLAU BRAZ<br />

R JOSE FRANCISCO<br />

R PROF JOAO DE<br />

ALMEIDA SANTOS<br />

R PROFA AURORA<br />

PAES DACOSTA<br />

R TARGINO MOREIRA<br />

DE MATTOS<br />

R FRANCISCO PAULINO<br />

DE VASCONCELOS<br />

AV DOS IMIGRANTES<br />

AV DOS IMIGRANTES<br />

AV BRASIL<br />

R DUQUE DE CAXIAS<br />

AV ESSIO<br />

LANFREDI<br />

REDGARD<br />

PORTES<br />

REDGARD<br />

PORTES<br />

R MJ JOAO<br />

PRUDENTE<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

R JOAO RAFAEL<br />

DE ARAUJO<br />

AV DOS IMIGRANTES<br />

R PROFA HILDA<br />

MATTOS<br />

AV DOS IMIGRANTES<br />

RISAAC<br />

NANTES<br />

AV DOS IMIGRANTES<br />

PROFAARACIVILACA GUIMARAES<br />

R LUZIA OLIMPIA<br />

MARCONDES<br />

PEREIRA<br />

RJOAO<br />

NEPOMUCENO<br />

DE FREITAS<br />

RANTONIO<br />

VIRGILIO<br />

RAMOS<br />

ROLIVEIRA<br />

CHINA<br />

R SANTAISABEL<br />

R S/<br />

NOME<br />

R SETE DE SETEMBRO<br />

RVINTE E<br />

R QUATORZE DE ABRIL<br />

R PROFESSOR JO<br />

BENEDITO DEARA<br />

AV CEL MANOEL INOCENCIO<br />

R<br />

R PROF A<br />

COUTIN<br />

R EDGARD<br />

PORTES<br />

R JOAQUIM DE BA<br />

ALCANTARA<br />

R. RAFAEL<br />

PINTO<br />

DE ARAUJO<br />

R MJ JOAO<br />

PRUDENTE<br />

R LUZIA OLIMPIA<br />

MARCONDES PEREIRA<br />

R PROF<br />

GLICERIO<br />

RODRIGUES<br />

R JOSE A TELLES<br />

R JOSE LOTE<br />

DOS SANTOS<br />

R CONEGO<br />

JOSE PEDRO<br />

DE ARAUJO<br />

MARCONDES<br />

ANCIO<br />

AV FRANCISCO<br />

DAMASCO<br />

RPROF JOSE FRANCISCO<br />

SIMOES DOS SANTOS<br />

R PROF ARGEMI<br />

TELLES GOPF<br />

R CARVALHO<br />

BRAGA<br />

RNAC<br />

UN<br />

R SEIS<br />

AV FRANCISCO SALLES DAMASCO<br />

AV FRANCISCO SALLES<br />

DAMASCO<br />

R ANTONIO DOS SANTOS<br />

AV FRANCISCO SALLES DAMASCO<br />

AV FRANCISCO<br />

ALVES<br />

MONTEIRO<br />

RPADRE JOSE<br />

BENEDITO<br />

ALVES MONTEIRO<br />

PLINIO MAGALHAES<br />

R DOM PEDRO II<br />

R COM JOAO LOPES<br />

R ALFREDO<br />

CAMILHER<br />

DE SA<br />

E OITO DE SETEMBRO<br />

OSE<br />

AUJO<br />

TV ROSSI<br />

ALCIDES<br />

NHO<br />

IRO<br />

FERT<br />

COES<br />

NIDAS<br />

AV CEL MANOEL<br />

INOCENCIO<br />

R ALBERTO<br />

SANTOS<br />

DUMONT<br />

RJOSE A TELLES<br />

R FRANCISCO<br />

ROMAO DO<br />

AMARAL ROLIVEIRA R BENTO<br />

PEREIRA<br />

DA MOTA<br />

R BERNARDINO<br />

DE FREITAS<br />

R EUGENIO<br />

AUGUSTO<br />

DE OLIVEIRA<br />

R BERNARDINO<br />

DE FREITAS<br />

ROLIVEIRA<br />

CHINA<br />

RSANTA<br />

ISABEL<br />

R JOAO RAFAEL DE ARAUJO<br />

EL<br />

R ARI BARROSO<br />

R MARECHAL RONDON<br />

R MONTEIRO LOBATO<br />

RCASTRO<br />

ALVES<br />

RPROF JOSEFRANCISCO<br />

SIMOES DOS SANTOS<br />

AV FRANCISCO<br />

ALVES<br />

MONTEIRO<br />

AV FRANCISCO<br />

SALLES<br />

DAMASCO<br />

TV JAU<br />

TV JAU<br />

AV CEL ALCANTARA<br />

RGEORGINA<br />

MOREIRA<br />

MESQUITA<br />

R JOSE MOREIRA<br />

DA COSTA<br />

R SE<br />

SETE<br />

R ARI BARROSO<br />

RMONTEIRO LOBATO<br />

RPROF JOSE FRANCISCO<br />

SIMOES DOS SANTOS<br />

RRAPOSO<br />

TAVARES<br />

RCELJOSE GUIMARAES BARROSO<br />

R TEN ANTONIO JOAO<br />

R PROF GUSTAVO<br />

PEREIRA<br />

RPROFABRASILINA<br />

M ALVARENGA<br />

R ANTONIO<br />

SSOARES<br />

RTOM<br />

OLIVEIRA<br />

OMAZ<br />

RA<br />

RPROC<br />

JOSE<br />

SIQUEIRA<br />

CHINA<br />

RANTONIO<br />

VIRGILIO RAMOS<br />

R NICOLAU<br />

JULIANI<br />

NICOLINO<br />

ROS<br />

OCOPIO<br />

E<br />

RSANTA<br />

ISABEL<br />

RFRANCISC<br />

DO AMARA<br />

R BENTO PEREIRA DA MOTA<br />

CO ROMAO<br />

RAL<br />

RFRANCISCO PEREIRA DA SIL<br />

LVA<br />

R OLINTHO<br />

PRADO LEITE<br />

RPROF<br />

FRANCISCO<br />

JULIANO<br />

R TOMAZ<br />

OLIVEIRA<br />

AV ANGELO ZEPPELIN<br />

COSTA SALGADO<br />

RLUIZDE<br />

CARVALHO<br />

TV EZEQUIEL FREIRE<br />

R CASTRO<br />

ALVES<br />

R RUFINO ESTEVES DA<br />

AV DA SAUDADE<br />

R GONCALVES<br />

DIAS<br />

RARLINDO<br />

OLIVEIRA<br />

PINTO<br />

RPLINIO<br />

DIAS<br />

R SEBASTIANA<br />

DE UNHATE<br />

R JAIME<br />

SPINELLI<br />

R ALBERTO<br />

P FARIA<br />

RTEN<br />

GREENHALD<br />

R CAP TOME<br />

PORTES<br />

DEL REY<br />

R ROCHA<br />

BRITO<br />

AV CIDADE SAO PAULO<br />

R PROFESSOR JOSE<br />

BENEDITO DEARAUJO<br />

R FRANCISCO<br />

ANTONIO JUSTO<br />

R MARECHAL RONDON<br />

R NAPOLEAO<br />

MENDES<br />

LAUREANO<br />

R ARI BARROSO<br />

R BENEDITO<br />

YUNES<br />

R CAP JORGE<br />

DIAS VELHO<br />

RCAP<br />

TOME PORTES<br />

DEL REY<br />

RANTONIO<br />

VICENTE<br />

R JOSE DE<br />

OLIVEIRA<br />

MOURA<br />

RANTONIO<br />

XAVIER ASSIS<br />

R FRANCISCO<br />

ANTONIO<br />

JUSTO<br />

R DR JOAQUIM<br />

RENECTEL<br />

RBENEDITO<br />

MONTEIRO DE<br />

TOLEDO PAGE<br />

R JOSE ORESTES<br />

DO PRADO<br />

RJOAODE<br />

MOURA RESENDE<br />

RDR. ELVIRO MOURA<br />

RBENEDITO<br />

YUNES<br />

AV DA SAUDADE<br />

RGUILHERME<br />

DE ALMEIDA<br />

R OSORIO DA CUNHA LAPA NETO R ADEMAR DE MOURA RESENDE<br />

RDRSILVIOFRANCO DE SIQUEIRA<br />

RNAPOLEAO<br />

MENDES<br />

LAUREANO<br />

RPROF<br />

JOSE<br />

BENEDITO<br />

DE ARAUJO<br />

R DESEM<br />

ALPINO BASTOS<br />

RNACOES UNIDAS<br />

R PROF JOSE<br />

BERNARDO<br />

PAES JR<br />

R PROF JOSE<br />

RNARDO<br />

SJR<br />

R P<br />

BER<br />

PAES<br />

R DONA TERESABORSOI<br />

R DR MARIANO MALCANTARA<br />

RJOAO GONCALVES<br />

R 28 DE SETEMBRO<br />

S BARBOSA<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR<br />

R PRES JUSCELINO<br />

KUBITSCHECK DE<br />

OLIVEIRA<br />

AV UM<br />

AV CIDADE SAO PAULO<br />

TV WALDOMIRO<br />

HILARIO<br />

R JOSE DE<br />

OLIVEIRA<br />

MOURAV<br />

R BRIGADEIRO<br />

EDUARDO GOMES<br />

AR DUTRA<br />

R BARRETO LEME<br />

R SEBASTIÃO<br />

FERREIRA DINIZ<br />

DUTRA<br />

DU<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR<br />

RMARIAY.DE SIQUEIRA TELLES<br />

AV OSORIO PORTO<br />

R KATIA MARIA<br />

FERRELÇO FULLY<br />

BRUNHARA<br />

AV LUIZ NANI<br />

RJOAO ALVES<br />

R BONFIM N DA<br />

SILVAALVES<br />

AV INTEGRACAO<br />

AV DA<br />

INTEGRACAO<br />

R AGENOR G NASCIMENTO<br />

R ONZE<br />

R PROF LUIZ AFONSO<br />

RPROF LUCAS<br />

MOREIRA GARCAS<br />

R ENG ANTONIO CARLOS<br />

SIQUEIRA MARCONDES<br />

R PRES JUSCELINO<br />

KUBITSCHECK DE OLIVEIRA<br />

R JOSE APARECIDO<br />

DE MORAES<br />

R RAPHAEL<br />

BALDACCI<br />

RJOSE<br />

NORONHA<br />

FERRAZ<br />

R ANTONIO<br />

XAVIER<br />

ASSIS<br />

RPROFLUCAS<br />

MOREIRA GARCAS<br />

RANIBAL CRISTOVAO<br />

SANTOS TOSETTO<br />

RFREIKOLBE<br />

R PADRE<br />

PEDRO<br />

R JULIO PRESTES<br />

DE ALBUQUERQUE<br />

RJOAOB<br />

SABINHO<br />

RTEREZA DOS<br />

S. RIBEIRO<br />

RJORGE KALIL<br />

R ALDO VERDI<br />

JOSE PAES<br />

R MARIA H. CODELLOS<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

R COM. JOSE KALIL<br />

R MARECHAL RONDON<br />

R MONTEIRO LOBATO<br />

R PRIMEIRO<br />

CENTENARIO<br />

DE JAMBEIRO<br />

RPROFJOSE<br />

FRANCISCO<br />

SIMOES DOS SANTOS<br />

R BENEDITO<br />

MONTEIRO DE<br />

TOLEDO PAGE<br />

TV PROFA<br />

MARIA<br />

V N SANTOS<br />

AV FRANCISCO<br />

ALVES MONTEIRO<br />

R PRIMEIRO<br />

CENTENARIO<br />

DE JAMBEIRO<br />

R PADRE JOSE<br />

BENEDITO<br />

ALVES MONTEIRO<br />

R PRES ARTHUR COSTA SILVA<br />

RMANOELEUFRASIO DE TOLEDO<br />

AV DOS OPERARIOS<br />

RBENEDITO<br />

NORONHA FERRAZ<br />

AV DOS OPERARIOS<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

R DR ROSALVO DE ALMEIDA TELLES<br />

EST VITO ARDITO<br />

R BRIGADEIRO EDUARDO GOMES<br />

RJOÃO BATISTAMOREIRA<br />

PASSAGEM FLORESTA<br />

ROLIMPIO SANTOS JR<br />

AV ANGELO ZEPPELIN<br />

RDRPEDRO<br />

FRANCO DE ALMEIDA<br />

RJOSÉ LUIZ<br />

FRANCO DE ALMEIDA<br />

RR ARI ARI BARROSO BARROSO<br />

BAIRRO<br />

PIEDADE<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

R NELLY NANTES<br />

NATALI<br />

R SERVULO<br />

CARNEIRO<br />

R JOSE DA COSTA<br />

PASCHOAL<br />

R ODETE MOURA<br />

PEDROSA<br />

RMARIA<br />

APARECIDA<br />

SALLES<br />

R MARIA<br />

JOSE<br />

FERRARI<br />

PC LYDIA<br />

MONTEIRO<br />

R OLIMPIA<br />

SSANTOS<br />

R JOAO CARVALHO<br />

DE RESENDE<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

RGALPEDRO LUIS<br />

PINTO BITENCOURT<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

AV ROBERTO EDUARDO LEE<br />

RDRROSALVO DE ALMEIDA TELLES<br />

RPADRE JOSE MOTTA<br />

R GERALDO ARAUJO MOTTA<br />

RTENAMERICO<br />

MELEGA<br />

R TEN AMERICO MELEGA<br />

AV ROBERTO<br />

EDUARDO LEE<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

R HUGO MANETTI<br />

RODOVIA PRES EURICO GASPAR DUTRA<br />

RDR ROSALVO DE ALMEIDA TELLES<br />

R RAUL CORNELIO BROM<br />

RIB. DOS MUDOS<br />

AV ROBERTO EDUARDO LEE<br />

RGERALDO ARAUJO MOTTA<br />

R HUGO MANETTI<br />

R HUMBERTO ROSSI<br />

AV HONORIO<br />

FERREIRA<br />

R HUMBERTO ROSSI<br />

R SOLD BENEDITO HIGINO RIBEIRO<br />

R SOLD BENEDITO HIGINO RIBEIRO<br />

R SOLD<br />

OSWALDO<br />

SILVEIRA<br />

BREVES EXP<br />

R GERALDO MAIA DE ALMEIDA<br />

RJOAOCAIOPIERRE<br />

R ANTONIO<br />

TABET<br />

R TEN HEMILIO BIACCHI<br />

RSOLDBRASILINO<br />

RAMOS DOS SANTOS<br />

R SOLD BENEDITO VIEIRA<br />

DA SILVA PINTO<br />

AV JOAO PANTALEAO<br />

RJOSERUFINO CESAR GUIMARAES<br />

AV PADRE MOACIR RODRIGUES<br />

R JOAO T<br />

RESENDE<br />

EST VITO ARDITO<br />

RJOAOESCARPELLI<br />

AV HONORIO<br />

FERREIRA<br />

RJORGEROCHA LIMA<br />

R JULIO BUENO<br />

RDRGERALDO<br />

AUGUSTO DE SIQUEIRA<br />

RAUGUSTO BENTO DEARAUJO<br />

R MOZART<br />

PRADO LEITE<br />

R VER JOSE COSTA<br />

AV PADRE JOSE FORTUNATO<br />

DA SILVA RAMOS<br />

R SOLD GERALDO NOGUEIRA CITRO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

GASODUTO GASODUTO<br />

ZEI<br />

ZEU<br />

AVHONORIO FEREIRA PEDROSA<br />

R ALBERTO XAVIER ALVES<br />

Rodovia Carvalho Pinto<br />

EST P/ CAÇAPAVA VELHA<br />

Taubaté<br />

ZEU<br />

EST MUNICIPAL<br />

ROD CARVALHO PINTO<br />

EST MUNICIPAL<br />

ROD CARVALHO PINTO<br />

ROITO<br />

RDOIS<br />

R DOIS<br />

R TRÊS<br />

RQUATRO<br />

RTRÊS<br />

R SÃO CAMILO<br />

AV ZERO<br />

RDR. BERNNADO GALVÃO MONTEIRO<br />

RSANTA CRUZ<br />

R SÃO CRISTOVÃO<br />

R SÃO GONÇANLO<br />

TR SANTA CRUZ<br />

RC<br />

R JOSÉ HENRIQUE<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

R SÃO BENEDITO<br />

EST DA GERMANA<br />

SEM ESCALA<br />

RUM<br />

RANTONIO R. BARBOSA<br />

R DOIS<br />

EST BOÇOROCA<br />

RB<br />

CRG DA C<br />

CACHOEIRA OU BOÇOROCA<br />

Rodovia Rodovia Carvalho Carvalho Pinto Pinto<br />

EST MUNICIPAL<br />

AV B<br />

AV C<br />

RUM<br />

R CINCO<br />

R DOIS<br />

R SEIS<br />

AV A<br />

RTRÊS<br />

R DEZ<br />

RDEZ<br />

RONZE<br />

BAIRRO<br />

CAÇAPAVA<br />

VELHA<br />

RNOVE<br />

ROITO<br />

CRG DA VARGEM<br />

AV A<br />

EST P/ BARREIRO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

A expansão municipal ocorre entre Caçapava<br />

Velha e a sede municipal.<br />

FIGURA 5.3-10<br />

VETORES DE CRESCIMENTO<br />

URBANO E ECONÔMICO<br />

SÃO JOSÉ<br />

DOS<br />

CAMPOS<br />

LEGENDA:<br />

CAÇAPAVA (SP)<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-33 ABRIL / 2006<br />

70<br />

Km 65<br />

CAÇAPAVA<br />

75<br />

MAPA-CHAVE<br />

A sede municipal dista aproximadamente 3,75km do<br />

Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté e os bairros Piedade<br />

e Caçapava Velha distam em torno de 1,53km e 130m,<br />

respectivamente. A extensão do Gasoduto que<br />

atravessa o município é de cerca de 14,70km.<br />

3,75km<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

VETOR DE CRESCIMENTO<br />

LIMITE DA ZONA URBANA<br />

LIMITE MUNICIPAL<br />

GASODUTO<br />

AII DOS MEIOS FISICO E BIOTICO<br />

ZEI ZONA DE EXPANSÃO INDUSTRIAL<br />

ZEU ZONA DE EXPANSÃO URBANA<br />

80<br />

1,53km<br />

BAIRRO<br />

PIEDADE<br />

85<br />

TAUBATÉ<br />

BAIRRO<br />

CAÇAPAVA<br />

VELHA<br />

JAMBEIRO<br />

90<br />

95<br />

REDENÇÃO<br />

DA<br />

SERRA


R WALDOMIRO<br />

BERBARE<br />

R TAUFIK SIM<br />

BERBAR<br />

R WALDOMIRO<br />

BERBARE<br />

ALHO<br />

SE MARIA DE OLIVEIRA<br />

SE MARIA DE OLIVEIRA<br />

AV PARQUE<br />

MA<br />

DE MORA<br />

R PAULO DIAS RAPOSO<br />

R FREI SANSANI<br />

R ALZEMIRA P DOS SAN<br />

R PROJETADA PAULO FACCI<br />

RQUATRO<br />

R TAUFIK SIMAO<br />

BERBARE<br />

AV SANTA CRUZ<br />

DO AREAO<br />

AV SANTA CRUZ<br />

DO AREAO<br />

R JOAQUIM DE ARAUJO RAMOS<br />

R LEJAUNER ROSA CAMILLO<br />

AV DOS BOMBEIROS<br />

R DANIEL RODRIGUES MOREIRA<br />

R JOSE MARIA CLARO<br />

BASTIAO<br />

NO<br />

A<br />

AV SANTACRUZ DO AREAO<br />

AV SANTACRUZ DO AREAO<br />

R SETE<br />

R SETE<br />

R NOVE<br />

ROITO<br />

R SEIS<br />

R CINCO<br />

AV 2<br />

R PROJETADA B<br />

R PROJETADA C<br />

R PROJETADA D<br />

R PROJETADA E<br />

ESTRADA P BAIRRO<br />

STA CRUZ DO AREAO<br />

R DR FRANCISCO ESMERALDO DE MELLO<br />

AV ENGENHEIRO MILTON PEIXOTO<br />

R DR ALVARO BRAGA<br />

R EUGENIA BELLO SOARES<br />

R DR FRANCISCO ESMERALDO DE MELLO<br />

AV RENATO ORTIZ<br />

R DR ALVARO BRAGA<br />

R EUGENIA BELLO SOARES<br />

R ONDINA ORTIZ AMADEI BERINGS<br />

RH R B<br />

AV 2<br />

RA<br />

R D<br />

RI<br />

AV 2<br />

R DOMINGOS<br />

DOS SANTOS<br />

R BELMIRO<br />

DAS CHAGAS<br />

R JOAO SA SI,VA<br />

RMARIA<br />

ODETE SANTOS<br />

RWALDEMARHAIK<br />

TR 1<br />

RE<br />

R D<br />

R C<br />

R D<br />

RK<br />

RJ<br />

R LUIS PEDRO CUSTODIO<br />

RESTELITAAND<br />

R CACILDA L F RI<br />

R DOMIR DANELLI<br />

R FRANCISC<br />

R PROJETADA A<br />

RL<br />

R N<br />

R ANTONIO DA SILVA BUENO<br />

R IVO TOMAS FERNANDES<br />

RIBEIRAO DO MOINHO<br />

R. JOSE NEDER<br />

PARQUET<br />

R NELSON MEIRELES<br />

R GERALDO DE<br />

OLIVEIRA SANTOS<br />

RG<br />

RF<br />

RM<br />

RIBEIRÃO DO MOINHO<br />

R<br />

M<br />

R CONEGO ISMAEL<br />

DIAS MONTEIRO<br />

R DOS<br />

TROVA-<br />

DORES<br />

R. EXP BENEDITO<br />

FULIERI<br />

R NELSON MEIRELES<br />

RDOS<br />

TROVA-<br />

DORES<br />

R HELIO ZAMITH<br />

R MILO INDIANI<br />

R GERALDO M ANDRADE<br />

R MILO INDIANI<br />

AV VOLUNTARIO BENEDITO SERGIO<br />

CIO<br />

R<br />

R MIRIM<br />

R NARIZINHO<br />

AV CINDERELA<br />

R MIRIM<br />

R NARIZINHO<br />

AV CINDERELA<br />

AV CINDERELA<br />

R NARIZINHO<br />

R NARIZINHO<br />

AV CINDERELA<br />

SP-66<br />

R MAN-<br />

DUCA<br />

R MAN-<br />

DUCA<br />

R BAMBI<br />

SP-66<br />

RUA L<br />

SP-66<br />

SP-66<br />

R NARIZINHO<br />

AV CINDERELA<br />

AV CINDERELA<br />

R ALADIM<br />

RTICO<br />

TICO<br />

R SUPER HOMEM<br />

R CAP<br />

MARVEL<br />

RTIQUINHO<br />

R CAP<br />

MARVEL<br />

RTIQUINHO<br />

AV OSWALDO<br />

BARBOSA GUISARD<br />

R NARIZINHO<br />

R CHIQUI-<br />

NHO<br />

AV CINDERELA<br />

R NARIZINHO<br />

R SUPER HOMEM<br />

R CHIQUI-<br />

NHO<br />

AV CINDERELA<br />

R BAMBI<br />

AV OSWALDO<br />

BARBOSA GUISARD R GIBI R GIBI<br />

R PEDRO<br />

MALAZARTE<br />

R GIBI<br />

R PEDRO<br />

MALAZARTE<br />

RGIBI<br />

AV OSWALDO<br />

BARBOSA GUISARD<br />

R PEDRO MALAZAR<br />

RALIBABA<br />

R PEDRO MALAZAR<br />

RALIBABA<br />

RTICO<br />

TICO<br />

R<br />

REM<br />

R<br />

REM<br />

R BAMBI<br />

R SUPER HOMEM<br />

R BAMBI<br />

R ITABAIANA AV ZE MACACOS<br />

R HELIOPOLIS<br />

R ITABAIANA AV ZE MACACOS<br />

R HELIOPOLIS<br />

RGOIANIA<br />

R EXAPORA<br />

R FERNAN-<br />

DOPOLIS<br />

R ITABAIANA<br />

R HELIOPOLIS<br />

R JOINVILE<br />

R EXAPORA<br />

R FERNAN-<br />

DOPOLIS<br />

R ITABAIANA<br />

R HELIOPOLIS<br />

R JOINVILE<br />

AV MARGINAL<br />

R JOSE TEOFILO DA CRUZ<br />

ABAIANA<br />

R HELIOPOLIS<br />

R DRACENA<br />

R HELIOPOLIS<br />

ABAIANA<br />

R DRACENA<br />

R<br />

C<br />

R BENEDITO TELLES ALVES<br />

R RAFAEL ALVES DA SILVA JR<br />

R MARIA CECILIA S CAMPOS<br />

AV DOS ACACIOS<br />

EST PARA<br />

PINDAMONHANGABA<br />

R ARMANDO<br />

SIMONETI<br />

R ARMANDO<br />

SIMONETI<br />

EST PARA<br />

PINDAMONHANGABA<br />

R EMILIO AUGUSTO MATTOS ORTIZ<br />

R ARMANDO<br />

SIMONETI<br />

R ARMANDO<br />

SIMONETI<br />

R JOAO M<br />

FRANÇA<br />

R JOAO M<br />

FRANÇA<br />

AV MANOEL DE CARVALHO<br />

AV DA FRATERNIDADE<br />

R SETE<br />

R SETE<br />

R PROFA EMILIA<br />

MOURA MARCONDES<br />

SILVA<br />

R JAMBEIRO<br />

R PROFA EMILIA<br />

MOURA MARCONDES<br />

SILVA<br />

R JAMBEIRO<br />

R JOSE THEODORO<br />

MACHADO<br />

R JOGO DA<br />

S VELOSO<br />

R DARCY VIEIRA<br />

FERRAZ<br />

R DARCY VIEIRA<br />

FERRAZ R JOAO M<br />

FRANÇA<br />

R JAIME B LIMA<br />

AV MARIO LUIZ PAULICCI<br />

R PROJE-<br />

TADA<br />

RJAIMEBLIMA<br />

ROITO<br />

RJAIMEBLIMA<br />

ROITO<br />

R JAIME B LIMA<br />

R JOSE AUGUSTO<br />

DE PAULA<br />

R ALBEMIRO LOPEZ DO PRADO<br />

R SIRLENE FERREIRA DE OLIVEIRA<br />

R MOACIR PEREIRA DOS SANTOS<br />

R NOEL ROSA<br />

R ORLANDO<br />

RIBEIRO<br />

RODOVIA ENG JOAO<br />

CAETANO ALVARES JR<br />

RODOVIA ENG JOAO<br />

CAETANO ALVARES JR<br />

R ORLANDO<br />

RIBEIRO<br />

R KENZO KOJITA<br />

R JOSE FREITAS<br />

GUIMARAES<br />

R FRANCISCO BARRETO LEMOS<br />

R OTAVIANO EVANGELISTA DE PAULA<br />

RQUATRO<br />

R OTAVIANO EVANGELISTA DE PAULA<br />

RQUATRO<br />

R FRANCISCO BARRETO LEMOS<br />

R DR BENEDITO<br />

O BRAGA<br />

R BRUNO<br />

RAFASIO<br />

GIOVANNI<br />

RJORGE SECCO<br />

RJOSE<br />

SALGADO<br />

R ANUNCIATO ROSA INDIANI<br />

RDORIVALM<br />

PEIXOTO<br />

FRANCISCO NUNES<br />

ICO PEREIRA PENA<br />

JOAO BINDAO<br />

R ALICE BRANDAO<br />

FRANCISCO NUNES<br />

ICO PEREIRA PENA<br />

JOAO BINDAO<br />

R ALICE BRANDAO R ORLANDO RIBEIRO<br />

R DOIS<br />

R ORLANDO RIBEIRO<br />

R DOIS<br />

AV DR LYCURGO BARBOSA QUERIDO<br />

R ADERBAL DE<br />

CARVALHO<br />

RDRJOSE<br />

ARMANDO<br />

CURSINO<br />

RSEBASTIAO<br />

PRADO<br />

R PADRE FISCHER<br />

R PADRE FISCHER<br />

R JOAO RODRIGUES<br />

DE TOLEDO<br />

R JOSE DOMINGOS<br />

DA CRUZ<br />

R JOSE LUCIO<br />

BARBOSO<br />

R JUDITE COLI<br />

CORNEIRO<br />

ER<br />

ER<br />

R FRANCISCO RIZZINI<br />

EUGENIO GUISARD<br />

R PROFA HELOISA PEREIRA PINTO<br />

R FRANCISCO RIZZINI<br />

R PROFA HELOISA PEREIRA PINTO<br />

EUGENIO GUISARD<br />

R FRANCISCO<br />

ASILVA<br />

R FORID<br />

BARROQUETA<br />

R FREI NILLO<br />

M FRANCISCO<br />

R PADRE FISCHER<br />

R PADRE FISCHER<br />

R SEBASTIAO<br />

PROCOPIO<br />

OLIVEIRA<br />

R CECILIA COLI<br />

R SEBASTIAO<br />

PROCOPIO<br />

OLIVEIRA<br />

R CECILIA COLI<br />

R1<br />

R BETA<br />

RCECILIA<br />

COLI<br />

R SEBASTIAO<br />

PROCOPIO<br />

OLIVEIRA<br />

RCECILIA<br />

COLI<br />

R SEBASTIAO<br />

PROCOPIO<br />

OLIVEIRA<br />

R JOSE MARTINE RONCONI<br />

RJOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

R JOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

R JOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

RANTONIO<br />

CAMINEO<br />

R CAP PAULO<br />

J MENEZES<br />

R JOSE LUCIO<br />

BARBOSO<br />

IRA<br />

R JOAO MARCONDES<br />

DE MORAES<br />

RJOAOMARCONDES<br />

DE MORAES<br />

R SEBASTIAO<br />

APARECIDO<br />

DA SILVA<br />

R JOAO MARCONDES<br />

DE MORAES<br />

R TAUFIK SIMAO<br />

BERBARE<br />

EST MUNICIPAL<br />

R OMEGA<br />

RDELTA<br />

R GAMA<br />

R JARBAS D<br />

SANTOS T<br />

R WALDOMIRO<br />

BERBARE<br />

R WALDOMIRO<br />

BERBARE<br />

R JARBAS DOS<br />

SANTOS TOLEDO<br />

R SEBASTIAO<br />

APARECIDO<br />

DA SILVA<br />

R JOSE VICENTE DE BARROS<br />

R JOSE VICENTE DE BARROS<br />

RJOAO<br />

MARCONDES<br />

DE MORAES<br />

R JOAO FRANCISCO<br />

RIBEIRO<br />

R CLAUDIO<br />

A MARCONDES<br />

R IVANS S<br />

CUNHA AREAO<br />

RANTONIO<br />

CAMINEO<br />

RO R CAP PAULO<br />

J MENEZES R IVANS S<br />

CUNHA AREAO<br />

MAO<br />

E<br />

R IVANS S<br />

CUNHA AREAO<br />

AV SANTA<br />

CRUZ DO<br />

AREAO<br />

AV SANTA<br />

CRUZ DO<br />

AREAO<br />

RFER<br />

NA<br />

RJOAO<br />

MARCONDES<br />

ORAES<br />

NTOS<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

AV ARCENIO RIEMMA<br />

RUA J<br />

RUA I<br />

RUA I<br />

AV ARCENIO RIEMMA<br />

RUA N<br />

RUA H<br />

AV ARCENIO RIEMMA<br />

RUA A<br />

RUA D<br />

RUA D<br />

EST DO PINHAO<br />

R COM JOSE RENAT<br />

R DOS EU<br />

R DO<br />

R PEDRO ZOLCSAK<br />

AV CARLOS PEDROSO DA SILVEIRA<br />

RSAOFELI<br />

R SALVAD O<br />

RCANAVIEIR<br />

RAMARAL<br />

RITAPAG<br />

R MARAG<br />

R PEDRO MARCON<br />

AV PR<br />

SA M<br />

RITAPAR<br />

RDR<br />

ORT<br />

R DR JOAO BATISTA<br />

ORTIZ MONTEIRO<br />

AV PROF<br />

MAUD<br />

SA MON-<br />

TEIRO<br />

AV PROF<br />

MAUD<br />

SA MON-<br />

TEIRO<br />

R JUTA FABRIL<br />

AV CUBAS<br />

DE<br />

ALVARENGA<br />

AV CARLOS PEDROSO DA SILVEIRA<br />

AV CT I<br />

AV EMBARE<br />

AV COROZITA<br />

R PIRATININGA<br />

AV CARLOS PEDROSO DA SILVEIRA<br />

7.453.500<br />

438.000<br />

R SCH-<br />

NEIDER<br />

R SCH-<br />

NEIDER<br />

R SCH-<br />

NEIDER<br />

R MARIA LEITAO DE BORBA<br />

7.454.500<br />

AV CARLOS PEDROSO DA SILVEIRA<br />

437.000 437.000<br />

R CARLOS PEDROSO<br />

DA SILVEIRA<br />

RANGELO VALERIO<br />

AV DOS IMIGRANTES<br />

R CEL ESDRAS EVILMERODACH<br />

DE OLIVEIRA<br />

R CAETANA VALERIO PISTILLI<br />

AV FRANCISCO ALVES MONTEIRO<br />

R GRANEDEIRO GUIMARAES<br />

R LIBERO VALERIO<br />

R VIRGINIA TURCI ZANIN<br />

R ALESSIO PONZONI<br />

R ANTONIO WLADIMIR<br />

DO PRADO<br />

R DIDIMO GADIOLI<br />

R7<br />

R CEL ESDRAS EVILMERODACH DE OLIVEIRA<br />

R J0AO BATISTA CANAVEZI<br />

436.000<br />

R CHIQUINHA DE MATTOS<br />

R GRANEDEIRO<br />

GUIMARAES<br />

R 9 DE JULHO<br />

R CEL<br />

MARCONDES<br />

DE MATTOS<br />

R TAUBATÉ<br />

7.453.500<br />

R 9DEJULHO<br />

RALFREDO<br />

TAINO<br />

R WASHINGTON LUIZ<br />

R CEL MARCONDES<br />

DE MATTOS<br />

R JOSE MAGALHAES BASTOS<br />

R HELVINO<br />

DE MORAES<br />

R VIRGILIO<br />

VALERIO<br />

RDACONS<br />

RDEAFREIRE<br />

R SANTOS DUMO<br />

R LUIS AUGUSTO DA<br />

AV GRANA<br />

R DR JOSE<br />

TERRERI<br />

R ANTONIO G<br />

DE ARAUJO<br />

R EMILIANO<br />

SCHACHETTI<br />

R VICENT<br />

SANTORO<br />

AV MARGINAL<br />

R VICENT<br />

SANTORO<br />

R EMILIANO<br />

SCHACHETTI<br />

AV MARGINAL<br />

PC SAN<br />

CURSI<br />

R SA<br />

FERNANDO<br />

RTRIPUI<br />

AV<br />

AV CESAR COSTA<br />

R SA<br />

FERNANDO<br />

RTRIPUI<br />

AV<br />

AV CESAR COSTA<br />

R TAVARES FILHO<br />

R CLODOMIRO AMAZONAS<br />

R EUCLIDES DA CUNHA<br />

R TAVARES FILHO<br />

R CLODOMIRO AMAZONAS<br />

R EUCLIDES DA CUNHA<br />

R SOUZA ALVES<br />

R SOUZA ALVES<br />

DR EMILIO WINTHER<br />

DR EMILIO WINTHER<br />

R BARAO DA<br />

R BARAO DA<br />

R4DEMARÇO<br />

TR OLAVO BILAC<br />

R JOAQUIM TAVARES<br />

AV GRANA<br />

R SANTOS DUMO<br />

R LUIS AUGUSTO DA<br />

R JOSE PEDRO<br />

CAMOES<br />

R FRANCISCO<br />

DE BARROS<br />

R BARAO DA PEDRA NEGRA<br />

AV NOVE DE JULHO<br />

R FRANCISCO<br />

DE BARROS<br />

R BARAO DA PEDRA NEGRA<br />

AV NOVE DE JULHO<br />

ROTACILIOCARV<br />

DE PAULA<br />

R JOSE<br />

R JOSE<br />

R MIGUEL<br />

MELO<br />

CARVALHO<br />

R MIGUEL MELO<br />

CARVALHO<br />

R GILBE<br />

OLIVEI<br />

R MIGUEL<br />

MELO<br />

CARVALHO<br />

R MIGUEL MELO<br />

CARVALHO<br />

R GILBE<br />

OLIVEI<br />

RANTONIO<br />

F DA SILVA<br />

VIELA VIELA<br />

R JOSE MARIA<br />

DE OLIVEIRA<br />

R ANIZIO<br />

SALIM ASSAF<br />

R ALDA GARRIDO<br />

AV JOAO GUARNIERI<br />

R VICENTE CELESTINO<br />

R OTACILIO<br />

CARVALHO<br />

DE PAULA<br />

R JOSE MARIA<br />

DE OLIVEIRA<br />

VIELA<br />

VIELA<br />

VIELA<br />

R TEN ELIZEU<br />

BUENO DE<br />

TOLEDO<br />

R SEB<br />

JUSTINO<br />

DE FARIA<br />

R JOSE<br />

MARIA DE<br />

OLIVEIRA<br />

VIELA<br />

R JOSE ISAIAS MONTEIRO SANTOS<br />

R ALDA GARRIDO<br />

VIELA<br />

R WILLY AURELY<br />

R IVAN<br />

COSTA<br />

R IVAN<br />

COSTA<br />

R VICENTE<br />

CELESTINO<br />

R ELPIDIO DOS<br />

SANTOS<br />

R IVAN<br />

COSTA<br />

R IVAN<br />

COSTA<br />

R VICENTE<br />

CELESTINO<br />

R ELPIDIO DOS<br />

SANTOS<br />

R WILLY AURELY<br />

R ELPIDIO DOS SANTOS<br />

R ELPIDIO DOS SANTOS<br />

R JOAO PEREIRA SILVA SANTORO<br />

R ANIZIO<br />

SALIM ASSAF<br />

R ALDA GARRIDO<br />

R VICENTE CELESTINO<br />

R BARTOLOMEU<br />

BUENO<br />

R MOGI DAS<br />

CRUZES<br />

R GABRIEL ORTIZ MONTEIRO<br />

R SAO JOSE DOS CAMPOS<br />

R CAÇAPAVA<br />

R GUARATIN-<br />

GUETA<br />

R APARECIDA<br />

DO NORTE<br />

R CRUZEIRO<br />

R<br />

TAMOIOS<br />

R<br />

TAMOIOS<br />

AV CESAR COSTA<br />

R JOSE RAMOS ORTIZ<br />

R PEDRAS<br />

VERDES<br />

R ALFREDO<br />

CANDIDO VIEIRA<br />

AV CESAR COSTA<br />

R JOSE RAMOS ORTIZ<br />

R PEDRAS<br />

VERDES<br />

R ALFREDO<br />

CANDIDO VIEIRA<br />

R JOSE RAMOS ORTIZ<br />

R JOAO GORGES<br />

R MARTHIN<br />

LUTHER KING<br />

R MARTHIN<br />

LUTHER KING<br />

RANA<br />

PERPETUA<br />

MARQUES<br />

RANA<br />

PERPETUA<br />

MARQUES<br />

R IDALINA<br />

M C MATTOS<br />

R VICENTE CELESTINO<br />

R WILLY AURELY<br />

R DR MIGUEL VIEIRA FERREIRA<br />

R VICENTE CELESTINO<br />

R WILLY AURELY<br />

R DR MIGUEL VIEIRA FERREIRA<br />

R MARTHIN LUTHER KING<br />

AV CESAR COSTA<br />

R MARTHIN LUTHER KING<br />

R WILLY AURELY<br />

AV CESAR COSTA<br />

R WILLY AURELY<br />

R MARTHIN<br />

LUTHER KING<br />

VIELA<br />

R TELIO CARREIRA<br />

R EVANGELINA<br />

MONTEIRO SILVA<br />

R MARCELO TORCHIO<br />

RANA PERPETUA<br />

MARQUES<br />

R EVANGELINA<br />

MONTEIRO SILVA<br />

R MARCELO TORCHIO<br />

R TELIO CARREIRA<br />

RJOSEM<br />

CUNHA<br />

R CORREA GOMES<br />

MONTEIRO DA SILVA<br />

RANA PERPETUA<br />

MARQUES<br />

R ALFREDO<br />

CANDIDO VIEIRA<br />

RCONEGO<br />

VALOIS DE<br />

CASTRO<br />

R PEDRAS<br />

VERDES<br />

RCONEGO<br />

VALOIS DE<br />

CASTRO<br />

R ALFREDO<br />

CANDIDO VIEIRA<br />

RCONEGO<br />

VALOIS DE<br />

CASTRO<br />

R PEDRAS<br />

VERDES<br />

R MONSENHOR JUVENAL CALLY<br />

AV SANTA<br />

TEREZINHA<br />

R ALCIDIA P NASC<br />

MONTEIRO<br />

R EVANGELINA<br />

MONTEIRO SILVA<br />

AV SANTA<br />

TEREZINHA<br />

R ITAPEVA<br />

R ITAPEVA<br />

R DR JOSE<br />

G MONTEIRO<br />

R PEDRO<br />

GRANDCHAMPS<br />

R BENEDITA LEITE<br />

,R ANTONIO DE MOURA ABILIO<br />

R MAJOR<br />

JOAQUIM<br />

M PATO<br />

R JOSE ANTONIO PIRES<br />

R FRANCISCA<br />

DIAS MONTEIRO<br />

R TIA ANASTACIA<br />

R TREMEMBÉ<br />

RSTA<br />

BRANCA<br />

AV SANTA TEREZINHA<br />

R. JOÃO P<br />

DE EL REI<br />

AV SANTA TEREZINHA<br />

AV SANTA TEREZINHA<br />

RDONAPAULINIA<br />

R INACIO<br />

VIEIRA DE<br />

ALMEIDA<br />

RJOÃO<br />

ALVARENGA<br />

ORTIZ<br />

R JOSE<br />

RICARDO<br />

R EDUARDO RABELO SOBRINHO<br />

R OTAVIANO<br />

DE MOURA<br />

ANDRADE<br />

R DIOGO VASCONCELOS<br />

R. JOÃO DA<br />

C GAGO<br />

R OTAVIANO<br />

DE MOURA<br />

ANDRADE<br />

R VASCO T<br />

RODOVALHO<br />

R BENEDITA<br />

VALERIANA<br />

R. JOSE LM<br />

CASTRO<br />

AV VILA VELHA<br />

R JOSE<br />

RICARDO<br />

R FERNANDO EPAMINONDAS NOGUEIRA<br />

AV VILA VELHA<br />

R. IRMA HORMININDA<br />

G FRANCO<br />

R. JOSE ORTIZ<br />

DA ROCHA<br />

R JOSE BENEDITO FABIANO<br />

R EXPEDICIONARIO ERNESTO PEREIRA<br />

R DOS OPERARIOS<br />

R EXPEDICIONARIO ERNESTO PEREIRA<br />

R DOS OPERARIOS<br />

R DAVID MARIA MONTEIRO GOMES<br />

R MARIA<br />

JOAQUINA<br />

DE ALMEIDA<br />

R ARMANDO SALLES OLIVEI<br />

RARMANDO SALLES OLIVEI<br />

R PROJETADA<br />

RHO<br />

R OTAVIO GUISAR D<br />

R PROF MOREIRA<br />

R SILVA JARDIM<br />

RHO<br />

R OTAVIO GUISAR D<br />

R PROF MOREIRA<br />

R SILVA JARDIM<br />

RQUATRO<br />

DE MARCO<br />

AV NOVE DE JULHO<br />

R SILVA JARDIM<br />

R LUIS AUGUSTO DASILVA<br />

RQUATRO<br />

DE MARCO<br />

AV NOVE DE JULHO<br />

R SILVA JARDIM<br />

R LUIS AUGUSTO DASILVA<br />

RQUATRO<br />

DE MARÇO<br />

R ARMANDO SALLES OLIVEIRA<br />

R PADRE ANTONIO<br />

DIOGO FEIJO<br />

R VICENTE DA<br />

COSTA BRAGA<br />

R. PADRE D. A FEIJO<br />

R NANCY<br />

GUISARD<br />

RURUGUAI<br />

R PORTUGAL<br />

AV TIRADEN<br />

RURUGUAI<br />

R PORTUGAL<br />

DOS SANTOS<br />

R<br />

AV TIRADEN<br />

R CARLOS RIZZINI<br />

AV CHARLES<br />

SCHNEIDER<br />

R FRANCISCO<br />

EUGENIO<br />

DE TOLEDO<br />

R DAS TRES MENINAS<br />

AV CHARLES<br />

SCHNEIDER<br />

R FRANCISCO<br />

EUGENIO<br />

DE TOLEDO<br />

R DAS TRES MENINAS<br />

AV CHARLES SCHNEIDER<br />

R GENTIL DE<br />

ASSIS MOURA<br />

R FALCAO<br />

FILHO<br />

AV JOHN FITZGERALD KENNEDY<br />

AV TIRADENTES<br />

AV JOHN FITZGERALD KENNEDY<br />

R BENJAMIN CONSTANT<br />

R DAS TRES MENINAS<br />

R PADRE ANTONIO<br />

DIOGO FEIJO<br />

R VICENTE DA<br />

COSTA BRAGA<br />

AV TIRADENTES<br />

R BENJAMIN CONSTANT<br />

R DAS TRES MENINAS<br />

R JAPAO<br />

R VISCONDE<br />

DE TREMEMBE<br />

R DOMINGOS<br />

RODRIGUES DO PRADO<br />

R DOMINGOS<br />

RODRIGUES DO PRADO<br />

AV VOLUNTARIO<br />

BENEDITO<br />

SERGIO<br />

R TREMEMBÉ<br />

R DOS PASSOS<br />

AV DARCY ALBERNAZ<br />

R AFONSO RAMOS DA SILVA<br />

AV SANTA TEREZINHA<br />

R WILSON ABIRACHED<br />

R AFONSO RAMOS DA SILVA<br />

AV RENATO ORTIZ<br />

R WILSON ABIRACHED<br />

RJOSEFCRUZ<br />

R WALDEVIR<br />

GOMES OLIVEIRA<br />

R12<br />

R JOSE GABRIEL<br />

MOREIRA<br />

R JOSE RICARDO<br />

MOREIRA<br />

R DECIO LEITE<br />

R ERNESTO<br />

FIRMO<br />

RDACONS<br />

R SILVEIRAS<br />

R GUARAREMA<br />

R JOSE PEDRO<br />

CAMOES<br />

R SILVEIRAS<br />

R GUARAREMA<br />

AV MONTEIRO<br />

LOBATO<br />

R OLEGARIO MARIANO<br />

R LUIS AUGUSTO DA SILVA<br />

AV MONTEIRO LOBATO<br />

R OLEGARIO MARIANO<br />

R URUPES<br />

AV MONTEIRO<br />

LOBATO<br />

R LUIS AUGUSTO DA SILVA<br />

R MOREIRA<br />

CESAR<br />

R SAO LUIZ DO<br />

PARAITINGA<br />

RMOREIRA<br />

CESAR<br />

R MOREIRA<br />

CESAR<br />

R CACHOEIRA<br />

PAULISTA<br />

R SAO LUIZ DO<br />

PARAITINGA<br />

RMOREIRA<br />

CESAR<br />

R JACAREI<br />

R TREZE DE MAIO<br />

R DOMINGUES<br />

RIBAS<br />

R MARQUES DE RABICO<br />

AV CAMPINAS<br />

R DOMINGUES<br />

RIBAS<br />

R MARQUES DE RABICO<br />

R TREZE DE MAIO<br />

AV CAMPINAS<br />

R PRINCIPE<br />

ESCAMADO<br />

R URUPES<br />

R PRINCIPE<br />

ESCAMADO<br />

R VISCONDE<br />

DE SABUGOSA<br />

R VISCONDE DE<br />

SABUGOSA<br />

R VISCONDE<br />

DE SABUGOSA<br />

R VISCONDE DE<br />

SABUGOSA<br />

7.453.500<br />

442.000<br />

R BANANAL<br />

AV VILA VELHA<br />

R BANANAL<br />

AV VILA VELHA<br />

7.454.500<br />

R EMILIA<br />

R DO PETROLEO<br />

R VISCONDE<br />

DE SABUGOSA<br />

R EMILIA<br />

R PICA-PAU AMARELO<br />

R DO PETROLEO<br />

R EMILIA<br />

R EMILIA<br />

R PICA-PAU AMARELO<br />

R JOAO<br />

EUGENIO<br />

DE CARVALHO<br />

R PARAIBUNA<br />

RMAETEREZA<br />

R PEDRINHO<br />

R PARAIBUNA<br />

RMAETEREZA<br />

R PEDRINHO<br />

442.000<br />

R LUIS DE PAULA<br />

R EUGENIO DAVID<br />

R BENEDITO<br />

MARCONDES<br />

PEREIRA<br />

R LUIS DE PAULA<br />

AV VILA RICA<br />

AV SANTA TEREZINHA<br />

R. DAS<br />

GARDENIAS<br />

R BENEDITO<br />

MARCONDES<br />

PEREIRA<br />

R EUGENIO DAVID<br />

AV VILA RICA<br />

RCONEGO<br />

VALOIS DE<br />

CASTRO<br />

AV SANTA TEREZINHA<br />

AV MONTEIRO LOBATO<br />

R CLARA HELENA RIBEIRO<br />

R DO PETROLEO<br />

AV MONTEIRO LOBATO<br />

R CLARA HELENA RIBEIRO<br />

R DO PETROLEO<br />

AV CAMPINAS<br />

R PINDAMONHANGABA<br />

AV CAMPINAS<br />

R EDGARD MONTEIRO LOBATO<br />

R EDMUNDO MOREWOOD<br />

R PINDAMONHANGABA<br />

R EDGARD MONTEIRO LOBATO<br />

R EDMUNDO MOREWOOD<br />

R DAS DIERAMAS<br />

RDAS<br />

BRUNERAS<br />

R DAS DIERAMAS<br />

AV VILA VELHA<br />

R DAS CRASSULAS<br />

R. DR DELIO DA SILVA<br />

PÇ ANTONIO LUCCI<br />

R DAS BONINAS<br />

AV VILA VELHA<br />

R DAS CRASSULAS<br />

R JOSE<br />

RICARDO<br />

R JOSE<br />

RICARDO<br />

R INACIO<br />

VIEIRA DE<br />

ALMEIDA<br />

R EDUARDO RABELO SOBRINHO<br />

R FERNANDO EPAMINONDAS NOGUEIRA<br />

R SETE<br />

R OTAVIANO<br />

DE MOURA<br />

ANDRADE<br />

R DIOGO VASCONCELOS<br />

R EXPEDICIONARIO<br />

TEODORO FRANCISCO RIBEI<br />

R JOSE CLEMENTE PEREIRA<br />

R JOSE DO<br />

PATROCINIO<br />

R RENATO BRAGA<br />

R JOSE CLEMENTE PEREIRA<br />

AV VILA RICA<br />

R JOSE DO<br />

PATROCINIO<br />

R RENATO BRAGA<br />

R DAS CAMACIAS<br />

R EXPEDICIONARIO<br />

TEODORO FRANCISCO RIBEI<br />

R DAS CALANDRINAS<br />

R JOSE DO<br />

PATROCINIO<br />

R DAS CALANDRINAS<br />

R DAS CAMACIAS<br />

R VISCONDE<br />

DE TREMEMBE<br />

AV<br />

CAMPINAS<br />

R. ARAUJO<br />

RAMOS<br />

R DR QUIRINO<br />

R CLARA HELENA RIBEIRO<br />

R. RICARDO<br />

CUGINI<br />

R VISCONDE<br />

DE TREMEMBE<br />

AV<br />

CAMPINAS<br />

R CLARA HELENA RIBEIRO<br />

R RENATO BRAGA<br />

R MONSENHOR VITOR RIBEIRO MAZZEI<br />

R RENATO BRAGA<br />

R PRINCESA ISABEL<br />

R MONSENHOR VITOR RIBEIRO MAZZEI<br />

R PRINCESA ISABEL<br />

AV VOLUNTARIO BENEDITO SERGIO<br />

R JOÃO ALVARENGA ORTIZ<br />

AV VILA VELHA<br />

R CEL ANTONIO ROMEU<br />

NDREIRA AMARAL<br />

RIBEIRO<br />

CO DAVIS OLIVEIRA<br />

R MARIA JOSE FARIA MELLO<br />

R DR MOISES CALILE JR<br />

R ARISTIDES AFONSO<br />

MOREIRA SANTOS<br />

PÇ MIGUEL<br />

LUIS<br />

7.455.500 442.000<br />

R NELSON<br />

MEIRELES<br />

AV VILA VELHA<br />

R NELSON<br />

MEIRELES<br />

R HOMERO DE<br />

PAULA MATTOS<br />

R PROJETADA<br />

R JOSE MM MORAIS<br />

R SILVIO LEITE<br />

MIRANDA<br />

R JOSE BOANERGES<br />

MOREIRA<br />

R ANTONIO<br />

LEITE ROSA<br />

R JOSE MARCELINO<br />

DOS SANTOS<br />

R JOSE MARCELINO<br />

DOS SANTOS<br />

R JOSE BENEDITO<br />

DE MATTOS BARROS<br />

R ABRAHAO JOSE MOREIRA<br />

NELSON<br />

EIRELES<br />

R JOSE CARLOS<br />

MARCONDES<br />

DIAS M<br />

R FLORIANOPOLIS<br />

AV VILA VELHA<br />

R HOMERO DE<br />

PAULA MATTOS<br />

AV VOLUNTARIO<br />

BENEDITO<br />

SERGIO<br />

R ANTONIO<br />

DE ESCOBAR<br />

R VICENTE<br />

JOAQUIM<br />

VIEIRA<br />

R JOSE BOANERGES<br />

MOREIRA<br />

R JOAO AUGUSTO<br />

CASTRO<br />

R MAURIC<br />

NADER<br />

RMARIADE<br />

LOURDES<br />

SALDANHA<br />

AV VOLUNTARIO BENEDITO SERGIO<br />

R SALVADOR<br />

DE CARVALHO<br />

R CANOINHAS<br />

R JOINVILE<br />

R BLUMENAU R BLUMENAU<br />

R BRUSQUE<br />

R SIMAO BOTOSSI<br />

R LAGES<br />

CORREGO DO JUDEU<br />

R EDMUNDO MOREWOOD<br />

R HENRIQUETA<br />

R DR QUIRINO<br />

R MARGARIDA<br />

R MARCIO<br />

R CLAUDINO V BORGES<br />

R JOSE<br />

FRANCISCO<br />

ALARCAO<br />

R MATIAS<br />

AV VOLUNTARIO BENEDITO SERGIO<br />

RHENRIQUE<br />

DIAS<br />

R WALDEMAR<br />

ALEXANDRE<br />

RPROFTHEODORO<br />

JOSE LUCCI<br />

R. JOÃO LOPES<br />

R JOSE FRANCISCO RIBEIRO F<br />

RIVALR<br />

OLIVEIRA<br />

R. SAVERIO MARIO ARDITO<br />

R BENEDITO PINTO<br />

R JOSE MARIA<br />

PROSPERO<br />

RPROJETADA<br />

R VALERIO<br />

DE ALMEIDA<br />

R MARIA TERESA DE MOURA<br />

R SAO JOAO<br />

EVANGELISTA<br />

R JOAO PEREIRA<br />

DOS SANTOS<br />

PÇA JOSE<br />

CLEMENTE<br />

R ANTONIO<br />

PDOS<br />

SANTOS<br />

R MARGARIDA<br />

AV JEANNE<br />

ROSAND GUISARD<br />

RDRQUIRINO<br />

R DR MARIO<br />

PENNA<br />

RANGELODANIEL<br />

R MATIAS<br />

GUIMARAES<br />

R ALBERTO BORSATTI<br />

R HENRIQUE DIAS<br />

R SAO SEBASTIAO<br />

R VALERIO<br />

DE ALMEIDA<br />

R SAO BENEDITO<br />

R DOM ANTONIO A MOISES JR<br />

R CARLOS<br />

LUIS<br />

BASSILI<br />

CORREGO DO JUDEU<br />

TV SAO MIGUEL<br />

R BENTO LOPES DE LEAO<br />

R FRANCISCO<br />

FERNANDES<br />

DE OLIVEIRA<br />

R VIOLANTE<br />

DE SIQUEIRA<br />

R JOAQUIM<br />

VICENTE<br />

DE ANDRADE<br />

R CAP BELCHIOR FELIX<br />

R SAO FRANCISCO DAS CHAGAS<br />

ESTRADA DO PINHAO<br />

R CIRCULAR<br />

AV VOLUNTARIO BENEDITO SERGIO<br />

R LOURENÇO<br />

DA VEIGA<br />

R JOSE<br />

VICENTE<br />

DE OLIVEIRA<br />

R CAMBORIU<br />

R JOAÇABA<br />

AV TIMBO<br />

R PADRE JOSE RUBENS BONAFE<br />

RGASTAO<br />

CAMPOS<br />

R COMANDANTE<br />

FIRMINO DE AZEVEDO<br />

RMANOEL<br />

VAZ DA SILVA<br />

R FRANCISCO<br />

CESAR<br />

NASCIMENTO<br />

R FRANCISCO<br />

CESAR<br />

NASCIMENTO<br />

R HIGINO<br />

MIRANDA<br />

FARIA<br />

R FERNANDO M<br />

PELEGRINE<br />

RPAULOSO<br />

VASCONCELOS<br />

R CEL PEDRO<br />

LUIS PEREIRA<br />

RJOSEELIAS<br />

ANDRAUS<br />

R JOSE DO<br />

CARMO CASTILHO<br />

R LUIS<br />

CORREA VIANA<br />

PC CRISTO<br />

REI<br />

R ULISSES PEREIRA<br />

RPROF<br />

CINIRO<br />

M BUENO<br />

AV ANTONIO GARCIA DA CUNHA<br />

RDINORA<br />

PEREIRA<br />

RAMOS BRITO<br />

R NESTOR<br />

BARBOSA DE BRITO<br />

R SAO FRANCISCO<br />

R TUBARAO<br />

RLAGUNA<br />

R ITAJAI<br />

R SIMAO BOTOSSI<br />

R BLUMENAU<br />

R BLUMENAU<br />

R PALMARES<br />

R COMANDANTE<br />

FIRMINO DE AZEVEDO<br />

R CAP AMARO<br />

GIL CORTEZ<br />

RCON<br />

BENEDITO<br />

ACORREA<br />

R AUGUSTA MOREIRA DE<br />

CASTRO GUIMARAES<br />

R PADRE JOSE RUBENS BONAFE<br />

7.453.500<br />

AV CHARLES SCHNEIDER<br />

R CARDOSO RIBEIRO<br />

RTHOMAZ LOPES<br />

DE CAMARGO<br />

R MANOEL COSTA CABRAL<br />

440.000<br />

R SEBASTIAO GIL<br />

R BARAO DE <strong>TAUBATE</strong><br />

R IRMAOS ALBERNAZ<br />

R MANOEL<br />

COSTA<br />

CABRAL<br />

R FRANCISCO<br />

DA ROCHA<br />

R BARAO DE <strong>TAUBATE</strong><br />

RNESTOR<br />

R ER E<br />

RJOSE<br />

FCO<br />

MOREIRA<br />

R ZILA F C<br />

PASSARELI CAMPOS<br />

R INGLAT<br />

TUGAL<br />

R INGLAT<br />

TUGAL<br />

AV JOHN<br />

FITZGERALD<br />

KENNEDY<br />

R PERU<br />

AV JOHN<br />

FITZGERALD<br />

KENNEDY<br />

R GRECIA<br />

R ARGENTINA<br />

R PARAGUAI<br />

R PERU<br />

R GRECIA<br />

R PARAGUAI<br />

R BOLIVIA<br />

R BOLIVIA<br />

R GRECIA<br />

RANTONIOCELIDONIO MONTEIRO<br />

R RAMIRO ADOLFO DE SOUZA GUIMARAES<br />

R CAPITAO BERNADO SANCHES PIMENTA<br />

R JAPAO<br />

RALEM<br />

RUA 10<br />

RUA 9<br />

A8<br />

R<br />

RUA 8<br />

RUA 2<br />

RUA 1<br />

RUA 1<br />

RUA 1<br />

RUA 6<br />

RUA 3<br />

RUA 5<br />

RUA 5<br />

RUA 13<br />

AVENIDA 1<br />

RUA 19<br />

RUA 19<br />

RUA 19<br />

RUA 19<br />

RUA 17<br />

RT<br />

RTRES<br />

R DOIS<br />

RUM<br />

RT<br />

R DOIS<br />

RUM<br />

RJOAOCIGLI<br />

R H<br />

R AUGUSTA MOREIRA DE<br />

CASTRO GUIMARAES<br />

R CAP ADOLFO<br />

MONTEIRO<br />

R G<br />

R SEIS<br />

R H<br />

R NESTOR<br />

BARBOSA DE BRITO<br />

RPROF<br />

CINIRO<br />

M BUENO<br />

RUM<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

RQUATRO<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

R SIMAO BOTOSSI<br />

RQUATRO<br />

R SIMAO BOTOSSI<br />

AV DO BARRANCO<br />

RT<br />

RCAP<br />

ADOLFO<br />

MONTEIRO<br />

RJOSEFERREIRA<br />

ROCHA<br />

RCAP<br />

ADOLFO<br />

MONTEIRO<br />

R NICOLAU SURNIN<br />

R JOSE DANTAS<br />

RJOSEFERREIRA<br />

ROCHA<br />

RCAP<br />

ADOLFO<br />

MONTEIRO<br />

R NICOLAU SURNIN<br />

R JOSE DANTAS<br />

RCAP<br />

ADOLFO<br />

MONTEIRO<br />

RT<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

RUM<br />

AV TRES<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

AV TRES<br />

R PROF ONIRA MARIA<br />

R JOSE MARCELINO<br />

DOS SANTOS<br />

R COMAN-<br />

DANTE<br />

FIRMINO DE<br />

AZEVEDO<br />

R G<br />

R H R H<br />

R DEOLINDO<br />

SANTOS DE<br />

OLIVEIRA<br />

R SALIM MAN<br />

SUR ABUD<br />

R COM JOSE RENATO<br />

CURSINO DE MOURA<br />

AV WILLIAN ORTIZ<br />

AV DOIS<br />

AV TRES<br />

AV DOIS<br />

AV TRES<br />

AV JUVENTINO<br />

LEMOS DE<br />

OLIVEIRA<br />

RUA 5<br />

RUA 4<br />

AV DOIS<br />

AV QUATRO<br />

AV TRES<br />

AV TRES<br />

AV QUATRO<br />

AV TRES<br />

AV DOIS<br />

AV TRES<br />

R GERALDO ANTONIO SILVA<br />

R CAP ADOLFO<br />

MONTEIRO<br />

R CAP ADOLFO<br />

MONTEIRO<br />

RUM<br />

RTRES<br />

RUM<br />

RUM<br />

RTRES<br />

R GUIUSEPE TOMAZIELO<br />

AV DOIS<br />

AV DOIS<br />

R DOMINGOS LOTUFO<br />

R PROF MARIA DA GLORIA<br />

DE AGUIAR KATER<br />

AV JUVENTINO<br />

LEMOS DE<br />

OLIVEIRA<br />

AV WILLIAN ORTIZ<br />

R NICOLAU SURNIN<br />

R PEDRO MARIOTTO<br />

R JOSE FERREIRA<br />

ROCHA<br />

R JOSE FERREIRA<br />

ROCHA<br />

R NICOLAU SURNIN<br />

RCOMANDANTE<br />

FIRMINO DE<br />

AZEVEDO<br />

R COM<br />

FERNANDO<br />

DE BARROS<br />

MORGADO<br />

R JOSE FERREIRA<br />

ROCHA<br />

RCOMANDANTE<br />

FIRMINO DE<br />

AZEVEDO<br />

R JOSE FERREIRA<br />

ROCHA<br />

R PEDRO MARIOTTO<br />

R YOKICHIRO SHIMADA<br />

RUM<br />

R COM JOSE RENATO<br />

CURSINO DE MOURA<br />

RJOSE<br />

AUGUSTO<br />

DE OLIVEIRA<br />

R LUIS OTAVIO<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

R JOSE DANTAS<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

R LUIS OTAVIO<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

R JOSE DANTAS<br />

R LUCIDIO A MAZELINO<br />

RQUATRO<br />

RCINCO<br />

RQUATRO<br />

RCINCO<br />

RDRJOSEVITOR<br />

MOURA RAMOS<br />

EST DO PINHAO<br />

EST DO PINHAO<br />

R DINORA<br />

PEREIRA<br />

RAMOS BRITO<br />

RUM<br />

AV UM<br />

RT<br />

AV UM<br />

R SEIS<br />

RT<br />

AV UMAV UM<br />

R SEIS<br />

AV ANTONIO<br />

CURSINO DOS<br />

SANTOS<br />

RLUISOTAVIO<br />

R R<br />

RLUISOTAVIO<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

RLUISOTAVIO<br />

R HALIM JOSE ABUD<br />

RLUISOTAVIO<br />

R MANOEL GOMES<br />

PEDREIRA<br />

R COM JOSE RENATO CURSINO DE MOURA<br />

R JOSE DANTAS<br />

R NICOLAU SURNIN<br />

R COM JOSE RENATO CURSINO DE MOURA<br />

R JOSE DANTAS<br />

R NICOLAU SURNIN<br />

R DR ANTONIO<br />

DE OLIVEIRA COSTA<br />

R R<br />

R COM FERNANDO<br />

DE BARROS MORGADO<br />

RD<br />

R MANOEL<br />

GOMES PEDREIRA<br />

R R<br />

RUM<br />

R MANOEL<br />

GOMES PEDREIRA<br />

RD<br />

R CINCO<br />

R CINCO<br />

R S<br />

R S<br />

R MARINA C DE<br />

OLIVEIRA COSTA<br />

R SAO JOSE<br />

DO BARREIRO<br />

R COMANDANTE<br />

FIRMINO DE<br />

AZEVEDO<br />

R CINCO<br />

R R<br />

R MANOEL GOMES<br />

PEDREIRA<br />

R COMANDANTE<br />

FIRMINO DE<br />

AZEVEDO<br />

R CINCO<br />

RDRSINEZIODA<br />

CUNHA BARBOSA<br />

R S<br />

RT<br />

R S<br />

RT<br />

AV CHARLES SCHNEIDER<br />

O CURSINO DE MOURA<br />

R MARINA C DE<br />

OLIVEIRA COSTA<br />

SEUCALIPTOS<br />

AV CHARLES SCHINEIDER<br />

RUA DOS JEQUITIBAS<br />

DOS PINHEIROS<br />

R DAS ACACIAS<br />

R DOS IPES<br />

R DOS JACARANDAS<br />

439.000<br />

R ITAPOAN<br />

R BELMONT<br />

RTIMOTEO<br />

DE MOURA<br />

RTIMOTEO<br />

DE MOURA<br />

R. MARCO ANTONIO<br />

GOIA DO AMARAL<br />

R. JOSE BENEDITO CARNEIRO<br />

R. TEREZINHA<br />

CALDERARO<br />

R. CLAUDIO ROSSINI<br />

R. VIVALDO DE CASTILHO<br />

R. ARGEMIRO MENESES<br />

R. JUVENAL PEREIRA<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R. JOÃO MANUELRIBEIRO<br />

R. JOSE GABRIEL<br />

MONTEIRO<br />

R. PE ROBERTO<br />

HIDALGO DE ARAUJO<br />

AV CINDERELA<br />

AV CINDERELA<br />

AV JOSE<br />

BENTO<br />

MONTEIRO<br />

LOBATO<br />

R NARIZINHO<br />

AV MONTEIRO LOBATO<br />

R NARIZINHO<br />

AV MONTEIRO LOBATO<br />

RALADIM<br />

R EMILIA<br />

RTIMOTEO<br />

DE MOURA<br />

R MARQUES<br />

DE RABICO<br />

R EMILIA<br />

RTIMOTEO<br />

DE MOURA<br />

R MARQUES<br />

DE RABICO<br />

R<br />

CHAPEU-<br />

ZINHO<br />

VERMELHO<br />

R GATO FELIX<br />

RNARIZINHO<br />

RNARIZINHO<br />

TE<br />

TE<br />

RMARQUES<br />

DE RABICO<br />

R MAJOR AGARRA<br />

RANASTACIA<br />

R EMILIA<br />

RMARQUES<br />

DE RABICO<br />

R MAJOR AGARRA<br />

RANASTACIA<br />

R EMILIA<br />

RPEDRI-<br />

NHO<br />

RPEDRI-<br />

NHO<br />

R MAJOR AGARRA<br />

RANASTACIA<br />

R EMILIA<br />

AV JOSE<br />

BENTO<br />

MONTEIRO<br />

LOBATO<br />

ANASTACIA<br />

RQUINDIM<br />

ILIA<br />

ANASTACIA<br />

RQUINDIM<br />

ILIA<br />

R. TANCREDO GOMES TOLEDO<br />

AV PROF GENTIL DE CAMARGO<br />

R. IRIS BORG<br />

DO COUTO<br />

R. RUBENS<br />

MARTINS<br />

FRANCO<br />

RUA 12<br />

R. VIRGINIA<br />

HANS JENNER<br />

R. OCTACILIO<br />

ALVES CORR<strong>EIA</strong><br />

R ISIDORO NOGUEIRA TINO<br />

AV MARCILIO<br />

SIQUEIRA FRADE<br />

AV PROF GENTIL DE CAMARGO<br />

R. ANTON<br />

CAMARG<br />

R. R. JOSE CARL<br />

MANTOVANI<br />

R. MARINALVA<br />

MONTEIRO<br />

R. LUIZA MIGOTO<br />

VARALO<br />

R. IRMA AMALIA<br />

AGUIRRE<br />

AV MARCILIO<br />

SIQUEIRA FRADE<br />

AV BRANCA DE NEVE<br />

R PEQUENO POLEGAR<br />

R NARIZINHO<br />

AV CINDERELA<br />

AV BRANCA DE NEVE<br />

R PEQUENO POLEGAR<br />

R NARIZINHO<br />

AV CINDERELA<br />

AV DR JOSE ORTIZ PATTA<br />

RUA A<br />

R. TENENTE MAURO FRANCISCO DOS SANTOS<br />

R EST DO IPIRANGA<br />

R EST DO IPIRANGA<br />

AV RODOLFO MOREIRA<br />

DE ALMEIDA<br />

R JOAO ROMAN<br />

R JOAO ROMAN<br />

R JOSE O<br />

CRAZARIAL<br />

RMIGUEL<br />

PADUAM<br />

AV BANDEIRANTES<br />

R25<br />

AV MARCILIO SIQUEIRA FRADE<br />

VIELA 5<br />

R. DE SILVINO C ABREU<br />

R. VICENTE BATISTA<br />

AV MONTEIRO<br />

LOBATO<br />

R DONA BENTA<br />

AV MONTEIRO<br />

LOBATO<br />

R DONA BENTA<br />

R JOAO MARIOTTO<br />

R EST DO IPIRANGA<br />

R EST DO IPIRANGA<br />

R. TEN MAURO FRANCISCO DOS SANTOS<br />

R. TERENZO AMADEI<br />

R. FAUSTO PINTO<br />

BOTELHO FILHO<br />

R. PIO TELES<br />

PEIXOTO<br />

R QUINZE<br />

RDEZESSEIS<br />

R QUINZE<br />

R. LEO PEREIRA GIGLI<br />

R. JOAQUIM<br />

PEREIRA DA SILVA<br />

DE ALMEIDA<br />

R D<br />

R ANASTACIA<br />

AV BRANCA DE NEVE<br />

R D<br />

R MAJOR<br />

AGARRA<br />

AV BRANCA DE NEVE<br />

R MAJOR<br />

AGARRA<br />

R DONA BENTA<br />

R ANASTACIA<br />

ROTAVIO<br />

RODRIGUES<br />

DE SOUZA<br />

ROTAVIO<br />

RODRIGUES<br />

DE SOUZA<br />

R ARISTIDES<br />

MARQUES FERREIRA<br />

R OSCAR SEVERIANO<br />

DOS ANJOS<br />

RJOAOROMAN<br />

AV DOIS<br />

AV UM<br />

AV UM<br />

AV DOIS<br />

R. ASTERIO BRAGA<br />

R. JOSE PEDRO TOLEDO MARCONDES<br />

R. SILVIO GUIZAO<br />

R. DR RAMIRO DE SOUZA GUIMARÃES<br />

R. ANTONIO DIAS CARDOSO<br />

R. ASTERIO BRAGA<br />

R. ANTONIO DIAS CAR<br />

R. JOÃO LOPES GUIMARÃES<br />

R. HERMINIA DE BIASI FARIA<br />

R ORLANDO DE<br />

BARROS PEREIRA<br />

R. ODETE PEREIRA BRAGA<br />

RCINQUENTA E DOIS<br />

R. JOAQUIM SOARES DA SILVA<br />

OS DOMINGUES<br />

SAMBROGI<br />

R. JOAQUIM PEREIRA DA SILVA<br />

R FERNANDO<br />

CAMARGO NOGUEIRA<br />

RDEZESSEIS<br />

R FERNANDO<br />

CAMARGO NOGUEIRA<br />

R FATIMA<br />

BORGES GOBBO<br />

R ANTONIO CARLOS<br />

RIBAS BRANCO<br />

R JOAQUIM<br />

FLORENÇANO<br />

RJOAO<br />

MARIOTTO<br />

AV BANDEIRANTES<br />

AV DOM PEDRO I R. ROCHI<br />

ANTONIO<br />

BONOTE<br />

R. CARMELO<br />

DI LORENZO<br />

R. ARMANDO<br />

TOGNI<br />

R PEDRO<br />

BANELLI<br />

R ANTONIO OLIVEIRA<br />

SANTOS AREAO<br />

R JOAO MARIOTTO<br />

R. JOAQUIM<br />

PEREIRA DA SILVA<br />

R ORLANDO DE<br />

BARROS PEREIRA<br />

R. OSWALDO<br />

MONTEIRO MOTTA<br />

R CARLOS MARCONDES<br />

RJOSELUISVILALTA<br />

R TRAJANO DIAS CARDOSO<br />

R CARLOS MARCONDES<br />

RJOSELUISVILALTA<br />

R TRAJANO DIAS CARDOSO<br />

R. ANACLETO ROSA JR<br />

R WILSON TAUIL<br />

R ORLANDO DE<br />

BARROS PEREIRA<br />

7.454.500<br />

R D<br />

R SANTA LUISA<br />

DE MARILAC<br />

R. LIGIA<br />

RUDNER<br />

SCHIMIT<br />

R ORLANDO DE<br />

BARROS PEREIRA<br />

R JULIO PRESTES<br />

DE ALBUQUERQUE<br />

R THIERS DE<br />

CARVALHO<br />

R ARMANDO DEMOURA<br />

R ICLEA GUIMARAES<br />

R ARMANDO DEMOURA<br />

R ICLEA GUIMARAES<br />

R. OSWALDO DE<br />

BARROS<br />

R. AFONSO VIEIRA<br />

DA FONSECA<br />

RTOME PORTE DEL REI<br />

R SANTA LUISA<br />

DE MARILAC<br />

R ANTONIO<br />

MARCONDES<br />

VIEIRA<br />

RTOME PORTE DEL REI<br />

R SANTA LUISA<br />

DE MARILAC<br />

R ANTONIO<br />

MARCONDES<br />

VIEIRA<br />

R OTTO<br />

WENZEL<br />

R JOSE CASSIANO DE FREITAS<br />

R ANTONIO ANTICO<br />

R JOSE CASSIANO DE FREITAS<br />

R ANTONIO ANTICO<br />

R. ARMANDO DE MOURA<br />

R JOSE ALVARO<br />

PEIXOTO<br />

R DOZE DE JUNHO<br />

R SEBASTIAO<br />

DE ABREU<br />

RPADRE LEONARDO<br />

DE CAMPOS<br />

R DOZE DE JUNHO<br />

R SEBASTIAO<br />

DE ABREU<br />

RPADRE LEONARDO<br />

DE CAMPOS<br />

R BENEDITO<br />

SILVEIRA MENDES<br />

445.000<br />

TR IRMA<br />

HENRIQUETA<br />

AV D PEDRO<br />

AV BRIGADEIRO<br />

JOSE VICENTE DE<br />

FARIA LIMA<br />

R CANDIDO<br />

MOREIRA<br />

R CANDIDO<br />

MOREIRA<br />

AV BRIGADEIRO<br />

JOSE VICENTE DE<br />

FARIA LIMA<br />

R JOSE<br />

MILLET<br />

FILHO<br />

R PEDRINHO<br />

R PRINCIPE ESCAMADO<br />

R MAJOR AGARRA<br />

RANASTACIA<br />

R DONA BENTA<br />

R PRINCIPE ESCAMADO<br />

R PEDRINHO<br />

R DONA BENTA<br />

R DONA ARANHA<br />

R DONA ARANHA<br />

R DONA BENTA<br />

R MARQUES<br />

DE RABICO<br />

R PRINCIPE ESCAMADO<br />

R MARQUES<br />

DE RABICO<br />

R PRINCIPE ESCAMADO<br />

R DR CARAMUJO<br />

R DONA BENTA<br />

R DR CARAMUJO<br />

R DONA ARANHA<br />

R DR CARAMUJO<br />

R DONA BENTA<br />

R DR CARAMUJO<br />

R DONA ARANHA<br />

AV JOSE BENTO<br />

MONTEIRO<br />

LOBATO<br />

R JOAQUIM<br />

AC ORTIZ<br />

AV SHALOM<br />

AV SHALOM<br />

R DONA BENTA<br />

R DONA BENTA<br />

R AGUINALDO TEIXEIRA PINTO<br />

R G<br />

7.455.500<br />

R CINCO<br />

R CINCO<br />

AV<br />

SHALOM<br />

R MARIO SILVA<br />

NEGRINI<br />

R HELIO FRANOC<br />

R G<br />

AV ASDRUBAL AUGUSTO<br />

DO NASCIMENTO NETO<br />

RCAM-<br />

PINAS<br />

R ITAB<br />

R ITAB<br />

R ANTONIO<br />

VIEIRA<br />

DE MAIO<br />

RTOME PORTE DEL REI<br />

RTOMEPORTE DEL REI<br />

RTOME PORTE DEL REI<br />

RTOMEPORTE DEL REI<br />

AV DR CARLOS<br />

O ORTIZ<br />

R LEO SILVA<br />

CORREA<br />

445.000<br />

R ANAPOLIS<br />

TRAV HELIO<br />

F CHAVES<br />

R C<br />

R C<br />

R BENEDITO<br />

CANDIDO<br />

SANTOS<br />

R ITABAIANA<br />

R ITABAIANA<br />

R ITAPOLIS<br />

R SALVADOR PIRES<br />

DE MEDEIROS<br />

R OLYNTO<br />

DE MOURA<br />

R LUIZ VAZ<br />

DE<br />

CAMOES<br />

R URSULA ISABEL<br />

DE MELLO<br />

R PROF BERNARDINO QUERIDO<br />

AV DOM DUARTE<br />

LEOPOLDO E SILVA<br />

R PAULO<br />

SETUBAL<br />

R PROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO R PROF BERNARDINO QUERIDO<br />

AV DOM DUARTE<br />

LEOPOLDO E SILVA<br />

R PAULO<br />

SETUBAL<br />

R PROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

R URSULA ISABEL<br />

DE MELLO<br />

R ANTONIETA DE<br />

BARROS BINDAO<br />

R LUIZ VAZ<br />

DE<br />

CAMOES<br />

R ESPERANCA<br />

R ESPERANCA<br />

R BENEDITO<br />

CANDIDO<br />

SANTOS<br />

R ITAPOLIS<br />

R JOSE<br />

BRANQUINHA<br />

BRAGA<br />

R PADRE TIMOTEO<br />

CORREA DE TOLEDO<br />

R PADRE TIMOTEO<br />

CORREA DE TOLEDO<br />

R DR MIGUEL<br />

TEIXEIRA PINTO<br />

R JOSE DO<br />

NASCIMENTO<br />

MACHADO<br />

R DR MIGUEL<br />

TEIXEIRA PINTO<br />

R ANTONIO<br />

DOS SANTOS<br />

R LUIZ VAZ<br />

DE<br />

CAMOES<br />

R SALVADOR PIRES<br />

DE MEDEIROS<br />

ROLYNTO<br />

DE MOURA<br />

R ALEXANDRE<br />

MONTEIRO<br />

CESAR MINE<br />

R JOSE ARISTIDES MONTEIRO<br />

R JOSE ARISTIDES MONTEIRO<br />

AV DOM DUARTE<br />

LEOPOLDO E SILVA<br />

AV HELVINO DE MORAIS<br />

AV DOM DUARTE<br />

LEOPOLDO E SILVA<br />

AV HELVINO DE MORAIS<br />

R ESPERANCA<br />

AV DOM DUARTE<br />

LEOPOLDO E SILVA<br />

R ESPERANCA<br />

AV DOM DUARTE<br />

LEOPOLDO E SILVA<br />

RANTONIO<br />

DOS SANTOS<br />

R PAULO<br />

SETUBAL<br />

R CLAUDIO JOSE<br />

DE CAMARGO<br />

R JOSEARISTIDES<br />

MONTEIRO<br />

R PAULO<br />

SETUBAL<br />

R CLAUDIO JOSE<br />

DE CAMARGO<br />

R JOSEARISTIDES<br />

MONTEIRO<br />

R TARCISO<br />

GONÇAL-<br />

VES<br />

DIAS<br />

R JOSE DO<br />

NASCIMENTO<br />

MACHADO<br />

R DAPAZ<br />

R DA LIBERDADE<br />

RTARCISO<br />

GONÇAL-<br />

VES<br />

DIAS<br />

R PADRE TIMOTEO<br />

CORREA DE TOLEDO<br />

R URSULA ISABEL DE MELLO<br />

RPROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

AV HELVINO DE MORAIS<br />

R PADRE TIMOTEO<br />

CORREA DE TOLEDO<br />

R URSULA ISABEL DE MELLO<br />

RPROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

AV HELVINO DE MORAIS<br />

R ALLAN KARDEC<br />

R ALLAN KARDEC<br />

R. ANGELINO<br />

MARIOTTO<br />

R. MANDEL<br />

ROCHA FILHO<br />

R. ADOLFO<br />

BEZERRA DE<br />

MENESES<br />

R. AGOSTINHO<br />

ABFADEL<br />

LINA<br />

ADOS SANTOS<br />

R. BENJAMIN<br />

ELIAS<br />

R ANSELMO<br />

R. BENJAMIN<br />

ELIAS<br />

R. ADOLFO<br />

R. MANUEL WANORDEM<br />

DE CASTRO<br />

R. ALCIDES DE<br />

M RAMALHO<br />

R. AGOSTINHO<br />

ABFADEL<br />

AV BRASILIA<br />

R ANTONIO DE<br />

CASTRO ALVES<br />

R ANTONIO DE<br />

CASTRO ALVES<br />

R PROF JAYME<br />

PEREIRA VIANA<br />

AV BRASILIA<br />

R COM COSTA<br />

GUIMARAES<br />

AV D PEDRO<br />

R FELICISSIMO<br />

MARIA DE PRADA<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

AV DOM PEDRO I<br />

R MANOEL<br />

CEMBRANELI<br />

AV LEONEL<br />

JOAQUIM<br />

SILVA F<br />

AV LEONEL<br />

JOAQUIM<br />

SILVA F<br />

O<br />

IA<br />

R SANTA LUISA<br />

DE MARILAC<br />

R RIBEIRO COUTO<br />

R ANA VIEIRA<br />

DE ALMEIDA<br />

R SANTA LUISA<br />

DE MARILAC<br />

R ANA VIEIRA<br />

DE ALMEIDA<br />

R RIBEIRO COUTO<br />

R JOSE ALVARO<br />

PEIXOTO<br />

R ANTONIO<br />

MARCONDES VIEIRA<br />

RGEORGINADE<br />

ALBUQUERQUE<br />

R JOSE<br />

MILLET<br />

FILHO<br />

R JOSE<br />

MILLET<br />

FILHO<br />

R ANTONIO<br />

MARCONDES VIEIRA<br />

RGEORGINADE<br />

ALBUQUERQUE<br />

R JOSE<br />

MILLET<br />

FILHO<br />

R JOSE<br />

MILLET<br />

FILHO<br />

R. BENEDITA<br />

R DOS SANTOS<br />

R BRASILINA MOREIRA DOS SANTOS<br />

R ALLAN KARDEC<br />

R BRASILINA MOREIRA DOS SANTOS<br />

R ALLAN KARDEC<br />

RUA 7<br />

RJOSE<br />

MILLET<br />

FILHO<br />

RJOSE<br />

MILLET<br />

FILHO<br />

R ANA VIEIRA<br />

DE ALMEIDA<br />

RBORDINITOME<br />

LEOPOLDO PORTES DEL REY<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R JOSE<br />

MILLET<br />

FILHO<br />

RIRMA<br />

HENRIQUETA<br />

AV D PEDRO<br />

AV OSVALDO<br />

ARANHA<br />

R. FRANCISCO<br />

DA SILVA<br />

RLUISVAZDE<br />

TOLEDO PIZZA<br />

R BORDINI TOME<br />

LEOPOLDO PORTES DEL REY<br />

R 1<br />

R BATISTA<br />

CEPELOS<br />

RFELIPE<br />

GAGO<br />

R FRANCISCO<br />

AUGUSTO DA<br />

SILVA TOFFULI<br />

RFELIPE<br />

GAGO<br />

R FRANCISCO<br />

AUGUSTO DA<br />

SILVA TOFFULI<br />

R FRANCISCO<br />

HONORATO<br />

DE MOURA<br />

AV BRIGADEIRO<br />

JOSE VICENTE DE<br />

FARIA LIMA<br />

R CANDIDO MOREIRA<br />

RFELIPE<br />

GAGO<br />

R EMILIO ZALUAR<br />

R FRANCISCO<br />

HONORATO<br />

DE MOURA<br />

R OSWALDO<br />

CRUZ<br />

AV BRIGADEIRO<br />

JOSE VICENTE DE<br />

FARIA LIMA<br />

R CANDIDO MOREIRA<br />

RFELIPE<br />

GAGO<br />

R EMILIO ZALUAR<br />

R OSWALDO<br />

CRUZ<br />

R ARISTIDES OLIVEIRA PATRICIO<br />

R JOSE ALVARO PEIXOTO<br />

R SEBASTIAO DE ABREU<br />

R PADRE LEONARDO<br />

DE CAMPOS<br />

RPROF<br />

MARIO<br />

BORDINI<br />

R ARISTIDES OLIVEIRA PATRICIO<br />

R JOSE ALVARO PEIXOTO<br />

R SEBASTIAO DE ABREU<br />

R PADRE LEONARDO<br />

DE CAMPOS<br />

RPROF<br />

MARIO<br />

BORDINI<br />

R ANTONIO<br />

MARCONDES VIEIRA<br />

R ALEXANDRINO<br />

CORREA LEITE<br />

R GEORGINA DE<br />

ALBUQUERQUE<br />

R ANTONIO<br />

MARCONDES VIEIRA<br />

R ALEXANDRINO<br />

CORREA LEITE<br />

R PROF<br />

MARIO<br />

BORDINI<br />

R ALEXANDRINO<br />

CORREA LEITE<br />

R GEORGINA DE<br />

ALBUQUERQUE<br />

R ALEXANDRINO<br />

CORREA LEITE<br />

R PROF<br />

MARIO<br />

BORDINI<br />

R SANTA LUISA<br />

DE MARILAC<br />

R ANTONIO DE<br />

CASTRO ALVES<br />

R PROF JAYME<br />

PEREIRA VIANA<br />

AV BRASILIA<br />

R ANTONIO DE<br />

CASTRO ALVES<br />

R COM COSTA<br />

GUIMARAES<br />

R FELICISSIMO<br />

MARIA DE PRADA<br />

R. LUIS ROSA<br />

DA SILVA<br />

R OSWALDO CRUZ<br />

R FRANCISCO<br />

HONORATO<br />

DE MOURA<br />

R ARISTOBULO<br />

OLIVEIRA GAMA<br />

R FRANCISCO AUGUSTO<br />

DA SILVA TOFFULI<br />

R ARISTOBULO<br />

OLIVEIRA GAMA<br />

R JOSE<br />

LICURGO<br />

INDIANI<br />

R FRANCISCO AUGUSTO<br />

DA SILVA TOFFULI<br />

R. JOSE P DE<br />

ALMEIDA<br />

R BATISTA<br />

CEPELOS<br />

R PADRE TIMOTEO CORREA DE TOLEDO<br />

R PROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

R PADRE CARLOS<br />

CORREA TOLEDO<br />

R PADRE CARLOS<br />

CORREA TOLEDO<br />

R PROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

R PADRE CARLOS<br />

CORREA TOLEDO<br />

R PADRE TIMOTEO CORREA DE TOLEDO<br />

R PADRE CARLOS<br />

CORREA TOLEDO<br />

R2<br />

R CLARO<br />

JOSE DA MOTA<br />

R PADRE BENTO CORTEZ DE TOLEDO<br />

R PROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

R PADRE<br />

DIOGO LUIS<br />

PEREIRA<br />

R SAO JOSE OPERARIO<br />

R PADRE BENTO CORTEZ DE TOLEDO<br />

R CLARO<br />

JOSE DA MOTA<br />

R PROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

R CLARO<br />

JOSE DAMOTA<br />

R PADRE<br />

DIOGO LUIS<br />

PEREIRA<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

AV DOM PEDRO I<br />

R DR JOAO DIAS<br />

CARDOSO SOBRINHO<br />

R MANOEL<br />

CEMBRANELI<br />

R FREDERICO<br />

OZANAN<br />

R DOM ANDRE<br />

ARCO VERDE<br />

R DEMOCRITO<br />

VALENTE DA SILVA<br />

R BENTO<br />

MONTEIRO<br />

R JOAO FRANCISCO DA GAMA<br />

RAUTADESOUZA<br />

R ARAO AREAO<br />

R ARAO AREAO<br />

R ANITA RIBAS<br />

DE ANDRADE<br />

R SANTA LUISA<br />

DE MARILAC<br />

R JOSE ANTONIO,<br />

SANTOS<br />

AV MONSENHOR<br />

ANTONIO DO<br />

NASCIMENTO<br />

R DR JOAO DIAS<br />

CARDOSO SOBRINHO<br />

R C<br />

RPOLICENA<br />

FERREIRA MORAES<br />

R BAHIA<br />

R BAHIA<br />

R AMADOR BUENO DA VEIGA<br />

RAMADOR BUENO DA VEIGA<br />

7.455.500<br />

444.000<br />

R RIO DE JANEIRO<br />

R RIO DE JANEIRO<br />

RACRE<br />

R BENEDITO<br />

MARCONDES<br />

PEREIRA<br />

R PARAIBA<br />

R MINAS<br />

GERAIS<br />

R MATO GROSSO<br />

R FRANCISCO<br />

BARRETO LEMOS<br />

R EURICO<br />

PEREIRA PENA<br />

R MINAS<br />

GERAIS<br />

R PARAIBA<br />

R MATO GROSSO<br />

R FRANCISCO<br />

BARRETO LEMOS<br />

R AMAZONAS<br />

R BAHIA<br />

R PARANA<br />

R BAHIA<br />

R SERGIPE<br />

R JOAO FRANCISCO DA GAMA<br />

R DEMOCRITO<br />

VALENTE DA SILVA<br />

RAUTADESOUZA<br />

R ARAO AREAO<br />

R. FRANCISCO ALVES<br />

R GUAIANAZES<br />

R JOSE PEDRO<br />

DA CUNHA<br />

R JOSE<br />

LICURGO<br />

INDIANI<br />

R DR JOAO DIAS<br />

CARDOSO SOBRINHO<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R FREDERICO<br />

OZANAN<br />

R DOM ANDRE<br />

ARCO VERDE<br />

R MANOEL<br />

CEMBRANELI<br />

R. PRAXEDES<br />

DE ABREU<br />

R PROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

R PADRE<br />

DIOGO LUIS<br />

PEREIRA<br />

R SAO JOSE OPERARIO<br />

R BENTO<br />

MONTEIRO<br />

R PROF<br />

BERNARDINO<br />

QUERIDO<br />

R BARBARA<br />

HELIODORA<br />

RBENTO<br />

MONTEIRO<br />

AV BRIGADEIRO JOSE<br />

VICENTE DE FARIA LIMA<br />

R. DJALMA W<br />

R NUNES<br />

R. COSTANCIA<br />

MENDES<br />

R. FRA<br />

COR<br />

R<br />

R DR JOAO DIAS<br />

CARDOSO SOBRINHO<br />

R ARAO AREAO<br />

R. MARIA<br />

S NOBRE<br />

AV ALEXANDRE<br />

FLEMING<br />

AV ALEXANDRE<br />

MINE<br />

R. DR EVANGELISTA<br />

DE ANDRADE<br />

R FREDERICO<br />

OZANAN<br />

R JOSE<br />

PEDRO<br />

DA CUNHA<br />

R MONSENHOR<br />

AMADOR BUENO<br />

DE BARROS<br />

R BENTO ENEAS<br />

DE SOUZA<br />

CASTRO<br />

R JOSE<br />

PEDRO<br />

DA CUNHA<br />

R MONSENHOR<br />

AMADOR BUENO<br />

DE BARROS<br />

R BENTO ENEAS<br />

DE SOUZA<br />

CASTRO<br />

R. PROF CLOVIS<br />

WINTER<br />

R. IRMA<br />

CONCEIÇÃO<br />

R. LUCIANO<br />

APEREIRA<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R ARTHUR VIEIRA<br />

R JOSE MARCELINO<br />

MORAIS FILHO<br />

RCONEGO<br />

ALTINO DE<br />

MOURA<br />

R ARTHUR VIEIRA<br />

R JOSE MARCELINO<br />

MORAIS FILHO<br />

RCONEGO<br />

ALTINO DE<br />

MOURA<br />

R JOSE MARCELINO<br />

MORAIS FILHO<br />

R SANTO<br />

ANTONIO<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R COM CASTILHO<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R COM CASTILHO<br />

RGASTAO<br />

CAMARA LEAL<br />

RGASTAO<br />

CAMARA LEAL<br />

RANTONIO<br />

VALENTE DA SILVA<br />

R ENG URBANO ALVES<br />

SOUSA PEREIRA<br />

AV MONSENHOR ANTONIO<br />

NASCIMENTO<br />

R BARAO DE<br />

JAMBEIRO<br />

R JOSE PEDRO DA CUNHA<br />

R FORMOSA<br />

RBARAODE<br />

JAMBEIRO<br />

R FORMOSA<br />

R JOSE PEDRO DA CUNHA<br />

RBARAODE<br />

JAMBEIRO<br />

R BARAO DE<br />

JAMBEIRO<br />

R. PROF JUVENAL<br />

COSTA SILVA<br />

R. PROF<br />

JUVENAL<br />

COSTA SILVA<br />

R JUCA ESTEVES<br />

R ARTHUR VIEIRA<br />

RCONEGO<br />

ALTINO DE<br />

MOURA<br />

R MONSENHOR<br />

AMADOR BUENO<br />

DE BARROS<br />

R MONSENHOR<br />

AMADOR BUENO<br />

DE BARROS<br />

RDRJOAO<br />

ORTIZ MONTEIRO<br />

R JUCA ESTEVES<br />

R. DO CORR<strong>EIA</strong><br />

RFORMOSA<br />

R CEL J<br />

RFORMOSA<br />

R CEL J<br />

R MARIANO MO<br />

R CAP GERALDO<br />

R SANTO ANTONIO<br />

RJOAO<br />

GUEDES<br />

R MARIANO MOREIRA<br />

R CAP GERALDO<br />

R SANTO ANTONIO<br />

RJOAO<br />

GUEDES<br />

R MARIANO MOREIRA<br />

R JUCA ESTEVES<br />

R MARQUES<br />

DO HERVAL<br />

R VISCONDE DO RIO BRANCO<br />

R DUQUE DE CAXIAS<br />

RGASTAO<br />

CAMARA LEAL<br />

R DUQUE DE CAXIAS<br />

RGASTAO<br />

CAMARA LEAL<br />

R MARQUES<br />

DO HERVAL<br />

R DUQUE DE CAXIAS<br />

RJUCA<br />

ESTEVES<br />

TV RAFAEL<br />

RDRSILVABARROS<br />

R NEWTON CAMARA<br />

LEAL DE BARROS<br />

R JACQUES<br />

FELIX<br />

RJUCA<br />

ESTEVES<br />

TV RAFAEL<br />

R MARQUES<br />

DO HERVAL<br />

RDRSILVABARROS<br />

R NEWTON CAMARA<br />

LEAL DE BARROS<br />

R. CONEGO<br />

ALMEIDA<br />

TV JOAO RESENDE MACHADO<br />

TVSAO JOSE<br />

MBERTO DE<br />

TELO BRANCO<br />

R FREI ANGELO MARIA<br />

R VEREADOR RAFAEL BRAGA<br />

R FREI ANGELO MARIA<br />

R VEREADOR RAFAEL BRAGA<br />

AV DO IMPERADOR<br />

AV DA IMPERATRIZ<br />

R FREI MODESTO MARIA DE <strong>TAUBATE</strong><br />

R JOSE DIAS MONTEIRO<br />

R MAJOR ZANANI<br />

R JOSE DIAS MONTEIRO<br />

R FREI MODESTO MARIA DE <strong>TAUBATE</strong><br />

R MAJOR ZANANI<br />

R GINO<br />

LONFRONOHR<br />

R SETE DE SETEMBRO<br />

R JOAO RAMARI<br />

AV JOSE ANTONIO BARROS<br />

R JOAO RAMARI<br />

R VEREADOR<br />

RAFAEL BRAGA<br />

RDRJOSEORTIZMONTEIROPATO<br />

R VEREADOR<br />

RAFAEL BRAGA<br />

RDRJOSEORTIZMONTEIROPATO<br />

R CARLOS HERCULANO<br />

R. HUMBERTO<br />

ANTORUGIR.<br />

R. ANTONIO M BASTOS<br />

R SETE DE SETEMBRO<br />

AV JOSE<br />

ANTONIO<br />

BARROS<br />

AV MAL DEODORO<br />

R CARLOS GOMES<br />

AV MAL DEODORO<br />

AV JOSE<br />

ANTONIO<br />

BARROS<br />

R CARLOS GOMES<br />

R EUCARIO REBOUÇAS<br />

DE CARVALHO<br />

R DANTE<br />

PAOLICCHI<br />

AV MAL DEODORO<br />

R DANTE<br />

PAOLICCHI<br />

AV MAL DEODORO<br />

R. DR JOSE LUIS DE A SOARES<br />

R ABDO<br />

RECHDAN<br />

R CARLOS<br />

SHAPPE<br />

R. DR JOSE LUIS<br />

DE A SOARES<br />

R MANOEL<br />

CEMBRANELI<br />

R SOUZA ALVES<br />

R VISCONDE DO RIO BRANCO<br />

R QUINZE DE NOVEMBRO<br />

AV GRANADEIRO GUIMARAES<br />

R CEL AUGUSTO<br />

MONTEIRO<br />

R IRMA<br />

MARGARIDA<br />

R URBANO<br />

FIGUEIRA<br />

R CONEGO JOSE LUIS<br />

PEREIRA RIBEIRO<br />

R CONEGO JOSE LUIS<br />

PEREIRA RIBEIRO<br />

R PADRE FRANCISCO<br />

R MONSENHOR<br />

ASCANIO BRANDAO<br />

R PRESCILIANA<br />

MONTEIRO<br />

TR DE UCRANIANA<br />

R CAP CIRILO LOBATO<br />

RJOAOFREITAS<br />

MIRANDA<br />

R JOAQUIM TAVORA<br />

R SAO VICENTE DE PAULA<br />

R CARDEAL<br />

ARCOVERDE<br />

R EXPEDICIONARIO<br />

RUBENS LEITE<br />

R JOSE VICENTE DE BARROS<br />

R SAO VICENTE DE PAULA<br />

R CARDEAL<br />

ARCOVERDE<br />

R EXPEDICIONARIO<br />

RUBENS LEITE<br />

R JOSE VICENTE DE BARROS<br />

AV JOSE OLEGARIO DE BARROS<br />

R SAO VICENTE DE PAULA<br />

AV JOSE OLEGARIO DE BARROS<br />

R SAO VICENTE DE PAULA<br />

R MONSENHOR<br />

ASCANIO<br />

BRANDAO<br />

R FRANCISCO<br />

DAS CHAGAS<br />

R CONEGO JOSE<br />

LUIS PEREIRA<br />

RIBEIRO<br />

R JACQUES FELIX<br />

TV VERA CRUZ<br />

R LUIS AUGUSTO DA SILVA<br />

AV GRANADEIRO<br />

GUIMARAES<br />

R BARBOSA<br />

R VINTE E NOVE DEAGOSTO<br />

R CONEGO JOSE<br />

LUIS PEREIRA<br />

RIBEIRO<br />

R CONEGO JOSE<br />

LUIS PEREIRA<br />

RIBEIRO<br />

R BARBOSA<br />

R VINTE E NOVE DEAGOSTO<br />

R CONEGO JOSE<br />

LUIS PEREIRA<br />

RIBEIRO<br />

R CONEGO JOSE<br />

LUIS PEREIRA<br />

RIBEIRO<br />

AV JOSE OLEGARIO<br />

DE BARROS<br />

R FRANCISCO<br />

XAVIER ASSIS<br />

AV JOSE OLEGARIO<br />

DE BARROS<br />

RANTONIOGOMES ARAUJO<br />

AV CESAR COSTA<br />

RANTONIOGOMES ARAUJO<br />

ONSTITUICAO<br />

AV CESAR COSTA<br />

R FRANCISCO<br />

XAVIER ASSIS<br />

R CONEGO JOSE<br />

LUIS PEREIRA RIBEIRO<br />

MONT<br />

A SILVA<br />

NADEIRO GUIMARAES<br />

R CONEGO JOSE<br />

LUIS PEREIRA RIBEIRO<br />

R PE ARLINDO VIEIRA<br />

R<br />

R GOIAS<br />

REUR<br />

R<br />

R GOIAS<br />

R<br />

REUR<br />

R<br />

RMATO<br />

GROSSO<br />

RMATO<br />

GROSSO<br />

R JOAO BINDAO<br />

R ALICE BRANDAO<br />

R FRANCISCO<br />

NUNES<br />

R MATO<br />

GROSSO<br />

R EURICO<br />

PEREIRA PENA<br />

R JOAO BINDAO<br />

R ALICE BRANDAO<br />

R FRANCISCO<br />

NUNES<br />

R MATO<br />

GROSSO<br />

R VINTE DE<br />

JANEIRO<br />

R JOSE VICENTE DE BARROS<br />

R PADRE FISCHE<br />

R EUGENIO GUISARD<br />

R BAHIA<br />

R VINTE DE<br />

JANEIRO<br />

R PADRE FISCHE<br />

R EUGENIO GUISARD<br />

R JOSE VICENTE DE BARROS<br />

RE<br />

RE<br />

R PASTOR IRINEU MENDES VIEIR<br />

R20DE<br />

JANEIRO<br />

R MALHADO ROSA<br />

R MALHADO ROSA<br />

RJOAO<br />

BATISTA<br />

GOES<br />

R IVANS S<br />

CUNHA AREAO<br />

TV FRANCISCO<br />

BARRETO LEME<br />

TV FRANCISCO<br />

BARRETO LEME<br />

RANTERO FERREIRA<br />

DA SILVA<br />

R FRANCISCO BARRETO LEMOS<br />

RANTERO FERREIRA<br />

DA SILVA<br />

R FRANCISCO BARRETO LEMOS<br />

R SAGRADO<br />

CORACAO<br />

DE JESUS<br />

R FUNDICAO DE OURO<br />

R PARANA<br />

R SAGRADO<br />

CORACAO<br />

DE JESUS<br />

R AMAZONAS<br />

R FUNDICAO DE OURO<br />

R RIO GRANDE<br />

DO SUL<br />

R FRANCISCO BARRETO LEMOS<br />

R JOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

R PADRE FISCHER<br />

R FRANCISCO BARRETO LEMOS<br />

R JOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

R PADRE FISCHER<br />

R GIACOMO GOBBO<br />

RGIACOMOGOBBO<br />

R BENEDITO<br />

BARBOSO<br />

R DO TRABALHO<br />

R OPERARIO<br />

PEREIRA<br />

DA SILVA<br />

R OPERARIO<br />

PEREIRA<br />

DA SILVA<br />

R DA INDUSTRIA<br />

R OPERARIO<br />

PEREIRA DA SILVA<br />

R JOSE EUGENIO<br />

MONTAVARI<br />

R PARANA<br />

R SAGRADO<br />

CORACAO DE JESUS<br />

R PARANA<br />

R CARLOS ADOLFO<br />

LEONARDO<br />

R JOAO<br />

PONCIANO<br />

DE OLIVEIRA<br />

R SAGRADO<br />

CORACAO DE JESUS<br />

R BAHIA<br />

R CARLOS ADOLFO<br />

LEONARDO<br />

R ELIAS BERBARE<br />

R SAGRADO<br />

CORACAO DE JESUS<br />

R JOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

R ELIAS BERBARE<br />

R SAGRADO<br />

CORACAO DE JESUS<br />

R JOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

AV DR PEREIRA BARBOSA<br />

AV JOSE OLEGARIO DE BARROS<br />

R JOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

R DOS CORTEZES<br />

AV JOSE OLEGARIO DE BARROS<br />

R JOSE VICENTE<br />

DE BARROS<br />

R DOS CORTEZES<br />

R ISMENIA MATTOS RIBAS<br />

R GUILHERME DE ALMEIDA<br />

R HUGO CARLOS<br />

EDLINGER FILHO<br />

R EUCLIDES DA CUNHA<br />

R JOAO<br />

PONCIANO<br />

DE OLIVEIRA<br />

R HUGO CARLOS<br />

EDLINGER FILHO<br />

R GUILHERME DE ALMEIDA<br />

R EUCLIDES DA CUNHA<br />

RPARANA<br />

AV DR PEREIRA BARBOSA<br />

R AREAO<br />

R JOSE PEREIRA CURSINO<br />

AV DR PEREIRA BARBOSA<br />

R AREAO<br />

R JOSE PEREIRA CURSINO<br />

7.455.500 443.000<br />

R DOS<br />

CORTEZES<br />

AV DOS<br />

AIMORES<br />

R DOS<br />

CORTEZES<br />

R MONSENHOR<br />

MIGUEL MARTINS<br />

AV DOS<br />

AIMORES<br />

R MONSENHOR<br />

MIGUEL MARTINS<br />

R SILVIO G AMORA<br />

R JOSE<br />

AGOS-<br />

TINHO<br />

RMIGUEL<br />

F CARNEIRO<br />

R BORBA GATO<br />

R BARTOLOMEU BUENO<br />

R BORBA GATO<br />

R ALFREDO PENNA<br />

R BARTOLOMEU BUENO<br />

R ALFREDO PENNA<br />

R EUCLIDES<br />

DA CUNHA<br />

RJOAO<br />

BATISTA<br />

GOES<br />

R EUCLIDES<br />

DA CUNHA<br />

RJOAO<br />

BATISTA<br />

GOES<br />

NTE<br />

O<br />

NTE<br />

O<br />

NTOS<br />

INO<br />

ALVADOR<br />

OFURTADO<br />

AV DR PEREIRA BARBOSA<br />

ALVADOR<br />

OFURTADO<br />

AV DR PEREIRA BARBOSA<br />

R SAO<br />

JOSE<br />

R C MARESSI<br />

R CEL<br />

MARCONDES<br />

R CEL<br />

MARCONDES<br />

O MOREIRA<br />

R DR REBOUCAS<br />

DE CARVALHO<br />

DE MATOS<br />

R CEL GOMES<br />

NOGUEIRA<br />

D<br />

R CEL GOMES<br />

NOGUEIRA<br />

TR CLEMEN-<br />

TINO<br />

RIBEIRO<br />

R JACQUES<br />

FELIX<br />

RDRSILVABARROS<br />

RDRSILVABARROS<br />

R NEWTON CAMARA<br />

LEAL DE BARROS<br />

R BISPO RODOVALHO<br />

R DR REBOUCAS<br />

DE CARVALHO<br />

R CEL JORDAO<br />

AV DESEM PAULO DE<br />

OLIVEIRA COSTA<br />

R C MARESSI<br />

R SAO<br />

R CEL JORDAO<br />

AV DESEM PAULO DE<br />

OLIVEIRA COSTA<br />

R DR REBOUCAS<br />

DE CARVALHO<br />

R SOUZA ALVES<br />

R QUINZE DE NOVEMBRO<br />

AV GRANADEIRO GUIMARAES<br />

R CAP CIRILO LOBATO<br />

R QUINZE DE NOVEMBRO<br />

R VISCONDE DO<br />

RIO BRANCO<br />

R DUQUE DE CAXIAS<br />

R VISCONDE DO<br />

RIO BRANCO<br />

R DUQUE DE CAXIAS<br />

R MARQUES<br />

DO HERVAL<br />

R SOUZA ALVES<br />

R JACQUES<br />

FELIX<br />

R SOUZA ALVES<br />

R JACQUES<br />

FELIX<br />

R SOUZA ALVES<br />

R. CONEGO<br />

ALMEIDA<br />

R SOUZA ALVES<br />

R SACRAMENTO<br />

R DR PEDRO COSTA<br />

R CARNEIRO<br />

DE SOUZA<br />

R SACRAMENTO<br />

R DR PEDRO COSTA<br />

R CARNEIRO<br />

DE SOUZA<br />

R DONA<br />

CHIQUINHA<br />

DE MATOS<br />

RDRPEDRO<br />

COSTA<br />

R DR JORGE WINTHER<br />

R SAO JOSE<br />

R DR REBOUCAS<br />

DE CARVALHO<br />

RDRPEDRO<br />

COSTA<br />

R DR JORGE WINTHER<br />

R SAO JOSE<br />

R SAO<br />

JOSE<br />

RVISCONDEDO<br />

RIO BRANCO<br />

R QUINZE DE<br />

NOVEMBRO<br />

R SOUZA ALVES<br />

R SAO<br />

JOSE<br />

RVISCONDEDO<br />

RIO BRANCO<br />

R QUINZE DE<br />

NOVEMBRO<br />

R SOUZA ALVES<br />

R CONSELHEIRO MOREIRA DE BARROS<br />

R JACQUES FELIX<br />

R DONA CHIQUINHA<br />

DE MATOS<br />

TV VERA CRUZ<br />

R LUIS AUGUSTO DA SILVA<br />

AV GRANADEIRO<br />

GUIMARAES<br />

R DONA CHIQUINHA<br />

DE MATOS<br />

R CONSELHEIRO MOREIRA DE BARROS<br />

A PEDRA NEGRA<br />

R ANIZIO ORTIZ MONTEIRO<br />

R MONSENHOR SIQUEIRA<br />

A PEDRA NEGRA R VISCONDE DO<br />

RIO BRANCO<br />

R SOUZA ALVES<br />

R MONSENHOR SIQUEIRA<br />

R ANIZIO ORTIZ MONTEIRO<br />

R VISCONDE DO<br />

RIO BRANCO<br />

R SOUZA ALVES<br />

RDREMILIOWINTHER<br />

R SACRAMENTO<br />

RCEL<br />

MARCON<br />

DES<br />

RCEL<br />

MARCONDES<br />

RCE<br />

R DR EMILIO WINTHER<br />

R SACRAMENTO<br />

RCEL<br />

MARCON<br />

DES<br />

RCEL<br />

MARCONDES<br />

RCE<br />

NADEIRO GUIMARAES<br />

MONT<br />

A SILVA<br />

DOS<br />

TOLEDO<br />

R ANTONIO<br />

RIBEIRO REIS<br />

R ANTONIO<br />

RIBEIRO REIS<br />

RALVARO<br />

GUERRA<br />

R ALVARO<br />

GUERRA<br />

R ANIZIO<br />

SALIM ASSAF<br />

R EMILIANO<br />

SCHACHETTI<br />

R EMILIANO<br />

SCHACHETTI<br />

R FRANCISCO<br />

ESCOBAR<br />

RANTONIO<br />

F DASILVA<br />

RFERDI-<br />

NANDO<br />

RFERDI-<br />

NANDO<br />

R IVANS S<br />

CUNHA AREAO<br />

ERDI-<br />

ANDO<br />

LO<br />

HO<br />

ERTO DE<br />

EIRARIBEIRO<br />

LO<br />

HO<br />

ERTO DE<br />

EIRARIBEIRO<br />

ONSTITUICAO<br />

AV DR JOSE ORTIZ PATTA<br />

R. ATAHYDE BARBOSA<br />

DO AMARAL<br />

R. PROF DEMETRIO<br />

IVAHI BADORA<br />

R. NILSON LEO<br />

R. STEFAN LUBO<br />

R AMERICO<br />

BARBOSA<br />

QUEIROS<br />

RAMERICO<br />

BARBOSA<br />

QUEIROS<br />

R. ARY MOREIRA MARQUES<br />

R. NILSON SANTOS TINDRADE<br />

R. MANUEL CESAR RIBEIRO<br />

R. ARY NOGUEIRA MARQUES<br />

R. MAMA BENEDITA<br />

R. PROF DEMETRIO<br />

IVAHI BADORA<br />

R. ERNANI BARROS MORGADO<br />

R. MANUEL JOSE DE<br />

SIQUEIRA MATTOS ES<br />

A TINOCO<br />

IO<br />

O<br />

OS<br />

A<br />

AV FRANCISCO ALVES MONTEIRO<br />

R AMARALINA<br />

R PROJETA<br />

R DR JOAO BATISTA O MONTEIRO<br />

R ITAPAGIPE<br />

R MARAGAGIPE<br />

R ITAPARICA<br />

R CANAVIEIRAS<br />

R DELY<br />

TABCHOU-<br />

RY<br />

R DELY<br />

TABCHOU-<br />

RY<br />

AV FRANCISCO ALVES MONTEIRO<br />

PÇA DA<br />

BANDEIRA<br />

R GUGLIELMO MARCONI<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R ITAPARICA<br />

R ALAGO-<br />

INHA<br />

R DR JOAO<br />

BATISTA Q<br />

MONTEIRO<br />

R CATUABA<br />

PINTO<br />

R GODOFREDO LOBATO<br />

RJUVENAL<br />

RIBEIRO<br />

DA COSTA<br />

TRAV DA ESTRADA MUNICIPAL<br />

7.452.500<br />

R BEATRIZ<br />

B ALMEIDA<br />

R ALBERTO G<br />

RODRIGUES<br />

R BERNADINA<br />

C S BRUM R UPAMUMIRIM GARCEZ<br />

R CYRO CARLOS<br />

GONÇALVES<br />

438.000<br />

R AZAL<strong>EIA</strong><br />

R VIOLETA<br />

R GIRASSOL<br />

R DAS ROSAS<br />

R SAMAMBAIA<br />

R JASMIM R FLAMBOIAN<br />

R LIRIO<br />

RIBISCO<br />

R ARNALDO FELIPE SBRUZI<br />

R. AMADEU ROVIDA<br />

R. PROJETADA<br />

AV 02<br />

R JUVENAL RIBEIRO DA COSTA<br />

AV FRANCISCO ALVES MONTEIRO<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R ORQUIDEA<br />

R DAS PALMAS<br />

AV JOSE GERALDO DE MATTOS BARROS<br />

AV PROJETADA 4<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

AV PROJETADA<br />

RIBEIRÃO PKRACANGAGUA<br />

R TULIPA<br />

R MARGARIDA<br />

AV MARGINAL DO RIBEIRÃO PIRACANGA<br />

R. BENEDITO<br />

OLIMPIO RODRIGUES<br />

R. JOÃO BARQUETE<br />

RUA C<br />

R. MIGUEL PAULINO<br />

DA SILVA<br />

R. DARIO PEREIRA DIAS<br />

RUA B<br />

R. MARIA EUNICE SAAB<br />

R. BENEDITO BRUNACIO<br />

R. SAMUEL SALES DE OLIVEIRA<br />

AV MARGINAL DO RIBEIRÃO PIRACANGA<br />

AV 02<br />

PÇA SENHOR<br />

DO BONFIM<br />

R CANAVIEIRAS<br />

R AMARALINA<br />

X<br />

OR<br />

RAS<br />

RSANTO<br />

AMARO<br />

RPRO<br />

INA<br />

GIPE<br />

GOIPE<br />

RSANTO<br />

AMARO<br />

RDA<br />

CONQUI-<br />

STA<br />

PÇA<br />

SANTA<br />

CRUZ<br />

R<br />

TEQUIE<br />

R ITAPAGIPE<br />

R MARAGAGIPE<br />

AV BAHIA<br />

AV BAHIA<br />

AV BAHIA<br />

AV BAHIA<br />

PÇA VERA<br />

CRUZ<br />

ROF MAUD<br />

ONTEIRO<br />

RSANTO<br />

AMARO<br />

RICA<br />

RJUA-<br />

ZEIRO<br />

R JOAO BATISTA<br />

TIZ MONTEIRO<br />

R SALVADOR VARALLO<br />

AV CUBAS<br />

DE<br />

ALVARENGA<br />

R ARI SQUARCINA<br />

R VIANA<br />

R VITERBO<br />

R PROF ALBERTO LOPES FILHO<br />

PÇA E PQ DE<br />

ESPORTES<br />

JOSE BRUNINI<br />

R ARI SQUARCINA<br />

R DR MAURICIO<br />

R TEIXEIRA<br />

R2<br />

R. SHIRO<br />

KIYOHARA<br />

D<br />

AV FRANCISCO<br />

ALVES MONTEIRO<br />

R. MIIGUEL PISTILLI<br />

R. SERGIO<br />

DE BARROS<br />

R. SILIO F CUNHA<br />

R SEIS<br />

R. ESTEVAN SOLDI<br />

AV CARLOS PEDROSO DA SILVEIRA<br />

R. WALDEMAR BONELLI<br />

R. MIIGUEL PISTILLI<br />

R. DR ALBERICO<br />

M GUIMARÃES<br />

RTAUBATÉ<br />

R<br />

O<br />

R. MARIA EULARIA<br />

M GUISARD<br />

R. PADRE FLORENCIO LUIZ RODRIGUES<br />

R. ARMANDO<br />

AZOLINI<br />

RODOVIA FLORIANO RODRIGUES PINHEIRO<br />

AV JOSE GERALDO DE MATTOS BARROS<br />

R. PROFª ROSA<br />

MASSUNO A ROCHA<br />

R. JOSE FELIX DE ABREU<br />

R. ANTONIO DE<br />

PADUA NASCIMENTO<br />

RUA C<br />

RUM<br />

7.452.500<br />

437.000<br />

AV ENRICO AMBROGI DOS SANTOS<br />

RUA D<br />

7.451.500<br />

437.000<br />

R C<br />

RODOVIA FLORIANO RODRIGUES PINHEIRO<br />

RUA A<br />

AV DE IBERIA<br />

AV ENRICO AMBROGI DOS SANTOS<br />

RUA H<br />

RUA E<br />

AV ENRICO AMBROGI DOS SANTOS<br />

CORREGO<br />

BOÇOROCA<br />

R DOZE<br />

R JOAO PA<br />

LIAN DE<br />

O COELHO<br />

AV PROJETADA 2<br />

AV MARG DA ROD FLORIANO RODRIGUES PINHEIRO<br />

EST VELHA RIO/SAO PAULO<br />

R. EVANDALO P<br />

DOS SANTOS<br />

R. EZIO PACCINI<br />

7.452.500<br />

436.000<br />

R DEZOITO<br />

RVINTE<br />

R NOVE<br />

R PROFA CARMEN<br />

MARINA DORIA<br />

RPROFA ODILA<br />

CARVALHO<br />

R DEZESSETE<br />

R BENEDITO ANGELA TUAN<br />

RBOONESIO<br />

R DE MACEDO<br />

A. PEREIRA<br />

DE CAMPOS<br />

PC C<br />

R SEBASTIAO<br />

DO COUTO<br />

R TRINTA<br />

E SETE<br />

R JOAO PAVESIO<br />

RANTONIO<br />

DA SILVA LOBO<br />

PC D<br />

R DEZOITO<br />

R SEBASTIAO<br />

DO COUTO<br />

R QUINZE<br />

NIA BRANDAO<br />

ARBIERI<br />

RANTONIO<br />

SILVA LO B<br />

NALDINO<br />

EIRA LIMA<br />

EMAR FURQUIM<br />

SAO PAULO<br />

R DOZE<br />

AV PROF WALTER<br />

DE OLIVEIRA<br />

R TRINTA E DOIS<br />

R NELSON<br />

FERRARI R JOSE CLIMACO<br />

DE CARVALHO<br />

RMARIABERNADETE<br />

DE C ALMEIDA<br />

R NELSON<br />

FERRARI<br />

R PRESIDENTE JANIO<br />

DA SILVA QUADROS<br />

RODOVIA FLORIANO RODRIGUES PINHEIRO<br />

AV WALDEMAR<br />

FURQUIM<br />

R ARNALDINO<br />

PEREIRA LIMA<br />

R PROFA CARMEN MARINA DORIA<br />

R PROFA ODILA<br />

CARVALHO<br />

RLUIZ F<br />

DE OLIVEIRA<br />

R JOSE CLIMACO<br />

DE CARVALHO<br />

R RAFHAEL<br />

BARONE<br />

R FREDERICO<br />

MOREIRA<br />

R VINTE<br />

E SETE<br />

R MANOEL PEREIRA<br />

SANTOS NETO<br />

PC F<br />

R ARNALDINO<br />

PEREIRA LIMA<br />

R BENEDITO<br />

A MORÇADA<br />

AV CARLOS PEDROSO DA SILVEIRA<br />

R PROF<br />

TEREZINHA<br />

C KATER<br />

R WALDEMAR<br />

FURQUIM RLOURIVAL<br />

MARCONDES<br />

R BENEDITO<br />

DA FONSECA<br />

PC E<br />

R TRINTA<br />

E OITO<br />

RANTONIODA<br />

SILVA LOBO<br />

R ARNALDINO<br />

PEREIRA LIMA<br />

R PEDRO<br />

DIAS<br />

R PEDRO<br />

DIAS<br />

PC A<br />

AV CRISTINO DIAS DA CUNHA<br />

AV WALDEMAR<br />

FURQUIM<br />

R LUIZ FCO P LIMA<br />

R JOSE BENEDITO<br />

OLIVEIRA<br />

RANTONIAM<br />

DO COUTO<br />

R ENG FERNAND<br />

R ENG FERNAND<br />

R JOAO<br />

RACHOU<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/<br />

R EDUARDO<br />

JOSE PEREIRA<br />

R PRO<br />

BENEDITO<br />

R CLODOALDO SANTOS RODRIGUES<br />

R PROF NELSON<br />

FREIRE CAMPELLO<br />

R VITOR BARBOSA GUISARD<br />

R CLODOALDO SANTOS RODRIGUES<br />

R VITOR BARBOSA GUISARD<br />

R JAMIL<br />

J ELIAS<br />

RR<br />

DA<br />

R JUSCELINO<br />

KUBITSCHEK<br />

DE OLIVEIRA<br />

R JUSCELINO<br />

KUBITSCHEK<br />

DE OLIVEIRA<br />

R BENTO VIEIRA MOURA<br />

RPROFMOREIRA<br />

R VOLUNTARIO PENA<br />

R BENTO VIEIRA MOURA<br />

RPROFMOREIRA<br />

R VOLUNTARIO PENA<br />

R VOLUNTARIO PENA RAMOS<br />

R MAL FLORIANO PEIXOTO<br />

R D<br />

R VOLUNTARIO PENA RAMOS<br />

R MAL FLORIANO PEIXOTO<br />

R D<br />

R JOSE<br />

R<br />

G<br />

R JOAO<br />

RACHOU<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/<br />

R EDUARDO<br />

JOSE PEREIRA<br />

TRAV DASAU<br />

R BENEDITO SANTOS<br />

AV OLMIRA ORTIZ PATTO<br />

R CAP JOAO DO PRADO MARTINS<br />

R PEDRINA<br />

BARBOSA<br />

R MAE PRETA<br />

R PROF ALCIDES DE<br />

SOUSA PORTELA<br />

R JAYME DE CASTRO<br />

R MAE PRETA<br />

R MAE PRETA<br />

R PROF ALCIDES DE<br />

SOUSA PORTELA<br />

R JAYME DE CASTRO<br />

R MAE PRETA<br />

R IRMA CONCEIÇAO<br />

R LOURENÇO RIGHETTI<br />

AVJK<br />

R EDUARDO<br />

JOSE PEREIRA<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

RJOAORACHOU<br />

RJERONIMO<br />

LORENA<br />

RDR<br />

PEDRO<br />

COSTA<br />

RPROFRENE<br />

RACHOU<br />

R PROF RENE<br />

RACHOU<br />

R JERONIMO<br />

LORENA<br />

AV J K<br />

AV DR FELIX<br />

GUISARD<br />

FILHO<br />

R IRMA CORNELIA<br />

R MADRE MARIA<br />

TEODORO<br />

VAYLON<br />

AV DR FELIX<br />

GUISARD<br />

FILHO<br />

R MADRE MARIA<br />

TEODORO<br />

VAYLON<br />

R IRMA CORNELIA<br />

R MONSENHOR<br />

ANTONIO GOMES<br />

VIEIRA<br />

R FERDINANDO<br />

RONCONI<br />

R FERDINANDO<br />

RONCONI<br />

AV<br />

OLMIRA<br />

ORTIZ<br />

PATTO<br />

AV ITAMBÉ<br />

R PRO<br />

BENEDITO<br />

R MISS ANNIE<br />

STAFORD<br />

RDR<br />

HUASCAR<br />

PEREIRA<br />

R MISS ANNIE<br />

STAFORD<br />

R ANSELMO<br />

FERREIRA<br />

DE MOURA<br />

R PROF ESCOLASTICA MARIA DE JESUS<br />

R ITAMBÉ<br />

R VICENTE<br />

TESTA<br />

R EXP BENEDITO DE MOURA AV OLMIRA<br />

ORTIZ<br />

PATTO<br />

AV<br />

OLMIRA<br />

ORTIZ<br />

PATTO<br />

R SETE<br />

R PADRE DE RAMON ORTIZ<br />

R VIRIATO BANDEIRA DUARTE<br />

R JOSE BONIFACIO MOREIRA<br />

RJOSEBMOREIRA<br />

AV MONS LUIS<br />

GONZAGA<br />

DE MOURA<br />

R OSVALDO VILLARTA<br />

JUNQUEIRA<br />

PÇA ADIB<br />

MIGUEL MUSSI<br />

R VICENTE<br />

CONSTANTINO<br />

R ANDERSON<br />

FABIANO<br />

R EXP ERNESTO<br />

OLIVEIRA MEIRELES<br />

R LUIS DOS SANTOS<br />

RJERONIMO<br />

LORENA<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

RJOAORACHOU<br />

RDR<br />

PEDRO<br />

COSTA<br />

R EDUARDO<br />

JOSE PEREIRA<br />

RPROFRENE<br />

RACHOU<br />

R JOSE L<br />

RAMOS<br />

RPROFMOREIRA<br />

RPROFMOREIRA<br />

EIRA<br />

EIRA<br />

RMALARTURCOSTAESILVA<br />

R DO COLEGIO NOSSA<br />

SENHORA BOM CONSELHO<br />

R UBATUBA<br />

R JUSCELINO<br />

KUBITSCHEK<br />

DE OLIVEIRA<br />

R PRES GETULIO VARGAS<br />

RMALARTURCOSTAESILVA<br />

R DO COLEGIO NOSSA<br />

SENHORA BOM CONSELHO<br />

R UBATUBA<br />

R JUSCELINO<br />

KUBITSCHEK<br />

DE OLIVEIRA<br />

R PRES GETULIO VARGAS<br />

R JOSE G PEREIRA<br />

RJOAORACHOU<br />

R JOSE G PEREIRA<br />

R PROF RENE<br />

RACHOU<br />

R JERONIMO<br />

LORENA<br />

RAMELIA<br />

MORAIS<br />

BRUNS DE<br />

MATTOS<br />

RJOAORACHOU<br />

RAMELIA<br />

MORAIS<br />

BRUNS DE<br />

MATTOS<br />

AV TIRADENTES<br />

ONORIO JOVINO<br />

R DR EMILIO<br />

WINTHER<br />

R<br />

AV TIRADENTES<br />

ONORIO JOVINO<br />

R DR EMILIO<br />

WINTHER<br />

R<br />

R N. SRA DA PIEDADE<br />

R DO COLEGIO NOSSA<br />

SENHORA BOM CONSELHO<br />

R INGLATERRA<br />

R DO COLEGIO NOSSA<br />

SENHORA BOM CONSELHO<br />

R INGLATERRA<br />

R JOSE<br />

TINOCO<br />

R JOSE<br />

SILVA<br />

TRAV GETULIO VARGAS<br />

R BOM JARDIM<br />

R PROJETADA<br />

R ITAMBÉ<br />

R MAL ARTUR<br />

COSTA E SILVA<br />

R EXPEDICIONARIO<br />

JOSE ANTONIO MOREIRA<br />

R MAL ARTUR<br />

COSTA E SILVA<br />

R EXPEDICIONARIO<br />

JOSE ANTONIO MOREIRA<br />

R PRES GETULIO<br />

VARGAS<br />

R CLARO GOMES<br />

R JOSE G PEREIRA<br />

NTES<br />

R BENEDITO CURSINO<br />

PARAGUAI<br />

NTES<br />

R PEDRO<br />

PERRELLI<br />

R PEDRO<br />

PERRELLI<br />

RDREMILIO<br />

WINTHER<br />

R MADRE<br />

MARIA SABINA<br />

R EXPEDICIONARIO<br />

JOSE ANTONIO MOREIRA<br />

R CLARO GOMES<br />

R EXPEDICIONARIO<br />

JOSE ANTONIO MOREIRA<br />

R CLARO GOMES<br />

R PRES<br />

GETULIO<br />

VARGAS<br />

R MAL ARTUR<br />

COSTA E SILVA<br />

R JOCUNDO PASTORELLI<br />

R PEDRO PERRELLI<br />

R MARIANO<br />

CURSINO<br />

R JOSE FDE SOUZA<br />

R GUADALAJARA<br />

R PEDRO PERRELLI<br />

R MARIANO<br />

CURSINO<br />

R JOSE FDE SOUZA<br />

R GUADALAJARA<br />

R JOCUNDO PASTORELLI<br />

R JOAO VAZ<br />

CARDOSO<br />

RMONTE<br />

CASTELO<br />

R DONA<br />

MARCONIA<br />

R DONA MARCONIA<br />

R DONA MARCONIA<br />

R DONA<br />

MARCONIA<br />

R MONTE<br />

CASTELO<br />

R SANTA IZABEL<br />

DE PORTUGUAL<br />

R SANTA IZABEL<br />

DE PORTUGUAL<br />

R LUIZ<br />

GUIMARAES<br />

VIEIRA<br />

R CONDE ARAUJO<br />

MARCONDES<br />

R JOAO MALTA<br />

JUNIOR<br />

R DR EMILIO WINTHER<br />

R PANAMA<br />

R HONDU-<br />

RAS<br />

OROSO LIMA<br />

R SENADOR<br />

TEOTONIO VILELA<br />

R DOIS<br />

RUM<br />

R DOIS<br />

RUM<br />

R32<br />

AL DR CARLOS RODRIGUES CALDAS<br />

AL DR CARLOS RODRIGUES CALDAS<br />

R 31<br />

R39<br />

R 33<br />

R ANTONIO JOSE<br />

CARNEIRO DE SOUZA<br />

R JOAO MOREIRA DE MORAES<br />

R PROF MARIA ESCOLASTICA DE JESUS<br />

R JOSE CANDIDO VITOR<br />

RLUIZ<br />

ZAINA<br />

R ACHILES GU<br />

RPROFMARIA<br />

ESCOLASTICA<br />

DE JESUS<br />

RANTONIO<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

RNIVALDO<br />

RIGHI<br />

R JOSE LUIZ SANTANA<br />

DE DEUS ANDRADE<br />

R GONÇALVES<br />

DIAS<br />

RANTONIO<br />

CASTILHO<br />

MARCONDES<br />

R CAP ANTONIO<br />

DE FARIAS ALBERNAS<br />

RCAP MANOEL GARCIA VELHO<br />

R ALEXANDRE MONTEIRO PATTO<br />

R RUBENS C L BARROS<br />

7.452.500<br />

442.000<br />

R JOSE LEONILDES MONTEIRO<br />

R MARINHEIRO<br />

MARCILIO DIAS<br />

RDAIMPRENSA<br />

R MARINHEIRO<br />

MARCILIO DIAS<br />

RDAIMPRENSA<br />

AV ITAMBE<br />

AV ITAMBE<br />

R JULIO TOFFULI<br />

R VEREADOR EVARISTO<br />

FERREIRA DA COSTA<br />

R JULIO TOFFULI<br />

R VEREADOR EVARISTO<br />

FERREIRA DA COSTA<br />

R JOSE<br />

LEANDRO<br />

SANT0S<br />

R JOAO SIQUEIRA AFONSO<br />

R COM JOSE RODOLFO MONTEIRO<br />

R EXP BENEDITO DE MOURA<br />

R TEODOROA JOAQUINA M MONTEIRO<br />

RCAPANTONIO RAPOSO BARRETO<br />

R IDALINA<br />

PEREIRA BATISTA<br />

R IDALINA<br />

PEREIRA BATISTA<br />

RBELA<br />

VISTA<br />

RBELA<br />

VISTA<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R PRES GETULIO<br />

VARGAS<br />

R MADRE<br />

MARIA SABINA<br />

R CLARO GOMES<br />

R PRES<br />

GETULIO<br />

VARGAS<br />

R BRAULIO DE ALMEIDA RAMOS<br />

R MAL ARTUR<br />

COSTA E SILVA<br />

R BRAULIO DE ALMEIDA RAMOS<br />

AV BANDEIRANTES<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

LARGO<br />

STA LUZIA<br />

R CACILDA<br />

BECKER<br />

AV BANDEIRANTES<br />

R CACILDA<br />

BECKER<br />

R MIN JOSE DE MOURA RESENDE<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R ELIDE<br />

IGLESIAS ABRAMI<br />

R MIN JOSE DE MOURA RESENDE<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R ELIDE<br />

IGLESIAS ABRAMI<br />

R A CARLOS ALVARENGA JR<br />

R ALM BARROSO<br />

AV DOM PEDRO I<br />

R ELIDE IGLESIAS ABRAMI<br />

REMB JOSE CARLOS<br />

MACEDO SOARES<br />

R EULA KENNEDY<br />

R ELIDE IGLESIAS ABRAMI<br />

REMB JOSE CARLOS<br />

MACEDO SOARES<br />

R EULA KENNEDY<br />

R EMB JOSE CARLOS MACEDO SOARES<br />

R MAL ARTUR COSTA E SILVA<br />

R DONA MARCONIA<br />

R JOAO CARDOSO<br />

SOBRINHO<br />

R MAL ARTUR COSTA E SILVA<br />

R CACILDA BECKER<br />

AV BANDEIRANTES<br />

R JOAO CARDOSO<br />

SOBRINHO<br />

R CACILDA BECKER<br />

AV BANDEIRANTES<br />

AV DOM PEDRO I<br />

RMIN JOSE DE MOURA RESENDE<br />

R A CARLOS ALVARENGA JR<br />

R DOLORES<br />

BARRETO<br />

COELHO<br />

RMIN JOSE DE MOURA RESENDE<br />

R A CARLOS ALVARENGA JR<br />

AV DOM PEDRO I<br />

R ALM BARROSO<br />

R EMB JOSE<br />

CARLOS MACEDO<br />

SOARES<br />

RORARIOVILARTA<br />

R IDELFONSO F DOS SANTOS<br />

RPEDOMRAMONORTIZ<br />

R DOLORES BARRETO COELHO<br />

R CEL ARTUR GRACA MARTINS<br />

R MAL ARTUR<br />

COSTA E SILVA<br />

R CEL ARTUR GRACA MARTINS<br />

R MAL ARTUR<br />

COSTA E SILVA<br />

R VOLUNTARIOS DAPATRIA<br />

AV UM<br />

R PE DOM RAMON ORTIZ<br />

R FLAVIO BELLEGARD NUNES<br />

R CINCO<br />

AV MONS LUIS GONZAGA DE MOURA<br />

7.451.500<br />

441.000<br />

R IDELFONSO F DOS SANTOS<br />

R FLAVIO BELLEGARD NUNES<br />

AV BANDEIRANTES<br />

RODOVIA PRES<br />

DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R MAL ARTUR<br />

COSTA E SILVA<br />

R MADRE EULALIA PERROTIM<br />

R IRMA MARIA RITA DE MOURA<br />

R JOAO AFONSO<br />

R FRANCISCO DE<br />

PAULA SIMOES<br />

R JOAQUIM<br />

JOSE<br />

CAMARGO<br />

R IRMA MARIA RITA DE MOURA<br />

R CAETES<br />

AV MAJOR ACACIO<br />

R MADRE EULALIA PERROTIM<br />

R IRMA LUISA BASILIA<br />

R GETULIO<br />

ABRAMI<br />

PC BELGICA<br />

PC VATICANO<br />

7.452.500<br />

441.000<br />

R37<br />

EST MUNICIPAL<br />

DO BARREIRO<br />

AV ASSIS CHATEAUBRIANT<br />

AV ASSIS CHATEAUBRIANT<br />

R JAMIL ABRAO<br />

TABCHOURY<br />

R OSVALDO<br />

ALVES<br />

BERALDO<br />

R OSVALDO<br />

ALVES<br />

BERALDO<br />

R. GILNA<br />

MOTTA DE<br />

ALVARENGA<br />

7.450.500<br />

R IRMA<br />

CECILIA<br />

H SANTOS R JOAO<br />

BASSO<br />

441.000<br />

R 34<br />

R37<br />

R VITORIA BRASIL<br />

R JAMIL ABRAO<br />

TABCHOURY<br />

R 35 R 35<br />

R 34<br />

R C<br />

R B<br />

R G<br />

R THEREZINHA<br />

MELLO CESAR<br />

RB<br />

R H<br />

R A<br />

RC<br />

R PEDRO<br />

MARCITELLI<br />

FILHO<br />

R MAHATMA GANDI<br />

R MANOEL HUMIA DURAN<br />

R. CAP AMARO DE TOLEDO CORTES<br />

R. DONA MARIA<br />

CRISTINA<br />

DOS SANTOS<br />

GIORDANO<br />

R. ALAOR<br />

FERREIRA<br />

R. JOSE<br />

RUBENS<br />

WAUNER<br />

DE CAMARGO<br />

R. JOSE<br />

GERALDO<br />

R DO PRADO<br />

R. LUIS PREVIATO<br />

RONZE<br />

AV ASSIS<br />

CHATEAUBRIANT<br />

AV ASSIS<br />

CHATEAUBRIANT<br />

R VINTE E<br />

QUATRO<br />

RVINTEEQUATRO<br />

RUA A<br />

R LUCINDA<br />

MARIA DA COSTA<br />

RUA H<br />

R. ILDA SANTOS DO CARMO<br />

R. ANDRE CURSINO DOS SANTOS<br />

R. FRANCISCA DE F CORTEZ<br />

R. DJALMA<br />

NOGUEIRA MINHO<br />

R<br />

ALV<br />

RUA 3<br />

RUA 2<br />

RUA1<br />

RUA 4<br />

RUA 5<br />

RUA 6<br />

R. CAMILO GOMES QUINTANILHA<br />

R. EUZEBIO VILLAUTA<br />

7.450.500<br />

R. MESSIAS<br />

GUEDES<br />

MOREIRA<br />

R. AFONSO<br />

PEDRO DE OLIVEIRA<br />

R. ORLANDO<br />

FERREIRA<br />

DA SILVA<br />

RP<br />

RG<br />

R ALZIRO ZARUR<br />

R JOSE BONIFACIO MOREIRA<br />

R JOAO E LEITE<br />

R CARLO FREDIANE<br />

R CEL NABOR<br />

SANTOS<br />

R BEATA M B DASILVA<br />

R IRMA LUISA BASILIA<br />

RTRES<br />

R JOSE GOMES VIEIRA<br />

AV MAJOR ACACIO<br />

R2<br />

RODOVIA PRES<br />

DUTRA/SP-60/BR-116<br />

AV DOS<br />

BANDEIRANTES<br />

RI<br />

AV DOM PEDRO I<br />

RG<br />

AV DOM PEDRO I<br />

R JOSE FRANKLIN<br />

DE MOURA<br />

R NATANAEL DE O VALE<br />

R<br />

THEREZINHA<br />

MELLO<br />

CESAR<br />

R E<br />

R H<br />

R D<br />

R D<br />

R J<br />

R E<br />

RFCOLUIS<br />

DE ASSIS<br />

R AVELINO DE<br />

A SALDANHA<br />

RRITAMARIA<br />

O MARCONDES<br />

DE MOURA<br />

R IRMA<br />

CECILIA<br />

H SANTOS<br />

AV INDEPENDENCIA<br />

R VITORIO VILARTA<br />

R JOAO PAULO 1<br />

RPAULO<br />

CROZAR-<br />

DOL<br />

R WELLINGTON QUEIROS DE OLIVEIRA<br />

R AMADEU ORESTES MATERA<br />

R JOSE GREGORIO MOREIRA<br />

R JOSE GREGORIO<br />

MOREIRA<br />

RCOMANTONIO<br />

RODRIGUES MIRANDA<br />

R JOAQUIM DE<br />

MORAES FILHO<br />

R GINO BIONDI<br />

R GINO BIONDI<br />

R CARLOS<br />

FERRO<br />

PÇA ALYISE YILARTA<br />

RANTONIODE CASTRO CARNEIRO<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

AV ASSIS CHATEAUBRIAND<br />

R VITO ARDITO<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R MAL<br />

MASCARENHAS<br />

DE MORAES<br />

R FRANCISCA<br />

BUENO RESENDE<br />

AV DOM PEDRO I<br />

R JOSE BONANI<br />

R PADRE CUSTODIO<br />

BERNARDES SILVA<br />

RALBERTO<br />

MENDES JR<br />

R PADRE CUSTODIO<br />

BERNARDES SILVA<br />

AV ASSIS CHATEAUBRIAND<br />

R MAL MASCARENHAS<br />

DE MORAES<br />

R VITO ARDITO<br />

R ZORAIDE<br />

OGIOVANELLI<br />

R DOMINGOS<br />

F LABINAS<br />

RIRACY<br />

VIALTA TUAN<br />

AV MARGINAL<br />

R AMARO NEGRINE<br />

R FRANCISCO DE MATTOS<br />

RANTONIO<br />

CAMILHER FILHO<br />

R PLASCIDIA DOS<br />

SANTOS COSTA<br />

R FRANCISCO DE MATTOS<br />

R FRANCISCO MARQUES<br />

DE TOLEDO PINTO<br />

AV MARROCOS<br />

R AMADEU ORESTES MATERA<br />

AV PROF JOSE<br />

GERONIMO DE<br />

SOUZA FILHO<br />

R CEL BENEDITO<br />

ELPIDIO HIDALGO<br />

AV INDEPENDENCIA<br />

R PROFA<br />

JULIETA<br />

ROCHA<br />

VASQUES<br />

AV INDEPEN-<br />

DENCIA<br />

PÇ FERNANDO<br />

CAMARGO<br />

NOGUEIRA<br />

RSARGJOAO<br />

PEIXOTO SANTOS<br />

R PROFA<br />

ESCOLASTICA<br />

BICUDO<br />

R FRANCISCA<br />

BUENO DE RESENDE<br />

R PROFA<br />

ESCOLASTICA<br />

BICUDO<br />

R ANTONIO<br />

QUEIROZ FILHO<br />

R ZENAIDE MOURA<br />

ARAUJO RAMOS<br />

R ANTONIO<br />

QUEIROZ FILHO<br />

R ANTONIO FARIA VIEIRA<br />

R PROFA<br />

JULIETA<br />

ROCHA<br />

VASQUES<br />

R ALBERTO<br />

MENDES JR<br />

R ZENAIDE MOURA<br />

ARAUJO RAMOS<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

7.451.500<br />

440.000<br />

TV DOIS<br />

TV UM<br />

TV TRES<br />

AV FRANCISCO<br />

ALVES MONTEIRO<br />

RANTONIO<br />

NALDI<br />

R ROQUE DE CASTRO REIS<br />

R C<br />

AV INDEPENDENCIA<br />

RTRES<br />

R AQUILINO<br />

CYRIACO GRAÇA<br />

RJOAO<br />

MULATO<br />

R EQUADOR<br />

TERRA<br />

R INGLATERRA<br />

RPORTU<br />

R EQUADOR<br />

TERRA<br />

R INGLATERRA<br />

RPORTU<br />

AL SAO<br />

SALVADOR<br />

AL SAO<br />

SALVADOR<br />

R FRANCA<br />

R EQUADOR<br />

R FRANCA<br />

R FRANCA<br />

R EQUADOR<br />

R FRANCA<br />

R DONA MARCONIA<br />

R DR HUASCAR<br />

PEREIRA<br />

R COLOMBIA<br />

CAM JABOTI-<br />

CABEIRAS<br />

RCONEGO<br />

ARAUJO<br />

MARCONDES<br />

R AURELIANO<br />

COUTINHO<br />

R COLOMBIA<br />

CAM JABOTI-<br />

CABEIRAS<br />

RCONEGO<br />

ARAUJO<br />

MARCONDES<br />

R AURELIANO<br />

COUTINHO<br />

R DR HUASCAR<br />

PEREIRA<br />

R AUSTRIA<br />

R NI<strong>CARAGUA</strong><br />

R MEXICO<br />

R NI<strong>CARAGUA</strong><br />

R MEXICO<br />

AV JOHN<br />

FITZGERALD<br />

KENNEDY<br />

R VENEZUELA<br />

R ALEMANHA<br />

AV JOHN<br />

FITZGERALD<br />

KENNEDY<br />

AV JOHN<br />

FITZGERALD<br />

KENNEDY<br />

R FRANCA<br />

AV ESTADOS<br />

UNIDOS<br />

AV JOHN<br />

FITZGERALD<br />

KENNEDY<br />

R ESPANHA<br />

R SIRIA<br />

R MEXICO<br />

R SIRIA<br />

MANHA<br />

R POLONIA<br />

AV MARROCOS<br />

R DINAMARCA<br />

R SUICA<br />

R NORUEGA<br />

R SUECIA<br />

AV ESTADOS<br />

UNIDOS<br />

R SUICA RSUICA<br />

AL ROMENIA<br />

R POLONIA<br />

R CANADA R CANADA<br />

R FINLANDIA<br />

R EGITO<br />

R ABISSINIA<br />

AV ITALIA AV ITALIA<br />

AV ITALIA<br />

R CESIDIO AMBROGI<br />

R SUECIA<br />

AV MARROCOS<br />

R FREI CONRADO<br />

BARBOSA<br />

RUA 8<br />

RUA 8<br />

RUA 11<br />

RUA 13<br />

RUA 17<br />

RUA 18<br />

RUA 16 RUA 15<br />

RUA 14<br />

440.000<br />

R EUGENIO FREDIANI<br />

R. LUPICINO<br />

RODRIGUES<br />

RUA 17<br />

7.452.500<br />

RUA 17<br />

R AFONSO<br />

R 8<br />

R6<br />

R7<br />

R5<br />

R4<br />

R 3<br />

AV INDEPENDENCIA<br />

ETADA<br />

R 2<br />

R 1<br />

R 2<br />

R 1<br />

R5<br />

R4<br />

R3<br />

R 6<br />

R 7<br />

R 8<br />

AV FRANCISCO ALVES MONTEIRO<br />

R. ANTONIO CATOSI<br />

7.452.500<br />

439.000<br />

R PROJETADA 3<br />

AV INDEPENDENCIA<br />

E<br />

ROJETADO<br />

EST DOS REMEDIOS<br />

EST DE ITAPECIRICA DE CIMA<br />

EST DOS REMEDIOS<br />

EST DE ITAPECIRICA DE CIMA<br />

R TOITI KAKO<br />

R JOSE MARCONDES QUADROS<br />

R SILVIO CEMBRANELLI<br />

AV PADRE<br />

VALERIO<br />

CARDOSO<br />

AV PADRE<br />

VALERIO<br />

RONZE<br />

R JOSE GIGLIO<br />

R DOIS<br />

R JOSE<br />

FERNANDES<br />

PASSAGEM SOB LINHA<br />

DE ALTA TENSÃO<br />

R DR ANTONIO BENTO<br />

TRANSF. F<br />

R SUMIO SHIBATA<br />

R JOSE CAMINEO FILHO<br />

RLINDOIA<br />

R BENEDITA<br />

SEMIRAMIS DO COUTO<br />

R LINDOIA<br />

R. DOMINGOS LEOPOLDO RIGHI RDOSO<br />

AV MARCILIO SIQUEIRA FRADE<br />

R. PROF FRANCISCO<br />

PEREIRA DA SILVA<br />

S RVINTE E NOVE<br />

AV JOAQUIM<br />

FERREIRA DA SILVA<br />

RVINTE E NOVE<br />

AV JOAQUIM<br />

FERREIRA DA SILVA<br />

RJOSE E MGUIMARAES<br />

R JOSE DE LIMA<br />

RJOSECARLOS<br />

STOPPA<br />

R JOSE ESTACIO<br />

MOURA GUIMARAES<br />

R WALTER EMERICH<br />

R PE BENTO<br />

R OITO<br />

AV RODOLFO MOREIRA DE ALMEIDA<br />

R CEL CARLO<br />

GUIMARAES<br />

R. JOSE GIORDANO FILHO<br />

TV DR JOSE<br />

LUIS CEMBRA-<br />

NELLI<br />

AV DOIS<br />

TV DR JOSE<br />

LUIS CEMBRA-<br />

NELLI<br />

AV DOIS<br />

R JOSE MARCONDES QUADROS<br />

RMARIA APARECIDA FRANCISCA DE JESUS<br />

R JOSE MARCONDES QUADROS<br />

RMARIA APARECIDA FRANCISCA DE JESUS<br />

EST DOS REMEDIOS<br />

AV DOIS<br />

AV DOIS<br />

RZILMADE<br />

AZEVEDO ROSSI<br />

AV SAO PEDRO<br />

AV SAO PEDRO<br />

R SALVADOR DI SI<br />

R DR EGBERTO<br />

ELOY SANTOS<br />

7.452.500<br />

445.000<br />

R ANTONIO OLIVEIRA VALE<br />

R BENEDITO LEITE GUIMARAES<br />

R PROF ROQUE PASSARELI<br />

R BRASI<br />

MOREIRA<br />

R. ANSELMO<br />

MARIOTTO<br />

R. ANSELMO<br />

MARIOTTO<br />

BEZERRADE<br />

MENESES<br />

R VINTE E SEIS<br />

R VINTE E SEIS<br />

AV SAO PEDRO<br />

RANTONIO<br />

CORREA<br />

DE FARIA<br />

R ALLAN KARDEC<br />

RANTONIO<br />

CORREA<br />

DE FARIA<br />

R ALLAN KARDEC<br />

R. DORIVAL D<br />

NOGUEIRA<br />

R. DORIVAL D<br />

NOGUEIRA<br />

AV PADRE<br />

VALERIO<br />

CARDOSO<br />

R PROF ROQUE PASSARELI<br />

R BENEDITO LEITE GUIMARAES<br />

R PROF ROQUE PASSARELI<br />

R BENEDITO LEITE GUIMARAES<br />

RTOITI KAKO<br />

AV<br />

QUATRO<br />

RTOITI KAKO<br />

AV SEIS<br />

AV<br />

QUATRO<br />

AV SEIS<br />

R ANTONIO OLIVEIRA VALE<br />

RJOAO PAULO DE OLIVEIRA GAMA<br />

R ANTONIO OLIVEIRA VALE<br />

RJOAO PAULO DE OLIVEIRA GAMA<br />

AV OSVALDO<br />

ARANHA<br />

RMIGUEL<br />

DE SOUZA<br />

AV OSVALDO<br />

ARANHA<br />

RMIGUEL<br />

DE SOUZA<br />

AV SAO PEDRO<br />

R ANTENOR<br />

MOREIRA CURSINO<br />

R ANACLETO DO<br />

AMOR DIVINO<br />

R JOSE<br />

VICENTE<br />

DE PAULA<br />

R ANTENOR<br />

MOREIRA CURSINO<br />

R ANACLETO DO<br />

AMOR DIVINO<br />

R JOSE<br />

VICENTE<br />

DE PAULA<br />

R CACILDA DA SILVA<br />

R CACILDA DA SILVA<br />

RREVISRAEL<br />

VIEIRA FERREIRA<br />

R JOSE BENEDITO SANTANA<br />

RANTONIO<br />

C SILVA<br />

R ITAVERAVA<br />

AV BRASILIA<br />

AV BRASILIA<br />

R ANACLETO DO<br />

AMOR DIVINO<br />

AV BRASILIA<br />

AV BRASILIA<br />

R ANACLETO DO<br />

AMOR DIVINO<br />

AV SAO PEDRO<br />

RANTONIO<br />

JOSE GARCI<br />

R FREI JERONIMO<br />

DE SAO BRAZ<br />

R MIGUEL DE SOUZA<br />

R VICENTE DONZELLINE<br />

RFREI DIOGO DABAHIA<br />

R MIGUEL DE SOUZA<br />

RFLORIVAL<br />

DE TOLEDO<br />

R MARECHALRONDON<br />

RREVISRAEL<br />

VIEIRA FERREIRA<br />

R VICENTE DONZELLINE<br />

RFREI DIOGO DABAHIA<br />

R JOSE BENEDITO SANTANA<br />

R JOSE GIGLIO<br />

R DOIS<br />

RLINDOIA<br />

R OLGA M DA SILVA<br />

RDIANA ORTIZ<br />

R EVANDRO<br />

MARQUES<br />

TOLEDO PINTO<br />

R SUMIO SHIBATA<br />

R MARECHAL<br />

HUMBERTO A<br />

CASTELO BRANCO<br />

RONZE<br />

R DEZ<br />

R DEZ<br />

R DOM F FLORENCIANO<br />

PC CRISTO<br />

REDENTOR<br />

R MARIA<br />

FRANCISCA<br />

MARCON-<br />

DES<br />

R JOSE GIGLIO<br />

R JOSE GIGLIO<br />

R MARECHAL RONDON<br />

R JOSE<br />

BENEDITO<br />

SANTANA<br />

R MARIA<br />

FRANCISCA<br />

MARCONDES<br />

R FLORIVAL DE TOLEDO<br />

R FLORIVAL DE TOLEDO<br />

R EMBOABAS<br />

R SEBASTIAO<br />

FERREIRA<br />

ALBERNAS<br />

R IMACULADA CONCEICAO<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

R BELA VISTA<br />

R SAO CAETANO<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

R IMACULADA CONCEICAO<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

R BELA VISTA<br />

RLINDOIA<br />

R DOS ANDRADAS<br />

R CEL BENTO<br />

FURTADO<br />

R CEL BENTO<br />

FURTADO<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

R DOIS<br />

RQUATRO<br />

RDOZE<br />

R CLEIDE N<br />

ABAMARAL<br />

MARCOLINO<br />

R SEBASTIAO A GALVAO<br />

R MARIA LUIZA DA SILVA<br />

R PROF<br />

CLOVIS<br />

MINE<br />

R PAULO CAMILHE FLORENCIANO<br />

R LUIZ GAMA<br />

R BENTO SOARES DA MOTTA<br />

R CEL BENTO FURTADO<br />

R RIO DAS MORTES<br />

R RIO DAS MORTES<br />

R SALVADOR FARIA DE ALBERNAZ<br />

R CONDESSA DE VIMIEIRO<br />

R PROF DIANA ORTIZ<br />

R DAS<br />

MAGNOLIAS<br />

R DAS DALIAS<br />

R SAO CAETANO<br />

R DOS MANACAS<br />

R DAS PETUNIAS<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

R MONTE ALEGRE<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

R WALT DISNEY<br />

R MARIANA<br />

MATTOS HARDT<br />

R DAS SEMPRE<br />

VIVAS<br />

R AGAPANTOS<br />

R ENTRELISEAS<br />

RANTONIO<br />

S AREAD<br />

RDRNINAM<br />

RDRNINAM<br />

AV SAO PEDRO<br />

ANCISCO<br />

RR<strong>EIA</strong><br />

R. DR DIAULAS<br />

DE CASTRO<br />

R. AGNALDO<br />

RIBEIRO<br />

R ITACO-<br />

LOMI<br />

R ITACO-<br />

LOMI<br />

R ITACO-<br />

LOMI<br />

R MARIA<br />

FRANCISCA<br />

MARCONDES<br />

R ITACO-<br />

LOMI<br />

R MARIA<br />

FRANCISCA<br />

MARCONDES<br />

RT<br />

AV DOM PEDRO I<br />

RO<br />

RO<br />

AV DOM PEDRO I<br />

R MIGUEL<br />

DE SOUZA<br />

R RAUL AMBROGI<br />

R RAUL AMBROGI<br />

R ITACOLOMI<br />

R PARAISO<br />

R EMBOABAS<br />

R ITACOLOMI<br />

R PARAISO<br />

R EMBOABAS<br />

R VISCONDE<br />

DE MOSSORO<br />

AV SAO PEDRO<br />

AV SAO PEDRO<br />

R. CEL JOÃO<br />

AFONSO<br />

RVISCONDE<br />

DO MOSSORO<br />

RVISCONDE<br />

DO MOSSORO<br />

AV FRANCISCO GOMES VIEIRA<br />

R CATAGUAZES<br />

RGERALDO<br />

F. PATIO<br />

7.452.500<br />

444.000<br />

R EDWARD TEIXEIRA<br />

LJOAO AFONSO<br />

R EDWARD TEIXEIRA<br />

LJOAO AFONSO<br />

TRAV EDWARD<br />

TEIXEIRA<br />

MOREIRA<br />

R IMACULADA CONCEICAO<br />

R AUGUSTABASSO<br />

R AUGUSTABASSO<br />

R MOACIR DE<br />

ALVARENGA PEIXOTO<br />

R SAO JOSE<br />

R SAO JOSE<br />

RMALHUM<br />

ALENCAR CAST<br />

RJOSE M RUSSI<br />

R SAO CAETANO<br />

RLINDOIA<br />

RANTONIO<br />

B ZARRIA<br />

SOBRINHO<br />

R JOSE MONTEIRO DE OLIVEIRA<br />

R GERALDO<br />

BGUEDES<br />

RDOZE<br />

R DOIS<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

RQUATRO<br />

R BENTO SOARES DA MOTTA<br />

R CEL BENTO FURTADO<br />

R ESTER QUINTANILHA<br />

R GERALDO O ALMEIDA<br />

R JOSE MAZELLA<br />

R SERGIO LUCHIARI<br />

RLUIS ENETO<br />

R DAS MADRESSILVAS<br />

R DAS PETUNIAS<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

RDOS IPES<br />

R MANUEL<br />

DUQUE<br />

R OTACILO<br />

M SILVA<br />

R EVARISTO J BARBOSA<br />

R DOS MIOSOTIS<br />

RDAS SAMAMBAIAS<br />

R DAS SEMPRE<br />

VIVAS<br />

R DAS ORQUIDEAS<br />

R VITORIA REGIA<br />

R MONTE<br />

CLARO CESAR<br />

R SAO CAETANO<br />

R DOS SUSPIROS<br />

R SEBASTIAOORSELLIFRIGOLLI<br />

R JOSE<br />

SALVATTO<br />

R LUIS GUIMARAES<br />

R EVANDRO CAMPOS<br />

RADOLFO<br />

V PAULA<br />

R AGAPANTOS<br />

R VITORIA<br />

REGIA<br />

R ENTRELISEAS<br />

R DOS GIRASSOIS<br />

RDASMARGARIDAS<br />

RDOS CRISANTEMOS<br />

RDASTULIPAS<br />

R DAS PAPOULAS<br />

R DAS PAPOULAS<br />

R DAS<br />

MAGNOLIAS<br />

R DAS DALIAS<br />

R DOS JASMINS<br />

RDASGARDENIAS<br />

R DOS JASMINS<br />

RDASGARDENIAS<br />

R VITORIA REGIA<br />

R DAS AZAL<strong>EIA</strong>S<br />

R DAS CAMELIAS<br />

R ERNESTO FLORIANO DE SOUZA<br />

R DOS GERANIOS<br />

R DAS<br />

BONINAS<br />

R DAS<br />

HORTENCIAS<br />

R DOS ANTURIOS<br />

AV DR FELIX GUISARD FILHO<br />

AV DR FELIX GUISARD FILHO<br />

R MARIA<br />

RITA BASSO<br />

R FRANCISCO SIMOES<br />

CORREA ARAUJO<br />

R FRANCISCO SIMOES<br />

CORREA ARAUJO<br />

R DOS ACACIOS<br />

R DOS LIRIOS<br />

R VITORIA<br />

REGIA<br />

R DAS PRIMAVERAS<br />

R DOS GERANIOS<br />

R DOS LIRIOS<br />

R VITORIA<br />

REGIA<br />

443.000<br />

R MOISES<br />

CESARIO<br />

AV DR FELIX GUISARD FILHO<br />

AV DR FELIX GUISARD FILHO<br />

R CONSTANTINO<br />

FRUGOLI<br />

RIVANDE<br />

SOUZA<br />

OLIVEIRA<br />

R ANA PAULA<br />

FRANCISCO<br />

REMILIO<br />

CAPELLI<br />

R DOS MIOSOTIS<br />

R DAS PALMAS<br />

R DAS BEGONIAS<br />

R VITORIA REGIA<br />

R DOS MIOSOTIS<br />

R DAS PALMAS<br />

R DAS BEGONIAS<br />

RLOTUS<br />

R LUIZ QUINTINO<br />

DE SOUZA<br />

R ANTONIO<br />

MALOST<br />

R FRANCISCO SIMOES<br />

CORREA ARAUJO<br />

R SAO GONCALO<br />

R DO BELEM<br />

R SAO GONCALO<br />

R DO BELEM<br />

R ANTONIO BASTOS<br />

R PLINIO<br />

DOS SANTOS<br />

R M JOSE CURSINA<br />

DO PRADO<br />

AV MANOEL DOS SANTOS<br />

R IMACULADA<br />

CONCEICAO<br />

R MARIANA<br />

MATTOS HARDT<br />

R MONTE ALEGRE<br />

R CEL MARCONDES<br />

R CEL MARCONDES<br />

R IMACULADA CONCEICAO<br />

R DAS PRIMAVERAS<br />

R DAS CAMELIAS<br />

R ERNESTO FLORIANO DE SOUZA<br />

R DAS PRIMAVERAS<br />

R WALT DISNEY<br />

AV D PEDRO I<br />

R ITANHAEM<br />

R CEL<br />

MARCONDES<br />

R ERNESTO<br />

LEAO BRASIL<br />

R DO ROSARIO<br />

R JOSE DIAS<br />

DE CARVALHO<br />

R CEL<br />

MARCONDES<br />

R ERNESTO<br />

LEAO BRASIL<br />

R ITANHAEM<br />

R DO ROSARIO<br />

R JOSE DIAS<br />

DE CARVALHO<br />

R MIGUEL<br />

ALMEIDA<br />

CUNHA<br />

R MONSENHOR<br />

JOSE ALVES<br />

DE MOURA<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R MIGUEL<br />

ALMEIDA<br />

CUNHA<br />

R MONSENHOR<br />

JOSE ALVES<br />

DE MOURA<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R OTAVIANO COSTA VIEIRA<br />

R RUBENS<br />

CURSINO VIEIRA<br />

R JOSE DIAS DE CARVALHO<br />

R DA GLORIA<br />

AV DESEM PAULO<br />

DE OLIVEIRA COSTA<br />

R OTAVIANO COSTA VIEIRA<br />

R RUBENS<br />

CURSINO VIEIRA<br />

R JOSE DIAS DE CARVALHO<br />

R DA GLORIA<br />

AV DESEM PAULO<br />

DE OLIVEIRA COSTA<br />

R DAS PRIMAVERAS<br />

R DOS GERANIOS<br />

AV DESEM PAULO<br />

DE OLIVEIRA COSTA<br />

AV DESEM PAULO<br />

DE OLIVEIRA COSTA<br />

R DR REBOUCAS<br />

DE CARVALHO<br />

R DR REBOUCAS<br />

DE CARVALHO<br />

RAFONS<br />

7.452.500<br />

R DOMINGOS<br />

CORDEIRO GIL<br />

R MONSENHOR<br />

JOSE ALVES DE<br />

MOURA<br />

AV DESEM<br />

PAULO<br />

DE OLIVEIRA<br />

COSTA<br />

R DOMINGOS<br />

CORDEIRO GIL<br />

R MONSENHOR<br />

JOSE ALVES DE<br />

MOURA<br />

AV DESEM<br />

PAULO<br />

DE OLIVEIRA<br />

COSTA<br />

R HUMAITA<br />

RDRJORGEWINTHER<br />

R CEL GOMES<br />

NOGUEIRA<br />

RANTONINHO<br />

ROCHA MARMO<br />

TV JOSE BENEDITO<br />

RODRIGUES<br />

R MAL FLORIANO<br />

PEIXOTO<br />

RDRJORGEWINTHER<br />

R CEL GOMES<br />

NOGUEIRA<br />

RANTONINHO<br />

ROCHA MARMO<br />

TV JOSE BENEDITO<br />

RODRIGUES<br />

R MAL FLORIANO<br />

PEIXOTO<br />

R HUMAITA<br />

R ALBERTO<br />

GUISARD<br />

R CAP JACINTO<br />

PEREIRA DE BARROS<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

R ALBERTO<br />

GUISARD<br />

R HUMAITA<br />

R CAP JACINTO<br />

PEREIRA DE BARROS<br />

R MAL FLORIANO<br />

PEIXOTO<br />

R QUINTINO<br />

BOCAIUVA<br />

R HUMAITA<br />

R MAL FLORIANO<br />

PEIXOTO<br />

R QUINTINO<br />

BOCAIUVA<br />

R DR PEDRO COSTA<br />

R DR PEDRO COSTA<br />

AV SAUDADE<br />

0/BR-116<br />

AV DOS<br />

BANDEIRANTES<br />

OF JOSE<br />

O FERREIRA<br />

REDENÇAO<br />

SERRA<br />

R PAUL<br />

HARRIS<br />

ARAMOS<br />

ARAMOS<br />

CEL GOMES<br />

CEL GOMES<br />

R PROF MARIA<br />

ESCOLASTICA<br />

DE JESUS<br />

R 11<br />

OSE CANDIDO VITOR<br />

R JUDITH C<br />

GBARBOSA<br />

AV DAIS<br />

R TRES<br />

RDOIS<br />

R UM<br />

RMARIAF<br />

SENNE<br />

FERRARI<br />

R BENEDITO LEITE<br />

R MANOEL<br />

DOS SANTOS<br />

R JOSE DE ASSIS JUNIOR<br />

0/BR-116<br />

AUDADE<br />

AV DOS BANDEIRANTES<br />

AV SAUDADE<br />

AV DOS<br />

BANDEIRANTES<br />

OF JOSE<br />

O FERREIRA<br />

TRAV<br />

BELÉM<br />

CHILES GUILHERME GICLI<br />

A<br />

AVESIO<br />

RODOVIA PRES DUTRA/SP-60/BR-116<br />

R WIL<br />

CAMARG<br />

RPEDRO<br />

LORENO<br />

RVIRGI<br />

B<br />

R PEDRO<br />

LORENO<br />

DA<br />

BO<br />

RARN<br />

PERE<br />

R WALDE<br />

EST ESTADUAL RIO/ S<br />

EST VELHA RIO/SAO PAULO<br />

R GAL EDGARD MONTEIRO SAMPAIO<br />

AV DR FELIX GUISARD FILHO<br />

AV DR FELIX GUISARD FILHO<br />

AV DR FELIX GUISARD FILHO<br />

AV DR FELIX GUISARD FILHO<br />

RUM<br />

RUM<br />

RUM<br />

RUM<br />

R JOSE MARCONDES<br />

R DO BOSQUE<br />

AL SANTA ISABEL<br />

AL SANTA ISABEL<br />

R DO BOSQUE<br />

AL SANTA ISABEL<br />

R DO BOSQUE<br />

AL SANTA ISABEL<br />

R DO BOSQUE<br />

R ALVARO BARBOSA LIMA NETO<br />

R DR LAURO AUGUSTO DE ALMEIDA<br />

R PADRE DE RAMON ORTIZ<br />

R BENEDITO FILADELFO DASILVA<br />

R IRINEU CARDOSO MALTA<br />

R EDUARDO PEREIRA VIANNA<br />

R ABDO MIGUEL KATHER<br />

R DR JOSE VENCESLAU JUNIOR<br />

RANTONIO<br />

MELO JR<br />

R DR JOAO<br />

GUILHERME<br />

D COSTA<br />

R SEBASTIAO<br />

GONÇALO DE OLIVEIRA<br />

R RUBENS PELLICIOTE<br />

R DR FLAIR CARLOS<br />

DE O ARMANI<br />

R JOAO FONDELO<br />

R GERALDO MOLICA<br />

R HILDA LOPES CARVALHO<br />

RDRFRANCISCO SOARES MEIRELLES<br />

R SAVEIRO ANGARANO NETTO<br />

RSETE<br />

RDRRAULGUISARD<br />

R LAFAERTE RODRIGUES PEREIRA<br />

R ALVARO BARBOSA LIMA NETO<br />

R MONSENHOR CICERO DE ALVARENGA<br />

R MILTON CORNELIO DOS SANTOS<br />

R FRANCISCO DE SOUZA TERRAS<br />

RALCEUAMO<br />

R DO LAGO<br />

R DA BARRAGEM<br />

R DA BARRAGEM<br />

R DO LAGO<br />

R DO LAGO<br />

R DA BARRAGEM<br />

R DA BARRAGEM<br />

R DO LAGO<br />

7.449.500<br />

442.0<br />

RG<br />

RG<br />

RG<br />

RG<br />

R G<br />

R G<br />

R G<br />

R G<br />

R ONZE<br />

R ONZE<br />

R ONZE<br />

R ONZE<br />

R CINCO<br />

R OITO<br />

RTRES<br />

R CINCO<br />

R OITO<br />

RTRES<br />

R OITO<br />

RTRES<br />

R CINCO<br />

R CINCO<br />

R OITO<br />

RTRES<br />

RTRES<br />

RTRES<br />

RTRES<br />

RTRES<br />

RUM<br />

R DEZ<br />

RUM<br />

R DEZ<br />

R NOVE<br />

RUM<br />

R NOVE<br />

R DEZ<br />

R NOVE<br />

RUM<br />

R DEZ<br />

R NOVE<br />

R DR JOSE VENCESLAU JUNIOR<br />

R NOVE<br />

EST MUNICIPAL<br />

DO BARREIRO<br />

R NOVE<br />

R DR WILSON ALVES DE CARVALHO<br />

R JOSE FRANCISCO<br />

MARCONDES GIL<br />

RUM<br />

RUM<br />

RUM<br />

RUM<br />

R S<br />

OTO<br />

R. ANTONIO<br />

VES DOS SANTOS<br />

RA<br />

443.000<br />

R3<br />

R7<br />

R 8<br />

VIELA<br />

R UM<br />

R 2<br />

RUM<br />

R 17 R 17<br />

R18<br />

R 4<br />

R 4<br />

R5<br />

R 6<br />

RUM<br />

R 14<br />

R 15<br />

R 16<br />

R 2<br />

R12<br />

R 13<br />

ESTR DE ITAPECIRICA<br />

DE BAIXO<br />

ESTR DE ITAPECIRICA<br />

DE BAIXO<br />

R DO CAMPO<br />

RTRES<br />

R DO CAMPO<br />

RTRES<br />

AV DR FELIX<br />

GUISARD FILHO<br />

R DO CAMPO<br />

RTRES<br />

R DO CAMPO<br />

RTRES<br />

RALCIDES<br />

GONÇALVES<br />

OLIVEIRA<br />

R DR JOAO VENCESLAU JUNIOR<br />

R ULISSES CARLOS<br />

SCHIMIDT<br />

R EDGARD P VIANNA<br />

ESTRADA ESTADUAL ANTONIO DE ANGELIS<br />

H<br />

ESTR DE ITAPECIRICA<br />

DE BAIXO<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

SEM ESCALA<br />

FIGURA 5.3-11<br />

FIGURA 5.3-11<br />

A sede municipal dista aproximadamente 4km do Gasoduto<br />

Caraguatatuba-Taubaté e a extensão do Gasoduto que atravessa o<br />

município é de km.<br />

6,10<br />

MAPA-CHAVE<br />

TAUBATÉ (SP)<br />

VETORES DE CRESCIMENTO<br />

URBANO E ECONÔMICO<br />

LEGENDA:<br />

VETOR DE CRESCIMENTO<br />

LIMITE DA ZONA URBANA<br />

LIMITE MUNICIPAL<br />

GASODUTO<br />

SEDE MUNICIPAL<br />

AII DOS MEIOS FISICO E BIOTICO<br />

REDENÇÃO<br />

DA SERRA<br />

REDENÇÃO<br />

DA SERRA<br />

TAUBATÉ<br />

PINDAMONHANGABA<br />

85<br />

Km 96,9<br />

Km 96,9<br />

CAÇAPAVA<br />

4,00km<br />

SÃO LUIS DO<br />

PARATINGA<br />

SÃO LUIS DO<br />

PARATINGA<br />

JAMBEIRO<br />

95<br />

90<br />

80<br />

Rodovia Presidente Dutra<br />

ZONA DE EXPANSÃO URBANA<br />

ZEU<br />

Rodovia Presidente Dutra<br />

ZEU<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

5.3-34 ABRIL / 2006<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

P/ Caçapava<br />

P/ Caçapava<br />

P/ Pindamonhangaba<br />

P/ Pindamonhangaba<br />

Expansão urbana<br />

do bairro rural<br />

Barreiro, este último localizado<br />

a cerca de 8km<br />

.<br />

no sentido<br />

do Gasoduto e<br />

da sede<br />

municipal


Municípios<br />

Caraguatatuba<br />

(Figura 5.3-6)<br />

Paraibuna<br />

(Figura 5.3-7)<br />

Jambeiro<br />

(Figura 5.3-8)<br />

São José dos<br />

Campos<br />

(Figura 5.3-9)<br />

Caçapava<br />

(Figura 5.3-10)<br />

Taubaté<br />

(Figura 5.3-11)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-9 – Vetores de Crescimento<br />

Vetores de crescimento<br />

Urbano Industrial<br />

A área onde estará localizado<br />

o Gasoduto é a única para<br />

onde o município poderá se<br />

expandir, de acordo com os<br />

gestores locais.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Distância da sede<br />

municipal em<br />

relação ao duto<br />

– 1,75 km<br />

Sem informação. Sem informação. 3,07 km<br />

O município cresce no<br />

entorno da área urbana,<br />

distante do Gasoduto.<br />

A Estrada do Cajuru é um<br />

importante eixo de<br />

crescimento urbano. Há<br />

loteamento clandestino no<br />

entorno. Também há<br />

tendência de crescimento em<br />

direção à zona leste do<br />

município, região antes<br />

ocupada de forma irregular.<br />

Caçapava Velha e os bairros<br />

do município estão se<br />

expandindo e tendem a se<br />

tornarem contíguos. A área<br />

de expansão urbana<br />

contemplará um raio de 1km<br />

do perímetro urbano atual.<br />

O município cresce em<br />

direção ao bairro rural<br />

Barreiro, localizado a cerca<br />

de 8km da sede municipal e<br />

por onde passará o Gasoduto.<br />

Previsão de<br />

crescimento do<br />

Distrito Industrial de<br />

Jambeiro, localizado<br />

nas proximidades da<br />

Rodovia dos Tamoios,<br />

em direção à sede do<br />

município.<br />

A Via Dutra é o<br />

principal vetor de<br />

crescimento industrial,<br />

embora o alto custo do<br />

investimento na área<br />

iniba médios e<br />

pequenos<br />

empreendimentos. Há<br />

perspectiva de<br />

instalação de novas<br />

zonas industriais<br />

distantes do entorno da<br />

Dutra.<br />

Há proposta de<br />

instalação de uma zona<br />

industrial nas<br />

proximidades do<br />

Gasoduto, no bairro de<br />

Piedade. Estão<br />

disputando com<br />

Taubaté a criação de<br />

um Autódromo.<br />

(____) Não há previsão de crescimento.<br />

Fonte: BIODINÂMICA, entrevistas realizadas com gestores locais, outubro de 2005.<br />

6,97 km<br />

O Gasoduto será<br />

implantado em área<br />

de periferia urbana.<br />

3,75 km<br />

– 4,00 km<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-35 ABRIL / 2006


c. Atividades Econômicas<br />

(1) Aspectos gerais<br />

• Estado de São Paulo<br />

Caracterizado como o Estado mais desenvolvido do País, respondendo sozinho por<br />

aproximadamente um terço do PIB, São Paulo tem como base de sua economia a<br />

agropecuária, o comércio, os serviços e a indústria.<br />

Seu parque industrial apresenta, hoje, alto grau de evolução e diversificação, sendo<br />

responsável por cerca de 40% da produção industrial brasileira. A desagregação dos dados<br />

industriais permite observar melhor o peso da indústria do Estado de São Paulo no contexto<br />

nacional, conforme demonstrado no Quadro 5.3-10.<br />

Ademais, o Estado possui mais de 190 mil quilômetros plantados, entre culturas, pastagens e<br />

florestas com aproveitamento econômico. Responde por um terço do PIB agroindustrial do<br />

Brasil e está entre os maiores produtores mundiais de suco de laranja, soja, cana-de-açúcar e<br />

café. Na pecuária, destaca-se a produção de frangos — São Paulo é o segundo maior produtor<br />

nacional.<br />

Apesar disso, ou seja, da importância da participação dos Setores Primário, 8%, e Secundário,<br />

41%, na economia paulista, as atividades de comércio e serviços respondem por mais de 51%<br />

do PIB estadual — só no segmento bancário, por exemplo, são mais de cinco mil agências.<br />

Quadro 5.3-10 - Participação de São Paulo na Indústria Nacional, 2000<br />

Variáveis Selecionadas Participação na Indústria Nacional (%)<br />

Número de Indústrias 34,8<br />

Pessoal Ocupado na Indústria 38,6<br />

Salários na Indústria 51,6<br />

Receita de Vendas 45,8<br />

Valor da Transformação Industrial 45,3<br />

Fonte: Pesquisa Industrial Anual – PIA/IBGE, 2000.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-36 ABRIL / 2006


• Municípios da Área de Influência Indireta<br />

Quando considerada a Área de Influência Indireta em questão, observa-se que o peso do Setor<br />

Primário na economia (0,42%) é bem menor que o observado para a totalidade do estado<br />

(7,83%) e que o valor agregado do Setor Secundário prepondera sobre os demais em quatro<br />

dos seis municípios em destaque. A participação do Setor Secundário no valor agregado da<br />

AII (70,30%) é aproximadamente 30 pontos percentuais maior que a verificada no Estado de<br />

São Paulo. O Setor Terciário, por sua vez, responde por menos de um terço do valor agregado<br />

da AII, apesar de ser esse o setor mais importante nas cidades de Caraguatatuba e Paraibuna,<br />

como se pode observar no Quadro 5.3-11, a seguir.<br />

Quadro 5.3-11 - Valor Agregado Por Grande Setor de Atividade, 2002<br />

Estado/Municípios<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Valor Agregado em Milhões<br />

Primário Secundário Terciário Total<br />

São Paulo 32.519,50 169.062,16 213.733,26 415.314,92<br />

Caraguatatuba 4,00 101,91 315,48 421,39<br />

Paraibuna 7,66 29,10 42,45 79,21<br />

Jambeiro 2,54 129,10 28,06 159,70<br />

São José dos Campos 14,80 9.447,97 3.247,91 12.710,68<br />

Caçapava 11,59 579,88 302,26 893,73<br />

Taubaté 33,29 1.983,46 1.198,72 3.215,47<br />

AII 73,88 12.271,42 5.134,88 17.480,18<br />

Fonte: Fundação SEADE-SP, 2002<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-37 ABRIL / 2006


Cabe ressaltar que o comportamento diferenciado dos municípios da AII, com relação à<br />

divisão do valor agregado por grandes setores da economia, justifica-se, entre outros fatores,<br />

pelos de atração à instalação de indústrias subjacentes a alguns dos municípios da área, como:<br />

• a proximidade com a Rodovia Presidente Dutra, que liga os dois maiores mercados<br />

consumidores de produtos manufaturados e semimanufaturados do País — as cidades de<br />

São Paulo e Rio de Janeiro;<br />

• o fácil acesso a três dos mais importantes portos do País — Rio de Janeiro, Sepetiba e<br />

Santos.<br />

O Quadro 5.3-12 e a Figura 5.3-12, elaborados a partir das informações do Cadastro Central<br />

de Empresas 6 do IBGE, permitem observar a existência de 1.602.295 estabelecimentos<br />

produtivos formalmente registrados no Estado de São Paulo, dos quais apenas 0,42% se<br />

localiza na AII. Destaca-se a cidade de São José dos Campos, que conta com 57% dos mais<br />

de 36.000 estabelecimentos existentes na AII. Jambeiro é a cidade que apresenta menor<br />

número de unidades locais, segundo o Cadastro do IBGE: 141 estabelecimentos.<br />

6 O Cadastro Central de Empresas – CEMPRE, 2002 – é composto por dados de empresas e unidades locais<br />

formalmente constituídas, registradas no CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. Sua atualização deriva<br />

de pesquisas do IBGE, nas áreas de Indústria, Comércio e Serviços e de registros administrativos, por meio da<br />

Relação Anual de Informações Sociais – RAIS.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-38 ABRIL / 2006


Estado/Municípios<br />

Total<br />

Agricultura, pecuária,<br />

silvicultura e exploração<br />

florestal<br />

Pesca<br />

Indústrias<br />

extrativas<br />

Indústrias de<br />

transformação<br />

Produção e<br />

distribuição de<br />

eletricidade, gás e água<br />

Construção<br />

Comércio; reparação de<br />

veículos automotores,<br />

objetos pessoais e<br />

domésticos<br />

Alojamento e<br />

alimentação<br />

Transporte,<br />

armazenagem e<br />

comunicações<br />

Intermediação<br />

financeira<br />

Atividades imobiliárias,<br />

aluguéis e serviços<br />

prestados às empresas<br />

Administração<br />

pública, defesa e<br />

seguridade social<br />

São Paulo 1.602.295 10.914 440 2.642 148.722 1.723 35.532 749.942 129.242 66.996 30.415 262.586 2.394 23.190 33.566 103.991<br />

Caraguatatuba 3.649 3 1 7 118 6 82 1.970 624 59 28 432 3 33 35 248<br />

Paraibuna 724 17 2 6 86 1 11 302 124 13 4 97 3 3 10 45<br />

Jambeiro 141 7 0 0 17 1 4 54 13 15 1 14 0 0 2 13<br />

São José dos Campos 20.887 31 0 22 1.139 18 625 10.170 1.638 910 332 3.600 20 439 605 1.338<br />

Caçapava 2.410 9 1 29 171 2 26 1.380 256 62 24 165 4 34 70 177<br />

Taubaté 8.393 16 5 22 457 2 116 4.792 740 329 93 797 14 205 298 507<br />

AII 36.204 83 9 86 1.988 30 864 18.668 3.395 1.388 482 5.105 44 714 1.020 2.328<br />

Fonte: IBGE - Cadastro Central de Empresas, 2002<br />

Legenda:<br />

S. PRIMÁRIO SETOR SECUNDÁRIO<br />

São Paulo<br />

Caraguatatuba<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

São José dos Campos<br />

Caçapava<br />

Taubaté<br />

AII<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUADRO 5.3-12<br />

NÚMERO DE UNIDADES LOCAIS, 2002<br />

FIGURA 5.3-12<br />

UNIDADES LOCAIS, 2002<br />

SETOR TERCIÁRIO<br />

0% 20% 40% 60% 80% 100%<br />

Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário<br />

Educação<br />

Saúde e<br />

serviços<br />

sociais<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-39 ABRIL / 2006<br />

Outros serviços<br />

coletivos, sociais e<br />

pessoais


É importante observar que, de acordo com esse mesmo cadastro, existem 10.557.081<br />

trabalhadores ocupados no Estado de São Paulo. Desses, 2,36% estão situados na AII,<br />

destacando-se a cidade de São José dos Campos que responde por 61,49% das ocupações nos<br />

estabelecimentos formais da área (Quadro 5.3-13 e Figura 5.3-13).<br />

A seguir, apresenta-se análise mais detalhada dos Setores Primário, Secundário e Terciário e<br />

do mercado formal de trabalho na AII.<br />

(2) Setor Primário<br />

Segundo informações divulgadas no Cadastro Central de Empresas, 92 unidades locais<br />

atuavam no Setor Primário da AII, em 2002, nove das quais vinculadas a atividades de pesca<br />

e 83, à agropecuária. São José dos Campos era a cidade que respondia por um terço das<br />

unidades do setor, todas dedicadas à agropecuária, enquanto Caraguatatuba somava apenas 4<br />

do total de unidades da AII, sendo somente uma delas ligada ao segmento da pesca.<br />

É importante ressaltar, no entanto, que tais informações devem ser lidas com cautela, pois<br />

podem não refletir de forma exata a realidade do Setor Primário na AII. As informações<br />

utilizadas para análise do número de unidades locais tratam exclusivamente dos<br />

estabelecimentos registrados no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ. Dados do<br />

último Censo Agropecuário realizado no Brasil (Quadro 5.3-14 e Figura 5.3-14), permitem<br />

inferir que existiam 1.329 estabelecimentos agropecuários produtivos nessa área,<br />

formalizados e não formalizados, perfazendo 0,61% do total de estabelecimentos produtivos<br />

agropecuários computados no estado.<br />

A distribuição das unidades agropecuárias entre os municípios da AII é semelhante nas duas<br />

pesquisas referidas: o Cadastro Central de Empresas e o Censo Agropecuário de 1996.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-40 ABRIL / 2006


Estado/Municípios<br />

Total<br />

Agricultura,<br />

pecuária,<br />

silvicultura e<br />

exploração<br />

florestal<br />

Pesca<br />

Indústrias<br />

extrativas<br />

Indústrias de<br />

transformação<br />

Produção e<br />

distribuição de<br />

eletricidade,<br />

gás e água<br />

Construção<br />

Comércio; reparação<br />

de Veículos<br />

Automotores, objetos<br />

pessoais e<br />

domésticos<br />

Alojamento e<br />

alimentação<br />

Transporte,<br />

armazenagem e<br />

comunicações<br />

Intermediação<br />

financeira<br />

Atividades<br />

imobiliárias,<br />

aluguéis e serviços<br />

prestados às<br />

empresas<br />

Administração<br />

pública, defesa e<br />

seguridade social<br />

Educação<br />

Outros serviços<br />

Saúde e<br />

coletivos, sociais<br />

serviços sociais<br />

e pessoais<br />

São Paulo 10.557.081 122.053 916 17.190 2.224.969 59.847 357.400 2.414.829 439.697 577.456 279.964 1.481.509 1.411.345 347.293 397.784 424.829<br />

Caraguatatuba 13.339 64 X 10 420 146 206 5.174 1.419 602 167 1.453 1.923 381 633 741<br />

Paraibuna 3.089 53 X 12 239 X 31 585 358 28 22 994 636 6 58 67<br />

Jambeiro 1.535 82 - - 664 X 335 86 80 43 X 217 - - - 28<br />

São José dos Campos 153.326 204 - 91 42.890 478 6.243 33.858 6.531 6.348 2.672 21.564 14.916 5.068 6.005 6.458<br />

Caçapava 13.589 7 X 197 5.098 X 229 3.630 613 7 239 672 1.314 429 752 402<br />

Taubaté 63.959 66 8 310 17.176 X 1.135 14.783 2.816 2.824 852 11.361 3.881 3.461 3.136 2.150<br />

AII 248.837 476 8 620 66.487 624 8.179 58.116 11.817 9.852 3.952 36.261 22.670 9.345 10.584 9.846<br />

Fonte: IBGE - Cadastro Central de Empresas -2002<br />

Os dados com menos de 3 (três) informantes estão desidentificados com o carácter X.<br />

Legenda:<br />

QUADRO 5.3-13<br />

PESSOAL OCUPADO, 2002<br />

S. PRIMÁRIO SETOR SECUNDÁRIO SETOR TERCIÁRIO<br />

São Paulo<br />

Caraguatatuba<br />

Jambeiro<br />

Paraibuna<br />

São José dos Campos<br />

Taubaté<br />

AII<br />

FIGURA 5.3-13<br />

PESSOAL OCUPADO, 2002<br />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%<br />

Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong> 5.3-41<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


CONDIÇÃO DO PRODUTOR, 1996<br />

Estado/Municípios<br />

Total<br />

Estab. Área (ha)<br />

Proprietário<br />

Estab. Área (ha)<br />

Arrendatário<br />

Estab. Área (ha)<br />

Parceiro<br />

Estab. Área (ha)<br />

Ocupante<br />

Estab. Área (ha)<br />

São Paulo 218.016 17.369.204 179.058 15.665.688 18.648 1.170.203 10.780 363.145 9.530 170.168<br />

Caraguatatuba 31 2.091 28 1.990 3 101 0 0 0 0<br />

Paraibuna 269 30.843 227 26.714 34 3.732 1 12 7 385<br />

Jambeiro 108 12.754 93 11.380 12 1.125 1 58 2 191<br />

São José dos Campos 427 39.196 362 33.284 51 5.439 2 49 12 424<br />

Caçapava 174 13.166 149 12.103 15 872 2 82 8 109<br />

Taubaté 320 34.263 285 30.764 33 3.443 1 44 1 12<br />

AII 1.329 132.312 1.144 116.234 148 14.712 7 245 30 1.121<br />

Fonte: IBGE - Censo Agropecuário, 1996.<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

Legenda:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

São Paulo<br />

Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante<br />

Caraguatatuba<br />

Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante<br />

Paraibuna<br />

Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante<br />

Jambeiro<br />

Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante<br />

QUADRO 5.3-14<br />

FIGURA 5.3-14<br />

CONDIÇÃO DO PRODUTOR, 1996 (%)<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

Estabelecimentos Área (ha)<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

São José dos Campos<br />

Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante<br />

Caçapava<br />

Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante<br />

Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante<br />

Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-42 ABRIL / 2006<br />

AII<br />

Taubaté


De acordo com as informações do Censo, a cidade de São José dos Campos detinha 32,13%<br />

das propriedades; Taubaté outros 24,08% e, no extremo oposto, com o menor número de<br />

estabelecimentos, Caraguatatuba, 2,33%.<br />

Com relação ao pessoal ocupado nas unidades formais do Setor Primário (Quadro 5.3-13 e<br />

Figura 5.3-13), as informações disponíveis indicam a existência de 484 trabalhadores na AII,<br />

0,4% do total observado em São Paulo. São José dos Campos responde por 42,15% das vagas<br />

do Setor Primário no conjunto da AII 7 .<br />

No que diz respeito à Condição do Produtor, observa-se, a partir da análise do Quadro 5.3-14<br />

e da Figura 5.3-14, uma preponderância das unidades produtivas administradas por<br />

proprietários, acima de 80%, no estado e na AII, consideradas tanto a quantidade dos<br />

estabelecimentos quanto a extensão de área ocupada.<br />

Os números indicam, além disso, que a condição de arrendatário é mais presente na AII que<br />

no Estado de São Paulo, excetuados os municípios de Caçapava e Caraguatatuba, que<br />

apresentam situação distinta — percentual de arrendatários menor que o observado em nível<br />

estadual. Registra-se que os estabelecimentos produtivos administrados por parceiros ou<br />

ocupantes somam menos de 10% da área do estado e 2,8% da área da AII, e respondem por<br />

3,1% e 1,0% das unidades locais, respectivamente.<br />

No que diz respeito ao tamanho das propriedades, pode-se inferir que uma unidade produtiva<br />

da AII é, em média, 25% maior, em termos de área territorial, que a observada no Estado de<br />

São Paulo como um todo. O município de Caraguatatuba é o único da AII que apresenta área<br />

média das propriedades menor que a observada no estado.<br />

A análise das informações disponíveis acerca da estrutura fundiária (dados do último Censo<br />

Agropecuário) revela uma similaridade entre a estrutura fundiária do Estado de São Paulo e a<br />

observada na AII. Os estabelecimentos com 100 ou mais hectares, por exemplo, somam 74%<br />

e 76% da área total do estado e da AII, respectivamente (Quadro 5.3-15 e Figura 5.3-15).<br />

7 Há que destacar que o IBGE não divulgou os dados de pessoal ocupado na atividade de pesca para os municípios de<br />

Caçapava, Caraguatatuba e Paraibuna porque, nessas cidades, havia menos de três informantes. Esse é um dos<br />

critérios utilizados pelo IBGE para decidir sobre a divulgação ou não da informação.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-43 ABRIL / 2006


A diferença é que, no Estado de São Paulo, predominam, em termos de área total, os<br />

estabelecimentos com 500 ou mais hectares e, na região em destaque, sobressaem as unidades<br />

com área entre 100 e 500 hectares.<br />

Quando observados os seis municípios em separado, nota-se que Caraguatatuba é o que<br />

apresenta a menor concentração fundiária, com as unidades de menor porte, até 100 hectares,<br />

somando 39% da área total. A cidade que apresenta a maior concentração é Paraibuna, onde<br />

as propriedades com até 100 hectares agregam apenas 20% da área total.<br />

Com relação à utilização das terras (Quadro 5.3-16 e Figura 5.3-16), a atividade que mais se<br />

destaca é a pecuária, que ocupa 52,17% da área rural do Estado de São Paulo e 58,41% da<br />

área rural da AII. Entretanto, enquanto no estado prevalecem as áreas ocupadas com<br />

pastagens plantadas (mais de 40%), na AII há predomínio de pastagens naturais (35,51% da<br />

área). Os municípios analisados, Caçapava e São José dos Campos, apresentam as maiores<br />

participações relativas das áreas ocupadas com pastagens. Em nenhum dos municípios que<br />

integram a AII, a área ocupada com as pastagens plantadas é maior do que aquela ocupada<br />

com pastagens naturais.<br />

Destaca-se ainda a ocupação da área rural na AII por matas e florestas, artificiais e naturais,<br />

com total de 27,2%, com pequena vantagem das primeiras sobre as segundas, como<br />

decorrência da situação observada nos municípios de Jambeiro e Paraibuna. Nesses dois<br />

municípios, há, respectivamente, 21,04% e 21,64% de área rural ocupada por matas e<br />

florestas artificiais, em virtude da existência de grandes plantações de eucaliptos que<br />

abastecem uma fábrica de papel e celulose implantada na região.<br />

As lavouras temporárias, que, no estado, ocupam 23,69% da área rural, respondem por apenas<br />

7,00% da AII, embora estejam associados a esse tipo de lavoura 17,69% dos estabelecimentos<br />

formais. Ressalta-se que essa discrepância entre a área ocupada e o número de<br />

estabelecimentos com lavouras temporárias é indicador de que esse tipo de lavoura está<br />

concentrado em propriedades de menor tamanho que as relacionadas aos demais tipos de usos<br />

do solo. Apesar disso, ou seja, mesmo ocupando uma área muito menor em termos relativos<br />

que a observada no Estado de São Paulo, as lavouras temporárias destacam-se por seus altos<br />

rendimentos (kg/ha), conforme observado no Quadro 5.3-17 e na Figura 5.3-17. Das cinco<br />

culturas analisadas, apenas a cana-de-açúcar apresenta, quando considerado o conjunto da<br />

AII, rendimento médio inferior ao observado na totalidade do estado.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-44 ABRIL / 2006


Total Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais<br />

Estabelecimento sem<br />

declaração de área<br />

São Paulo<br />

Estabelecimento 218.016 65.303 93.610 25.599 27.666 5.582 256<br />

Área (ha) 17.369.204 307.645 2.294.916 1.821.948 5.773.764 7.170.932 -<br />

Caraguatatuba<br />

Estabelecimento 31 7 16 4 3 1 -<br />

Área (ha) 2.091 25 469 326 666 605 -<br />

Paraibuna<br />

Estabelecimento 269 45 109 41 68 6 -<br />

Área (ha) 30.843 204 2.993 3.004 13.980 10.663 -<br />

Jambeiro<br />

Estabelecimento 108 15 33 26 29 5 -<br />

Área (ha)<br />

São José dos Campos<br />

12.754 92 860 1.944 5.395 4.463 -<br />

Estabelecimento 427 87 178 68 83 11 -<br />

Área (ha)<br />

Caçapava<br />

39.196 343 4.647 5.155 17.608 11.441 -<br />

Estabelecimento 174 62 54 21 31 6 -<br />

Área (ha)<br />

Taubaté<br />

13.166 207 1.292 1.558 6.598 3.510 -<br />

Estabelecimento 320 58 110 69 73 10 -<br />

Área (ha)<br />

AII<br />

34.263 304 2.760 5.221 16.309 9.670 -<br />

Estabelecimento 1.329 274 500 229 287 39 -<br />

Área (ha) 132.312 1.174 13.021 17.208 60.556 40.352 -<br />

Fonte: IBGE - Censo Agropecuário, 1996<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

-20<br />

-40<br />

-60<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

-20<br />

-40<br />

-60<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

-20<br />

-40<br />

-60<br />

Estado e Municípios<br />

Legenda:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUADRO 5.3-15<br />

ESTRUTURA FUNDIÁRIA, 1996<br />

FIGURA 5.3-15<br />

Grupos de área total<br />

ESTRUTURA FUNDIÁRIA, 1996 (%)<br />

São Paulo<br />

Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais Sem declaração de área<br />

Caraguatatuba<br />

Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais Sem declaração de área<br />

Paraibuna<br />

Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais Sem declaração de área<br />

Estabelecimento Área (ha)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-45 ABRIL / 2006


80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

-20<br />

-40<br />

-60<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

0<br />

-20<br />

-40<br />

-60<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

-20<br />

-40<br />

-60<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

-20<br />

-40<br />

-60<br />

0<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

-20<br />

-40<br />

-60<br />

Legenda:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

FIGURA 5.3-15<br />

ESTRUTURA FUNDIÁRIA, 1996 (%)<br />

Jambeiro<br />

Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais Sem declaração de área<br />

São José dos Campos<br />

Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais Sem declaração de área<br />

Caçapava<br />

Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais Sem declaração de área<br />

Taubaté<br />

Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais Sem declaração de área<br />

AII<br />

Até 10 ha 10 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 100 a menos de 500 500 e mais Sem declaração de área<br />

Estabelecimento Área (ha)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

5.3-46<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


QUADRO 5.3-16<br />

UTILIZAÇÃO DAS TERRAS, 1996<br />

Estado/Municípios<br />

Total Lavouras permanentes Lavouras temporárias<br />

Temporárias em<br />

descanso<br />

Pastagens naturais Pastagens plantadas<br />

Matas e florestas<br />

naturais<br />

Matas e florestas<br />

artificiais<br />

Terras produtivas não<br />

utilizadas<br />

Terras<br />

inaproveitáveis<br />

Estab. Área(ha) Estab. Área(ha) Estab. Área(ha) Estab. Área(ha) Estab. Área(ha) Estab. Área(ha) Estab. Área(ha) Estab. Área(ha) Estab. Área(ha) Estab. Área(ha)<br />

São Paulo 648.260 17.369.204 76.879 1.368.614 122.460 3.887.554 16.147 227.990 60.928 2.006.431 111.416 7.055.823 64.843 1.352.379 25.328 597.000 12.898 154.664 157.361 718.749<br />

Caraguatatuba 85 2.091 4 12 13 94 9 65 16 382 9 349 10 610 3 7 17 515 4 56<br />

Paraibuna 856 30.843 24 96 86 776 21 187 180 11.431 99 4.852 142 4.200 47 6.673 47 1.460 210 1.167<br />

Jambeiro 364 12.754 15 93 44 521 9 158 84 4.062 61 3.289 65 1.212 14 2.684 5 27 67 710<br />

São José dos Campos 1.217 39.196 35 181 171 1.524 35 426 296 13.607 203 10.295 201 6.261 45 5.209 32 180 199 1.514<br />

Caçapava 432 13.166 29 229 65 1.095 32 449 114 4.904 54 4.076 40 733 20 1.159 13 91 65 430<br />

Taubaté 1.415 34.263 108 219 239 3.202 49 761 277 12.601 119 7.431 194 4.214 58 3.052 60 1.298 311 1.484<br />

AII 4.369 132.312 215 831 618 7.212 155 2.046 967 46.987 545 30.292 652 17.229 187 18.783 174 3.570 856 5.361<br />

Fonte: IBGE - Censo Agropecuário, 1996.<br />

45,0<br />

40,0<br />

35,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

45,0<br />

40,0<br />

35,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

FIGURA 5.3-16<br />

UTILIZAÇÃO DAS TERRAS, 1996 (%)<br />

Estabelecimentos<br />

Permanentes Temporárias Temp. em descanso PastagensNaturais Plantadas Matas Naturais Artificiais Produtivas não utilizadas Inaproveitáveis<br />

LAVOURAS PASTAGENS MATAS E FLORESTAS<br />

Permanentes Temporárias Temp. em descanso PastagensNaturais Plantadas Matas Naturais Artificiais Produtivas não utilizadas Inaproveitáveis<br />

LAVOURAS PASTAGENS MATAS E FLORESTAS<br />

São Paulo Caraguatatuba Paraibuna Jambeiro São José dos Campos Caçapava Taubaté AII<br />

Área<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-47 ABRIL/ 2006


Estado/Municípios<br />

Quant. (t) Área (ha) Rend. (kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (kg/ha)<br />

São Paulo 102.020 3.180.859 32 227.980.860 5.371.020 42.446 303.190 4.090.568 74 864.230 1.633.568 529 4.732.040 12.965.678 365 764.900 63.479 12.050<br />

Caraguatatuba - - - - - - - - - - - - - - - - - -<br />

Paraibuna - - - 12.000 150 80.000 114 100 1.140 600 40 15.000 1.820 390 4.667 5.544 60 92.400<br />

Jambeiro 12 5 2.400 - - - 144 180 800 50 5 10.000 160 80 2.000 - - -<br />

São José dos Campos 1.080 300 3.600 6.000 200 30.000 350 350 1.000 3.250 150 21.667 1.700 340 5.000 - - -<br />

Caçapava 4.320 1.200 3.600 24.000 800 30.000 893 480 1.860 340 60 5.667 30 30 1.000 - - -<br />

Taubaté 4.200 1.000 4.200 - - - 2.691 1.550 1.736 585 39 15.000 16.600 3.500 4.743 1.500 20 75.000<br />

AII 9.612 2.505 3.837 42.000 1.150 36.522 4.192 2.660 1.576 4.825 294 16.412 20.310 4.340 4.680 7.044 80 88.050<br />

Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2003<br />

FIGURA 5.3-17<br />

LAVOURA TEMPORÁRIA, 2003 (Rendimento)<br />

100.000<br />

90.000<br />

80.000<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

Arroz<br />

Cana-deaçucar<br />

100.000<br />

90.000<br />

80.000<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

0<br />

Arroz Cana-de-açúcar<br />

Arroz<br />

São José dos Campos<br />

Feijão<br />

Mandioca<br />

Milho<br />

Cana-deaçucar<br />

Tomate<br />

São Paulo<br />

Feijão<br />

Mandioca<br />

100.000<br />

90.000<br />

80.000<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

Milho<br />

0<br />

Arroz<br />

Tomate<br />

Cana-deaçucar<br />

Feijão<br />

Caçapava<br />

Mandioca<br />

100.000<br />

90.000<br />

80.000<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

Milho<br />

0<br />

QUADRO 5.3-17<br />

LAVOURA TEMPORÁRIA, 2003<br />

Arroz<br />

Tomate<br />

Feijão (em grão) Mandioca Milho (em grão)<br />

Cana-deaçucar<br />

Paraibuna<br />

Feijão<br />

Mandioca<br />

100.000<br />

90.000<br />

80.000<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

Milho<br />

Arroz<br />

Tomate<br />

Cana-deaçucar<br />

Feijão<br />

Taubaté<br />

Mandioca<br />

DIAGNÓSTICO AMBENTAL DO MEIO ANTRÓPICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-48 ABRIL / 2006<br />

100.000<br />

90.000<br />

80.000<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

Milho<br />

Arroz<br />

Tomate<br />

Cana-deaçucar<br />

Feijão<br />

Jambeiro<br />

Mandioca<br />

100.000<br />

90.000<br />

80.000<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

Milho<br />

Arroz<br />

Tomate<br />

Cana-deaçucar<br />

Feijão<br />

AII<br />

Mandioca<br />

Tomate<br />

Milho<br />

Tomate


Estado/Municípios<br />

Quant. (t) Área (ha) Rend. (Kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (Kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (Kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (Kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (Kg/ha) Quant. (t) Área (ha) Rend. (Kg/ha)<br />

São Paulo 1.182.585 57.240 20.660 170.223 227.380 749 89.820 3.017 29.771 13.347.090 600.060 22.243 789.081 35.579 22.178 658.343 26.724 24.635<br />

Caraguatatuba - - - - - - - - - - - - - - - - - -<br />

Paraibuna 2.000 50 40.000 - - - - - - 408 11 37.091 - - - 10 5 2.000<br />

Jambeiro - - - - - - - - - 4 2 2.000 3 2 1.500 - - -<br />

São José dos Campos - - - - - - - - - 240 10 24.000 4 3 1.333 10 4 2.500<br />

Caçapava - - - - - - 126 7 18.000 240 5 48.000 55 35 1.571 - - -<br />

Taubaté 900 50 18.000 80 94 851 25 25 1.000 - - - 3 6 500 18 14 1.286<br />

AII 2.900 100 29.000 80 94 851 151 32 4.719 892 28 31.857 65 46 1.413 38 23 1.652<br />

Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal, 2003<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

Banana<br />

Café<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

0<br />

São José dos Campos<br />

Caqui<br />

Laranja<br />

Limão<br />

Banana Café (beneficiado)<br />

Banana<br />

Tangerina<br />

Café<br />

Caqui<br />

São Paulo<br />

Laranja<br />

Limão<br />

Tangerina<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

Banana<br />

Café<br />

Caçapava<br />

Caqui<br />

Laranja<br />

QUADRO 5.3-18<br />

LAVOURA PERMANENTE, 2003<br />

Caqui Laranja Limão<br />

FIGURA 5.3-18<br />

LAVOURA PERMANENTE, 2003 (Rendimento)<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

Limão<br />

0<br />

Banana<br />

Tangerina<br />

Café<br />

Caqui<br />

Paraibuna<br />

Laranja<br />

Limão<br />

Tangerina<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

Banana<br />

Café<br />

Caqui<br />

Tangerina<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-49 ABRIL/ 2006<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

Taubaté<br />

Laranja<br />

0<br />

Limão<br />

Banana<br />

Café<br />

Tangerina<br />

Caqui<br />

Jambeiro<br />

Laranja<br />

Limão<br />

Tangerina<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

Banana<br />

Café<br />

Caqui<br />

AII<br />

Laranja<br />

Limão<br />

Tangerina


O milho é a principal cultura temporária em termos de área plantada na AII (39,35%), seguido<br />

pelas culturas do feijão e do arroz, que ocupam 24,12% e 22,71%, respectivamente. A cidade<br />

de Taubaté é a que apresenta maior vocação agrícola dentre os municípios em estudo,<br />

respondendo por 55,39% da área plantada com culturas temporárias.<br />

As lavouras permanentes, em que se inclui a cultura do café, antigamente de grande<br />

importância para a região, ocupam menos de 1,00% da área rural da AII. A produção de<br />

banana assume a liderança em termos de área plantada (100ha), com destaque para os<br />

municípios de Paraibuna e Taubaté. No primeiro, deve-se assinalar que o rendimento das<br />

unidades produtoras dessa cultura é quase o dobro da média observada para o estado.<br />

O café, que no primeiro quarto do século passado ocupava quase todas as terras disponíveis<br />

na região, figura como a segunda mais importante cultura na AII, com 94ha de área plantada.<br />

A cidade de Taubaté responde, sozinha, pelo cultivo desse produto.<br />

De qualquer modo, é importante mencionar que, em todas as culturas permanentes analisadas,<br />

a participação da AII no total da produção do Estado de São Paulo foi muito pouco<br />

expressiva, não chegando sequer a 1,00%, conforme atestado pelos Quadro 5.3-18 e<br />

Figura 5.3-18.<br />

Por fim, cabe uma análise do efetivo de animais na AII, a partir dos dados indicados no<br />

Quadro 5.3-19. A participação relativa da AII com relação ao total de efetivos de animais do<br />

estado corresponde a mais que 1,00% apenas nas categorias caprinos e asininos. Os maiores<br />

quantitativos, no entanto, estão relacionados à produção de aves, 262.835, e à criação de<br />

bovinos, 89.023. As cidades de Jambeiro (34,8%) e de Paraibuna (30,3%) destacam-se na<br />

produção de aves. Em São José dos Campos (30,7%) e Taubaté (26,2), há maior efetivo de<br />

bovinos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-19 – Efetivo de Animais, 1996<br />

Estado/Municípios Bovinos Bubalinos Eqüinos Asininos Muares Caprinos Ovinos Suínos Aves Coelhos<br />

São Paulo 12.306.790 36.993 471.664 4.407 47.979 31.636 263.217 1.429.746 168.021.668 47.926<br />

Caraguatatuba 866 - - - - - - 57 170 -<br />

Paraibuna 17.175 14 601 18 53 172 213 1.782 79.639 22<br />

Jambeiro 8.219 - 394 13 15 3 32 3.789 91.564 95<br />

S. J. dos Campos 27.298 247 1.009 7 86 87 347 1.929 61.694 -<br />

Caçapava 12.154 10 406 - 7 81 183 517 1.987 133<br />

Taubaté 23.311 - 921 12 57 31 88 751 27.781 5<br />

AII 89.023 271 3.331 50 218 374 863 8.825 262.835 255<br />

Fonte: IBGE - Censo Agropecuário, 1996<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-50 ABRIL / 2006


(3) Setor Secundário<br />

As indústrias respondem por 2.968 estabelecimentos formalmente registrados na AII,<br />

representando 1,57% do total de estabelecimentos industriais contabilizados para o Estado de<br />

São Paulo e 8,20% do total de unidades produtivas na AII, de acordo com dados do Cadastro<br />

Central de Empresas, 2002 (Quadro 5.3-12 e Figura 5.3-12).<br />

Essas quase 3.000 indústrias ocupam 75.910 trabalhadores (Quadro 5.3-13 e Figura 5.3-13),<br />

o que corresponde a uma média de 26 empregados por unidade produtiva.<br />

Se observados os municípios em separado, nota-se que São José dos Campos e Taubaté<br />

somam 80,90% das unidades industriais da AII (60,78% e 20,11%, respectivamente) e 90%<br />

dos postos de trabalho do setor (65,47% e 24,53%, respectivamente).<br />

Com relação a São José dos Campos, destaca-se que é o maior pólo aeroespacial da América<br />

Latina, sendo sua principal indústria a EMBRAER. O município conta, ademais, com pólos<br />

automotivos, de telecomunicações e químico-farmacêutico 8 , de acordo com informações de<br />

campo. Nele está localizada a refinaria REVAP, atualmente em processo de expansão. O<br />

município recebe importantes redes de gás natural que abastecem grandes empresas e<br />

unidades residenciais.<br />

Em Taubaté, também segundo informações obtidas em campo, há dois distritos industriais —<br />

Quirimim e Una —, atualmente dinamizados pelo Grupo de Expansão Industrial (GEIN),<br />

vinculado à Prefeitura. As principais indústrias locais são Ford, Volkswagen e Alston, entre<br />

outras. Taubaté é uma cidade industrial 9 que mantém, no entanto, sua tradição agropecuária.<br />

Se desagregadas as informações por tipo de indústria, nota-se que a indústria de<br />

transformação responde por 66,98% dos estabelecimentos industriais na AII, predominância<br />

também observada quando considerado todo o Estado de São Paulo, embora aí esse<br />

percentual seja maior (80%). A cidade de São José dos Campos foi determinante para a<br />

8<br />

Parcela importante da produção municipal é exportada especialmente para os Estados Unidos, México e<br />

Europa. São José dos Campos possui uma incubadora de empresas instalada na Universidade Vale do Paraíba,<br />

que está construindo um parque tecnológico com capacidade de abrigar cerca de 40 pequenas e médias<br />

empresas inovadoras.<br />

9<br />

De acordo com os dados colhidos na campanha de campo, os setores mecânica e metalurgia respondem por<br />

60% do pessoal ocupado do município.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-51 ABRIL / 2006


existência dessa diferença, já que é grande o seu peso na indústria da AII e a participação<br />

relativa desse subsetor no município está abaixo da média dessa Área de Influência.<br />

Nas 1.988 unidades produtivas da indústria de transformação da AII, trabalham 66.487<br />

pessoas, das quais 64,51% no município de São José dos Campos e 25,83% em Taubaté.<br />

Na indústria da construção, segunda em termos de importância quantitativa, quando avaliado<br />

o total de unidades industriais do estado e da AII, a situação é inversa à apresentada para a<br />

indústria de transformação. O peso da indústria da construção é maior na AII que no Estado<br />

de São Paulo, sobressaindo, mais uma vez, o município de São José dos Campos. Nessa<br />

cidade, a participação relativa dos estabelecimentos da indústria da construção é quase 20<br />

pontos percentuais maior que o observado nos outros cinco municípios. Apesar de responder<br />

por 29,11% dos estabelecimentos industriais, a construção ocupa apenas 10,77% do total dos<br />

trabalhadores da indústria na AII 10 .<br />

Os outros dois segmentos que compõem o Setor Secundário, indústrias extrativas e produção<br />

e distribuição de eletricidade, gás e água não são relevantes no Estado de São Paulo,<br />

tampouco na Área de Influência em questão.<br />

(4) Setor Terciário<br />

As atividades de comércio e serviços respondem por mais de 91% das unidades produtivas<br />

formalmente registradas na AII, percentual pouco maior que o calculado para o Estado de São<br />

Paulo (87,5%), de acordo com dados do Cadastro Central de Empresas, 2002.<br />

Entre as cidades analisadas, Caraguatatuba e Taubaté destacam-se por apresentar as maiores<br />

participações relativas do setor no total de seus estabelecimentos, 94,1% e 92,6%,<br />

respectivamente. Em termos absolutos, no entanto, é o município de São José dos Campos<br />

que apresenta maior número de unidades associadas ao Setor Terciário, 19.046, como mostra<br />

o Quadro 5.3-12 e a Figura 5.3-12.<br />

As empresas do Setor Terciário da AII ocupam 172.963 trabalhadores, o que representa<br />

69,2% do total de trabalhadores ocupados na AII (Quadro 5.3-13 e Figura 5.3-13). Cada<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-52 ABRIL / 2006


unidade produtiva do setor emprega, em média, cinco pessoas. Caraguatatuba, com a maior<br />

vocação turística da AII, é o município que apresenta o maior percentual de trabalhadores<br />

atuando no setor (93,7%) e Jambeiro, o menor (29,6%) 11 .<br />

O subsetor do comércio “recuperação de veículos automotores, objetos pessoais e doméstico”<br />

é o que concentra o maior número de estabelecimentos do Terciário em todas as unidades<br />

administrativas aqui destacadas. Na AII, por exemplo, esse subsetor responde por mais de<br />

56% das unidades, embora a distribuição dos postos de trabalho não acompanhe essa relação.<br />

Em outras palavras, a importância dessa atividade com relação ao total das unidades<br />

produtivas não se confirma quando observado o número de trabalhadores ocupados, à exceção<br />

de São José dos Campos. O alto índice de precarização das relações de trabalho nesse<br />

segmento é, provavelmente, a principal explicação para tal contradição.<br />

O segundo subsetor mais importante da AII, quando avaliado o número de estabelecimentos<br />

formalmente registrados no Setor Terciário, é “atividades imobiliárias, aluguéis e serviços<br />

prestados às empresas”, com 15,40% do total dos estabelecimentos e 20,96% das ocupações.<br />

O município de São José dos Campos soma mais de 50% dos estabelecimentos formais da AII<br />

em quase todos os subsetores das atividades de comércio e serviços. A única exceção é o<br />

subsetor alojamento e alimentação (48,25%).<br />

Destaca-se que, de acordo com as informações obtidas em campo, Caraguatatuba, São José<br />

dos Campos e Taubaté apresentam elevado potencial turístico. O primeiro, em virtude de sua<br />

classificação como estância balneária, de seus parques e reservas ecológicas e de sua<br />

localização geográfica estratégica (limita-se, na costa sul, com São Sebastião; na costa norte,<br />

com Ubatuba, e fica bem próximo da Estância Balneária de Ilhabela) 12. O segundo, em função<br />

10 Essa aparente contradição é explicada pelo fato de o Cadastro Central das Empresas só trabalhar com o<br />

mercado formal. Como esse segmento da indústria é caracterizado pelo alto índice de informalização da<br />

mão-de-obra contratada, parte considerável dos trabalhadores fica fora do Cadastro.<br />

11 Isso porque o emprego industrial cresceu muito na cidade de Jambeiro nos últimos anos, em função da instalação de um<br />

importante distrito industrial desde 1998, onde se destaca a fábrica de auto-peças Delphi.<br />

12 Apesar de contar com 14 praias com 29km de extensão, o município apresentou, de acordo com os relatórios da CETESB,<br />

os piores índices de balneabilidade nos últimos anos. Há, no município, um parque estadual com 88 mil ha de área<br />

preservada, com grande biodiversidade representativa da flora e fauna da Mata Atlântica, corredeiras e cachoeiras — o<br />

Núcleo de Caraguatatuba do Parque Estadual da Serra do Mar. Unidades de Conservação que atravessam Caraguatatuba:<br />

Parque Estadual das Serra do Mar (Decretos Estaduais n o 10251/77 e nº13313/79), Reserva Particular do Patrimônio<br />

Natural (propriedade privada, vistoriada periodicamente pelo IBAMA, que possui três nascentes, onde se abastece o<br />

município) — RPPN Sítio do Jacu, Portaria n o 521/01, Área Natural Tombada (ANT) Serra do Mar e de Paranapiacaba<br />

(Resolução n o 40/85, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo), ANT Ilhas do Litoral Paulista (Resolução n o<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-53 ABRIL / 2006


de constituir-se como pólo industrial e tecnológico, o destaque é o turismo de negócios. Já no<br />

terceiro, em Taubaté, o setor turístico é bastante diversificado, contando com vários<br />

segmentos: turismo rural, de artesanato, de lazer, de pesquisa, de estudo, histórico e cultural.<br />

Esta prevista a instalação, nesse município, de um autódromo — o Autódromo Internacional<br />

de Taubaté, em área de 500 mil m 2 , que possibilitará a atração de turistas de diferentes regiões<br />

do País.<br />

(5) Contribuição Fiscal Por Setor da Atividade Econômica<br />

As Receitas Orçamentárias (Receitas Correntes + Receitas de Capital ) dos seis municípios<br />

que compõem a AII do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté somam R$ 845.747.395,00. São<br />

José dos Campos e Taubaté respondem por 84,03% desses recursos. Jambeiro apresenta a<br />

menor Receita Orçamentária, apenas 0,54% do total da AII.<br />

Aproximadamente metade dos Recursos Orçamentários provém da cota-parte dos municípios<br />

no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 13 , conforme demonstra o<br />

Quadro 5.3-20. Destaque para São José dos Campos, Caçapava e Taubaté, onde a<br />

participação do ICMS no total dos Recursos Orçamentários é de 52,97%, 49,26% e 45,67%,<br />

respectivamente. No extremo oposto, com a menor participação relativa do ICMS, aparece<br />

Caraguatatuba, com 11,29% 14 .<br />

Municípios<br />

Quadro 5.3-20 - Participação do ICMS na Receita Orçamentária<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Total da Receita<br />

Municipal<br />

(R$)<br />

Cota Parte ICMS<br />

(R$)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Total da Receita<br />

Municipal (%)<br />

Cota Parte ICMS<br />

(%)<br />

Caçapava 48.398.545,00 23.841.479,00 5,72% 6,17%<br />

Caraguatatuba 70.883.156,00 7.999.305,00 8,38% 2,07%<br />

Jambeiro 4.520.578,00 1.637.490,00 0,53% 0,42%<br />

Paraibuna 11.294.059,00 3.245.227,00 1,34% 0,84%<br />

São José dos Campos 551.915.850,00 292.329.707,00 65,26% 75,69%<br />

Taubaté 158.735.207,00 57.163.548,00 18,77% 14,80%<br />

AII Total 845.747.395,00 386.216.756,00 100,00% 100,00%<br />

Fonte: Fundação SEADE – SP, 2001,<br />

8/94, da mesma Secretaria), Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), reconhecida pela UNESCO. Fonte:<br />

Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral Norte, 2004.<br />

13 Os Municípios ficam com 25% do ICMS arrecadado.<br />

14 Cidade turística, Caraguatatuba, localizada no Litoral Norte do Estado de São Paulo, tem a maior<br />

participação relativa do IPTU no total da Receita Orçamentária, 25,91%. Esta participação é duas vezes e<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-54 ABRIL / 2006


A AII do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté gera 2,68% do total do ICMS arrecadado no<br />

Estado de São Paulo. Desagregando por setor da atividade econômica, observa-se que os<br />

negócios agropecuários da AII respondem por 3,27% do ICMS gerado no Setor Primário em<br />

todo o Estado. Já as indústrias locais somam 3,83% do total do ICMS arrecadado no Setor<br />

Secundário da economia paulista. O Setor Terciário da AII apresenta a menor participação<br />

relativa, apenas 1,03% do total arrecadado nesse setor em São Paulo.<br />

O Quadro 5.3-21 apresenta a contribuição de cada município da AII para o total da<br />

arrecadação de ICMS do Estado, desagregado por setor da atividade econômica. Nos<br />

municípios de Caçapava, Jambeiro, São José dos Campos e Taubaté predomina a arrecadação<br />

de ICMS em atividades vinculadas ao Setor Secundário. Esses quatro municípios apresentam<br />

participação relativa das transações envolvendo produtos industrializados em percentual bem<br />

maior que a média do Estado como um todo.<br />

Em Caraguatatuba, prevalece a arrecadação de ICMS oriunda do Setor Terciário, cerca de<br />

95% da receita total de ICMS. A força do turismo na economia local justifica este<br />

desempenho. Já em Paraibuna sobressai o ICMS oriundo de transações do Setor Primário,<br />

46,66%; seguido do Setor Terciário, 39,88%; e por fim, do Setor Secundário 13,46%, como<br />

mostra o Quadro 5.3-21.<br />

Quadro 5.3-21 - ICMS Arrecadado Por Setor da Atividade Eonômica (em Reais)<br />

Estado/Municípios ICMS Total<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ICMS Setor<br />

Primário<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

ICMS Setor<br />

Secundário<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-55 ABRIL / 2006<br />

ICMS Setor<br />

Terciário<br />

Total do Estado de São Paulo 36.354.929.530 46.069.269 21.575.534.057 14.669.926.809<br />

Caraguatatuba 5.142.556 x 197.784 4.867.327<br />

Paraibuna 1.532.504 715.106 206.218 611.180<br />

Jambeiro 5.851.245 228.849 5.514.467 107.930<br />

São José dos Campos 704.021.734 554.400 594.434.225 109.006.207<br />

Caçapava 119.393.048 x 115.302.700 4.090.348<br />

Taubaté 140.127.192 7.205 110.865.814 29.252.860<br />

Total da AII 976.068.279 1.505.560 826.521.208 147.935.852<br />

Fonte: Fundação SEADE – SP, 2002.<br />

meia maior que a apresentada por São José dos Campos, que aparece em segundo lugar com 10,13%. A alta<br />

incidência de casas de veraneio explica este comportamento apresentado por Caraguatatuba.


Em São José dos Campos, que responde por 72,13% do ICMS arrecadado na AII, o Setor<br />

Primário soma menos de 1,00%, o Secundário 84,43% e o Terciário, 15,48%. Taubaté,<br />

segunda cidade da AII em termos de importância econômica, apresenta distribuição<br />

semelhante à de São José dos Campos: Primário, 0,01%; Secundário, 79,12%; e Terciário,<br />

20,88%.<br />

(6) Trabalho<br />

• Mercado Formal de Trabalho, por Idade, Grau de Instrução e Sexo<br />

É analisada, a seguir, a distribuição dos empregados do setor formal, celetistas e estatutários,<br />

segundo a faixa de idade, o grau de instrução e o sexo, com base na análise dos dados da<br />

Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), 2003 15 .<br />

De acordo com a RAIS, em 31 de dezembro de 2003, havia 8.748.152 empregados no Estado<br />

de São Paulo e 207.348 na AII, a maior parte deles na cidade de São José dos Campos<br />

(59,44%).<br />

A distribuição dos empregados por faixa de idade na AII é similar à observada para o estado<br />

como um todo, com a faixa de 30 a 39 anos concentrando o maior número de trabalhadores.<br />

Um ponto importante que merece destaque é que, em todos os municípios que formam a AII,<br />

o total de empregados na faixa entre 20 e 24 é mais que o dobro do observado na faixa de 50 a<br />

64 anos — cenário esse que pode estar retratando a maior dificuldade de permanência no<br />

emprego dos trabalhadores mais experientes, como pode ser observado no Quadro 5.3-22.<br />

A distribuição dos empregados segundo o grau de escolaridade apresenta mais diferenças<br />

entre os municípios em análise do que entre a AII e o Estado de São Paulo. O percentual de<br />

empregados no mercado formal com até a 4ª série completa em Paraibuna, por exemplo, é<br />

quatro vezes maior que o observado em São José dos Campos. O mesmo município apresenta<br />

o maior percentual (57,43%) dos trabalhadores com vínculo empregatício com o segundo<br />

grau completo ou mais e Jambeiro, o menor (33,07%). Ademais, São José dos Campos é o<br />

município que apresenta o maior quantitativo de empregados com curso superior completo,<br />

15,91%, embora tal percentual seja inferior à média observada para o estado (16,28%), de<br />

acordo com o Quadro 5.3-23.<br />

15 Esse banco de dados é formado por registros administrativos que as empresas são obrigadas a enviar<br />

anualmente ao Ministério do Trabalho e Emprego, informando, mês a mês, a movimentação e o perfil de sua<br />

força de trabalho.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-56 ABRIL / 2006


Por fim, cabem alguns comentários sobre a distribuição dos empregados segundo o sexo. De<br />

acordo com os dados da RAIS, 2003 (Quadro 5.3-24), a participação relativa da mulher no<br />

mercado formal de trabalho no Estado de São Paulo é maior que a calculada para o conjunto<br />

da AII e a quase totalidade dos municípios que a integram, à exceção de Caraguatatuba, muito<br />

provavelmente porque, nessa cidade, prevalece o trabalho em comércio e serviços. A cidade<br />

de Jambeiro é a que apresenta maior desequilíbrio na distribuição dos empregos entre homens<br />

e mulheres, com os primeiros ocupando mais de 71% dos empregos formais.<br />

• Classes de Rendimento<br />

A análise das informações de classe de rendimento do último Censo Demográfico (2000)<br />

indica que a AII possui uma distribuição dos rendimentos um pouco melhor que aquela<br />

observada para o Estado de São Paulo.<br />

Em números, essa afirmação corresponde a dizer que, enquanto 34,4% dos trabalhadores do<br />

estado ganham até cinco salários mínimos, esse percentual cai para 31,6% na AII. Mais ainda,<br />

em todas as classes salariais superiores a cinco salários mínimos a relação se inverte — os<br />

percentuais observados para a AII são sempre maiores que os observados para o Estado de<br />

São Paulo.<br />

Esses resultados são influenciados, em grande medida, pelos números observados no<br />

município de São José dos Campos, pois, se considerados os municípios de Caraguatatuba,<br />

Jambeiro e Paraibuna, nota-se que a distribuição dos trabalhadores por classe de rendimento é<br />

pior que a observada em nível estadual (Quadro 5.3-25 e Figura 5.3-19).<br />

É importante mencionar que, a despeito desse perfil de distribuição das classes de rendimento,<br />

o número de trabalhadores que ganha até um salário mínimo é maior que o total de<br />

trabalhadores que ganham 20 ou mais, tanto na totalidade dos municípios em análise quanto<br />

no Estado de São Paulo. Em Paraibuna, por exemplo, essa relação é de 10,33 vezes.<br />

• Mão-de-obra<br />

O perfil dos municípios da AII são diferenciados: por um lado, têm-se os municípios<br />

industrializados de São José dos Campos e Taubaté, que constituem-se como pólo regional e<br />

sub-regional de grande dinamismo. Caçapava também pode ser considerado nesse grupo,<br />

embora com menor porte de industrialização que os 2 municípios anteriores. Diferentemente,<br />

os municípios de Jambeiro e Paraibuna são municípios mais agrícolas, com pequeno<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-57 ABRIL / 2006


dinamismo. Caraguatatuba, por outro lado, difere dos demais por estar voltado para as<br />

atividades de lazer e turismo, o que vem atraindo população para estas atividades e de<br />

construção civil. Nos três primeiros municípios, a população possui maior escolarização e<br />

maior acesso à educação e especialização. Nesses municípios, portanto, pode ser encontrada<br />

uma mão-de-obra mais especializada, para as atividades construtivas do Gasoduto, que nos<br />

demais municípios. A maior ou menor disponibilidade de mão-de-obra, no entanto, não pode<br />

ser definida a priori. A situação de desemprego no Brasil é fato e é maior nos municípios com<br />

menor dinamismo, e, portanto, com menos possibilidade de criação de postos de trabalho.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-58 ABRIL / 2006


São Paulo<br />

Caraguatatuba<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

São José dos Campos<br />

Caçapava<br />

Taubaté<br />

AII<br />

Estado/Municípios<br />

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, 2003<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUADRO 5.3-22<br />

DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS POR FAIXA ETÁRIA, 2003<br />

Até 17 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais Ignorado Total<br />

99.328 1.728.273 1.529.191 2.623.469 1.830.480 877.625 59.733 53 8.748.152<br />

201 2.513 2.000 2.965 1.756 953 54 1 10.443<br />

20 689 618 966 690 332 35 0 3.350<br />

9 313 254 401 273 147 6 0 1.403<br />

1.923 24.661 22.341 36.142 26.643 11.006 523 0 123.239<br />

213 2.537 2.247 3.814 2.499 1.047 59 0 12.416<br />

431 11.226 10.042 17.252 12.154 5.087 305 0 56.497<br />

2.797 41.939 37.502 61.540 44.015 18.572 982 1 207.348<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-59<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


São Paulo<br />

Caraguatatuba<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

São José dos Campos<br />

Caçapava<br />

Taubaté<br />

AII<br />

Estado/Municípios<br />

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, 2003<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUADRO 5.3-23<br />

DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS POR GRAU DE INSTRUÇÃO, 2003<br />

Analfabeto 4ª série incompl. 4ª série compl. 8ª série incompl. 8ª série compl. 2º grau incompl. 2º grau compl. Sup.incompl. Sup.compl. Ignorado Total<br />

46.823 400.192 766.190 964.530 1.481.409 765.065 2.524.959 374.818 1.424.166 0 8.748.152<br />

36 665 837 1.372 2.590 1.082 2.782 159 920 0 10.443<br />

30 345 257 566 655 241 957 59 240 0 3.350<br />

2 99 139 142 209 348 312 60 92 0 1.403<br />

249 3.099 5.502 12.195 20.848 10.568 45.566 5.599 19.613 0 123.239<br />

66 338 1.020 1.088 2.652 1.078 4.525 313 1.336 0 12.416<br />

173 4.036 3.170 5.209 9.319 4.509 21.384 1.779 6.918 0 56.497<br />

556 8.582 10.925 20.572 36.273 17.826 75.526 7.969 29.119 0 207.348<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-60<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Estado/Municípios Masculino Feminino Total<br />

São Paulo 5.302.169 3.445.983 8.748.152<br />

Caraguatatuba 5.840 4.603 10.443<br />

Paraibuna 2.133 1.217 3.350<br />

Jambeiro 1.005 398 1.403<br />

São José dos Campos 82.325 40.914 123.239<br />

Caçapava 8.449 3.967 12.416<br />

Taubaté 35.377 21.120 56.497<br />

AII 135.129 72.219 207.348<br />

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, 2003<br />

QUADRO 5.3-24<br />

DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS POR SEXO, 2003<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-61<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


QUADRO 5.3-25<br />

CLASSE DE RENDIMENTOS, 2000<br />

Estado/Municípios Total Até 1 S/M de 1 a 2 S/M de 2 a 3 S/M de 3 a 5 S/M de 5 a 10 S/M<br />

de 10 a 15<br />

S/M<br />

de 15 a 20<br />

S/M<br />

Mais de 20<br />

S/M<br />

Sem rendimento<br />

São Paulo 10.364.152 1.002.534 1.529.954 1.407.638 1.966.626 2.048.893 536.256 381.032 564.577 926.642<br />

Caraguatatuba 22.164 2.343 3.620 3.101 4.336 3.783 935 599 545 2.902<br />

Paraibuna 4.524 982 1.184 570 636 551 141 92 95 273<br />

Jambeiro 1.125 203 318 153 154 148 41 23 40 45<br />

São José dos Campos 144.586 10.514 16.383 16.431 26.317 35.082 10.035 7.027 10.055 12.742<br />

Caçapava 19.898 2.391 2.830 2.066 3.508 5.077 1.170 772 753 1.331<br />

Taubaté 66.435 6.476 8.810 7.783 11.237 17.184 4.364 2.767 3.251 4.563<br />

AII 258.732 22.909 33.145 30.104 46.188 61.825 16.686 11.280 14.739 21.856<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000<br />

Nota: Salário mínimo (S/M) utilizado: R$ 151,00<br />

FIGURA 5.3-19<br />

CLASSE DE RENDIMENTOS, 2000<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

São Paulo<br />

Até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a<br />

15<br />

Caraguatatuba<br />

Até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a<br />

15<br />

Paraibuna<br />

Até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a<br />

15<br />

Jambeiro<br />

Até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a<br />

15<br />

15 a<br />

20<br />

15 a<br />

20<br />

15 a<br />

20<br />

15 a<br />

20<br />

Mais de<br />

20<br />

Mais de<br />

20<br />

Mais de<br />

20<br />

Mais de<br />

20<br />

Sem<br />

renda<br />

Sem<br />

renda<br />

Sem<br />

renda<br />

Sem<br />

renda<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

30,0<br />

25,0<br />

20,0<br />

15,0<br />

10,0<br />

5,0<br />

0,0<br />

São José dos Campos<br />

Até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a<br />

15<br />

Caçapava<br />

Até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 Mais de<br />

20<br />

Taubaté<br />

Até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a<br />

15<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-62 ABRIL / 2006<br />

AII<br />

Até 1 1 a 2 2 a 3 3 a 5 5 a 10 10 a<br />

15<br />

15 a<br />

20<br />

15 a<br />

20<br />

15 a<br />

20<br />

Mais de<br />

20<br />

Mais de<br />

20<br />

Mais de<br />

20<br />

Sem<br />

renda<br />

Sem<br />

renda<br />

Sem<br />

renda<br />

Sem<br />

renda


d. Infra-estrutura<br />

(1) Considerações Gerais<br />

Para análise da infra-estrutura existente nos municípios da AII, foram utilizados dados dos<br />

Censos Demográficos do IBGE, informações da Fundação SEADE e outras instituições<br />

oficiais, referentes às condições habitacionais, aos sistemas educacional e de saúde, às<br />

condições de saneamento básico, à segurança pública e à estrutura urbana, incluindo os<br />

sistemas de transporte, energia e comunicação.<br />

(2) Habitação<br />

De acordo com os dados do Censo de 1991 16 , 97,5% dos domicílios na AII são particulares<br />

permanentes; 2,15% consistem em unidades de habitação em domicílios coletivos e apenas<br />

0,36% caracterizam-se como domicílios particulares improvisados. Destaca-se que o cenário<br />

relativo às espécies de domicílios existentes na área apresenta-se de tal forma homogêneo,<br />

que os municípios que registram maior número de domicílios coletivos e de particulares<br />

improvisados são, respectivamente, Caraguatatuba e Paraibuna, ambos com percentuais<br />

bastante inexpressivos (4,13% e 0,51%), conforme observado no Quadro 5.3-26 e<br />

Figura 5.3-20.<br />

No que diz respeito à localização dos domicílios na AII, observa-se que 94,42% de suas<br />

unidades habitacionais situam-se na área urbana, situação que se reproduz em praticamente<br />

todos os municípios que a compõem, à exceção de Jambeiro e Paraibuna. No primeiro, 56,8%<br />

dos domicílios estão localizados na zona rural e, no último, esse percentual é ainda maior,<br />

61,15%. A cidade de Caraguatatuba apresenta restrição ao seu desenvolvimento habitacional<br />

em função do grande número de Unidades de Conservação existentes e áreas legalmente<br />

protegidas sobre a maior parte de seu território, além dos limites naturais decorrentes do<br />

relevo e natureza do solo 17 .<br />

De modo análogo ao verificado no conjunto da população da AII, há predominância, em todos<br />

os municípios dela integrantes, de domicílios de espécie particular permanente, tanto no<br />

campo quanto na cidade.<br />

A caracterização dos padrões construtivos existentes na área do entorno do empreendimento,<br />

por município, são apresentados no item 5.3.5, de Caracterização da Área de Influência Direta<br />

(AID).<br />

16 As informações mais recentes sobre domicílios, por situação e espécie, são do Censo Demográfico de 1991.<br />

17 Segundo informações de campo, 1/3 dos domicílios desse município é de propriedade de veranistas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-63 ABRIL / 2006


Estado/Municípios<br />

Total<br />

Unidade de<br />

Particular<br />

habitação em<br />

improvisado<br />

domicílio coletivo<br />

Particular<br />

permanente<br />

QUADRO 5.3-26<br />

DOMICÍLIOS POR SITUAÇÃO E ESPÉCIE, 1991<br />

Total Urbana Rural<br />

Total<br />

Unidade de<br />

habitação em<br />

domicílio<br />

coletivo<br />

Particular<br />

improvisado<br />

Particular<br />

permanente<br />

Total<br />

Unidade de<br />

habitação em<br />

domicílio<br />

coletivo<br />

Particular<br />

improvisado<br />

Particular<br />

permanente<br />

São Paulo 8.268.124 206.013 22.450 8.039.661 7.708.548 180.744 19.726 7.508.078 559.576 25.269 2.724 531.583<br />

Caraguatatuba 13.696 565 56 13.075 13.655 565 56 13.034 41 0 0 41<br />

Paraibuna 3.696 100 19 3.577 1.436 68 11 1.357 2.260 32 8 2.220<br />

Jambeiro 832 9 2 821 359 9 0 350 473 0 2 471<br />

São José dos Campos 109.334 1.850 439 107.045 105.382 1.823 424 103.135 3.952 27 15 3.910<br />

Caçapava 16.048 340 61 15.647 14.212 266 52 13.894 1.836 74 9 1.753<br />

Taubaté 51.318 1.322 116 49.880 48.999 1.119 109 47.771 2.319 203 7 2.109<br />

AII 194.924 4.186 693 190.045 184.043 3.850 652 179.541 10.881 336 41 10.504<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 1991<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

Domicílio coletivo Particular improvisado Particular permanente<br />

FIGURA 5.3-20<br />

DOMICÍLIOS POR SITUAÇÃO E ESPÉCIE, 1991 (%)<br />

Legenda: Urbana Rural<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

São Paulo<br />

Caraguatatuba<br />

Domicílio coletivo Particular improvisado Particular permanente<br />

Paraibuna<br />

Domicílio coletivo Particular improvisado Particular permanente<br />

Jambeiro<br />

Domicílio coletivo Particular improvisado Particular permanente<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

80,0<br />

60,0<br />

40,0<br />

20,0<br />

0,0<br />

São José dos Campos<br />

Domicílio coletivo Particular improvisado Particular permanente<br />

Caçapava<br />

Domicílio coletivo Particular improvisado Particular permanente<br />

Taubaté<br />

Domicílio coletivo Particular improvisado Particular permanente<br />

Domicílio coletivo Particular improvisado Particular permanente<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-64 ABRIL / 2006<br />

AII


Estado/Municípios<br />

Total Próprio Alugado Cedido Outra forma Total Próprio Alugado Cedido Outra forma Total Próprio Alugado Cedido Outra forma<br />

São Paulo 10.364.152 7.248.113 1.898.097 1.037.248 180.694 9.731.738 6.901.120 1.869.130 798.754 162.734 632.414 346.993 28.967 238.494 17.960<br />

Caraguatatuba 22.164 14.510 3.923 3.644 87 21.215 13.902 3.852 3.382 79 949 608 71 262 8<br />

Paraibuna 4.524 2.783 472 1.223 46 1.419 940 282 187 10 3.105 1.843 190 1.036 36<br />

Jambeiro 1.125 582 138 404 1 535 358 96 81 0 590 224 42 323 1<br />

São José dos Campos 144.586 102.615 28.691 12.408 872 142.792 101.681 28.594 11.667 850 1.794 934 97 741 22<br />

Caçapava 19.898 14.047 3.227 2.474 150 17.617 12.683 3.052 1.782 100 2.281 1.364 175 692 50<br />

Taubaté 66.435 46.632 10.901 8.531 371 62.629 44.661 10.601 7.037 330 3.806 1.971 300 1.494 41<br />

AII 258.732 181.169 47.352 28.684 1.527 246.207 174.225 46.477 24.136 1.369 12.525 6.944 875 4.548 158<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Total<br />

QUADRO 5.3-27<br />

DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, 2000<br />

Urbana<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-65 ABRIL / 2006<br />

Rural


Do total de domicílios particulares permanentes na AII, 70% são próprios, 8% alugados e<br />

11% cedidos (Quadro 5.3-27). Nas áreas urbana e rural, a maior parte dos domicílios<br />

particulares permanentes também é própria, ressaltando-se importância dos domicílios<br />

alugados na cidade (19%) e dos domicílios cedidos no campo (36%).<br />

(3) Educação<br />

• Taxa de Alfabetização<br />

Para análise das informações sobre alfabetização na região, foram utilizados dados<br />

disponibilizados pelo IBGE, referentes ao ano de 2000 (Quadro 5.3-28).<br />

A AII apresenta uma taxa média de alfabetização de 89,3%, um pouco menor que a observada<br />

para o estado, de 90,4%. Os municípios de Paraibuna e Jambeiro destacam-se como aqueles<br />

onde a taxa de analfabetismo é mais elevada, 14,3% e 14,2%, respectivamente. A taxa de<br />

analfabetismo na cidade de Taubaté é aproximadamente a metade da observada nos dois<br />

municípios acima citados. Ou seja, esse município é o que apresenta maior taxa de<br />

alfabetização dentre os que compõem a AII (92,4%).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-28<br />

Taxa de Alfabetização da População de 5 anos ou mais (%)<br />

Estado/Municípios Alfabetizados Não alfabetizados<br />

São Paulo 90,4 9,6<br />

Caraguatatuba 88,4 11,6<br />

Paraibuna 85,7 14,3<br />

Jambeiro 85,8 14,2<br />

São José dos Campos 92,3 7,7<br />

Caçapava 91,2 8,8<br />

Taubaté 92,4 7,6<br />

AII 89,3 10,7<br />

Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2000<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-66 ABRIL / 2006


• Nível de Escolarização<br />

Os dados do IBGE também indicam que a escolaridade da população da AII é maior que a<br />

observada para o Estado de São Paulo (Quadro 5.3-29 e Figura 5.3-21). Enquanto nas<br />

faixas de escolaridade mais baixas a participação relativa em São Paulo é maior que a<br />

encontrada na AII, nas faixas mais altas, 11 a 14 anos de estudo e 15 anos de estudo ou mais,<br />

essa situação se inverte, com 23,6% e 7,2%, na AII e, 20,0% e 6,9% no estado,<br />

respectivamente.<br />

Entre os municípios que compõem a AII, há situações bem distintas. Em Paraibuna, o<br />

percentual da população com até sete anos de estudo atinge 67,7%, situação bastante similar à<br />

observada em Jambeiro; em São José dos Campos, esse percentual corresponde a 44,8% e, em<br />

Taubaté, a 47,6%.<br />

É importante ressaltar que, tanto nos municípios em destaque quanto no Estado de São Paulo,<br />

a maior parte da população está concentrada na faixa de quatro a sete anos de estudo.<br />

• Educação Ambiental<br />

A educação ambiental está inserida nas disciplinas regulares e também é desenvolvida através<br />

de projetos municipais ou de organizções não-governamentais (descritas no item e,<br />

Organização Social), com participação das escolas dos municípios da AII.<br />

Em Caçapava, destacam-se as ONGs Sociedade Eco-Vital, que desenvolve diversos projetos e<br />

cursos de preservação do meio ambiente e conscientização das comunidades locais e a<br />

Fundação Ecológica Vale do Paraíba – FUNDEVAP, que trabalha com educação ambiental.<br />

A Fundação Nacional do Tropeirismo, com sede em Caçapava, atua em todo o território<br />

nacional, com diversas atividades em parcerias com instituições públicas e privadas para<br />

ações ambientais e culturais.<br />

Caraguatatuba possui inúmeras ONGs ambientalistas que desenvolvem atividades no<br />

município; são elas: ONG Caravela, ACAJU – Associação Caiçara do Juqueriquerê, Instituto<br />

Onda Verde, Associação Ecológica de Caraguatatuba, Fundação Educacional e Cultural de<br />

Caraguatatuba – FUNDACC, Instituto Ambiental Ponto Azul – IAPA, ONG Vale Verde –<br />

Associação de Defesa do Meio Ambiente – de São José dos Campos, que está desde 2004<br />

instalada também em Caraguatatuba, Regional Ambiental Litoral Norte REALNORTE – rede<br />

formada por ONGs ambientalistas das cidades de São Sebastião, Caraguatatuba, Ubatuba e<br />

Ilhabela e a Federação das Sociedades Amigos do Bairro Pró Costa Atlântica.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-67 ABRIL / 2006


Total 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14 anos 15 anos ou mais<br />

São Paulo 28.649.460 4.081.245 10.906.041 5.723.739 5.956.956 1.981.479<br />

Caraguatatuba 59.170 8.609 25.630 11.606 10.836 2.489<br />

Paraibuna 12.021 2.777 5.357 1.855 1.660 372<br />

Jambeiro 2.908 650 1.246 506 397 109<br />

São José dos Campos 421.329 45.672 143.246 94.634 105.846 31.931<br />

Caçapava 59.020 7.783 22.412 13.651 12.270 2.904<br />

Taubaté 192.248 23.137 68.282 40.211 44.875 15.743<br />

AII<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000.<br />

746.696 88.628 266.173<br />

FIGURA 5.3-21<br />

162.463 175.884 53.548<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Estado/Municípios<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Paraibuna<br />

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14<br />

anos<br />

Caçapava<br />

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14<br />

anos<br />

São Paulo<br />

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14<br />

anos<br />

15 anos ou<br />

mais<br />

15 anos ou<br />

mais<br />

QUADRO 5.3-29<br />

POPULAÇÃO POR ANOS DE ESTUDOS, 2000<br />

ESTUDO DE IMPACTO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

AMBIENTA L - <strong>EIA</strong> 5.3-68<br />

Grupos de anos de estudo<br />

POPULAÇÃO POR ANOS DE ESTUDOS, 2000 (%)<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

15 anos ou<br />

mais<br />

Jambeiro<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14<br />

anos<br />

Taubaté<br />

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14<br />

anos<br />

Caraguatatuba<br />

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14<br />

anos<br />

15 anos ou<br />

mais<br />

15 anos ou<br />

mais<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

15 anos ou<br />

mais<br />

São José dos Campos<br />

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14<br />

anos<br />

AII<br />

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14<br />

anos<br />

15 anos ou<br />

mais<br />

15 anos ou<br />

mais<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Em Jambeiro, a Associação de Esportes Radicais Educacional e Ecológica – SERECO<br />

desenvolve atividades de educação ambiental e, em Paraibuna, destaca-se a Associação<br />

Paraibuna que desenvolve a conscientização das comunidades locais sobre lixo e recursos<br />

hídricos.<br />

Em São José dos Campos, foi criada a Lei Municipal nº 6.690/2004, que dispõe sobre a<br />

educação ambiental, enquanto ONGs ambientalistas desenvolvem atividades diversas de<br />

educação ambiental em convênio com escolas de primeiro e segundo graus. Destacam-se a<br />

ONG Centro de Amigos da Natureza – CAMIN, que atua tanto em São José dos Campos<br />

quanto em Caçapava; a ONG Vale Verde, de São José dos Campos, mas que atua em todo o<br />

Vale do Paraíba e no litoral norte; a Eco Sistema, atuante no Vale do Paraíba desde 1989,<br />

sediada em São José dos Campos; a Fundação Eco-Vida; o Instituto Eco Solidário e o Grupo<br />

Suçuarana de Salvamento na Selva – GSS. Na Reserva Ecológica "Augusto Ruschi",<br />

funciona um centro de pesquisas para alunos e pesquisadores que recebem aulas de educação<br />

ambiental e informações sobre essa Reserva e sua importância.<br />

Em Taubaté, encontra-se a Frente Verde e Grupo de Estudo Ecológico e Controle Ambiental<br />

(GECA), sediada no município, mas que exercem atividades de educação ambiental em todo<br />

o Vale do Paraíba; a Una nas Águas (UNA), a Associação Nascentes das Águas Puras,<br />

entidade do município de Juquitiba-SP, mas que participa de atividades de educação<br />

ambiental na região; a Associação de Sensibilização Socioambiental (SENSO), que promove<br />

a educação ambiental através do Comitê de Cidadania da Ford e do Colégio Jardim, o<br />

Instituto Pró-Cidadania (IPC).<br />

• Infra-Estrutura Escolar<br />

Estabelecimentos<br />

A AII é composta por 674 estabelecimentos de ensino. Os ensinos Pré-Escolar, Fundamental<br />

e Médio são oferecidos em 54,60%, 53,56% e 20,77%, respectivamente, das escolas<br />

existentes na AII (Quadro 5.3-30 e Figura 5.3-22).<br />

Destaca-se que, do total de estabelecimentos registrados, 32,34% pertencem à rede particular,<br />

24,78% à estadual e 42,88% à rede municipal de ensino.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-69 ABRIL / 2006


A rede particular dedica-se prioritariamente à administração de estabelecimentos Pré-<br />

Escolares, mas também, em grande medida, aos de Ensino Médio — 47,83% das Pré-Escolas<br />

da AII pertencem à rede privada, assim como 35,71% das unidades de Ensino Médio.<br />

Em razão de sua própria competência legal, as instâncias de governo municipais também<br />

costumam responsabilizar-se pela administração de Pré-Escolas e escolas de nível<br />

Fundamental, embora, em geral, compartilhem a gerência do segundo tipo de estabelecimento<br />

com os governos estaduais. É essa, inclusive, a situação que caracteriza a AII. As Pré-Escolas<br />

administradas pelos municípios somam 52,17% do total e o estado não administra nenhuma.<br />

Já com relação ao Ensino Fundamental, nota-se que 29,36% das unidades são municipais e<br />

43,77%, estaduais. O percentual de escolas de nível Fundamental privadas é um pouco<br />

inferior, 26,87%.<br />

A proporção de estabelecimentos de ensino por dependência administrativa se modifica<br />

quando considerado o nível de Ensino Médio, cuja administração, nesse caso, é competência<br />

específica das instâncias estaduais. Assim, 63,57% dos estabelecimentos de Ensino Médio na<br />

AII pertencem à rede estadual, 0,71% à municipal (há uma única unidade localizada na cidade<br />

de Taubaté) e 35,71% à rede privada (Quadro 5.3-30 e Figura 5.3-22).<br />

A título de ilustração, vale observar que os maiores percentuais de estabelecimentos<br />

particulares registrados na AII são encontrados em São José dos Campos e Caçapava. Nesses<br />

municípios, há, respectivamente, 36,50% e 35,59% de escolas particulares. As cidades de<br />

Jambeiro e Paraibuna não registram nenhuma unidade particular de ensino.<br />

As escolas municipais são predominantes em Jambeiro e em Caraguatatuba (que contam com<br />

75,00% e 61,54% de escolas municipais, respectivamente). Paraibuna e Caçapava são os<br />

municípios que contam com maior participação do estado na administração de sua infra-<br />

estrutura escolar geral, 45,83% e 28,89%, respectivamente. É importante ressaltar que não há<br />

uma única unidade educacional federal em quaisquer dos três níveis de ensino na AII.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-70 ABRIL / 2006


QUADRO 5.3-30<br />

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO, 2004<br />

Municípios Total Municipal<br />

SÃO PAULO<br />

Estadual Federal Privada<br />

Caraguatatuba 78 48 14 0 16<br />

Pré-Escola 38 26 0 0 12<br />

Fundamental 45 22 12 0 11<br />

Médio 17 0 13 0 4<br />

Paraibuna 24 13 11 0 0<br />

Pré-Escola 9 9 0 0 0<br />

Fundamental 15 4 11 0 0<br />

Médio 3 0 3 0 0<br />

Jambeiro 4 3 1 0 0<br />

Pré-Escola 1 1 0 0 0<br />

Fundamental 2 2 0 0 0<br />

Médio 1 0 1 0 0<br />

São José dos Campos 337 122 92 0 123<br />

Pré-Escola 189 85 0 0 104<br />

Fundamental 174 37 88 0 49<br />

Médio 68 0 42 0 26<br />

Caçapava 59 21 17 0 21<br />

Pré-Escola 29 13 0 0 16<br />

Fundamental 37 11 16 0 10<br />

Médio 14 0 9 0 5<br />

Tauaté 172 82 32 0 58<br />

Pré-Escola 102 58 0 0 44<br />

Fundamental 88 30 31 0 27<br />

Médio 37 1 21 0 15<br />

AII 674 289 167 0 218<br />

Pré-Escola 368 192 0 0 176<br />

Fundamental 361 106 158 0 97<br />

Médio 140 1 89 0 50<br />

Fonte: INEP - Censo Escolar, 2004<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

FIGURA 5.3-22<br />

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO, 2004<br />

Caraguatatuba<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Paraibuna<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Pré-Escola Fundamental Médio<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong> 5.3-71 ABRIL/ 2006


Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

FIGURA 5.3-22<br />

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO, 2004<br />

Jambeiro<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Caçapava<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

São José dos Campos<br />

Taubaté<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

AII<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Pré-Escola Fundamental Médio<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

5.3-72<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


Matrículas<br />

Segundo os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas<br />

Educacionais Anísio Teixeira – INEP, no Censo Escolar de 2004, o maior número de<br />

matrículas na AII pode ser encontrado no Ensino Fundamental. Do total de matrículas<br />

existentes na área, 59,57% (Quadro 5.3-31 e Figura 5.3-23) correspondem a esse nível de<br />

ensino. Dessas, 43,87% pertencem à rede pública municipal e 42,50%, à estadual.<br />

Já o número de matrículas existente no Ensino Médio corresponde a apenas 21,51% do total.<br />

Ele é quase três vezes inferior ao número de matrículas registrado na Educação Fundamental,<br />

o que pode revelar pouca procura ou grande evasão estudantil e/ou insuficiência de matrículas<br />

nesse nível de ensino.<br />

Cabe ressaltar que 18,92% das matrículas na AII são referentes ao Ensino Pré-Escolar e que<br />

75,97% desse total estão vinculados à rede municipal de ensino. Desse modo, a rede privada<br />

responsabiliza-se por apenas 24,00% das matrículas existentes no setor.<br />

Ensino Profissionalizante e Superior<br />

Segue listagem dos cursos profissionalizantes, universidades e faculdades identificadas na<br />

Área de Influência Indireta do empreendimento.<br />

- Caraguatatuba<br />

O município possui uma única unidade de ensino superior: Faculdades Integradas Módulo,<br />

que oferece 14 cursos de Graduação divididos nas modalidades Bacharelado, Licenciatura e<br />

Superior em Tecnologia; cursos de Pós-Graduação em Psicopedagogia; Língua Portuguesa e<br />

Literatura; Gestão de Recursos Humanos; Bases Fisiológicas do Treinamento Desportivo,<br />

Gestão Comercial e cursos de extensão.<br />

Destaca-se ainda a Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba – FUNDACC,<br />

instituição destinada à pesquisa, difusão artística, literária e de educação profissional, com<br />

ações culturais em todos os bairros do município. Sua atuação na área de educação<br />

profissional dá-se através do CEPROLIN - Centro de Educação Profissional do Litoral Norte,<br />

inaugurado em 2002, que oferece curso de Formação de Pregoeiros e Fornecedores para<br />

Pregão Presencial e Eletrônico. O Centro também promove eventos, como a 1ª Semana de<br />

Tecnologia da Informação do Litoral Norte, realizada em novembro de 2005.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-73 ABRIL / 2006


QUADRO 5.3-31<br />

NÚMERO DE MATRÍCULAS DE ENSINO, 2004<br />

Municípios<br />

Caraguatatuba<br />

Total Municipal<br />

SÃO PAULO<br />

Estadual Federal Privada<br />

Pré-Escola 6.065 5.398 0 0 667<br />

Fundamental 14.616 8.316 5.353 0 947<br />

Médio<br />

Paraibuna<br />

4.973 0 4.623 0 350<br />

Pré-Escola 699 659 0 0 40<br />

Fundamental 2.899 1.293 1.592 0 14<br />

Médio<br />

Jambeiro<br />

1.167 0 1.167 0 0<br />

Pré-Escola 248 248 0 0 0<br />

Fundamental 764 764 0 0 0<br />

Médio<br />

São José dos Campos<br />

249 0 249 0 0<br />

Pré-Escola 23.735 16.523 14 0 7.198<br />

Fundamental 86.380 31.746 43.029 0 11.605<br />

Médio<br />

Taubaté<br />

32.123 0 24.863 0 7.260<br />

Pré-Escola 15.550 12.653 0 0 2.897<br />

Fundamental 38.781 23.729 9.121 0 5.931<br />

Médio<br />

Caçapava<br />

13.628 1.103 9.400 0 3.125<br />

Pré-Escola 3.337 2.225 0 0 1.112<br />

Fundamental 12.852 2.622 7.327 0 2.903<br />

Médio<br />

AII<br />

4.280 0 3.800 0 480<br />

Pré-Escola 49.634 37.706 14 0 11.914<br />

Fundamental 156.292 68.470 66.422 0 21.400<br />

Médio<br />

Fonte: INEP - Censo Escolar, 2004<br />

56.420 1.103 44.102 0 11.215<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

FIGURA 5.3-23<br />

NÚMERO DE MATRÍCULAS DE ENSINO, 2004<br />

Caraguatatuba<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Paraibuna<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Pré-Escola Fundamental Médio<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

5.3-74<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL/ 2006


Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

Privada<br />

Estadual<br />

Municipal<br />

FIGURA 5.3-23<br />

NÚMERO DE MATRÍCULAS DE ENSINO, 2004<br />

Jambeiro<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

São José dos Campos<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Caçapava<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Taubaté<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

AII<br />

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%<br />

Pré-Escola Fundamental Médio<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong> 5.3-75<br />

ABRIL/ 2006


- Paraibuna<br />

Há, no município, um curso Normal Superior, na Escola Municipal Irmã Zoe; ainda assim, o<br />

município de São José dos Campos é o mais procurado pelos que pretendem cursar o 3° grau.<br />

- Jambeiro<br />

Não há curso profissionalizante ou superior no município, embora haja um curso de Pós-<br />

Graduação em Psicopedagogia, mantido em convênio com a Prefeitura. A demanda por<br />

cursos profissionalizantes é suprida pelos municípios de Taubaté e Santana e de ensino<br />

superior, pela cidade de São José dos Campos.<br />

- São José dos Campos<br />

Em São José dos Campos, existem diversas instituições de ensino superior e institutos de<br />

pesquisa, que fazem da cidade um dos maiores centros científicos e tecnológicos da América<br />

Latina. Seguem alguns exemplos:<br />

> Centro Técnico Aeroespacial (CTA);<br />

> Instituto de Aeronáutica e Espaço;<br />

> Instituto de Estudos Avançados – ciência pura e aplicada;<br />

> Instituto de Proteção ao Vôo;<br />

> Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais;<br />

> Instituto Tecnológico de Aeronáutica – graduação em Engenharia;<br />

> Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual;<br />

> Universidade Vale do Paraíba, com 27 cursos de graduação;<br />

> Escola de Engenharia Industrial;<br />

> Faculdade de Ciências Aplicadas;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-76 ABRIL / 2006


Universidade Paulista, com 14 cursos de graduação.<br />

Existem, ainda, no município, nove escolas técnicas ou profissionalizantes.<br />

- Caçapava<br />

Não há curso superior no município. O ensino profissionalizante é promovido em parceria<br />

com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI de Taubaté (nas áreas de<br />

panificação, eletricidade e motor), Centro Paulo Souza e indústrias locais. De acordo com o<br />

Plano Municipal de Ação Educacional 2005-2008, a administração pública tem por meta<br />

implantar um Centro de Formação Profissional em nível técnico de Ensino Fundamental e<br />

Médio, também em parceria com o SENAI.<br />

- Taubaté<br />

Existem, em Taubaté, duas escolas de ensino profissionalizante: Escola Municipal de<br />

Ciências Aeronáuticas e Escola Municipal Fêgo Camargo, mantida com uma parceria entre<br />

SENAI, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC e Serviço Social do<br />

Comércio – SESC/Serviço Social da Indústria – SESI.<br />

Além desses, há dois estabelecimentos de ensino superior na cidade: Universidade de Taubaté<br />

(UNITAU) e Faculdade Municipal, a primeira universidade municipal autárquica do País.<br />

(4) Saúde<br />

A análise do sistema de saúde dos municípios da AII foi realizada com base na utilização das<br />

seguintes fontes: sistema de informações hospitalares, sistema de informações ambulatoriais e<br />

sistema de informações sobre mortalidade, produzidos pelo Ministério da Saúde (MS), além<br />

das entrevistas realizadas em campo, com representantes das Secretarias Municipais de<br />

Saúde.<br />

Segundo os dados de 2003, existem na AII 1.608 leitos hospitalares, distribuídos em 13<br />

unidades locais, 23% dos quais clínicos, 22% psiquiátricos, 20% cirúrgicos e 14%<br />

pediátricos, entre outros (Quadro 5.3-32).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-77 ABRIL / 2006


Estado/Municípios Total<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Leitos<br />

Cirúrgicos<br />

Quadro 5.3-32 – Número de Leitos, 2003<br />

Leitos<br />

Obstétricos<br />

Leitos<br />

Clínica<br />

Médica<br />

Leitos<br />

Cuidado<br />

Prolongado<br />

Leitos<br />

Psiquiát<br />

ricos<br />

Leitos<br />

Tisiologia<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Leitos<br />

Pediatria<br />

Leitos<br />

Reabilitação<br />

Leitos<br />

Hosp/dia<br />

São Paulo 93.529 17.648 10.233 23.724 4585 19237 798 12.579 62 616 4047<br />

Caraguatatuba 86 19 18 21 1 - - 21 - - 6<br />

Paraibuna 64 11 18 24 - - - 11 - - -<br />

Jambeiro 22 4 4 9 - - - 5 - - -<br />

S. José dos Campos 978 138 94 154 61 349 - 118 - 15 49<br />

Caçapava 97 18 24 29 - - - 21 - - 5<br />

Taubaté 361 128 19 134 - - - 48 - - 32<br />

AII 1.608 318 177 371 62 349 0 224 0 15 92<br />

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), Jul. 2003.<br />

Dos leitos clínicos disponíveis na AII, 42% concentram-se em São José dos Campos e 36%,<br />

em Taubaté. Há apenas 92 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nessa área, e<br />

aproximadamente 80% deles distribuem-se também pelos municípios de maior porte. Os<br />

municípios de pequeno porte — Paraibuna e Jambeiro — não possuem UTI.<br />

É importante ressaltar que São José dos Campos reúne 7 de um total de 13 hospitais<br />

existentes na AII, embora os outros cinco municípios possuam ao menos uma unidade<br />

hospitalar (Quadro 5.3-33).<br />

Quadro 5.3-33 - Rede Hospitalar, 2003<br />

Estado/Municípios Total Público Privado Universitário<br />

São Paulo 638 182 436 20<br />

Caraguatatuba 1 - 1 -<br />

Paraibuna 1 - 1 -<br />

Jambeiro 1 - 1 -<br />

São José dos Campos 7 2 5 -<br />

Caçapava 1 - 1 -<br />

Taubaté 2 - 1 1<br />

AII 13 2 10 1<br />

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações do SUS (SIH/SUS), Jul.2003.<br />

Assim como no Estado de São Paulo, a rede privada é responsável pela administração da<br />

maior parte dos hospitais na AII (77%), dos quais 50% estão localizados em Taubaté,<br />

município que também reúne a totalidade dos hospitais universitários existentes (8%).<br />

Destaca-se a existência de apenas dois hospitais públicos (15%), ambos situados no município<br />

de São José dos Campos.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-78 ABRIL / 2006<br />

Leitos<br />

UTI


Os hospitais existentes nos municípios da região em estudo prestam, de maneira geral, através<br />

de convênios do SUS ou particular, os seguintes atendimentos: atendimento ambulatorial,<br />

internação, SADT (Serviço Auxiliar Diagnóstico e Terapia), urgência e emergência. Além<br />

desses atendimentos, a população tem, à sua disposição, diversos tipos de especialidades<br />

oferecidas nas unidades hospitalares, dentre as quais: Anatomia Patologica/Citopatologia,<br />

Cardiologia, Emergência, Endoscopia, Laboratório Clínico (Patologia Clínica), Homoterapia,<br />

Oftalmologia, Radiologia, Ressonância Magnética, Transplantes - Alta Complexidade,<br />

Ultrassonografia, Urgência, Internação Domiciliar, Pneumologia, Vigilância Epidemiológica,<br />

Polissonografia, Transplantes - Alta Complexidade, Videolaparoscopia, Medicina Nuclear,<br />

Oncologia - Alta Complexidade, Controle e Acompanhamento à Gestação, Suporte<br />

Nutricional, Tomografia Computadorizada, Centro de Parto Normal, Cuidados Prolongados,<br />

Fisioterapia, Audiologia/Otologia, Atenção à Saúde Auditiva, Atenção à Tuberculose,<br />

Neurocirurgia - Alta Complexidade, Órteses e Próteses e/ou Meios Auxiliares de Locomoção,<br />

Parto de Alto Risco, Planejamento Familiar/Esterilização, UTI Móvel, Cirurgia Bariátrica,<br />

Eletroencefalografia, Hemodinâmica, Quimioterapia, Serviço de Nefrologia, Radioterapia e<br />

Queimados.<br />

No que diz respeito às unidades ambulatoriais existentes (Quadro 5.3-34), nota-se, segundo<br />

os mesmos dados de 2003, grande incidência de centros de saúde. Das 178 unidades<br />

ambulatoriais existentes na área pesquisada, 73 (41%) são centros de saúde, concentrados, em<br />

sua grande maioria nos municípios de São José dos Campos e Taubaté. Destacam-se, em<br />

seguida, mais uma vez em função de sua difusão nesses municípios, considerados de grande<br />

porte, as clínicas especializadas (11%) e as unidades dedicadas a serviços auxiliares de<br />

diagnose e terapia (11%). Se considerados, no entanto, os municípios de médio e pequeno<br />

porte, que reúnem, respectivamente, 29 e 17 unidades ambulatoriais, observa-se, em<br />

contrapartida ao número de clínicas especializadas encontradas nos maiores municípios, a<br />

existência de uma rede ambulatorial que conta com participação expressiva, nos primeiros<br />

(Caçapava e Caraguatatuba), de unidades de atendimento à saúde da família e, nos segundos<br />

(Paraibuna e Jambeiro), de postos de saúde.<br />

O município de Caraguatatuba, por exemplo, possui 9 das 10 unidades de atendimento à<br />

saúde na família existentes na AII. Já em Paraibuna, 54% das unidades ambulatoriais são<br />

especificadas como postos de saúde. É importante ressaltar que Jambeiro, município com<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-79 ABRIL / 2006


menor população da AII, possui uma rede ambulatorial que conta com apenas quatro unidades<br />

locais.<br />

Destaca-se que, segundo as informações obtidas na campanha de campo, os equipamentos de<br />

saúde existentes em praticamente todas as cidades são suficientes para atendimento às<br />

demandas locais, ao menos as mais simples. São José dos Campos e Caçapava foram citados<br />

como referência para atendimentos especializados por Paraibuna e Jambeiro, respectivamente.<br />

Observada a infra-estrutura de saúde, cabem alguns comentários relativos à morbidade e à<br />

mortalidade na área.<br />

As ocorrências que mais têm preocupado os gestores da saúde na AII, de acordo com as<br />

entrevistas realizadas nas administrações públicas, são dengue (em Caçapava e São José dos<br />

Campos), hipertensão e diabetes (em Jambeiro e Paraibuna), hanseníase (em São José dos<br />

Campos) e esquistossomose (em Taubaté). Recentemente, foram diagnosticados casos de<br />

tuberculose em Paraibuna (6 pacientes) e em São José dos Campos.<br />

A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) apresenta, através do<br />

relatório “Sistema Nacional de Vigilância em Saúde – Relatório de Situação, 2005”, dados e<br />

análises sintéticas sobre as principais ações desenvolvidas nas áreas de sistemas de<br />

informações epidemiológicas, vigilância, prevenção e controle de doenças. As informações<br />

possibilitam, aos gestores do Sistema Único de Saúde, conhecer e avaliar a situação atual das<br />

ações e dos programas executados. Algumas dessas doenças citadas no relatório são<br />

encontradas nos municípios que integram a AII do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté. Entre<br />

elas destacam-se: a tuberculose (Caçapava, Caraguatatuba, São José dos Campos e Taubaté) e<br />

a hanseníase (Caraguatatuba). No caso da dengue, apesar da preocupação manifestada pelos<br />

Secretários de Saúde, os municípios da AII não são considerados prioritários para o Programa<br />

Nacional de Controle da Dengue, que inclui apenas 69 dos 645 municípios do estado.<br />

Para os índices de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a AIDS, os municípios da AII<br />

não são citados no relatório da SVS/MS. Dados da Vigilância Epidemiológica/Programa<br />

Estadual DST/AIDS-SP – SINAN, no entanto, trazem os números de casos e o coeficiente de<br />

incidência (CI) de AIDS para os 100 municípios onde há maior incidência da doença no<br />

estado, para os anos de 1995 a 2003. Dentre eles, há 4 municípios da AII: Caraguatatuba, que<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-80 ABRIL / 2006


Estado/Município Total<br />

Posto de Saúde<br />

Centro de Saúde<br />

Policlínica<br />

Ambulatório de Unidade<br />

Hospitalar Geral<br />

Ambulatório de Unidade<br />

Hospitalar Especializada<br />

Unidade Mista<br />

QUADRO 5.3-34<br />

REDE AMBULATORIAL, 2003<br />

Pronto Socorro Geral<br />

São Paulo 6674 (1) 351 2.160 261 477 105 95 104 58 128 517 114 124 535 53 8 1.007 302 243 1<br />

Caraguatatuba 16 - - - 1 - - - - - 3 1 - 1 - - 9 - 1 -<br />

Paraibuna 13 7 - - 1 - - 1 - - - - - 1 - - 1 - 2 -<br />

Jambeiro 4 - 1 - 1 - - - - 1 - - - - - - - - 1 -<br />

São José dos Campos 84 1 36 3 5 1 2 2 1 - 14 - 1 12 1 1 - 1 2 1<br />

Caçapava 13 - 7 1 1 - - - - - - - - 3 - - - 1 - -<br />

Taubaté 48 2 29 2 2 - - - 1 - 3 - - 2 4 - - 1 2 -<br />

AII 178 10 73 6 11 1 2 3 2 1 20 1 1 19 5 1 10 3 8 1<br />

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS), 2003.<br />

Nota: (1) Inclui mais 31unidades ambulatorias diversas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong> 5.3-81<br />

Pronto Socorro<br />

Especializado<br />

Consultório<br />

Clínica Especializada<br />

Centro/Núcleo de Atenção<br />

Psicossocial<br />

Centro/Núcleo de<br />

Reabilitação<br />

Outros Serviços Auxiliares<br />

de Diagnose e Terapia<br />

Unid. Móvel Terrestre<br />

p/Atendimento<br />

Médico/Odontológico<br />

Farmácia para Dispensação<br />

de Medicamentos<br />

Unidade de Saúde da<br />

Família<br />

Unidades de Vigilância<br />

Sanitária<br />

Unidades não Especificadas<br />

Outros<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


apresentou o maior coeficiente entre os municípos em estudo, com 43,7 casos por 100.000<br />

habitantes, é o mais crítico. Verificou-se em São José dos Campos e Caçapava queda no CI<br />

entre 2002 e 2003: o primeiro passou de 35,6 para 25,3 e o segundo, de 62,6 para 20,2.<br />

Inversamente, Taubaté e Caraguatatuba tiveram aumento no CI: Taubaté passou de 29,4 para<br />

38,3 e Caraguatatuba de 27,3 para 43,7. Jambeiro e Paraibuna não constam na listagem.<br />

O Ministério da Saúde, através da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, promove a<br />

inclusão social por meio de ações de saneamento e saúde nos municípios brasileiros e entre os<br />

povos indígenas. Algumas normas e portarias devem ser seguidas pelos municípios, tais como<br />

a Portaria nº 1.399/1999, que define a sistemática de financiamento de competência da União,<br />

Estados, Municípios e Distrito Federal, na área de epidemiologia e controle de doenças, e a<br />

Portaria nº 151, de 20/02/2006 que também trata da aprovação dos critérios e procedimentos<br />

básicos para aplicação de recursos financeiros na área da sáude pública.<br />

Em relação às causas de morbidade, consultas ao Sistema de Informações Hospitalares do<br />

SUS/MS (Quadro 5.3-35) indicam que, em julho de 2005, gravidez, parto e puerpério foram<br />

responsáveis por 23% das internações na AII. As doenças do aparelho respiratório foram<br />

responsáveis por 14% 18 e as do aparelho circulatório, por 10%.<br />

A cidade de São José dos Campos foi a que registrou o maior número de internações causadas<br />

por doenças do aparelho respiratório. De acordo com informações obtidas nas consultas<br />

realizadas sobre o tema, a cidade de São José dos Campos vem registrando ano a ano aumento<br />

do nível de poluição do ar, comprovado com medições feitas pela CETESB (Companhia de<br />

Tecnologia de Saneamento Ambiental) nos últimos três (3) anos, que coloca o município<br />

numa situação de alerta vermelho, uma vez que está à frente de cidades maiores como<br />

Campinas e Santos, perdendo para Sorocaba (1º) e Ribeirão Preto (2º). Localizada num dos<br />

principais eixos rodoviários do país, as margens da BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), e<br />

devido a presença de inúmeras industrias instaladas nas imediações da cidade, a qualidade do<br />

ar na região tende a se agravar. Com isso, o número de casos de doenças do aparelho<br />

respiratório tende a aumentar, se não adotadas medidas para reduzir os níveis de poluentes<br />

lançados na atmosfera.<br />

18 Entrevistas realizadas na campanha de campo em São José dos Campos indicam um aumento da incidência das doenças do<br />

aparelho respiratório durante o inverno, devido ao clima seco da região.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-82 ABRIL / 2006


As demais cidades da região em estudo apresentaram números de casos bem menores que os<br />

registrados em São José dos Campos. As cidades de Caçapava e Taubaté, embora estejam<br />

localizadas as margens da BR-116 e, relativamente, próximas a São José dos Campos, foram<br />

registradas 51 e 53 internações, respectivamente. Já em Caraguatatuba, no mesmo período, o<br />

número de casos foi de 58 internações.<br />

Dentre as doenças respiratórias, pneumonia e asma foram as que, em 2005, mais levaram à<br />

internação na Área de Influência Indireta. O diagnóstico de pneumonia foi dado em 52%<br />

dos casos de internação e o de asma, em segundo lugar, correspondeu a 13% do total<br />

(Quadro 5.3-36). A maior incidência dos casos de doenças respiratórias ocorrem, geralmente,<br />

nas crianças, com idade até 9 anos, e na população mais idosa, com idade superior a 70 anos.<br />

Se considerados os seis municípios isoladamente, notam-se ainda algumas especificidades.<br />

No município de Jambeiro, 100% das internações por doenças pulmonares foram causadas<br />

por pneumonia. Já em Caçapava e Caraguatatuba, em que houve, respectivamente, 43% e<br />

62% de internações por essa doença, os casos de asma perderam importância para os<br />

diagnosticados como bronquite, enfisema e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas<br />

(31% e 17%).<br />

No que se refere às internações decorrentes de doenças do aparelho circulatório (Quadro 5.3-<br />

37), há maior incidência de causas como insuficiência cardíaca (23%) e outras doenças<br />

isquêmicas do coração (20%). Atenção especial merece ser dada aos municípios de pequeno<br />

porte, que registram significativa incidência de internações por acidente vascular cerebral<br />

(33% em Jambeiro e 20% em Paraibuna). Paraibuna destaca-se pelo percentual também<br />

relativamente elevado (20%) de casos de internação por hipertensão essencial. Nos demais<br />

municípios, esse percentual varia entre 4 e 11%. Já no município de Jambeiro, único para o<br />

qual não há informação relativa ao número de internações por insuficiência cardíaca, as<br />

doenças isquêmicas do coração e os casos de acidente vascular somam-se a 33% de<br />

internações que resultam de transtornos de condução e arritmias cardíacas.<br />

É importante observar que 24% dos óbitos registrados na AII, segundo dados de 2002,<br />

decorrem de doenças do aparelho circulatório (Quadro 5.3-38). As doenças do aparelho<br />

respiratório, descritas anteriormente, são responsáveis por apenas 10% das mortes nessa área.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-83 ABRIL / 2006


Estado/Municípios Total<br />

Algumas doenças infecciosas e<br />

parasitárias<br />

Neoplasias (tumores)<br />

Doenças do sangue e dos órgãos<br />

hematopoéticos e alguns<br />

transtornos imunitários<br />

Doenças endócrinas nutricionais e<br />

metabólicas<br />

Transtornos mentais e<br />

comportamentais<br />

Doenças do sistema nervoso<br />

Doenças do olho e anexos<br />

Doenças do ouvido e da apófise<br />

mastóide<br />

Doenças do aparelho circulatório<br />

São Paulo 190.095 10.753 11.132 1.311 4.295 5.980 4.756 2.034 554 21.641 24.985 16.603 2.801 5.008 12.116 37.964 3.856 1.916 3.307 15.637 81 3.365<br />

Caraguatatuba 499 25 11 6 16 6 4 2 - 53 58 46 6 21 54 122 5 4 7 53 - -<br />

Paraibuna 58 2 1 - 4 3 - 1 - 8 15 3 1 - 5 11 - - 1 3 - -<br />

Jambeiro 11 2 1 - 1 1 - - - 3 1 - 1 - - - - - - 1 - -<br />

São José dos Campos 2.511 105 156 9 50 123 37 12 2 260 402 245 32 35 165 539 40 24 27 210 1 37<br />

Caçapava 323 15 9 - 8 4 6 3 2 44 51 14 1 5 32 61 8 1 3 23 - 33<br />

Taubaté 851 45 66 5 7 6 14 5 5 72 53 92 6 51 58 239 22 16 14 69 1 5<br />

AII 4.253 194 244 20 86 143 61 23 9 440 580 400 47 112 314 972 75 45 52 359 2 75<br />

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), Jul. 2005.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUADRO 5.3-35<br />

MORBIDADE, 2005<br />

Doenças do aparelho respiratório<br />

Doenças do aparelho digestivo<br />

Doenças da pele e do tecido<br />

subcutâneo<br />

Doenças sistema osteomuscular e<br />

tecido conjuntivo<br />

Doenças do aparelho geniturinário<br />

Gravidez parto e puerpério<br />

Algumas afecções originadas no<br />

período perinatal<br />

Malformações congênitas,<br />

deformidades e anomalias<br />

cromossômicas<br />

Sintomas, sinais e achados<br />

anormais de exames clínicos e de<br />

laboratório, não classificados em<br />

outra parte<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-84 ABRIL / 2006<br />

Lesões enven e alg out conseq<br />

causas externas<br />

Causas externas de morbidade e<br />

mortalidade<br />

Contatos com serviços de saúde


Estado/Municípíos<br />

Total<br />

Influenza (Gripe)<br />

Pneumonia<br />

Outras doenças do<br />

trato respiratório<br />

superior<br />

Bronquite, efisema e<br />

outras doenças<br />

pulmonares<br />

obstrutivas crônicas<br />

São Paulo 24.518 502 12.325 525 2.129 2.953 2.814 839 170 1.161 971 56 73<br />

Caraguatatuba 58 - 36 1 10 3 3 2 1 1 1 - -<br />

Paraibuna 15 - 8 1 1 2 1 - - - 2 - -<br />

Jambeiro 1 - 1 - - - - - - - - - -<br />

São José dos Campos 400 - 207 2 23 66 33 4 1 40 24 - -<br />

Caçapava 51 - 22 1 16 2 4 1 - 3 2 - -<br />

Taubaté 53 - 27 - 1 4 16 1 - 4 - - -<br />

AII 578 0 301 5 51 77 57 8 2 48 29 0 0<br />

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), Jul. 2005.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUADRO 5.3-36<br />

NÚMERO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES, DE ACORDO COM AS DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO EM JULHO DE 2005<br />

Asma<br />

Doenças do aparelho respiratório<br />

Outras doenças do<br />

aparelho respiratório<br />

Laringite e traqueíte<br />

agudas<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-85<br />

Outras infecções<br />

agudas das vias<br />

aéreas<br />

Doenças crônicas das<br />

amígdalas e das<br />

adenóides<br />

Bronquite aguda e<br />

bronquiolite aguda<br />

Sinusite crônica<br />

Bronquiectasia<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL/ 2006


Estado /Municípíos Total<br />

Hipertensão essencial<br />

(primária)<br />

Infarto agudo do<br />

miocárdio<br />

Outras doenças<br />

isquêmicas do coração<br />

Transtornos de condução<br />

e arritmias cardíacas<br />

Insuficiência cardíaca<br />

Outras doenças do<br />

coração<br />

Hemorragia<br />

intracraniana<br />

Acidentes vasculares<br />

cerebrais isquêmicos<br />

transitórios e síndromes<br />

correlatas<br />

São Paulo 19.310 2.147 1.426 3.254 1.219 4.363 313 729 2.285 257 306 571 1.734 489 217<br />

Caraguatatuba 49 1 4 6 1 14 2 3 8 1 - 5 3 1 -<br />

Paraibuna 5 1 1 - - 1 - - 1 - - - 1 - -<br />

Jambeiro 3 - - 1 1 - - - 1 - - - - - -<br />

São José dos Campos 254 13 20 50 23 59 9 13 29 4 4 7 10 11 2<br />

Caçapava 42 - 3 9 5 14 1 - 4 1 - 4 - - 1<br />

Taubaté 63 3 7 16 5 7 - 4 4 - 1 3 9 2 2<br />

AII 416 18 35 82 35 95 12 20 47 6 5 19 23 14 5<br />

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), Jul. 2005.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUADRO 5.3-37<br />

NÚMERO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES, DE ACORDO COM AS DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO EM JULHO DE 2005<br />

Doenças do aparelho circulatório<br />

Outras doenças<br />

cerebrovasculares<br />

Embolia e trombose<br />

arteriais<br />

Flebite tromboflebite<br />

embolia e trombose<br />

venosa<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-86 ABRIL / 2006<br />

Veias varicosas das<br />

extremidades inferiores<br />

Hemorróidas<br />

Outras doenças do<br />

aparelho circulatório


Estado/Municípios Total<br />

MORTALIDADE, POR CAUSAS, 2002<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 20<br />

Algumas doenças<br />

infecciosas e<br />

parasitárias<br />

Neoplasias (tumores)<br />

Doenças sangue<br />

órgãos<br />

hematopoéticos e<br />

transtornos<br />

imunitários<br />

Doenças endócrinas<br />

nutricionais e<br />

metabólicas<br />

Transtornos mentais e<br />

comportamentais<br />

Doenças do sistema<br />

nervoso<br />

Doenças do olho e<br />

anexos<br />

QUADRO 5.3-38<br />

Doenças do ouvido e<br />

da apófise mastóide<br />

São Paulo 237.741 10.505 37.212 1.000 10.704 1.881 3.587 3 24 70.838 26.714 13.338 534 715 4.288 230 5.573 2.141 15.496 32.958<br />

Caraguatatuba 524 22 56 4 15 4 9 - - 106 48 30 3 2 11 - 16 5 91 102<br />

Paraibuna 89 2 10 - 6 1 1 - - 23 7 9 - - 3 - 1 1 14 11<br />

Jambeiro 14 - 1 - - - 1 - - 7 1 - - - - - 1 - 1 2<br />

São José dos Campos 2.874 120 487 13 154 38 53 - - 613 236 145 6 17 56 1 70 34 335 496<br />

Caçapava 495 30 70 9 25 3 14 - - 117 45 25 1 1 9 - 12 7 79 48<br />

Taubaté 1.534 67 245 4 93 16 23 - - 457 231 90 3 8 33 3 43 8 30 180<br />

AII 5.530 241 869 30 293 62 101 0 0 1.323 568 299 13 28 112 4 143 55 550 839<br />

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, 2002<br />

Doenças do aparelho<br />

circulatório<br />

Doenças do aparelho<br />

respiratório<br />

Doenças do aparelho<br />

digestivo<br />

Doenças da pele e do<br />

tecido subcutâneo<br />

Doenças sistêmicas<br />

osteomuscular e<br />

tecido conjuntivo<br />

Doenças do aparelho<br />

geniturinário<br />

Gravidez parto e<br />

puerpério<br />

Algumas afecções<br />

originadas no período<br />

perinatal<br />

Malformações<br />

congênitas,<br />

deformidades e<br />

anomalias<br />

cromossômicas<br />

Sintomas, sinais e<br />

achados anormais de<br />

exames clínicos e de<br />

laboratório, não<br />

classificados em outra<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL NO MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong> 5.3-87<br />

ABRIL / 2006<br />

Causas externas de<br />

morbidade e<br />

mortalidade


Mortalidade por Faixa de Idade<br />

Estado/Municípios Total Menor 1<br />

ano<br />

1 a 4 anos 5 a 9 anos<br />

10 a 14<br />

anos<br />

15 a 19<br />

anos<br />

20 a 29<br />

anos<br />

30 a 39<br />

anos<br />

40 a 49<br />

anos<br />

50 a 59<br />

anos<br />

60 a 69<br />

anos<br />

70 a 79<br />

anos<br />

80 anos e<br />

mais<br />

São Paulo 236.807 9.534 1.615 877 1.179 5.114 13.692 15.677 22.678 29.399 38.640 49.333 49.069<br />

Caraguatatuba 518 27 2 - 3 17 48 45 61 66 87 77 85<br />

Paraibuna 89 2 - - - 1 3 1 11 12 17 20 22<br />

Jambeiro 14 1 - - - - - 1 1 1 3 4 3<br />

São José dos Campos 2.869 121 23 12 19 87 218 202 315 374 413 552 533<br />

Caçapava 494 22 1 2 2 6 19 33 51 67 90 103 98<br />

Taubaté 1.527 60 9 3 7 24 59 101 136 185 246 322 375<br />

AII 5.511 233 35 17 31 135 347 383 575 705 856 1.078 1.116<br />

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, 2002.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUADRO 5.3-39<br />

MORTALIDADE POR FAIXA DE IDADE, 2002<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-88 ABRIL / 2006


Neoplasias e causas externas responsabilizam-se por 16% e 15%, respectivamente.<br />

Outro dado importante, observado na análise dessas taxas, diz respeito à mortalidade por faixa<br />

etária. O Quadro 5.3-39 indica que 40% das mortes na AII estavam concentradas, segundo<br />

dados de 2002, na faixa etária de 70 a 80 anos ou mais. Entre as crianças menores de 1 ano a<br />

taxa de mortalidade na AII chega a 4,2% e entre jovens (15 a 19 anos) a taxa é 2,4%.<br />

Por fim, importa mencionar que, em 2004, o coeficiente de mortalidade infantil na AII era de<br />

15,19, por 1.000 crianças nascidas vivas, pouco maior que o observado no Estado de São<br />

Paulo (14,25). Dentre os municípios integrantes da AII, Caraguatatuba e Jambeiro<br />

apresentavam os maiores coeficientes (20,19 e 19,23) e Paraibuna o menor (8,2)<br />

(Quadro 5.3-40).<br />

Quadro 5.3-40<br />

Coeficiente de Mortalidade Infantil – (Por 1.000 Nascidos Vivos), 2004<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Estado/Municípios Coeficiente<br />

São Paulo 14,25<br />

Caraguatatuba 20,19<br />

Paraibuna 8,2<br />

Jambeiro 19,23<br />

São José dos Campos 11,15<br />

Caçapava 16,04<br />

Taubaté 16,31<br />

AII 15,19<br />

Fontes: Fundação SEADE - 2004<br />

(5) Saneamento Básico<br />

Para avaliação da situação referente ao saneamento básico nos municípios integrantes da AII,<br />

foram utilizados dados do Censo Demográfico de 2000, além de informações fornecidas pelas<br />

administrações públicas locais quando da realização da campanha de campo.<br />

• Abastecimento de Água<br />

A principal empresa responsável pelo abastecimento de água na Área de Influência Indireta é<br />

a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, à exceção de<br />

Paraibuna, onde a captação e o tratamento são responsabilidade da Prefeitura. A água é<br />

captada, nesse município, no rio Paraíba do Sul, e encaminhada a uma Estação de Tratamento<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-89 ABRIL / 2006


de Água (ETA). Os efluentes não tratados vão para esse rio. Nos estabelecimentos rurais do<br />

município, a água é proveniente de poços, cisternas e minas.<br />

Similarmente ao que se observa no próprio Estado de São Paulo — em que 93,5% dos<br />

domicílios contam com rede geral de abastecimento de água —, todas as localidades que<br />

compõem a AII têm também essa forma de abastecimento como principal meio de obtenção<br />

daquele recurso. Ou seja, nos seis municípios em estudo, observa-se o mesmo percentual<br />

encontrado para o estado do abastecimento feito por rede, 93,5% (Quadro 5.3-41 e<br />

Figura 5.3-24)<br />

Taubaté e São José dos Campos destacam-se como os municípios onde há maior número de<br />

domicílios particulares permanentes ligados à rede geral (95,4%, e 95,0%, respectivamente),<br />

com abastecimento de água de 100% da área urbana. Em Taubaté, a captação de água é<br />

realizada nos rios Una, Paraíba e Tremembé. De acordo com as informações obtidas no<br />

trabalho de campo, a maior parte dos domicílios da Área de Influência Direta do<br />

empreendimento, em São José dos Campos, é abastecida com água captada de poços.<br />

Inversamente, destacam-se os municípios de Jambeiro e Paraibuna como aqueles onde se<br />

registra maior número de domicílios servidos por poço ou nascente (48,1% e 42,9%). Em<br />

Jambeiro, a SABESP só abastece a área urbana (98%) e o pólo industrial. A captação de água<br />

é feita em diferentes pontos, como em Ribeirão da Serra e em algumas minas. A Estação de<br />

Tratamento de Água (ETA) localiza-se nas proximidades da zona inustrial, no raio de<br />

aproximadamente 1km do centro. De acordo com os entrevistados, existem problemas de<br />

abastecimento de água quando a falta de energia elétrica prejudica o funcionamento da bomba<br />

de tratamento. As unidades rurais são abastecidas por meio de poços, minas e córregos.<br />

O município de Caçapava é abastecido a partir de diversos pontos de captação de água<br />

subterrâneos, espalhados na cidade. A captação é profunda, a fim de ser evitado o contato<br />

com os sumidouros e as fossas. Às áreas rurais, são encaminhados carros-pipa para abastecer<br />

a população. Segundo informações de entrevistas no município, há previsão para a construção<br />

de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), captando água do rio Paraíba para Caçapava.<br />

Em Caraguatatuba, a captação da água para o abastecimento é realizada em dois rios do<br />

município, o rio Claro e o rio Guaxindu, bem acima das estações de tratamento e do litoral,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-90 ABRIL / 2006


atendendo a 100% do município. A população reclama das constantes obras de manutenção<br />

realizadas pela SABESP, que deixam buracos nas estradas.<br />

• Esgotamento Sanitário<br />

Se considerada a totalidade da AII, pode-se dizer também serem boas as condições médias de<br />

esgotamento sanitário encontradas. Segundo dados do Censo 2000 (Quadro 5.3-42 e Figura<br />

5.3-25), 82,3% dos domicílios situados na AII são ligados à rede geral de esgoto ou pluvial e<br />

somente 5,0% deles possuem fossa rudimentar.<br />

Esse cenário, no entanto, é fortemente influenciado pela situação existente nos municípios de<br />

Taubaté, São José dos Campos 19 e Caçapava 20 , que concentram a maioria dos domicílios com<br />

rede geral de esgoto ou pluvial. Em Jambeiro e Paraibuna, embora também haja maior<br />

percentual de domicílios ligados à rede geral de esgoto ou pluvial, 40% do esgoto são<br />

lançados em fossas rudimentares e no rio. A cidade costeira de Caraguatatuba é a única em<br />

que as fossas sépticas são a principal forma de esgotamento sanitário, 58,3%. Nessa<br />

localidade, apenas 8% da população são atendidos por rede geral.<br />

19<br />

Embora a pesquisa de campo tenha constatado a incidência de esgoto sanitário não canalizado na cidade de<br />

São José dos Campos.<br />

20<br />

Há, nesse município, rede de coleta em 100% das habitações urbanas legalizadas. Existem 54 áreas de<br />

assentamento espontâneo irregular. Na área rural, o esgoto é despejado em fossas e pequenos córregos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-91 ABRIL / 2006


Estado/Municípios<br />

Rede geral Poço ou nascente (na propriedade) Outra forma<br />

São Paulo 10.364.152 9.690.889 584.723 88.540<br />

Caraguatatuba 22.164 20.928 707 529<br />

Paraibuna 4.524 2.463 1941 120<br />

Jambeiro 1.125 573 541 11<br />

São José dos Campos 144.586 137.310 6651 625<br />

Caçapava 19.898 17.290 2323 285<br />

Taubaté 66.435 63.370 2847 218<br />

AII<br />

Fonte: Censo Demográfico, 2000<br />

258.732 241.934 15.010 1.788<br />

Legenda:<br />

5,6<br />

3,2<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

São Paulo<br />

0,9<br />

Total<br />

Caraguatatuba<br />

2,4<br />

Paraibuna<br />

2,7<br />

93,5<br />

94,4<br />

42,9 54,4<br />

Jambeiro<br />

1,0<br />

48,1 50,9<br />

QUADRO 5.3-41<br />

ABASTECIMENTO DE ÁGUA, 2000<br />

FIGURA 5.3-24<br />

ABASTECIMENTO DE ÁGUA, 2000 (%)<br />

Forma de abastecimento de água<br />

Caçapava<br />

1,4<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-92 ABRIL/ 2006<br />

11,7<br />

São José dos Campos<br />

0,4<br />

4,6<br />

Taubaté<br />

0,3<br />

4,3<br />

Rede Geral Poço ou Nascente Outra forma<br />

5,8<br />

AII<br />

0,7<br />

95,0<br />

86,9<br />

95,4<br />

93,5


Estado/Municípios<br />

Rede geral<br />

Fossa<br />

séptica<br />

Fossa<br />

rudimentar<br />

Vala<br />

Rio, lago<br />

ou mar<br />

Outro<br />

escoadouro<br />

Não tinham<br />

banheiro nem<br />

sanitário<br />

São Paulo 10.364.152 8.466.151 677.822 661.022 165.032 293.921 55.128 45.076<br />

Caraguatatuba 22.164 5.107 12.925 3.122 654 193 54 109<br />

Paraibuna 4.524 1.924 523 994 167 852 5 59<br />

Jambeiro 1.125 518 67 319 65 148 6 2<br />

São José dos Campos 144.586 128.850 7.374 5.072 895 2.026 139 230<br />

Caçapava 19.898 16.123 2.314 1.091 59 217 8 86<br />

Taubaté 66.435 60.328 2.548 2.442 262 725 49 81<br />

AII 258.732 212.850 25.751 13.040 2.102 4.161 261 567<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000<br />

100,0<br />

90,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

90,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Rede geral<br />

Rede geral<br />

Séptica<br />

Rudimentar<br />

São Paulo<br />

Vala<br />

Rio, lago ou mar<br />

Outro escoadouro<br />

Sem banheiro<br />

São José dos Campos<br />

Séptica<br />

Rudimentar<br />

Vala<br />

Rio, lago ou mar<br />

Outro escoadouro<br />

Sem banheiro<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Total<br />

100,0<br />

90,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

90,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Rede geral<br />

Rede geral<br />

Séptica<br />

Séptica<br />

QUADRO 5.3-42<br />

ESGOTAMENTO SANITÁRIO, 2000<br />

Tipo de esgotamento sanitário<br />

FIGURA 5.3-25<br />

ESGOTAMENTO SANITÁRIO, 2000 (%)<br />

Caraguatatuba<br />

Rudimentar<br />

Rudimentar<br />

Vala<br />

Caçapava<br />

Vala<br />

Rio, lago ou mar<br />

Rio, lago ou mar<br />

Outro escoadouro<br />

Outro escoadouro<br />

Sem banheiro<br />

Sem banheiro<br />

100,0<br />

90,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

90,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Rede geral<br />

Rede geral<br />

Séptica<br />

Séptica<br />

Paraibuna<br />

Rudimentar<br />

Rudimentar<br />

Vala<br />

Rio, lago ou mar<br />

Taubaté<br />

Vala<br />

Rio, lago ou mar<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-93 ABRIL / 2006<br />

Outro escoadouro<br />

Outro escoadouro<br />

Sem banheiro<br />

Sem banheiro<br />

100,0<br />

90,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

100,0<br />

90,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Rede geral<br />

Rede geral<br />

Séptica<br />

Séptica<br />

Rudimentar<br />

Rudimentar<br />

Jambeiro<br />

Vala<br />

Vala<br />

Rio, lago ou mar<br />

AII<br />

Rio, lago ou mar<br />

Outro escoadouro<br />

Outro escoadouro<br />

Sem banheiro<br />

Sem banheiro


• Resíduos Sólidos<br />

A coleta domiciliar de lixo cobre 97,7% dos domicílios particulares permanentes existentes na<br />

AII. O lixo é queimado em apenas 1,7% dos domicílios e, em 0,5%, possui outro destino —<br />

situação similar à verificada no Estado de São Paulo, onde 95,8% do lixo domiciliar são<br />

coletados (Quadro 5.3-43 e Figura 5.3-26).<br />

Considerada novamente a totalidade da AII, pode-se ainda observar que os municípios que<br />

apresentam maior percentual de lixo coletado são Caraguatatuba (97,5%), Taubaté (97,7%) e<br />

São José dos Campos (99,0%), ainda que o primeiro esteja na faixa de 90 mil habitantes e os<br />

dois últimos, com 264 mil e 590 mil, respectivamente 21 .<br />

O lixo coletado em Caraguatatuba é depositado em “lixão” localizado nas proximidades da<br />

área onde será implantada a Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba — UTGCA da<br />

PETROBRAS onde será a partida do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, dentro na Fazenda<br />

Serra Mar. O lixão de Caraguatatuba é considerado o de pior classificação no Índice de<br />

Qualidade de Resíduos (IRQ) entre os demais municípios do Litoral Norte, sendo reprovado<br />

nos parâmetros técnicos da Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental – CETESB.<br />

Esse órgão está propondo um novo aterro sanitário regional, localizado na cidade de<br />

Caraguatatuba, atendendo também a São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba, de acordo como<br />

Plano Regional de Resíduos Sólidos para o Litoral Norte.<br />

Registra-se em Paraibuna — município com segundo menor número de habitantes dentre os<br />

que compõem a Área de Influência Indireta — o maior percentual de lixo queimado (24,1%).<br />

A esse município, segue-se Jambeiro (12,1%), que apresenta a menor população da AII.<br />

Deve-se atentar para o fato de que, nesse município, 3,3% de todo o lixo gerado é jogado em<br />

terreno baldio ou logradouro, percentual esse muito superior à média observada na AII<br />

(0,2%).<br />

21<br />

Nos demais municípios integrantes da AII, a coleta domiciliar atende de 69,5% a 96,3% dos domicílios<br />

permanentes.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-94 ABRIL / 2006


Estado/Municípios<br />

Total<br />

QUADRO 5.3-43<br />

DESTINO DO LIXO, 2000<br />

Destino do lixo<br />

Coletado Queimado Enterrado<br />

Jogado em<br />

terreno baldio<br />

ou logradouro<br />

Jogado em rio,<br />

lago ou mar<br />

Outro destino<br />

São Paulo 10.364.152 9.931.719 297.338 42.268 58.711 13.642 20.474<br />

Caraguatatuba 22.164 21.601 402 52 84 0 25<br />

Paraibuna 4.524 3.145 1.090 136 77 4 72<br />

Jambeiro 1.125 910 136 27 37 2 13<br />

São José dos Campos 144.586 143.087 998 194 224 19 64<br />

Caçapava 19.898 19.159 545 70 83 5 36<br />

Taubaté 66.435 64.908 1.272 115 103 7 30<br />

AII 258.732 252.810 4.443 594 608 37 240<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2000.<br />

80,0<br />

São Paulo<br />

FIGURA 5.3-26<br />

DESTINO DO LIXO, 2000 (%)<br />

80,0<br />

Caraguatatuba<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Coletado<br />

Coletado<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Queimado<br />

Queimado<br />

Coletado<br />

Enterrado<br />

Queimado<br />

Paraibuna<br />

Enterrado<br />

terreno baldio ou<br />

logradouro<br />

Caçapava<br />

terreno baldio<br />

ou logradouro<br />

Enterrado<br />

em rio, lago ou<br />

mar<br />

em rio, lago ou<br />

mar<br />

terreno baldio<br />

ou logradouro<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Outro destino<br />

Outro destino<br />

em rio, lago<br />

ou mar<br />

Outro destino<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Coletado<br />

Coletado<br />

Queimado<br />

Queimado<br />

Jambeiro<br />

Enterrado<br />

terreno baldio ou<br />

logradouro<br />

Taubaté<br />

Enterrado<br />

terreno baldio<br />

ou logradouro<br />

em rio, lago ou<br />

mar<br />

em rio, lago ou<br />

mar<br />

Outro destino<br />

Outro destino<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO<br />

ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-95 ABRIL / 2006<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Coletado<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

80,0<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

30,0<br />

20,0<br />

10,0<br />

0,0<br />

Queimado<br />

Coletado<br />

Coletado<br />

Enterrado<br />

Queimado<br />

Queimado<br />

terreno baldio<br />

ou logradouro<br />

Enterrado<br />

em rio, lago ou<br />

mar<br />

terreno baldio ou<br />

logradouro<br />

Outro destino<br />

São José dos Campos<br />

Enterrado<br />

AII<br />

terreno baldio<br />

ou logradouro<br />

em rio, lago ou<br />

mar<br />

em rio, lago ou<br />

mar<br />

Outro destino<br />

Outro destino


O Quadro 5.3-44 resume as informações obtidas em campo acerca da coleta e destino do<br />

lixo nos municípios da AII.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-44 – Coleta e Destino do Lixo<br />

Municípios Coleta e Destino<br />

Caraguatatuba Coleta realizada pela Prefeitura, por meio de empresa terceirizada,<br />

denominada Pioneira. Em seguida é depositado no lixão na Fazenda Serra<br />

Mar. Um aterro sanitário, de uso regional (Litoral Norte), está em fase de<br />

estudo.<br />

Paraibuna A coleta é realizada pela Prefeitura e o lixo depositado em São José dos<br />

Campos.<br />

Jambeiro O lixo é depositado em um aterro sanitário na Estrada dos Francos. O lixo<br />

hospitalar é transferido para outro município.<br />

São José dos Campos Coleta realizada pela URBAM S/A – Urbanizadora Municipal. Existe uma<br />

Estação de Tratamento de resíduos e aterro sanitário localizados no Bairro<br />

Torrão do Ouro, distante do Gasoduto. Esse aterro é considerado a principal<br />

fonte de poluição do município. O local recebe diariamente todo o lixo<br />

coletado (350 toneladas), incluindo lixo hospitalar, coleta seletiva e resíduos<br />

orgânicos.<br />

Caçapava Coleta realizada pela Prefeitura, por meio de empresa terceirizada,<br />

denominada Pioneira. O lixo é vendido e depositado no município de<br />

Tremembé.<br />

Taubaté Coleta realizada pela Prefeitura, que conta com estrutura própria. O lixo é<br />

lançado em aterro sanitário localizado no Bairo do Ipiranga.<br />

Fonte: Biodinâmica, 2005: entrevista com os gestores dos municípios da AII.<br />

(6) Segurança Pública<br />

A garantia da segurança pública no Brasil é competência dos estados federados, que têm por<br />

prática investir na qualificação de ações de caráter repressivo, a cargo das Polícias Civil e<br />

Militar, responsáveis pela realização de atividades de polícia judiciária e policiamento<br />

ostensivo, respectivamente.<br />

Já há muitos anos, tais unidades federativas vêm investindo no aumento e qualificação do<br />

efetivo policial, no mapeamento dos registros e ocorrências criminais, no processo de<br />

integração entre as polícias, entre outras ações consideradas capazes de reverter o quadro de<br />

violência vigente.<br />

Tal predominância dos estados no tratamento da questão da segurança pública, no entanto,<br />

cede espaço, recentemente, ao debate sobre a necessidade de maior partilha de<br />

responsabilidades dessa natureza com a União e com os municípios em geral. Os governos<br />

municipais vêm sendo, cada vez mais, chamados a contribuir para a manutenção da ordem<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-96 ABRIL / 2006


social por meio da realização de ações de caráter preventivo, da criação de Delegacias de<br />

Mulheres e de Defesa Civil, entre outras iniciativas, e da própria tentativa de revisão do papel<br />

das Guardas Municipais, dedicadas hoje, exclusivamente, à garantia da segurança do<br />

patrimônio público.<br />

Segundo os dados disponíveis, nota-se, no entanto, que não há na AII avanços significativos<br />

quanto à implantação desses equipamentos públicos. O Perfil dos Municípios Brasileiros –<br />

Gestão Pública, 2001, IBGE – informa que São José dos Campos é a única cidade a contar<br />

com uma Guarda Municipal, com um efetivo de 373 trabalhadores (1 guarda para cada 1.473<br />

habitantes). Quase todos os municípios contam com unidade da Defesa Civil; a única exceção<br />

é Jambeiro, município de menor porte da AII. Caraguatatuba, São José dos Campos e Taubaté<br />

são as únicas cidades que dispõem de Delegacia da Mulher (Quadro 5.3-45).<br />

Segundo informações de campo, em Caraguatatuba, no litoral norte do estado, há registro de<br />

alto índice de homicídio, furto, roubo e tráfico de drogas, intensificados no verão. Uma<br />

parceria entre a Prefeitura de Caraguatatuba e a Secretaria de Segurança Pública deverá<br />

viabilizar um efetivo de mais de 180 policiais, entre militares, civis e rodoviários, para<br />

garantir maior segurança ao município, não somente na alta temporada, mas também nos<br />

feriados prolongados. Problemas similares de segurança foram apontados pela gestão pública<br />

em Jambeiro.<br />

Quadro 5.3-45 - Existência de Guarda, Delegacia de Mulher e Defesa Civil<br />

Município Guarda Municipal Delegacia Mulher Defesa Civil<br />

Caraguatatuba Não(*) Sim Sim<br />

Paraibuna Não Não Sim<br />

Jambeiro Não Não Não<br />

São José dos Campos Sim Sim Sim<br />

Caçapava Não Não Sim<br />

Taubaté Não Sim Sim<br />

Fonte: Perfil dos Municípios Brasileiros – Gestão Pública – 2001, IBGE.<br />

(*) Segundo informações de campo, a Câmara aprovou, recentemente, uma lei que cria a Guarda Mirim, ainda<br />

não em atividade.Destaca-se a existência de um projeto de construção de um Centro de Detenção<br />

Provisório (CDP) em Caraguatatuba, no bairro Pirassununga. O projeto está em estudo e já obteve um<br />

parecer desfavorável em função da existência do Parque Estadual da Serra do Mar nas proximidades.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-97 ABRIL / 2006


(7) Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)<br />

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi desenvolvido por Mahbub Ul Haq, em<br />

1990, e calculado retroativamente até 1975, com o objetivo de confrontar e suplantar a<br />

utilização do indicador PIB per capita para mensuração do grau de desenvolvimento humano.<br />

Publicado pelas Nações Unidas, o IDH é um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento<br />

do Milênio (PNUD, 2005), o qual parte do pressuposto de que, para aferição do grau de<br />

desenvolvimento da população, não se deve considerar exclusivamente a dimensão<br />

econômica, mas suas características políticas, sociais e culturais.<br />

O índice reúne subíndices, por meio de uma média aritmética simples: IDH-renda (PIB per<br />

capita), IDH-longevidade (dados de expectativa de vida ao nascer) e IDH-educação (taxa de<br />

matrículas em todos os níveis de ensino e taxa de analfabetismo). As três dimensões têm no<br />

cálculo a mesma importância, resultando em índice que varia de 0 a 1. Quanto mais perto de<br />

1, melhor a qualidade de vida e o desenvolvimento humano no local. O índice é calculado<br />

para mensuração do nível de desenvolvimento de 177 países e territórios e, no Brasil, também<br />

de estados e municípios. O Brasil ocupa a 63ª colocação no ranking de países, registrando um<br />

IDH de 0,792 em 2005, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano emitido em<br />

setembro de 2005. Em 2000, ano da última divulgação dos dados para estado e municípios, o<br />

IDH de São Paulo era de 0,82.<br />

É importante registrar que os dados utilizados para cálculo do IDH são divulgados pelos<br />

Censos e que a periodicidade de sua divulgação está condicionada à publicação dessa<br />

pesquisa. Sob esse aspecto, o Estado de São Paulo, em virtude do trabalho elaborado pela<br />

Fundação SEADE, apresenta certo avanço. Visando subsidiar a formulação e avaliação de<br />

políticas públicas, a Fundação elaborou um indicador que compartilha o paradigma sobre o<br />

qual se fundamenta o IDH, mas que opera com registros administrativos, o que permite a ela<br />

uma atualização intercensitária.<br />

O Índice Paulista de Responsabilidade Social (IRPS) é composto por quatro indicadores: três<br />

setoriais, que mensuram as condições atuais do município em termos de renda, escolaridade e<br />

longevidade – dimensões similares às do IDH, e por uma tipologia constituída de cinco<br />

grupos, denominada grupos do IPRS, construída a partir de indicadores sintéticos, capazes de<br />

resumir a situação dos municípios segundo os três eixos acima citados (SEADE, 2004).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-98 ABRIL / 2006


Os cinco grupos podem ser assim descritos:<br />

• Grupo 1: municípios com nível elevado de riqueza e bons níveis de indicadores sociais;<br />

• Grupo 2: municípios com nível elevado de riqueza e que não exibem bons indicadores<br />

sociais;<br />

• Grupo 3: municípios com baixos níveis de riqueza e bons níveis de indicadores sociais;<br />

• Grupo 4: municípios com baixos níveis de riqueza e nível intermediário de indicadores<br />

sociais;<br />

• Grupo 5: municípios mais desfavorecidos, tanto em riqueza quanto em indicadores<br />

sociais.<br />

Segue, abaixo, listagem dos municípios da AII com indicação do último cálculo de IDH e do<br />

IPRS para os anos de 2000 e 2002 (Quadro 5.3-46).<br />

Quadro 5.3-46 – Índices de Desenvolvimento Humano dos Municípios<br />

Estado/Municípios<br />

2000 2000 2002<br />

IDH Grupo IPRS Grupo IPRS<br />

São Paulo 0,82 - -<br />

Caraguatatuba 0,802 2 2<br />

Paraibuna 0,771 5 4<br />

Jambeiro 0,779 2 1<br />

Caçapava 0,835 1 2<br />

São José dos Campos 0,849 1 1<br />

Taubaté 0,837 1 1<br />

Fonte: Fundação SEADE.<br />

De acordo com tais informações, São José dos Campos, Taubaté e Caçapava foram os<br />

municípios que apresentaram melhor IDH, em 2000, além do fato de que os dois primeiros<br />

pertencem ao Grupo 1 do IPRS desde o ano de 2000. O município de Caçapava destaca-se por<br />

ter apresentado um quadro de indicadores sociais decrescente de 2000 para 2002. Dentre os<br />

municípios da AII, Paraibuna é o que apresenta piores indicadores. É o município de menor<br />

IDH da área em estudo e se destaca e diferencia dos demais com relação aos grupos do IRPS.<br />

Embora tenha apresentado alguma melhora de seus indicadores sociais entre 2000 e 2002, o<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-99 ABRIL / 2006


que garantiu sua elevação ao grupo 4 do IPRS, Paraibuna é o único município da AII onde se<br />

registram baixos níveis de riqueza.<br />

(8) Estrutura Urbana<br />

• Sistemas de Transportes<br />

Rodoviário<br />

Destacam-se as seguintes rodovias federais na AII, de acordo com o Departamento Nacional<br />

de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT:<br />

- BR-101 – Rodovia Rio-Santos, divisa entre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo;<br />

- BR-116 – Rodovia Presidente Dutra – liga o Estado de São Paulo ao Rio de Janeiro,<br />

passando por São José dos Campos, Jacareí, Caçapava e Taubaté.<br />

As principais rodovias estaduais que cortam a AII, segundo o DNIT/Mapa Rodoviário de<br />

2002 e DER/SP são:<br />

- SP-055/BR-101: liga o Rio de Janeiro a Santos, passando pelo município de<br />

Caraguatatuba;<br />

- SP-099 – Rodovia dos Tamoios: liga Caraguatatuba a São José dos Campos, passando por<br />

Paraibuna e Jambeiro;<br />

- SP-103 – Rodovia Professor Júlio de Paula Moraes: liga o município de Paraibuna a<br />

Jambeiro;<br />

- SP-103 (continuação) – Rodovia João do Amaral Gurgel: liga Jambeiro a Caçapava;<br />

- SP-125: liga Taubaté a Ubatuba (rodovia importante para escoamento da produção de<br />

Taubaté pelo Porto de Ubatuba);<br />

- SP-070 – Rodovia Governador Carvalho Pinto: liga São Paulo a Taubaté, permitindo o<br />

acesso ao sul de São José dos Campos;<br />

- SP-088 – Rodovia Professor Alfredo Rolim de Moura: liga Mogi das Cruzes à Rodovia<br />

dos Tamoios (SP-099).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-100 ABRIL / 2006


Informações do Departamento de Estradas de Rodagem – DER/SP, indicam o volume diário<br />

médio por cada rodovia estadual, conforme Quadro 5.3-47. Não há os mesmos dados<br />

disponíveis para as rodovias federais nos órgãos responsáveis.<br />

Quadro 5.3-47 – Volume Diário Médio de Trânsito nas Rodovias da AII<br />

RODOVIA<br />

TRECHO (km)<br />

TIPO DOS VEÍCULOS<br />

DESCRIÇÃO DO TRECHO<br />

km<br />

Início Fim Leves Médios<br />

Reboque e<br />

Pesados Ônibus<br />

Semi<br />

Total<br />

SP-055<br />

SP.125 (UBATUBA) - SP.99 (<strong>CARAGUA</strong>TATUBA) 64 48.300 102.300 6.565 868 293 164 554 8.444<br />

SP.99 (<strong>CARAGUA</strong>TATUBA) - SAO SEBASTIAO 114 102.300 124.750 7.630 279 10 28 211 8.158<br />

SP-099<br />

BR.116 (SAO JOSE DOS CAMPOS ) - PARAIBUNA 20 0.000 32.550 7.665 805 329 193 692 9.684<br />

PARAIBUNA - SP.55 (<strong>CARAGUA</strong>TATUBA) 61 35.290 83.400 5.881 330 131 66 200 6.608<br />

SP-103<br />

BR.116 (CACAPAVA) - JAMBEIRO 2 0.000 22.900 1.666 146 36 6 216 2.070<br />

JAMBEIRO - SP.99 31 24.200 32.700 369 41 9 1 17 437<br />

SP-125 BR.116 (<strong>TAUBATE</strong>) - SP.121 11 0.000 21.100 2.285 236 151 61 102 2.835<br />

SP-088 DIV.DR10/DR06 (KM 106,7) - SP099 (PITAS) 128 106.700 135.000 401 41 11 8 14 475<br />

SP-070 GUARAREMA - TAUBATÉ (Rodovia Carvalho Pinto) 70,15 60,3 130,4 - - - - - 12.621<br />

BR-101<br />

PRAIA GRANDE - ENTR SP-099 (<strong>CARAGUA</strong>TATUBA) 5 48,6 53,6 - - - - - -<br />

ENTR SP-099 (<strong>CARAGUA</strong>TATUBA) - ENTR SP-090 (SÃO SEBASTIÃO) 46 53,6 99,6 - - - - - -<br />

ENTR BR-383(B)/SP-072 (TAUBATÉ) - ENTR SP-123 6,8 112,9 119,7 - - - - - -<br />

BR-116<br />

ENTR SP-123 - ENTR SP-103 (CAÇAPAVA) 10,5 119,7 130,2 - - - - - -<br />

ENTR SP-103 (CAÇAPAVA) - ENTR SP-099 (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS) 21,6 130,2 151,8 - - - - - -<br />

ENTR SP-099 (SÃO JOSÉ DOS CAMPOS) - ENTR SP-065 (P/JACAREÍ) 20,5 151,8 172,3 - - - - - -<br />

Nota: VDMo = Volume diário médio, ajustado do 1º ano da série histórica (veículo/dia)<br />

Fontes: http://www.der.sp.gov.br/default.asp<br />

http://www.trasnportes.gov.br<br />

http://www.dersa.sp.gov.br<br />

Destacam-se os VDMs das rodovias SP-099 e SP-055, que ainda de acordo com informações<br />

de campo, têm trânsito duplicado durante o verão. A cidade de Caraguatuba recebe um<br />

contingente muito grande de turistas nessa época do ano. Outra informação importante obtida<br />

no campo diz respeito ao fato de que há um projeto de um novo traçado da Rodovia Rio–<br />

Santos (BR-101), que irá cortar a Fazenda Serra Mar, em Caraguatatuba, município que<br />

receberá a Unidade de Tratamento de Gás – UTCGA, da PETROBRAS. O projeto, porém, é<br />

antigo e não há previsão de execução.<br />

As interações do sistema de transportes foram caracterizadas no item 5.3.5 – Caracterização da<br />

Área de Influência Direta (AID), na subseção que aborda a Travessia de Áreas com Ocupação<br />

Humana, onde são descritos os meios de transporte das populações da AID para o deslocamento<br />

na região e até as sedes municipais, assim como as condições dessas vias de acesso. Também no<br />

tópico c desse item – Cruzamentos com Rodovias Linhas de Transmissão, Áreas Alagadas e<br />

Proximidade de Instalações da PETROBRAS, da mesma seção anteriormente citada, pode-se<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCALIZAÇÃO<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

VOLUME DIÁRIO MÉDIO DE TRÂNSITO (VDM)<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-101 ABRIL / 2006


observar no texto e no Quadro 5.3-60 – Cruzamentos com Rodovias, as principais rodovias que<br />

serão atravessadas pelo empreendimento (com a localização do duto por município e observações<br />

sobre as condições das estradas e de tráfego de veículos) e que, principalmente, serão utilizadas<br />

nas etapas de construção do Gasoduto.<br />

O Governo Estadual de São Paulo vem trabalhando na aplicação do Plano Diretor de<br />

Desenvolvimento de Transportes – PDDT-Vivo, desenvolvido em parceria com a sociedade<br />

civil, e responsável pela definição de metas para os investimentos e ações do Governo, em<br />

todos as modalidades de transporte, durante os próximos 20 anos. Já foi realizado um<br />

diagnóstico sobre as condições desse tipo de infra-estrutura no estado para identificação de<br />

seus pontos críticos. Uma das principais ações previstas, a curto e médio prazo, é a<br />

regionalização do Porto de Santos, de forma a integrar sua operação com o Porto de São<br />

Sebastião, incentivando, também, a navegação de cabotagem.<br />

Ferroviário<br />

Em São Paulo, segundo dados do Governo Estadual, o transporte pela malha ferroviária, que<br />

conta com 5,1 mil quilômetros de linhas e aproximadamente 12 mil vagões de carga, vem se<br />

apresentando como alternativa para o escoamento da produção. A malha ferroviária paulista é<br />

atualmente administrada pela FERROBAN – Ferrovias Bandeirantes S.A., criada pelo<br />

consórcio liderado pela FERROPASA (holding da Ferronorte e Novoeste) e pela Companhia<br />

Vale do Rio Doce (CVRD), posteriormente à privatização da rede, em 1998.<br />

A rede ferroviária liga o interior do estado e as regiões do Triângulo Mineiro e do sudoeste de<br />

Minas à Região Metropolitana de São Paulo e ao Porto de Santos; a Região Metropolitana de<br />

São Paulo à região Metropolitana do Rio de Janeiro, passando pelas cidades de São José dos<br />

Campos, Caçapava e Taubaté, três dos seis municípios que compõem a Área de Influência<br />

Indireta do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté. Em toda a malha ferroviária, prevalece o<br />

transporte de mercadorias, como aço, açúcar, adubo, álcool, alumínio e carvão, entre outras.<br />

Hidroviário<br />

Em São Paulo, o transporte hidroviário responsável pelo escoamento de produtos agrícolas,<br />

em especial da soja, desenvolve-se pela Hidrovia Paraná-Tietê, que possui aproximadamente<br />

600km de vias navegáveis, situadas a leste do estado, com uma área de influência que,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-102 ABRIL / 2006


segundo o governo estadual, concentra várias cidades com elevado potencial de negócios.<br />

“No modal hidroviário, a hidrovia dispõe de 10 barragens, 10 eclusas, 23 pontes, 19 estaleiros<br />

e 26 terminais intermodais de carga, o que permite condições operacionais para oferecer ao<br />

mercado um serviço competitivo na integração com as demais alternativas de transporte” 22 .<br />

As cidades litorâneas de São Sebastião e Ubatuba, que fazem fronteira com o município de<br />

Caraguatatuba, possuem portos marítimos. O Porto de São Sebastião tem-se consolidado<br />

como uma alternativa de grande potencial para o comércio exterior a partir das regiões do<br />

Vale do Paraíba e Campinas. Desde abril de 2004, veículos e chassis de caminhões,<br />

fabricados em Taubaté, são exportados por essa via para a Argentina.<br />

Aeroviário<br />

No Estado de São Paulo, há 97 unidades aeroportuárias, entre aeródromos e aeroportos<br />

públicos, segundo o Departamento de Aviação Civil – DAC. O transporte aéreo registrou<br />

reduções no movimento de aeronaves, passageiros e cargas, nos vôos regionais, domésticos e<br />

internacionais. O aeroporto de Congonhas constitui uma exceção, em virtude do registro de<br />

pequeno aumento no movimento de aeronaves e passageiros.<br />

Segundo informações do DNIT, 2002, a AII conta com um aeroporto em São José dos<br />

Campos e dois campos de pouso — um em Caraguatatuba e outro, em Taubaté.<br />

O Aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf, em São José dos Campos, é administrado<br />

pela INFRAERO desde junho de 1996. Nele operam as companhias aéreas Ocean Air e TAM.<br />

O tráfego de passageiros é caracterizado predominantemente por viagens de negócios<br />

(especialmente para o Rio de Janeiro e São Paulo) e por viagens a pontos turísticos do<br />

Nordeste nos fins de semana. O aeroporto também é utilizado por pessoas que pretendem<br />

acessar a estância turística de Campos de Jordão e as cidades do litoral (Ilhabela,<br />

Caraguatatuba, Ubatuba e Parati).<br />

A infra-estrutura do aeroporto é compartilhada pela Aviação Civil, pela EMBRAER, pelo<br />

Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA) e pelo aeroclube local, o que é importante para a<br />

realização de vôos de ensaio e de produção de novas aeronaves.<br />

22 Informação disponível no site www.sp.gov.br.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-103 ABRIL / 2006


Encontra-se em tramitação o processo de zoneamento civil/militar, delimitando o terreno para<br />

a implantação da nova área terminal, para os lados da Rodovia dos Tamoios. Em seguida, será<br />

elaborado o Plano Diretor do Aeroporto, os projetos executivos e as obras de implantação da<br />

nova plataforma aeroportuária 23 .<br />

Há um projeto de construção de um aeroporto no município de Caraguatatuba, elaborado<br />

pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP) no ano de 2003. A<br />

construção do aeroporto depende da escolha do local de implantação, pela Prefeitura, além da<br />

elaboração dos estudos de viabilidade ambiental.<br />

• Sistemas de Energia<br />

Ao longo do ano de 2002, os seis municípios que compõem a AII consumiram 2.524.413MWh<br />

de energia elétrica (Quadro 5.3-48). Destaca-se São José dos Campos como a cidade em que<br />

se registrou maior consumo, 61,66% do total, seguida pelo município de Taubaté, com<br />

24,30%. A unidade administrativa de Jambeiro demandou apenas 0,48% da energia elétrica<br />

consumida na área analisada. Segundo informações de campo, Jambeiro apresenta um déficit<br />

na eletrificação rural, a cargo da empresa CEDRAP, que está em processo de equacionamento<br />

com a implantação do programa federal “Luz para Todos”.<br />

Quadro 5.3-48 – Consumo e Número de Consumidores de Energia Elétrica por Classe, 2002<br />

Municípios<br />

Consumo<br />

MWh<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Total Residencial Industrial Rural Outros<br />

Nº<br />

Consumidores<br />

Consumo<br />

MWh<br />

Nº<br />

Consumidores<br />

Consumo<br />

MWh<br />

Nº<br />

Consumidores<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Consum<br />

o MWh<br />

Nº<br />

Consumidores<br />

Consumo<br />

MWh<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-104 ABRIL / 2006<br />

Nº<br />

Consumidores<br />

São Paulo 79.899.868 12.797.737 22.757.107 11.391.784 39.686.121 138.458 2.112.153 224.846 15.344.487 1.042.649<br />

Caçapava 287.621 24.636 44.066 22.470 208.333 152 2.473 271 32.749 1.743<br />

Caraguatatuba 106.729 51.277 71.549 48.310 2.888 173 399 20 31.893 2.774<br />

Jambeiro 12.003 943 1.188 823 7.473 13 2.964 38 378 69<br />

Paraibuna 85.366 3.852 5.141 3.369 71.355 20 6.935 154 1.935 309<br />

S. J. dos Campos 1.556.538 180.875 333683 164914 1019632 1784 4209 577 199014 13600<br />

Taubaté 476.156 83.966 146.554 75.998 249.621 840 3.123 520 76.858 6.608<br />

AII 2.524.413 345.549 602.181 315.884 1.559.302 2.982 20.103 1.580 342.827 25.103<br />

Fonte: Fundação SEADE, 2002.<br />

23 Informação disponível em: http://www.infraero.gov.br


Se observados os diferentes tipos de consumo, nota-se que, na AII, o industrial respondeu por<br />

61,77% do total. Mesmo contando com poucas indústrias, Paraibuna apresenta o maior<br />

consumo relativo de energia industrial da AII, 83,59%. Esse alto percentual é explicado pela<br />

presença de diversas olarias na cidade, indústria intensiva em energia. Caraguatatuba, cidade<br />

cuja atividade econômica preponderante é o turismo, é o município que apresenta o menor<br />

consumo industrial relativo na região em estudo, 2,71%.<br />

É importante mencionar que, de acordo com os dados de 2002, esse município não apresenta<br />

o maior consumo residencial (23,85% do total da AII), embora concentre a maioria dos<br />

consumidores, 91,42%.<br />

Se comparado o consumo residencial médio entre os municípios de maior e menor consumo,<br />

observa-se que um cidadão comum de São José dos Campos consome, em média, 40,17%<br />

mais energia elétrica que um outro que mora em Jambeiro.<br />

A Empresa Bandeirante de Energia (EBE) é a principal responsável pelo fornecimento de<br />

energia elétrica nos municípios que compõem a área em estudo 24 .<br />

• Sistemas de Comunicação<br />

Os principais equipamentos de comunicação identificados na AII compõem o Quadro 5.3-49.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-49 – Rádios, Emissoras de TV, Jornais<br />

Municípios Rádios Emissoras TVs Jornais locais<br />

Caraguatatuba Rádio Oceânica<br />

Rádio Emissoras do Litoral<br />

Paulista Ltda.<br />

Guará FM<br />

Rádios Comunitárias<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

- Jornal Vale Paraibano<br />

Noroeste News<br />

Expressão Caiçara<br />

Imprensa Livre (de São Sebastião)<br />

Paraibuna Super Paraibuna (clandestina) - Jornal Panorama: notícias do Vale do<br />

Paraíba (mensal)<br />

Jornal da Terra.<br />

Jambeiro Rádio Comunitária Alvorada<br />

FM, extinta em 1988 (*)<br />

- O Jambeirense (mensal);<br />

Jornal Panorama: notícias do Vale do<br />

Paraíba (mensal)<br />

Dois outros jornais foram extintos<br />

entre 1997 e 2003.<br />

24<br />

O fornecimento de energia para a área urbana de Paraibuna é da responsabilidade da empresa Electro. Na área<br />

rural, compete à CEDRAP.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-105 ABRIL / 2006


Municípios Rádios Emissoras TVs Jornais locais<br />

São José dos Campos RD 90, Rádio Clube de São José<br />

dos Campos, Bandeirantes FM,<br />

Piratininga de São José dos<br />

Campos, Rádio Piratininga<br />

Gospel, Stereovale, Rádio<br />

Caçapava<br />

Planeta, Logos FM, Rádio<br />

Canção Nova e Rádio Gospel<br />

Rádio Capital do Vale Ltda.<br />

Metropolitana (regional)<br />

Canção Nova (regional)<br />

Band News (regional)<br />

Rádio Cultura de Taubaté<br />

Jovem Pan de Taubaté<br />

Rádio Aparecida (Taubaté)<br />

Estereovale (São José dos<br />

Campos)<br />

Taubaté Energia FM Tremembé Ltda,<br />

Rádio Cacique de Taubaté Ltda,<br />

Rádio Cultura de Taubaté, Rádio<br />

Difusora de Taubaté, Rádio e<br />

Televisão Taubaté, Rádio e<br />

Televisão Record, Rádio e<br />

Televisão Band Vale, Rádio<br />

Itaipu de Taubaté, Rádio Jovem<br />

Pan de Taubaté, Rádio<br />

Liberdade Comunitária FM,<br />

Rede Valeparaibana de<br />

Radiofusão<br />

Aparecida<br />

Ltda, Rádio<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

TV Vanguarda Paulista<br />

Rede Mundial de<br />

Televisão e Tropicais<br />

Produções<br />

TV Joseense<br />

Globo Vanguarda<br />

Rede Vida Cultura<br />

SBT<br />

Band Vale Canção<br />

Nova<br />

Record, Rádio e TV<br />

Band Vale,<br />

Rádio e Televisão de<br />

Taubaté, TV Vale do<br />

Paraíba e Globo<br />

Vanguarda<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Vale Paraibano; Expressão; De<br />

Oportunidades; Perfil Mulher; Jornal<br />

do Consumidor; Vila Ema; Repórter<br />

Vale; Diário da Manhã; Estado de SP;<br />

Folha de SP; Gazeta Mercantil e<br />

Diário do Grande ABC, os quatro<br />

últimos, correspondentes<br />

Jornal de Caçapava (semanal)<br />

Gazeta<br />

Folha Verde<br />

Vale Paraibano<br />

A Voz do Vale Paraibano<br />

Jornal o Independente<br />

Jornal Vale Paraibano<br />

Jornal da Cidade<br />

Diário de Taubaté<br />

Luz do Vale<br />

Fontes: BIODINÂMICA – informações de campo, outubro 2005 e site da Telelistas:. http://www.telelistas.net<br />

Notas: (-) sem informação;<br />

(*) O município de Jambeiro dispõe de um alto falante municipal, que transmite informações de terça a domingo, das 19:30h<br />

às 22:00h.<br />

e. Organização Social<br />

A implantação de instrumentos e práticas de participação e descentralização da gestão púbica<br />

no Brasil vem se generalizando, desde a década de 80, e resultando na proliferação e revisão<br />

do papel de diferentes entidades em defesa de causas comuns, cuja identificação e<br />

caracterização constituem tarefas essenciais à análise do grau de mobilização comunitária e<br />

dos percursos e mecanismos decisórios desenvolvidos em determinada localidade.<br />

Na Área de Influência Indireta, foram identificadas algumas entidades civis locais atuantes,<br />

relacionadas a seguir.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-106 ABRIL / 2006


(1) Caraguatutuba<br />

• ONG Caravela – atua desde 2004 no município, com prestação de serviços à comunidade,<br />

na prevenção, tratamento e primeiros socorros em acidentes causados por animais<br />

marinhos, além de trabalhar na conscientização e preservação ambiental.<br />

• ACAJU – Associação Caiçara do Juqueriquerê – entidade civil sem fins lucrativos,<br />

fundada em 2000 por caiçaras residentes ao longo do rio Juqueriquerê. Tem por objetivo a<br />

proteção dos ecossistemas habitados por essa comunidade, tendo em vista seu<br />

desenvolvimento sustentável; realiza atividades com as populações de entorno da área de<br />

manguezal.<br />

• Instituto Onda Verde – organização ambientalista, que participa de diversos projetos e<br />

ações no município, entre eles, as discussões sobre as diretrizes para elaboração do Plano<br />

Diretor Estratégico e do Zoneamento e Uso do Solo do município.<br />

• Associação de Moradores do Bairro Pigorele.<br />

• Associação Ecológica de Caraguatatuba – responsável, entre outras atividades de<br />

ecoturismo, pelo monitoramento das trilhas utilizadas como antigos caminhos dos<br />

tropeiros. Participa também de atos de mobilização popular para situações de degradação<br />

do meio ambiente e atividades de educação ambiental.<br />

• Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (FUNDACC) – é uma instituição<br />

destinada a pesquisas, difusão artística, literária e de educação profissional, com ações<br />

culturais em todos os bairros do município. Sua atuação na área de educação profissional<br />

dá-se através do CEPROLIN – Centro de Educação Profissional do Litoral Norte,<br />

inaugurado em 2002.<br />

• Instituto Ambiental Ponto Azul (IAPA) – atua no projeto “Reprodução Digital da Área<br />

Tombada da Serra do Mar e de Paranapiacaba no Estado de São Paulo”, cujo objetivo é<br />

tornar disponível para consulta popular os limites da área tombada da Serra do Mar e<br />

Paranapiacaba, visando agilizar as ações de proteção de parcela da Mata Atlântica do<br />

Estado de São Paulo, e servir de base para programas municipais, bem como para a<br />

criação de áreas de proteção municipal no entorno da área tombada.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-107 ABRIL / 2006


• ONG Vale Verde – Associação de Defesa do Meio Ambiente – de São José dos Campos,<br />

que está desde 2004 instalada também em Caraguatatuba, atuando na região, em pareceria<br />

com ONGs locais e apoio das Faculdades Módulo.<br />

• Colônia de Pescadores Z-8 – representa legalmente os pescadores artesanais de<br />

Caraguatatuba. É responsável pelo registro dos pescadores e funciona como mediadora<br />

nos processos de registros no IBAMA e Capitania dos Portos.<br />

• Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (MAPEC) – responsável<br />

pelo apoio técnico às atividades dos criadores de mexilhões da Cocanha; orientada pelo<br />

Instituto de Pesca e pela Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo.<br />

• Regional Ambiental Litoral Norte REALNORTE – rede formada por ONGs<br />

ambientalistas das cidades de São Sebastião, Caraguatatuba, Ubatuba e Ilhabela e a<br />

Federação das Sociedades Amigos do Bairro Pró Costa Atlântica. O grupo, formado pelos<br />

dirigentes das entidades, se reúne desde 2003 e teve como grande fator aglutinador o<br />

processo participativo do Gerenciamento Costeiro que resultou na Lei 49.215/04, o<br />

chamado Zoneamento Ecológico–Econômico.<br />

• Associação de Hotéis e Pousadas de Caraguatatuba (AHP) – além de divulgar os atrativos<br />

turísticos do município, promove eventos esportivos e de lazer, como o Ecoadventur, que<br />

avalia o potencial do ecoturismo e dos esportes de aventura no litoral norte.<br />

• Associação Comercial e Empresarial de Caraguatatuba (ACE) – entidade associada à<br />

FACESP (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), promove<br />

eventos no município.<br />

(2) Paraibuna<br />

• Associações de Moradores por bairros.<br />

• Sindicato dos Trabalhadores Rurais.<br />

• ONG Paraibuna.<br />

• Cooperativa de Desenvolvimento da Eletrificação Rural.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-108 ABRIL / 2006


• Associação Paraibuna – movimento cultural e ambiental cuja finalidade é a<br />

conscientização das comunidades sobre lixo e recursos hídricos.<br />

• Associação Comercial.<br />

• Associação de Agricultores<br />

(3) Jambeiro<br />

• Pastoral da Criança – vinculada à Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB),<br />

com a missão de promover o desenvolvimento das crianças e, em função delas, de suas<br />

famílias e comunidades, a entidade atua com ações básicas de saúde, nutrição, educação,<br />

cidadania e controle social nas áreas mais carentes do muncípio.<br />

• Pastoral da Família – vinculada à CNBB, a entidade tem por objetivo promover e<br />

defender a vida em todas as suas etapas e dimensões e os valores da pessoa, do<br />

matrimônio e da família.<br />

• Associação de Esportes Radicais Educacional e Ecológica – SERECO.<br />

• Instituto José Alves de Mira.<br />

• Associação de Bairros.<br />

• Associação de Produtores Rurais.<br />

• Sociedade Vila Vicentino de Jambeiro.<br />

• Sindicato dos Metalúrgicos de Jambeiro.<br />

(4) São José dos Campos<br />

• Centro de Amigos da Natureza (CAMIN) – ONG que promove atividades ecoesportivas<br />

(montanhismo, alpinismo, espeleologia, mergulho, ciclismo e canoagem), realiza<br />

expedições a cavernas e a áreas de conservação do Brasil e do exterior. Participa de<br />

atividades de educação ambiental com escolas e Conselhos Municipais de Caçapava e São<br />

José dos Campos. Participou da "Frente Verde das ONGs Ambientalistas do Vale do<br />

Paraíba".<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-109 ABRIL / 2006


• ONG Vale Verde – de São José dos Campos, mas que atua em todo o Vale do Paraíba e<br />

no litoral norte. Promove e desenvolve programas com foco na preservação, melhoria e<br />

divulgação do patrimônio artístico, cultural e ambiental da região. Participou dos projetos<br />

“Paraíba Vive” e “Campanha por malha cicloviária no Vale do Paraíba”.<br />

• Eco Sistema – ONG atuante no Vale do Paraíba desde 1989, sediada em São José dos<br />

Campos. Desenvolve atividades de educação ambiental através da prática desportiva do<br />

trekking (enduro a pé) em áreas de proteção ambiental; participa dos projetos “Fragaria”<br />

(Minas Gerais) de educação ambiental e “Bioter”, de educação ambiental, em convênio<br />

com escolas de primeiro e segundo graus, através de práticas vivenciais que visam ao<br />

conhecimento da região do Vale do Paraíba.<br />

• Fundação Eco-Vida.<br />

• Instituto Eco Solidário.<br />

• Nosso Vale Nossa Vida (NVNV) e Centro de Capacitação e Informação em Gestão<br />

Ambiental – capacitam as organizações civis e as Prefeituras Municipais do médio<br />

Paraíba do Sul, área que compreende o corredor da Mata Atlântica na bacia hidrográfica<br />

do rio Paraíba do Sul, para implementação de políticas públicas em sistema de gestão<br />

ambiental, de recursos hídricos e recuperação de Mata Atlântica.<br />

• Grupo Suçuarana de Salvamento na Selva (GSS) – entidade voltada ao salvamento e<br />

resgate de pessoas acidentadas em matas e locais de difícil acesso, atuando também em<br />

educação ambiental e conservação da natureza.<br />

• Rotary Clube – organização internacional que reúne diferentes profissionais, líderes em<br />

suas áreas de atuação, que se dão por objetivos prestar serviços humanitários, fomentar a<br />

ética em todas as profissões e ajudar a estabelecer a paz e a boa vontade no mundo.<br />

Existem atualmente cerca de 1,2 milhão de rotarianos pertencentes a mais de 31.000<br />

Rotary Clubs. O Rotary é uma entidade humanitária apolítica e sem vínculos religiosos.<br />

• Casa da Amizade – entidade civil formada por senhoras de rotarianos, considerada de<br />

utilidade pública pela Lei nº 5.575, em 17 de dezembro de 1969. Tais associações<br />

ocupam-se de promoções sociais e filantrópicas, colaborando voluntariamente com as<br />

realizações comunitárias empreendidas pelo respectivo Rotary Club. Tem seu emblema,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-110 ABRIL / 2006


estatuto e regimento próprios, sem qualquer vínculo com o Rotary, a não ser aquele<br />

decorrente do parentesco de suas sócias efetivas.<br />

• Interact Clube – a sigla "Interact" significa International Action, ou Ação Internacional.<br />

Os Interact Clubs são grupos de adolescentes de 12 a 18 anos, patrocinados por um Rotary<br />

Club, cujo principal objetivo é tentar ajudar a sociedade com ações e atividades simples.<br />

O primeiro Interact Club foi fundado em 1962. Atualmente, existem aproximadamente<br />

164.976 interactianos distribuídos em 7.173 Interact Clubs em 108 países. No Brasil,<br />

existem mais de 200 Interact Clubs.<br />

• Rotaract Clube – é um programa do Rotary International voltado para pessoas na faixa<br />

etária de 18 a 30 anos. Existem mais de 163.000 rotaractianos congregados em<br />

aproximadamente 7.088 Rotaract Clubs espalhados por 151 países. Os Rotaract Clubs<br />

organizam atividades que giram em torno da amizade e da prestação de serviços.<br />

• Lions Clube.<br />

• Sindicatos dos Professores e dos Petroleiros.<br />

• Sociedade Beneficente Luso Brasileira Nossa Senhora de Fátima.<br />

(5) Caçapava<br />

• Fundação Nacional do Tropeirismo – com sede em Caçapava, atua em todo o território<br />

nacional, com diversas atividades: excursões didáticas; recepção de entidades classistas;<br />

intercâmbio com entidades culturais e ambientalistas e outras da comunidade; parcerias<br />

com instituições públicas e privadas para ações culturais; integração com instituições<br />

educacionais; edição em parceria com o Centro Educacional Objetivo; projetos<br />

comunitários; projeto ADOBE - Habitação Típica; pesquisas quanto ao ciclo do<br />

tropeirismo e ao seu legado; ações comunitárias de saúde; programa de turismo cultural<br />

"Trilha da Independência".<br />

• Sociedade Eco-Vital – ONG ambientalista atuante no município, que desenvolve diversos<br />

projetos e cursos de preservação do meio ambiente e conscientização das comunidades<br />

locais.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-111 ABRIL / 2006


• Fundação Ecológica Vale do Paraíba (FUNDEVAP) – desenvolve atividades de Educação<br />

ambiental; projetos de conservação ambiental; projetos com comunidades locais; pesquisa<br />

e desenvolvimento. Participou dos projetos “Levantamento Ornitológico da Serra do<br />

Palmital” e “Orquídeas da Serra”.<br />

• Lions Clube Caçapava – os Lions Clubes são entidades dedicadas a trabalhar para as suas<br />

comunidades em projetos de diferentes dimensões, desde a limpeza de um parque até o<br />

combate à cegueira no mundo. Existem atualmente 46.000 clubes em 194 países.<br />

• Associação Cidadania Ativa de Caçapava (CIDATI) – é uma entidade da sociedade civil,<br />

cuja finalidade é divulgar os valores da cidadania e da democracia, através do<br />

acompanhamento e fiscalização do poder legislativo, assistindo às sessões da Câmara<br />

Municipal e relatando o trabalho de cada vereador. Pretende, também, fazer um trabalho<br />

informativo e educativo junto à população para incentivar sua organização e participação<br />

nas decisões políticas de interesse público local.<br />

(6) Taubaté<br />

• Frente Verde e Grupo de Estudo Ecológico e Controle Ambiental (GECA) – ONG atuante<br />

no Vale do Paraíba, sediada em Taubaté. Exerce atividades de educação ambiental.<br />

• Una nas Águas (UNA) – promove atividades de educação ambiental.<br />

• Associação Nascentes das Águas Puras – entidade do município de Juquitiba-SP, mas que<br />

participa de atividades de educação ambiental na região, com foco na preservação das<br />

águas, na biodiversidade e no desenvolvimento sustentável. Participou dos projetos<br />

“Viveiros na Escola e “Agente Jovem”.<br />

• Associação de Sensibilização Socioambiental (SENSO) – promove a educação ambiental<br />

em todos os níveis socioeconômicos, visando ao desenvolvimento sustentável do<br />

município de Taubaté. A iniciativa partiu do Comitê de Cidadania da Ford – Taubaté, mas<br />

o convite para participação neste trabalho foi feito pelo Colégio Jardim a várias entidades<br />

da cidade; funciona desde 2002.<br />

• Cooperativa de Produtores de Leite.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-112 ABRIL / 2006


• Associação de Catadores de Lixo.<br />

• Sindicatos dos Hotéis Bares e Restaurantes.<br />

• Sindicato dos Contabilistas.<br />

• Associação de Engenheiros.<br />

• Associação Comercial e Industrial de Taubaté (ACIT) – participa de programas junto à<br />

Prefeitura, tais como o projeto “Viva Centro” para disciplinar a circulação de bicicletas<br />

pelas ruas da cidade, em especial na região central.<br />

• Associação de Empregados no Comércio.<br />

• Federação de Presidentes das Associações de Bairro.<br />

• Fundação de Apoio à Ciência e Natureza (FUNAT) – atua com o apoio da Prefeitura<br />

Municipal na administração do Museu de História Natural, inaugurado em 2004.<br />

• Instituto Pró-Cidadania (IPC) – promove eventos de educação ambiental, projetos com<br />

comunidades locais, projetos de conservação ambiental, campanhas de mobilização,<br />

assessorias e consultorias técnicas, pesquisa e desenvolvimento e ações civis públicas<br />

ambientais.<br />

f. Instrumentos de Gestão e Planejamento Municipal<br />

(1) Instrumentos de Planejamento e Gestão<br />

A partir da leitura da pesquisa Perfil Gestão Pública Municipal – 2001 do IBGE, e da análise<br />

das informações obtidas em visitas realizadas a cada um dos seis municípios integrantes da<br />

AII, foram identificados os instrumentos de planejamento e gestão considerados relevantes<br />

pelos gestores públicos locais para regulamentação do uso e ocupação do solo e/ou orientação<br />

das políticas desenvolvidas municipalmente (Quadro 5.3-50).<br />

Destacam-se as Leis Orgânicas Municipais, os Planos Plurianuais de Investimentos e as Leis<br />

de Diretrizes Orçamentárias, existentes em todos os municípios da AII. São José dos Campos,<br />

Taubaté e Caçapava são os únicos municípios da AII que já possuem Plano Diretor, embora,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-113 ABRIL / 2006


por lei, os municípios que possuem mais de 20 mil habitantes devam também elaborar esse<br />

instrumento de gestão. Esses três municípios, no entanto, afirmaram que seus respectivos<br />

Planos Diretores estão atualmente em processo de revisão. As administrações de Paraibuna e<br />

Caraguatatuba divulgaram estar elaborando os seus Planos Diretores.<br />

Há Lei de Zoneamento Municipal, outro importante instrumento de gestão, nos municípios de<br />

Caçapava, Caraguatatuba e Taubaté. A lei está em elaboração em Paraibuna. Em<br />

Caraguatuba, destaca-se a Agenda 21 Litoral Norte e o Zoneamento Ecológico-Econômico do<br />

Litoral Norte de 2004, que orienta o gerenciamento costeiro e organiza, de forma sustentável,<br />

o uso do espaço territorial e marítimo da orla paulista.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-50 – Instrumentos de Gestão existentes na AII<br />

Municípios Principais instrumentos de planejamento e gestão<br />

Caraguatatuba<br />

♦ Lei Orgânica Municipal<br />

♦ Plano Diretor (em elaboração)<br />

♦ Lei de Uso e Ocupação do Solo<br />

♦ Plano de Governo<br />

♦ Plano de Ação: educação<br />

♦ Plano Plurianual de Investimentos 2004-2007<br />

♦ Lei de Diretrizes Orçamentárias<br />

♦ Lei de Orçamento Anual<br />

♦ Código Tributário Municipal<br />

♦ Lei de Zoneamento Municipal (em revisão)<br />

♦ Leis específicas de Meio Ambiente<br />

♦ Agenda 21 (em elaboração)<br />

♦ Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral Norte<br />

♦ Projeto Orla (em fase de conclusão, orienta o uso e a ocupação da orla do<br />

município, irá funcionar como um “ordenamento territorial”)<br />

Paraibuna ♦ Lei Orgânica Municipal<br />

♦ Plano Diretor (em elaboração pela FGV-SP)<br />

♦ Plano de Governo<br />

♦ Lei de Zoneamento (em elaboração, atualmente se baseiam na Lei Federal<br />

6.766/79)<br />

♦ Plano Plurianual de Investimentos<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-114 ABRIL / 2006


Municípios Principais instrumentos de planejamento e gestão<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

♦ Lei de Diretrizes Orçamentárias<br />

♦ Lei de Orçamento Anual<br />

♦ Código Tributário Municipal<br />

♦ Leis específicas de Meio Ambiente (corte de árvores e disposição do lixo)<br />

♦ Plano Diretor do reservatório do Rio Paraibuna, administrado pela CESP. Engloba<br />

parte do município.<br />

Jambeiro ♦ Lei Orgânica Municipal<br />

São José dos<br />

Campos<br />

♦ Código de Edificações<br />

♦ Plano Plurianual de Investimentos<br />

♦ Lei de Diretrizes Orçamentárias<br />

♦ Lei de Orçamento Anual<br />

♦ Código Tributário Municipal<br />

♦ Lei Orgânica Municipal, 2002.<br />

♦ Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, 1994 (em revisão).<br />

♦ Lei Complementar 121, 1995. (Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado).<br />

♦ Lei de Zoneamento 165, 1997.<br />

♦ Plano de Governo<br />

♦ Plano Plurianual de Investimentos<br />

♦ Lei de Diretrizes Orçamentárias<br />

♦ Lei de Orçamento Anual<br />

♦ Leis específicas de Meio Ambiente (áreas verdes, áreas de preservação, recursos<br />

hídricos, poluição atmosférica, fontes de poluição, resíduos sólidos, exploração<br />

mineral, entre outras).<br />

♦ Código Tributário Municipal<br />

♦ Lei 6.690, 2004. Dispõe sobre Educação Ambiental, institui a Política Municipal<br />

de Educação Ambiental, e dá outras providências.<br />

Caçapava ♦ Lei Orgânica Municipal<br />

♦ Plano Diretor (em revisão)<br />

♦ Plano Plurianual de Investimentos<br />

♦ Lei de Diretrizes Orçamentárias<br />

♦ Lei de Orçamento Anual<br />

♦ Código Tributário Municipal<br />

♦ Lei de Zoneamento Municipal (em revisão no Plano Diretor)<br />

♦ Macrozoneamento urbano-ambiental (em elaboração no Plano Diretor)<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-115 ABRIL / 2006


Municípios Principais instrumentos de planejamento e gestão<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

♦ Lei de Ocupação e Parcelamento do Solo (Lei Complementar 119, 1999. Dispõe<br />

sobre a ocupação e o parcelamento do solo).<br />

♦ Lei 3.805, de 2000. Dispõe sobre a gestão, o tratamento e a disposição final de<br />

resíduos sólidos.<br />

♦ Lei Complementar 121, de 1999. Institui o programa de incentivo às atividades<br />

industrial, comercial e de serviços no município.<br />

♦ Lei Complementar 14, de 1990. Dispõe sobre a vedação de instalação em todo o<br />

território do município de indústrias de alto potencial poluente que especifica,<br />

disciplina a utilização dos raios de proteção ambiental e dá outras providências.<br />

♦ Lei Complementar 157, altera a Lei Complementar 14.<br />

♦ Lei 3.478, 1997. Institui o Programa de Incentivo à Atividade Industrial do<br />

Município.<br />

Taubaté ♦ Lei Orgânica Municipal<br />

♦ Plano Diretor (em revisão)<br />

♦ Lei Complementar 007<br />

♦ Planos de Manejo de Unidades de Conservação<br />

♦ Agenda 21<br />

♦ Lei de Perímetro<br />

♦ Lei de Parcelamento do Solo<br />

♦ Lei de Zoneamento<br />

♦ Lei sobre áreas de interesse especial<br />

♦ Lei sobre áreas de interesse social<br />

♦ Código de Obras<br />

♦ Código de Posturas<br />

♦ Código de Vigilância Sanitária<br />

♦ Lei de Solo<br />

Fontes: IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública 2001.<br />

BIODINÂMICA – pesquisa de campo, 2005.<br />

(2) Mecanismos de Democratização da Gestão<br />

Para análise dos novos mecanismos de democratização da gestão, de que atualmente lançam<br />

mão diferentes administrações públicas municipais, priorizar-se-á a identificação do<br />

funcionamento dos conselhos ou comissões municipais, consultivos ou deliberativos,<br />

vinculados, em geral, ao Poder Executivo.<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-116 ABRIL / 2006


Os conselhos ou comissões setoriais são um instrumento que se diferencia das demais<br />

organizações sociais tradicionais por manter em sua estrutura uma representação do poder<br />

público local. Não se trata, portanto, de uma instância de participação popular que considera o<br />

governo exclusivamente como interlocutor, mas de um novo espaço de gestão democrática<br />

em que o próprio governo é parte de sua composição. Tais conselhos vêm se multiplicando<br />

atualmente no País, e se consolidando como importante instância política de consulta e<br />

decisão. Existem hoje mais de 3.000 conselhos na área da saúde, também mais de 3.000 na<br />

área relacionada à assistência social e à defesa dos direitos das crianças e adolescentes, uma<br />

comissão relacionada à área do trabalho em cada um dos municípios na maioria dos estados<br />

brasileiros, além de um conselho para cada um dos Programas criados pelo Governo Federal,<br />

no intuito de minimizar as situações consideradas por ele de exclusão.<br />

No Quadro 5.3-51, apresentam-se os conselhos existentes na AII, segundo a pesquisa Perfil<br />

dos Municípios Brasileiros, Gestão 2001, IBGE e as informações obtidas em campo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-51 – Conselhos Municipais<br />

Municípios Principais Conselhos Municipais Observações<br />

Caraguatatuba ♦ Saúde<br />

♦ Direitos da Criança e do<br />

Adolescente<br />

♦ Tutelar<br />

♦ Assistência Social<br />

♦ Cultura<br />

♦ Turismo<br />

♦ Comissão de emprego e renda<br />

♦ Idoso<br />

♦ Condição Feminina<br />

♦ Meio Ambiente (atua sobre todos os<br />

aspectos urbanos, incluindo a<br />

implementação do ZEE).<br />

Paraibuna ♦ Assistência Social<br />

♦ Direitos da Criança e do Adolescente<br />

♦ Tutelar<br />

♦ Educação<br />

♦ Saúde<br />

♦ Turismo<br />

♦ Cultura<br />

♦ Parque Natural Municipal (em<br />

♦<br />

implantação)<br />

Meio Ambiente<br />

Jambeiro ♦ Assistência Social<br />

♦ Desenvolvimento Rural<br />

♦ Saúde<br />

♦ Meio Ambiente<br />

♦ Turismo<br />

♦ Meio Ambiente<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Todos os Conselhos realizaram reuniões<br />

mensais, ao longo do ano de 2001.<br />

Todos os Conselhos realizaram reuniões<br />

mensais, ao longo do ano de 2001.<br />

O Conselho de Meio Ambiente foi criado<br />

em lei, mas ainda não funciona<br />

efetivamente; esperam fomentar as<br />

atividades após a elaboração do Plano<br />

Diretor<br />

De acordo com as informações da<br />

campanha de campo, o Conselho do<br />

Meio Ambiente não funciona. Os demais<br />

se reúnem regularmente, com forte<br />

participação das pastorais.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-117 ABRIL / 2006


Municípios Principais Conselhos Municipais Observações<br />

São José dos Campos ♦ Saúde<br />

♦ Direitos da Criança e do<br />

Adolescente<br />

♦ Tutelar<br />

♦ Educação<br />

♦ Assistência social<br />

♦ Turismo<br />

♦ Habitação<br />

♦ Meio Ambiente<br />

♦ Desenvolvimento Urbano<br />

♦ Preservação do Patrimônio<br />

Histórico, Artístico, Paisagístico e<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Cultural.<br />

Caçapava ♦ Assistência Social<br />

♦ Tutelar<br />

♦ Direitos da Criança e do<br />

Adolescente<br />

♦ Conselho da Saúde<br />

♦ Cultura<br />

♦ Conselho Comunitário de Segurança<br />

– CONSEG<br />

♦ Meio Ambiente (só no decreto)<br />

Taubaté ♦ Assistência Social<br />

♦ Saúde<br />

♦ Emprego<br />

♦ Direitos da Criança e do<br />

Adolescente<br />

♦ Tutelar<br />

♦ Preservação do Patrimônio<br />

Histórico, Artístico, Paisagístico e<br />

Cultural<br />

Fontes: IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros- Gestão Pública 2001<br />

BIODINÂMICA – pesquisa de campo, 2005.<br />

Outros Conselhos e Comitês atuantes na região da AII são:<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Os Conselhos de Habitação e<br />

Desenvolvimento urbano não se<br />

reuniram ao longo do ano de 2001. Já o<br />

Conselho de Turismo reuniu-se<br />

bimestral ou trimestralmente. Os demais<br />

Conselhos reuniram-se com<br />

regularidade mensal.<br />

Todos os Conselhos, exceção de Meio<br />

Ambiente, realizaram reuniões mensais,<br />

ao longo do ano de 2001.<br />

Há um projeto de lei que propõe a<br />

criação do Conselho Municipal de<br />

Desenvolvimento Urbano e Ambiental –<br />

CDUA, com papel consultivo, composto<br />

por representantes do Poder Executivo,<br />

Legislativo e Sociedade Civil, para<br />

análise e apreciação dos casos<br />

conflitantes e acompanhamento da lei.<br />

• Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Vale do Paraíba (CEIVAP) – criado<br />

pelo Decreto Federal n o 1.842, de 22 de março de 1996, é o fórum democrático e<br />

participativo para os debates e decisões descentralizadas sobre as questões relacionadas ao<br />

uso das águas da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. O Comitê é constituído por<br />

representações dos poderes públicos, dos usuários e de organizações sociais com<br />

importante atuação para a conservação, preservação e recuperação da qualidade das águas<br />

da Bacia.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-118 ABRIL / 2006


• Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH – é um órgão colegiado, deliberativo com<br />

a atribuição básica de exercer funções normativas referentes à formulação, implantação e<br />

acompanhamento da Política Estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo.<br />

Atualmente é composto por igual número de representantes, num total de 11 de cada<br />

segmento: Secretarias de Estado, municípios e a sociedade civil organizada, com direito a<br />

voz e voto nas reuniões. Integram também o CRH, sem direito a voto, três representantes<br />

das Universidades Oficiais do Estado, um do Ministério Público, sete de entidades e<br />

órgãos estaduais e os Presidentes dos Comitês de Bacias Hidrográficas.<br />

g. Turismo e Lazer<br />

(1) Caraguatatuba<br />

A enseada de Caraguatatuba é composta por 17 praias; a lagoa Azul, entre a praia Brava e<br />

Capricórnio; o ilhote da Cocanha, ocupado por muitas casas de veraneio e com boa infra-<br />

estrutura de serviços (restaurantes, bares e quiosques), muito procurado para a prática do<br />

mergulho; a ilha do Tamanduá e a ponta do Arpoador.<br />

O rio Juqueriquerê é importante para o turismo; por ele, pode-se passear de barco ou jet-sky,<br />

desfrutando paisagens da Mata Atlântica, manguezais, restinga e fauna local com ninhos de<br />

garças e atobás.<br />

Outra opção de lazer é uma caminhada até o morro de Santo Antônio, para se avistar do<br />

mirante a cidade projetada e urbanizada, além de toda a enseada formada por Caraguatatuba e<br />

São Sebastião, a qual tem como fundo a Ilhabela. Há rampas de salto para a prática do vôo<br />

livre, com passeios de para-pente e asa delta.<br />

No Parque Estadual da Serra do Mar, o turista desfruta passeios por duas trilhas ecológicas —<br />

a do Jequitibá e a do Poção, que são monitoradas por guias do parque. A Tirolesa é também<br />

uma atração turística, que fica na Prainha e dá acesso à Pedra do Jacaré, cuja formação<br />

rochosa lembra um réptil; funciona só na temporada e em feriados, de sexta a domingo. A<br />

Pedra da Freira, na praia do Garcez, tem seu acesso a partir de uma pequena trilha, de fácil<br />

percurso, que sai do morro do Camburi, ao lado do Camaroeiro. Sua forma assemelha-se a<br />

uma freira ajoelhada olhando para o mar e fez surgirem lendas no imaginário popular que<br />

contam uma história de amor entre a freira e o pescador, que foi ao mar e nunca mais voltou.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-119 ABRIL / 2006


Na cidade, o Calçadão Santa Cruz dispõe de lojas e barezinhos com música ao vivo, onde o<br />

turista também pode usufruir o Boulevard São Jorge, um espaço agradável, com bancos, lojas<br />

e café. No centro, situa-se o Caraguá Praia Shopping, com lojas, praça de alimentação e<br />

cinema. A Feira do Artesanato é realizada na Praça Diógenes Ribeiro de Lima. Funciona<br />

diariamente, à tarde e à noite, na temporada e em feriados, com grande diversidade de<br />

produtos à venda. Na Praça Cândido Motta, encontra-se o Relógio do Sol, que foi construído<br />

em homenagem ao centenário da cidade e representa o seu marco zero; tem gravado em latim<br />

o texto: "Só marco horas serenas...".<br />

Ainda como opção de lazer, existe o Kartódromo, que é considerado um dos melhores e mais<br />

seguros da América do Sul, de acordo com informações do município 25 . Funciona nos<br />

mesmos dias em que se realizam as corridas de Fórmula 1. Tem 928m de circuito e boxes<br />

para 127 karts. Está localizado no bairro Poiares, e o acesso é feito pela Avenida Brasília, no<br />

trevo com a SP-055.<br />

Ressalta-se que aproximadamente 1/3 das residências do município é de turistas, veranistas<br />

das cidades vizinhas, que visitam o município em todas as épocas do ano. Existem cerca de<br />

50 colônias de férias no município; 90 estabelecimentos de hospedagem (pousadas, hotéis e<br />

chalés) com aproximadamente 4.500 quartos e 50 restaurantes/bares/lanchonetes.<br />

Um evento importante na cidade é o Ecoadventur, que objetiva conciliar preservação<br />

ambiental e desenvolvimento, através do incentivo ao ecoturismo e turismo de aventura. O<br />

evento reúne ambientalistas, líderes comunitários, esportistas, atletas, ecoturistas, hoteleiros,<br />

operadores e agências de turismo, governantes, políticos e imprensa de várias partes do País.<br />

(2) Paraibuna<br />

A cidade ainda preserva seu lado rural e, nesse espaço, estão surgindo atualmente vários<br />

empreendimentos turísticos, de lazer e moradia. Destacam-se a Estação Ecológica do<br />

Tapanhão, um espaço ecológico com proposta educativa; a Represa de Paraibuna, com lago<br />

formado pelo represamento dos rios Paraibuna e Paraitinga; o Pesqueiro Jambeiro; sítios de<br />

lazer e restaurantes de comidas típicas; fazendas históricas. A cidade destaca-se também por<br />

suas festas típicas, dentre elas a Festa do Tropeiro, que relembra os primeiros formadores da<br />

25 Informação disponível no site da Prefeitura - www.caraguatatuba.sp.gov.br/turismo/dicas.htm<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-120 ABRIL / 2006


vila. No turismo religioso, Paraibuna comemora a padroeira, Nossa Senhora das Dores, e a<br />

Festa de Nossa Senhora da Rosa Mística.<br />

Na cidade, as principais atrações turístico-culturais são a Bica d´Água; a Fundação Cultural e<br />

os Casarões da Praça, formado por nove construções históricas datadas do final do século<br />

XIX; o Instituto Santo Antônio; a Matriz Paróquia Santo Antônio de Paraibuna; o Mercado<br />

Municipal José Bento Rangel "Zezinho Bento"; a Praça Monsenhor Ernesto Almíro Arantes;<br />

o Grupo Escolar Doutor Cerqueira César, considerado um dos mais importantes do Estado de<br />

São Paulo; a Praça Monsenhor Ernesto Almíro Arantes; o Prédio da Prefeitura Municipal,<br />

antiga cadeia pública; a Santa Casa de Misericórdia do Divino Espírito Santo; a Igreja de<br />

Nossa Senhora do Rosário; o Cemitério Municipal; as Balsas, instaladas para a travessia do<br />

lago da represa; a Igreja de São Benedito; o Morro do Remédio, um dos pontos mais altos do<br />

município, com a capela de Nossa Senhora dos Remédios, em homenagem aos escravos; as<br />

fazendas coloniais São Pedro, Boa Esperança, Bom Retiro; Santa Rita e Grama e as<br />

cachoeiras do Itapeva; da Fazenda São Pedro e do Sistema Ecológico da CESP. As festas e<br />

danças tradicionais em Paraibuna são Moçambique, Congada do Jongo, Catira e Folia de<br />

Reis.<br />

(3) Jambeiro<br />

O principal ponto turístico de Jambeiro é a praça central, com um coreto ao centro, onde toda<br />

a comunidade e os turistas se reúnem. É o local onde acontecem as festas e eventos da cidade:<br />

o carnaval, com banda de música; apresentação de duplas sertanejas; a tradicional Festa do<br />

Tropeiro, que se expande também às ruas vizinhas. Destacam-se, ainda, em Jambeiro, o<br />

Jambofolia; a comemoração de aniversário da cidade, em 30 de março; a Encenação da<br />

Paixão de Cristo, na Páscoa; a Festa de Coroação de Nossa Senhora Aparecida, em maio;<br />

Corpus Christi, com enfeite das ruas; as festas juninas; a Festa da Nossa Senhora das Dores,<br />

padroeira, em 15 de setembro; o Enduro Hípico das Montanhas, o Torneio Leiteiro e a Festa<br />

do Peão Boiadeiro, em novembro; e a Ceia Comunitária, em dezembro. Outros pontos de<br />

interesse turístico na cidade são a Cachoeira Cascata; o Mercado Municipal; a Casa Rosa<br />

Mística; as diversas trilhas ecológicas e as fazendas e casarões coloniais, com destaque para a<br />

“Fazenda do Sinhô”, localizada no alto da serra de Jambeiro, onde há um vinhedo, no qual se<br />

produz artesanalmente o vinho d’Almeida.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-121 ABRIL / 2006


(4) São José dos Campos<br />

A Prefeitura Municipal oferece um serviço conhecido com “Linha Turística”, que consiste em<br />

um ônibus de 44 lugares, que circula todos os domingos, com tarifa de R$ 1,40. O roteiro<br />

preparado pelo Conselho Municipal de Turismo tem duração de 2 horas e o percurso<br />

contempla os principais pontos históricos e turísticos da cidade: Edifício da Antiga Coletoria<br />

e Colégio Olympio Catão; Biblioteca Municipal Cassiano Ricardo; Mercado Municipal;<br />

Igreja Nossa Senhora Aparecida; Igreja Matriz; Casa de Cultura Caipira Zé Mira; Parque da<br />

Cidade Roberto Burle Marx; Monumento aos Expedicionários; Teatro Benedito Alves da<br />

Silva; Centro Técnico Aeroespacial – CTA; Instituto de Pesquisas Espaciais e Embraer-<br />

Aeroporto – INPE; Memorial Aeroespacial Brasileiro – MAB; Aeroporto; Antigo Sanatório<br />

Antoninho da Rocha Marmo; Parque Santos Dumont; Sanatório Vicentina Aranha; Palmeiras<br />

Imperiais (Avenida João Guilhermino) e Igreja São Benedito.<br />

Metade da área do distrito de São Francisco Xavier é ocupada pela Área de Proteção<br />

Ambiental da Mantiqueira (Lei Municipal n o 4.212/92). Para os apreciadores do Turismo<br />

Ecológico, há, nessa área, várias trilhas para caminhadas, cachoeiras, rampas de vôo livre,<br />

além de rios e córregos próximos à serra do Selado, adequados para a prática de esportes<br />

aquáticos, como a canoagem.<br />

As barragens também são atrativos turísticos, tais como a Barragem do Jaguari e a Barragem<br />

do Ribeirão Vidoca. A Reserva Ecológica Augusto Ruschi, a aproximadamente 17km do<br />

centro da cidade, é um centro de pesquisas para alunos e estudiosos que recebem aulas de<br />

Educação Ambiental e informações sobre a Reserva e sua importância. Nela são produzidas<br />

mudas de espécies nativas, cuja finalidade é a recomposição de mata ciliar dos córregos e rios<br />

do município, desenvolvida em convênio com a Fundação Florestal. As mudas também se<br />

destinam à ornamentação de praças e logradouros públicos, além de trilhas, riachos, lago e<br />

jardins. A Reserva é aberta à visitação para escolas e outras instituições.<br />

Destacam-se ainda os patrimônios ambientais: as figueiras da Praça Cônego Lima, plantadas<br />

na ocasião da construção do jardim do Largo de Nossa Senhora do Rosário, em 1898; o<br />

Jequitibá, que se tornou símbolo do distrito de Eugênio Melo, imune a corte, de acordo com o<br />

Decreto n° 8.259/93; as Palmeiras Imperiais na Avenida Doutor João Guilhermino, plantadas<br />

nos idos de 1896; as Palmeiras Imperiais na Praça Synésio Martins, que passaram a integrar o<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

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TAUBATÉ<br />

5.3-122 ABRIL / 2006


conjunto de árvores imunes de corte, através do Decreto Municipal n° 7.668/92; o Pau Brasil<br />

da Escola Melvin Jones; a Sucupira do Cerrado no Jardim Portugal, provavelmente<br />

remanescente dos campos cerrados nativos da região; a Macacarecuia ou Abricó de Macaco,<br />

também na Praça Synésio Martins; a Paineira, plantada entre o final da década de 30 e o<br />

início da década de 40; o Angico, localizado na Avenida Adhemar de Barros, foi preservado<br />

através do Decreto n° 9453/98 e o Guapuruvu da Praça Elza Ferreira Rahal, Vila Adyana,<br />

preservado pelo Decreto n° 9453/98.<br />

Vale ressaltar que a cidade tem grande vocação para o turismo de negócios.<br />

(5) Caçapava<br />

A cidade possui vocação para turismo rural, ecoturismo e turismo gastronômico. As<br />

principais atrações da cidade são o Museu do Ipiranga, o Museu Histórico Pedagógico<br />

Ministro José de Moura Resende, o Museu de Armas e Troféus da Força Expedicionária<br />

Brasileira, a Fundação Nacional do Tropeirismo, a Casa Kolbe e o Campo de Pouso Ipuã, na<br />

Estrada Camandacuaia.<br />

Como turismo ecológico, destacam-se a Pousada dos Bandeirantes, na serra do Palmital, a<br />

Reserva da Serra do Palmital e o Parque Ecológico da Moçota. Na área rural, existem vários<br />

pesqueiros — Primavera, do Ivo, do Marcos Mineiro, do Serginho, Rosará, Cabana, Boa<br />

Vista — e os Haras Piracuama e Ignácio Trunkel. Destacam-se ainda a Vila Caçapava<br />

Velha, a Represa de Caçapava e a Fazenda-Modelo de Extração Mecânica de Leite.<br />

(6) Taubaté<br />

A cidade é rica em atrações culturais e construções históricas. O turismo e lazer é bastante<br />

diversificado, abriga museus, igrejas e belezas naturais:<br />

• Museu Histórico – memorial da história de Taubaté, onde os importantes acontecimentos<br />

de cunho histórico são cronológica e didaticamente narrados. O Arquivo Histórico Dr.<br />

Felix Gisard Filho é um arquivo de fundo cartorial, compreendendo quatro séculos de<br />

História de Taubaté, Vale do Paraíba e Brasil Colonial.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

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TAUBATÉ<br />

5.3-123 ABRIL / 2006


• Museu da Imagem e do Som – criado em 1995 para ser um museu de cultura viva e<br />

moderno em sua museologia. Desde então, devido à constituição de seu rico acervo,<br />

firmou-se como referencial da memória audiovisual e icnonográfica do Vale do Paraíba.<br />

• Museu de Artes Plásticas – espaço para os artistas de Taubaté exibirem seus trabalhos.<br />

• Museu de Arte Sacra – instalado na Capela de Nossa Senhora do Pilar, tombada pelo<br />

IPHAN, como patrimônio histórico nacional, é o único do gênero existente em todo o<br />

Vale do Paraíba. O acervo é construído por imagens e alfaias antigas.<br />

• Museu de História Natural – inaugurado em 2004 pela Prefeitura Municipal, é<br />

administrado pela Fundação de Apoio à Ciência e Natureza (FUNAT). Seu acervo contém<br />

milhares de peças, desde grandes dinossauros, até pequenos insetos. Conta ainda com<br />

auditório para 100 pessoas.<br />

• Museu Mazzaropi – localizado no Hotel Fazenda de mesmo nome, próximo à Fazenda<br />

Santa, onde Mazzaropi produziu a maioria dos filmes. Contém um acervo cinematográfico<br />

com 32 filmes e uma grande quantidade de fotos do ator, além de objetos e cenários.<br />

• Catedral de São Francisco das Chagas de Taubaté – originou-se da primeira igreja de<br />

taipa-de-pilão erguida por Jaques Félix em 1645. A reforma ocorreu em 1942.<br />

Apresentava homogêneo conjunto do barroco paulista, destacando-se, entre as obras de<br />

taipa, o imponente altar-mor (único preservado). Possui várias imagens do século XVIII.<br />

• Convento de Santa Clara – fundado em 1673 por frades franciscanos, está situado em<br />

ponto elevado, com bonito panorama da cidade. Da arquitetura original conserva a<br />

interessante torre sineira.<br />

• Capela de Nossa Senhora do Pilar – construção de Timóteo Corrêa de Toledo, pai dos<br />

inconfidentes taubateanos Padre Carlos Corrêa de Toledo e Luiz Vaz de Toledo Piza, em<br />

1748, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.<br />

• Casarão da Família Oliveira Costa – casarão da família do próspero fazendeiro do café,<br />

construído em 1854 e tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio<br />

Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural – CONDEPHAAT. Intacto em sua edificação<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

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TAUBATÉ<br />

5.3-124 ABRIL / 2006


como documento arquitetônico do ciclo áureo do café, reflete a maneira de viver do final<br />

do século XIX. Visita somente externa.<br />

• Parque de Exposição Monteiro Lobato – área de 60.000m 2 , com salão para exposições,<br />

quadra coberta, pista para caminhada, lago artificial e chalés.<br />

• Chácara do Visconde – Sítio do Pica-Pau Amarelo – propriedade do Visconde de<br />

Tremenbé ou José Francisco Monteiro, foi a inspiração para as histórias que, mais tarde,<br />

seu neto Monteiro Lobato escreveu, tornando-se um dos mais famosos escritores infanto-<br />

juvenis. A chácara foi tombada pelo IPHAN (1969) e abriga o Museu Histórico<br />

Pedagógico Monteiro Lobato.<br />

• Horto Florestal Estadual – a unidade do Viveiro Florestal de Taubaté, órgão pertencente<br />

ao Instituto Florestal, é aberta à visitação e tem um projeto, o "Vale Vida", direcionado a<br />

oferecer a estudantes do Ensino Fundamental conhecimentos sobre o meio ambiente.<br />

• Horto Municipal – parque ecológico com mangueiras, plantas, flores e um enorme lago,<br />

onde os visitantes fazem caminhadas, apreciando a flora e fauna existentes. Gansos, patos,<br />

paturis, galinha d´angola e uma família de macacos são os principais atrativos para as<br />

crianças.<br />

• Parque Municipal do Vale Itaim – inaugurado em 2004, com o objetivo de reforçar a<br />

cultura já existente na cidade das personalidades de Monteiro Lobato e Mazzaropi. Possui<br />

um mirante, quiosques, ampla área verde e réplicas do Sítio do Pica-Pau Amarelo, Casa<br />

do Jeca Tatu, Fazenda do Tropeiro e linha férrea com duas locomotivas marias-fumaças.<br />

• Cachoeira do Bairro São Sebastião do Macuco – grande beleza natural, rodeada por mata<br />

com várias espécies. Localizada a cerca de 35km da cidade.<br />

• Alto do Cristo Redentor – panorama da cidade, situado em uma das colinas urbanizadas<br />

que ficam ao sul, após a Rodovia Presidente Dutra. Lá se encontra, desde 1956, uma<br />

estátua do Cristo Redentor com 23m de altura, incluindo o pedestal e a capela dedicada a<br />

Nossa Senhora da Paz. Além da vista geral da cidade, pode-se ver parte do Vale do<br />

Paraíba, tendo, ao fundo, a serra da Mantiqueira.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

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5.3-125 ABRIL / 2006


• Casa do Figureiro – situado no bairro da Imaculada, onde, historicamente, nasceram os<br />

mais famosos escultores e artesãos do município, reconhecidos internacionalmente com<br />

suas figuras folclóricas. No próprio local, existe uma área para exposição e venda<br />

permanente. As Figureiras trabalham em argila e barro, além de educar os filhos e jovens<br />

da comunidade.<br />

• Rua Imaculada – a rua ficou famosa por suas festas folclóricas, pelo artesanato e pela<br />

Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição.<br />

• Pátio da Barganha – feira da barganha que funciona no Mercado Municipal há mais de um<br />

século. Atualmente, a feira tem artigos velhos, novos e seminovos, e funciona todos os<br />

domingos.<br />

Há um projeto para a instalação do Autódromo Internacional de Taubaté, em área de<br />

500.000m 2 , que irá dinamizar o turismo na cidade e atrair pessoas de todo o País.<br />

Taubaté promove diversificadas atividades culturais, através do Departamento de Educação,<br />

Cultura e Esportes da Prefeitura Municipal – DECE, tais como passeios ciclísticos, festivais<br />

de música sertaneja, apresentações teatrais, campeonato de fanfarras e salões de artes<br />

plásticas. Promove anualmente, no mês de abril, a Semana Monteiro Lobato e, em agosto, a<br />

Festa do Folclore.<br />

h. Manifestações Artísticas, Culturais e Religiosas<br />

O Estado de São Paulo é rico em manifestações culturais que exprimem os modos de ser,<br />

viver, pensar da população, através de um grande número de práticas culturais estruturadas<br />

em suas vivências cotidianas e em manifestações simbólicas, constituindo-se numa esfera<br />

cultural fora do âmbito das instituições de ensino e da cultura escolar. Nos municípios que<br />

fazem parte da Área de Influência Indireta do Gasoduto, destacam-se folguedos 26 e danças<br />

tradicionais, descritos a seguir.<br />

26 “Folguedos, bailados, autos ou danças dramáticas denominam expressões onde a dança se constitui em<br />

elemento de destaque. Folguedo designa todo fato folclórico, dramático, coletivo e com estruturação (...)”<br />

(http://www.brazilsite.com.br/folclore/folguedos).<br />

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GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

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5.3-126 ABRIL / 2006


• Moçambiques: são folguedos freqüentes no Vale do Paraíba, encontrados principalmente<br />

nos municípios que circundam a cabeceira do Tietê e no noroeste de São Paulo. São<br />

grupos religiosos que homenageiam, com músicas e danças, os santos padroeiros,<br />

especialmente, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Suas atuações caracterizam-se<br />

por manobras (evoluções) e manejos de bastões, e seu traço distintivo são os paiás<br />

(guizos) ou gungas (chocalhos de lata), atados aos tornozelos dos moçambiqueiros. Nos<br />

municípios que fazem parte da AII do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, há<br />

manifestações de moçambique em Caraguatatuba, São José dos Campos e Taubaté, mas<br />

esses grupos costumam apresentar-se também nos municípios vizinhos.<br />

• As Congadas: normalmente, aparecem na forma de cortejos, onde os participantes<br />

cumprem promessas, cantam e dançam em homenagem a São Benedito. Alguns folguedos<br />

possuem reinado (rei, rainha, vassalagem) envolvendo parte dramática, com embaixadas e<br />

lutas. Entre esses, as mais completas são as congadas do litoral norte do estado, sobretudo,<br />

de Ilhabela e São Sebastião, por suas estruturas complexas e presença das marimbas 27 .<br />

Sua instrumentação varia em cada região, havendo destaque para a percussão,<br />

estimulando muitos momentos de bailados vigorosos e evoluções. Há congadas de<br />

sainhas, com grande quantidade de caixas, com chapéus de fitas, com manejos de bastões<br />

e espadas. Alguns grupos exibem exemplares dos exércitos dos tempos do Império e<br />

início da República. No Estado de São Paulo, encontra-se a congada em diversas cidades;<br />

na AII, é encontrada em Caraguatatuba, Paraibuna, São José dos Campos e Taubaté.<br />

• A Folia de Reis: é o folguedo mais expressivo e difundido em São Paulo. No norte e<br />

noroeste paulistas, sua presença é tão expressiva que muitos dos municípios realizam<br />

Encontros de Folias de Reis que chegam a mobilizar acima de 50 grupos em cada um. No<br />

calendário dos eventos, os municípios procuram não coincidir datas, o que, em muitos<br />

momentos, torna-se inevitável, estendendo-se os festejos até o mês de maio, com<br />

interrupções pelo período quaresmal. A Folia constitui-se de grupos de pessoas que vão de<br />

27 Instrumentos percussivos melódicos constituídos de uma série de lâminas de determinados tipos de madeira,<br />

tendo, por ressoadores, pequenas cabaças. Serviam, ao lado de outros instrumentos trazidos pelos negros<br />

escravizados, de base rítmica para folguedos e danças. As marimbas desapareceram de todo o território<br />

brasileiro, tendo sobrevivido, somente, no litoral norte de São Paulo. Sua utilização circunscreve-se às<br />

congadas; são muito poucos seus executantes e bem menos os que conseguem confeccioná-las. Tanto em sua<br />

configuração técnica quanto em sua execução, as marimbas caiçaras continuam bem próximas de seus<br />

ancestrais africanos (http://www.brazilsite.com.br/folclore/estados/saopaulo/musica/marimbas).<br />

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GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

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5.3-127 ABRIL / 2006


casa em casa, do dia de Natal até o dia 6 de janeiro, cantando temas religiosos, tocando<br />

instrumentos e declamando romances e poemas tradicionais. Cumprem sempre rituais de<br />

chegada e despedida, visitando os amigos e os devotos, atendendo a pedidos e ajudando<br />

os cumpridores de promessas. Quando em visita a uma casa, uma Folia é motivo de festa<br />

para toda a rua. Os personagens vestem-se com trajes vistosos e usam máscaras<br />

confeccionadas com materiais diversos, que podem ser peles, tecidos, napa, cabaças,<br />

papelão, papel. Apesar da expressividade no estado, na região em estudo, dos municípios<br />

pertencentes à AII, apenas em Taubaté, Caçapava e Caraguatatuba existe a tradição da<br />

Folia de Reis.<br />

• Jongo: é uma dança de origem banto, do mesmo tronco do batuque, ambos ancestrais do<br />

samba e do pagode, que resiste em alguns pontos do Vale do Paraíba. Estruturado em<br />

roda, em torno de uma fogueira que ajuda a manter a afinação dos tambores, acontecem<br />

hoje em praças públicas, da mesma forma que, outrora, aconteciam nos terreiros. Com ela,<br />

os participantes homenageiam São Benedito e nossos antepassados negros. Em Taubaté,<br />

município pertencente à AII, São Luís do Piratinga, Pindamonhangaba e Cunha,<br />

encontram-se os últimos redutos de jongueiros do Vale Paulista e que, no momento, estão<br />

em fase de revivescência.<br />

• Catira e Cateretê: são danças de sapateado, derivadas do antigo fandango português. São<br />

encontradas em todo o estado, incluindo-se a Grande São Paulo. Na AII, ocorrem nos<br />

municípios de São José dos Campos e Taubaté.<br />

• Dança de São Gonçalo: é um evento religioso que expressa, de forma especial, a devoção<br />

ao santo, sendo, por vezes, um pagamento de promessa. Em São Paulo, há duas formas<br />

distintas da dança de São Gonçalo: a do litoral e a do interior. A do litoral acontece<br />

sempre ao som de violas, rabecas, cordas em geral e caixa; é valsada e solene, sempre<br />

executada por pares. A do interior, também dançada em cumprimento de promessa, ao<br />

som de duas violas, é marcada por palmeados e sapateados, dançadores organizados em<br />

duas filas, durante toda uma noite. Entre outros municípios do estado, a dança de São<br />

Gonçalo é encontrada, na AII, em São José dos Campos.<br />

• A Chiba: é uma versão do fandango no litoral norte, compreendendo as modas próprias<br />

para os bate-pés, palmeados e os grandes figurados, com acompanhamento de violas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-128 ABRIL / 2006


Participam pares, sendo que as mulheres só executam os bailados, não os sapateados.<br />

Entre os municípios da AII, a chiba é encontrada em Caraguatatuba.<br />

• A Ciranda: é uma dança com marcas, figurados e passadinhos, em pares, acompanhada<br />

sempre por violas. Pode ser executada de forma autônoma ou integrando o conjunto de<br />

bailados do fandango. Ocorre no litoral norte do estado e na AII, em Caraguatatuba.<br />

Entre os municípios que compõem a AII do Gasoduto, destaca-se Taubaté, onde existe a arte<br />

tradicional das Figureiras de Taubaté. São assim denominadas por serem as mulheres a<br />

maior parte do grupo de artesãos. No entanto, atualmente, já há homens exercendo esse<br />

ofício. Esses artesãos são exímios na arte de esculpir, em barro cru, obras que espelham o<br />

cotidiano da vida do interior, retratando seus usos, tipos, costumes e temas religiosos. Os<br />

trabalhos remontam à época em que frades franciscanos do Convento de Santa Clara (século<br />

XVII) encomendavam, às mulheres, na época natalina, a confecção de presépios com cenas<br />

relativas ao nascimento de Jesus: o Estábulo de Belém, a Manjedoura, São José, Nossa<br />

Senhora, os Reis Magos, a estrela e os animais (burrico, boi, vaca, carneiro). A arte das<br />

Figureiras tem sido transmitida através das gerações, permitindo que haja uma efetiva<br />

preservação da tradição cultural dessa região. Com o tempo, foram incluídos, também, em<br />

seus trabalhos, outros temas e personagens, representados por pequenas figuras, sempre bem<br />

coloridas, com dimensões entre 3 e 25cm, retratando o cotidiano, as profissões, as festas<br />

religiosas, os animais e o imaginário popular. Assim, surgiram o Pavão (também chamado de<br />

“galinho do céu”, hoje símbolo do folclore de Taubaté), a Chuva de Pavões, o São Francisco<br />

com os pássaros, Nossa Senhora das Flores e Nossa Senhora de Aparecida.<br />

As Figureiras modelam suas obras usando barro, amassado delicadamente com os dedos.<br />

Como a maioria dos trabalhos são esculturas de pequeno porte, não necessitam ser levadas ao<br />

forno para queimar. As peças são secas ao tempo, por cerca de 24 horas. Em seguida, inicia-<br />

se a decoração, quando são pintadas, nos mínimos detalhes. Uma das características do<br />

trabalho de todas as Figureiras são as cores vibrantes das peças. Aplicam muito azul, amarelo,<br />

verde, branco, preto, vermelho, prateado e dourado.<br />

Os principais tipos e cenas representados atualmente pelas Figureiras são o pavão, a galinha-<br />

d'angola, a Arca de Noé, os tipos regionais, santos e presépios. São modelados também os<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-129 ABRIL / 2006


personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de autoria do escritor Monteiro Lobato, cidadão<br />

taubateano.<br />

Em Taubaté, os trabalhos das Figureiras são encontrados, basicamente, em dois lugares: na<br />

Casa do Figureiro e nas proximidades, na rua Imaculada Conceição, onde residem as mais<br />

antigas e conceituadas Figureiras da cidade. Na Casa do Figureiro, funciona atualmente uma<br />

cooperativa dos artesãos, com exposição e comercialização das peças dos artistas. Existe uma<br />

oficina, onde se realizam cursos para as comunidades, ministrados pelo SEBRAE,<br />

Universidade de Taubaté – UNITAU (cursos de inglês, para que as Figureiras possam atender<br />

melhor os visitantes estrangeiros), e pela Superintendência do Trabalho Artesanal nas<br />

Comunidades SUTACO — órgão do governo estadual que promove e incentiva o artesanato<br />

paulistano.<br />

Os artesãos ligados à Casa do Figureiro e os da Rua Imaculada convivem em clima de grande<br />

amizade e camaradagem, sendo comum partilharem ou repassarem encomendas.<br />

Atualmente, encontram-se Figureiras em outras cidades do Vale da Paraíba, tais como<br />

Caçapava, São José dos Campos e Pindamonhangaba, e seus trabalhos são conhecidos em<br />

todo o Brasil e exterior, sendo disputados por museus e colecionadores.<br />

A cidade de Taubaté comemora, no dia 19 de agosto, a Festa do Folclore do Bairro da<br />

Imaculada, tradição que vigora há mais de 150 anos. À ocasião, apresentam-se grupos<br />

folclóricos, duplas sertanejas, quadrilhas, espetáculos musicais e outras manifestações<br />

regionais, festivas e culturais.<br />

Em Caçapava, a “cidade simpatia” do Vale da Paraíba, destacam-se os artesãos de doces e<br />

cachaças, cuja tradição vem passando de geração para geração. O cidadão caçapavense até<br />

recebe o apelido de "Taiada", o produto mais típico da cidade, um doce feito com caldo-de-<br />

cana, gengibre e farinha de mandioca.<br />

Em Jambeiro, destaca-se o artesanato de taipa e bambu confeccionado pelas mulheres, além<br />

do crochê, tricô e a Dança das Fitas, tradição que remonta aos imigrantes europeus que<br />

vieram para todo o Estado de São Paulo. A Festa do Tropeiro é uma tradição encontrada em<br />

Jambeiro e Paraibuna; apresenta manifestações típicas e reúne cavaleiros de vários bairros e<br />

de cidades vizinhas. Em Paraibuna, a festa relembra os primeiros formadores da vila.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-130 ABRIL / 2006


5.3.3 PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL<br />

Para a elaboração do diagnóstico do Patrimônio Arqueológico, foram considerados os dados<br />

de informações primárias (entrevistas orais, reconhecimento arqueológico de campo) e<br />

secundárias (fontes escritas arqueológicas, históricas, etno-históricas e culturais),<br />

contextualizados em conformidade com as Áreas de Influência do empreendimento (AII e<br />

AID).<br />

O texto integral do Diagnóstico Arqueológico, Histórico e Cultural integra-se a este <strong>EIA</strong>, no<br />

Volume 2/3, como Anexo D, cujo conteúdo é o mesmo a ser apresentado ao Instituto do<br />

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. A seguir, é apresentado, de forma<br />

resumida, o potencial arqueológico das áreas de influência do Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté.<br />

Como explicitado na Seção 5.3.1 Aspectos Metodológicos, para a avaliação do Potencial<br />

Arqueológico da AII, serão utilizados os dados existentes para os municípios atravessados<br />

pelo empreendimento ou, ainda, o conhecimento das principais bacias hidrográficas da região.<br />

Quanto à avaliação do Potencial Arqueológico da AID, foram utilizados os limites de 400m<br />

para cada lado do duto como referência para a aquisição e análise das informações obtidas em<br />

campo e em escritório.<br />

a. Potencial Arqueológico da AII<br />

A Área de Influência Indireta (AII) abrange os seguintes limites geográficos:<br />

• Arqueologia pré-colonial: vale do médio rio Paraíba em sua porção paulista; vales dos<br />

rios Paraitinga e Paraibuna (serra); bacia do rio Juqueriquerê (notadamente vales dos rios<br />

Camburu/Tinga e Pau d’Alho), no litoral norte paulista.<br />

A penetração de populações indígenas pré-coloniais na Área de Influência Indireta ocorreu<br />

seguindo os vales desses rios e seus afluentes, não possuindo significância arqueológica a<br />

conformação socioeconômica atual.<br />

• Etno-história: áreas municipais de Caraguatatuba, Paraibuna, Jambeiro, São José dos<br />

Campos, Caçapava e Taubaté.<br />

A caracterização arqueológica e histórico-cultural da AII do empreendimento baseou-se em<br />

fontes secundárias e procurou levantar os dados relativos à cultura material dos diversos<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-131<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


grupos sociais que ocuparam a área no passado, em busca dos testemunhos materiais que<br />

possam ter subsistido como bens patrimoniais relevantes da pré-história e história regionais.<br />

Os estudos realizados permitem afirmar que na Área de Influência Indireta do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté existem evidências arqueológicas da presença de grupos caçadores-<br />

coletores, grupos pescadores-coletores e de grupos horticultores, identificados com várias<br />

tradições culturais conhecidas pela arqueologia pré-colonial. Trata-se de área com imenso<br />

potencial arqueológico, na qual os vestígios arqueológicos subsistem, apesar das sucessivas<br />

ocupações humanas, mais numerosas e mais intensas a partir do início do século XX.<br />

O contexto etno-histórico, baseado em bibliografia especializada, documenta a região em<br />

estudo, historicamente, como território indígena de grupos Tupi, Guarani e Jê, entre outros; o<br />

mesmo levantamento permite inferir, para a região jundiaiense, um alto potencial<br />

arqueológico no que se refere a possíveis vestígios de aldeias, de acampamentos e objetos de<br />

cultura material relacionados àqueles povos indígenas e testemunhos de suas ocupações, além<br />

de caminhos e trilhas de origens indígenas, ligando a costa ao planalto, e que foram<br />

posteriormente reaproveitadas ou relocadas pelos novos ocupantes da região, após o contato.<br />

A esse respeito, existem informações históricas conhecidas.<br />

As condições em que se processaram a conquista do território indígena e a implantação de<br />

novos cenários de ocupação humana na região não deixam dúvidas quanto à precariedade das<br />

edificações iniciais, muitas delas de caráter temporário, que ocuparam a paisagem, simultânea<br />

ou sucessivamente, o que torna difícil a localização de eventuais vestígios arqueológicos. A<br />

existência desses remanescentes se comprova pelos inúmeros sítios arqueológicos históricos<br />

identificados sempre que se procedeu a pesquisas sistemáticas na região.<br />

Tanto o contexto etno-histórico apresentado quanto às evidências arqueológicas históricas<br />

conhecidas, permitem estimar alto potencial arqueológico para a AII, no tocante a possíveis<br />

vestígios de acampamentos (o que incluiria quilombos), pousos, casas rurais, objetos de<br />

cultura material, de antigos caminhos. Os bens edificados remanescentes são outros<br />

indicadores de um potencial patrimônio a ser recuperado e que pode incluir: remanescentes de<br />

acampamentos, ranchos, casas rurais populares, vestígios de antigas fazendas, engenhos e<br />

construções associadas, como capelas, terreiros, senzalas e outros; e ainda remanescentes de<br />

objetos de cultura material.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-132<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


. Potencial Arqueológico da AID<br />

A Área de Influência Direta (AID) do empreendimento foi delimitada como uma faixa com<br />

largura de 800 metros, sendo 400 metros para cada lado do Gasoduto projetado. Nela foram<br />

consideradas as relações construídas historicamente com o espaço, os usos atuais e as relações<br />

sociais que se organizam em função desse espaço.<br />

Para o diagnóstico arqueológico da AID, os dados levantados em campo e as análises<br />

realizadas em gabinete foram sistematizados conforme os seguintes itens de avaliação, cujos<br />

detalhes estão apresentados no Anexo D, no Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong>;<br />

• coleta de informações orais: com moradores antigos ou residentes locais das áreas de<br />

influência do empreendimento, realizado de forma oportunística, em concomitância com o<br />

levantamento extensivo;<br />

• análise das variáveis ambientais preditivas e controles geoarqueológicos: trabalho de<br />

análise de dados ambientais considerados favoráveis à ocupação ou deslocamento humano<br />

no passado (KASHIMOTTO, 1997), levando-se em conta o suporte geoecológico para a<br />

captação de recursos e matérias-primas, assentamento e subsistência de populações,<br />

características topomorfológicas favoráveis, etc.;<br />

• levantamento extensivo: prospecção superficial assistemática e de reconhecimento<br />

arqueológico preliminar da área, visando à detecção rápida de possíveis elementos de<br />

interesse histórico-arqueológico e à obtenção de informações gerais de campo, sob o<br />

enfoque de avaliação e prognóstico de impactos.<br />

Os resultados do trabalho incluíram: detalhamento de aspectos do contexto regional, tais<br />

como: dados sobre fazendas participantes de diferentes ciclos econômicos, para os quais<br />

existe potencial de detecção de sítios ligados ao período escravagista, ao troperismo, ao<br />

assentamento de imigrantes, à economia cafeeira, etc.; relatos sobre a existência de cemitérios<br />

de escravos; de quilombos nas serras, próximo ao Ribeirão Lageado; de inúmeros caminhos<br />

históricos que cortariam a AID.<br />

Quanto aos registros sobre indígenas, as informações são escassas para a AID, embora<br />

significativas: ocorrência de lâminas de machado (pedra de corisco, pedra-de-raio, pedra de<br />

índio, etc.) e fragmentos cerâmicos; possíveis urnas funerárias na bacia do Ribeirão Claro; de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-133<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


um sítio sob abrigo; de possível ocorrência de estruturas do tipo “casa subterrânea” no<br />

município de Paraibuna.<br />

O enfoque geoarqueológico e a diversidade de compartimentos paisagísticos mostram a área<br />

em estudo contendo grande número de características ambientais favoráveis à implantação<br />

humana, especialmente facilidade de captação de recursos e mobilidade territorial. Tais<br />

aspectos permitem projetar um provável elevado potencial da área de estudo para a ocorrência<br />

de sítios arqueológicos, relacionados a ocupações por grupos de caçadores-coletores,<br />

pescadores-coletores, agricultores ceramistas e populações históricas. Os estudos sobre cartas<br />

temáticas possibilitaram identificar setores de maior potencial arqueológico, bem como<br />

elementos ligados aos principais controles geoarqueológicos de preservação de sítios.<br />

Quanto às pesquisas de reconhecimento arqueológico na área de implantação do duto<br />

projetado, os levantamentos de campo revelaram a presença de duas áreas de ocorrências<br />

arqueológicas, com vestígios resultantes de atividades ou ocupações humanas pretéritas. Das<br />

ocorrências verificadas, uma apresenta potencial para a descoberta de sítio arqueológico mais<br />

significativo, possivelmente indígena (Ribeirão do Cedro, coordenadas UTM 23K 437486 /<br />

7395338).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

5.3-134<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

ABRIL / 2006


5.3.4 COMUNIDADES INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E POPULAÇÕES TRADICIONAIS<br />

Para a elaboração deste diagnóstico, foram realizadas consultas institucionais com o intuito de<br />

analisar a existência ou não de Terras Indígenas, Comunidades Remanescentes de Quilombos<br />

e Populações Tradicionais nas proximidades do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

As consultas aos órgãos do Governo Federal foram encaminhadas à Diretoria de Assuntos<br />

Fundiários – DAF, da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, setor responsável pela<br />

delimitação das Terras Indígenas, e à Diretoria de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro –<br />

DPA, da Fundação Cultural Palmares – FCP, órgão do Ministério da Cultura que vem<br />

realizando a identificação e o registro das Comunidades Remanescentes de Quilombos no seu<br />

Cadastro Geral.<br />

A identificação das Populações Tradicionais foi realizada através de consultas às Prefeituras<br />

Municipais e de pesquisa no Departamento de Patrimônio Imaterial – DPI, do Instituto do<br />

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, que implementa políticas de<br />

reconhecimento e valorização do patrimônio cultural imaterial brasileiro, com o registro de<br />

saberes tradicionais, celebrações, formas de expressão e lugares.<br />

a. Terras Indígenas<br />

De acordo com as informações disponíveis, atualmente não existem Terras Indígenas em<br />

nenhum dos seis municípios atravessados pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, que, neste<br />

diagnóstico, formam sua Área de Influência Indireta (AII). As duas Terras Indígenas mais<br />

próximas do empreendimento situam-se em seu trecho inicial, no Litoral Norte do Estado de<br />

São Paulo: a TI Ribeirão Silveira, nos municípios de São Sebastião, Bertioga e Salesópolis,<br />

cerca de 25km a oeste do empreendimento, e a TI Boa Vista do Sertão do Promirim, em<br />

Ubatuba, a aproximadamente 25km a leste do duto.<br />

b. Quilombolas<br />

A Fundação Cultural Palmares, através do Ofício n o 317/DPA/PCP/Minc/2005, confirmou a<br />

inexistência de comunidades quilombolas na área em estudo. As comunidades mais próximas,<br />

Caçandoca e Camburi, estão situadas no município de Ubatuba, vizinho à AII.<br />

c. Populações Tradicionais<br />

Na inter-relação entre homem e meio ambiente, foram identificadas atividades tradicionais em<br />

alguns municípios atravessados pelo Gasoduto Caraguatauba–Taubaté, conforme descritas a<br />

seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-135 ABRIL / 2006


Entre as variadas concepções utilizadas de População Tradicional, destaca-se a definição do<br />

IBAMA, que associa essas comunidades a um modo de vida extrativista, com íntima relação<br />

com o meio ambiente e seus ciclos.<br />

As populações tradicionais encontram-se integradas aos ecossistemas naturais, devendo,<br />

portanto, ser preservadas em seus hábitats, com sua organização social e cultural, pois a forma<br />

como se apropriam dos recursos naturais contribui para a conservação da biodiversidade<br />

(SÃO PAULO, 2005).<br />

Destaca-se, também, nesse sentido, a importância que a Organização das Nações Unidas para<br />

a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO confere ao Patrimônio Cultural Imaterial, que<br />

consiste em “práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas e também os<br />

instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhes são associados e as comunidades, os grupos<br />

e, em alguns casos, os indivíduos que se reconhecem como parte integrante de seu patrimônio<br />

cultural”. O Patrimônio Imaterial é, pois, apreendido através das gerações e recriado pelas<br />

comunidades “em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história,<br />

gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o<br />

respeito à diversidade cultural e à criatividade humana” 40 . Alguns bens do Patrimônio<br />

Imaterial brasileiro já foram tombados pelo IPHAN, mas representam apenas pequena parte<br />

da diversidade cultural existente no País.<br />

(1) Comunidades Caiçaras<br />

No Litoral Norte do Estado de São Paulo, do qual faz parte o município de Caraguatatuba, as<br />

Comunidades Caiçaras eram predominantes até meados do século XX, vivendo como seus<br />

antepassados, baseados na agricultura itinerante, pesca artesanal, extrativismo vegetal e<br />

artesanato. Os povos Caiçaras se organizavam em relações de parentesco e mantinham<br />

práticas solidárias de produção, através de mutirões nas colheitas e atividades de pesca<br />

coletivas. A terra tinha um valor simplesmente utilitário, e seus limites eram respeitados, a<br />

despeito de demarcações ou escrituras.<br />

A organização social da Comunidade Caiçara começou, no entanto, a se transformar,<br />

principalmente com a construção da Rodovia Rio–Santos, que, com ela, trouxe a especulação<br />

imobiliária, o turismo e a ampliação das atividades urbanas para a região. O modo de vida dos<br />

Caiçaras foi influenciado pela sociedade urbana e industrial, e eles acabaram vendendo suas<br />

terras para os especuladores imobiliários por valores irrisórios, ou até trocando por alguns<br />

objetos. Os Caiçaras perderam suas terras e ficaram desprovidos das condições de trabalho,<br />

40 Informações disponíveis no site do IPHAN: http://portal.iphan.gov.br/portal.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-136 ABRIL / 2006


sendo obrigados a exercer outras atividades que não lhes garantiam renda suficiente. Passaram<br />

a morar em periferias dos núcleos urbanos, em habitações precárias e sem saneamento, e,<br />

paradoxalmente, contribuindo para a degradação dos recursos naturais.<br />

Atualmente, algumas Comunidades Caiçaras ainda existem, graças ao relativo afastamento<br />

que mantiveram do crescimento e da exploração turística nessa região. A maior parte das<br />

Comunidades Caiçaras existentes no Litoral Norte está em Ilhabela, num total de 16. Apenas<br />

3 comunidades foram identificadas em Caraguatutuba, único município do Litoral Norte<br />

pertencente à Área de Influência Indireta do Gasoduto. O Quadro 5.3-52 relaciona as<br />

comunidades caiçaras identificadas em Caraguatatuba.<br />

Município<br />

Caraguatatuba (*)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-52 - Comunidades Caiçaras na AII<br />

Comunidade Caiçara Ou<br />

Localidade<br />

Massaguaçu<br />

Camaroeiro<br />

Porto Novo<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Observações<br />

Essas comunidades mantêm, em alguns<br />

núcleos de pescadores, hábitos e<br />

manifestações de antigas Comunidades<br />

Caiçaras.<br />

Atualmente, as comunidades encontram-se<br />

dispersas entre bairros do município.<br />

A Secretaria de Cultura desenvolve com elas<br />

algumas festas tradicionais — Festival do<br />

Camarão, do Mexilhão e da Tainha —,<br />

como forma de resgatar seus saberes e<br />

valorizar sua auto-estima. As festas têm dado<br />

tão certo que já viraram eventos turísticos da<br />

cidade.<br />

Fonte: São Paulo, Litoral Norte, 2005.<br />

Nota: (*) As informações sobre as Comunidades Caiçaras no município de Caraguatatuba foram concedidas pela Prefeitura<br />

Municipal. BIODINÂMICA, outubro/2005.<br />

Vale ressaltar que a maioria dessas Comunidades Caiçaras ainda vive como seus<br />

antepassados: de forma comunitária, da pesca artesanal, da agricultura de subsistência e da<br />

pequena criação de animais. Algumas modificações no modo de vida tradicional, no entanto,<br />

podem ser observadas, tais como a comercialização de excedentes de pescado e a inserção dos<br />

Caiçaras nas atividades de turismo, como guias ou como artesãos.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-137 ABRIL / 2006


5.3.5 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID)<br />

As interferências do empreendimento na Área de Influência Direta (AID) foram identificadas<br />

com base no reconhecimento realizado nas proximidades da faixa de servidão e em todo o seu<br />

entorno, em largura estendida para 800m (400m para cada lado da diretriz do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté). Nessa região, foram realizados o reconhecimento e a identificação<br />

de pontos e áreas notáveis, verificando-se as modalidades de ocupação vigentes, a<br />

organização e a dinâmica do território e, principalmente, os modos de vida presentes nos<br />

locais com ocupação humana. A metodologia utilizada incluiu entrevistas com os moradores<br />

e/ou representantes de entidades comunitárias. Também foram verificados os cruzamentos e<br />

paralelismos do Gasoduto com rodovias, outros dutos, adutoras, áreas alagadas, linhas de<br />

transmissão de energia elétrica e a proximidade de outras instalações da PETROBRAS.<br />

Conforme apresentado na Seção 2 deste <strong>EIA</strong>, o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté totalizará<br />

94,1km de extensão, 65,0km dos quais em faixa nova e 29,1km em faixa existente. Desde a<br />

Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA) até as proximidades da Refinaria<br />

Henrique Lage (REVAP), no município de São José dos Campos, o empreendimento será<br />

executado, portanto, em faixa nova. A partir do Km 65,0 do duto, nas proximidades da<br />

REVAP, o Gasoduto compartilhará a faixa existente de outros dutos (GASPAL, OSRIO e<br />

OSVAT) e do Gasoduto Campinas-Rio nos 2,65 km finais. No trecho de faixa existente, não<br />

haverá alargamento, portanto não será necessária supressão de vegetação.<br />

a. Travessia de Áreas Agrícolas<br />

Através do reconhecimento feito na campanha de campo, foi possível verificar que não<br />

existem muitas variações no perfil do uso das terras na Área de Influência Direta nos seis<br />

municípios a serem atravessados pelo Gasoduto. Os quantitativos e percentuais de ocorrência<br />

de categorias de uso, por município, na área do corredor do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté,<br />

podem ser verificados no Quadro 5.3-53.<br />

Considerando a Área de Influência Direta do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, as áreas<br />

destinadas a pastagens são predominantes: correspondem a 70,01% do total. As florestas<br />

representam 15,34%; as áreas de silvicultura, 11,64%, e a área urbana, 2,01%. Não foram<br />

identificadas áreas com atividades agrícolas significativas na AID, havendo apenas culturas<br />

de subsistência (feijão, mandioca, milho e hortigranjeiros).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-138 ABRIL/ 2006


Quadro 5.3-53 - Quantitativos e percentuais de ocorrência de categorias de uso na AID (ha)<br />

Municípios<br />

Caraguatatuba -<br />

Paraibuna -<br />

Jambeiro -<br />

São José dos<br />

Campos<br />

ÁREA URBANA<br />

Total Periferia<br />

Urbana<br />

152,13<br />

Caçapava -<br />

Taubaté -<br />

Área total da<br />

AID (ha)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Água<br />

-<br />

54,22<br />

4,57<br />

3,10<br />

2,81<br />

-<br />

Pastagem<br />

Silvicultura<br />

ÁREA RURAL<br />

Floresta<br />

Ombró-<br />

fila<br />

Densa de<br />

Terras<br />

Baixas<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Floresta<br />

Ombró-<br />

fila Densa<br />

Montana<br />

Floresta<br />

Ombrófila<br />

Densa<br />

Submontana<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-139 ABRIL/ 2006<br />

AID no<br />

Município<br />

224,78 - 5,44 123,04 238,25 591,51<br />

1900,55 551,47 - 594,79 - 3101,03<br />

684,86 80,98 - 111,36 - 881,77<br />

1047,15 16,95 - 57,39 - 1276,72<br />

1045,55 120,97 - 24,79 - 1194,12<br />

397,98 108,99 - 4,64 - 511,61<br />

152,13 64,8 5300,87 879,36 5,44 916,02 238,25 7556,76<br />

Percentual<br />

Total da AID<br />

2,01<br />

0,86<br />

70,15 11,64 0,72 12,12 3,15 100<br />

Fonte: BIODINÂMICA, interpretação de imagens de satélites Landsat 7, 2000; Spot, 2002; Aster, 2003.<br />

b. Travessia de Áreas com Ocupação Humana<br />

A tipologia das ocupações humanas localizadas ao longo da AID é pouco variada, com<br />

predominância de moradias em áreas rurais – compostas, principalmente, por fazendas, sítios,<br />

chácaras e pequenos aglomerados rurais (ou bairros rurais). Nas áreas rurais, as atividades são<br />

diversificadas, mas é a pecuária que detém maior representatividade espacial.<br />

A maioria das propriedades na AID é de pequeno porte; encontram-se, também, grandes e<br />

médias. A produção de eucaliptos em propriedades de maior porte é encontrada ao longo de<br />

grande parte do traçado desde o município de Paraibuna, passando por Jambeiro, São José dos<br />

Campos, Caçapava e Taubaté.<br />

Além das áreas rurais, que correspondem a aproximadamente 98% do total da AID (Quadro<br />

5.3-53), as áreas de periferia urbana também são encontradas, principalmente no município de


São José dos Campos. Apesar de ocupar um percentual reduzido da área da AID (2%), grande<br />

parte da população que reside ao longo da faixa do Gasoduto se concentra nessas áreas. As<br />

principais atividades da população nas áreas de periferia urbana são os serviços temporários e<br />

os subempregos oferecidos nas sedes municipais.<br />

Partindo da observação das formas de uso e ocupação do espaço, o território a ser atravessado<br />

pelo Gasoduto foi caracterizado levando-se em conta suas singularidades. A caracterização do<br />

território possibilitou a classificação das formas de ocupação em áreas rurais com baixa e<br />

média densidade de ocupação e áreas de periferia urbana, como descritas a seguir.<br />

(1) Áreas Rurais com Baixa Densidade de Ocupação<br />

Nessas áreas, predominam atividades agropecuárias e, em termos de ocupação espacial,<br />

fazendas e sítios. A maior parte do território atravessado pelo Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté corresponde a esta unidade, onde as pastagens e a atividade pecuária predominam.<br />

Alguns bairros rurais foram classificados como de baixa densidade de ocupação, por serem<br />

compostos por um número reduzido de propriedades ou pelo fato de a AID estar distante da<br />

maior aglomeração do bairro.<br />

Nessas localidades, os plantios de eucalipto também ocupam áreas significativas, geralmente,<br />

em fazendas da Votorantim Celulose e Papel (VCP) ou em áreas de outras fazendas<br />

arrendadas por esta. Ainda que em menor quantidade, áreas agrícolas ligadas à pequena<br />

produção de hortigranjeiros também são encontradas.<br />

Em geral, a infra-estrutura das áreas de baixa densidade de ocupação, por suas características<br />

essencialmente rurais, são semelhantes, e por isso apresentam-se descritas de maneira<br />

abrangente no texto a seguir. Aquela localidade onde se notou alguma especificidade em<br />

relação à infra-estrutura foi destacada na sua descrição.<br />

Essas áreas não são supridas pelos serviços básicos de saúde e educação, nem por<br />

equipamentos de serviço, comércio ou lazer. A população, nessas áreas, deve se deslocar até<br />

os povoados mais bem equipados ou até a sede municipal. As estradas de acesso encontram-se<br />

em diferentes estados de conservação, mas, em geral, são de regulares a boas.<br />

Os domicílios recebem energia elétrica em quase 100% dos casos; no entanto, não são<br />

conectados às redes de coleta de esgoto nem de distribuição de água. A água consumida é<br />

captada pela própria população em poços ou em nascentes.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-140 ABRIL/ 2006


O Quadro 5.3-54, a seguir, lista as áreas rurais de baixa densidade de ocupação dentro da<br />

AID do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

Quadro 5.3-54 – Áreas Rurais com Baixa Densidade de Ocupação na AID<br />

Localidades<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Km)<br />

Fazenda Serra Mar 0 ao 3,0<br />

Pavoeiro/Estrada do<br />

Seis<br />

12,38<br />

Bairro Gibraltar 16,55<br />

Bairro Cabeceira do<br />

Cedro<br />

17,38<br />

Fazenda Bela Vista 19,20<br />

Fazenda do Gaúcho 21,96<br />

Fazenda Acarimocó 23,36<br />

Fazenda São José 30,14<br />

Sítio Laranjeiras 36,79<br />

Fazenda Santo<br />

Expedito<br />

Sítios São<br />

Francisco/São José<br />

39,31<br />

40,00<br />

Bairro do Salto 40,78<br />

Fazenda São Pedro 41,91<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Utm)<br />

7.383.998 N<br />

448.765 E<br />

7.391.430 N<br />

440.355 E<br />

7.394.360 N<br />

437.870 E<br />

7.395.030 N<br />

437.435 E<br />

7.396.721 N<br />

437.889 E<br />

7.399.290 N<br />

437.261 E<br />

7.400.560 N<br />

436.692 E<br />

7.405.919 N<br />

433.291 E<br />

7.410.330 N<br />

428.740 E<br />

7.412.320 N<br />

427.683 E<br />

7.413.100 N<br />

427.410 E<br />

7.413.740 N<br />

427.390 E<br />

7.414.715 N<br />

426.478 E<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Município Ocupações na AID<br />

Caraguatatuba<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Fazenda de pecuária, com 5000ha,<br />

onde será instalada a UTGCA.<br />

Existem 4 casas do lado direito do<br />

duto.<br />

Existem 5 construções do lado direito<br />

do duto.<br />

Existem 10 casas do lado esquerdo e<br />

9 do lado direito.<br />

Fazenda de aproximadamente 390ha,<br />

com 4 casas e 10 moradores.<br />

Fazenda de 46ha. Existem 4<br />

construções do lado esquerdo.<br />

Grande fazenda de recria de gado,<br />

onde se encontram 21 casas. A sede<br />

da fazenda está fora da AID.<br />

Adquiriram o Sítio Primavera com<br />

70ha e uma propriedade vizinha com<br />

20 hectares, perfazendo um total de<br />

220ha.<br />

Fazenda de aproximadamente 360ha.<br />

Na AID há 24 construções, sendo que<br />

apenas 5 pertencem à fazenda.<br />

Sítio com 8 casas na AID, afastado do<br />

núcleo do bairro Morro Azul. Uma<br />

das casas está a cerca de 70m da faixa<br />

LE.<br />

Fazenda de aproximadamente 190ha,<br />

com 5 casas e 3 moradores. Grande<br />

área da fazenda está arrendada para a<br />

Votorantim Celulose e Papel (VCP),<br />

que ainda não está plantando no local.<br />

Região de sítios, nas proximidades da<br />

Fazenda Santo Expedito, com 8 casas.<br />

Bairro rural composto por 3 sítios; ao<br />

todo são 4 casas com 12 moradores. O<br />

duto cruzará a Estrada Municipal de<br />

Santa Branca.<br />

Fazenda de aproximadamente<br />

3.340ha, com 3 casas e 3 moradores.<br />

Arrenda grande parte das terras para a<br />

VCP.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-141 ABRIL/ 2006


Localidades<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Km)<br />

Fazenda Patizal 47,92<br />

Fazenda São José 58,56<br />

Nota: LD – Lado direito / LE – Lado esquerdo<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Utm)<br />

7.419.516 N<br />

423.968 E<br />

7.427.927 N<br />

419.785 E<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Município Ocupações na AID<br />

Jambeiro<br />

São José dos<br />

Campos<br />

Fazenda de 468ha, com 14 casas na<br />

AID. Existe também um estábulo a<br />

200m da faixa do duto.<br />

Fazenda de 558ha com 15 casas na<br />

AID.<br />

A Fazenda Serra Mar receberá as instalações da Unidade de Tratamento de Gás de<br />

Caraguatatuba (UTGCA) e será o ponto inicial do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté. Cerca<br />

de 3,0km de suas terras, em área de pastagem, serão atravessados pela faixa do duto, até<br />

alcançar as proximidades do início do “túnel” sob o Parque Estadual da Serra do Mar. A<br />

fazenda tem uma área de 5 mil hectares e é uma grande produtora de gado de corte, com<br />

aproximadamente 8 mil cabeças. Os animais são vendidos vivos para frigoríficos, que os<br />

adquirem na própria fazenda. Trabalham atualmente cerca de 70 empregados, dos quais 45<br />

residem na propriedade e o restante, em Caraguatatuba. A renda mensal dos empregados é de<br />

1,5 a 3 salários mínimos. No total, há 40 casas ocupadas dentro da área da fazenda, onde<br />

residem aproximadamente 120 pessoas.<br />

As casas estão agrupadas em pequenos núcleos, são de alvenaria, com fossa (sumidouro) e<br />

possuem energia elétrica, custeada pela administração da fazenda. A água consumida é<br />

captada em nascentes na própria fazenda ou retirada em um torneira próxima ao portão de<br />

entrada. A Prefeitura faz coleta de lixo duas vezes por semana e mantém um lixão em área<br />

arrendada, dentro da propriedade da Serra Mar. Não possuem rede de esgoto, utilizam fossas.<br />

Apesar de a fazenda ter sido classificada como de baixa densidade de ocupação, está<br />

localizada próximo da área urbana de Caraguatatuba, e os moradores têm acesso à infraestrutura<br />

e aos serviços prestados na cidade. A Prefeitura de Caraguatatuba fornece transporte<br />

escolar aos alunos residentes na fazenda, que estudam nos bairros mais próximos (Poiares,<br />

Indaiá e Tinga). Na fazenda, são encontrados alguns equipamentos de lazer, como um campo<br />

de futebol e uma área de recreação infantil. Na Vila principal dentro da fazenda, conhecida<br />

como Ponto Chique, há uma área coberta utilizada para promover reuniões e festas como a de,<br />

Santa Rita, padroeira. O local pode ser utilizado para a realização de reuniões com os<br />

moradores da propriedade. Dentro da propriedade há uma pequena venda de propriedade do<br />

Sr. João Vicente da Silva, 75 anos, viúvo e morador da fazenda há 30 anos. No local alguns<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-142 ABRIL/ 2006


moradores e trabalhadores da fazenda costumam se encontrar ao final do dia. No mercado<br />

pode-se comprar alguns materiais de higiene pessoal, limpeza, doces e alguns produtos<br />

alimentícios de primeira necessidade. Não há transporte inteno na área da fazenda, a bicicleta<br />

é o meio de transporte mais utilizado. Para serviços de atendimento médico, as famílias<br />

procuram o posto de saúde ou a Santa Casa, em Caraguatatuba, o deslocamento até os locais<br />

de atendimento dura cerca de 10 minutos, de carro. A Serra Mar já foi produtora de leite, e os<br />

galpões utilizados na atividade ainda existem. Com a mudança de atividade, a quantidade de<br />

trabalhadores diminuiu bastante; por isso, o número de casas é bem superior ao de moradores.<br />

A caça é proibida e a pesca controlada. A visitação às cachoeiras e rios existentes no local é<br />

restrita aos moradores.<br />

Na localidade conhecida como Pavoeiro, o Gasoduto cruzará a Estrada do Seis, no Km 12,38,<br />

em região com predominância de pastagens, com 4 casas do seu lado direito.<br />

No bairro Gibraltar, junto à rodovia SP-88, no Km 16,55 do duto, existem 5 construções na<br />

AID do Gasoduto. O núcleo desse bairro encontra-se a cerca de 2km do bairro do Cedro, onde<br />

existem pequenos pontos comerciais, um campo de futebol, uma igreja e uma escola. No<br />

período da manhã, esse colégio funciona como Escola Municipal de Ensino Fundamental<br />

(EMEF), para crianças que estudam da 1 a à 4 a série. No período da tarde, funciona a Escola<br />

Estadual do Bairro do Cedro (EE), que vai da 5 a à 8 a série. No período noturno, funciona<br />

ainda um supletivo da 5 a à 8 a série, além do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA),<br />

do governo federal. Ao todo, estudam na escola 135 alunos no período da manhã, 120 no<br />

período da tarde e 75 no período da noite. A Prefeitura Municipal de Paraibuna, com ajuda de<br />

verbas estaduais, disponibiliza o transporte dos alunos dos bairros vizinhos e dos alunos que<br />

moram nos sítios e fazendas próximos ao bairro, além de levar os alunos até Paraibuna para<br />

cursarem o Ensino Médio.<br />

O bairro Cabeceira do Cedro, no Km 17,38 do duto, tem as mesmas características do<br />

bairro Gibraltar, utilizando todos os serviços disponibilizados no bairro do Cedro. O duto<br />

passará pelo bairro, aproximando-se de 10 casas do lado esquerdo e 9 do lado direito.<br />

A Fazenda Bela Vista, no Km 19,20 do duto, tem cerca de 390 hectares, onde existem 4<br />

casas com 10 moradores, que trabalham para o proprietário da fazenda, o qual não reside no<br />

local. A criação de búfalos para produção de leite, que gira em torno de 100 cabeças, é a<br />

principal atividade na fazenda. A ordenha dos animais é feita entre os meses de junho e<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-143 ABRIL/ 2006


dezembro e a produção é direcionada à Cooperativa de Pouso Alto. A fazenda desenvolve<br />

também a pecuária tradicional, de gado para corte, que os atravessadores ou comerciantes da<br />

região compram na própria fazenda. A agricultura desenvolvida serve basicamente para<br />

alimentação dos animais (milho, capim e cana-de-açúcar), além de alguns produtos para<br />

subsistência.<br />

A Fazenda do Gaúcho, no Km 21,96 do duto, tem uma área de 46 hectares, onde existem 4<br />

construções, sendo que apenas 1 casa é habitada, por 5 pessoas. A principal atividade no local<br />

é a produção de leite e a agricultura é de subsistência (feijão, mandioca e milho). A faixa do<br />

Gasoduto irá atravessar a 260m de uma a casa da propriedade.<br />

A Fazenda Acarimocó, no Km 23,36 do duto, é uma propriedade rural com 130 hectares,<br />

cuja principal atividade é a criação e venda de matrizes de gado de corte. Existem 6 casas na<br />

AID; no entanto, a sede encontra-se fora da área de 800m. Estão em fase de construção uma<br />

pista asfaltada para pouso e decolagem de pequenos aviões (com aproximadamente 1km de<br />

extensão) e uma área que funcionará como engarrafadora de água mineral (2 galpões).<br />

Espera-se que o funcionamento da engarrafadora atraia interessados aos novos postos de<br />

trabalho. O administrador da fazenda, que mora no local, informou que, para abrigar a mãode-obra<br />

a ser empregada, deverão ser construídas novas casas na propriedade, que devem ser<br />

distribuídas em pequenos núcleos. Ainda não se sabe o número de casas nem os locais onde<br />

serão construídas. As crianças residentes na fazenda, ou nos sítios vizinhos, estudam no<br />

Colégio Estadual Rural Bairro Pinhal do Lajeado, que é multisseriado e vai da 1 a à 4 a série do<br />

Ensino Fundamental. Após a 4 a série, são levados para estudar em Paraibuna.<br />

Os proprietários da Fazenda Acarimocó adquiriram as terras do Sítio Primavera e outra<br />

propriedade vizinha, passando a ter cerca de 220 hectares no total. A faixa do Gasoduto irá<br />

atravessar as terras do Sítio Primavera, passando bem próximo a 4 casas, sendo intenção dos<br />

novos proprietários transformar a melhor delas em escola e posto de saúde.<br />

A Fazenda São José (Foto 5.3-1), localizada no Km 30,14 do duto, encontra-se a menos de<br />

1km do bairro Espírito Santo. Tem uma área de 360 hectares e, apesar de ter sido uma grande<br />

produtora agrícola (tomate, milho, feijão, mandioca, etc.), trabalha atualmente com gado de<br />

corte, que é vendido aos atravessadores que levam a produção até Piracicaba. O proprietário<br />

da fazenda, que mora no local, também planta eucalipto e produz milho, vendido à<br />

Cooperativa de Produtores Rurais de Paraibuna. Na AID, existem 5 casas pertencentes à<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-144 ABRIL/ 2006


fazenda, ocupadas com 20 moradores, e mais 19 casas nos arredores, perfazendo um total de<br />

24 na AID.<br />

O Sítio Laranjeiras, no Km 36,79 do duto, localizado nas proximidades do bairro rural<br />

Morro Azul, está a cerca de 12km de distância do centro do município de Paraibuna. A faixa<br />

do Gasoduto atravessará área do sítio, passando a cerca de 40m de uma das casas, num total<br />

de 8 dentro da AID (Foto 5.3-2). As principais atividades dos moradores são as pecuárias de<br />

corte e de leite, além da produção de hortaliças que são vendidas na feira de Paraibuna.<br />

Alguns produtores são filiados ao Sindicato dos Produtores Rurais de Paraibuna. Os jovens<br />

estudam na Escola Estadual Rural do Morro Azul, que vai da 1ª à 4ª série do Ensino<br />

Fundamental. O restante dos estudos é realizado em Paraibuna, com a Prefeitura<br />

disponibilizando o transporte dos alunos. No bairro Morro Azul, não existe nenhum posto de<br />

saúde; os moradores são visitados por um agente de saúde de Paraibuna uma vez ao mês. A<br />

água consumida é captada individualmente em cada propriedade, podendo ser de poço ou de<br />

nascentes. Os equipamentos de serviços e comércio utilizados pelos habitantes estão<br />

localizados na sede de Paraibuna. As casas são de alvenaria, com fossa e energia elétrica.<br />

A Fazenda Santo Expedito, no Km 39,31 do duto, tem uma área de 190 hectares. Possui 5<br />

casas; no entanto, apenas 2 são ocupadas permanentemente, com 3 moradores ao todo; as<br />

outras 3 são usadas pelo dono da fazenda e por seu filho, que não moram no local. O<br />

proprietário das terras arrendou uma área da fazenda para a Votorantim (VCP), mas ainda não<br />

realizaram o plantio de eucaliptos. A pecuária de corte também é desenvolvida.<br />

Na estrada de acesso à Fazenda Santo Expedito, no Km 40,00 do duto, existem dois pequenos<br />

sítios – São José e São Francisco –, que possuem, ao todo, 8 casas dentro da AID.<br />

O bairro do Salto (Foto 5.3-3), cujo acesso se dá pela Estrada Municipal de Santa Branca,<br />

no Km 40,78 do duto, é composto por 4 propriedades: Sítio Bela Vista, Sítio dos Prado,<br />

Rancho da Mata e uma propriedade com uma casa abandonada, onde funcionava uma<br />

pequena venda. Ao todo, são 4 casas, ocupadas por 12 moradores. O duto cruzará a estrada,<br />

que tem forte movimento de carretas na época de corte de eucalipto. O bairro está localizado a<br />

aproximadamente 1km do bairro periférico de Paraibuna, Santa Germânia.<br />

A Fazenda São Pedro, no Km 41,91 do duto, possui uma área de aproximadamente 3.340<br />

hectares. A sede da fazenda está a aproximadamente 200m do duto. A área da fazenda<br />

atravessada pela faixa do Gasoduto é inteiramente ocupada pela plantação de eucalipto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-145 ABRIL/ 2006


Dentro dessa área, no entanto, estão localizadas 3 casas, sendo uma a do empregado da<br />

fazenda, que mora com sua família (ao todo, são 3 moradores na AID; o proprietário não<br />

reside no local). Grande parte de suas terras é arrendada para a VCP e, no restante, é<br />

desenvolvida a pecuária de corte.<br />

A Fazenda Patizal, no Km 47,92 do duto, com 468 hectares de área total, possui 17 casas<br />

dentro da AID, além de um estábulo. A principal atividade da fazenda é a pecuária, tanto<br />

leiteira quanto de corte, perfazendo um total de 400 cabeças de gado. A fazenda também<br />

produz milho, que é quase totalmente utilizado para ração animal. Uma parte da fazenda foi<br />

vendida para a VCP.<br />

A Fazenda São José, no Km 58,56 do duto, tem uma área de 558 hectares. Há 36 residentes<br />

no total, distribuídos nas 15 casas existentes; todas estão dentro da AID. Há, no interior da<br />

fazenda, pequenas olarias e uma pedreira. A propriedade é atravessada pela Rodovia Carvalho<br />

Pinto (SP-070).<br />

(2) Áreas Rurais com Média Densidade de Ocupação<br />

As áreas rurais com média densidade de ocupação representam, principalmente, os bairros<br />

rurais dos municípios, onde se encontram pequenos aglomerados populacionais, sítios e<br />

chácaras, além de moradias de trabalhadores rurais. Grandes fazendas, com número elevado<br />

de empregados residentes, também foram consideradas áreas rurais com média densidade de<br />

ocupação.<br />

Essas localidades são, freqüentemente, compostas por residências simples, com casas de<br />

alvenaria, e costumam dispor de infra-estrutura de serviços essenciais, ainda que, em alguns<br />

casos, bastante precária. A infra-estrutura de cada localidade será melhor descrita a seguir.<br />

O Quadro 5.3-55 lista as áreas rurais de média densidade de ocupação identificadas na AID<br />

do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

Localidades<br />

Quadro 5.3-55 - Áreas Rurais com Média Densidade de Ocupação na AID<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Km)<br />

Bairro Lajeado 26,12<br />

Bairro Varjão 27,16<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Locação do Duto<br />

(Utm)<br />

7.402.793 N<br />

435.217 E<br />

7.403.420 N<br />

434.381 E<br />

Município<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Ocupações na AID<br />

Bairro rural com 31 casas dentro da AID.<br />

Bairro rural com predomínio de chácaras,<br />

com 24 casas dentro da AID.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-146 ABRIL/ 2006


Localidades<br />

Bairro Espírito<br />

Santo<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Km)<br />

28,84<br />

Bairro Damião 43,48<br />

Fazenda Brasil<br />

49,86<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

e<br />

51,16<br />

Bairro Canaã 50,76<br />

Bairro Capivari 52,88<br />

Região de<br />

chácaras e<br />

sítios<br />

Bairro Santo<br />

Antônio do<br />

Iguamerim<br />

Bairro Tijuco<br />

Preto<br />

Bairro Borda<br />

da Mata<br />

60,95<br />

74,96<br />

78,37<br />

80,90<br />

Locação do Duto<br />

(Utm)<br />

7.404.737 N<br />

433.423E<br />

7.415.762 N<br />

425.392 E<br />

7.421.183 N<br />

423.251 E<br />

7.422.180 N<br />

422.523 E<br />

7.421.850 N<br />

422713 E<br />

7.423.650N<br />

422.591 E<br />

7.429.400 N<br />

418.150 E<br />

7.437.246 N<br />

424.600 E<br />

7.438.547 N<br />

427.713 E<br />

7.439.729 N<br />

429.974 E<br />

Nota: LD – Lado direito / LE – Lado esquerdo<br />

Município<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

Jambeiro<br />

Jambeiro<br />

São José dos<br />

Campos<br />

Caçapava<br />

Caçapava<br />

Caçapava<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Ocupações na AID<br />

Bairro rural com aproximadamente 28 casas<br />

dentro da AID, incluindo o Sítio Magiropi,<br />

onde está localizado um galpão de<br />

treinamento para competições de montaria.<br />

Bairro com predominância de casas e sítios<br />

de veraneio. Existem 53 casas no bairro, das<br />

quais, apenas 10 são ocupadas<br />

permanentemente, com cerca 30 moradores.<br />

Na AID existem 22 casas, sendo 15 LE e 7<br />

LD.<br />

Fazenda de aproximadamente 304ha. No<br />

total há 77 casas (todas dentro AID), em um<br />

trecho de mais de 2km. O traçado do duto<br />

passará próximo à área de nascentes e da<br />

sede da fazenda.<br />

Bairro às margens da rodovia SP-099, com<br />

cerca de 20 casas no lado esquerdo da<br />

AID.<br />

Bairro composto por sítios que servem de<br />

moradia ou veraneio. Na AID existem 26<br />

casas, sendo cerca de 12 com moradores<br />

permanentes. Acesso principal pela Estrada<br />

do Jambeiro.<br />

Área localizada entre os bairros Ema II e<br />

Serrote, a 1km da Rodovia Carvalho Pinto<br />

(SP-070). Ao todo, são 14 casas na AID.<br />

Ao todo, 32 casas estão na AID; existem 2<br />

casas próximo à faixa, a cerca de 35m.<br />

Bairro rural composto por chácaras e sítios.<br />

Aproximadamente 29 casas estão na AID.<br />

Bairro rural com 6 casas na AID, sendo que<br />

uma casa está a aproximadamente 80m da<br />

faixa existente.<br />

O bairro do Lajeado (Foto 5.3-4), localizado no Km 26,12 do duto, é do tipo rural, sendo<br />

composto por pequenas propriedades. A produção de tijolos é a atividade mais comum no<br />

bairro. Encontram-se pequenas olarias em algumas propriedades, cuja produção é destinada<br />

principalmente aos municípios de Paraibuna e Caraguatatuba, além de localidades próximas<br />

ao bairro. Alguns moradores que possuem propriedades maiores produzem também leite e<br />

gado de corte. A comunidade utiliza os serviços prestados pelo bairro Espírito Santo, já que,<br />

no local, não existem escolas, postos de saúde ou equipamentos de lazer. A água da<br />

comunidade é captada em nascentes das proximidades e distribuída através de encanamentos.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-147 ABRIL/ 2006


A Prefeitura Municipal de Paraibuna faz a coleta de lixo no bairro uma vez por semana. As<br />

casas são de alvenaria, com energia elétrica e fossa (sumidouro). O bairro está a 12km da sede<br />

do município de Paraibuna e o único meio de transporte coletivo é uma van de propriedade de<br />

um dos moradores, que cobra R$ 3,00 a passagem até Paraibuna. O bairro não tem tendência<br />

de crescimento. Existem cerca de 31 casas na AID, sendo que a faixa do Gasoduto deverá<br />

passar a 11m de um pequeno conjunto de casas.<br />

O bairro do Varjão, como os moradores costumam chamar, no Km 27,63 do duto, faz parte<br />

do bairro Espírito Santo, mas está afastado do seu núcleo. Toda a área do bairro era uma<br />

fazenda, que foi dividida entre os herdeiros; alguns desses, por sua vez, venderam suas terras<br />

ou parte delas. Portanto, atualmente, é uma área dividida principalmente em sítios e chácaras,<br />

encontrando-se apenas 3 chácaras na AID. Muitas das chácaras são utilizadas para lazer e não<br />

são ocupadas permanentemente. A manutenção das chácaras de veraneio é uma das principais<br />

atividades dos moradores do bairro; a segunda atividade mais comum é a produção de<br />

hortaliças, que são vendidas na feira em Paraibuna. Dois moradores desenvolvem pecuária de<br />

corte e de leite, além de plantarem milho e feijão.<br />

No bairro do Varjão existe também uma olaria em funcionamento. As casas são, na sua<br />

maioria, de alvenaria e possuem energia elétrica e fossa. Todos os serviços essenciais à<br />

população são prestados no bairro do Espírito Santo; a visita de um agente de saúde acontece<br />

uma vez por semana. Segundo uma moradora entrevistada, quase todas as famílias que têm<br />

filhos jovens recebem o auxílio governamental Bolsa Escola. O lixo da comunidade é<br />

coletado duas vezes por semana pela Prefeitura. A sede municipal de Paraibuna está a 15km<br />

de distância, sendo o acesso feito 5km por estrada de terra e o restante, por estrada asfaltada.<br />

O único meio de transporte coletivo é uma van de propriedade de um morador do bairro<br />

Varjão, que cobra R$ 3,00 a passagem até Paraibuna. O bairro Espírito Santo está a 3km de<br />

distância por estrada de terra. No bairro são construídas, em média, 3 casas por ano, de forma<br />

não concentrada e sem direção predominante. Existe um loteamento, fora da AID, onde está<br />

localizada a maior aglomeração do bairro.<br />

O bairro Espírito Santo, no Km 28,84 do duto, está localizado a 11km da sede do município,<br />

sendo o acesso feito por 6km em estrada de terra e 5km pela Rodovia dos Tamoios (SP-099).<br />

Por ser mais estruturado do que os outros bairros da região, atende às comunidades vizinhas<br />

no que diz respeito aos serviços de saúde e educação (entre os bairros atendidos, estão<br />

Roseira, Pau d’Alho, Remédio, Porto, Fartura, Ilhéus, Varjão, Lajeado, Grama e Freitas).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-148 ABRIL/ 2006


Existem 2 escolas no bairro: a Escola Municipal de Ensino Fundamental EMEF Professor<br />

Geraldo Martins dos Santos e o Núcleo Escolar Infantil Professora Maria Teresa César<br />

Teixeira. A primeira, na parte da manhã, vai da 1ª à 4ª série e, na parte da tarde, da 5ª à 8ª<br />

série. A segunda, na parte da manhã recebe crianças de 6 anos de idade e, na parte da tarde,<br />

recebe crianças de 4 e 5 anos.<br />

As principais atividades dos moradores do bairro Espírito Santo são as pecuárias de corte e de<br />

leite, as olarias e a produção de hortaliças. As casas do bairro são de alvenaria, com energia<br />

elétrica, mas não possuem linha telefônica, apesar de existirem 3 telefones públicos. A<br />

localidade ainda não é servida por rede de distribuição de água, que é captada pelos próprios<br />

moradores, nem por rede de coleta de esgoto e também não existe iluminação pública. O lixo<br />

é coletado uma vez por semana pela Prefeitura de Paraibuna. Moradores relataram a<br />

ocorrência de pequenos roubos esporádicos. Existe uma linha de ônibus que vai até Paraibuna<br />

e a passagem custa R$ 2,50. O principal vetor de crescimento do bairro é na direção oposta ao<br />

duto. Aproximadamente 28 casas estão na AID.<br />

O bairro Damião, no Km 43,48 do duto, tem, ao todo, 53 casas; no entanto, a maioria das<br />

casas é de veraneio e apenas 10 são ocupadas permanentemente, com cerca de 30 moradores.<br />

As construções são de alvenaria, algumas ainda sem acabamento. Uma parte do bairro, 22<br />

casas, faz parte da AID; a faixa do Gasoduto passará próximo a algumas delas. O fato de o<br />

bairro limitar-se com um dos braços do reservatório da Usina Hidrelétrica de Paraibuna, que<br />

está do lado direito da faixa do Gasoduto, tornou o local atrativo para a atividade da pesca e<br />

transformou-o num local voltado predominantemente para esse tipo de lazer.<br />

As principais atividades dos moradores é a agricultura de subsistência (principalmente<br />

mandioca e milho) e a pesca no reservatório, que serve também para subsistência.<br />

Todos os serviços básicos utilizados pelos habitantes estão localizados na sede de Paraibuna:<br />

escola, posto de saúde, comércio, igreja, equipamentos de lazer ou de serviços. Os únicos<br />

pontos comerciais são dois bares. A água é captada em cada propriedade ou grupo de<br />

propriedades por meio de poço. Não existe coleta de lixo; alguns moradores o levam até<br />

Paraibuna, outros o queimam ou enterram. As casas têm energia elétrica e banheiro com<br />

fossa. O bairro está a 12km de Paraibuna, sendo que 9km são por estrada de terra e não existe<br />

transporte público. A comunidade está decrescendo, segundo informações de um morador<br />

entrevistado, pois a falta de oportunidades de trabalho faz com que eles busquem melhores<br />

condições em outros locais.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-149 ABRIL/ 2006


A Fazenda Brasil, cuja sede está localizada no Km 49,86 do duto, tem aproximadamente 304<br />

hectares e é cruzada pela Rodovia dos Tamoios (SP-099). A propriedade foi classificada<br />

como de média densidade de ocupação, pois existem, distribuídas em sua área, cerca de 77<br />

benfeitorias, 55 das quais localizadas na AID. A faixa do Gasoduto passará próximo à sede e<br />

ao escritório (10m)) e atravessará o acesso principal, próximo à entrada da fazenda, até cruzar<br />

a Rodovia dos Tamoios (SP-099), num ponto próximo a um túnel utilizado para atravessar os<br />

animais na rodovia. O traçado do duto passará também em área de nascentes. Próximo ao Km<br />

51,16 do duto, encontram-se as instalações de confinamento de suínos.<br />

Essa fazenda é propriedade da Transporte Pesado Brasil Agropecuária S.A., e cria, de forma<br />

intensiva, suínos e gado de corte e, de forma extensiva, caprinos. Ao todo, são 30.000 suínos,<br />

1.200 bovinos e 500 caprinos. Os animais são levados até frigoríficos de São Paulo, São José<br />

dos Campos, Campinas e Piracicaba, onde são vendidos vivos. São produzidas e consumidas,<br />

na fazenda, 50 toneladas de ração por dia. Dentro da propriedade, não há escola, posto de<br />

saúde, comércio, igreja, equipamentos de lazer ou de serviços — todos os serviços são<br />

prestados na sede de Jambeiro. As casas são de alvenaria, grande parte delas é geminada e<br />

possui fossa e energia elétrica.<br />

O bairro Canaã, no Km 50,76 do duto, é composto por um conjunto de casas simples, de<br />

alvenaria, junto à rodovia dos Tamoios (SP-099); apenas 20 casas encontram-se no lado<br />

esquerdo da AID. Os moradores trabalham normalmente em propriedades da região<br />

realizando serviços temporários. As crianças em idade escolar estudam da 1ª à 4ª série em<br />

uma escola no bairro Varadouro, a cerca de 6km pela rodovia dos Tamoios (SP-099). Para<br />

realizar o restante dos estudos, utilizam as escolas do município de Jambeiro. As casas<br />

possuem energia elétrica, linha telefônica e fossa, sendo a água consumida captada em<br />

nascentes ou poços artesianos. O lixo é levado até junto à rodovia para ser recolhido uma vez<br />

por semana. Os serviços de saúde são normalmente procurados em Jambeiro, e em casos de<br />

maior gravidade recorrem a São José dos Campos. Não foi observado o crescimento em<br />

direção ao duto; talvez a rodovia sirva como um fator de bloqueio a esse desenvolvimento.<br />

O bairro Capivari, no Km 52,88 do duto, é composto por sítios e chácaras, totalizando cerca<br />

de 26 construções na AID (Foto 5.3-5), utilizadas tanto para o lazer quanto para moradia. Ao<br />

todo, apenas cerca de 12 casas têm moradores permanentes, que trabalham nas fazendas da<br />

região ou em serviços temporários. O acesso principal ao bairro é feito pela Estrada do<br />

Jambeiro. Os estudantes estudam da 1ª à 4ª série em uma escola no bairro Varadouro, a 5km<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-150 ABRIL/ 2006


de distância pela Rodovia dos Tamoios (SP-099). O restante dos estudos é realizado na sede<br />

de Jambeiro, assim como todos os demais serviços básicos utilizados pelos habitantes. Existe<br />

apenas uma pequena venda no bairro. As casas são de alvenaria e possuem energia elétrica,<br />

linha telefônica e fossa.<br />

Segundo entrevista em campo, a maioria das famílias recebe o auxílio governamental Bolsa<br />

Escola. A água consumida é captada nas nascentes da área ou em poços, dependendo da<br />

localização das casas. O lixo da comunidade não é recolhido diretamente nas casas; os<br />

moradores levam a maior parte dele até as margens da Rodovia dos Tamoios (SP-099), a<br />

aproximadamente 1km de distância, onde, uma vez por semana, é realizada a coleta. Os<br />

moradores reclamam do mau cheiro vindo da criação de suínos da Fazenda Brasil. O bairro<br />

está localizado a 12km da sede de Jambeiro por estrada de terra ou 20km pela Rodovia dos<br />

Tamoios (SP-099). Aproximadamente 3 casas são construídas por ano, mas não existe uma<br />

direção de expansão. Normalmente, o crescimento é interno, de forma a tornar mais densa a<br />

ocupação, pois, geralmente, os terrenos são divididos e vendidos.<br />

Próximo à área periférica de São José dos Campos, nas proximidades do Km 60,95 do duto,<br />

existe uma região de sítios (Foto 5.3-6) localizada entre os bairros Ema II e Serrote, a 1km de<br />

distância da Rodovia Carvalho Pinto (SP-070). Ao todo, são 14 casas dentro da AID. As<br />

principais atividades desenvolvidas por seus moradores são a agricultura, a criação de animais<br />

e serviços temporários. As casas são de alvenaria, contando com energia elétrica e fossa.<br />

Todos os serviços básicos utilizados pelos habitantes estão localizados nos bairros vizinhos.<br />

O bairro Santo Antônio do Iguamerim, no Km 74,96 do duto, é composto basicamente por<br />

sítios e chácaras, sendo 32 na AID. As casas são de alvenaria e possuem energia elétrica e<br />

banheiros com fossa. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo –<br />

SABESP fornece água canalizada aos moradores do bairro. As ruas não têm iluminação<br />

pública.<br />

O bairro Tijuco Preto, no Km 78,37 do duto, é composto por cerca de 8 sítios e 200<br />

chácaras, mas a área atravessada pela faixa do futuro Gasoduto está afastada do núcleo do<br />

bairro. Ao todo, existem 29 casas na AID. A agricultura é a principal atividade no local e as<br />

plantações de cana e laranja são as mais comuns. No bairro, há a Escola Municipal Fernando<br />

Pantaleão, que oferece Ensino Fundamental da 1ª à 8ª série; o Ensino Médio é cursado em<br />

Caçapava.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-151 ABRIL/ 2006


Além disso, existem no bairro um telefone público, uma mercearia e uma igreja. As casas são<br />

de alvenaria, com energia elétrica, fossa e, em geral, possuem poço para captação de água. O<br />

lixo é coletado pela Prefeitura Municipal de Caçapava duas vezes por semana. O bairro está<br />

localizado a 5km de Caçapava pela Rodovia Carvalho Pinto (SP-070). Segundo um morador<br />

entrevistado durante a campanha de campo, são construídas em torno de 20 casas por ano; no<br />

entanto, não existe um vetor de crescimento — o que ocorre é o adensamento da ocupação<br />

através da divisão de sítios em chácaras.<br />

O bairro Borda da Mata, no Km 80,90 do duto, é rural, sendo composto de sítios e fazendas.<br />

A faixa do futuro Gasoduto atravessará uma área afastada do núcleo do bairro, onde as casas<br />

se encontram bem dispersas. As casas são de alvenaria, com energia elétrica e fossa<br />

(sumidouro). Na AID, encontram-se 6 casas, sendo que a mais próxima está a cerca de 80m<br />

da faixa do duto e a 100m da Válvula V-10 do Gasoduto Volta Redonda – RECAP<br />

(GASPAL).<br />

A maioria dos moradores trabalha nas fazendas da região ou pratica atividades agrícolas em<br />

suas próprias terras. A pecuária de corte é a principal atividade. Existe um morador que planta<br />

milho e cana, além de possuir um pesqueiro (Pesqueiro Primavera), que está fechado. O lixo é<br />

coletado pela Prefeitura Municipal de Caçapava duas vezes por semana. Todos os serviços<br />

básicos utilizados pelos habitantes estão localizados nos bairros vizinhos (Tijuco Preto, Bairro<br />

da Germânia e Vila Guadalupe), principalmente em Caçapava. Existem, no bairro, apenas<br />

dois bares. De acordo com dados primários, obtidos nas entrevistas, o bairro não apresenta<br />

crescimento significativo.<br />

(3) Áreas de Periferia Urbana<br />

As áreas de periferia urbana são compostas por bairros que se constituem os vetores de<br />

expansão das sedes municipais. Na AID, encontra-se esse tipo de ocupação, basicamente, na<br />

periferia da cidade de São José dos Campos, onde se observa a presença dos bairros Santa<br />

Cecília, Campos de São José (Parte Alta e Parte Baixa), Nova Esperança, Boa Esperança,<br />

Santa Lúcia, Portal do Céu, Capão Grosso e Majestic e a possível expansão com a<br />

implantação de novos loteamentos.<br />

Esses bairros são compostos por residências simples, com casas de alvenaria, e costumam<br />

dispor de alguns serviços essenciais, ainda que a infra-estrutura, tanto do bairro quanto das<br />

moradias, seja bastante precária. Em geral, nessas áreas, localizam-se, além das moradias,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-152 ABRIL/ 2006


unidades de comércio e serviços. O desemprego é citado como um dos principais problemas<br />

em todas as áreas de periferia urbana visitadas; segundo entrevistas realizadas em campo, as<br />

taxas de desemprego estão em torno de 30% nessas áreas.<br />

No Quadro 5.3-56, a seguir, estão listadas as áreas de periferia urbana identificadas na AID;<br />

algumas delas estão ilustradas nas Figuras 5.3-27 a 5.3-29.<br />

Quadro 5.3-56 - Áreas de Periferia Urbana na AID<br />

Localidades<br />

Bairro Santa<br />

Cecília<br />

Bairro Campos de<br />

São José<br />

Bairro Nova<br />

Esperança<br />

Bairro Boa<br />

Esperança<br />

Bairros Santa<br />

Lúcia/Bom<br />

Retiro/Santa Rita<br />

Bairro Portal do<br />

Céu<br />

Bairro Capão<br />

Grosso/Majestic<br />

Bairro Caçapava<br />

Velha<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Km)<br />

63,24<br />

Entre os Km<br />

63,92; 64,70<br />

e 65,64<br />

68,89<br />

69,82<br />

70,82<br />

71,05<br />

71,67<br />

85,60<br />

Bairro do Barreiro 92,38<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Utm)<br />

7.431.331 N<br />

417.377 E<br />

7.431.919 N<br />

417.125 E<br />

7.432.531 N<br />

416.649 E<br />

7.433.232 N<br />

416.862 E<br />

7.433.600 N<br />

419.952 E<br />

7.434.102 N<br />

420.748 E<br />

7.434.800 N<br />

421.463 E<br />

7.434.963 N<br />

421.621 E<br />

7.435.450 N<br />

422.000 E<br />

7.442.790 N<br />

435.403 E<br />

7.445.162 N<br />

439.812 E<br />

Nota: LD – Lado direito / LE – Lado esquerdo<br />

Município<br />

São José dos Campos<br />

São José dos Campos<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Ocupações na AID<br />

Local de chácaras, com cerca de 50<br />

propriedades na AID.<br />

O bairro é dividido em parte baixa (com<br />

cerca de 373 casas) e parte alta (com<br />

aproximadamente 378 casas); ao todo,<br />

são 7.500 moradores no bairro. Cerca<br />

de 751 casas encontram-se na AID.<br />

São José dos Campos Cerca de 500 casas na AID.<br />

São José dos Campos Cerca de 125 casas na AID.<br />

São José dos Campos Cerca de 161 casas na AID.<br />

São José dos Campos Cerca de 42 casas na AID.<br />

São José dos Campos Cerca de 77 casas na AID.<br />

Caçapava Cerca de 40 casas na AID.<br />

Taubaté<br />

Bairro rural composto por sítios e<br />

chácaras. Aproximadamente 23 casas<br />

estão na AID.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-153 ABRIL/ 2006


O bairro Santa Cecília, dividido em duas partes contíguas (I e II), é constituído por chácaras<br />

de 1 a 2 alqueires, entre elas a Granja Itambi, onde passará o Gasoduto, próximo ao açude e a<br />

um galpão. Em frente à Itambi, há a Chácara 3 Irmãos e, próximo a ela, está localizado o<br />

Clube do Sindicato dos Empregados do Comércio de São José dos Campos – SEC. A<br />

referência em serviços gerais para os moradores de Santa Cecília é o bairro vizinho de<br />

Campos de São José, descrito a seguir.<br />

O bairro Campos de São José (Foto 5.3-7), entre os Km 63,92, 64,70 e 65,64 do duto, é<br />

dividido em parte alta e parte baixa. Localizado próximo à Refinaria Henrique Lage<br />

(REVAP), possui características típicas dos bairros de periferia urbana — as moradias se<br />

encontram altamente aglomeradas, os serviços básicos oferecidos à população são precários e<br />

o nível de renda da população é baixo. As principais atividades desempenhadas pelos<br />

moradores são serviços temporários, além de serviços prestados a empresas terceirizadas pela<br />

REVAP. Alguns moradores trabalham na própria Refinaria. Segundo entrevistados, cerca de<br />

30% da população do bairro estão desempregados. Ao todo, existem aproximadamente 2.200<br />

casas, com 7.500 habitantes. A parte baixa do bairro tem aproximadamente 350 casas e, na<br />

parte alta, está localizado o restante das moradias. A AID abrange quase toda a parte baixa do<br />

bairro, com cerca de 373 casas, além de aproximadamente mais 378 casas da parte alta. As<br />

casas são de alvenaria, muitas vezes sem acabamento, com energia elétrica e linha telefônica.<br />

A maioria das ruas possui iluminação pública. Existe um posto de saúde no bairro, um<br />

mercado de médio porte, um campo de futebol, uma quadra de esportes e igrejas. Duas<br />

escolas estão presentes na área — a Escola Maria Amélia Wakamatsu, que vai da 1 a à 8 a série<br />

do Ensino Fundamental, e a Escola Estadual Campos de São José, que vai até o Ensino<br />

Médio. Existem também dois programas de educação para adultos, desenvolvidos na escola<br />

municipal, no período noturno: a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a Tele-Sala,<br />

freqüentados por aproximadamente 200 alunos do bairro e de alguns bairros vizinhos.<br />

Menos da metade dos moradores recebe auxílios governamentais, como Bolsa Escola, Bolsa<br />

Família e Auxílio Gás. A água para consumo da população é canalizada e distribuída pela<br />

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP.<br />

Os casos de bronquite são comuns na comunidade e alguns moradores acham que a<br />

proximidade da REVAP pode ser a causa do problema, já que a refinaria produz um odor<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-154 ABRIL/ 2006


muito forte de enxofre. Além do mau cheiro, os moradores reclamam do barulho causado<br />

pelas simulações de acidentes realizadas na REVAP uma vez por semana.<br />

A coleta de lixo é realizada pela Prefeitura de São José dos Campos quatro vezes por semana,<br />

sendo que um desses dias é reservado à coleta de lixo reciclável. O esgoto das casas é lançado<br />

sem tratamento no rio Alambari, que separa a parte alta da parte baixa do bairro. Existem duas<br />

linhas regulares de ônibus que passam no bairro e seguem até o Centro da cidade. O preço da<br />

passagem é R$ 1,90 nos dias de semana, e R$ 1,40 nos fins de semana; o trajeto leva cerca de<br />

45 minutos em condições normais de trânsito. Ocorrem roubos e furtos freqüentemente, mas a<br />

maioria dos casos não é registrada.<br />

O bairro possui duas associações de moradores, ambas sem sede própria, mas têm estatuto. A<br />

Sociedade Amigos do Bairro do Campo de São José (SAB do Campo de São José) foi criada<br />

no dia 16/09/1992 e abrange todo o bairro. A Associação dos Moradores do Campo de São<br />

José foi criada no dia 17/12/2002 e representa apenas os moradores da parte baixa do bairro.<br />

Em ambos os casos, as associações não possuem associados, qualquer morador tem direito a<br />

voto e as reuniões são realizadas nas casas dos respectivos presidentes.<br />

O crescimento do bairro começou a se intensificar a partir de 1997. Atualmente, são<br />

construídas entre 20 e 30 casas por ano no bairro, em lotes ainda vazios. O bairro não<br />

apresenta um vetor de crescimento específico, e sim um adensamento da área ocupada. Os<br />

bairros vizinhos ao Campo de São José estão crescendo bastante. Existe um projeto de<br />

loteamento em um terreno da Castor Engenharia, que está dentro da AID e próximo à faixa<br />

existente de outros dutos, o Gasoduto Volta Redonda–RECAP, a Refinaria de Capuava<br />

(GASPAL) e o Poliduto São Paulo–Rio (OSRIO), da PETROBRAS.<br />

O bairro Nova Esperança (Foto 5.3-8), localizado no Km 68,89 do duto, é atravessado pela<br />

faixa existente do GASPAL e do OSRIO, sendo considerado uma extensão do bairro Novo<br />

Horizonte, onde a maioria dos serviços básicos é oferecida, por esse ser um bairro maior. A<br />

AID conta com cerca de 500 casas. Está localizada no bairro a Escola Municipal de Ensino<br />

Fundamental (EMEF) Professor Antônio Paulo Sobrinho, que oferece cursos da 1 a à 8 a série.<br />

O Ensino Médio é cursado no bairro Novo Horizonte, e os alunos se deslocam a pé até o<br />

local. O posto de saúde, os equipamentos de lazer, as igrejas e o ponto comercial mais<br />

próximo também estão localizados em Novo Horizonte. A associação de moradores deixou de<br />

existir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-155 ABRIL/ 2006


Segundo uma moradora entrevistada, a maioria das famílias recebe o auxílio governamental<br />

Bolsa Família. A água consumida pelos habitantes do bairro é servida pela SABESP. As casas<br />

são de alvenaria, muitas vezes sem acabamento, com energia elétrica, linha telefônica e estão<br />

ligadas à rede de coleta de esgoto. O lixo é coletado três vezes por semana pela Prefeitura de<br />

São José dos Campos. A maioria das ruas do bairro possui iluminação pública. Existem 4<br />

linhas regulares de ônibus que servem à população. O preço da passagem é de R$ 1,90 nos<br />

dias de semana e de R$ 1,40 nos fins de semana; o trajeto também leva cerca de 45 minutos<br />

em condições normais de trânsito, como no caso anterior. Segundo relatos, casos de roubos e<br />

furtos acontecem freqüentemente na área. O bairro não apresenta crescimento de sua área<br />

física; no entanto, existe o crescimento interno, aumentando sua densidade de ocupação.<br />

Os bairros Boa Esperança, no Km 69,82; Bom Retiro e Santa Lúcia, no Km 70,82; Santa<br />

Rita, Portal do Céu, no Km 71,05; Capão Grosso e Majestic no Km 71,67 do duto, juntos<br />

com o bairro Nova Esperança (caracterizado anteriormente), apresentam-se como um<br />

complexo de bairros periféricos contíguos, em que a determinação dos limites de cada um se<br />

torna complexa, uma vez que os próprios moradores do local não sabem precisar esses<br />

limites. Ao todo, esses bairros (excetuando Nova Esperança) contam com cerca de 305 casas<br />

na AID.<br />

Em todos esses bairros da periferia da cidade de São José dos Campos, as condições de<br />

habitação são precárias, o nível de desemprego é muito alto e os serviços básicos oferecidos à<br />

população são escassos ou inexistentes. Basicamente, todos os serviços prestados a essas<br />

comunidades estão localizados no bairro Novo Horizonte, incluindo saúde, educação e<br />

comércio. Os bairros, porém, são visitados por agentes da saúde semanalmente. No bairro<br />

Santa Lúcia, está localizada a Gráfica Tamoios, que emprega aproximadamente 80 moradores<br />

do bairro.<br />

O sistema de transporte escolar não chega a alguns bairros e muitos alunos acabam pagando<br />

serviços privados de transporte. A grande reivindicação dos moradores é a instalação de áreas<br />

de lazer nas comunidades. As casas dos bairros recebem água encanada da SABESP; no<br />

entanto, não estão conectadas à rede de coleta de esgoto do município. As moradias são de<br />

alvenaria, muitas vezes sem acabamento, com energia elétrica, linha telefônica e fossa.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-156 ABRIL/ 2006


Os moradores não se queixam de nenhum tipo de ruído na área, mas o mau cheiro vindo das<br />

fossas causa incômodos à população. A Prefeitura Municipal de São José dos Campos coleta<br />

o lixo nesses locais, 3 vezes por semana.<br />

Em todos os bairros, passa pelo menos uma linha regular de ônibus. A passagem custa R$<br />

1,90 nos dias de semana e R$ 1,40 nos finais de semana e vai até o centro da sede municipal<br />

de São José dos Campos. A maioria dos bairros não tem associação de moradores; apenas os<br />

bairros Santa Lúcia, Santa Rita e Portal do Céu têm uma associação única. A Sociedade dos<br />

Amigos do Bairro de Santa Lúcia, Santa Rita e Portal do Céu foi criada no ano 2000, sendo<br />

presidida pelo Sr. Mário Batista, com estatuto, mas sem sede própria. As reuniões da<br />

associação acontecem na casa do presidente, e todos os moradores do bairro têm direito a<br />

voto, sem a necessidade de se associarem. O presidente informou que, futuramente, a<br />

prefeitura deverá transformar esses três bairros em um só. Segundo moradores, a expansão<br />

dos bairros diminuiu bastante a partir de 2005, quando a Prefeitura deu início a operações de<br />

fiscalização contra invasões de novos terrenos. Atualmente, observa-se crescimento nos lotes<br />

vazios localizados dentro da área existente dos bairros, tornando-os mais densamente<br />

povoados.<br />

O bairro Caçapava Velha (Foto 5.3-9), localizado no Km 85,60 do duto, cresceu em torno<br />

da capela Nossa Senhora da Ajuda, construída em 1905 e foi um dos núcleos que deram<br />

origem à cidade de Caçapava. Apesar de ser um bairro relativamente antigo, ainda não é<br />

regularizado e a infra-estrutura básica é precária. As principais ocupações dos moradores são<br />

as atividades rurais e os serviços prestados na sede municipal. As casas são de alvenaria, têm<br />

energia elétrica, água encanada e não são ligadas à rede coletora de esgoto. Apenas a rua<br />

principal do bairro está asfaltada.<br />

Existem duas escolas no local: a Escola Estadual Doutor Flair Carlos de Oliveira Armany,<br />

que vai da 5ª série do Ensino Fundamental ao Ensino Médio; e a Escola Municipal de<br />

Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIEF) Professora Zélia de Castro Marques, que<br />

atua desde a Pré-escola até a 4ª série do Ensino Fundamental. Os moradores do bairro são<br />

servidos também por um posto de saúde. O bairro está localizado nas margens da Rodovia<br />

Carvalho Pinto (SP-070) e seu crescimento está limitado, na direção do futuro Gasoduto, pela<br />

Fazenda Nossa Senhora da Glória, de propriedade da Votorantim Celulose e Papel (VCP). Na<br />

AID há cerca de 40 casas, a mais próxima a 185m de distância da faixa.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-157 ABRIL/ 2006


O bairro do Barreiro, no Km 92,38 do duto, é do tipo rural, mas, ao mesmo tempo, está na<br />

direção do vetor de crescimento da sede municipal de Taubaté. O bairro é composto de sítios<br />

e chácaras, que são usados como moradia e veraneio. Existem também algumas propriedades<br />

que foram transformadas em pousadas e hotéis-fazenda. Os moradores têm, como principal<br />

atividade econômica, as pecuárias de corte e de leite e a produção de hortaliças. Os que<br />

possuem pousadas estão tentando incentivar o turismo rural.<br />

As casas do bairro são de alvenaria, com energia elétrica e banheiros com fossa, e as sua ruas<br />

possuem iluminação pública. Existe uma escola municipal que vai da 1ª à 8ª série do Ensino<br />

Fundamental; o Ensino Médio é cursado em Taubaté. O bairro possui ainda um posto de<br />

saúde, mercados de médio porte e uma igreja. Alguns moradores fazem parte da Cooperativa<br />

Rural de Taubaté. O abastecimento de água é realizado pela SABESP, mas alguns moradores<br />

fazem a captação individualmente a partir de poços. A Prefeitura de Taubaté faz a coleta de<br />

lixo duas vezes por semana, sendo uma vez para coleta de lixo reciclável.<br />

O bairro está a 8km da sede municipal de Taubaté e, segundo um morador entrevistado, não<br />

apresenta crescimento expressivo; no entanto, a sede municipal está se expandindo na direção<br />

desse bairro. Existem na AID 13 casas, o duto atravessará uma propriedade com uma pousada<br />

em construção, onde está localizado o retificador R-7 do GASPAL. A faixa existente do<br />

GASPAL e do OSRIO, a ser compartilhada pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, será, nos<br />

2,65 km finais, compartilhada também com o Gasoduto Campinas-Rio.<br />

(4) Identificação de Áreas Sensíveis<br />

Do ponto de vista socioeconômico, as áreas consideradas sensíveis à implantação do<br />

Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté correspondem a espaços com ocupações humanas densas e<br />

com tendência a maior adensamento, ou aqueles onde são desenvolvidas atividades de<br />

relevância social e/ou econômica.<br />

Dentre as interferências mais significativas que essas comunidades podem sofrer em<br />

decorrência da implantação do empreendimento, destacam-se os transtornos provenientes das<br />

restrições de uso, nas áreas onde está prevista a passagem do duto, além das perturbações<br />

provenientes das obras de implantação, como ruídos e poeiras. Há, nesses locais, a<br />

necessidade de esclarecimento e sinalização quanto aos cuidados a serem adotados para evitar<br />

acidentes. Assim, nas áreas apresentadas a seguir, haverá necessidade de atenção especial e de<br />

adoção de procedimentos específicos, tanto no momento das obras como posteriormente. Tais<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-158 ABRIL/ 2006


procedimentos estarão detalhados nas ações previstas no Programa de Comunicação Social,<br />

no Programa de Apoio à Liberação da Faixa de Servidão e nos Programas de Supervisão e<br />

Controle das Obras, apresentados de maneira sumária na Seção 7 deste <strong>EIA</strong>, bem como no<br />

conjunto de medidas concernentes à sinalização da faixa.<br />

Cabe ressaltar que, na definição do traçado do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, ainda na<br />

forma de macrolocalização, procurou-se considerar o distanciamento das áreas de ocupação<br />

humana e com tendência de expansão para fins de urbanização. Nos casos em que não foi<br />

possível evitar totalmente a aproximação do traçado com os núcleos urbanos/rurais, foram<br />

resguardadas as distâncias mínimas de segurança estabelecidas pelas normas nacionais e<br />

internacionais que regulamentam os projetos desse porte.<br />

Destacam-se, na AID, as áreas sensíveis identificadas no Quadro 5.3-57 e descritas a seguir,<br />

e ilustradas na Carta – Imagem, apresentada no Volume 2/3 deste <strong>EIA</strong> (Anexo C).<br />

Quadro 5.3-57 - Áreas Sensíveis<br />

Localidades<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Km)<br />

Fazenda Serra Mar 0 ao 3,0<br />

Bairro Lajeado 26,12<br />

Bairro do Salto 40,78<br />

Bairro Damião 43,48<br />

Fazenda Brasil<br />

49,86<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

e<br />

51,16<br />

Bairro Capivari 52,88<br />

Bairro Santa<br />

Cecília<br />

63,24<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Utm)<br />

7.383.998 N<br />

448.765 E<br />

7.402.793 N<br />

435.217 E<br />

7.413.740 N<br />

427.390 E<br />

7.415.762 N<br />

425.392 E<br />

7.421.183 N<br />

423.251 E<br />

7.422.180 N<br />

422.523 E<br />

7.423.650N<br />

422.591 E<br />

7.431.331 N<br />

417.377 E<br />

Município<br />

Caraguatatuba<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Ocupações na AID<br />

Fazenda de pecuária, com 5000ha, onde será<br />

instalada a UTGCA, ocupações fora da AID.<br />

Paraibuna Bairro rural com 31 casas dentro da AID.<br />

Paraibuna<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

Jambeiro<br />

São José dos<br />

Campos<br />

Bairro rural composto por 3 sítios; ao todo são<br />

4 casas com 12 moradores. O duto cruzará a<br />

Estrada Municipal de Santa Branca.<br />

Bairro com predominância de casas e sítios de<br />

veraneio. Existem 53 casas no bairro, das quais,<br />

apenas 10 são ocupadas permanentemente, com<br />

cerca 30 moradores. Na AID existem 22 casas,<br />

sendo 15 LE e 7 LD.<br />

Fazenda de aproximadamente 304ha. No total há<br />

77 casas (todas dentro AID), em um trecho de<br />

mais de 2km. O traçado do duto passará<br />

próximo à área de nascentes e da sede da<br />

fazenda.<br />

Bairro composto por sítios que servem de<br />

moradia ou veraneio. Na AID existem 26 casas,<br />

sendo cerca de 12 com moradores permanentes.<br />

Acesso principal pela Estrada do Jambeiro.<br />

Local de chácaras, com cerca de 50<br />

propriedades na AID.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-159 ABRIL/ 2006


Localidades<br />

Bairro Campos de<br />

São José<br />

Bairro Nova<br />

Esperança<br />

Bairro Boa<br />

Esperança<br />

Bairros Santa<br />

Lúcia/Bom<br />

Retiro/Santa Rita<br />

Bairro Portal do<br />

Céu<br />

Bairro Capão<br />

Grosso/Majestic<br />

Bairro Caçapava<br />

Velha<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Km)<br />

Entre os Km<br />

63,92; 64,70<br />

e 65,64<br />

68,89<br />

69,82<br />

70,82<br />

71,05<br />

71,67<br />

85,60<br />

Bairro do Barreiro 92,38<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Locação do<br />

Duto<br />

(Utm)<br />

7.431.919 N<br />

417.125 E<br />

7.432.531 N<br />

416.649 E<br />

7.433.232 N<br />

416.862 E<br />

7.433.600 N<br />

419.952 E<br />

7.434.102 N<br />

420.748 E<br />

7.434.800 N<br />

421.463 E<br />

7.434.963 N<br />

421.621 E<br />

7.435.450 N<br />

422.000 E<br />

7.442.790 N<br />

435.403 E<br />

7.445.162 N<br />

439.812 E<br />

Nota: LD – Lado direito / LE – Lado esquerdo<br />

• Caraguatatuba<br />

Município<br />

São José dos<br />

Campos<br />

São José dos<br />

Campos<br />

São José dos<br />

Campos<br />

São José dos<br />

Campos<br />

São José dos<br />

Campos<br />

São José dos<br />

Campos<br />

Caçapava<br />

Taubaté<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Ocupações na AID<br />

O bairro é dividido em parte baixa (com cerca<br />

de 373 casas) e parte alta (com<br />

aproximadamente 378 casas); ao todo, são<br />

7.500 moradores no bairro. Cerca de 751<br />

casas encontram-se na AID.<br />

Cerca de 500 casas na AID.<br />

Cerca de 125 casas na AID.<br />

Cerca de 161 casas na AID.<br />

Cerca de 42 casas na AID.<br />

Cerca de 77 casas na AID.<br />

Cerca de 40 casas na AID.<br />

Bairro rural composto por sítios e chácaras.<br />

Aproximadamente 23 casas estão na AID.<br />

O trecho em que o Gasoduto percorrerá terras do município de Caraguatatuba está quase que<br />

inteiramente dentro da Fazenda Serra Mar. A faixa de servidão dentro dela atravessará áreas<br />

utilizadas atualmente como pastagem, sem ocupações. No entanto, por ser uma propriedade<br />

onde existem cerca de 40 casas ocupadas e onde residem aproximadamente 120 pessoas,<br />

deve-se considerar como área sensível, devido a proximidade do empreendimento, com áreas<br />

ocupadas e onde são exercidas atividades econômicas relevantes. Ademais, a fazenda<br />

receberá as instalações da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), o que<br />

trará afluxo de trabalhadores e alterações no cotidiano dessa população residente. Deve-se<br />

salientar, ainda, que só existe um acesso ao interior da propriedade, o que causar certo<br />

desconforto para os moradores devido à movimentação de veículos e caminhões durante as<br />

obras.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-160 ABRIL/ 2006


• Paraibuna<br />

Paraibuna é o município que terá a maior área atravessada pelo Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté: dos 94,1km do empreendimento, 37,0km estarão dentro do município. As áreas<br />

atravessadas são compostas por propriedades rurais de baixa e média densidade de ocupação,<br />

sendo que a grande maioria das ocupações de baixa densidade de ocupação na AID (12 entre<br />

as 15 identificadas) está localizada no município. Dentre as comunidades que podem ser<br />

consideradas mais sensíveis em função da proximidade do empreendimento, destacam-se as<br />

listadas a seguir.<br />

– Bairro do Lajeado: onde a faixa do Gasoduto deve passar a aproximadamente 11m de<br />

uma pequena aglomeração de casas da comunidade;<br />

– Bairro do Salto: apresenta uma densidade de ocupação baixa, a ocupação mais próxima<br />

(Sítio do Prado) está a 270m de distância da faixa; no entanto, a faixa de servidão do<br />

Gasoduto cruzará a estrada, que tem forte movimento de carretas na época de corte de<br />

eucalipto. Nesse sentido, as alterações no cotidiano provenientes das obras de implantação<br />

do empreendimento também devem ser adequadamente consideradas O bairro está<br />

localizado a aproximadamente 1km do bairro periférico de Paraibuna, Santa Germânia.<br />

– Bairro Damião: a faixa de servidão atravessará parte do bairro, passando a cerca de 15m<br />

LE e 5m LD de algumas casas.<br />

• Jambeiro<br />

Apenas 4 pontos de ocupações humanas estão localizados nesse município, 1 de baixa<br />

densidade de ocupação e 3 de média densidade. Duas comunidades classificadas como de<br />

média densidade de ocupação podem ser consideradas sensíveis, em função da proximidade<br />

da faixa do Gasoduto com as habitações. São elas:<br />

– Fazenda Brasil: a faixa de servidão irá passar a cerca de 10m de uma aglomeração de<br />

casas geminadas, localizadas na entrada da fazenda. Além disso, o duto deverá passar<br />

próximo às nascentes utilizadas para captação da água consumida na fazenda;<br />

– Bairro Capivari: a faixa de servidão passará a cerca de 29m de 5 casas.<br />

• São José dos Campos<br />

Em São José dos Campos, encontra-se o principal trecho de periferia urbana atravessado pelo<br />

Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté: das 9 ocupações humanas assim classificadas, na AID, 7<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-161 ABRIL/ 2006


estão localizadas no município. O empreendimento, na maior parte desse trecho, será<br />

implantado em faixa existente do GASPAL e OSRIO; no entanto, a parte baixa do bairro<br />

Campo de São José está a aproximadamente 30m do trecho da faixa nova.<br />

Toda essa região é composta por uma série de bairros contíguos de alta densidade de<br />

ocupação, que sofreram conseqüências decorrentes da fase de implantação dos dutos<br />

existentes. Assim, os bairros diretamente atravessados pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté,<br />

mesmo que em faixa existente, são considerados mais sensíveis em decorrência da densidade<br />

e da proximidade da população residente. Nesses casos, estão incluídos os bairros Santa<br />

Cecília, Campos de São José, Nova Esperança, Boa Esperança, Bom Retiro, Santa Lúcia,<br />

Portal do Céu e Capão Grosso, descritos anteriormente.<br />

• Caçapava<br />

No município de Caçapava, todas as áreas sensíveis são rurais e nenhuma delas possui uma<br />

densidade de ocupação alta. As localidades listadas a seguir tornam-se sensíveis pela<br />

proximidade das habitações com o empreendimento.<br />

– Bairro Santo Antônio do Iguamerim: é composto basicamente de sítios e chácaras, que,<br />

em alguns pontos, estão bem próximos à faixa existente e, por vezes, fazem limite com ela<br />

(cerca de 35m).<br />

– Bairro Tijuco Preto: o empreendimento será implantado nas proximidades de cerca de 3<br />

sítios, estando o mais próximo a cerca de 5m.<br />

• Taubaté<br />

Apenas um pequeno trecho, de aproximadamente 6km, do território do município de Taubaté<br />

é atravessado pela faixa existente, ocorrendo dois pontos de ocupações humanas, no bairro<br />

Barreiro. Dentre eles, uma pousada em construção é considerada área sensível, pela<br />

proximidade em relação ao duto.<br />

(5) Estimativa do Contingente Populacional<br />

A estimativa da população que faz parte da Área de Influência Direta do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté baseou-se na pesquisa de campo, na qual foram identificadas as<br />

ocupações situadas a 400m para cada lado da diretriz do Gasoduto.<br />

De posse do número estimado de moradias existentes nessa área, foi realizado, em seguida, o<br />

cruzamento com dados do Censo Demográfico do IBGE de 2000, que fornece a média de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-162 ABRIL/ 2006


moradores por residência e situação de cada município a ser atravessado pelo<br />

empreendimento (Quadro 5.3-58), para se obter o resultado final do número de habitantes da<br />

AID. Nos casos de residências isoladas ou pequenas aglomerações rurais, onde foi possível<br />

obter o número de habitantes em entrevistas realizadas em campo, essas informações foram<br />

privilegiadas.<br />

Quadro 5.3-58 – Média de Moradores por Domicílio, por Situação – 2000<br />

Estado/Município<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Situação do Domicílio<br />

Urbana Rural<br />

São Paulo 3,50 3,62<br />

Caçapava 3,74 4,05<br />

Caraguatatuba 3,50 3,84<br />

Jambeiro 3,48 3,48<br />

Paraibuna 3,60 3,71<br />

São José dos Campos 3,67 3,64<br />

Taubaté 3,61 3,74<br />

Dessa forma, estimou-se que existem cerca de 2.498 moradias na AID, perfazendo um total<br />

estimado de 9.209 pessoas. Considerando-se que a população total dos municípios<br />

atravessados pelo duto (AII) é de 1.054.365 habitantes, o número de pessoas residentes da<br />

AID representa aproximadamente 0,87% desse contingente.<br />

(6) Formas de Organização Social<br />

As formas de associativismo encontradas nas áreas com ocupações humanas localizadas na<br />

AID estão divididas basicamente em três tipos: Cooperativas de Produtores Rurais, Sindicatos<br />

Rurais e Associações de Moradores.<br />

Nas áreas rurais, existem as cooperativas e sindicatos rurais ou associações de produtores<br />

rurais, geralmente localizadas nas sedes municipais ou bairros rurais de maior<br />

representatividade. Essas associações normalmente não têm reuniões periódicas e seus sócios<br />

as vêem como uma garantia de escoamento da produção e de aposentadoria (no caso dos<br />

sindicatos).<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-163 ABRIL/ 2006


Na maioria dos bairros de periferia urbana, não existe nenhuma forma de organização social,<br />

mas, nos bairros maiores ou mais organizados, as associações de moradores estão presentes.<br />

Essas associações promovem reuniões periódicas, das quais qualquer morador do bairro<br />

representado pode participar e votar, sem a necessidade de se associar. Nenhuma das<br />

associações dos bairros visitados possui sede própria, e as reuniões são realizadas nas casas<br />

dos respectivos presidentes de associação.<br />

No Quadro 5.3-59, a seguir, apresentam-se as organizações citadas nas entrevistas de campo,<br />

por localidade visitada. Para as localidades que não se encontram no quadro, não houve<br />

citação de existência de organizações sociais locais.<br />

Quadro 5.3-59 – Organizações Sociais na Área de Influência Direta do Gasoduto<br />

Localidade Município Associações/Organizações<br />

Fazenda Bela Vista Paraibuna Cooperativa de Produtores Rurais de Pouso Alto<br />

Bairro Rural Morro Azul Paraibuna Sindicato Rural de Paraibuna<br />

Fazenda Santo Expedito Paraibuna Sindicato Rural de Paraibuna<br />

Bairro Damião Paraibuna CEDRAP – Cooperativa de Paraibuna<br />

Fazenda Patizal Jambeiro<br />

Bairro Campo de São José São José dos Campos<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Cooperativa de Produtores Rurais de São José dos<br />

Campos<br />

Sociedade Amigos do Bairro (SAB do Campo de<br />

São José) e Associação dos Moradores do Campo de<br />

São José<br />

Bairro Santa Cecília São José dos Campos Cooperativa de Produtores Rurais de Jacareí<br />

Bairro Santa Lúcia São José dos Campos<br />

Sociedade Amigos do Bairro (SAB dos bairros Santa<br />

Lúcia, Santa Rita e Portal do Céu)<br />

Bairro do Barreiro Taubaté Cooperativa de Produtores Rurais de Taubaté<br />

(7) Análise Motivacional: Expectativas e Representações<br />

Nas entrevistas informais realizadas durante a campanha de campo na AID, foram coletadas<br />

impressões da população a respeito do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté. As opiniões em<br />

torno do empreendimento foram diversificadas, se comparadas as das áreas rurais com as da<br />

periferia urbana, ou aquelas onde a população já convive com empreendimentos similares.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-164 ABRIL/ 2006


Nas áreas rurais, onde a faixa nova deve ser implantada, a população não recebeu muitas<br />

informações a respeito do empreendimento e, por esse motivo, muitas vezes apresenta<br />

indiferença. Ainda nessas áreas, alguns moradores se mostraram receptivos à implantação do<br />

Gasoduto, apesar de levantarem dúvidas quanto à segurança. As expectativas direcionam-se à<br />

chegada de gás natural às regiões afetadas, à melhoria e conservação das estradas vicinais e à<br />

possibilidade de recebimento de indenizações. Os poucos casos em que as expectativas eram<br />

negativas estavam relacionados ao medo de vazamento de gás.<br />

Nas áreas de periferia urbana, a população convive com a faixa existente do GASPAL e do<br />

OSRIO há bastante tempo; por isso, já têm algum conhecimento a respeito do tipo de<br />

empreendimento. As expectativas giram em torno da geração de empregos para a população e<br />

da melhoria da infra-estrutura dos bairros. No entanto, em alguns casos, a proximidade com as<br />

casas causa preocupação de transtornos durante as fases de implantação e operação do<br />

Gasoduto.<br />

c. Cruzamentos com Rodovias, Linhas de Transmissão, Áreas Alagadas e<br />

Proximidade de Instalações da PETROBRAS<br />

Nos quadros a seguir, são relacionados os cruzamentos do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

com as rodovias de maior relevância, linhas de transmissão e áreas alagadas, além da<br />

proximidade com instalações existentes da PETROBRAS (Quadros 5.3-60 a 5.3-63)<br />

respectivamente).<br />

Além das rodovias indicadas, o Gasoduto cruzará outras estradas vicinais não pavimentadas,<br />

com pequeno volume de tráfego. Nas áreas onde estão localizadas grandes plantações de<br />

eucalipto, algumas delas podem apresentar tráfego de veículos pesados e aumento do volume<br />

de tráfego nos períodos de corte da madeira.<br />

No tráfego entre os povoados, bairros rurais e as sedes municipais, os moradores costumam<br />

fazer uso de motocicletas e animais de tração. Na maior parte das localidades onde não há<br />

escolas, a Prefeitura Municipal providencia o transporte para os alunos.<br />

Destaca-se a inexistência de paralelismo com rodovias ou linhas de transmissão ao longo do<br />

traçado do futuro Gasoduto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-165 ABRIL/ 2006


Rodovia<br />

Rodovia Prof. Alfredo<br />

Rolim de Moura ( SP-88)<br />

Rodovia dos Tamoios (SP-<br />

099)<br />

Rodovia Governador<br />

Carvalho Pinto (SP-070)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-60 – Cruzamentos com Rodovias<br />

Locação<br />

do Duto<br />

(Km)<br />

17,70<br />

50,00<br />

59,88<br />

Estrada do Cajuru 66,28<br />

Rodovia João do Amaral<br />

Gurgel (SP-103)<br />

Rodovia Governador<br />

Carvalho Pinto (SP-070)<br />

Cruzamentos<br />

Linha de Transmissão<br />

de 500kV Mogi das<br />

Cruzes-Cachoeira<br />

Paulista<br />

76,50<br />

79,08<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(UTM)<br />

7.395.386 N<br />

437.485 E<br />

7.421.290 N<br />

423.149 E<br />

7.428.598 N<br />

418.803 E<br />

7.433.592 N<br />

417.358 E<br />

7.437.849 N<br />

426.000 E<br />

7.438.788 N<br />

428.411 E<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Município Observações<br />

Paraibuna<br />

Jambeiro<br />

São José dos<br />

Campos<br />

São José dos<br />

Campos<br />

Caçapava<br />

Caçapava<br />

Rodovia asfaltada e sem acostamento, com<br />

pouco movimento no momento da visita<br />

(Foto 5.3-10).<br />

Rodovia asfaltada, com aproximadamente<br />

15m de largura, pista dupla e trânsito intenso<br />

de veículos (Foto 5.3-11).<br />

Rodovia asfaltada, com cerca de 65m de<br />

largura, com duas pistas, acostamento e<br />

canteiro central gramado. Tráfego intenso de<br />

veículos (Foto 5.3-12).<br />

Estrada asfaltada sem acostamento, com<br />

tráfego intenso de veículos (Foto 5.3-13).<br />

Rodovia asfaltada com movimento médio e<br />

sem acostamento (Foto 5.3-14).<br />

Rodovia asfaltada, com cerca de 65m de<br />

largura, com pista dupla, acostamento e<br />

canteiro central gramado. Tráfego intenso de<br />

veículos. O cruzamento se dará próximo ao<br />

posto de pedágio (Foto 5.3-15).<br />

Quadro 5.3-61 – Cruzamentos com Linhas de Transmissão<br />

Locação<br />

do Duto<br />

(Km)<br />

50,63<br />

52,15<br />

59,58<br />

84,80<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(UTM)<br />

7.421.772 N<br />

422.825 E<br />

7.423.088 N<br />

422.193 E<br />

7.428.516 N<br />

419.065 E<br />

7.441.272 N<br />

433.526 E<br />

Município Observações<br />

Jambeiro<br />

Jambeiro<br />

São José dos<br />

Campos<br />

Caçapava<br />

Logo após a faixa do Gasoduto cruzar a<br />

Rodovia dos Tamoios (SP-099).<br />

Próximo às chácaras no bairro Capivari.<br />

Nas proximidades da Rodovia Carvalho Pinto<br />

(SO-070) (Foto 5.3-16)<br />

Ponto de cruzamento com a faixa do<br />

Gasoduto, na estrada de acesso ao bairro da<br />

Germana.<br />

( Foto 5.3-17)<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-166 ABRIL/ 2006


Travessias<br />

Rio do Salto, braço do<br />

Reservatório de Santa<br />

Branca<br />

Rio Paraíba do Sul, no<br />

Reservatório de Santa<br />

Branca<br />

Rio Capivari, braço<br />

do Reservatório de<br />

Santa Branca<br />

IDENTIFICAÇÃO<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quadro 5.3-62 – Travessia de Áreas Alagadas<br />

Locação<br />

do Duto<br />

(Km)<br />

43,45<br />

45,83<br />

51,69<br />

Locação do<br />

Duto<br />

(UTM)<br />

7.415.490 N<br />

425.760 E<br />

7.417.591 N<br />

424.405 E<br />

7.422.690 N<br />

422.392 E<br />

Município<br />

Paraibuna<br />

Divisa Paraibuna /<br />

Jambeiro<br />

Jambeiro<br />

Quadro 5.3-63 – Instalações da PETROBRAS<br />

LOCAÇÃO<br />

DO DUTO<br />

(KM)<br />

GASPAL , OSRIO e OSVAT 65,00<br />

Retificador do GASPAL 73,04<br />

Válvula V-10 do GASPAL 81,22<br />

Gasoduto Campinas-Rio 91,45<br />

Retificador R7 do GASPAL 92,38<br />

City-Gate de Taubaté 94,10<br />

LOCAÇÃO<br />

DO DUTO<br />

(UTM)<br />

7.432.799 N<br />

416.450 E<br />

7.436.404 N<br />

422.939 E<br />

7.439.931 N<br />

430.206 E<br />

7.444.540 N<br />

439.800 E<br />

7.445.162 N<br />

439.812 E<br />

7.445.926 N<br />

441.127 E<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Observações<br />

O duto deverá atravessar cerca de<br />

100m de área alagada de braço do<br />

reservatório de Santa Branca. (Foto<br />

5.3-18)<br />

O duto atravessará aproximadamente<br />

200 metros de área alagada do rio<br />

Paraíba do Sul (no Reservatório de<br />

Santa Branca)<br />

O duto atravessará aproximadamente<br />

100 metros de área alagada de um<br />

dos braços do Reservatório de Santa<br />

Branca.<br />

MUNICÍPIO<br />

São José dos<br />

Campos<br />

São José dos<br />

Campos<br />

Caçapava<br />

Taubaté<br />

Taubaté<br />

Taubaté<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Encontro com faixa<br />

existente dos dutos,<br />

próximo ao Campo de<br />

São José, parte baixa.<br />

Na estrada municipal Joel<br />

de Paula, próximo ao<br />

Aterro Industrial<br />

(Ecossistema).<br />

Próximo à Rodovia<br />

Carvalho Pinto e ao<br />

Pesqueiro Primavera.<br />

(Foto 5.3-19)<br />

Encontro com a faixa<br />

existente.<br />

Estrada Municipal do<br />

Barreiro. (Foto 5.3-20)<br />

Junto à Estação de<br />

Odorização de Taubaté.<br />

(Foto 5.3-21)<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-167 ABRIL/ 2006


Foto 5.3-2 – Sítio<br />

Laranjeiras, com 8 casas<br />

dentro da AID; está<br />

afastado do núcleo do<br />

bairro Morro Azul, no<br />

Km 36,79 do duto. A<br />

casa mais próxima está a<br />

cerca de 70m da faixa.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.410.330 N/428.740 E<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Foto 5.3-1 – Fazenda<br />

São José, propriedade de<br />

aproximadamente 360<br />

hectares, no Km 30,14<br />

do duto.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.405.919 N/433.291 E<br />

Foto 5.3-3 – Bairro do<br />

Salto, com casas junto à<br />

Estrada Municipal de<br />

Santa Branca, no Km<br />

40,78 do duto.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM<br />

7.413.100 N/ 427.390 E<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-168 ABRIL / 2006


Foto 5.3-5 – Bairro<br />

Capivari, composto por<br />

sítios que servem de<br />

moradia ou veraneio,<br />

com 26 sítios dentro da<br />

AID, nas proximidades<br />

do Km 52,88.<br />

Município: Jambeiro<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.423.650 N/422.591 E<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Foto 5.3-4 – Bairro do<br />

Lajeado, no Km 26,12<br />

do duto, com 31 casas<br />

dentro da AID.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.402.793 N/435.217 E<br />

Foto 5.3-6 – Região de<br />

chácaras e sítios, nas<br />

proximidades do Km<br />

60,95 do duto.<br />

Município: São José dos<br />

Campos<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.429.400 N/418.150 E<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-169 ABRIL / 2006


Foto 5.3-8 – Bairro<br />

Nova Esperança, nas<br />

proximidades do Km<br />

68,89 do duto.<br />

Município: São José dos<br />

Campos<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.433.600 N/419.952 E<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Foto 5.3-7 – Bairro<br />

Campo de São José, nas<br />

proximidades do Km<br />

64,70 do duto.<br />

Município: São José dos<br />

Campos<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.432.531 N/416.649 E<br />

Foto 5.3-9 – Bairro<br />

Caçapava Velha, nas<br />

proximidades do Km<br />

85,60 do duto.<br />

Município: Caçapava<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.442.790 N/435.403 E<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-170 ABRIL / 2006


Foto 5.3-11 –<br />

Cruzamento com a<br />

Rodovia dos Tamoios<br />

(SP-099), vista sentido<br />

Caraguatatuba, nas<br />

proximidades da<br />

Fazenda Brasil, Km<br />

50,00 do duto.<br />

Município: Jambeiro<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.421.290 N/423.149 E<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Foto 5.3-10 –<br />

Cruzamento com<br />

Rodovia Prof. Alfredo<br />

Rolim de Moura (SP-<br />

88), nas proximidades do<br />

Km 17,70 do duto, vista<br />

sentido Salesópolis.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.395.386 N/437.485 E<br />

Foto 5.3-12 –<br />

Cruzamento com a<br />

Rodovia Carvalho Pinto<br />

(SP-070), vista sentido<br />

São José dos Campos,<br />

nas proximidades do Km<br />

59,88 do duto.<br />

Município: São José dos<br />

Campos<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.428.598 N/418.803E<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-171 ABRIL / 2006


Foto 5.3-14 –<br />

Cruzamento com a<br />

rodovia João do Amaral<br />

Gurgel (SP-103), vista<br />

no sentido da Rodovia<br />

Carvalho Pinto, no Km<br />

76,50 do duto.<br />

Município: Caçapava<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.437.849 N/426.000 E<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Foto 5.3-13 –<br />

Cruzamento com a<br />

Estrada do Cajuru, vista<br />

no sentindo Campo de<br />

São José, Km 66,28 do<br />

duto.<br />

Município: São José dos<br />

Campos<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.433.592 N/417.358 E<br />

Foto 5.3-15 –<br />

Cruzamento com a<br />

Rodovia Carvalho Pinto<br />

(SP-070), no Km<br />

79,08do duto, próximo<br />

ao pedágio.<br />

Município: Caçapava<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.438.788 N/428.411 E<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-172 ABRIL / 2006


Foto 5.3-16 –<br />

Cruzamento com linha<br />

de transmissão, nas<br />

proximidades do Km<br />

59,58 do duto.<br />

Município: São José dos<br />

Campos<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.428.516 N/419.065 E<br />

Foto 5.3-18 – Travessia<br />

do rio do Salto, braço do<br />

Reservatório de Santa<br />

Branca, vista para<br />

montante da ponte,<br />

próximo ao Km 43,45 do<br />

duto.<br />

Município: Paraibuna<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.415.490 N/425.760 E<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Foto 5.3-17 –<br />

Cruzamento com linha<br />

de transmissão, vista no<br />

sentido de São José dos<br />

Campos, Km 84,80 do<br />

duto.<br />

Município: Caçapava<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.441.272 N/433.526 E<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-173 ABRIL / 2006


Foto 5.3-19 – Área da<br />

Válvula V-10 do<br />

GASPAL, no Km 81,22<br />

do duto.<br />

Município: Caçapava<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.439.931 N/430.206 E<br />

Foto 5.3-21– City-Gate<br />

de Taubaté e Estação de<br />

Odorização, Km 94,10<br />

do duto.<br />

Município: Taubaté<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.445.926 N/441.127 E<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL O<br />

MEIO ANTRÓPICO<br />

Foto 5.3-20 –<br />

Retificador R7 do<br />

GASPAL, na estrada do<br />

Barreiro, Km 92,38 do<br />

duto.<br />

Município: Taubaté<br />

Coordenadas UTM:<br />

7.445.162 N/439.812 E<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.3-174 ABRIL / 2006


7431000 7432000 7433000<br />

415000 416000 417000<br />

417000<br />

65<br />

Santa<br />

Cecília II<br />

Gasoduto<br />

Limite da AID<br />

Vetor de crescimento<br />

Limite Municipal<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

418000<br />

REVAP<br />

Campos de<br />

São José<br />

Estr. do Caju ru<br />

Pararangaba I<br />

Santa<br />

Cecília I<br />

Estr. do Cajuru<br />

Cajuru<br />

419000<br />

FIGURA 5.3-27<br />

MUNICÍPIOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E CAÇAPAVA<br />

INTERFERÊNCIAS COM ÁREAS DE PERIFERIA URBANA<br />

Chácara<br />

Pousada<br />

do Vale<br />

418000<br />

420000<br />

419000<br />

Jardim<br />

das<br />

Cerejeiras<br />

Novo Horizonte<br />

Nova<br />

Esperança<br />

Santa Hermínia<br />

421000<br />

CARACTERÍSTICAS GERAIS:<br />

Localização do Gasoduto: Km 64,5 a 71,25<br />

Distância da Sede: cerca de 5,5 km<br />

Santa<br />

Maria<br />

Bairrinho<br />

Castanheira II<br />

Boa<br />

Esperança<br />

Bom<br />

Retiro<br />

70<br />

420000<br />

Jardim<br />

Ebenezer<br />

Santa<br />

Lúcia<br />

Portal<br />

do Céu<br />

Santa Rita<br />

Capão<br />

Grosso I<br />

421000<br />

Capão<br />

Grosso II<br />

Estr. do Quebra-Eixo<br />

Majestic<br />

Ecossistema<br />

Lixo Industrial<br />

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS<br />

422000<br />

CAÇAPAVA<br />

422000 423000 424000<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-175<br />

³<br />

250 125 0 250 500 750 1.000<br />

ABRIL / 2006<br />

m<br />

7435000 7436000 7437000


7435000 7436000 7437000<br />

Ecositema<br />

Lixo Industrial<br />

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS<br />

422000 423000 424000<br />

424000<br />

Gasoduto<br />

Limite da AID<br />

Vetor de crescimento<br />

Limite Municipal<br />

Estr. Mun. Joel de Paula<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CAÇAPAVA<br />

Iguamerim<br />

425000<br />

FIGURA 5.3-28<br />

MUNICÍPIOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E CAÇAPAVA<br />

INTERFERÊNCIAS COM ÁREAS DE PERIFERIA URBANA<br />

Sto. Antônio<br />

Iguamerim<br />

75<br />

Piedade<br />

426000<br />

425000<br />

Rod. SP-103<br />

427000<br />

CARACTERÍSTICAS GERAIS:<br />

Localização do Gasoduto: Km 72,80 a 80,00<br />

Distância da Sede: cerca de 6 km<br />

426000<br />

Tijuco Preto<br />

427000<br />

Rod. Carvalho Pinto (SP-070)<br />

Pedágio<br />

80<br />

428000<br />

428000 429000 430000<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-177<br />

³<br />

250 125 0 250 500 750 1.000<br />

ABRIL / 2006<br />

m<br />

7439000 7440000 7441000


7440000 7441000 7442000 7443000<br />

Caçapava<br />

Velha<br />

Chácaras<br />

Primavera<br />

434000 435000 436000<br />

436000<br />

Gasoduto<br />

Limite da AID<br />

Vetor de crescimento<br />

Limite Municipal<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Vila VelhaChácaras<br />

Eucalípto<br />

(VCP)<br />

437000<br />

TAUBATÉ<br />

CAÇAPAVA<br />

FIGURA 5.3-29<br />

MUNICÍPIOS DE CAÇAPAVA E TAUBATÉ<br />

INTERFERÊNCIAS COM ÁREAS DE PERIFERIA URBANA<br />

Eucalípto<br />

(VCP)<br />

438000<br />

Eucalípto<br />

(VCP)<br />

90<br />

437000<br />

439000<br />

CARACTERÍSTICAS GERAIS:<br />

Localização do Gasoduto: Km 87,00 a 94,10<br />

Distância da Sede: cerca de 6,20 km<br />

438000<br />

Ingrid<br />

Estr. Mun. do Barreiro<br />

439000<br />

São Pedro<br />

Estr. Mun. d o Barr<br />

440000<br />

440000 441000 442000<br />

³<br />

eiro<br />

94,1<br />

Barreiro<br />

CITY-GATE<br />

Taubaté<br />

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

5.3-179<br />

250 125 0 250 500 750 1.000<br />

ABRIL / 2006<br />

m<br />

7444000 7445000 7446000 7447000


5.4 ANÁLISE AMBIENTAL INTEGRADA<br />

5.4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS<br />

A análise ambiental integrada das Áreas de Influência do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

considera os parâmetros e aspectos ambientais diagnosticados e fornece subsídios para um<br />

prognóstico da região sem o empreendimento e para a avaliação dos impactos decorrentes das<br />

atividades de sua implantação.<br />

Aqui, apresenta-se uma caracterização das condições atuais dos meios físico, biótico e<br />

antrópico nas Áreas de Influência do empreendimento, levando-se em conta suas interações.<br />

Essa análise está consolidada no Quadro-Síntese, apresentado no final desta Seção.<br />

As áreas de sensibilidade ambiental identificadas a partir da análise dessas interações e das<br />

informações levantadas nos diagnósticos, frente às atividades de implantação e operação do<br />

Gasoduto, estão sintetizadas no Mapa 15 – Sensibilidade Ambiental, apresentado no Anexo<br />

A do Volume 2/3, deste <strong>EIA</strong>, cujos objetivos e metodologia são apresentados no item 5.4.3<br />

desta seção.<br />

5.4.2 A ANÁLISE INTEGRADA<br />

Localizadas no estado mais desenvolvido do País, as Áreas de Influência do Gasoduto<br />

Caraguatauba–Taubaté encontram-se em uma região cuja economia, tradicionalmente, baseiase<br />

na agropecuária, no comércio, nos serviços e na indústria.<br />

Apesar disso, ressalta-se que, em relação à agropecuária, a participação da AII, quando<br />

considerada para o meio antrópico, no total da produção do Estado de São Paulo, é muito<br />

pouco expressiva, não chegando a 1,00% do total, com reduzidos cultivos de milho, feijão,<br />

arroz, café, banana e cana-de-açúcar e a criação de aves e bovinos. Já no que diz respeito ao<br />

Setor Secundário, o peso da indústria da construção é proporcionalmente maior na AII do que<br />

no estado, com destaque para o município de São José dos Campos, considerado também o<br />

maior pólo aeroespacial da América Latina e onde está localizada a refinaria REVAP,<br />

atualmente em processo de expansão.<br />

Composta de alguns municípios com elevado potencial turístico, como Caraguatatuba, São<br />

José dos Campos e Taubaté, a AII tem, nas suas atividades de comércio e serviços, mais de<br />

91% das unidades produtivas formalmente registradas, percentual maior que o calculado para<br />

o Estado de São Paulo (87,5%).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-1 ABRIL/06


Como um reflexo do avanço da economia paulista ao longo dos anos, a Mata Atlântica, que<br />

ocupava 81% da área do estado, sofreu intensa destruição, sendo reduzida a fragmentos<br />

dispersos, notadamente com a intensificação do desmatamento da segunda metade do século<br />

XIX até o XX, para a difusão da cultura do café, do qual São Paulo era o maior produtor.<br />

Há, na região da AII, muitos esforços conservacionistas, com a implementação de Educação<br />

Ambiental através de diversos projetos municipais e Organizações Não-Governamentais que<br />

desenvolvem propostas e cursos de preservação do meio ambiente e conscientização das<br />

comunidades locais. Esse empenho inclui, entre outros, ensinos sobre a reciclagem de lixo e o<br />

cuidado com o uso dos recursos hídricos.<br />

A Distribuição Percentual das Classes de Cobertura Vegetal, Uso e Ocupação das Terras na<br />

Área de Influência Indireta (Quadro 5.2-5) indica uma redução significativamente grande dos<br />

ecossistemas naturais. Nos municípios atravessados pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté,<br />

os principais tipos de cobertura são: Pastagens (62%), Florestas (19%) e Silviculturas (13%);<br />

o restante são terras com outros usos (áreas urbanas, indústrias, rodovias, corpos d’água, etc.).<br />

De acordo com o que se observa nas regiões atravessadas pelo Gasoduto, podem ser<br />

agrupadas suas principais características em três ambientes típicos:<br />

I - Ambientes Preservados: referem-se às áreas de remanescentes de vegetação arbórea<br />

nativa representantes do Bioma Mata Atlântica e às margens dos cursos d’água;<br />

II - Ambientes Agrícolas: abrangem as áreas cultivadas com lavouras perenes e temporárias,<br />

áreas de silvicultura e pastagens plantadas tecnicamente manejadas;<br />

III - Ambientes Degradados e Urbanizados: referem-se às áreas de pastagens extensivas,<br />

além das áreas de usos rurais e das urbanas.<br />

De acordo com os estudos efetuados, ao longo do traçado do Gasoduto, predominam na AII,<br />

amplamente, as fitofisionomias de Pastagem, desde o município de Paraibuna até Taubaté,<br />

seguidas de Florestas, principalmente em Caraguatatuba, e de terras com outros usos (áreas<br />

urbanas, indústrias, rodovias, corpos d’água, etc.).<br />

A avaliação dos impactos ambientais decorrentes da implantação do Gasoduto, apresentada na<br />

Seção 6, é analisada sob vários aspectos: se positivos ou negativos, reversíveis ou<br />

irreversíveis, com suas magnitudes, importâncias e significâncias.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-2 ABRIL/06


Essa análise é voltada para os múltiplos fatores integrantes dos ambientes atravessados, e<br />

enfoca os aspectos antrópicos, bióticos e físicos, ou seja, visualizam as populações, suas<br />

atividades sociais e econômicas, suas relações com a fauna e a exígua flora nativa<br />

remanescente, em dado ambiente físico e climático.<br />

a. A Região sem o Empreendimento<br />

Apesar de a região sem o empreendimento manter as condições físicas e bióticas preservadas<br />

em alguns trechos da AII, algumas regiões encontram-se degradadas, com poucos<br />

remanescentes de Mata Atlântica e com uma fauna já depauperada, à exceção da área do<br />

Parque Estadual da Serra do Mar, e entorno no limite norte, onde a flora e a fauna, originais<br />

da Mata Atlântica, ainda são representativas.<br />

A região apresenta problemas típicos de zonas com uso intensivo das terras para fins<br />

agropecuários. Sua cobertura vegetal original já está bastante descaracterizada, o que traz<br />

sérias conseqüências para a fauna original, acelerando ainda os processos erosivos e o<br />

esgotamento de seus solos agrícolas. Além disso, as intervenções sofridas através de coletas<br />

de espécies vegetais para uso doméstico, como lenha e carvão, madeira para construção de<br />

residências e cercas, desmatamento para plantio de culturas de subsistência (milho, feijão,<br />

arroz, etc.), têm provocado sérios problemas para os poucos ecossistemas remanescentes. Isso<br />

pode ser observado principalmente em pontos das matas ciliares existentes, onde a retirada da<br />

vegetação provocou um aporte maior de sedimentos para os rios e córregos locais.<br />

Por outro lado, caso os esforços conservacionistas que surgiram não sejam suficientes para<br />

reverter o quadro atual de degradação, e mantendo-se as tendências atuais de desenvolvimento<br />

da região, provavelmente, haverá uma ampliação gradativa dos problemas ambientais, ou<br />

seja:<br />

• nas regiões de encosta, em função da retirada de vegetação, observam-se processos<br />

erosivos que, se não forem controlados, tenderão a evoluir, aumentando a produção de<br />

sedimentos e o conseqüente transporte para os corpos d’água, principalmente em<br />

Caraguatatuba, onde há áreas de grande risco a escorregamentos de massa;<br />

• no caso dos remanescentes de vegetação nativa, deverá ser controlado o acesso das<br />

populações aos ecossistemas específicos, de forma a promover um uso mais racional, para<br />

que não sejam extintas espécies florestais e da fauna associada.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-3 ABRIL/06


. A Região com o Empreendimento<br />

A implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, que vai somar-se aos demais dutos em<br />

operação na região, reforçando a Malha Sudeste, deverá funcionar como um injetor de energia<br />

na dinâmica econômica regional e nacional, suprindo, melhor e com mais segurança, a<br />

população residente nas áreas urbanas e até rurais, futuramente. Além disso, a possibilidade<br />

de exploração do Campo de Mexilhão, na bacia de Santos, poderá concorrer para tornar o País<br />

auto-suficiente na produção de gás natural.<br />

Este Gasoduto surge, na Região Sudeste, como um empreendimento que faz parte de um<br />

conjunto indispensável para o Brasil, concorrendo para uma mudança estrutural na utilização<br />

de energia, além de estimular a instalação de novas indústrias locais com menor geração de<br />

poluição e degradação. Contribui, ainda, de forma direta e indireta, para o aumento de postos<br />

de trabalho, o incremento da arrecadação do ICMS e de outros impostos e taxas públicas.<br />

Esses benefícios já justificariam, por si só, a presença do Gasoduto nos municípios<br />

atravessados do Estado de São Paulo, podendo, no entanto, ser enumerados outros,<br />

específicos, como:<br />

• provável diminuição da queima da madeira e, conseqüentemente, um aumento da<br />

preservação de ecossistemas florestais;<br />

• estímulo à modernização e competitividade da economia regional;<br />

• substituição de produtos energéticos poluidores pelo gás natural, menos impactante, com<br />

conseqüente melhoria dos padrões ambientais, por exemplo, a gasolina no abastecimento<br />

de veículos e a madeira nas atividades domésticas e industriais;<br />

• aquecimento do mercado de bens e serviços.<br />

Todas as interferências ambientais decorrentes da obra poderão ser devidamente controladas e<br />

solucionadas, através das medidas previstas nos Planos e Programas Ambientais destacados<br />

na Seção 7 deste relatório.<br />

5.4.3 MAPA DE SENSIBILIDADE AMBIENTAL<br />

a. Considerações Gerais<br />

Os Mapas de Sensibilidade Ambiental são ferramentas úteis para a compreensão mais<br />

abrangente dos aspectos ambientais mais importantes das Áreas de Influência dos<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-4 ABRIL/06


empreendimentos. Isso se deve, principalmente, à multiplicidade de variáveis reunidas nesse<br />

tipo de estudo, o que se traduz em análises integradas de diversas variáveis ambientais<br />

relevantes. Nesse contexto, a Análise Ambiental Integrada deve sustentar-se nos resultados<br />

produzidos durante a elaboração dos Mapas de Sensibilidade.<br />

Por outro lado, os Mapas de Sensibilidade Ambiental são elaborados visando subsidiar o<br />

planejamento do controle de determinado empreendimento, no sentido de delinear as regiões<br />

mais sensíveis de suas Áreas de Influência para, em caso de impacto ambiental sobre o meio<br />

ambiente, serem planejadas e tomadas as medidas cabíveis.<br />

Normalmente, as análises de sensibilidade ambiental baseiam-se principalmente em<br />

diagnósticos ambientais (Estudo de Impacto Ambiental – <strong>EIA</strong>), sendo, entretanto, apoiadas<br />

em diversos estudos cuja ênfase seja dada à identificação e à sobreposição de elementos<br />

sensíveis da região estudada.<br />

O objetivo da análise de sensibilidade ambiental do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté é<br />

subsidiar o planejamento de ações para prevenir, neutralizar e/ou minimizar potenciais<br />

impactos ambientais decorrentes de eventuais acidentes que possam vir a ocorrer.<br />

A partir do conhecimento da classificação de sensibilidade ambiental do empreendimento, os<br />

responsáveis pelas decisões disporão de novos indicativos para melhor aproveitamento e<br />

destinação de recursos para a prevenção e respostas a acidentes.<br />

b. Aspectos Metodológicos<br />

A metodologia utilizada foi desenvolvida a partir de discussões multidisciplinares entre os<br />

técnicos destacados para os estudos, que possuem experiência anterior em mapeamentos<br />

similares. Deve-se considerar que, apesar de estar em evolução, ainda não se dispõe de<br />

metodologias consolidadas para gasodutos em áreas terrestres.<br />

No que se refere à unidade de trabalho na análise de sensibilidade, para os gasodutos que<br />

transportam gás natural, as alterações ambientais decorrentes de vazamentos, geralmente, são<br />

locais e temporárias, devido à sua rápida dissipação na atmosfera e/ou sua não solubilização<br />

em água.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-5 ABRIL/06


Quadro 5.4-1 – Aspectos ambientais estudados conforme cada tema considerado no Mapa de<br />

Sensibilidade Ambiental<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Temas de Estudo Aspectos Ambientais<br />

Biótico<br />

Físico<br />

Antrópico<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

Manchas de remanescentes de vegetação<br />

expressiva (Floresta Ombrófila Densa)<br />

Endemismos, áreas com existência de espécies<br />

de flora e/ou fauna ameaçadas de extinção,<br />

áreas de reprodução e concentração de espécies<br />

de relevância ecológica<br />

Áreas de risco geotécnico<br />

Áreas com propensão à instalação de processos<br />

erosivos<br />

Pontos de ocupação humana<br />

Comunidades Indígenas, Quilombolas e<br />

Populações Tradicionais<br />

Áreas Legalmente Protegidas Unidades de Conservação<br />

Para a obtenção das classes de sensibilidade de cada região delineada, foi realizada uma<br />

síntese cartográfica sucessiva dos mapas temáticos elaborados nos estudos ambientais do<br />

empreendimento: Vegetação, Uso e Ocupação das Terras (Mapa 12), de Unidades de<br />

Conservação (Mapa 13), Geológico-Geotécnico e de Áreas de Risco (Mapa 10), estudado em<br />

uma faixa de 400m para cada lado do traçado. No que concerne aos pontos de ocupação<br />

humana, foram utilizados os pontos e áreas notáveis do Meio Antrópico (Mapa 14). A partir<br />

da análise do resultado dessa síntese cartográfica, foi gerado o Mapa de Sensibilidade<br />

Ambiental (Mapa 15), apresentado no Volume 2/3, deste documento.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-6 ABRIL/06


Ao se determinar a abrangência da classificação de sensibilidade ambiental, considerou-se<br />

uma faixa de 5km para cada lado da diretriz do Gasoduto. Por sua vez, a ocupação humana, é<br />

indicativa da densidade de pessoas encontradas em áreas de até 400m de largura para cada<br />

lado da diretriz do Gasoduto.<br />

Para os diferentes parâmetros (risco geológico-geotécnico, características do uso do solo –<br />

vegetação, características da fauna e recursos faunísticos, ocupação humana, presença e<br />

categoria de Unidade de Conservação), utilizados no overlay realizado na elaboração do Mapa<br />

de Sensibilidade Ambiental, foram estabelecidos níveis de sensibilidade (0 a 4).<br />

Nos Quadros 5.4-2 a 5.4-5 são apresentados as orientações, os critérios e os níveis utilizados<br />

na avaliação e posterior elaboração do mapa de Sensibilidade Ambiental (Mapa 15, Anexo<br />

A, Volume 2/3).<br />

Quadro 5.4-2 - Valores estimados de nível de sensibilidade ambiental, em função de<br />

características do risco geológico-geotécnico.<br />

Nível Critério Orientação<br />

0 Risco muito baixo ou sem risco<br />

1 Risco baixo<br />

2 Risco moderado<br />

3 Risco alto<br />

4 Risco muito alto<br />

O Mapa da Vegetação, Uso e Ocupação das Terras (Mapa 12) apresenta uma série de pontos<br />

de amostragem da vegetação, os quais foram utilizados para orientar os níveis de<br />

sensibilidade ambiental da vegetação (Quadro 5.4-3).<br />

Quadro 5.4-3 - Valores estimados de nível de sensibilidade ambiental, em função de<br />

características do uso do solo – vegetação.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

Levantamento realizado<br />

apenas até 400m para cada<br />

lado do eixo do Gasoduto<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-7 ABRIL/06


Nível Critério Orientação<br />

0 Sem classificação Não se enquadra em qualquer dos outros níveis<br />

1 Pastagem Áreas recobertas predominantemente por pastos<br />

2 Silvicultura<br />

3<br />

4<br />

Floresta Secundária em estágios<br />

inicial e médio de regeneração<br />

Floresta Secundária em estágios<br />

avançado de regeneração e<br />

clímax<br />

O Mapa da Vegetação, Uso e Ocupação das Terras (Mapa 12) são apresentados todos os<br />

pontos de amostragem da fauna (total de 40), os quais foram utilizados para orientar os níveis<br />

de sensibilidade ambiental dos recursos faunísticos (Quadro 5.4-4).<br />

Quadro 5.4-4 - Valores estimados de nível de sensibilidade ambiental, em função de<br />

características da fauna e recursos faunísticos<br />

Diferentes níveis de densidade de ocupação foram estabelecidos pelo método de classificação<br />

denominado “Natural Breaks”, do software Arc-View®, identificando-se limites adequados<br />

para classes de intervalo de quantidade de edificações, a partir dos dados obtidos nos<br />

levantamentos de campo, usando a otimização estatística “Jenk’s optimization”, algoritmo que<br />

minimiza a soma da variância entre as classes determinadas.<br />

Quadro 5.4-5 - Valores estimados de nível de sensibilidade ambiental, em função de<br />

ocupação humana<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Áreas recobertas predominantemente por florestas<br />

plantadas<br />

Áreas recobertas predominantemente por Formações<br />

Florestais Secundárias<br />

Áreas recobertas predominantemente por Formações<br />

Florestais bem conservadas ou em estágio Clímax<br />

Nível Critério Orientação<br />

0<br />

1<br />

Sem concentração de espécies de<br />

relevância ecológica<br />

Concentração de espécies de<br />

relevância ecológica<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

Áreas alteradas, em que não é encontrada riqueza de<br />

espécies, ou biodiversidade significativa<br />

Áreas de alta riqueza de espécies, ou biodiversidade<br />

significativa<br />

2 Existência de espécies endêmicas Ocorrência comprovada de espécies endêmicas<br />

3 Existência de espécies ameaçadas Ocorrência comprovada de espécies ameaçadas<br />

4<br />

Existência de espécies endêmicas e Ocorrência comprovada de espécies endêmicas e<br />

ameaçadas<br />

ameaçadas<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-8 ABRIL/06


Nível Critério Orientação<br />

0 De 4 a 49 pessoas<br />

1 De 50 a 130 pessoas<br />

2 De 131 a 283 pessoas<br />

3 De 284 a 591 pessoas<br />

4 De 592 a 1.385 ou mais pessoas<br />

Quadro 5.4-6 - Valores estimados de nível de sensibilidade ambiental, em função de presença<br />

e categoria de Unidades de Conservação<br />

Por meio do software Arc-Map®, foi feita uma sobreposição das áreas identificadas, de<br />

acordo com cada parâmetro considerado, do que resultaram 597 polígonos.<br />

O somatório dos níveis de sensibilidade considerados enquadrou cada polígono em diferentes<br />

classes de sensibilidade ambiental, da seguinte maneira:<br />

• polígonos que receberam pontuações entre 0 e 3 foram classificados como de baixa<br />

sensibilidade ambiental;<br />

• polígonos com pontuações entre 4 e 6 foram classificados como de média sensibilidade<br />

ambiental;<br />

• polígonos que alcançaram pontuações entre 7 e 9 foram considerados como de alta<br />

sensibilidade ambiental;<br />

• polígonos que chegaram a atingir de 10 a 12 pontos foram classificados como de muito<br />

alta sensibilidade.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

Classificação obtida pelo método denominado<br />

“Natural Breaks”, considerada numa faixa de 400m<br />

para cada lado do eixo do Gasoduto.<br />

Nível Critério Orientação<br />

0<br />

Ausência de<br />

Conservação<br />

Unidade de<br />

1 APAs<br />

2 Outras UCs de Uso Sustentável<br />

3<br />

4<br />

UCs de Proteção Integral de Uso<br />

Direto<br />

UCs de Proteção Integral de Uso<br />

Restrito (REBIO e ESEC)<br />

Lei n o 9.985, de 18 de junho de 2000, que instituiu<br />

o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da<br />

Natureza – SNUC. A ZEPA do Torrão de Ouro foi<br />

considerada como uma UC de Uso Sustentável.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-9 ABRIL/06


Finalmente, através do comando dissolv, do Arc-Map®, polígonos adjacentes que se<br />

enquadravam na mesma classe de sensibilidade ambiental foram reunidos, resultando na<br />

conformação das regiões de sensibilidade encontradas nesse mapa.<br />

As classes de sensibilidade ambiental das Áreas de Influência do Gasoduto foram, então,<br />

diferenciadas por cores, conforme apresentado no Quadro 5.4-7 e no Mapa de Sensibilidade<br />

Ambiental.<br />

Quadro 5.4-7 – Intervalos de somatório de valores estimados de nível de sensibilidade<br />

ambiental e classificação de sensibilidade resultante<br />

Σ Do Nível Classe de Sensibilidade Ambiental Cor Representativa no Mapa<br />

0 - 3 Baixa<br />

4 - 6 Média<br />

7 – 9 Alta<br />

10 - 12 Muito Alta<br />

c. Análise de Sensibilidade Ambiental<br />

No Mapa de Sensibilidade Ambiental, estão apresentadas as classes (de baixa a muito alta) de<br />

sensibilidade de regiões das Áreas de Influência do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, para o<br />

que foram considerados e analisados conjuntos de características concernentes a meio físico,<br />

meio biótico, meio antrópico, ou à existência de ocupação humana, além das áreas legalmente<br />

protegidas (Unidades de Conservação).<br />

As diferenças entre as diversas áreas, em função de sua sensibilidade ambiental, podem<br />

subsidiar o planejamento antecipado de ações preventivas e facilitar a tomada de decisão no<br />

atendimento a emergências, otimizando a solução de eventuais acidentes, tanto na fase de<br />

instalação quanto de operação do Gasoduto.<br />

Existem duas maneiras de se analisar a sensibilidade ambiental de um empreendimento como<br />

um gasoduto terrestre: primeira, no que se refere aos meios físico e biótico da área<br />

influenciada pela obra (fase de instalação) ou pela sua manutenção (fase de operação);<br />

segunda, na influência sobre as atividades econômicas da região afetada.<br />

Nessa maneira de analisar a sensibilidade, o que se leva em consideração são os transtornos<br />

causados pelas ações de emergência, remediação ou interrupção de operação (tempo<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-10 ABRIL/06


necessário para retornarem as condições de normalidade no local ou trecho do Gasoduto, na<br />

região de determinada sensibilidade) para a contenção de vazamentos, ou na substituição de<br />

tubulação.<br />

Ao se observar o Mapa de Sensibilidade Ambiental, percebe-se que, segundo os critérios<br />

considerados, a maior parte das regiões atravessadas pelo empreendimento foi classificada<br />

como de baixa sensibilidade ambiental.<br />

A presença do Parque Estadual da Serra do Mar exerceu papel preponderante na formação do<br />

resultado final desse mapeamento, pois, entre o Km 6 e o Km 11, foi classificada como de alta<br />

sensibilidade, representando a maior parte da área das regiões assim classificadas.<br />

O maior destaque, em termos de sensibilidade, é representado por um pequeno trecho,<br />

localizado na encosta da Serra do Mar, aproximadamente entre o Km 3 e o Km 6, que será<br />

atravessado por túnel. Esse trecho é classificado como de muito alta sensibilidade ambiental, e<br />

corresponde a cerca de 3km lineares com risco muito alto, em função das características<br />

geológico-geotécnicas da área, riqueza de espécies endêmicas e ameaçadas e áreas recobertas<br />

predominantemente por Formações Florestais Clímax.<br />

Deve ser realçado, ainda, que há cinco pontos de ocupação humana (principalmente os bairros<br />

Novo Horizonte e dos Putins, este último localizado nas proximidades do Km 66 do<br />

Gasoduto), com elevados graus de densidade habitacional.<br />

No Quadro 5.4-7, estão indicadas as áreas das regiões das diferentes classes de sensibilidade<br />

ambiental, e respectivos percentuais, em relação à área total da AII do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté.<br />

Quadro 5.4-7 – Áreas das regiões das diferentes classes de sensibilidade ambiental e<br />

respectivos percentuais<br />

Classe de Sensibilidade Área (ha) Percentual em relação à AII<br />

Baixa 78.952,7 80,8<br />

Média 8.489,3 8,7<br />

Alta 9.980,9 10,2<br />

Muito alta 326,2 0,3<br />

Total da AII 97.749,0 100<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-11 ABRIL/06


d. Recomendações<br />

Considerando a fase de implantação do empreendimento, recomenda-se que o controle no<br />

cumprimento das medidas preconizadas no Plano Ambiental para a Construção – PAC, a ser<br />

detalhado na fase de Projeto Básico Ambiental (PBA) e apresentado de maneira sumária na<br />

seção 7 deste <strong>EIA</strong>, seja feito com maior atenção quando as obras estiverem nos trechos entre<br />

o Km 64 e o Km 72. Esse intervalo apresenta uma grande quantidade de áreas com<br />

significativa ocupação humana e alta densidade demográfica. Em relação ao controle de<br />

erosão e ao risco geotécnico, também deve ser considerado prioritário, no planejamento de<br />

medidas emergenciais, o trecho entre o Km 3 e o Km 6. Adicionalmente, no trecho entre os<br />

Km 3 e 12 do traçado do empreendimento, cabem medidas especiais (campanhas educativas,<br />

diálogos diários de meio ambiente, instalação de placas de sinalização, etc.) em relação a<br />

recomendações para os trabalhadores, de cuidados em não interferir na fauna silvestre e nem<br />

na vegetação existente no entorno da faixa de servidão.<br />

Considerando a fase de operação do Gasoduto, recomenda-se especial atenção à infraestrutura<br />

de comunicação no apoio aos trabalhos de inspeção de faixa e infra-estrutura de<br />

atendimento a emergências em caso de acidente, nos trechos compreendidos entre o Km 45 e<br />

o Km 60, lembrando-se que, também nos trechos entre o Km 3 e o Km 9, seja incrementada a<br />

integração da PETROBRAS com os órgãos ambientais que administram as Unidades de<br />

Conservação atravessadas, ou seja o Parque Estadual da Serra do Mar, Área de Proteção<br />

Ambiental Federal, da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, Área de Proteção Ambiental<br />

Municipal da Serra do Jambeiro, Zona Especial de Proteção Ambiental do Cajuru e as Áreas<br />

de Interesse Conservacionista no município de Caçapava, e/ou outros órgãos, que estejam<br />

diretamente envolvidos em planos de atendimento a emergências nessas UCs existentes<br />

nesses trechos.<br />

5.4.4 MAPA DE PONTOS NOTÁVEIS<br />

No que se refere à Área de Influência Direta do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, ou seja,<br />

400m para cada lado da diretriz do traçado, foram identificados, além dos principais pontos de<br />

ocupação humana, os de cruzamento com rodovias e linhas de transmissão (LT) de energia de<br />

alta tensão e as travessias mais importantes.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-12 ABRIL/06


Nº<br />

1<br />

2<br />

3<br />

3A<br />

4<br />

4A<br />

Além desses pontos (Quadro 5.4-8), são ilustradas, no Mapa 14 – Pontos e Áreas Notáveis,<br />

apresentado no Anexo A do Volume 2/3, deste <strong>EIA</strong>, as interferências com cursos d’água, os<br />

trechos onde deverá ocorrer supressão de vegetação nativa (na faixa de servidão de 20m de<br />

largura), as áreas alagáveis e o ponto de encontro com a faixa existente de dutos.<br />

Os pontos e áreas notáveis são também locais sensíveis, no que diz respeito aos possíveis<br />

impactos ocasionados pela implantação, operação e desativação do empreendimento,<br />

conforme será analisado na Seção 6 deste documento – Identificação e Avaliação dos<br />

Impactos Ambientais.<br />

A seguir, são apresentados os principais pontos notáveis ao longo do traçado do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté que necessitam de cuidados e atenção especiais.<br />

Quadro 5.4-8 – Pontos Notáveis do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

UTGCA<br />

Válvula SDV – 01<br />

Caraguatatuba-SP<br />

Entrada do “túnel”<br />

Caraguatatuba-SP<br />

Saída do “túnel”<br />

Válvula SDV – 02<br />

Paraibuna-SP<br />

Área de vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Estrada do Seis<br />

Paraibuna-SP<br />

Área de vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

0<br />

7..383.998 N<br />

448.765 E<br />

2,90<br />

7.385.802 N<br />

446.260 E<br />

8,10<br />

7.388.081 N<br />

441.931 E<br />

8,10<br />

7.388.081 N<br />

441.931 E<br />

a<br />

13,50<br />

7.392.219 N<br />

439.638 E<br />

12,38<br />

7.391.430 N<br />

440.355 E<br />

14,11<br />

439.315 N<br />

7.392.682 E<br />

a<br />

14,70<br />

7.392.996 N<br />

438.946 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Área da Fazenda Serra Mar. Fazenda de pecuária,<br />

com 5000ha, onde será instalada a UTGCA.<br />

Grande área de Floresta Ombrófila Densa<br />

compacta, adjacente ao Parque Estadual da Serra<br />

do Mar.<br />

Local conhecido como Pavoeiro. Existem 4<br />

construções no lado direito do duto.<br />

Área com fragmento de Floresta Ombrófila<br />

Densa.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-13 ABRIL/06


Nº<br />

5<br />

5A<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

9 A<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

Ocupação humana<br />

Paraibuna-SP<br />

Área de vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Bairro Gibraltar<br />

Paraibuna-SP<br />

Bairro Cabeceira do Cedro<br />

Paraibuna-SP<br />

Cruzamento com rodovia Pref.<br />

Alfredo R. de Moura ( SP-088 )<br />

Paraibuna-SP<br />

Fazenda Bela Vista<br />

Paraibuna-SP<br />

Área de Vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Ocupação humana<br />

Paraibuna-SP<br />

Fazenda do Gaúcho<br />

Paraibuna-SP<br />

Fazenda Acarimocó<br />

Paraibuna-SP<br />

Sítio Primavera<br />

Paraibuna-SP<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

15,77<br />

7.393.682 N<br />

438.176 E<br />

16,11<br />

7.395.428 N<br />

437.465 E<br />

a<br />

17,98<br />

7.395.600 N<br />

437.512 E<br />

16,55<br />

7.394.360 N<br />

437.870 E<br />

17,38<br />

7.395.030 N<br />

437.435 E<br />

17,70<br />

7.395.336 N<br />

437.485 E<br />

19,20<br />

7.396.721 N<br />

437.889 E<br />

20,02<br />

7.397.632 N<br />

437.621<br />

a<br />

22,40<br />

7.399.652 N<br />

437.045 E<br />

21,48<br />

7.398.880 N<br />

437.514 E<br />

21,96<br />

7.399.290 N<br />

437.261 E<br />

23,36<br />

7.400.560 N<br />

436.692 E<br />

24,16<br />

7.401.334 N<br />

436.528 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Área com 7 construções no lado esquerdo e 5 no<br />

lado direito do duto.<br />

Pequeno fragmento de Floresta Ombrófila Densa<br />

adjacente ao ribeirão do Cedro.<br />

Propriedade com 5 construções do lado direito do<br />

duto.<br />

Existem 10 construções do lado esquerdo e 9 do<br />

lado direito do duto.<br />

Rodovia asfaltada, sem acostamento, no<br />

momento da visita, 1 carro a cada 3 minutos. No<br />

lado direito do duto 6 construções.<br />

Fazenda de aproximadamente 390ha. Criação de<br />

búfalos. No limite da AID LE, área de<br />

cascalheira utilizada pela prefeitura.<br />

Três partes de um grande fragmento de Floresta<br />

Ombrófila.<br />

Fazenda de 46ha. Existem 4 construções do lado<br />

esquerdo.<br />

Grande fazenda de recria de gado, A sede da<br />

fazenda está fora da AID. Adquiriram uma<br />

propriedade com 20ha, perfazendo com o sítio<br />

Primavera 220ha.<br />

Sítio com 70ha, adquirido pelo proprietário da<br />

Fazenda Acarimocó.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-14 ABRIL/06


Nº<br />

13A<br />

14<br />

15<br />

16<br />

16A<br />

17<br />

17A<br />

18<br />

19<br />

20<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

Área de Vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Bairro Lajeado<br />

Paraibuna-SP<br />

Bairro Varjão<br />

Paraibuna-SP<br />

Bairro Varjão<br />

Paraibuna-SP<br />

Área de Vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Bairro Espírito Santo<br />

Paraibuna-SP<br />

Válvula SDV – 03<br />

Paraibuna-SP<br />

Fazenda São José<br />

Paraibuna-SP<br />

Ocupação humana<br />

Paraibuna-SP<br />

Sítio São José<br />

Paraibuna-SP<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

24,16<br />

7.401.334 N<br />

436.528 E<br />

a<br />

24,70<br />

7.401.690 N<br />

436.214 E<br />

26,12<br />

7.402.793 N<br />

435.217 E<br />

27,16<br />

7.403.420 N<br />

434.381 E<br />

27,63<br />

7.403.721 N<br />

434.029 E<br />

28,15<br />

7.404.127 N<br />

433.772 E<br />

a<br />

28,74<br />

7.404.646 N<br />

433.463 E<br />

28,84<br />

7.404.737 N<br />

433.423 E<br />

29,52<br />

7.402.897 N<br />

435.115 E<br />

30,14<br />

7.405.919 N<br />

432.957 E<br />

32,53<br />

7.407.631 N<br />

431.413 E<br />

33,83<br />

7.408.680 N<br />

430.741 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Área com fragmento de Floresta Ombrófila<br />

Densa.<br />

Bairro rural conhecido como bairro Lajeado.<br />

Várias pequenas olarias. Existem 31 construções<br />

dentro da AID.<br />

Parte do bairro rural com cerca de 7 construções<br />

na AID.<br />

Parte do bairro rural com cerca de 17 construções<br />

na AID. Predomínio de chácaras.<br />

Área com fragmento de Floresta Ombrófila<br />

Densa.<br />

Incluindo o Sítio Magiropi, onde existe um<br />

galpão para os filhos da proprietária treinarem<br />

para competição de laço de bezerro. Existem 28<br />

construções na AID.<br />

Fazenda de aproximadamente 360ha. Na AID há<br />

24 construções, sendo que apenas 5 pertencem à<br />

fazenda.<br />

Com 8 construções do LD, a mais próxima a<br />

cerca de 70m.<br />

Propriedade com 15 construções, sendo 7 no lado<br />

esquerdo e 8 no lado direito.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-15 ABRIL/06


Nº<br />

20A<br />

21<br />

21A<br />

22<br />

23<br />

24<br />

24A<br />

25<br />

26<br />

27<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

Área de Vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Sítio Laranjeiras<br />

Paraibuna-SP<br />

Área de Vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Fazenda Santo Expedito<br />

Paraibuna-SP<br />

Sítio São Francisco/Sítio São José<br />

Paraibuna-SP<br />

Bairro do Salto<br />

Cruzamento com Estr. Mun. de Santa<br />

Branca<br />

Paraibuna-SP<br />

Área de Vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Fazenda São Pedro<br />

Paraibuna-SP<br />

Travessia de Braço do Reservatório de<br />

Santa Branca<br />

Paraibuna-SP<br />

Bairro Damião<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

34,62<br />

7.409.364 N<br />

430.411 E<br />

a<br />

36,50<br />

7.410.204 N<br />

429.060 E<br />

36,79<br />

7.410.329 N<br />

428.784 E<br />

37,10<br />

7.410.491 N<br />

428.549 N<br />

a<br />

37,30<br />

7.410.636 N<br />

428.397 E<br />

39,21<br />

7.412.320 N<br />

427.683 E<br />

40,00<br />

7.413.100 N<br />

427.410 E<br />

40,78<br />

7.413.744 N<br />

427.044 E<br />

41,10<br />

7.414.1008 N<br />

426.886 E<br />

a<br />

41,35<br />

7.414.279 N<br />

426.820 E<br />

41,91<br />

7.414.715 N<br />

426.478 E<br />

43,45<br />

7.415.490 N<br />

425.760 E<br />

43,48<br />

7.415.762 N<br />

425.392 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Área com fragmento de Floresta Ombrófila<br />

Densa.<br />

No LD da faixa, cerca de 6 construções sendo 1 a<br />

da proprietária da área, no LE 2 construções,<br />

estando a mais próxima a cerca de 70m da faixa,<br />

local conhecido como Morro Azul.<br />

Pequeno fragmento de Floresta Ombrófila Densa.<br />

Proprietário da área Sr. Pedro Magalhães. A<br />

fazenda está com uma grande área arrendada para<br />

a VCP-Votorantim, estão pagando mais ainda<br />

não plantaram. Fazenda com 190ha, 5<br />

construções na AID.<br />

Região de sítios, nas proximidades da Fazenda<br />

Santo Expedito, com 8 construções na AID.<br />

Ligação entre Paraibuna / Santa Branca; muito<br />

movimento de carretas em época de corte de<br />

eucalipto. LE da AID, 4 casas na mesma<br />

propriedade.<br />

Pequeno fragmento de Floresta Ombrófila Densa.<br />

Área da VCP, fazenda possui 3.340ha. No<br />

momento 400ha com 4 anos, faltando 1 para o<br />

corte. Na AID 3 construções com apenas 3<br />

moradores.<br />

Bairro com predominância de casas e sítios de<br />

veraneio. Existem no bairro 53 construções, das<br />

quais, apenas 10 são ocupadas permanentemente,<br />

com cerca de 30 moradores. Na AID, 15<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-16 ABRIL/06


Nº<br />

28<br />

29<br />

30<br />

30A<br />

31<br />

32<br />

32A<br />

33<br />

34<br />

35<br />

36<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Paraibuna-SP construções no lado esquerdo e 7 no lado direito.<br />

Travessia do Rio Paraíba do Sul<br />

Paraibuna-SP<br />

Ocupação humana<br />

Paraibuna-SP<br />

Fazenda Patizal<br />

Paraibuna-SP<br />

Área de Vegetação<br />

Paraibuna-SP<br />

Fazenda Brasil<br />

Jambeiro-SP<br />

Cruzamento com Rodovia dos<br />

Tamoios (SP-099 )<br />

Jambeiro-SP<br />

Válvula SDV – 04<br />

Jambeiro-SP<br />

Cruzamento com Linha de<br />

Transmissão<br />

Jambeiro-SP<br />

Bairro Canaã<br />

Jambeiro-SP<br />

Fazenda Brasil<br />

Jambeiro-SP<br />

Travessia do rio Capivari<br />

Jambeiro-SP<br />

45,83<br />

7.417.591 N<br />

424.405 E<br />

46,13<br />

7.417.839 N<br />

424.258 E<br />

47,92<br />

7.419.516 N<br />

423.968 E<br />

47,96<br />

7.419.572 N<br />

423.985 E<br />

a<br />

48,33<br />

7.419.949 N<br />

423.868 E<br />

49,86<br />

7.421.183 N<br />

423.251 E<br />

50,00<br />

7.421.290 N<br />

423.149 E<br />

50,54<br />

7.421.357 N<br />

423.129 E<br />

50,63<br />

7.421.772 N<br />

422.825 E<br />

50,76<br />

7.421.850 N<br />

422.713 E<br />

51,16<br />

7.422.180 N<br />

422.523 E<br />

51,69<br />

7.422.690 N<br />

422.392 E<br />

Área do Reservatório de Santa Branca.<br />

Fazenda com 468ha, sendo que 60ha foram<br />

vendidos para a VCP. Na AID, 14 construções.<br />

Pequeno fragmento de Floresta Ombrófila Densa.<br />

Fazenda com cerca de 304ha. No total há 77<br />

construções, todas dentro da AID, em um trecho<br />

de mais de 2km. O traçado do duto passará<br />

próximo à sede da fazenda. A área de produção<br />

da fazenda é dividida em duas partes, sendo uma<br />

basicamente para confinamento de suínos.<br />

Rodovia asfaltada, com 15m de largura, pista de<br />

mão dupla com intenso movimento de tráfego.<br />

Logo após a faixa do duto cruzar a rodovia SP-<br />

099.<br />

Bairro as margens da rodovia SP-099, com cerca<br />

de 20 construções no lado esquerdo da AID.<br />

Área de confinamento de suínos, com galpões e 3<br />

construções.<br />

Braço do reservatório de Santa Branca. O duto<br />

atravessará aproximadamente 100m de área<br />

alagada.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-17 ABRIL/06


Nº<br />

37<br />

38<br />

39<br />

40<br />

40A<br />

41<br />

41A<br />

41B<br />

42<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

Ocupação humana<br />

Jambeiro-SP<br />

Cruzamento com Linha de<br />

Transmissão<br />

Jambeiro-SP<br />

Bairro Capivari<br />

Jambeiro-SP<br />

Ocupação humana<br />

Jambeiro-SP<br />

Área de Vegetação<br />

Jambeiro-SP<br />

Fazenda Varadouro<br />

Jambeiro-SP<br />

Área de Vegetação<br />

Jambeiro-SP<br />

Área de vegetação<br />

Jambeiro-SP<br />

Cruzamento com Estrada do Cajuru<br />

Jambeiro-SP<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

51,76<br />

7.422.745 N<br />

422.355 E<br />

52,15<br />

7.423.088 N<br />

422.193 E<br />

52,88<br />

7.423.650 N<br />

422.591 E<br />

53,50<br />

7.424.241 N<br />

422.419 E<br />

54,17<br />

7.424.831 N<br />

422.149 E<br />

a<br />

54,55<br />

7.425.062 N<br />

421.857 E<br />

55,74<br />

7.426.218 N<br />

421.579 E<br />

55,74<br />

7.426.218 N<br />

421.579 E<br />

a<br />

55,82<br />

7.426.286 N<br />

421.531 E<br />

57,15<br />

7.427.531 N<br />

421.047 E<br />

a<br />

7.427.764 N<br />

420.852 E<br />

58,35<br />

7.427.953 N<br />

419.788 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Próximo às chácaras no bairro Capivari.<br />

Bairro composto por sítios e chácaras que servem<br />

de moradia ou veraneio. Na AID existem 26<br />

construções, sendo cerca de 12 com moradores<br />

permanentes.<br />

Área com fragmento de Floresta Ombrófila<br />

Densa.<br />

Pequenos fragmentos de Floresta Ombrófila<br />

Densa entremeando áreas de silvicultura.<br />

Fragmento de Floresta Ombrófila Densa<br />

adjacente à área de silvicultura.<br />

Estrada cascalhada com 8m de largura. Uma das<br />

ligações entre a Rodovia dos Tamoios (SP-099) e<br />

a Rodovia Carvalho Pinto (SP-070).<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-18 ABRIL/06


Nº<br />

43<br />

44<br />

45<br />

46<br />

47<br />

48<br />

49<br />

50<br />

51<br />

52<br />

53<br />

54<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

Fazenda São José<br />

São José dos Campos-SP<br />

Cruzamento com Linha de<br />

Transmissão<br />

São José dos Campos-SP<br />

Cruzamento com a Rodovia Carvalho<br />

Pinto (SP-070)<br />

São José dos Campos-SP<br />

Ocupação humana<br />

São José dos Campos-SP<br />

Região de Chácaras<br />

São José dos Campos-SP<br />

Ocupação humana (Sítios)<br />

São José dos Campos-SP<br />

Estrada Vicinal<br />

São José dos Campos-SP<br />

Bairro Santa Cecilia<br />

Granja Itambi<br />

São José dos Campos-SP<br />

Campos de São José (Parte baixa)<br />

São José dos Campos-SP<br />

Cruzamento com estrada de acesso<br />

Campos de São José<br />

São José dos Campos-SP<br />

Campos de São José (Parte Baixa)<br />

São José dos Campos-SP<br />

Encontro com faixa existente<br />

São José dos Campos-SP<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

58,56<br />

7.427.927 N<br />

419.785 E<br />

59,58<br />

7.428.516 N<br />

419.065 E<br />

59,88<br />

7.428.598 N<br />

418.803 E<br />

60,36<br />

7.428.946 N<br />

418.510 E<br />

60,95<br />

7.429.400 N<br />

418.150 E<br />

61,29<br />

7.429.632 N<br />

417.898 E<br />

61,89<br />

7.430.200 N<br />

417.731 E<br />

63,24<br />

7.431.331 N<br />

417.377 E<br />

63,92<br />

7.431.919 N<br />

417.125 E<br />

64,48<br />

7.432.347 N<br />

416.772 E<br />

64,70<br />

7.432.531 N<br />

416.649 E<br />

65,00<br />

7.432.799 N<br />

416.450 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Fazenda com 558ha ocupando uma grande área,<br />

até após o cruzamento com a rodovia Carvalho<br />

Pinto (SP-070). Nas proximidades olarias e<br />

pedreira na área da fazenda.<br />

Linha de transmissão de 500kV (Mogi das<br />

Cruzes-Cachoeira Paulista), nas proximidades da<br />

rodovia Carvalho Pinto (SP-070).<br />

Rodovia com pista dupla, com canteiro central<br />

gramado, cerca de 65m de largura com<br />

acostamento, intenso movimento de veículos.<br />

Com duas construções do lado esquerdo.<br />

Área localizada entre os bairros Ema II e Serrote,<br />

a 1km da Rodovia Carvalho Pinto. Pequenas<br />

culturas.<br />

Área com 21 construções na AID.<br />

Local de chácaras, com cerca de 50 propriedades.<br />

O Clube da Associação dos Empregados do<br />

Comércio de São José dos Campos – SEC, está<br />

localizado no limite da AID.<br />

O bairro é dividido em parte baixa e parte alta. A<br />

parte baixa conta com cerca de 33 construções na<br />

AID.<br />

Parte do bairro Campos de São José (parte<br />

baixa), com cerca de 340 construções na AID.<br />

Ponto onde o Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté,<br />

passará a compartilhar a faixa existente com o<br />

GASPAL e o OSRIO até Taubaté, e com o<br />

OSVAT até a REVAP (580m).<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-19 ABRIL/06


Nº<br />

55<br />

55A<br />

56<br />

57<br />

58<br />

59<br />

60<br />

61<br />

62<br />

63<br />

64<br />

65<br />

66<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

Campos de São José (Parte Alta)<br />

São José dos Campos-SP<br />

Válvula SDV – 05<br />

São José dos Campos-SP<br />

Cruzamento com estrada do Cajuru<br />

São José dos Campos-SP<br />

Travessia do ribeirão Cajuru<br />

São José dos Campos-SP<br />

Ocupação humana<br />

São José dos Campos-SP<br />

Bairro Nova Esperança<br />

São José dos Campos-SP<br />

Av. Nelson Alves<br />

São José dos Campos-SP<br />

Bairro Boa Esperança<br />

São José dos Campos-SP<br />

Travessia do rio Pararangaba<br />

São José dos Campos-SP<br />

Bairro Santa Lúcia<br />

São José dos Campos-SP<br />

Bairro Portal do Céu<br />

São José dos Campos-SP<br />

Cruzamento com a Estrada do<br />

Quebra-Eixo ou Av. Central<br />

São José dos Campos-SP<br />

Bairro Capão Grosso<br />

São José dos Campos-SP<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

65,64<br />

7.433.232 N<br />

416.862 E<br />

65,78<br />

7.433.374 N<br />

416.956 E<br />

66,28<br />

7.433.592 N<br />

417.358 E<br />

66,62<br />

7.433.552 N<br />

417.688 E<br />

67,63<br />

7.433.567 N<br />

418.696 E<br />

68,89<br />

7.433.600 N<br />

419.952 E<br />

69,56<br />

7.433.975 N<br />

420.508 E<br />

69,82<br />

7.434.102 N<br />

420.748 E<br />

70,05<br />

7.434.286 N<br />

420.888 E<br />

70,82<br />

7.434.520 N<br />

421.000 E<br />

71,05<br />

7.434.960 N<br />

421. 620 E<br />

71,33<br />

7.435.148 N<br />

421.811 E<br />

71,67<br />

7.435.450 N<br />

422.000 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Campos de São José parte alta com<br />

aproximadamente 378 construções na AID.<br />

Nas proximidades, cerca de 60 construções entre<br />

sítios e chácaras na AID.<br />

Área com 19 construções na AID.<br />

Bairro densamente povoado, com construções de<br />

variados padrões construtivos, de alvenaria<br />

simples até alto padrão. Trecho da faixa existente<br />

começando na rua Dr. Vitor Machado de<br />

Carvalho na parte superior, seguindo até Av.<br />

Nélson Alves na parte inferior.<br />

Principal ligação entre o bairro Novo Horizonte e<br />

os bairros da periferia.<br />

Após cruzar a Av. Nélson Alves, passam a<br />

chamar Boa Esperança. Existe aproximadamente<br />

125 construções na AID.<br />

Cerca de 161 construções de alvenaria simples.<br />

Segundo informações do Pres. da Associação dos<br />

Amigos de Bairros (residente no bairro Santa<br />

Lúcia), no entorno estão os bairros Bom Retiro e<br />

Santa Rita.<br />

Bairro localizado entre os bairros de Santa Lúcia<br />

e Capão Grosso, co cerca de 42 construções na<br />

AID.<br />

Limite com os bairros Portal do Céu e Majestic,<br />

com cerca de 77 construções de alvenaria simples<br />

na AID.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-20 ABRIL/06


Nº<br />

67<br />

68<br />

69<br />

70<br />

71<br />

72<br />

73<br />

74<br />

75<br />

76<br />

77<br />

78<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

“Ecossistema” – Depósito de lixo<br />

industrial<br />

São José dos Campos-SP<br />

Cruzamento com Estrada Municipal<br />

Joel de Paula<br />

São José dos Campos-SP<br />

Bairro Iguamerim<br />

Caçapava-SP<br />

Bairro Iguamerim ( Chácaras)<br />

Caçapava-SP<br />

Estrada Municipal Antonio Januzi<br />

Caçapava-SP<br />

Santo Antonio do Iguamerim<br />

Caçapava-SP<br />

Cruzamento com Rodovia João do<br />

Amaral Gurgel (SP-103)<br />

Caçapava-SP<br />

Sítio Cnaves<br />

Caçapava-SP<br />

Bairro Tijuco Preto<br />

Caçapava-SP<br />

Cruzamento com Rodovia Carvalho<br />

Pinto (SP-070)<br />

Caçapava-SP<br />

Estrada da Mina<br />

Caçapava-SP<br />

Localidade de Borda da Mata<br />

Caçapava-SP<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

72,80<br />

7.436.264 N<br />

422.731 E<br />

73,04<br />

7.436.404 N<br />

422.939 E<br />

73,72<br />

7.436.698N<br />

423.549 E<br />

74,09<br />

7.436.907 N<br />

423.821 E<br />

74,25<br />

7.437.034 N<br />

423.915 E<br />

74,96<br />

7.437.246 N<br />

424.600 E<br />

76,50<br />

7.437.849 N<br />

425.958 E<br />

77,79<br />

7.438.414 N<br />

427.152 E<br />

78,37<br />

7.438.414 N<br />

427.152 E<br />

79,08<br />

7.438.788 N<br />

428.411 E<br />

79,82<br />

7.439.244 N<br />

429.001 E<br />

80,90<br />

7.439.729 N<br />

429.974 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Nas proximidades um retificador do GASPAL.<br />

Cerca de 18 construções na AID, 6 no lado<br />

esquerdo e 10 no lado direito.<br />

Cerca de 20 construções na AID, 8 no lado<br />

esquerdo e 12 no lado direito.<br />

Cerca de 17 construções na AID.<br />

Na AID 32 construções, com 11 no lado<br />

esquerdo e 21 no lado direito.<br />

Rodovia asfaltada com 10m de largura, sem<br />

acostamento, com médio movimento de tráfego.<br />

Liga Caçapava a Rodovia Carvalho Pinto.<br />

Propriedade com galpões de granja. Casa sendo<br />

construída próximo à faixa.<br />

Bairro rural composto por chácaras e sítios.<br />

Cerca de 29 construções na AID.<br />

Rodovia com pista dupla, canteiro central<br />

gramado, cerca de 65m de largura com<br />

acostamento, intenso movimento de tráfego. O<br />

cruzamento se dá próximo a praça de pedágio.<br />

Lado direito da faixa, fábrica de blocos de<br />

concreto “Pavibloco” e do lado esquerdo Chácara<br />

Borda da Mata.<br />

Bairro rural com 6 construções na AID, estando<br />

uma a cerca de 80m da faixa.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-21 ABRIL/06


Nº<br />

79<br />

79A<br />

80<br />

81<br />

82<br />

83<br />

84<br />

85<br />

86<br />

87<br />

88<br />

PONTOS E ÁREAS NOTÁVEIS DO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA/TAUBATÉ<br />

Cruzamento de estrada vicinal<br />

Caçapava-SP<br />

Válvula SDV – 06<br />

Caçapava-SP<br />

Sitio São Geraldo<br />

Caçapava-SP<br />

Cruzamento com estrada vicinal e<br />

Linha de transmissão<br />

Caçapava-SP<br />

Cruzamento com estrada vicinal<br />

Caçapava-SP<br />

Caçapava Velha<br />

Caçapava-SP<br />

Ocupação humana<br />

Taubaté-SP<br />

Gasoduto Campinas-Rio de Janeiro<br />

Taubaté-SP<br />

Estrada Municipal do Barreiro<br />

Taubaté-SP<br />

Ocupação humana<br />

Taubaté-SP<br />

Futura Estação de Compressão de<br />

Taubaté<br />

Válvula SDV –07<br />

Taubaté-SP<br />

Legenda – LD: lado direito; LE: lado esquerdo<br />

VCP = Votorantim<br />

AID = Área de Influência Direta<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

LOCAÇÃO DO DUTO<br />

Km e UTM<br />

81,22<br />

7.439.931 N<br />

430.206 E<br />

81,33<br />

7.439.996 N<br />

430.297 E<br />

83,84<br />

7.439.905 N<br />

432.629 E<br />

84,80<br />

7.441.309 N<br />

433.477 E<br />

85,60<br />

7.441.707 N<br />

434.183 E<br />

87,24<br />

7.442.790 N<br />

435.332 E<br />

88,50<br />

7.443.338 N<br />

436.503 E<br />

91,45<br />

7.444.540 N<br />

439.800 E<br />

92.38<br />

7.445.162 N<br />

439.812E<br />

93,10<br />

7.445.680N<br />

440.281E<br />

94.10<br />

7.445.926 N<br />

441.127 E<br />

ANÁLISE AMBIENTAL<br />

INTEGRADA<br />

OBSERVAÇÕES<br />

Local da válvula V-10 do GASPAL. No LD<br />

dentro da AID, Pesqueiro Primavera (sem<br />

atividade) e 1 casa próxima a cerca de 80m, com<br />

3 moradores.<br />

Com 5 construções no lado esquerdo da AID.<br />

Ponto de cruzamento da LT com a faixa de duto,<br />

na estrada vicinal que liga o Bairro da Germana à<br />

Caçapava-Velha.<br />

Cerca de 25 construções próximo ao limite da<br />

faixa no lado esquerdo da AID. Limite com área<br />

de eucaliptos da VCP.<br />

Cerca de 15 construções próximo ao limite da<br />

faixa no lado esquerdo da AID. Limite com a<br />

área de eucaliptos da VCP.<br />

Ponto de encontro com a faixa do Gasoduto<br />

Campinas-Rio de Janeiro.<br />

Rodovia asfaltada, com médio movimento de<br />

tráfego, sem acostamento, junto ao retificador R-<br />

7 do GASPAL. Local onde está sendo construída<br />

uma pousada.<br />

Cerca de 10 construções na AID, com 4 no lado<br />

esquerdo e 6 no lado direito.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

5.4-22 ABRIL/06


UNIDADES<br />

AMBIENTAIS DE<br />

ANÁLISE<br />

I - Ambientes<br />

Preservados<br />

II - Ambientes<br />

Agrícolas<br />

III - Ambientes<br />

Degradados, Rurais e<br />

Urbanos<br />

CARACTERÍSTICAS<br />

SUBUNIDADES<br />

FÍSICAS BIÓTICAS<br />

SOCIOECONÔMICAS<br />

RELEVO, SOLOS E EROSÃO FLORA E FAUNA PRINCIPAIS NÚCLEOS POPULACIONAIS ATIVIDADE ECONÔMICA<br />

Em sua maioria situados (Ambientes Correspondendo a 15% da AID, os fragmentos abrigam<br />

Excetuando-se eventuais retiradas clandestinas de<br />

Preservados) nos limites do PESM, espécies da fauna e da flora de alto valor ecológico, que em<br />

madeira e lenha, não há nenhuma atividade<br />

ocorrem em relevo forte ondulado, conjunto resultam em elevada riqueza. Nesses fragmentos de<br />

econômica convencional nessas áreas.<br />

Mata Atlântica<br />

ocorrendo também em áreas montanhosas Floresta, em estádios médio e avançado de regeneração, por<br />

e escarpadas. São terras de vezes, encontram-se espécies raras e vulneráveis da flora, como<br />

suscetibilidade à erosão extremamente camboatá, palmito, caiapiá, abutua, soroca, bromélias; e da<br />

forte e propensos a movimentos de fauna, espécies como suçuarana, mão-pelada, anta, araponga,<br />

massa.<br />

corocochó, papagaio-verdadeiro, além de<br />

morcego.<br />

duas espécies de<br />

Silvicultura<br />

Pastagens<br />

Área Rural com<br />

Baixa Densidade<br />

de Ocupação<br />

Área Rural com<br />

Média Densidade<br />

de Ocupação<br />

Áreas Urbanas e<br />

de Periferia<br />

Urbana<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Plantios de eucalipto e pínus, em terras Essas culturas de espécies exóticas, também manejadas com<br />

com relevo de ondulado a montanhoso, regularidade. Apesar de ser uma área de baixa diversidade<br />

de suscetibilidade à erosão de ligeira a faunística, abriga espécies de ambientes florestados,<br />

forte. Essas áreas também são aptas para principalmente roedores e aves, que utilizam reflorestamentos<br />

cultivos anuais desenvolvidos na região, como áreas de descanso .<br />

Alguns povoados que abrigam populações de trabalhadores rurais e pequenos proprietários.<br />

como milho, por exemplo.<br />

Em sua maioria, ocupam terras de baixo Dominam gramíneas invasoras, como Brachiaria, Paspalum,<br />

a médio nível de fertilidade natural, em Pennisetum e Andropogon , podendo estar associadas a<br />

relevo variável, de plano, suave ondulado espécies de ervas e subarbustos. Oferecem à fauna associada<br />

a ondulado. A suscetibilidade à erosão ambiente para abrigo, alimentação e reprodução.<br />

dessas terras varia de moderada a forte.<br />

Alguns povoados que abrigam populações de trabalhadores rurais e pequenos proprietários.<br />

Nessas áreas predominam plantios de café, miho e<br />

feijão, encontrando-se áreas de reflorestamento<br />

com eucalipto.<br />

Lavouras de milho, feijão, cana-de-açúcar e<br />

pastagens.<br />

São áreas em relevo plano e suave Abrigam espécies adaptadas a áreas alteradas com poucos Sítio em Paraibuna; Hotel-Fazenda Vale do Cedro; Fazenda São Joaquim; Fazenda Bela Vista; Sítio Predominam atividades agropecuárias e, em termos<br />

ondulado que se prestam ao cultivo de requisitos ambientais. Ex: pequenos roedores, gambá, Santo Antônio; Sítio do Louro; Fazenda do Gaúcho; Fazenda Acarimoco; Sítio Primavera; Fazenda de ocupação espacial, fazendas e sítios. Os plantios<br />

lavouras anuais, bem como de frutíferas coleirinho, tico-tico, quero-quero, sapos e rãs.<br />

São José; Fazenda Maria Aparecida; Sítio São José; Sítio Laranjeira; Fazenda Santo Expedito; de eucalipto também ocupam áreas significativas.<br />

climaticamente adaptadas.<br />

Sítios São Francisco/São José; Bairro do Santo; Fazenda São Pedro; Fazenda Patizal; Fazenda São Em menor quantidade, áreas agrícolas ligadas a<br />

José.<br />

pequena produção de hortigranjeiros também são<br />

encontradas.<br />

São áreas em relevo plano e suave É comum encontrarem-se espécies sinantrópicas (aquelas que Fazenda Serra Mar; bairro do Lajeado; bairro do Varjão; bairro Espírito Santo; bairro Damião; Predominam a agricultura de subsistência e a<br />

ondulado que se prestam ao cultivo de acompanham a presença do homem). Ex: pequenas hortas, Fazenda Brasil; bairro Capivari; região de chácaras e sítios no entorno do Km 62; bairro Santo pecuária em grande escala, devido à venda de gado<br />

lavouras anuais, bem como de frutíferas morcegos, lagartixas, quero-quero, gavião-carijó, tico-tico, Antônio do Iguamerim; sítio Chaves e bairro Borda da Mata.<br />

de corte pela Fazenda Serra Mar.<br />

climaticamente adaptadas.<br />

sapos, rãs e pequenos roedores.<br />

São áreas em relevo variável, na maioria,<br />

plano.<br />

Quadro-Síntese da Análise Ambiental Integrada<br />

Assim como no item anterior, abriga espécies sinantrópicas. Bairro Campo de São José; bairro Nova Esperança; bairro Boa Esperança; bairro Santa Lúcia; A economia é baseada principalmente em unidades<br />

bairro Portal do Céu; bairro Capão Grosso; bairro Caçapava Velha e bairro do Barreiro.<br />

de comércio e de serviços, atendendo à população<br />

local.<br />

ANÁLISE INTEGRADA<br />

5.4-23<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

ABRIL DE 2006


6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS<br />

AMBIENTAIS<br />

6.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS<br />

A identificação e a avaliação dos impactos ambientais levaram em conta as principais<br />

interferências do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté na região e sua repercussão nos diversos<br />

elementos ambientais. Ao final desta seção, apresenta-se a Matriz–Síntese de Impactos, na<br />

qual são identificados os impactos propriamente ditos, os meios comprometidos (físico,<br />

biótico ou antrópico) e indicadas as medidas mitigadoras e compensatórias (para impactos<br />

negativos) e/ou potencializadoras (para impactos positivos), bem como a localização da<br />

ocorrência de cada impacto.<br />

O primeiro passo para a elaboração dessa Matriz de Impactos foi a identificação das ações do<br />

empreendimento que pudessem causar alterações nos recursos naturais e na socioeconomia<br />

nas suas Áreas de Influência. Para tanto, foi desenvolvido um processo que permitiu<br />

identificar e avaliar cada ação que, potencialmente, causaria impacto sobre os diferentes<br />

recursos, ponderando-se, dentre outros aspectos: duração, magnitude, importância,<br />

significância, reversibilidade e características espaciais. Sob esse enfoque, os diferentes<br />

fatores operacionais de implantação e operação foram então examinados. Particularmente,<br />

quanto ao aspecto construtivo, foram considerados os resultados positivos de experiências já<br />

adquiridas pela PETROBRAS — Gasoduto Bolívia–Brasil (GASBOL), Gasoduto<br />

Uruguaiana–Porto Alegre (GASUP), Oleoduto São Paulo–Brasília (OSBRA), Gasoduto<br />

Cacimbas–Vitória, Gasoduto Campinas–Rio de Janeiro, dentre outros — no que se refere a<br />

um efetivo controle ambiental das obras através de um Plano Ambiental para a Construção –<br />

PAC, a ser implementado no âmbito de um eficiente Sistema de Gestão Ambiental.<br />

O segundo passo para a confecção da citada matriz foi o desenvolvimento de uma<br />

metodologia para identificar os recursos ou ambientes que poderão ser afetados pelas ações de<br />

implantação e operação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté. Para tal, tomou-se como base a<br />

proposta de uma matriz do tipo Leopold modificada.<br />

A relação entre as ações operacionais e os fatores ambientais é de causa e efeito, mas nem<br />

sempre é fácil detectá-la. O objetivo, então, foi enfocar as diferentes ações de implantação e<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-1 ABRIL / 2006


operação e examinar a natureza dos fatores ambientais existentes, de forma a melhor<br />

identificar os impactos. A partir desse conjunto de informações, definiram-se as medidas<br />

mitigadoras adequadas, objetivando evitar ou minimizar qualquer potencial impacto adverso,<br />

e medidas potencializadoras, visando maximizar os efeitos dos impactos considerados<br />

positivos.<br />

O levantamento e a identificação das atividades e parâmetros ambientais significativos foram<br />

realizados por uma equipe multidisciplinar formada por técnicos especializados nas áreas de<br />

Engenharia e de Meio Ambiente. Para tanto, foi utilizada, principalmente, a longa experiência<br />

adquirida pela consultora, em conjunto com os empreendedores, no gerenciamento ambiental<br />

de projetos lineares, notadamente do Gasoduto Bolívia–Brasil (3.150km), atravessando cerca<br />

de 2.650km de cinco estados brasileiros (MS, SP, PR, SC e RS), do Gasoduto Campinas–Rio<br />

de Janeiro, das Linhas de Transmissão 525kV Garabi–Itá, Fase I e Fase II, na Região Sul do<br />

Brasil, da LT 525kV Londrina–Araraquara (PR e SP), das LTs 500kV Samambaia–Itumbiara<br />

(DF, GO e MG), Samambaia–Emborcação (DF, GO e MG) e Itumbiara–Marimbondo (MG),<br />

e das LTs 500kV Xingó–Angelim e 230kV Angelim–Campina Grande, na Região Nordeste,<br />

dentre outros empreendimentos.<br />

Com base nos possíveis impactos identificados, essa equipe realizou uma análise intensiva e,<br />

em conjunto, elaborou a matriz já mencionada, na qual cada impacto identificado e<br />

classificado foi mapeado de acordo com sua localização.<br />

6.2 ASPECTOS METODOLÓGICOS<br />

A identificação e a avaliação dos impactos incluiu três etapas:<br />

• Etapa 1 – correlação entre cada uma das atividades impactantes previstas com os<br />

respectivos fatores ambientais afetados;<br />

• Etapa 2 – identificação dos impactos ambientais significativos;<br />

• Etapa 3 – avaliação e descrição do impacto, tendo como destaques os critérios de<br />

magnitude, importância e significância.<br />

Os critérios adotados e aplicados na confecção da Matriz de Impactos são descritos a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-2 ABRIL / 2006


Natureza<br />

Indica se o impacto resulta em efeitos benéficos/positivos (POS) ou adversos/negativos<br />

(NEG) sobre os aspectos ambientais.<br />

Forma<br />

Como se manifesta o impacto, ou seja, se é um impacto direto (DIR), decorrente de uma ação<br />

do projeto, ou se é um impacto indireto (IND), decorrente do impacto principal (por exemplo,<br />

impactos com efeitos no solo e posteriormente nos cursos d´água).<br />

Abrangência<br />

Indica os impactos cujos efeitos se fazem sentir localmente (LOC), nas imediações da<br />

atividade, ou que podem afetar áreas geográficas mais abrangentes, Regional (REG), ou ainda<br />

quando possuem uma característica Estratégica (EST), com abrangência em âmbito nacional.<br />

Os impactos amplos sobre os ecossistemas são classificados como regionais.<br />

Temporalidade<br />

Diferencia os impactos segundo os que se manifestam imediatamente após a ação impactante,<br />

a curto prazo (CP), e aqueles cujos efeitos só se fazem sentir após decorrer um período de<br />

tempo em relação à sua causa a curto prazo (CP), médio prazo (MP) ou longo prazo (LP).<br />

Duração<br />

Divide os impactos em permanentes (PER), temporários (TEM) ou cíclicos (CIC), ou seja,<br />

aqueles cujos efeitos manifestam-se indefinidamente, durante um período de tempo<br />

determinado ou cíclico, podendo ocorrer sazonalmente.<br />

Reversibilidade<br />

Classifica os impactos segundo aqueles que, depois de manifestados seus efeitos, são<br />

irreversíveis (IRR) ou reversíveis (REV). Permite identificar que impactos poderão ser<br />

integralmente evitados/neutralizados ou poderão apenas ser mitigados ou compensados.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-3 ABRIL / 2006


Magnitude<br />

Refere-se ao grau de incidência de um impacto sobre o fator ambiental, em relação ao<br />

universo deste. A magnitude está relacionada à dimensão do impacto, podendo ser grande<br />

(GDE), média (MED) ou pequena (PEQ), segundo a intensidade de transformação da situação<br />

preexistente do fator ambiental impactado. No quadro a seguir, apresentam-se os principais<br />

critérios de classificação da magnitude para cada elemento de análise (meios físico, biótico e<br />

antrópico).<br />

Quadro 6-1 - Critérios utilizados na classificação da magnitude dos impactos<br />

MAGNITUDE IMPACTOS NA BIOTA<br />

Pequena<br />

Média<br />

• Acidentes<br />

localizados e<br />

pontuais com<br />

elementos da fauna<br />

associada a<br />

ambientes abertos,<br />

não exigentes em<br />

termos ambientais.<br />

• Desmatamento de<br />

pequenas áreas de<br />

formações<br />

florestais<br />

secundárias, sem<br />

fragmentação de<br />

remanescentes<br />

adjacentes à faixa.<br />

• Possibilidade de<br />

morte por acidente<br />

ou por pressão de<br />

caça de indivíduos<br />

da fauna de<br />

vertebrados,<br />

excluindo-se<br />

espécies raras ou<br />

ameaçadas de<br />

extinção.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO<br />

FÍSICO<br />

• Indução localizada de<br />

processos erosivos.<br />

• Interferência em áreas<br />

requeridas para<br />

exploração mineral, ainda<br />

em fase de pesquisa ou de<br />

licenciamento, sem<br />

atividade de exploração.<br />

• Temporária e pequena<br />

mudança na morfologia<br />

dos rios.<br />

• Pequena e localizada<br />

mudança nos parâmetros<br />

de qualidade das águas,<br />

de forma temporária.<br />

• Indução de processos<br />

erosivos localizada,<br />

distribuída em diversos<br />

pontos ao longo da faixa.<br />

• Interferência em áreas<br />

requeridas para<br />

exploração mineral em<br />

fase de concessão de<br />

lavra em atividade, sem<br />

interferência na frente de<br />

lavra.<br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

IMPACTOS<br />

SOCIOECONÔMICOS<br />

• Pequena oferta de<br />

empregos diretos.<br />

• Pequena pressão sobre a<br />

infra-estrutura existente.<br />

• Interferência pequena,<br />

mas permanente, nos<br />

cultivos de culturas de<br />

ciclo anual, perenes e<br />

semiperenes.<br />

• Pequena interferência no<br />

cotidiano da população.<br />

• Benefício financeiro<br />

pequeno e restrito a<br />

poucos municípios<br />

atravessados, durante a<br />

fase de obras.<br />

• Média oferta de<br />

empregos.<br />

• Interferência moderada<br />

e permanente nos cultivos<br />

de culturas anuais,<br />

perenes e semiperenes.<br />

• Média pressão sobre a<br />

infra-estrutura existente.<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-4 ABRIL / 2006


MAGNITUDE IMPACTOS NA BIOTA<br />

Média<br />

Grande<br />

Importância<br />

• Desmatamento de<br />

extensas áreas<br />

ocupadas por<br />

formações<br />

florestais<br />

secundárias,<br />

gerando algum grau<br />

de fragmentação e<br />

isolamento de<br />

remanescentes.<br />

• Possibilidade de<br />

morte por acidente<br />

ou por pressão de<br />

caça de espécie rara<br />

ou ameaçada de<br />

extinção.<br />

• Perda de hábitats<br />

de elementos da<br />

fauna rara ou<br />

ameaçada de<br />

extinção.<br />

• Desmatamento<br />

significativo de<br />

áreas ocupadas por<br />

formações<br />

florestais em bom<br />

estado de<br />

conservação,<br />

isolando grandes<br />

áreas de matas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO<br />

FÍSICO<br />

• Mudança na morfologia<br />

dos rios localizada nas<br />

proximidades de sua<br />

travessia pelo Gasoduto.<br />

• Média alteração nos<br />

parâmetros de qualidade<br />

das águas, manifestada de<br />

forma temporária.<br />

• Indução de processos<br />

erosivos extensos ao<br />

longo da faixa.<br />

• Interferência em áreas<br />

requeridas para<br />

exploração mineral em<br />

fase de concessão de<br />

lavra em atividade,<br />

provocando impactos na<br />

frente de lavra que<br />

inviabilizem a<br />

continuidade da<br />

atividade.<br />

• Mudança na morfologia<br />

dos rios significativa,<br />

provocando alterações<br />

permanentes em extensas<br />

áreas.<br />

• Grande alteração nos<br />

parâmetros de qualidade<br />

das águas, manifestada de<br />

forma temporária.<br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

IMPACTOS<br />

SOCIOECONÔMICOS<br />

• Média interferência no<br />

cotidiano da população.<br />

• Benefício financeiro<br />

pequeno, mas amplo, a<br />

vários municípios<br />

cruzados pelo<br />

empreendimento durante<br />

a fase de obras.<br />

• Criação de um grande<br />

número de empregos.<br />

• Interferência forte e<br />

permanente nos cultivos<br />

de culturas perenes e<br />

semiperenes.<br />

• Demanda de criação de<br />

nova infra-estrutura.<br />

• Grande interferência no<br />

cotidiano da população.<br />

• Benefício financeiro<br />

representativo e amplo a<br />

vários municípios<br />

cruzados pelo<br />

empreendimento durante<br />

a fase de obras.<br />

Refere-se ao grau de interferência do impacto ambiental sobre diferentes fatores ambientais,<br />

estando relacionada estritamente com a relevância da perda ambiental. Ela é grande (GDE),<br />

média (MED) ou pequena (PEQ), na medida em que tenha maior ou menor influência sobre o<br />

conjunto da qualidade ambiental local (Quadro 6-2).<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-5 ABRIL / 2006


Quadro 6-2 - Critérios utilizados na classificação da importância dos impactos<br />

IMPORTÂNCIA IMPACTOS NA BIOTA<br />

Pequena<br />

Média<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

• A fauna afetada é<br />

composta por<br />

elementos<br />

generalistas com<br />

ocorrência ampla<br />

no território<br />

nacional.<br />

• As formações<br />

florestais afetadas<br />

já se encontram<br />

degradadas ou com<br />

alto grau de<br />

isolamento.<br />

• A fauna afetada é<br />

significativa para a<br />

região, mas não<br />

envolve espécies<br />

endêmicas, raras ou<br />

ameaçadas de<br />

extinção.<br />

• Os remanescentes<br />

florestais afetados<br />

não possuem<br />

expressão<br />

ecológica, mas<br />

representam parcela<br />

significativa dos<br />

remanescentes da<br />

região.<br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO<br />

FÍSICO<br />

• Possíveis induções de<br />

processos erosivos não<br />

alteram a situação da<br />

área.<br />

• Os recursos minerais<br />

afetados não possuem<br />

significativo valor<br />

econômico ou estratégico.<br />

• Os recursos hídricos<br />

existentes já se encontram<br />

degradados.<br />

• A indução de processos<br />

erosivos e de<br />

instabilidade de encostas<br />

é pontual, mas<br />

expressiva.<br />

• Os recursos minerais<br />

afetados não possuem<br />

valor econômico ou<br />

estratégico, mas<br />

representam um<br />

importante recurso para a<br />

região.<br />

• A interferência com<br />

recursos hídricos é<br />

pequena. Entretanto,<br />

encontram-se bem<br />

degradados, apesar de<br />

importantes.<br />

• As mudanças nos<br />

parâmetros de qualidade<br />

das águas, apesar de<br />

pequenas, são<br />

significativas para a<br />

região (importantes<br />

reservas para<br />

abastecimento).<br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-6 ABRIL / 2006<br />

IMPACTOS<br />

SOCIOECONÔMICOS<br />

• As alterações na oferta<br />

de empregos são<br />

insignificantes para a<br />

região.<br />

• A pressão sobre a infraestrutura<br />

já existente é<br />

insignificante.<br />

• As interferências com as<br />

atividades agropecuárias<br />

são insignificantes.<br />

• As interferências no<br />

cotidiano da população<br />

são insignificantes.<br />

• As interferências com as<br />

atividades econômicas<br />

são insignificantes.<br />

• Os benefícios com a<br />

arrecadação de impostos<br />

representam pouco na<br />

receita média municipal.<br />

• A criação de empregos<br />

tem uma importância<br />

média para a região.<br />

• As interferências com as<br />

atividades agropecuárias<br />

são pontuais, mas<br />

significativas para a<br />

região.<br />

• A pressão sobre a infraestrutura<br />

existente é<br />

pequena, mas a região<br />

não tem possibilidade<br />

de atendê-la.<br />

• As interferências no<br />

cotidiano da população<br />

são significativas, mas<br />

localizadas.<br />

• As interferências com as<br />

atividades econômicas<br />

têm uma importância<br />

média para a região.<br />

• Os benefícios com a<br />

arrecadação de impostos<br />

possuem certa<br />

representação na receita<br />

média do município.


IMPORTÂNCIA IMPACTOS NA BIOTA<br />

Grande<br />

Significância<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

• A fauna afetada é<br />

endêmica, rara ou<br />

ameaçada de<br />

extinção.<br />

• Os remanescentes<br />

florestais afetados<br />

são importantes<br />

hábitats de<br />

elementos da fauna<br />

rara e ameaçada de<br />

extinção.<br />

• As formações<br />

florestais afetadas<br />

são importantes<br />

remanescentes para<br />

a região.<br />

IMPACTOS SOBRE O MEIO<br />

FÍSICO<br />

• A conseqüência da<br />

indução de processos<br />

erosivos para a região é<br />

significativa, com<br />

reflexos na economia<br />

local.<br />

• Os recursos minerais<br />

afetados têm alto valor<br />

econômico e/ou<br />

estratégico.<br />

• Os recursos hídricos<br />

afetados são de grande<br />

importância e encontramse<br />

em boas condições de<br />

preservação.<br />

• A qualidade das águas<br />

passíveis de serem<br />

afetadas é boa e<br />

estratégica (manancial<br />

para abastecimento<br />

humano, por exemplo).<br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-7 ABRIL / 2006<br />

IMPACTOS<br />

SOCIOECONÔMICOS<br />

• A criação de empregos é<br />

de grande significado<br />

para a região.<br />

• A infra-estrutura<br />

existente não comporta<br />

o adicional da mão-deobra<br />

contratada,<br />

demandando a<br />

instalação de novos<br />

equipamentos.<br />

• As interferências com<br />

os cultivos e/ou com a<br />

pecuária são<br />

significativas para a<br />

economia da região.<br />

• As interferências no<br />

cotidiano da população<br />

representam mudanças<br />

significativas no modo de<br />

vida da população<br />

afetada.<br />

• As atividades<br />

econômicas afetadas são<br />

de grande importância<br />

para a região.<br />

• Os benefícios com a<br />

arrecadação de impostos<br />

possuem grande<br />

representação na receita<br />

média do município.<br />

Segundo o Quadro 6-3, apresentado a seguir, a significância pode ser classificada em três<br />

graus de impactos, de acordo com a combinação dos níveis de magnitude e importância, ou<br />

seja, o impacto pode ser pouco significativo (PS), significativo (S) e muito significativo (MS).


Quadro 6-3 - Classificação da significância dos impactos potenciais<br />

Importância<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Magnitude<br />

Grande Média Pequena<br />

Grande MS MS S<br />

Média MS S PS<br />

Pequena S PS PS<br />

Legenda: MS - Muito Significativo; S - Significativo e PS - Pouco Significativo<br />

6.3 IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS INTERFACES ENTRE O MEIO<br />

AMBIENTE E O PROJETO<br />

As principais atividades/ações associadas à instalação, operação e desativação do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté, como apresentado na seção 2 deste <strong>EIA</strong>, capazes de gerar impactos,<br />

são listadas a seguir.<br />

6.3.1 Implantação<br />

a. Pré-instalação<br />

• Levantamentos topográficos.<br />

• Mobilização de equipamentos.<br />

• Mobilização da mão-de-obra.<br />

• Implantação de canteiros de obra e alojamentos.<br />

b. Instalação (Construção e Montagem)<br />

• Abertura/melhoria de acessos.<br />

• Supressão de vegetação.<br />

• Nivelamento da pista<br />

• Movimentação e estocagem de materiais/desfile da tubulação.<br />

• Soldagem da tubulação.<br />

• Escavação da vala.<br />

• Abaixamento da tubulação e cobertura da vala.<br />

• Limpeza/recomposição da faixa.<br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-8 ABRIL / 2006


• Teste hidrostático.<br />

• Proteção catódica.<br />

• Instalação das válvulas de bloqueio.<br />

• Construção das estações de medição e de compressão.<br />

• Manuseios de óleos e derivados pelo uso de máquinas.<br />

• Movimentação de veículos e equipamentos.<br />

• Desmobilização da mão-de-obra.<br />

c. Operação<br />

• Manutenção da faixa do duto.<br />

• Transporte de gás natural.<br />

d. Desativação<br />

• Retirada das instalações aparentes.<br />

• Renegociação das áreas da faixa de domínio.<br />

Dessas ações do projeto, poderão provocar impactos identificáveis (negativos ou positivos)<br />

apenas aquelas referentes à fase de instalação, uma vez que as ações da fase de operação e<br />

desativação envolvem somente medidas de controle e de monitoramento, que, no caso de<br />

gasodutos, não são geradoras de impactos.<br />

De acordo com a metodologia aplicada, foram identificados 13 impactos, que estão analisados<br />

na subseção a seguir, e que foram classificados de forma mais sistemática na citada Matriz-<br />

Síntese, ao final desta seção.<br />

6.4 ANÁLISE<br />

6.4.1 Impactos sobre o Meio Físico<br />

(1) Alteração na rede de drenagem<br />

A avaliação dos impactos decorrentes da implantação e operação do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté sobre a rede de drenagem a ser atravessada baseou-se nas<br />

considerações apresentadas pelo empreendedor, quanto ao método construtivo a ser adotado<br />

para a abertura/melhoria dos acessos, nivelamento da faixa de servidão e para obras de<br />

travessias dos cursos d’água. Considerou também o conhecimento e a experiência acumulada<br />

a respeito das dificuldades ocorridas quando da implantação de projetos similares.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-9 ABRIL / 2006


Com a execução da terraplenagem ou movimentações de terra, necessárias para a<br />

melhoria/abertura dos acessos e instalação da faixa de servidão, deverão ser alteradas as<br />

drenagens superficiais dos terrenos atravessados. Se não forem adotadas as medidas<br />

mitigadoras necessárias, como a instalação de dispositivos de drenagem, poderão ocorrer<br />

processos erosivos, com a desagregação e remoção do solo, resultando no carreamento de<br />

sedimentos para os cursos d’água, provocando assoreamento e afetando a drenagem e a<br />

qualidade da água, embora de forma temporária e de curto prazo.<br />

Das 98 interseções identificadas (ver Quadro 5.1-18 – Vazões Características dos Rios nas<br />

Travessias e Enquadramento dos Corpos d’Água em Classes de Uso, do item 5.1.9, do<br />

Diagnóstico Ambiental), algumas travessias de maior porte deverão ser executadas por furo<br />

direcional, o que deverá minimizar as alterações, mesmo que apenas temporárias, na calha<br />

fluvial desses corpos d’água.<br />

As travessias identificadas como de maior porte são a do rio Salto (99,8km 2 ) e as da chegada<br />

dos rios Paraíba do Sul (4.594,0km 2 ) e Capivari (194,1km 2 ) na represa de Santa Branca.<br />

As duas travessias do reservatório de Santa Branca possuem cerca de 180 metros de extensão,<br />

e ocorrem nos trechos remansados dos rios Paraíba do Sul e Capivari. Na execução dessas<br />

travessias, deve-se dedicar especial cuidado à estabilidade das margens do reservatório, de<br />

modo a evitar a ocorrência de processos erosivos.<br />

Das 98 travessias identificadas, 46 estão em corpos hídricos da bacia do rio Paraíba do Sul<br />

enquadrados como classe 1, incluindo a represa de Santa Branca. Vale lembrar que essas<br />

águas são destinadas a usos mais nobres e que sua qualidade deve ser protegida.<br />

Não foram identificadas captações de água para abastecimento público nos trechos<br />

imediatamente a jusante das travessias do Gasoduto, que pudessem ser afetadas por um<br />

eventual aumento de sedimentos em suspensão durante o período de execução das travessias.<br />

Vale ressaltar ainda que, caso fique exposto dentro da calha do curso d’água, o duto pode<br />

tornar-se um controle hidráulico no rio, alterando as condições de escoamento nessa seção<br />

transversal e, também, nos trechos imediatamente a montante e jusante. Além disso, durante<br />

as cheias, aumenta o risco de rompimento do duto, quando exposto. Por isso, recomenda-se,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-10 ABRIL / 2006


como rotina, a inspeção de todas as travessias durante os períodos em que os rios estiverem<br />

com vazões mais baixas.<br />

Este impacto deverá ser mais intenso na faixa de servidão e nos acessos a serem utilizados<br />

para implantação do Gasoduto, considerando que estes apresentam extensões maiores e<br />

atravessam grandes redes de drenagem natural, que poderão ou não alterar o escoamento<br />

superficial das águas de origem pluvial. Nos canteiros de obras, não deverão ocorrer impactos<br />

significativos, pois são áreas pontuais localizadas e de fácil controle (área definida), onde,<br />

mediante a adoção de medidas cautelares e do monitoramento constante, será possível<br />

neutralizar/mitigar tais impactos.<br />

Este impacto deverá ocorrer, basicamente, durante toda a fase de implantação do<br />

empreendimento, sendo necessário um monitoramento constante dessas áreas, após o término<br />

de chuvas torrenciais e principalmente após as obras, até a estabilização completa das áreas<br />

afetadas e/ou após a sua completa restauração.<br />

Durante a fase de operação do Gasoduto, os efeitos negativos da alteração na rede de<br />

drenagem tenderão a se estabilizar, com a manutenção preventiva e revegetação das áreas<br />

expostas.<br />

Este impacto, portanto, é considerado negativo, direto, de abrangência local, de curto prazo,<br />

temporário, reversível, de pequena magnitude e de média importância; enfim, pouco<br />

significativo.<br />

Medidas Recomendadas<br />

• Atender às recomendações do Plano Ambiental para a Construção (PAC).<br />

• Cada grande travessia deverá ser projetada pela empresa construtora e submetida à<br />

aprovação do empreendedor.<br />

• No projeto, realizar um levantamento detalhado da seção transversal dos cursos d’água<br />

nas travessias principais, caracterizando as condições locais de estabilidade do leito e das<br />

suas margens, com especial atenção aos canais de fundo móvel.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-11 ABRIL / 2006


• Ainda no projeto, aprofundar o duto de tal modo que a cobertura de solo no fundo e nas<br />

margens do canal possa funcionar como proteção, evitando a exposição da tubulação em<br />

qualquer época do ano.<br />

• Executar o assentamento do duto, preferencialmente, durante o período de estiagem de<br />

chuvas, quando os rios, na maior parte da AID, estão praticamente secos ou com uma<br />

vazão muito pequena.<br />

• Os critérios especificados nas instruções técnicas de projeto deverão ser cumpridos, em<br />

relação à drenagem de estradas de acesso, e também aos cortes de drenagem executados<br />

pelo duto.<br />

• Os acessos já existentes que atravessem terrenos sujeitos a inundações e que tenham sido<br />

executados inadequadamente deverão, se necessário, ser melhorados, objetivando o<br />

restabelecimento das condições naturais da rede de drenagem, através, por exemplo, da<br />

implantação de bueiros/galerias, pontilhões, etc.<br />

• Resguardar os taludes de cortes e/ou aterros, sempre que possível, em tempo hábil, a fim<br />

de também se protegerem as instalações e preservar-se o terreno contra a erosão, com o<br />

plantio de espécies herbáceas (revegetação) e alocação de dispositivos de drenagem e<br />

contenção.<br />

• Planejar os serviços de terraplenagem necessários, nas áreas de bota-fora e de<br />

empréstimos, com o objetivo de evitar processos erosivos e conseqüente risco de<br />

carreamento de sólidos para os leitos dos rios, ao longo de sua utilização.<br />

• Evitar, sempre que possível, a ocorrência de erosão ou transporte de sedimentos para os<br />

cursos d’água e/ou talvegues receptores.<br />

• Durante a transposição por pequenas redes de drenagem e em áreas de várzeas, procurar<br />

realizar os movimentos de terra e o balanceamento de materiais, de forma a não provocar<br />

carreamento de material sólido.<br />

• Introduzir as melhorias nos acessos, evitando-se, ao máximo, afetar os sistemas de<br />

drenagem e os cursos d’água naturais existentes.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-12 ABRIL / 2006


• No caso de transposição de pequenos cursos d’água, construir, quando houver<br />

necessidade, pontes e/ou pontilhões com capacidade para suportar o tráfego dos<br />

equipamentos/veículos em operação, não devendo ser permitida a redução da seção de<br />

escoamento do corpo d’água.<br />

• Evitar alteração no escoamento normal do curso d’água, durante a execução de qualquer<br />

obra em Áreas de Preservação Permanente, como aterro para suporte de acessos, por<br />

exemplo.<br />

• Realizar inspeções periódicas das travessias, pois, se o duto ficar exposto no interior da<br />

calha do curso d’água, pode tornar-se um controle hidráulico no rio, alterando as<br />

condições de escoamento nessa seção transversal e, também, nos trechos imediatamente a<br />

montante e a jusante.<br />

• Implantar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.<br />

(2) Início e/ou Aceleração de Processos Erosivos, Transporte Sólido e Assoreamento<br />

Com base no Diagnóstico do Meio Físico, incluindo os Mapas de Solos, Suscetibilidade à<br />

Erosão e Capacidade de Uso das Terras (Mapas 6, 7 e 8, respectivamente, do Volume 2/3,<br />

Anexo A) e da Avaliação da Erodibilidade das Terras (item 5.1.6), efetuou-se uma análise<br />

minuciosa das áreas a serem atravessadas pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté,<br />

identificando-se as que apresentam elevado potencial erosivo. Tal análise foi apresentada em<br />

detalhe no item 5.1.9 – Interferências do Meio Físico.<br />

Nas áreas de relevo escarpado, montanhoso, forte ondulado, ondulado, com suscetibilidade à<br />

erosão Forte (Fo), Muito Forte (MF), Extremamente Forte (EF) e graus intermediários<br />

(MF/EF, MF/Fo, Fo/MF), com domínio de Cambissolos Háplicos e Argissolos Vermelho-<br />

Amarelos, poderão ocorrer alterações localizadas nas condições de estabilidade dos terrenos,<br />

bem como a instalação de processos erosivos, quando ocorrer qualquer intervenção com<br />

cortes, ou mesmo outros usos, em face da exposição dessas áreas.<br />

O elevado grau de suscetibilidade à erosão dessas áreas, sob a ação das chuvas intensas, devese<br />

não somente à declividade como também à pequena espessura do solo, atividade elevada da<br />

argila, caráter abrúptico, gradiente textural do solo e presença de pedregosidade, rochosidade<br />

e afloramentos de rocha.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-13 ABRIL / 2006


Ao longo da AID do futuro Gasoduto Caraguatauba–Taubaté, constatou-se que, em 34,4km,<br />

há terras com elevada suscetibilidade à erosão e que se enquadram nas classes Forte a<br />

Extremamente Forte. Destaca-se que no segmento entre o Km 2,9 e o Km 8,1, no qual está<br />

prevista a implantação de um túnel, esse impacto não ocorrerá. Dessa forma, a extensão da<br />

futura AID com terras de elevada suscetibilidade à erosão reduz-se a cerca de 29km ou 30,8%<br />

da extensão total do futuro duto.<br />

O alto potencial erosivo nesses trechos poderá exigir manutenção constante da faixa, ao longo<br />

da operação do Gasoduto. Faz-se também necessário um monitoramento periódico dessas<br />

áreas, após o término de chuvas torrenciais.<br />

Qualquer supressão de vegetação maior nessas áreas poderá dar início à erosão laminar moderada e<br />

forte e em sulcos, podendo evoluir para ravinamentos de escoamento superficial concentrado,<br />

alterando a estabilidade das encostas existentes, caso não sejam adotadas medidas preventivas e<br />

corretivas durante a fase de implantação do empreendimento. Mesmo em pequena escala, esse<br />

impacto poderá, também, gerar problemas nos corpos d´água próximos, por meio do carreamento de<br />

sólidos.<br />

Algumas vertentes de declividades moderadas ou fortes das elevações daquelas unidades de<br />

relevo já apresentam feições erosivas decorrentes das atividades antrópicas (principalmente a<br />

retirada da vegetação), tais como sulcos, ravinas e cicatrizes de movimentos de massa<br />

anteriores.<br />

As obras de terraplenagem, corte e aterros poderão, assim, produzir um impacto de natureza<br />

pontual e temporária. Entretanto, não deverão ocorrer alterações que possam comprometer, de<br />

forma marcante, a qualidade ambiental dessas áreas, uma vez que deverão ser adotadas<br />

medidas mitigadoras que incluem métodos construtivos específicos onde houver maior<br />

suscetibilidade à erosão.<br />

Cabe destacar também que a utilização de áreas de empréstimo para as obras bem como a<br />

criação de bota-foras, de forma inadequada, poderão concorrer para o aumento do transporte<br />

de sedimentos e o assoreamento dos cursos d´água.<br />

Este impacto, portanto, é considerado negativo, direto, de abrangência local, de curto prazo,<br />

cíclico, reversível, de média magnitude, média importância e significativo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-14 ABRIL / 2006


As obras de contenção e controle de erosão, citadas na relação de medidas mitigadoras, a<br />

seguir, se implantadas, poderão impedir o surgimento deste impacto.<br />

Medidas Recomendadas<br />

Dever-se-á atender às diretrizes e técnicas ambientais básicas recomendadas no Plano<br />

Ambiental para a Construção (PAC) e no Programa de Controle de Processos Erosivos, tais<br />

como:<br />

• evitar, sempre que possível, áreas classificadas pela PETROBRAS como de alta limitação,<br />

sob o ponto de vista construtivo (declividade acima de 30 o , associada a terrenos sujeitos à<br />

erosão);<br />

• definir as obras especiais nos trechos de maior sensibilidade obedecendo-se o Plano<br />

Ambiental para Construção, principalmente no que se refere à estabilidade de taludes e à<br />

revegetação das áreas sensíveis;<br />

• elaboração de projeto de estabilização e proteção da pista e áreas terraplenadas<br />

circunvizinhas, a partir do cadastramento de rampas, taludes e sondagens geotécnicas,<br />

compactação de todo o material da vala, instalação de barreiras constituídas de sacos<br />

contendo material de solo selecionado (solo sílico silto-argiloso), regularmente espaçadas<br />

e dispostas perpendicularmente ao eixo da vala; instalação de diques constituídos de sacos<br />

contendo solo-cimento regularmente espaçados e dispostos perpendicularmente ao eixo da<br />

vala; enchimento total da vala com solo-cimento;<br />

• execução de drenagem eficiente da pista, conforme projeto, a fim de assegurar o bom<br />

escoamento das águas. Deverá ser executado, também, um sistema de drenagem<br />

provisória (calhas, calhas de crista, canaletas e saídas laterais), conformado na pista,<br />

minimizando as erosões superficiais da pista, áreas terraplenadas e encostas. Durante a<br />

abertura da vala, dever-se-á evitar que o material escavado interfira com o sistema de<br />

drenagem construído;<br />

• nos trechos em que a existência de uma sobrecobertura ao longo da vala possa obstruir a<br />

boa drenagem da pista, deverá ser feita uma leira de 40 centímetros, a ser, em seguida,<br />

compactada pela passagem de máquina;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-15 ABRIL / 2006


• execução da fase de recomposição da pista junto com a fase de montagem;<br />

• definir as obras especiais nos trechos indicados de maior fragilidade, no que se refere à<br />

suscetibilidade à erosão;<br />

• executar revestimento vegetal das rampas sujeitas à erosão. Recomenda-se o plantio de<br />

gramíneas e de leguminosas herbáceas nativas ou adaptadas às regiões atravessadas;<br />

• evitar, sempre que possível, obras no período de chuvas nas áreas sujeitas à erosão;<br />

• utilizar sempre equipamentos leves ou mesmo de operação manual nas áreas mais críticas;<br />

• instalar bermas transversais à faixa para reduzir o escoamento superficial das águas<br />

pluviais, diminuindo, assim, a intensidade da erosão superficial;<br />

• implantar Projeto de Gerenciamento de Resíduos.<br />

Dever-se-á também executar os serviços de aproveitamento de áreas de empréstimo e de<br />

lançamento de bota-foras de forma a não incrementar o transporte sólido e o conseqüente<br />

assoreamento dos cursos d´água. O detalhamento das medidas necessárias deverá ser feito na<br />

fase de PBA.<br />

(3) Interferência com Áreas de Autorizações e Concessões Minerárias<br />

Na área atravessada pela AID, foram identificadas 16 áreas de Titularidade Minerária<br />

relacionadas com a faixa de servidão do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

Dessas áreas, 4 encontram-se em fase de Requerimento de Pesquisa, 10 em Autorização de<br />

Pesquisa, 1 em Concessão de Lavra e 1 em disponibilidade. Prevê-se que a implantação do<br />

Gasoduto poderá provocar interferências com jazidas minerais ou minas correspondentes a<br />

esses processos. Deve-se, entretanto, conhecer em detalhe essas áreas, assim como a<br />

localização da ocorrência ou jazida da substância mineral de interesse, visto que a<br />

interferência constatada por este estudo é do polígono da área requerida com o traçado do<br />

futuro Gasoduto.<br />

Os recursos minerais que suscitaram interesses para pesquisa e extração mineral foram: areia<br />

(4 áreas), argila (3 áreas), linhito (2 áreas), granito (1 área), caulim e água mineral (1 área),<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-16 ABRIL / 2006


argila, caulim e feldspato (1 área), hidrargilita (1 área), argilito (1 área), gnaisse (1 área) e<br />

turfa (1 área).<br />

Ressalta-se que a única área que dispõe de concessão de lavra (areia), é o processo<br />

1995820597, cujo titular é Soares Penido Participações e Empreendimentos S.A, com<br />

50,00ha, em Caraguatatuba. O polígono correspondente a este processo é tangenciado em seu<br />

setor inferior esquerdo pelo traçado do futuro duto.<br />

Prevê-se que a implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté poderá provocar<br />

interferência com a área do supracitado processo. Deve-se, entretanto, conhecer em detalhe a<br />

localização da ocorrência ou jazida de areia, dado que a interferência constatada pelo estudo<br />

atual é de parte do polígono da área requerida com a área de implantação do futuro<br />

empreendimento.<br />

Este impacto classifica-se como negativo, direto, local, de médio prazo, temporário,<br />

reversível, de pequena magnitude e de importância pequena, sendo, portanto, pouco<br />

significativo.<br />

Medidas Recomendadas<br />

Dever-se-á atender às diretrizes e técnicas ambientais básicas recomendadas no Programa de<br />

Gestão das Atividades de Mineração, tais como:<br />

• Realizar análise detalhada do processo de requerimento de lavra nº 2001820592, cujo<br />

polígono sobrepõe parcialmente a área prevista para a instalação do futuro Gasoduto.<br />

• Verificar a localização da jazida da substância mineral de interesse no interior da área<br />

requerida.<br />

• Avaliar o potencial mineral a ser afetado.<br />

• Estudar a possibilidade de evitar a incompatibilidade entre a implantação e a operação do<br />

empreendimento e a exploração da jazida.<br />

• Providenciar o cadastramento da AID do futuro Gasoduto no DNPM e solicitar que se<br />

façam restrições a novos pedidos de pesquisa ou de licenciamento (bloqueio) para que não<br />

haja interferências futuras com o empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-17 ABRIL / 2006


Recomenda-se que o empreendedor proponha acordo com o titular (Soares Penido<br />

Participações e Empreendimentos S.A) da área onde poderá surgir restrições ou impedimentos<br />

ao desenvolvimento das atividades de exploração mineral, visando compensar os<br />

investimentos realizados.<br />

6.4.2 Impactos sobre o Meio Biótico<br />

As ações impactantes sob o meio biótico, ou aquelas atividades relacionadas ao<br />

empreendimento que acarretam interferências sobre o meio ambiente, restringem-se<br />

principalmente à implantação da faixa de domínio do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

(20m de largura), cuja extensão é de 94,1km.<br />

Nesse contexto, as interferências previstas sobre a integridade atual dos ambientes naturais<br />

(cerca de 22ha de áreas florestadas) estão fortemente relacionadas a um amplo conjunto de<br />

ações impactantes comuns, tanto à cobertura vegetal como à sua fauna associada.<br />

Dessa forma, a avaliação integrada dos grupos do meio biótico possibilitou uma abordagem<br />

mais sinérgica dos impactos, o que se traduziu em uma percepção mais ampla das<br />

interferências do empreendimento.<br />

À luz das análises resultantes da avaliação integrada, os impactos sobre o meio biótico<br />

limitaram-se a diversas interferências sobre a fauna e a flora, identificando dois impactos:<br />

“alteração nos remanescentes florestais ” e “pressão sobre a biota”.<br />

(4) Alteração nos remanescentes florestais<br />

Este impacto traduz-se nas mudanças causadas pela implantação do Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté nos parâmetros ecológicos das comunidades animais e vegetais, em decorrência, da<br />

supressão de vegetação necessária para abertura da faixa de servidão e de acessos. Como<br />

exemplos de variações nos parâmetros ecológicos, podem-se citar as alterações nas<br />

composições de espécies, nas densidades de indivíduos da flora e da fauna e, a perda de<br />

estratificação da floresta, a taxa de descontinuidade dos dosséis, o índice de desaparecimento<br />

de formas de vida e grupos funcionais, etc.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-18 ABRIL / 2006


Nos remanescentes florestais, quaisquer alterações ecológicas na vegetação, como a perda de<br />

estratificação, fragmentação — que pode levar ao isolamento de fragmentos florestais — ou a<br />

descaracterização dos ambientes, são também sentidas pelas comunidades faunísticas,<br />

promovendo uma significativa diminuição da biodiversidade.<br />

Durante a abertura de faixa e acessos, serão cortados elementos arbóreos, arbustivos e<br />

herbáceos e, no caso da Floresta Ombrófila Densa, tanto de Terras Baixas quanto Montana.<br />

Essa atividade poderá impactar esses ambientes, com a fragmentação de áreas de Mata<br />

Atlântica, ao longo das travessias de remanescentes florestais.<br />

Essa interferência nos remanescentes florestais poderá promover a entrada de espécies<br />

invasoras, alterando a composição original do fragmento, bem como servir de acesso de<br />

pessoas para a prática do extrativismo vegetal.<br />

Cabe destacar que, ao longo de toda a faixa de servidão, haverá manutenção da pista para que<br />

não haja regeneração natural da vegetação arbustivo/arbórea, o que poderia comprometer a<br />

segurança do empreendimento e, conseqüentemente, da população próxima ao duto — já que<br />

as raízes profundas dos espécimes poderiam romper a tubulação.<br />

A principal conseqüência dessas alterações, do ponto de vista da fauna, é o afugentamento de<br />

diversas espécies de aves, mamíferos, anfíbios e répteis. Na área existem registros de uma<br />

significativa quantidade de espécies endêmicas e ameaçadas. Várias delas foram assinaladas<br />

na Área de Influência Direta do empreendimento, e são caracterizadas como sendo, em sua<br />

maioria, dependentes de hábitats, geograficamente distribuídas em ambientes restritos e com<br />

exigências ecológicas muito restritivas.<br />

As áreas de maior concentração deste impacto foram identificadas nos conjuntos de<br />

remanescentes florestais (Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas), nas proximidades do<br />

emboque do túnel, entre o Km 2 e o Km 3 no início do Gasoduto; nos remanescentes<br />

florestais contínuos ao Parque Estadual da Serra do Mar, em bom estado de conservação<br />

(Floresta Ombrófila Densa Montana), localizados entre o Km 9 e o Km 12 do Gasoduto; no<br />

conjunto de fragmentos de mata, próximo ao Km 20 e o Km 23 (Floresta Ombrófila Densa<br />

Montana) e, em menor escala, no fragmento misto com eucalipto, entre o Km 56 e o Km 61<br />

do Gasoduto (ver Mapa 12 – Vegetação, Uso e Cobertura dos Solos, ANEXO A, Volume<br />

2/3).<br />

Este impacto é negativo, direto, local, de curto prazo, permanente, irreversível, de média<br />

magnitude, grande importância e, portanto, muito significativo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-19 ABRIL / 2006


Medidas Recomendadas<br />

Por ser um impacto permanente, na fase de microlocalização do traçado do Gasoduto, deverão<br />

ser preferidos os segmentos que atravessem as áreas ocupadas pela vegetação nativa com<br />

menor área e extensão.<br />

A utilização dos acessos já existentes e da própria faixa de servidão deverá ser priorizada, e os<br />

novos acessos deverão ser abertos em áreas já impactadas ou dentro da faixa de servidão. Os<br />

acessos deverão ser devidamente recompostos e fechados após a fase de obras.<br />

A execução de procedimentos que garantam a minimização deste impacto ambiental está<br />

condicionada à implementação de ferramentas de acompanhamento e medição, traduzidas na<br />

forma de programas ambientais, mais especificamente, nos Programas de Supressão de<br />

Vegetação, de Resgate de Germoplasma e no de Monitoramento da Fauna e da Flora.<br />

(5) Pressão sobre a biota<br />

A pressão sobre a biota estão essencialmente correlacionadas a modificações nos aspectos<br />

demográficos, genéticos e ambientais, tais como a reprodução, que possibilita a manutenção<br />

dos organismos no tempo; a polinização, que garante a variabilidade genética; à dispersão de<br />

sementes, que mantém a dinâmica florestal; à competição, que é aumentada com a chegada de<br />

espécies mais bem adaptadas aos novos ambientes; à predação, que é intensificada devido à<br />

abertura de novos ambientes, e ao surgimento de interfaces entre eles, que culmina com a<br />

propagação do efeito de borda.<br />

Nesse contexto, após a supressão da vegetação, os fragmentos de floresta remanescentes<br />

passam a diferir, em muitos aspectos, da mancha contínua original. Primeiro, ocorre uma<br />

diminuição do tamanho das áreas naturais disponíveis, ficando ainda relativamente isolados, e<br />

expostos a invasões de outras espécies. Diversas espécies de vertebrados assinaladas para a<br />

Área de Influência Direta do empreendimento apresentam requisitos de área, ocorrendo<br />

exclusivamente em porções relativamente grandes de florestas contínuas.<br />

Além disso, a localização geográfica dos ambientes que não foram afetados obedece a um<br />

padrão diferente do original, tanto em formato quanto em isolamento. Algumas características<br />

importantes podem desaparecer após a supressão. Por exemplo, os fragmentos podem estar<br />

dispostos em áreas onde existe um aclive rochoso; ou em área de solos menos produtivos; ou<br />

ainda em áreas de sombra de uma montanha; ou, até mesmo, sem uma fonte de água<br />

satisfatória em seu interior.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-20 ABRIL / 2006


No processo de fragmentação, e conseqüente efeito de borda, ainda há uma terceira diferença<br />

entre os ambientes contínuos e as áreas fragmentadas. A alteração microclimática (ventos,<br />

umidade, temperatura, luminosidade) nas bordas dos fragmentos influencia os organismos que<br />

habitam essas áreas. Essas características são importantes determinantes das alterações sobre<br />

os parâmetros biológicos.<br />

Das espécies que não conseguem sobreviver em fragmentos, as que demandam maiores áreas<br />

e que apresentam baixas densidades são as que primeiro desaparecem. As árvores são<br />

freqüentemente os organismos que mais sentem os efeitos da fragmentação, embora<br />

necessitem de mais tempo para demonstrá-la.<br />

A redução da abundância e diversidade da flora está relacionada à supressão da vegetação<br />

nativa, expressa em termos quantitativos (número de indivíduos) e qualitativos (espécies), que<br />

poderá ocorrer ao longo de todo o traçado do Gasoduto, nos locais de interferência com<br />

fragmentos florestais.<br />

A atividade de supressão implicará a eliminação de indivíduos de várias espécies vegetais,<br />

algumas das quais, atualmente, ameaçadas de extinção, endêmicas ou de interesse econômico,<br />

conforme anteriormente detalhado na caracterização florística, apresentada na seção 5 deste<br />

<strong>EIA</strong>.<br />

Por outro lado, nem todos os organismos sofrem os efeitos negativos da fragmentação. Essas<br />

espécies representam problemas para a manutenção dos processos biológicos na Área de<br />

Influência do empreendimento. Por exemplo, sabe-se que as comunidades de pequenos<br />

mamíferos e de aves são mais ricas nas bordas do que no interior dos fragmentos. Isso é um<br />

reflexo da mudança dos padrões de ocorrência, reprodução e preferência de hábitats,<br />

resultando no desaparecimento da complexidade original.<br />

Dada a diferença na composição, uma parte das aves e mamíferos que se beneficia com a<br />

fragmentação e a criação de bordas não realiza os serviços ambientais das comunidades<br />

originais. Isso pode, também, influir negativamente sobre elas, por competição, predação ou<br />

transmissão de doenças. Dessa forma, os processos biológicos terão dinâmicas diferenciadas,<br />

resultando num contínuo empobrecimento da diversidade.<br />

Há ainda os impactos temporários relacionados às obras, como aumento nos níveis de ruídos<br />

causados pela movimentação de maquinário pesado e de pessoas. Esses ruídos afugentam<br />

algumas espécies de animais e interferem no seu comportamento, podendo alterar seus<br />

padrões normais de reprodução, momentaneamente.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-21 ABRIL / 2006


Além disso, poderão ocorrer, em menor escala, atropelamentos, em conseqüência do trânsito<br />

de veículos na faixa de servidão e nos novos acessos, aumento da pressão de caça — em<br />

função da utilização da faixa e de acessos para a entrada de caçadores — e queda de<br />

espécimes faunísticos na vala. Destaca-se que esta última, em função dos procedimentos<br />

construtivos e de segurança executados pela PETROBRAS, apresenta-se pouco<br />

representativa.<br />

As áreas de maior concentração de pressão sobre a biota são as mesmas dos conjuntos de<br />

remanescentes florestais (Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas) — as proximidades do<br />

emboque do túnel, entre o Km 2 e o Km 3 bem no início do Gasoduto; os remanescentes<br />

florestais contínuos ao Parque Estadual da Serra do Mar, em bom estado de conservação<br />

(Floresta Ombrófila Densa Montana), localizados entre o Km 9 e o Km 12 do Gasoduto; o<br />

conjunto de fragmentos de mata próximos ao Km 20 e ao Km 23 (Floresta Ombrófila Densa<br />

Montana) e, em menor escala, no fragmento misto com eucalipto, entre o Km 56 e o Km 61<br />

do Gasoduto (ver Mapa 12 – Vegetação, Uso e Cobertura dos Solos).<br />

No caso da fauna aquática, a perturbação será sentida através da remoção da cobertura vegetal<br />

e da terraplenagem na pista de serviço, com o movimento de terra, que poderá contribuir para<br />

o assoreamento de alguns riachos que serão atravessados pelo Gasoduto, e aumento da<br />

turbidez da água a jusante do ponto de travessia, durante o período das obras. Dependendo<br />

dos métodos de travessia utilizados, as margens dos rios e riachos na faixa de servidão,<br />

poderão ser alterados temporariamente, causando efeitos diversos sobre a dinâmica e a<br />

conseqüente influência sobre os hábitats disponíveis.<br />

Eventuais impactos ambientais resultantes da implantação do GASTAU sobre a ictiofauna<br />

estariam referidos, primariamente, à perturbação temporária dos principais ambientes<br />

aquáticos localizados ao longo do traçado planejado do empreendimento, os quais,<br />

necessariamente, deverão ser de alguma maneira transpostos para que ocorra a instalação do<br />

duto.<br />

Os principais rios que sofrerão esse impacto temporário são o Rio Pardo (Kms 9 e 10), o<br />

Córrego do Tapiá (Km 11), Ribeirão dos Prazeres (Km 10,5), Rio São Lourenço (Km 15,5),<br />

Córrego do Louro (Kms 16,5 e 22), Ribeirão do Cedro (Km 17,5), Ribeirão Claro (Km 24),<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-22 ABRIL / 2006


Ribeirão do Lajedo (Km 26,3), Córrego do Varjão (Km 28), Córrego Espírita (Km 30,1),<br />

Córrego São José /9km (Km 33), Córrego Morro Azul (Km 37), Rio do Sato (Km 41),<br />

Córrego Santo Antônio (44), Rio Paraiba do Sul (Km 46 – há travessia especial), Rio Capivari<br />

(Km 51,5 – travessia especial), Córrego São João (Km 53,5), Rio Varador (Km 56), Rio<br />

Alambari (Kms 59,9, 60,2 e 65,2), Ribeirão do Cajuru (Km 67), Córrego do Bairrinho (Km<br />

69,8), Rio Pararamgaba (Km 70), Córrego alvorada (Km 72,5), Ribeirão da N. Sra. do Bom<br />

Retiro e Dois Córregos (Km 73,5), Ribeirão Olho D’Água (Km 77), Ribeirão de Manoel Lito<br />

(Km 78,5), Ribeirão Borda da Mata (Km 81), Ribeirão da Mata (Km 73), Córrego Guaçaíra<br />

(Km 84,9), Córrego da Cachoeira (Km 81), Córrego da Virgem (Km 86,5), Córrego Boçoroca<br />

(Km 90,3) e Ribeirão Piracanguá (Km 93,5).<br />

Este impacto é negativo, direto, local, de médio prazo, permanente, irreversível, de média<br />

magnitude, grande importância e, portanto, muito significativo.<br />

Medidas Recomendadas<br />

• Seguir as diretrizes do Plano Ambiental para a Construção em relação aos cuidados com a<br />

fauna, como a instalação de tapumes e cercas quando a vala tiver que ficar aberta nos<br />

períodos noturnos ou em decorrência de interrupção emergencial da obra.<br />

• Construção de cercas vivas para a proteção das bordas, barreiras para o vento e<br />

luminosidade.<br />

• Desenvolver mecanismo de proteção, sobretudo nas áreas remanescentes mais<br />

significativas para a ocorrência de relevantes impactos, como um plano de fiscalização<br />

permanente, em sintonia com as instituições responsáveis, e com parcerias com<br />

proprietários.<br />

• Estabelecer corredores ecológicos entre os fragmentos atravessados e áreas florestadas<br />

adjacentes, de forma que os efeitos do isolamento acarretados pelo empreendimento sejam<br />

minimizados. Para isso, seriam utilizadas áreas de diferentes usos e coberturas, tais como<br />

fruticulturas, projetos de agrossilvicultura e reflorestamentos, para desenvolver um<br />

mosaico de ambientes que favoreça o fluxo genético e a colonização de áreas degradadas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-23 ABRIL / 2006


• Planejar a conservação de áreas próximas, revertendo o mecanismo de degradação<br />

ambiental, como a perda de diversidade e as modificações nos processos biológicos,<br />

identificando e mantendo, dentre eles, os que forem necessários para a continuidade dos<br />

ecossistemas e viabilidade das populações.<br />

• Executar as obras de travessias de corpos d’água de acordo com as determinações do<br />

PAC, para evitar o assoreamento, observando a adequada remoção e acondicionamento da<br />

terra durante a terraplenagem da faixa de servidão, principalmente nos vales de encostas<br />

inclinadas, evitando seu carreamento para os riachos que atravessam o traçado do<br />

Gasoduto.<br />

• Essas ações devem ser orientadas mediante a implementação de ferramentas de<br />

acompanhamento e medição, traduzidas na forma de programas ambientais, mais<br />

especificamente, no Programa de Supressão de Vegetação e no de Monitoramento da<br />

Fauna e da Flora.<br />

6.4.3 Impactos sobre o Meio Antrópico<br />

(6) Dinamização da Economia Local<br />

A implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté deverá representar, para a região<br />

localizada ao longo de seu traçado, um aporte significativo de recursos humanos e financeiros.<br />

Com o aumento da circulação de pessoas e monetária, prevê-se maior dinamização da<br />

economia nos municípios, mesmo que de forma temporária, cujas sedes encontram-se mais<br />

próximas do empreendimento, ou naqueles que possuem maior capacidade para atender às<br />

novas demandas que surgirão, principalmente as referentes a serviços e hospedagem. Podem<br />

ser citados, como exemplo, os municípios de Caraguatatuba, São José dos Campos e Taubaté,<br />

onde provavelmente ocorrerão as maiores demandas, em função do atual padrão local de<br />

atividades econômicas e por possuírem melhor infra-estrutura de serviços. Os municípios de<br />

Paraibuna e Caçapava também poderão sentir os efeitos deste impacto, em decorrência da<br />

maior proximidade das sedes municipais com o empreendimento, distando 3,07km e 3,75km,<br />

respectivamente. O município de Jambeiro, mesmo dotado de pequena infra-estrutura,<br />

também poderá sentir os efeitos dessa dinamização a partir da procura por gêneros de<br />

primeira necessidade pelos trabalhadores das obras.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-24 ABRIL / 2006


Essa dinamização decorre de um aumento da arrecadação municipal, em função da demanda<br />

por bens e serviços, por exemplo, materiais diversos, combustíveis, reparação de alguns<br />

equipamentos, consumo de água e energia elétrica, gerando, também, um aumento da<br />

arrecadação de impostos e taxas.<br />

No caso específico dos municípios que receberão o canteiro principal e escritórios (detalhado<br />

no Impacto 8 – Interferência no Cotidiano da População Local), a implantação do<br />

empreendimento contribuirá com a melhoria do quadro das finanças públicas municipais, com<br />

o aumento da arrecadação do ISS e do aproveitamento de mão-de-obra local, que poderá trabalhar<br />

tanto diretamente, nos próprios canteiros, como indiretamente, mediante a prestação de serviços<br />

variados e pequenos comércios (fornecimento de refeições, bebidas, etc.). Com contingentes<br />

maiores de trabalhadores formais, locais e regionais, haverá uma circulação maior de moeda nos<br />

municípios, contribuindo diretamente para o aumento das vendas no comércio em geral.<br />

Este impacto poderá também ser sentido nos povoados localizados nas proximidades dos<br />

futuros canteiros de obra e alojamentos, assim como naqueles que estiverem mais próximos<br />

do local de instalação do Gasoduto, e que dispõem de infra-estrutura composta basicamente<br />

de pequenos comércios. Dentre as localidades que poderão sentir os efeitos dessa<br />

dinamização, estão: bairro Espírito Santo (Km 28,84), no município de Paraibuna; bairros<br />

Campos de São José, Nova Esperança, Boa Esperança, Bom Retiro, Santa Lúcia, Portal do<br />

Céu e Capão Grosso, em São José dos Campos (Km 63,92 a Km 71,67); bairro Caçapava<br />

Velha (Km 87,24), em Caçapava; e bairro Barreiro (Km 92,38), em Taubaté.<br />

De maneira geral, as demandas provenientes das obras, no entanto, serão temporárias,<br />

devendo perdurar apenas até a conclusão da implantação do Gasoduto. Como os canteiros<br />

(principais e secundários) e os alojamentos deverão ser instalados, particularmente, nas<br />

cidades com maior oferta de serviços e boa infra-estrutura, este impacto pode ser classificado<br />

como positivo, direto, localizado, de curto prazo, temporário, irreversível, de média<br />

magnitude e pequena importância, sendo, conseqüentemente, pouco significativo.<br />

Medidas Recomendadas<br />

• Priorizar a contratação de mão-de-obra local ou dos municípios circunvizinhos ao<br />

empreendimento. Dever-se-á, também, dar preferência ao uso dos serviços, comércio e<br />

insumos locais.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-25 ABRIL / 2006


• Implantar o Programa de Comunicação Social.<br />

(7) Aumento da Oferta de Postos de Trabalho<br />

A instalação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté poderá contribuir, temporariamente, para o<br />

aumento da oferta de postos de trabalho na região, absorvendo parte da demanda local,<br />

especialmente a mão-de-obra não-especializada.<br />

Para a fase de implantação do empreendimento, prevê-se a geração direta de cerca de 2000<br />

postos de trabalho no pico das obras, que devem durar 15 meses. Desse total, estima-se que<br />

50% da força de trabalho possam ser recrutados no local, distribuídos entre os 6 municípios<br />

que compõem a AII, especialmente nas funções não-especializadas.<br />

Considerando-se a criação dos empregos que serão gerados indiretamente, em função do<br />

empreendimento, avalia-se que a instalação do Gasoduto contribuirá para dinamizar<br />

temporariamente o mercado de trabalho regional. Os empregos indiretos na região surgirão<br />

em decorrência do aumento da procura por serviços de alimentação, hospedagens e serviços<br />

gerais.<br />

O fato de o empreendimento absorver um contingente significativo de trabalhadores suscita a<br />

possibilidade de algumas localidades e sedes urbanas tornarem-se pólos de atração de mãode-obra,<br />

principalmente aqueles que forem mais estruturados para atender a essa demanda.<br />

Para isso, as localidades que poderão responder melhor são aquelas mais densamente<br />

expressivas, o que não descarta a possibilidade de haver pequenas alterações em todos os<br />

demais municípios e localidades que se encontram próximos à faixa.<br />

Pode-se afirmar, dessa forma, que os municípios, principalmente nas suas sedes urbanas, e os<br />

aglomerados populacionais ou bairros passíveis de sofrer os efeitos positivos da alteração na<br />

dinâmica da população decorrente da oferta de empregos, devido a sua proximidade com o<br />

Gasoduto, são os seguintes: bairro rural do Cedro (está fora da AID, mas faz parte do seu<br />

acesso pela SP-088) e bairro Espírito Santo, ambos em Paraibuna; bairros Nova Esperança,<br />

Boa Esperança, Bom Retiro, Santa Lúcia, Portal do Céu e Capão Grosso, em São José dos<br />

Campos; bairro Caçapava Velha, em Caçapava; as sedes municipais de Caraguatatuba e<br />

Paraibuna.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-26 ABRIL / 2006


Este impacto é previsto também no entorno das áreas que deverão ser selecionadas para a<br />

instalação dos canteiros de obra. A oferta de emprego e suas conseqüências são classificadas<br />

como um impacto positivo, direto, regional, de curto prazo, temporário, irreversível, de<br />

magnitude média, média importância e significante.<br />

Medidas Recomendadas<br />

• Priorizar a contratação de mão-de-obra que vive nas comunidades próximas à região<br />

atravessada pelo empreendimento e promover esclarecimentos à população quanto à<br />

quantidade, ao perfil e à qualificação da mão-de-obra que será contratada para as obras.<br />

• Implantar os Programas de Comunicação Social e Educação Ambiental.<br />

(8) Interferência no Cotidiano da População Local<br />

A implantação de empreendimentos em locais habitados provoca, necessariamente, em maior<br />

ou menor grau, alterações na situação de equilíbrio social anteriormente existente. Essas<br />

mudanças no cotidiano da população se iniciam a partir dos estudos e projeto do<br />

empreendimento a ser implantado.<br />

A duração prevista para a construção do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté e suas obras<br />

associadas é de 15 (quinze) meses, no total. Para a implantação do Gasoduto, deverá haver<br />

várias frentes de obras, com alocação total de aproximadamente 2000 trabalhadores no<br />

decorrer desses meses, podendo haver uma pequena variação, em função dos métodos e<br />

rotinas de trabalho adotados por cada empreiteira que vier a ser contratada.<br />

A definição de locais dos canteiros de obras em empreendimentos lineares depende de uma<br />

série de fatores para escolha dos centros de apoio logístico e a forma estratégica de execução<br />

da empreiteira. Devido às próprias características, já apresentadas, não deverá ocorrer<br />

concentração de mão-de-obra representativa em um único local, devendo-se considerar, ainda,<br />

que o avanço das frentes de trabalho é muito dinâmico, com deslocamento constante de<br />

trabalhadores de um local para outro.<br />

A escolha, portanto, das cidades que servirão de apoio logístico-operacional ao<br />

empreendimento, com melhor infra-estrutura, é de fundamental importância, de forma a se<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-27 ABRIL / 2006


evitarem alterações na dinâmica diária da população e pressões sobre os serviços básicos a ela<br />

oferecidos, tais como saneamento, saúde e educação, principalmente.<br />

Em princípio, estão previstas quatro frentes de obras, as quais demandarão, cada uma, a<br />

instalação de 1 (um) canteiro fixo (principal) e 1 canteiro móvel (auxiliar) necessários para<br />

dar apoio logístico ao processo de construção e montagem do Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté. Além desses, haverá necessidade de se instalarem outras pequenas áreas de<br />

montagem para as obras de travessias e cruzamentos especiais.<br />

Deve-se privilegiar a implantação dos canteiros principais e escritórios em municípios que<br />

ofereçam infra-estrutura necessária, ou cuja localização seja estratégica em relação ao<br />

empreendimento, tais como Caraguatatuba e São José dos Campos, segundo os estudos<br />

socioeconômicos da Área de Influência Indireta (subseção 5.3 deste documento). Os<br />

municípios que, a princípio, poderão abrigar os canteiros secundários são Paraibuna e<br />

Taubaté.<br />

A instalação dos canteiros nessas localidades é favorecida pela infra-estrutura urbana<br />

(comunicações, água, esgoto, transporte, energia elétrica, coleta de lixo, etc.) e viária,<br />

condições de hospedagem e alojamento, suprimento de insumos, materiais, equipamentos e<br />

disponibilidade de mão-de-obra especializada.<br />

No período das obras, além dos transtornos mais localizados, ligados à construção<br />

propriamente dita (com ruído, poeira, aumento do tráfego de veículos), a chegada dos<br />

trabalhadores de outras regiões deverá também afetar o dia-a-dia local, situação que será<br />

intensificada caso esse contingente tenha hábitos sociais e culturais distintos dos vigentes<br />

entre a população rural residente no local.<br />

Em Caraguatatuba, que receberá a Unidade de Tratamento de Gás (UTGCA), poderá haver<br />

maior atração de mão-de-obra externa, o que poderá causar um afluxo de trabalhadores que<br />

podem não ser absorvidos integralmente, contribuindo para o adensamento populacional do<br />

município.<br />

Para evitar tais constrangimentos, de toda mão-de-obra necessária, apenas cerca de 1000<br />

trabalhadores são previstos para serem mobilizados de outras regiões para a construção e<br />

montagem do Gasoduto, estimando-se a contratação de cerca de 1000 residentes no<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-28 ABRIL / 2006


local/região, evitando-se, consideravelmente, os possíveis impactos. O mesmo acontecerá<br />

para a contratação da UTGCA.<br />

Além disso, as ações necessárias para a implantação do Gasoduto, como utilização das vias<br />

principais para transporte de material e pessoal, regularização de acessos e da faixa de<br />

servidão, transporte de materiais e mão-de-obra, dentre outras, interferirão no cotidiano das<br />

localidades mais próximas do Gasoduto e nas porções das propriedades rurais atravessadas<br />

pela faixa de servidão, principalmente pela movimentação dos veículos em serviço, podendo<br />

causar pequenas alterações, de diversas ordens. Uma avaliação mais detalhada sobre esse<br />

problema é apresentada no Impacto 9 − Aumento de Tráfego de Veículos, Ruído e Poeiras.<br />

Este impacto é, em seu conjunto, negativo, direto, localizado, de curto prazo, temporário,<br />

reversível, de médias magnitude e importância, sendo, portanto, significativo.<br />

Medidas Recomendadas<br />

• Divulgar previamente, através de Programa de Pré-Comunicação, todas as ações previstas<br />

na implantação do Gasoduto.<br />

• Implantar os Programas de Comunicação Social e Educação Ambiental.<br />

• No Programa de Comunicação Social, implementar as seguintes ações:<br />

− manter a população informada sobre o planejamento das ações e mobilização de<br />

equipamentos, de modo a minimizar as perturbações em sua rotina;<br />

− realizar uma ampla campanha de divulgação de informações sobre a implantação do<br />

empreendimento e as medidas de segurança adotadas, de modo a evitar boatos que<br />

possam suscitar expectativas e/ou sentimentos negativos na região. Essa divulgação<br />

deverá ocorrer antes da obra e, progressivamente, durante sua execução;<br />

− divulgar o Código de Conduta da população trabalhadora, tendo em vista manter sua<br />

convivência social com a população local em moldes aceitáveis.<br />

• Realizar campanhas temáticas centradas na convivência positiva entre trabalhadores e<br />

comunidades locais. Essas campanhas têm como objetivo divulgar os procedimentos a<br />

serem adotados pelos recém-chegados (trabalhadores de “fora” da região).<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-29 ABRIL / 2006


• Disponibilizar um canal de contato direto com o empreendedor, através do sistema 0800<br />

(Ligação Gratuita).<br />

(9) Aumento do Tráfego de Veículos, dos Ruídos e de Poeiras<br />

Para as obras de implantação do Gasoduto, serão utilizadas as rodovias federais e estaduais<br />

que cruzam a região, dentre as quais podem ser destacadas, em princípio, as rodovias BR-101<br />

– Rodovia Rio-Santos, ligação entre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo; BR-116 –<br />

Rodovia Presidente Dutra – liga o Estado de São Paulo ao Rio de Janeiro, passando por São<br />

José dos Campos, Jacareí, Caçapava e Taubaté; SP-055/BR-101 – liga o Rio de Janeiro a<br />

Santos, passando pelo município de Caraguatatuba; SP-099 – Rodovia dos Tamoios, liga<br />

Caraguatatuba a São José dos Campos, passando por Paraibuna e Jambeiro; SP-103 –<br />

Rodovia Professor Júlio de Paula Moraes, liga o município de Paraibuna a Jambeiro; SP-103<br />

(continuação) – Rodovia João do Amaral Gurgel, liga Jambeiro a Caçapava; SP-125, liga<br />

Taubaté a Ubatuba (rodovia importante para escoamento da produção de Taubaté pelo Porto<br />

de Ubatuba); SP-070 – Rodovia Governador Carvalho Pinto, liga São Paulo a Taubaté,<br />

permitindo o acesso ao sul de São José dos Campos; SP-088 – Rodovia Professor Alfredo<br />

Rolim de Moura, liga Mogi das Cruzes à Rodovia dos Tamoios (SP-099). São essas as<br />

principais rodovias, e que poderão absorver o tráfego da obra. Serão ainda utilizadas as<br />

estradas vicinais cortadas pelo duto, principalmente para o transporte de materiais e<br />

equipamentos ou mesmo do pessoal envolvido nas obras, acarretando um aumento no fluxo<br />

de veículos nessas vias.<br />

Esse aumento do tráfego de veículos causará sobrecarga à estrutura viária existente, de<br />

proporções maiores ou menores, em função do grau de utilização dessas rodovias atualmente.<br />

Nas rodovias federais e estaduais, que registram hoje um volume de tráfego médio diário de<br />

médio a grande, o crescimento será muito pouco sentido, ou mesmo passará despercebido,<br />

enquanto, em pequenas rodovias municipais e vicinais, a sobrecarga será mais acentuada, em<br />

função do baixo tráfego atual. Do mesmo modo, as áreas de periferia urbana sentirão menos<br />

os impactos relacionados ao aumento de tráfego do que as áreas rurais, onde há menor<br />

movimento nas estradas de acesso.<br />

Já na fase dos serviços preliminares, as estradas vicinais, a grande maioria com revestimento<br />

primário e utilizadas regularmente pela população residente nas comunidades rurais próximas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-30 ABRIL / 2006


ao Gasoduto, deverão receber as melhorias necessárias, compatíveis para absorver o tráfego<br />

previsto.<br />

Este impacto deverá ser mais sentido nas estradas que servirão de acesso às obras,<br />

principalmente as estradas vicinais, de revestimento primário, que dão acesso às fazendas,<br />

sítios, bairros rurais e algumas sedes de município que ainda necessitam dessas vias para<br />

conseguir alcançá-las.<br />

Nas estradas próximas à faixa de servidão do Gasoduto, apesar do pequeno tráfego, o impacto<br />

será bastante sensível durante as fases de construção e montagem. Isso poderá alterar o<br />

cotidiano normal dos usuários locais por causa do porte dos veículos pesados que deverão por<br />

lá circular, com diminuição da velocidade de operação nessas vias, por ser afetada a fluidez<br />

do tráfego, devido à poeira em dias secos e aos atoleiros em dias chuvosos. Será um impacto,<br />

no entanto, de pequena duração, até o transporte da tubulação, quando o tráfego voltará a ser<br />

reduzido nessas vias.<br />

As rodovias e pequenas estradas localizadas nas proximidades do Gasoduto sofrerão este<br />

impacto; porém, essa situação será sentida, principalmente, nas rodovias que serão<br />

atravessadas pela faixa do Gasoduto, dentre as quais, as rodovias estaduais: SP-088 (Km<br />

17,70); SP-099, a Rodovia dos Tamoios (Km 50,00); Rodovia Carvalho Pinto (Km 59,88 e<br />

km 79,08); Estrada do Cajuru (Km 66,28) e Rodovia SP-103 (Km 76,50).<br />

No entanto, este impacto terá uma pequena duração, até a fase de montagem final, quando o<br />

tráfego voltará a se normalizar.<br />

Quanto à emissão de material particulado e a geração de ruídos, no processo de implantação,<br />

construção e montagem do Gasoduto, não constituem impactos relevantes, por serem restritos<br />

aos locais de obras e acontecerem, em sua maior parte, distantes de aglomerados urbanos e<br />

rurais. É importante frisar que esses processos, quando ocorrerem, deverão ser temporários e<br />

intermitentes.<br />

Esse impacto possui pequena magnitude e importância, estando restrito ao período de duração<br />

das obras. Atinge um número bastante limitado de pessoas e apenas a vida selvagem<br />

envolvida ao redor das obras durante as fases de instalação, construção e montagem.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-31 ABRIL / 2006


As máquinas e equipamentos a serem empregados nessas obras serão suas principais fontes de<br />

ruídos. Uma das características inerentes a construções desse porte é a alta proporção de ruído<br />

impulsivo, proveniente das operações de escavações, terraplanagem e soldagem, dentre<br />

outras.<br />

Os equipamentos para as construções aqui tratadas, do Gasoduto e das estruturas de apoio<br />

(canteiros, alojamentos, etc.), incluem um grande número de tipos de máquinas e dispositivos,<br />

variando bastante em tamanho, potência e princípios de operação.<br />

O impacto desses instrumentos tem maior significância nas frentes de obras localizadas junto<br />

a aglomerados urbanos, principalmente nas vizinhanças das cidades, fazendas, sítios e bairros<br />

rurais. Os que estiverem próximos a essas intervenções e às áreas dos canteiros de obras<br />

poderão sentir mais os efeitos desse impacto. As localidades mais próximas são: bairro do<br />

Lajeado (Km 26,12), bairro do Varjão (Km 27,63); bairro Espírito Santo (Km 28,84); bairro<br />

do Salto (Km 40,78) e bairro Damião (Km 43,48), no município de Paraibuna; Fazenda Brasil<br />

(Km 49,86) e bairro Capivari (Km 51,69), no município de Jambeiro; bairros Santa Cecília,<br />

Campos de São José, Nova Esperança, Boa Esperança, Bom Retiro, Santa Lúcia, Portal do<br />

Céu e Capão Grosso, em São José dos Campos (Km 63,24 a Km 71,67); bairro Santo Antônio<br />

do Iguamerim (Km 74,96), bairro Tijuco Preto (Km 77,79) e bairro Caçapava Velha (Km<br />

87,24), em Caçapava, e bairro Barreiro (Km 92,38), em Taubaté, onde esse impacto será<br />

sentido tanto pelo pessoal envolvido na obra, quanto pelos que ali habitam, trabalham ou<br />

circulam. Já nas frentes de obras mais isoladas, o mesmo impacto atingirá apenas o pessoal<br />

envolvido nelas, ou residentes nas pequenas vilas mais próximas ao traçado.<br />

Quanto ao aumento de ruído decorrente do tráfego adicional de caminhões e carretas, pode-se<br />

considerá-lo insignificante, para a estrutura viária a ser utilizada, e de alta significância para<br />

as estradas vicinais a serem utilizadas como acesso às frentes de trabalho.<br />

As obras aqui consideradas não apresentam atividades com significativo potencial de poluição<br />

atmosférica. É, entretanto, previsível, a emissão de materiais particulados, impacto esse<br />

circunscrito, basicamente, aos locais das frentes de trabalho e, em menor escala, aos trajetos<br />

de materiais, equipamentos e pessoal, por estradas não pavimentadas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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6-32 ABRIL / 2006


Esse impacto mostra-se significativo, no entanto, apenas durante as escavações e operações de<br />

aterro, quando a mensuração do fator emissão se dará em função do tipo de solo, de seu teor<br />

de umidade e da forma de execução.<br />

As emissões de poeira provenientes da movimentação de terras são de difícil controle na área<br />

circunvizinha às obras, principalmente durante as estações secas. Nessas épocas, espera-se um<br />

aumento significativo de particulados no ar, o que incomodará, temporariamente, motoristas e<br />

pedestres.<br />

Durante as operações de soldagem dos tubos, é prevista, ainda, a emissão de fumos metálicos<br />

para a atmosfera, impacto de volume bastante reduzido e efêmero e restrito às áreas das<br />

frentes de obra.<br />

Os soldadores estarão momentaneamente expostos aos fumos, mas os seus efeitos negativos<br />

serão atenuados com o uso de máscaras protetoras e pelo fato das atividades de soldagem<br />

serem realizadas a céu aberto.<br />

Em termos de classificação do impacto, estima-se que essas alterações ocorram somente na<br />

fase de implantação, especialmente nas proximidades de áreas de maior adensamento<br />

populacional, podendo-se classificá-lo como negativo, direto, local, de curto prazo,<br />

temporário, reversível, de magnitude média e média importância, sendo, portanto,<br />

significante.<br />

Medidas Recomendadas<br />

• Garantir a implantação de todas as diretrizes do Plano Ambiental para a Construção –<br />

PAC, referentes ao aumento do tráfego de veículos, dos ruídos e de poeiras.<br />

• Planejamento para transporte de materiais e equipamentos, evitando-se horários de pico e<br />

noturno nas auto-estradas.<br />

• Solicitar à empreiteira a preparação de um plano de transportes para as obras, exigência a<br />

ser estabelecida e especificada no contrato, obedecendo às prescrições constantes no PAC.<br />

• Realizar contatos com o DNIT, os DERs e as Prefeituras Municipais para, em conjunto<br />

com o empreendedor, serem definidas as alterações necessárias bem como obtidas as<br />

liberações e licenças exigidas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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TAUBATÉ<br />

6-33 ABRIL / 2006


• Planejar o horário de transporte de pessoal, materiais e equipamentos, evitando-se os<br />

horários de pico e noturnos, para não perturbar o sossego das comunidades próximas.<br />

• Implantar a sinalização adequada e, no âmbito do Programa de Comunicação Social,<br />

fornecer as informações às comunidades a respeito das alterações nas condições de tráfego<br />

nos acessos e, principalmente, colocação de placas indicativas sobre o fluxo de pedestres,<br />

nos locais onde ele for mais intenso.<br />

• Realizar o controle dos níveis dos ruídos a serem emitidos pelos equipamentos utilizados<br />

nas obras, notadamente próximo às áreas urbanas, conforme especificado pelos<br />

fabricantes e obedecendo às Normas Brasileiras.<br />

• Utilização de equipamentos de segurança, como máscaras, botas, protetores de ouvido,<br />

luvas, capacetes, etc., pelos funcionários das obras.<br />

• Controle de ruídos a partir do padrão de cada equipamento.<br />

• Inspeção de todos os equipamentos utilizados, visando não ultrapassar os ruídos<br />

aceitáveis, associados aos tempos de emissão, nos locais das obras e nas áreas externas,<br />

conforme legislação em vigor.<br />

• Manutenção e operação adequada dos equipamentos para evitar descargas excessivas de<br />

poluentes atmosféricos.<br />

• Incluir, no Programa de Comunicação Social, a divulgação sobre o aumento do tráfego de<br />

veículos.<br />

(10) Pressão sobre a Infra-Estrutura de Serviços Essenciais<br />

As obras para instalação de empreendimentos de grande porte, freqüentemente, fazem-se acompanhar<br />

do aumento da demanda por bens e serviços urbanos básicos, sobretudo os equipamentos coletivos.<br />

Esse aumento ocorrerá em virtude do incremento da população de trabalhadores, o que dinamizará o<br />

Setor Terciário na Área de Influência Indireta do empreendimento. Dentre os serviços mais<br />

pressionados, destacam-se os de hospedagem, alimentação e saúde.<br />

Especificamente com relação aos serviços de saúde, foi observada, durante a elaboração dos estudos<br />

ambientais, através dos dados estatísticos obtidos nas fontes pesquisadas e em informações obtidas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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TAUBATÉ<br />

6-34 ABRIL / 2006


na campanha de campo, que a rede de saúde e equipamentos associados são suficientes para<br />

atendimento às demandas locais, ao menos as mais simples. São José dos Campos e Caçapava foram<br />

citados como referência para atendimentos especializados para a população de Paraibuna e Jambeiro,<br />

respectivamente. São José dos Campos reúne 7 de um total de 13 hospitais existentes na AII,<br />

embora os outros cinco municípios possuam ao menos uma unidade hospitalar.<br />

Estima-se que os trabalhadores envolvidos nas diversas etapas da implantação poderão,<br />

eventualmente, sofrer acidentes, inerentes a tais obras. Há também, sempre, a possibilidade da<br />

ocorrência de problemas com animais peçonhentos, tudo isso gerando pressões sobre o<br />

sistema de saúde nas localidades próximas à obra. Além disso, a possibilidade de contratação<br />

de mão-de-obra de outras regiões pode contribuir significativamente para que haja pressões<br />

dessa parcela de pessoas contratadas na região sobre esses equipamentos de saúde.<br />

Com o afluxo de trabalhadores, atraídos pela oferta de trabalho na região, poderá haver<br />

também, pressão na infra-estrutura habitacional, que deverá, no entanto, ser minimizada com<br />

as ações de comunicação e divulgação da quantidade e perfil da mão-de-obra a ser contratada.<br />

Este impacto é considerado negativo, direto, local, de curto prazo, temporário, reversível, de<br />

magnitude média e média importância; é, portanto, significante.<br />

Medidas Recomendadas<br />

• Implementar medidas de manutenção da saúde dos trabalhadores e de saneamento nos<br />

canteiros e nas frentes de obras, para evitar a propagação de doenças na região.<br />

• Realizar negociação com o Poder Público local, com vistas a buscar alternativas que<br />

reduzam a pressão que a chegada de população trabalhadora à região poderá provocar<br />

sobre os serviços essenciais.<br />

• Promover esclarecimentos à população quanto à quantidade, ao perfil e à qualificação da<br />

mão-de-obra que será contratada para as obras.<br />

• Seguir as Diretrizes de Saúde e Segurança nas Obras do Plano Ambiental para a<br />

Construção – PAC, com referência à realização de exames de admissão para os<br />

trabalhadores da obra, tendo em vista controlar o padrão de saúde dessa população.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

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TAUBATÉ<br />

6-35 ABRIL / 2006


• No âmbito dos Programas de Comunicação Social e Educação Ambiental, implementar<br />

campanhas temáticas educativas, objetivando conscientizar a população da importância<br />

das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e dos cuidados a serem tomados como<br />

prevenção.<br />

• Realizar a instalação de estrutura sanitária adequada nos canteiros de obras, de acordo<br />

com as diretrizes do PAC.<br />

• Adotar medidas em consonância com as normas técnicas previstas na Lei no 6.515/77 e na<br />

Portaria no 3.214/78 - Normas de Segurança e Medicina do Trabalho.<br />

• Manter as estruturas de primeiros socorros, nas frentes de trabalho e canteiros de obras, e<br />

de veículos para remoção e transporte de acidentados. Em casos graves, os pacientes<br />

deverão ser removidos para os centros com maiores recursos hospitalares, sem que haja<br />

sobrecarga na infra-estrutura local. É necessário, no entanto, que seja realizado um estudo<br />

de alternativas desses centros, para garantir o atendimento aos trabalhadores.<br />

• Efetuar a aplicação do Código de Conduta, com ações de educação em saúde dirigidas à<br />

mão-de-obra e à população local.<br />

(11) Interferência sobre o Patrimônio Arqueológico Regional<br />

O diagnóstico do patrimônio arqueológico e histórico-cultural indicou que a área de inserção<br />

do empreendimento (AII e AID) apresenta potencial para a ocorrência de remanescentes<br />

arqueológicos do período pré-colonial e histórico, caso de sítios arqueológicos e<br />

remanescentes arquitetônicos com relevância histórica.<br />

Considerando-se o potencial arqueológico indicado e o fato de que a vistoria realizada para a<br />

elaboração do diagnóstico não exauriu as possibilidades de identificação de bens<br />

arqueológicos e de remanescentes arquitetônicos históricos na AID do gasoduto projetado,<br />

avalia-se que existe o risco de que o Gasoduto comprometa a integridade dos que sejam<br />

relevantes, se medidas adequadas não vierem a ser tomadas.<br />

Há, portanto, que se impedir a destruição total ou parcial de sítios arqueológicos, entendida<br />

como a ocorrência de ações que levem à depredação ou à profunda desestruturação espacial e<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-36 ABRIL / 2006


estratigráfica de antigos assentamentos, indígenas ou históricos, subtraindo-os à memória<br />

nacional.<br />

Os fatores que podem gerar tal impacto estão todos ligados às obras de implantação do<br />

empreendimento, em especial as que implicam serviços de supressão de vegetação, de<br />

escavação de vala, de terraplenagem para a instalação das áreas de apoio (canteiros, áreas de<br />

empréstimo e bota-fora, áreas para disposição de tubos, alojamento, etc.), e para a abertura de<br />

estradas de acesso.<br />

Trata-se de impacto possível de ser prevenido, através de um programa de prospecções<br />

arqueológicas intensivas que permita identificar os bens em risco, antes que as obras os<br />

atinjam e mitigá-lo por meio de um programa de salvamento arqueológico que produza<br />

conhecimentos sobre os bens e promova a incorporação dos conhecimentos adquiridos à<br />

Memória Nacional.<br />

O levantamento sistemático e exaustivo do patrimônio arqueológico e histórico, ao longo da<br />

faixa de domínio do Gasoduto e de seu entorno imediato, tem como objetivo evitar que o<br />

patrimônio arqueológico e histórico eventualmente existente ao longo da faixa de domínio<br />

seja posto em risco com a instalação do Gasoduto projetado.<br />

Caso haja algum bem em risco, será necessário proceder-se ao seu resgate, medida essa de<br />

médio grau de resolução, porque não evita a perda física do bem; apenas sua compensação<br />

por produção de conhecimento. Essa medida só será adotada se for comprovada a existência<br />

de bens arqueológicos em risco.<br />

Tal impacto pode ser caracterizado como negativo, direto, local, de curto prazo, permanente,<br />

irreversível, de grande magnitude e de média importância, uma vez que incide sobre bens da<br />

União (Constituição Federal, art. 20, X) e patrimônio cultural da Nação (Constituição Federal,<br />

art . 216, V), consistindo, desta forma, em um impacto muito significativo.<br />

Medidas Recomendadas<br />

Implantação de um Programa de Arqueologia Preventiva, nos termos da Portaria IPHAN<br />

230/2002, dividido em três Programas distintos e correlatos:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-37 ABRIL / 2006


• Programa de Prospecção Arqueológica intensiva, para verificar se ocorrem bens<br />

arqueológicos que possam vir a ser danificados pelas obras do Gasoduto;<br />

• Programa de Salvamento Arqueológico, se necessário, caso seja identificado algum sítio<br />

arqueológico em risco, que permita recolher e analisar dados relativos ao bem a ser<br />

destruído, de modo a inserir o conhecimento produzido no contexto etno-histórico<br />

regional e local; e<br />

• Programa de Educação Patrimonial, nos termos da Portaria IPHAN 230/2002, visando à<br />

difusão e à valorização do acervo cultural do País, considerando-se os diferentes<br />

segmentos da sociedade nacional.<br />

(12) Interferência com o Uso e Ocupação das Terras<br />

Este impacto ocorrerá durante as fases de implantação e operação do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté, restringindo-se à faixa de servidão de 20m e refletindo-se,<br />

principalmente, nas áreas com vegetação nativa e de silvicultura.<br />

Especificamente, durante as obras, na faixa de 20m, todos os usos sofrerão restrição. Os<br />

estudos ambientais realizados na região mostram que na AID existem áreas de pastagem<br />

(70,15%), floresta (15,99%), silvicultura (11,64%) e pequenas áreas de culturas de<br />

subsistência (feijão, mandioca, milho, hortigranjeiros), distribuídas nas propriedades rurais.<br />

É importante destacar que a experiência em projetos similares revelou que nem sempre essas<br />

interferências são negativas. Enquanto alguns proprietários descapitalizados, por exemplo,<br />

com as indenizações recebidas puderam fazer novos investimentos em suas propriedades,<br />

outros se sentiram prejudicados pela restrição ao uso das terras, muito embora, após a<br />

implantação do Gasoduto, as pastagens e culturas de pequeno porte possam voltar a ser<br />

cultivadas normalmente. Desse modo, o caráter positivo deste impacto dependerá diretamente<br />

dos procedimentos a serem adotados quando do processo indenizatório.<br />

Este impacto diz respeito a todas as áreas cujo uso atual possa ser afetado, em especial nas<br />

áreas localizadas na faixa de servidão do Gasoduto e que, em função da operação do<br />

empreendimento, sofrerão algumas restrições de uso.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-38 ABRIL / 2006


Dentre os usos não permitidos na faixa de servidão, podem ser destacados: o plantio de<br />

culturas permanentes ou árvores que tenham raízes profundas (acima de 0,80m), construções,<br />

utilização de arados ou quaisquer implementos agrícolas de grande porte, que tenham alcance<br />

superior a 0,40m de profundidade, a partir do chão, e promoção de queimadas e/ou fogueiras.<br />

Foi possível verificar, com base nos serviços de campo e do mapeamento ilustrado no Mapa<br />

12 – Vegetação, Uso e Ocupação das Terras, que, ao longo da faixa de 94,1km de extensão<br />

por 20m de largura, com exceção do trecho em túnel, cerca de 177,7ha deverão ser utilizados<br />

para a implantação do Gasoduto sendo que 80,9% (143,7ha) das áreas poderão retomar seus<br />

usos atuais, ou seja, as áreas de pastagens e as demais áreas com culturas de pequeno porte e<br />

corpos d’água, dentre outros usos, com 1,2% (2,1ha), não serão afetadas durante a operação<br />

do Gasoduto. Já as áreas com vegetação nativa, silvicultura e área urbana, após o<br />

estabelecimento da faixa de servidão, não poderão retomar seu uso atual, em função da<br />

incompatibilidade com a segurança das instalações do Gasoduto.<br />

Quadro 6-4 - Distribuição das Classes de Uso e Cobertura das Terras na Faixa de<br />

Domínio do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Classe de Uso Área (ha) %<br />

Corpos d’água 64,8 0,86<br />

Área urbana 152,13 2,01<br />

Pastagem 5.300,87 70,15<br />

Silvicultura 879,36 11,64<br />

Floresta Ombrófila Densa Montana 916,02 12,12<br />

Floresta Ombrófila Densa Submontana 238,25 3,15<br />

Floresta Ombrófila Densa Terras Baixas 5,44 0,72<br />

Ressalta-se que, nas comunidades locais, proprietários e habitantes, bem como autoridades municipais<br />

da região, serão informados, com antecedência, sobre a finalidade do Gasoduto, suas características, o<br />

itinerário das obras, seu cronograma e as interferências com o uso do solo, plantios e edificações.<br />

Deverão, também, ser instruídos quanto à segurança do Gasoduto e aos seus possíveis perigos, quando<br />

em operação, e também quanto aos procedimentos a serem adotados em casos de emergência.<br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-39 ABRIL / 2006


Dependendo do uso da faixa, as restrições existentes poderão transformar este impacto em<br />

temporário ou permanente e reversível ou irreversível.<br />

Além disso, este impacto é negativo, direto, local, de curto prazo, de médias magnitude e<br />

importância; é, portanto, significativo.<br />

Medidas Recomendadas<br />

• No âmbito do Programa de Comunicação Social, prestar os devidos esclarecimentos a<br />

todos os interessados nas obras do Gasoduto.<br />

• Negociar com os proprietários, para que a faixa de servidão seja liberada.<br />

• Suprimir o mínimo possível da vegetação de porte arbóreo.<br />

• Nas Áreas de Preservação Permanente (APPs), utilizar somente a abertura da faixa<br />

necessária para a instalação do Gasoduto.<br />

• Implementar o Programa para Estabelecimento da Faixa de Servidão Administrativa e de<br />

Indenizações baseado em critérios justos e transparentes e que contemple as<br />

especificidades das propriedades atingidas, onde serão definidos as diretrizes e os critérios<br />

necessários para indenização.<br />

(13) Aumento da Disponibilidade de Gás Natural<br />

A implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté disponibilizará cerca de 20 milhões de<br />

m 3 /dia de gás natural. Essa contribuição visa minimizar os riscos de falta de energia elétrica e<br />

o aumento para 12%, até 2010, da participação do gás natural na Matriz Energética Brasileira.<br />

Essa meta foi estabelecida no Programa Prioritário de Termeletricidade – PPT, que previu a<br />

instalação de 54 usinas termelétricas a gás natural, no Brasil, que necessitariam de um<br />

suprimento de cerca de 40 milhões de m 3 /dia.<br />

Este impacto, portanto, é considerado positivo, direto, estratégico, de longo prazo,<br />

permanente, irreversível, de magnitude média, importância grande e, portanto, muito<br />

significativo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-40 ABRIL / 2006


Medidas Recomendadas<br />

• Divulgar a maior oferta de combustível aos interessados, em especial às indústrias<br />

localizadas ao longo do traçado do Gasoduto, através do Programa de Comunicação<br />

Social.<br />

• Promover campanha permanente, com vistas a sensibilizar a população para o fato de o<br />

gás natural ser uma fonte de energia limpa, incentivando o seu uso.<br />

6.5 SÍNTESE CONCLUSIVA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

Foram identificados 13 impactos ambientais principais que poderão ocorrer na implantação e<br />

operação do Gasoduto, dos quais 3 são positivos e 10 são considerados negativos. Dos<br />

positivos, todos têm seus efeitos no meio antrópico. Tais impactos positivos têm variada<br />

importância para a economia local. Um deles, o de Aumento da Disponibilidade de Gás<br />

Natural, é muito significativo, com conseqüente reflexo social na melhoria da qualidade de<br />

vida, no meio ambiente e para a economia nacional, podendo ser enquadrado como<br />

estratégico, com abrangência nacional, já que será utilizado um combustível menos poluente e<br />

poder-se-á utilizá-lo para geração de energia elétrica.<br />

Por outro lado, deve-se considerar que a poluição do ar representa, atualmente, uma das<br />

maiores preocupações em quase todas as grandes cidades do mundo, sendo objeto de<br />

regulamentação cada vez mais rígida, por constituir a maior fonte de degradação do meio<br />

ambiente.<br />

O gás natural produz cerca da metade dos óxidos de nitrogênio liberados pelo óleo diesel e<br />

duas a três vezes menos que os liberados pelo carvão. O emprego do gás natural, que é<br />

considerado o combustível fóssil mais limpo, fornece energia de menor custo, sendo uma<br />

solução que, em geral, não requer grandes investimentos.<br />

Experiências feitas por diversos países mostram que a sua introdução na matriz energética tem<br />

contribuído para uma redução sensível nas taxas de poluição.<br />

Boa parte das melhorias da qualidade do ar em vários países pode ser creditada à<br />

intensificação do uso do gás natural. Os investimentos necessários à sua implantação, ainda<br />

que inicialmente possam ser considerados onerosos, acarretam um grande benefício social ao<br />

longo do tempo, ao evitar danos custosos e, às vezes, irreversíveis, melhorando a<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-41 ABRIL / 2006


produtividade, minimizando ou evitando gastos desnecessários para as indústrias e, sobretudo,<br />

promovendo a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar próprio, o que, sem dúvida, tem<br />

sido uma busca constante do Homem.<br />

Esses benefícios refletem uma grande economia para as localidades envolvidas,<br />

principalmente para os grandes centros urbanos, conforme já demonstrado a partir do início<br />

da operação do Gasoduto Bolívia-Brasil e demais gasodutos instalados no Brasil.<br />

Em relação à duração, 6 impactos têm caráter temporário, ou seja, tendem a cessar após a ação<br />

impactante; desses, 4 são reversíveis. Há alterações que podem ser potencializadas ou<br />

otimizadas, no caso de alterações positivas, e, em alguns casos, mitigadas ou revertidas quando<br />

negativas. De maneira geral, os impactos apresentam grande probabilidade de ocorrer, isto é,<br />

representam alterações reais nos componentes ambientais impactados, em relação à situação<br />

anterior. Dizem majoritariamente respeito a alterações nos componentes socioeconômicos.<br />

Das análises apresentadas, pode-se deduzir que, em conjunto, os impactos identificados da<br />

implantação do Gasoduto são significativos, sendo que o único muito significativo é positivo.<br />

A análise de impactos ambientais permite, portanto, que sejam inferidas, resumidamente, as<br />

seguintes observações:<br />

• dentre os impactos socioeconômicos do projeto do Gasoduto Caraguatauba–Taubaté, há<br />

uma certa tendência para os positivos contribuírem para a melhoria da qualidade de vida<br />

das populações das Áreas de Influência do empreendimento;<br />

• os impactos ambientais negativos que poderão decorrer do projeto não conformam uma<br />

situação de grave degradação ambiental que fique além da possibilidade de controle,<br />

através das medidas mitigadoras recomendadas.<br />

6.6 ANÁLISE DE RISCOS<br />

Os estudos de Análise de Riscos, detalhadamente apresentados no Volume 3/3 deste <strong>EIA</strong>,<br />

concluíram, após as devidas simulações, considerando as hipóteses acidentais formuladas, em<br />

função dos principais pontos notáveis identificados, que o empreendimento é aceitável, já que<br />

o nível definido de Risco Individual, pela CETESB, não foi alcançado.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO<br />

DOS IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

6-42 ABRIL / 2006


1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

Alteração da rede de<br />

drenagem<br />

Início e/ou aceleração de<br />

Processos Erosivos,<br />

Transporte Sólido e<br />

Assoreamento<br />

Interferência com Áreas de<br />

Autorizações e Concessões<br />

Minerarias<br />

Alteração nos<br />

remanescentes florestais<br />

PRÉ-INSTALAÇÃO<br />

INSTALAÇÃO<br />

Fases<br />

OPERAÇÃO<br />

DESATIVAÇÃO<br />

NEG DIR LOC CP TEM REV PEQ MED PS<br />

NEG DIR LOC CP CIC REV MED MED S<br />

NEG DIR LOC CP PER IRR PEQ PEQ PS<br />

NEG DIR LOC CP PER IRR MED GDE MS<br />

5 Pressão sobre a biota NEG DIR LOC MP PER IRR MED GDE MS<br />

Natureza<br />

Forma<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Classificação dos Impactos<br />

Abrangência<br />

Temporalidade<br />

Duração<br />

Reversibilidade<br />

Magnitude<br />

Importância<br />

Significância<br />

MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

IMPACTOS NOS MEIOS FÍSICO E BIÓTICO<br />

Ação Impactante<br />

Local de Ocorrência<br />

Execução das terraplenagens ou movimentações de terra, necessárias para a melhoria/abertura dos acessos e<br />

instalação da faixa de servidão e alteração das drenagens superficiais dos terrenos atravessados.<br />

Esse impacto deverá ser sentido nas travessias identificadas como de maior porte: rio Salto; rio Paraíba do Sul; e<br />

Capivari. As duas últimas estão localizadas no remanso do reservatório de Santa Branca e possuem cerca de 180<br />

metros de extensão. Outra questão relevante é que 46 travessias serão executadas em corpos hídricos da bacia do<br />

rio Paraíba do Sul enquadrados como classe 1, incluindo a represa de Santa Branca. As águas de classe 1 são<br />

destinadas a usos mais nobres e sua qualidade deve ser ainda mais protegida.<br />

Supressão de vegetação provocando erosão e instabilização de encostas. Execução, de forma inadequada, de<br />

áreas de empréstimo e bota-foras.<br />

Dos trechos considerados como sensíveis, com suscetibilidade à erosão forte a extremamente forte, destacam-se<br />

os que ocorrem do Km 2,2 ao Km 13,5; do Km 20,2 ao Km 28,7; do Km 31,0 ao Km 34,0; do Km 34,1 ao Km 38,8 e<br />

do Km 40,8 ao Km 51,0. Em parte do primeiro trecho ( Km 2,2 ao Km 8,2), deverá ser construído um túnel (do Km<br />

2,9 ao Km 8,1) e, dessa forma, nesse trecho, não haverá impacto decorrente de processos erosivos.<br />

Inviabilização de atividade minerária por conflito de usos na faixa de servidão.<br />

Na AID, foram identificadas 16 áreas de Titularidade Minerária. Destas, apenas o processo 1995820597, referente a<br />

Concessão de Lavra de areia, de Soares Penido Participações e Empreendimentos S.A, com 50,00ha, em<br />

Caraguatatuba, interfere diretamente com o traçado do futuro Gasoduto, pois tem parte de seu polígono sobreposto<br />

à AID do futuro empreendimento.<br />

Este impacto deverá ser sentido nos conjuntos de remanescentes florestais (Floresta Ombrófila Densa de Terras<br />

Baixas), nas proximidades do emboque do túnel, entre os Km 2 e 3 no início do Gasoduto; nos remanescentes<br />

florestais contínuos ao PESM, em bom estado de conservação (Floresta Ombrófila Densa Montana), localizados<br />

entre os Km 9 e 12 do Gasoduto; no conjunto de fragmentos de mata, próximos aos Km 20 e 23 (Floresta<br />

Ombrófila Densa Montana) e, em menor gravidade, no fragmento misto com eucalipto, entre os Km 56 e 61 do<br />

Gasoduto.<br />

Medidas Mitigadoras (impactos negativos)<br />

Medidas Potencializadoras (impactos postivos)<br />

· Cada grande travessia deverá ser projetada seguindo as orientações do PAC.<br />

· Fazer um levantamento detalhado da seção transversal dos cursos d’água nas travessias principais,<br />

caracterizando as condições locais de estabilidade do leito e das margens.<br />

· Executar o assentamento do duto, nas travessias de cursos d´água, preferencialmente durante o período de<br />

estiagem de chuvas.<br />

· Deverão ser feitas drenagem de estradas de acesso e cortes das áreas terraplenadas.<br />

· Todos os taludes de cortes e/ou aterros terão que ser devidamente drenados, preservando-se o terreno contra a<br />

erosão, com revegetação das área com solo exposto.<br />

· Qualquer serviço de terraplenagem deverá ser planejado para evitar processos erosivos e risco de carreamento<br />

de sólidos para os leitos dos rios ou talvegues receptores.<br />

· Na execução de qualquer obra em APP deverá ser garantido o escoamento normal do curso d’água.<br />

· Implantar o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.<br />

· Evitar, sempre que possível, áreas classificadas como de alta limitação, sob o ponto de vista construtivo.<br />

· Definir as obras especiais nos trechos indicados de maior fragilidade, no que se refere à suscetibilidade à erosão.<br />

· Executar drenagem na faixa, a fim de assegurar o bom escoamento das águas.<br />

· Executar revestimento vegetal das rampas sujeitas à erosão.<br />

· Evitar, sempre que possível, obras no período de chuvas nas áreas sujeitas à erosão.<br />

· Usar sempre equipamentos leves ou mesmo de operação manual nas áreas mais críticas.<br />

· Instalar bermas transversais à faixa para reduzir o escoamento superficial das águas pluviais, diminuindo, assim,<br />

a intensidade da erosão superficial.<br />

. Executar os serviços associados a áreas de empréstimo e bota-foras de forma adequada, para não incrementar o<br />

transporte sólido e o assoreamento dos cursos d´água.<br />

. Implantar Projeto de Gerenciamento de Resíduos.<br />

· Análise atualizada e detalhada dos processos de concessão das áreas que sofrem interferência direta com o<br />

traçado do Gasoduto no DNPM.<br />

· Avaliação do potencial mineral a ser afetado.<br />

· Localização da jazida da substância mineral de interesse dentro da área requerida.<br />

· Desvio, se necessário, durante a fase de elaboração do traçado final visando evitar incompatibilidade entre<br />

implantação e operação do empreendimento e a exploração das jazidas das substâncias minerais de valor<br />

econômico significativo.<br />

· O empreendedor deverá providenciar o cadastramento da AID do Gasoduto no DNPM.<br />

Mudança nas composições de espécies, a variação das densidade de indivíduos da fauna e da flora, a perda de<br />

• Por ser um impacto permanente, na fase de micro-localização do traçado do Gasoduto, deverá ser executado o<br />

estratificação da floresta, a taxa de descontinuidade dos dosséis, o índice de desaparecimento de formas de vida e<br />

ajuste, buscando-se atravessar as menores extensões das áreas ocupadas pela vegetação nativa.<br />

grupos funcionais, etc.<br />

• A utilização dos acessos já existentes deverá ser priorizada, e a abertura de outros acessos deverá ser feita em<br />

Este impacto deverá ser sentido nos conjuntos de de remanescentes florestais (Floresta Ombrófila Densa de Terras áreas já impactadas. Sempre que possível, deverá ser priorizada a própria diretriz do traçado como acesso.<br />

Baixas), nas proximidades do do emboque do do túnel, entre os os Km 22e3noinício e 3 no início do do Gasoduto; nos nos remanescentes • A execução de procedimentos que garantam a minimização desse impacto ambiental está condicionada à<br />

florestais<br />

florestais<br />

contínuos<br />

contínuos<br />

ao<br />

ao<br />

PESM,<br />

PESM,<br />

em<br />

em<br />

bom<br />

bom<br />

estado<br />

estado<br />

de<br />

de<br />

conservação<br />

conservação<br />

(Floresta<br />

(Floresta<br />

Ombrófila<br />

Ombrófila<br />

Densa<br />

Densa<br />

Montana),<br />

Montana),<br />

localizados<br />

localizados<br />

entre implementação de ferramentas de acompanhamento e medição, traduzidas na forma de Programas Ambientais,<br />

os<br />

entre<br />

Km<br />

os<br />

9<br />

Km<br />

e 12<br />

9<br />

do<br />

e 12<br />

Gasoduto;<br />

do Gasoduto;<br />

no conjunto<br />

no conjunto<br />

de fragmentos<br />

de fragmentos<br />

de mata,<br />

de<br />

próximos<br />

mata, próximos<br />

aos Km<br />

aos<br />

20<br />

Km<br />

e 23<br />

20<br />

(Floresta<br />

e 23 (Floresta<br />

Ombrófila<br />

Ombrófila<br />

Densa mais especificamente nos Programas de Supressão de Vegetação, Resgate de Germoplasma, e de Monitoramento<br />

Montana)<br />

Densa Montana)<br />

e, em menor<br />

e, em<br />

gravidade,<br />

menor gravidade,<br />

no fragmento<br />

no fragmento<br />

misto com<br />

misto<br />

eucalipto,<br />

com eucalipto,<br />

entre os<br />

entre<br />

Km 56<br />

os<br />

e<br />

Km<br />

61 do<br />

56<br />

Gasoduto.<br />

e 61 do Gasoduto. da Fauna e da Flora.<br />

Supressão de vegetação, alteração microclimática, fragmentação de áreas contínuas de floresta.<br />

• Construção de cercas vivas para a proteção das bordas, barreiras para o vento e luminosidade.<br />

• Desenvolver mecanismo de proteção, sobretudo nas áreas remanescentes mais significativas para a ocorrência<br />

de relevantes impactos, como um plano de fiscalização permanente, em sintonia com as instituições<br />

responsáveis, e com parcerias com proprietários.<br />

• Estabelecer corredores ecológicos entre os fragmentos atravessados e áreas florestadas adjacentes.<br />

• Planejar a conservação de áreas próximas, revertendo o mecanismo de degradação ambiental.<br />

• Executar as obras de travessias de corpos d'água de acordo com as recomendações do PAC.<br />

• Essas ações devem ser orientadas através da implementação de ferramentas de acompanhamento e medição,<br />

traduzidas na forma de Programas Ambientais, mais especificamente nos Programas de Supressão de<br />

Vegetação e de Monitoramento da Fauna e da Flora.<br />

Legenda: POS - positivo; NEG - negativo; DIR - direto; IND - indireto; LOC - local; REG - regional; EST - estratégico; CP - curto prazo; MP - médio prazo; LP - longo prazo; PER - permanente; TEM - temporário; CIC - cíclico; REV - reversível; IRR - irreversível; GDE - grande; MED - médio; PEQ - pequeno; PS - pouco significativo; S - significativo; MS - muito<br />

significativo.<br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

6-43 ABRIL/2006


6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

Dinamização da economia<br />

local<br />

Aumento da Oferta de Postos<br />

de Trabalho<br />

Interferência no cotidiano da<br />

população local<br />

Aumento do Tráfego de<br />

Veículos, de Ruídos e de<br />

Poeiras<br />

Pressão sobre a infraestrutura<br />

de serviços<br />

essenciais<br />

Interferência sobre o<br />

Patrimônio Arqueológico<br />

regional<br />

Interferência com o Uso e a<br />

Ocupação das Terras<br />

Aumento da disponibilidade<br />

de gás natural<br />

PRÉ-INSTALAÇÃO<br />

INSTALAÇÃO<br />

Fases<br />

OPERAÇÃO<br />

DESATIVAÇÃO<br />

Natureza<br />

Forma<br />

POS DIR LOC CP TEM IRR MED PEQ PS<br />

POS DIR REG CP TEM IRR MED MED S<br />

NEG DIR LOC CP TEM REV MED MED S<br />

NEG DIR LOC CP TEM REV MED MED S<br />

NEG DIR LOC CP TEM REV MED MED S<br />

NEG DIR LOC CP PER IRR GDE MED MS<br />

NEG DIR LOC CP<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Classificação dos Impactos<br />

Abrangência<br />

Temporalidade<br />

Duração<br />

TEM/<br />

PER<br />

Reversibilidade<br />

REV/<br />

IRR<br />

Magnitude<br />

Importância<br />

Significância<br />

MED MED S<br />

POS DIR EST LP PER IRR MED GDE MS<br />

MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS<br />

IMPACTOS NO MEIO ANTRÓPICO<br />

Ação Impactante<br />

Local de Ocorrência<br />

Aumento da circulação de pessoas e monetária e da arrecadação municipal de impostos e taxas em função da<br />

demanda por bens e serviços.<br />

Dentre as localidades que poderão sentir os efeitos dessa dinamização, estão: Bairro Espírito Santo (Km 28,84),<br />

Bairro do Salto (Km 40,78) e Bairro Damião (Km 43,48), no município de Paraibuna; bairros Campos de São José,<br />

Nova Esperança, Boa Esperança, Bom Retiro, Santa Lúcia, Portal do Céu e Capão Grosso, em São José dos<br />

Campos (Km 63,92 a Km 71,67); Bairro Caçapava Velha (Km 87,24), em Caçapava, e bairro Barreiro (km 92,38),<br />

em Taubaté.<br />

Em toda a extensão do Gasoduto, de forma diferenciada, de acordo com o uso das terras.<br />

- Priorizar a contratação de mão-de-obra local ou dos municípios circunvizinhos ao empreendimento. Dever-seá,<br />

também, dar preferência ao uso dos serviços, comércio e insumos locais.<br />

Geração de postos de trabalho diretos e indiretos em função do aumento da procura por serviços de alimentação,<br />

hospedagens e gerais.<br />

- Priorizar a mão-de-obra que vive nas comunidades próximas à região atravessada pelo empreendimento.<br />

Este impacto deverá ser sentido nos seguintes locais: bairro rural do Cedro (está fora da AID, mas faz parte do seu<br />

- Implantar os Programas de Comunicação Social e Educação Ambiental.<br />

acesso pela SP-088) e bairro Espírito Santo, ambos em Paraibuna; bairros Campos de São José, Nova Esperança,<br />

Boa Esperança, Bom Retiro, Santa Lúcia, Portal do Céu e Capão Grosso, em São José dos Campos; bairro<br />

Caçapava Velha, em Caçapava; as sedes municipais de Caraguatatuba, Paraibuna.<br />

Criação de frentes de obras e instalação de canteiros fixos (principais) e móveis (auxiliares).<br />

Caso sejam escolhidos os municípios de Caraguatatuba e São José dos Campos, para a instalação dos canteiros<br />

principais, e Paraibuna e Taubaté, para os secundários, esses deverão ser os locais onde este impacto será<br />

sentido.<br />

Sobrecarga à estrutura viária, incluindo os acessos para execução das obras.<br />

As cidades, fazendas, sítios, e bairros rurais que estiverem próximos a essas intervenções e nas áreas próximas<br />

aos canteiros de obras poderão sentir mais os efeitos desse impacto, tais como: Bairro do Lajeado (km 26,12),<br />

Bairro do Varjão (km 27,63); Bairro Espírito Santo (km 28,84); Bairro do Salto (km 40,78) e Bairro Damião (km<br />

43,48), no município de Paraibuna; Fazenda Brasil (km 49,86) e Bairro Capivari (km 51,69), no município de<br />

Jambeiro; bairros Santa Cecília, Campos de São José, Nova Esperança, Boa Esperança, Bom Retiro, Santa Lúcia,<br />

Portal do Céu e Capão Grosso, em São José dos Campos (km 63,24 a km 71,67); Bairro Santo Antônio do<br />

Iguamerim (km 74,96) e Bairro Tijuco Preto (km 77,79) e Bairro Caçapava Velha (km 87,24), em Caçapava, e Bairro<br />

Barreiro (km 92,38), em Taubaté.<br />

Incremento da população de trabalhadores, provocando pressão principalmente nos serviços de hospedagem,<br />

alimentação e saúde.<br />

Este impacto deverá ocorrer principalmente nas sedes municipais que integram a Área de Influência Indireta do<br />

Empreendimento, principalmente nos municípios de Caraguatatuba, São José dos Campos e Caçapava.<br />

Limpeza dos terrenos, movimentação de maquinário e do pessoal da obra e abertura de acessos e das valas.<br />

Há duas áreas de ocorrências arqueológicas, com vestígios resultantes de atividades ou ocupações humanas<br />

pretéritas, potenciais para sofrerem este impacto. Das ocorrências verificadas, uma apresenta potencial para a<br />

descoberta de sítio arqueológico mais significativo, possivelmente indígena (Ribeirão do Cedro, no município de<br />

Paraibuna).<br />

Proibição, na faixa de servidão, do plantio de culturas permanentes ou árvores que tenham raízes profundas, de<br />

construções, da utilização de máquinas de grande porte, de queimadas e/ou fogueiras.<br />

Disponibilização de até 20 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.<br />

Região Sudeste, interligado a rede dutoviária do Sudeste com o Nordeste.<br />

Medidas Mitigadoras (impactos negativos)<br />

Medidas Potencializadoras (impactos postivos)<br />

- Implantar Programa de Comunicação Social.<br />

- Divulgar previamente, através de contato direto, todas as ações previstas na implantação do Gasoduto.<br />

- Divulgar o Código de Conduta da população trabalhadora, tendo em vista manter sua convivência social com a<br />

população local.<br />

- Realizar campanhas temáticas centradas na convivência positiva entre trabalhadores e comunidades locais.<br />

- Disponibilizar um canal de contato direto com o empreendedor, através do telefone 0800.<br />

- Garantir, de um modo geral, a implantação de todas as diretrizes do PAC.<br />

- Preparação, pela empreiteira, de um plano de transportes para as obras, exigência a ser estabelecida e<br />

especificada no contrato, obedecendo às prescrições constantes no PAC.<br />

- Planejamento para transporte de materiais e equipamentos, evitando-se horários de pico e noturno nas autoestradas.<br />

- Contatos com o DNIT, os DERs e as Prefeituras Municipais para, em conjunto com o empreendedor, serem<br />

definidas as alterações necessárias, bem como obtidas as liberações exigidas.<br />

- Controle dos níveis dos ruídos a serem emitidos pelos equipamentos utilizados nas obras, conforme especificado<br />

pelos fabricantes e obedecendo às Normas Brasileiras.<br />

- Manutenção e operação adequada dos equipamentos para evitar descragas excessivas de poluentes<br />

atmosféricos.<br />

- Implantar o Programa de Comunicação social.<br />

- Implantação de uma infra-estrutura de atendimento à população trabalhadora.<br />

- Seguir as Diretrizes para o Programa de Saúde e Segurança nas Obras..<br />

- Implementar campanhas temáticas educativas objetivando conscientizar a população para a importância das<br />

DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e os cuidados a serem tomados como prevenção .<br />

- Manutenção de estruturas de primeiros socorros, nas frentes de trabalho e canteiros de obras, e de veículos para<br />

remoção e transporte de acidentados.<br />

- Aplicação do Código de Conduta, com ações de educação em saúde dirigidas à mão-de-obra e à população local.<br />

Implantação de um Programa de Arqueologia Preventiva, dividido em três Sub-programas distintos e correlatos, a<br />

saber:<br />

• Sub-programa de Prospecção Arqueológica Intensiva, para verificar se ocorrem bens arqueológicos que possam<br />

vir a ser danificados pelas obras do gasoduto.<br />

• Sub-programa de Salvamento Arqueológico, caso seja identificado algum sítio arqueológico em risco, que<br />

permita recolher e analisar dados relativos ao bem a ser destruído, de modo a inserir o conhecimento produzido<br />

no contexto etno-histórico regional e local.<br />

• Sub-programa de Educação Patrimonial, nos termos da Portaria IPHAN 230/2002, visando a difusão e a<br />

valorização do acervo cultural do país considerando-se os diferentes segmentos da sociedade nacional.<br />

- Indenização da produção renunciada, temporariamente, durante as obras.<br />

- Elaboração de um cronograma de implantação adequado, de maneira a que as obras não coincidam com as<br />

fases de desenvolvimento e colheita.<br />

- Implementar o Programa para Estabelecimento da Faixa de Servidão Administrativa e de Indenizações, baseado<br />

em critérios justos e transparentes .<br />

- Divulgação da maior oferta de combustível aos interessados, em especial às indústrias regional e nacional.<br />

- Promover campanha permanente, com vistas a sensibilizar a população para o fato de o gás natural ser uma<br />

fonte de energia limpa, incentivando o seu uso.<br />

Legenda: POS - positivo; NEG - negativo; DIR - direto; IND - indireto; LOC - local; REG - regional; EST - estratégico; CP - curto prazo; MP - médio prazo; LP - longo prazo; PER - permanente; TEM - temporário; CIC - cíclico; REV - reversível; IRR - irreversível; GDE - grande; MED - médio; PEQ - pequeno; PS - pouco significativo; S - significativo; MS - muito<br />

significativo.<br />

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-TAUBATÉ<br />

6-44 ABRIL/2006


7. MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS E<br />

PROGRAMAS DE CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

7.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS<br />

De maneira didática, as medidas recomendadas, tanto mitigadoras quanto compensatórias, em<br />

caso de impactos negativos, e também as potencializadoras dos impactos positivos, foram<br />

apresentadas após a análise de cada impacto, na seção anterior, reservando-se esta seção para o<br />

detalhamento dos programas ambientais a elas associados.<br />

A avaliação dos impactos ambientais decorrentes do processo de implantação, construção e<br />

operação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté indicou a necessidade de se elaborarem esses<br />

programas que, uma vez executados, deverão possibilitar a adequada inserção do<br />

empreendimento à região. Além disso, esses programas deverão contribuir para a manutenção da<br />

qualidade ambiental das Áreas de Influência do empreendimento — Áreas de Influência Indireta<br />

(AII) e Direta (AID) —, para que a legislação ambiental seja cumprida e para que sejam<br />

contemplados os requisitos existentes no sistema de gerenciamento ambiental e demais<br />

requisitos legais e normativos aplicáveis, constantes na “Diretriz Contratual de Segurança, Meio<br />

Ambiente e Saúde – DCSMS”, da PETROBRAS.<br />

A citada diretriz visa “atender às exigências legais e integradas de Segurança, Meio Ambiente e<br />

Saúde – SMS, bem como os requisitos específicos, com o propósito de proteger as pessoas, o<br />

meio ambiente, os equipamentos e as instalações da PETROBRAS, da CONTRATADA e da<br />

COMUNIDADE”.<br />

Para o acompanhamento da implantação dos programas propostos, foi definida uma estrutura de<br />

Gestão Ambiental, que deverá ser implementada quando da obtenção da Licença de Instalação<br />

(LI) e que terá o apoio do Programa de Comunicação Social, que vigorará durante todas as fases<br />

da obra, estabelecendo um fluxo de informações sobre o empreendimento e a implantação dos<br />

outros programas.<br />

A estrutura organizacional proposta para o Sistema de Gestão Ambiental é apresentada a seguir.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-1 ABRIL / 2006


Programa de<br />

Comunicação Social<br />

Programas de Apoio e<br />

Liberação da Faixa de<br />

Servidão<br />

• Programa de<br />

Prospecção<br />

Arqueológica<br />

• Programa de<br />

Educação<br />

Patrimonial<br />

• Programa para o<br />

Estabelecimento da<br />

Faixa de Servidão<br />

Administrativa e de<br />

Indenizações<br />

• Programa de<br />

Supressão de<br />

Vegetação<br />

• Programa de<br />

Salvamento de<br />

Germoplasma<br />

• Programa de Gestão<br />

das Interferências<br />

com as Atividades<br />

de Mineração<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Sistema de Gestão<br />

Ambiental<br />

Programas de<br />

Supervisão e Controle<br />

das Obras<br />

• Programas de<br />

Controle de<br />

Processos Erosivos<br />

• Programa de<br />

Recuperação de<br />

Áreas Degradadas<br />

• Plano Ambiental<br />

para a Construção –<br />

PAC<br />

• Projeto de<br />

Gerenciamento de<br />

Resíduos<br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

Programa de<br />

Educação Ambiental<br />

Programas de<br />

Monitoramento do<br />

Empreendimento<br />

• Plano de<br />

Gerenciamento de<br />

Riscos / Plano de<br />

Ação de<br />

Emergências<br />

• Programa de<br />

Monitoramento da<br />

Fauna e da Flora<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-2 ABRIL / 2006


7.2 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL<br />

7.2.1 JUSTIFICATIVAS<br />

A implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté requer da PETROBRAS uma estrutura<br />

gerencial que permita garantir que as técnicas de proteção, manejo e recuperação ambiental mais<br />

indicadas para cada atividade de obra sejam aplicadas, além de criar condições operacionais para<br />

a implantação e acompanhamento dos Programas Ambientais de Monitoramento do<br />

Empreendimento, de Apoio à Liberação da Faixa de Servidão, de Supervisão e Controle das<br />

Obras, de Comunicação Social e de Educação Ambiental.<br />

Na construção de um gasoduto, os impactos ambientais estão associados principalmente à etapa<br />

de construção e montagem, tornando necessária a formulação e acompanhamento de programas<br />

ambientais direcionados a essa fase das obras. Existem, todavia, outros programas ambientais<br />

relacionados a ações vinculadas indiretamente às obras que necessitam de um acompanhamento<br />

direto por equipe especializada.<br />

Por isso, deve-se conceber uma estrutura de Gestão Ambiental composta por um grupo de<br />

especialistas, responsável por garantir que ocorra a implementação dos programas vinculados<br />

diretamente às obras e por supervisionar a implantação dos programas que possuem uma<br />

interface institucional muito grande com os demais atores envolvidos.<br />

Originalmente, os programas ambientais elaborados e implementados em diferentes obras não<br />

tinham, em sua concepção, uma importante ferramenta que objetivasse a integração das<br />

diferentes ações propostas e, principalmente, as estratégias de organização das atividades.<br />

Por outro lado, na etapa de construção, as mais diferentes ações associadas às obras civis não<br />

incluíam nenhum tipo de procedimento e acompanhamento ambiental, verificando-se,<br />

regularmente, a execução de ações incorretas (Não-Conformidades), tanto no aspecto ambiental<br />

(supressão de vegetação exagerada, instabilização de taludes, contaminação da água) como no<br />

social (interferências no cotidiano da população).<br />

Por isso, é importante, na implantação e operação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, a<br />

criação dessa estrutura gerencial, que deverá garantir a execução das medidas de reabilitação e<br />

proteção ambiental, assim como o acompanhamento dos programas ambientais não vinculados<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-3 ABRIL / 2006


diretamente às obras, integrando os diferentes agentes internos e externos, empresas contratadas,<br />

consultoras e instituições públicas e privadas. Dessa forma, garante-se ao empreendedor a<br />

segurança necessária para não serem transgredidas as normas e a legislação ambiental vigentes.<br />

7.2.2 OBJETIVOS<br />

O objetivo geral do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é, portanto, dotar o empreendimento de<br />

mecanismos eficientes que garantam a execução e o controle das ações planejadas nos<br />

programas ambientais e a adequada condução ambiental das obras, no que se refere aos<br />

procedimentos ambientais, mantendo-se um elevado padrão de qualidade na sua implantação e<br />

operação.<br />

São objetivos específicos do SGA:<br />

• definir diretrizes gerais, visando estabelecer a base ambiental para a contratação das obras e<br />

dos serviços relativos aos programas;<br />

• estabelecer procedimentos e instrumentos técnico-gerenciais, para viabilizar a<br />

implementação das ações propostas nos programas ambientais, nas diversas fases do<br />

empreendimento;<br />

• estabelecer mecanismos de Supervisão Ambiental das obras;<br />

• estabelecer mecanismos de acompanhamento, por profissionais especializados, dos<br />

programas ambientais.<br />

7.2.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS<br />

O Sistema de Gestão Ambiental será constituído por duas equipes, assim denominadas: Equipe<br />

de Supervisão Ambiental das Obras e Equipe de Acompanhamento dos Planos e Programas<br />

Ambientais não-vinculados Diretamente às Obras.<br />

Essas equipes estarão subordinadas a um Coordenador Geral, que será o responsável pelo<br />

gerenciamento do pessoal, intermediando, também, a comunicação entre o empreendedor, os<br />

órgão ambientais estaduais, o IBAMA e as comunidades locais.<br />

A Equipe de Supervisão Ambiental será formada por dois Inspetores Ambientais, com<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-4 ABRIL / 2006


obrigações relacionadas ao acompanhamento direto das frentes de obra, e por um Inspetor<br />

Social, com o objetivo de verificar e monitorar as medidas mitigadoras para os impactos<br />

socioeconômicos, sendo essa equipe responsável pelo acompanhamento dos outros programas<br />

ambientais vinculados às obras.<br />

A Equipe de Acompanhamento dos outros planos e programas ambientais será composta por três<br />

profissionais com diferentes especialidades, com o objetivo de garantir a implementação dos<br />

programas ambientais não relacionados diretamente à obra.<br />

Com base no SGA sugerido, propõe-se a seguinte Estrutura Organizacional simplificada:<br />

O Sistema de Gestão Ambiental deverá estender-se por todo o período de pré-obras e obras e,<br />

posteriormente, durante o início da fase de pré-operação.<br />

O Programa de Gestão Ambiental será desenvolvido considerando os seguintes passos<br />

principais:<br />

• detalhamento, quando necessário, dos programas ambientais propostos;<br />

• elaboração das diretrizes e procedimentos ambientais, visando à contratação de serviços<br />

especializados;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Equipe de Supervisão<br />

Ambiental das Obras<br />

• implementação e acompanhamento dos programas ambientais, conforme critérios<br />

previamente definidos;<br />

PETROBRAS<br />

Coordenação<br />

• acompanhamento das ações ambientais durante o desenvolvimento das obras;<br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

Equipe de Acompanhamento<br />

dos Programas<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-5 ABRIL / 2006


• estabelecimento e cumprimento das normas de operação de canteiros;<br />

• estabelecimento e cumprimento de um Código de Conduta dos operários das frentes de<br />

trabalho e apoio administrativo, em especial na convivência com as comunidades locais;<br />

• elaboração e aplicação de atividades de treinamento para os trabalhadores, no contexto do<br />

Programa de Educação Ambiental.<br />

7.3 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL<br />

7.3.1 JUSTIFICATIVAS<br />

Este Programa visa criar e manter os canais de comunicação necessários para o bom<br />

relacionamento entre a PETROBRAS e os diversos atores sociais envolvidos na instalação do<br />

empreendimento, de maneira que as informações circulem adequadamente, evitando<br />

interferências na comunicação e garantindo a qualidade das ações planejadas nos outros<br />

programas ambientais.<br />

Com extensão aproximada de 94,1km, o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté percorrerá 6 (seis)<br />

municípios do Estado de São Paulo — Caraguatatuba, Paraibuna, Jambeiro, São José dos<br />

Campos, Caçapava e Taubaté. Assim, é de suma importância o desenvolvimento de uma<br />

estratégia de comunicação social direcionada aos públicos específicos que receberão as<br />

influências mais diretas das atividades de construção nos locais onde vivem.<br />

Os principais impactos identificados, tais como aumento do tráfego com a movimentação de<br />

caminhões, poeira e incômodos às comunidades mais próximas, poderão ocorrer durante as obras<br />

para a implantação do Gasoduto, causando significativas alterações na rotina das populações que<br />

vivem em suas imediações, em especial, nas proximidades dos canteiros de obra e nos<br />

povoamentos e bairros rurais da região.<br />

A comunicação sobre o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, conduzida de maneira coordenada,<br />

através da consolidação de um programa integrado aos demais que compõem o Sistema de<br />

Gestão Ambiental, permite o planejamento e a elaboração prévia de ações fundamentais para que<br />

as informações sobre esse empreendimento sejam difundidas com transparência e compromisso.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-6 ABRIL / 2006


7.3.2 OBJETIVOS<br />

a. Geral<br />

No âmbito geral, este Programa, seguindo os procedimentos gerais do Plano de Comunicação<br />

Social da PETROBRAS, que visam à gestão dos processos de informação, educação e<br />

comunicação, com a força de trabalho – empregados e empresas contratadas – e comunidades<br />

localizadas nas Áreas de Influência, tem o objetivo principal de repassar informações sobre as<br />

mais importantes etapas e ações do empreendimento, nas fases de projeto, construção e<br />

operação, estabelecendo uma ligação permanente entre o empreendedor e as comunidades da<br />

área de influência.<br />

b. Específicos<br />

Destacam-se como objetivos específicos:<br />

• conhecer a população dos municípios atingidos, no que diz respeito aos aspectos culturais,<br />

sociais e econômicos locais e regionais;<br />

• criar e manter canais de comunicação e uma relação de diálogo entre o empreendedor e a<br />

população sob influência do Gasoduto;<br />

• informar, através dos meios apropriados e em linguagem adequada, acessível, clara e precisa,<br />

as fases e características do empreendimento;<br />

• promover a importância estratégica do Gasoduto, como uma iniciativa voltada para o bem<br />

público e de utilidade pública;<br />

• levar a população local a conhecer as regras de segurança, destacando o Código de Conduta<br />

do Trabalhador, os cuidados com a preservação da faixa de servidão e Unidades de<br />

Conservação existentes;<br />

• prevenir possíveis transtornos e conflitos decorrentes da circulação intensa do contingente de<br />

trabalhadores empregados na obra, visando, dentre outros aspectos, à ordem, ao respeito à<br />

população e à conservação do meio ambiente.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-7 ABRIL / 2006


7.3.3 PÚBLICO-ALVO<br />

a. Público Interno<br />

É o referente à força de trabalho da PETROBRAS — seus empregados e os de empresas<br />

contratadas.<br />

b. Público Externo<br />

• População da Área de Influência Direta e moradores das localidades rurais, bairros e áreas de<br />

periferia urbana do entorno da faixa.<br />

• Instituições públicas (Prefeituras e suas respectivas secretarias e subsecretarias de áreas<br />

próximas ao Gasoduto); instituições da sociedade civil (ONGs, Associações de Moradores,<br />

Sindicatos, Escolas, Representações Religiosas, etc.).<br />

• Instituições particulares: escolas, estabelecimentos comerciais, etc.<br />

7.3.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS<br />

a. Geral<br />

O Programa de Comunicação Social valoriza o relacionamento direto com o público-alvo, seja<br />

nas visitas locais a serem realizadas freqüentemente pelas equipes de campo, seja na recepção<br />

dos diversos públicos, esclarecendo dúvidas e informando sobre as diferentes etapas do<br />

Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

À diversidade de formas de ocupação e de uso do território atravessado pelo Gasoduto (áreas<br />

rurais com baixa densidade de ocupação; áreas rurais com média densidade de ocupação e áreas<br />

de periferia urbana) corresponde um conjunto de expectativas da população que apontam para<br />

demandas específicas. Essas demandas indicam a modalidade de comunicação mais adequada<br />

para cada situação, não só da implantação do Gasoduto como também da preparação da<br />

população para a convivência com ele.<br />

Este Programa deverá ser implantado em etapas, desde uma primeira, de caráter informativo, no<br />

período que antecede a instalação do empreendimento, passando pelas ações a serem<br />

implantadas durante as obras, até a última, voltada para a sua inserção na dinâmica social local,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-8 ABRIL / 2006


com o início de operação do Gasoduto. Em cada uma dessas etapas, há maior ênfase em um<br />

determinado público-alvo, bem como diferentes níveis de informação e linguagem, que deve ser<br />

acessível a todo o público a que se destina.<br />

b. Etapas de Execução<br />

As atividades de Comunicação Social estão orientadas segundo um conjunto de estratégias<br />

gerais que permitem uma compreensão melhor dos princípios que devem nortear o processo de<br />

realização de uma comunicação mais direta e envolvida com as questões sociais locais. A<br />

proposta é que o empreendimento seja bem conhecido da população; dessa maneira, espera-se<br />

que sejam evitados desentendimentos e situações de conflito.<br />

O desenvolvimento das Ações de Comunicação foi organizado de acordo com o público-alvo<br />

descrito a seguir.<br />

Etapa 1 - Atuação com Público Interno<br />

Todos os componentes do Público Interno serão submetidos a treinamentos e palestras de<br />

integração, objetivando um conhecimento maior sobre a obra a ser realizada e a identificação das<br />

pessoas responsáveis pelo processo de Comunicação da PETROBRAS.<br />

Toda a força de trabalho – empreendedor e contratadas — deverá ser treinada conforme<br />

procedimentos de Comunicação Social da PETROBRAS.<br />

Haverá um treinamento específico em Comunicação, com o objetivo de orientar sobre Normas<br />

de Conduta Interna e Externa, com vistas a uma comunicação melhor entre todos os envolvidos<br />

no processo de viabilização do empreendimento.<br />

Etapa 2 - Atuação com o Público Externo<br />

• Proprietários e comunidades rurais, bairros, áreas de periferia urbana<br />

Serão realizadas atividades com os proprietários rurais e comunidades próximas ao Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté (levantadas durante a elaboração do diagnóstico da Área de Influência<br />

Direta do Meio Antrópico) que propiciem esclarecimentos gerais sobre o empreendimento e<br />

forneçam informações sobre o início das obras e suas etapas, sobre noções de SMS (Segurança,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-9 ABRIL / 2006


Meio Ambiente e Saúde), bem como sobre os benefícios da utilização do gás natural na região e<br />

no País.<br />

Como sugestão de atividades, poderão ser desenvolvidas palestras, oficinas, dentre outras que<br />

viabilizem a efetivação do Programa. Outras atividades poderão ser executadas em função das<br />

demandas que surgirem durante a implementação do Programa e o contato com o público-alvo.<br />

Nesses eventos, serão distribuídos folders e cartazes informativos sobre a obra, além de cartilhas<br />

com informações gerais sobre o empreendimento, onde também será divulgado um número de<br />

telefone para atendimento à população (ligação gratuita).<br />

• Instituições públicas e da sociedade civil<br />

As Prefeituras dos municípios interceptados pelo traçado do Gasoduto e suas respectivas<br />

secretarias e subsecretarias, próximas ao Gasoduto, serão informadas sobre o empreendimento,<br />

através de visita local de técnicos responsáveis pela Comunicação Social e disponibilização de<br />

material de divulgação (tais como folders, cartazes e cartilhas explicativas sobre o Gasoduto)<br />

para o público em geral.<br />

Nas escolas públicas mais próximas ao empreendimento, assim como em outras instituições civis<br />

da AID, também deverão ser distribuídos folders, cartazes e cartilhas que contenham<br />

informações sobre o empreendimento e divulguem as etapas das obras e os benefícios do<br />

Gasoduto para a região e o País.<br />

• Instituições particulares: escolas, estabelecimentos comerciais, etc.<br />

Nas escolas particulares, assim como nos estabelecimentos comerciais mais próximos ao<br />

empreendimento, também deverão ser distribuídos folders, cartazes e cartilhas que contenham<br />

informações sobre o empreendimento e divulguem as etapas das obras e os benefícios do<br />

Gasoduto para a região e o País.<br />

c. Conteúdo do Material de Comunicação<br />

• Material Gráfico: Cartilhas, folders, cartazes, Normas de Conduta.<br />

Cartilhas – destinadas aos proprietários cujas propriedades serão atravessadas pelo Gasoduto,<br />

com informações sobre a importância do empreendimento para o País, além das restrições do uso<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-10 ABRIL / 2006


da faixa de servidão e cuidados necessários para um convívio sem incidentes com os dutos.<br />

Trarão os telefones de contato em caso de dúvidas ou queixas e serão distribuídas em campanhas<br />

de campo.<br />

Folders – destinados à população em geral, Prefeituras Municipais e instituições. Seu conteúdo,<br />

em linguagem acessível, abrange a caracterização do empreendimento; sua importância para o<br />

País e para a região (geração de empregos, arrecadação, etc.); as medidas de segurança nas suas<br />

diferentes etapas de implantação, principalmente durante as obras; os cuidados com a segurança<br />

dos trabalhadores, comunidades locais e meio ambiente e telefones de contato do empreendedor.<br />

Cartazes – mesmo conteúdo do folder, para ser afixado em lugares públicos e nas proximidades<br />

do empreendimento.<br />

Normas de Conduta do Trabalhador – trata-se de um pequeno manual destinado aos<br />

trabalhadores das obras, cujo conteúdo são as diretrizes sobre o que é permitido ou proibido nos<br />

arredores das obras; as medidas de segurança a serem seguidas; os equipamentos de segurança<br />

no trabalho; o convívio harmonioso com a população local e os cuidados em relação ao meio<br />

ambiente.<br />

• Material de apoio: linha telefônica.<br />

Telefone de contato – consiste em uma linha telefônica instalada para o atendimento à<br />

população. É um elo entre o empreendedor e o público em geral, abrangendo as comunidades ao<br />

longo do percurso do Gasoduto.<br />

7.3.5 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PLANOS E PROGRAMAS<br />

O Programa de Comunicação Social funciona como um apoio aos demais programas ambientais<br />

desenvolvidos no âmbito do empreendimento, divulgando-os e convocando os correspondentes<br />

agentes a deles participar, quando for o caso.<br />

7.3.6 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E/OU OUTROS REQUISITOS<br />

Não há exigências de ordem legal para a implantação deste Programa.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-11 ABRIL / 2006


7.3.7 RECURSOS NECESSÁRIOS<br />

a. Recursos Humanos<br />

Para a implementação do Programa de Comunicação Social do Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté, será acionada uma equipe especializada, para desenvolver as atividades nele previstas,<br />

e que se encarregará também de proceder ao acompanhamento dos trabalhos nos seis municípios<br />

atravessados.<br />

b. Infra-Estrutura<br />

Será definida após o detalhamento das ações que serão desenvolvidas, na fase de Projeto Básico<br />

Ambiental (PBA).<br />

7.3.8 CRONOGRAMA FÍSICO<br />

O cronograma físico detalhado será apresentado na fase seguinte do processo de licenciamento,<br />

quando da apresentação do Projeto Básico Ambiental (PBA), para obtenção da LI. Os serviços<br />

deverão ser iniciados antes das obras e prosseguir durante a construção e os primeiros meses de<br />

operação do Gasoduto.<br />

7.3.9 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO<br />

Este Programa será acompanhado pela equipe de Comunicação Social da PETROBRAS.<br />

7.4 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL<br />

7.4.1 JUSTIFICATIVAS<br />

A educação ambiental é necessária não somente para o gerenciamento criterioso da inter-relação<br />

do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté com a população da área de influência, como também para<br />

cumprir plenamente com a responsabilidade ambiental da PETROBRAS no tocante ao princípio<br />

de “responsabilidade social”, consagrado na atual legislação ambiental brasileira, o qual, através<br />

da educação ambiental, encontra uma de suas formas de realização mais atuantes,<br />

multiplicadoras e de retorno mais produtivo para a sociedade como um todo, especialmente nas<br />

Áreas de Influência do Gasoduto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

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7-12 ABRIL / 2006


As ações educativas que serão propostas neste Programa visam proporcionar à população das<br />

áreas de influência do Gasoduto um envolvimento maior nas questões ambientais específicas de<br />

suas localidades, onde novos hábitos e práticas sustentáveis sociais e ambientais forem<br />

desenvolvidos.<br />

Assim sendo, em consonância com o contexto sociocultural local, considerando principalmente<br />

as diversas práticas relacionadas à utilização dos recursos naturais para variadas atividades de<br />

produção, este Programa se propõe a interagir na relação sociedade/natureza local, promovendo<br />

discussões e ações para consolidar valores sociais de conscientização ambiental.<br />

Tendo esses princípios por fundamento, este Programa apóia-se, para sua elaboração e execução<br />

prática, em um trabalho de pesquisa textual, institucional e de campo, realizado até o momento<br />

nos estudos ambientais aqui apresentados e que, posteriormente, será detalhado no Projeto<br />

Básico Ambiental, quando do processo de obtenção da Licença de Instalação.<br />

7.4.2 OBJETIVOS<br />

Constitui-se como objetivo deste Programa desenvolver a prática da educação ambiental nas<br />

áreas atravessadas pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, difundindo, nas comunidades<br />

localizadas nas áreas de influência do empreendimento, novos conhecimentos e hábitos<br />

sustentáveis, de acordo com suas atividades produtivas e com o ambiente onde vivem.<br />

A divulgação de noções fundamentais de educação ambiental trará, a longo prazo, alterações no<br />

uso dos recursos naturais, de forma não-predatória e ecologicamente correta, revertendo-se em<br />

benefícios socioambientais para o público-alvo deste Programa.<br />

7.4.3 PÚBLICO-ALVO<br />

De forma abrangente, o público-alvo é a população dos municípios atravessados, que se<br />

encontram na Área de Influência Direta do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, além dos<br />

trabalhadores das empreiteiras, que receberão treinamento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

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GASODUTO<br />

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7-13 ABRIL / 2006


7.4.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS<br />

a. Geral<br />

A concepção metodológica deste Programa buscará, na fase do Projeto Básico Ambiental, um<br />

apoio à rede educacional pública da região afetada. Pretende-se, em especial, cumprir as metas e<br />

o sentido da educação ambiental contemporânea e atingir o principal público-alvo do Programa:<br />

crianças e jovens em geral.<br />

b. Etapas de Execução<br />

Para o desenvolvimento do Programa, foram previstas algumas atividades, que poderão ser<br />

revistas ou ampliadas na fase do Projeto Básico Ambiental, bem como os procedimentos,<br />

períodos de execução e profissionais responsáveis, a seguir apresentados.<br />

(1) Elaboração dos Aspectos Teóricos e Metodológicos e dos Materiais Didáticos do<br />

Projeto Pedagógico<br />

O Programa de Educação Ambiental deverá ser desenvolvido por meio de Metodologia<br />

Participativa baseada no diagnóstico da Área de Influência Direta.<br />

Procedimentos<br />

• Definir os aspectos teóricos e metodológicos para as atividades a serem desenvolvidas.<br />

• Definir os procedimentos didáticos adequados, determinando o tipo, o conteúdo e a<br />

quantidade do material didático que se considerem necessários e viáveis para a realização<br />

deas atividades, de acordo com a realidade social e ambiental de cada localidade.<br />

• Apoiar a elaboração de material didático-pedagógico a ser utilizado.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

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GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-14 ABRIL / 2006


(2) Elaboração do Plano de Ação deste Programa a partir das definições acima<br />

descritas, com detalhamento de custos e período de execução.<br />

(3) Apoio à Execução das Atividades a serem desenvolvidas<br />

O apoio às atividades deverá ser detalhado na fase de PBA. As atividades deverão ser<br />

ministrados em unidades educacionais da rede pública dos municípios atravessados. Essas<br />

unidades deverão ser escolhidas pelas Secretarias e Departamentos de Educação, de preferência<br />

aquelas que ofereçam melhores condições de acesso aos professores e jovens monitores e<br />

condições para as práticas de ensino.<br />

Procedimentos<br />

O apoio às atividades de Educação Ambiental deverá ser detalhado na próxima fase, a de PBA.<br />

Período de execução: ao longo do período de instalação do empreendimento, devendo ser<br />

finalizado antes do início de operação.<br />

(4) Treinamento dos Trabalhadores<br />

Será realizado no início das obras e terá reciclagem periódica, em especial, se houver admissão<br />

de novos operários. Será ministrado por profissionais especializados que conheçam a parte de<br />

engenharia das obras e o adequado tratamento das questões ambientais e da norma de conduta<br />

dos trabalhadores.<br />

c. Temas abordados<br />

Sugere-se, a seguir, a inclusão de temas a serem abordados no Programa de Educação, que<br />

poderão ser acrescidos de outros temas pertinentes à realidade local, identificados na fase do<br />

Projeto Básico Ambiental:<br />

• reciclagem de lixo;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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GASODUTO<br />

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7-15 ABRIL / 2006


• coleta seletiva;<br />

• uso racional dos recursos naturais;<br />

• preservação e importância dos mananciais;<br />

• acondicionamento e tratamento da água para uso doméstico;<br />

• preservação e importância da fauna e flora;<br />

• acidentes com animais peçonhentos;<br />

• abastecimento de água;<br />

• sustentabilidade;<br />

• biodiversidade;<br />

• cidadania;<br />

• Gestão Ambiental;<br />

• Segurança, Meio Ambiente e Saúde – SMS;<br />

• DST/AIDS<br />

• Gás natural;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

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7-16 ABRIL / 2006


7.4.5 INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS<br />

O Programa de Educação Ambiental estará diretamente integrado ao de Comunicação Social, no<br />

que tange ao processo de mobilização das atividades a serem desenvolvidas, bem como na<br />

divulgação dos resultados das ações e campanhas de monitoria ambiental que poderão ser<br />

realizadas. O Programa de Educação Ambiental também poderá vir a se articular com outros<br />

programas, como o de Salvamento do Patrimônio Arqueológico, o de Monitoramento da Fauna e<br />

da Flora, o de Controle de Processos Erosivos e o de Recuperação de Áreas Degradadas.<br />

7.4.6 ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS<br />

Quanto às exigências e determinações legais que orientam e definem a Educação Ambiental e<br />

sua prática no Brasil, o Programa atende à Lei Federal nº 9.795, de 27/04/99, e ao Decreto<br />

4.281/2002.<br />

O Programa atende também aos requisitos teóricos, metodológicos e didático-pedagógicos da<br />

Educação Ambiental, conforme definidos em literatura específica e como foi estabelecido na<br />

série de seminários, conferências, congressos e oficinas realizados, em âmbito mundial e<br />

regional, entre 1975 (Belgrado) e 1992 (Rio de Janeiro).<br />

7.4.7 RECURSOS NECESSÁRIOS<br />

Os recursos humanos necessários para a implantação do Programa serão os profissionais<br />

encarregados da sua Coordenação Geral e os de apoio aos cursos.<br />

Os recursos físicos limitam-se aos espaços necessários para a realização dos cursos, os quais<br />

ocorrerão em unidades educacionais da rede pública, a serem indicadas pelas Secretarias de<br />

Educação dos respectivos municípios afetados, e ao material didático de apoio que deverá ser<br />

definido em forma, conteúdo e quantidade pelos profissionais encarregados da elaboração e da<br />

aplicação dessas atividades.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

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CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

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7-17 ABRIL / 2006


7.4.8 CRONOGRAMA FÍSICO<br />

O Cronograma Físico detalhado será apresentado na fase seguinte do processo de licenciamento,<br />

quando da apresentação do Projeto Básico Ambiental, para obtenção da LI.<br />

Como explicitado anteriormente, os cursos deverão ser elaborados e executados ao longo do<br />

processo de instalação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

7.4.9 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO<br />

Efetuar avaliações que possam servir para mensurar o sucesso do Programa de Educação<br />

Ambiental em todas as suas atividades para possíveis adaptações. O monitoramento deverá<br />

realizar-se durante a implementação do Programa.<br />

Essa aferição deverá ser feita através de recolhimento de dados qualitativos e quantificáveis,<br />

executada por pesquisadores orientados pelo Coordenador do Programa, que deverá ser um<br />

profissional com especialização em Educação Ambiental.<br />

7.5 PROGRAMAS DE APOIO À LIBERAÇÃO DA FAIXA DE SERVIDÃO<br />

7.5.1 PROGRAMA DE PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA<br />

a. Justificativas<br />

Os estudos arqueológicos realizados na Área de Influência do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

demonstraram seu alto potencial arqueológico e apontaram a necessidade de se efetuarem<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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GASODUTO<br />

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7-18 ABRIL / 2006


prospecções sistemáticas, de modo a evitar que o empreendimento concorra para a deterioração<br />

da memória regional.<br />

No caso específico do licenciamento ambiental de empreendimentos que podem ser considerados<br />

como potencialmente lesivos ao Patrimônio Arqueológico (caso dos gasodutos), existe<br />

documento do IPHAN (Portaria nº 230/2002) estabelecendo que, na fase da obtenção da Licença<br />

de Instalação (LI), deverá ser iniciada a implantação de um Programa de Prospecção, com<br />

intervenções no subsolo, nos compartimentos ambientais de maior potencial arqueológico da<br />

Área de Influência Direta do empreendimento e nos locais que sofrerão impactos indiretos<br />

potencialmente lesivos a esse patrimônio. O detalhamento do Programa será feito, portanto, na<br />

ocasião da apresentação do Programa Básico Ambiental – PBA.<br />

O Programa de Prospecção Arqueológica, com intervenções no subsolo, deverá ser implantado<br />

nos compartimentos ambientais de maior potencial arqueológico da Área de Influência Direta do<br />

empreendimento e nos locais que sofrerão impactos indiretos potencialmente lesivos a esse<br />

patrimônio. No caso de um gasoduto, considera-se que a faixa de servidão, os canteiros de obras,<br />

as novas estradas de acesso, as áreas de empréstimo e de bota-fora, para os quais se volta este<br />

Programa, são os potencialmente lesivos ao Patrimônio Arqueológico.<br />

Após a fase de prospecções arqueológicas, se for comprovada a existência de sítios<br />

arqueológicos em risco, como requisito para concessão da Licença de Operação (LO), deverá ser<br />

implantado um Programa de Salvamento Arqueológico e respectivo Programa de Educação<br />

Patrimonial, de acordo com as diretrizes do IPHAN.<br />

b. Objetivos<br />

(1) Geral<br />

• Prevenir danos ao Patrimônio Arqueológico regional, protegido pela Constituição Federal e<br />

pela Lei 3.924/61.<br />

• Aprofundar o conhecimento sobre a ocupação pré-colonial e histórica da área percorrida pelo<br />

Gasoduto, iniciando-se no litoral norte paulista e percorrendo o Médio Vale do Rio Paraíba<br />

paulista.<br />

(2) Específicos<br />

• Averiguar se, na faixa de servidão, canteiros, acessos e áreas de apoio, existe algum sítio<br />

arqueológico que possa ser afetado pelas obras de instalação e manutenção do Gasoduto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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GASODUTO<br />

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7-19 ABRIL / 2006


• Recomendar ao empreendedor as medidas mais adequadas à preservação ou ao estudo dos<br />

sítios arqueológicos localizados nas áreas que sofrerão interferências em decorrência do<br />

empreendimento.<br />

c. Público-Alvo<br />

(1) Público Interno<br />

• Empreendedor, empreiteiras e gestores ambientais, aos quais será repassada informação<br />

periódica sobre os resultados das prospecções, de modo a evitarem os locais onde tenham<br />

sido detectados vestígios arqueológicos em risco, até que as decisões de preservação (com<br />

alteração de traçado do duto) ou de resgate tenham sido tomadas.<br />

(2) Público Externo<br />

• Comunidades locais e comunidade científica nacional, às quais deve ser transmitido o<br />

conhecimento produzido, resguardando-se as diferenças de objetivos e linguagem<br />

apropriados a cada segmento.<br />

d. Procedimentos Metodológicos<br />

(1) Geral<br />

Verificar todos os locais vulneráveis do ponto de vista arqueológico, imediatamente após sua<br />

locação topográfica e antes de qualquer obra que possa pôr em risco os bens arqueológicos<br />

porventura existentes nesses locais.<br />

(2) Etapas de Execução<br />

Estão previstos os seguintes procedimentos:<br />

1. Para o levantamento das estruturas lineares (faixa de servidão e estradas de acesso)<br />

• Caminhamento em todo o traçado da faixa de servidão e das estradas de acesso, em duas<br />

linhas paralelas, para verificação da ocorrência de vestígios arqueológicos aflorados em<br />

superfície. A cada 50m, duas sondagens, uma em cada linha, para verificação da existência de<br />

vestígios arqueológicos enterrados no subsolo.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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GASODUTO<br />

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7-20 ABRIL / 2006


2. Para o levantamento das demais áreas de apoio a céu aberto (canteiros, áreas de empréstimo e<br />

bota-fora, etc.)<br />

• Caminhamento sistemático em todas as áreas definidas como vulneráveis, por arqueólogos<br />

distanciados de 30 a 50m entre si (dependendo das dimensões da área prospectada), com<br />

observação do solo, para verificar a ocorrência de bens arqueológicos aflorados em superfície.<br />

• Durante o caminhamento, também a cada 50m ou 30m, execução de uma sondagem<br />

arqueológica, em níveis arbitrários, aprofundadas de 0,50 a 1,00m de profundidade<br />

(dependendo do compartimento topográfico que está sendo pesquisado), para verificar a<br />

existência de bens arqueológicos enterrados no subsolo e, em caso positivo, registrar a<br />

estratigrafia da ocorrência, bem como a espessura e a profundidade da(s) camada(s)<br />

arqueológica(s).<br />

3. Para a delimitação de sítios arqueológicos identificados a céu aberto<br />

• Execução de novos caminhamentos (em linhas radiais ou paralelas, a partir do ponto onde foi<br />

identificado material arqueológico, denominado de “ponto zero”) e de novas sondagens, a<br />

intervalos fixos, de modo a delimitar o sítio arqueológico e, assim, propiciar subsídios para as<br />

decisões sobre seu posterior resgate (nos locais onde ele não puder ser evitado) ou sobre sua<br />

preservação (nos locais onde for possível evitá-lo, como, por exemplo, nas áreas de<br />

empréstimo).<br />

• A coleta de material arqueológico deve ser mapeada e reduzir-se ao mínimo, ocorrendo<br />

somente nos pontos em que houver intervenção arqueológica, de modo a não produzir<br />

alterações nos sítios, que possam prejudicar pesquisas sistemáticas futuras, antes que se<br />

decida qual a melhor medida a ser adotada em cada caso: preservação, monitoramento ou<br />

resgate.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

O Pograma de Prospecção Arqueológica deverá integrar-se com o Sistema de Gestão Ambiental,<br />

de modo a não ferir as normas ambientais definidas.<br />

Recomenda-se, também, integração com o Programa de Comunicação Social e Educação<br />

Ambiental, uma vez que medidas de valorização patrimonial costumam ser exigidas pelo<br />

IPHAN, entre as quais se incluem atividades de divulgação e de educação patrimonial.<br />

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7-21 ABRIL / 2006


f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

O Programa deverá ser aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –<br />

IPHAN, através da contratação de um arqueólogo responsável, que deverá elaborar e apresentar<br />

projeto àquele órgão, de acordo com as especificações contidas na Portaria IPHAN nº 07/1988, a<br />

partir do qual o órgão fornecerá a permissão/autorização de pesquisa.<br />

Também deverão ser assegurados, pelo empreendedor, recursos materiais para a instituição que<br />

arcará com a guarda permanente do acervo coletado durante as pesquisas, conforme mencionam<br />

as portarias IPHAN 07/1988 (art. 5º, VII, § 1º) e 230/2002 (art. 8º).<br />

g. Recursos Necessários<br />

(1) Recursos Humanos<br />

A equipe técnica necessária ao desenvolvimento deste Programa será constituída por um<br />

arqueólogo sênior (coordenador do projeto junto ao IPHAN), equipes de campo compostas por<br />

dois pesquisadores e quatro auxiliares de campo, e por pessoal apto a realizar as atividades de<br />

curadoria e análise dos materiais coletados em laboratório.<br />

(2) Infra-Estrutura<br />

Transporte, hospedagem e alimentação da equipe de campo; material de campo e laboratório,<br />

definido pela equipe técnica contratada.<br />

(3) Material Gráfico<br />

Cartografia IBGE 1:50.000, imagens de satélite, fotos aéreas, cartografia temática, e Projeto<br />

Executivo do empreendimento.<br />

h. Cronograma Físico<br />

As atividades necessárias à realização deste Programa deverão ser iniciadas imediatamente após<br />

a locação topográfica do empreendimento, durar o tempo necessário e terminar antes de qualquer<br />

obra que possa trazer risco para os bens arqueológicos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-22 ABRIL / 2006


Este Programa deverá ser executado em consonância com o cronograma de implantação do<br />

empreendimento, iniciando-se pela investigação das estruturas prioritárias: alojamentos, canteiro<br />

de obras e acessos. É importante lembrar que, no caso de serem identificados sítios<br />

arqueológicos nos locais que sofrerão intervenção das obras, o salvamento dos sítios<br />

arqueológicos em risco deverá preceder o início das obras. Portanto, o Programa de Prospecções<br />

e o Programa de Salvamento Arqueológico precisarão ser desenvolvidos quase que<br />

simultaneamente, ao menos no que concerne aos trabalhos de campo, com as equipes de<br />

salvamento sucedendo às equipes de levantamento assim que estas forem indicando os locais de<br />

ocorrência de sítios arqueológicos.<br />

Um cronograma detalhado será desenvolvido na fase do planejamento executivo do Gasoduto<br />

Caraguatatuba–Taubaté.<br />

i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento das atividades será efetuado através de relatórios periódicos de andamento,<br />

assegurando, assim, o cumprimento dos procedimentos recomendados, e de um relatório final a<br />

ser protocolado no IPHAN.<br />

7.5.2 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL<br />

a. Justificativas<br />

Os bens culturais são os elementos definidores das identidades sociais. Portanto, descaracterizar<br />

tais bens constitui um grande impacto sociocultural, e a única maneira de prevenir ou reverter<br />

esse processo consiste em fomentar sua valorização.<br />

A Portaria SPHAN 07/1988, no artigo 5º, IV, 6, exige que o plano de trabalho apresentado ao<br />

IPHAN informe os meios de divulgação das informações científicas obtidas. No artigo 6º, §<br />

único, diz que a decisão de aprovação do projeto considerará os critérios adotados para a<br />

valorização do sítio arqueológico e de todos os elementos que nele se encontram, assim como as<br />

alternativas de aproveitamento máximo do seu potencial cientifico, cultural e educacional.<br />

Programas de Educação Patrimonial têm sido exigidos pelo IPHAN, como medida mitigadora<br />

dos impactos sobre a base nacional de recursos arqueológicos. A Portaria 230, de 17/12/2002,<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-23 ABRIL / 2006


exige especificamente, em seu art. 6º, § 7º, que o empreendedor preveja um Programa de<br />

Educação Patrimonial associado aos Programas de Prospecção e de Salvamento, este último<br />

quando da remoção de sítios a serem comprovadamente impactados.<br />

O Programa de Educação Patrimonial atende a essa exigência do IPHAN e deverá, portanto, ser<br />

apresentado a esse órgão, juntamente com o Programa de Prospecção e, se for o caso, com o<br />

Programa de Salvamento Arqueológico, se este último vier a ser realmente necessário.<br />

b. Objetivos<br />

(1) Geral<br />

• Fomentar iniciativas locais e regionais de promoção e defesa dos bens arqueológicos<br />

regionais.<br />

• Incentivar a formação de agentes locais de preservação do Patrimônio Arqueológico<br />

regional.<br />

(2) Específicos<br />

• Esclarecer os profissionais direta ou indiretamente ligados ao empreendimento sobre as<br />

especificidades da pesquisa arqueológica e das implicações jurídico-legais de qualquer tipo<br />

de dano ao patrimônio arqueológico nacional.<br />

• Sensibilizá-los sobre a importância de preservar os bens arqueológicos regionais e incentivá-<br />

los a atuar como parceiros na identificação e defesa dos bens arqueológicos regionais.<br />

• Esclarecer as comunidades de alguma maneira envolvidas no Gasoduto Caraguatatuba–<br />

Taubaté sobre o significado dos bens arqueológicos regionais.<br />

c. Público-Alvo<br />

(1) Público Interno<br />

• Profissionais direta ou indiretamente ligados ao Projeto, atuando na área física do<br />

empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

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7-24 ABRIL / 2006


(2) Público Externo<br />

• Comunidades locais, em especial, o corpo docente das escolas públicas e privadas e<br />

proprietários dos terrenos onde se localizam os sítios arqueológicos, ao longo do traçado do<br />

Gasoduto projetado.<br />

d. Procedimentos Metodológicos<br />

(1) Geral<br />

Um Programa de Educação Patrimonial é exigido pela Portaria IPHAN 230/2002 para todas as<br />

fases do licenciamento ambiental de empreendimentos potencialmente lesivos a bens<br />

arqueológicos. As atividades de Educação Patrimonial desenvolver-se-ão em duas fases: a<br />

primeira, obrigatória, e a segunda, dependente dos resultados das prospecções arqueológicas.<br />

(2) Etapas de Execução<br />

Na fase das prospecções arqueológicas sistemáticas, as atividades de Educação Patrimonial vão<br />

ter como público-alvo preferencial os diversos profissionais envolvidos com o empreendimento,<br />

em especial aqueles que fazem parte do corpo de trabalhadores, de todas as categorias, das<br />

empreiteiras, e os profissionais encarregados das atividades de Gestão Ambiental.<br />

A idéia é informar a esses profissionais as especificidades dos bens e das pesquisas<br />

arqueológicas e alertá-los para as implicações jurídico-legais de danos ao patrimônio<br />

arqueológico, assim como orientá-los quanto aos melhores procedimentos a serem adotados<br />

quando do encontro fortuito de algum bem arqueológico.<br />

Nesta primeira fase, o Programa adotará como procedimento básico a realização de oficinas<br />

temáticas, que permitam: explicar as especificidades da pesquisa arqueológica, fornecer uma<br />

visão abrangente da arqueologia regional e transmitir as implicações jurídico-legais que<br />

envolvem a preservação e o estudo do patrimônio arqueológico.<br />

Conteúdo proposto<br />

• O que é patrimônio?<br />

• A importância do patrimônio cultural brasileiro.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-25 ABRIL / 2006


• As especificidades do patrimônio arqueológico regional.<br />

• Objetivos da arqueologia, enquanto ciência.<br />

• A preservação do patrimônio, a partir das normas legais: legislação ambiental e legislação<br />

específica.<br />

• A co-responsabilidade pela preservação do patrimônio nacional.<br />

Material de apoio a desenvolver<br />

• Deverá ser elaborado material de apoio para os diversos públicos para os quais o programa se<br />

destina.<br />

No caso de municípios que contem com museus históricos municipais, serão também<br />

programadas visitas aos responsáveis, e, em havendo interesse, poderá ser acertado poderá ser<br />

acertado um seminário versando sobre o contexto arqueológico regional e sobre as razões da<br />

presença de arqueólogos em estudos voltados para o licenciamento ambiental de<br />

empreendimentos.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

O Programa de Educação Patrimonial deverá integrar-se com os Programas de Comunicação<br />

Social e Educação Ambiental, seguindo as normas de relacionamento com a comunidade e as<br />

instituições a serem trabalhadas uma vez que seus objetivos, metas e público-alvo (comunidades<br />

locais, em especial professores da rede escolar) se sobrepõem.<br />

f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

O Programa de Educação Patrimonial atende às exigências do IPHAN constantes das Portarias<br />

07/1988 e 230/2002 (explicitadas na introdução do Programa) e deve ser apresentado ao órgão<br />

juntamente com os Programas de Prospecção e Salvamento Arqueológico.<br />

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7-26 ABRIL / 2006


g. Recursos Necessários<br />

(1) Recursos Humanos<br />

• Equipe técnica multidisciplinar, formada por sociólogo, historiador, arqueólogo, educador e<br />

comunicador.<br />

(2) Recursos Físicos<br />

Os recursos físicos limitam-se aos espaços necessários para a realização das atividades e ao<br />

material didático de apoio que deverá ser definido em forma, conteúdo e quantidade pelos<br />

profissionais encarregados de elaboração e da aplicação dessas atividades.<br />

h. Cronograma Físico<br />

O Cronograma Físico detalhado será apresentado na fase seguinte do processo de licenciamento,<br />

quando da apresentação do Projeto Básico Ambiental, para obtenção da LI.<br />

Como explicitado anteriormente, as atividades deverão ser executadas ao longo do processo de<br />

instalação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento das atividades será efetuado através de relatórios periódicos de andamento,<br />

assegurando, assim, o cumprimento dos procedimentos recomendados, e de um relatório final a<br />

ser protocolado no IPHAN.<br />

7.5.3 PROGRAMA PARA ESTABELECIMENTO DA FAIXA DE SERVIDÃO ADMINISTRATIVA E DE<br />

INDENIZAÇÕES<br />

a. Justificativas<br />

Para a implantação de quaisquer projetos lineares, como o do caso em análise, se faz necessária a<br />

liberação de áreas de terras, de maneira a permitir a execução das obras do empreendimento, nas<br />

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7-27 ABRIL / 2006


quais adquirem destaque especial os trabalhos de levantamento e avaliação de imóveis, para<br />

instituir a faixa de servidão.<br />

Nos termos da legislação vigente, cabem ao empreendedor todos os procedimentos relativos às<br />

questões sociais e patrimoniais que resultarão nas indenizações, pelo justo valor.<br />

Para tanto, é preciso que sejam estabelecidas as diretrizes e critérios que permitam a<br />

uniformização dos procedimentos de implantação e instituição da faixa de servidão, que serão<br />

apresentados aos respectivos proprietários, para que eles conheçam previamente as condições do<br />

estabelecimento da servidão administrativa e de indenização.<br />

b. Objetivos<br />

Este Programa tem como objetivo principal executar todas as atividades necessárias à liberação<br />

das áreas para a implantação do empreendimento, privilegiando mecanismos de negociação, com<br />

base em critérios de avaliação justos para as indenizações da população e atividades econômicas<br />

e governamentais afetadas.<br />

c. Público-Alvo<br />

Nos estudos realizados até o momento, foram identificados como principal público-alvo deste<br />

Programa:<br />

• os proprietários das terras;<br />

• os arrendatários, parceiros, meeiros, agregados, posseiros e outros, detentores dos bens a<br />

serem afetados, visando ao ressarcimento financeiro pelas perdas;<br />

• as Prefeituras Municipais, órgãos administradores de bens públicos ou privados sob<br />

concessão, tais como rodovias, ferrovias, linhas de transmissão de energia elétrica, dentre<br />

outros, visando obter a autorização de cruzamento pela infra-estrutura sob<br />

domínio/administração do respectivo órgão.<br />

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d. Procedimentos Metodológicos<br />

(1) Considerações gerais<br />

A maioria das terras atravessadas pelo Gasoduto Caraguatatuba é de uso rural, onde predominam<br />

pequenos povoados, sítios e fazendas, com áreas de pastagens. Além das áreas rurais, que<br />

correspondem a aproximadamente 98% da área total da AID, as áreas de periferia urbana<br />

também são encontradas, principalmente no município de São José dos Campos, e concentra<br />

grande parte da população que reside ao longo da faixa do Gasoduto. Vale lembrar, no entanto,<br />

que nesse trecho, o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté compartilha faixa existente com outro<br />

duto.<br />

A estratégia básica do Programa é o estabelecimento de contatos permanentes com as<br />

populações que nelas vivem, desde o levantamento topográfico da faixa, passando pelo<br />

cadastramento, avaliação e negociações, registros em cartório e obtenção do “Nada Consta”.<br />

A estratégia política para inserção do empreendimento na região deverá ser traçada dentro de<br />

parâmetros de credibilidade, no entendimento com as comunidades, para informá-las das<br />

diretrizes e critérios de indenizações para a instituição da servidão, por restrição de uso do solo,<br />

ressarcimento de danos causados à propriedade, remoção de benfeitorias (cercas, por exemplo) e<br />

valores de referência, obedecendo à legislação específica, inclusive às Normas Técnicas<br />

Brasileiras e de Engenharia de Avaliações da ABNT.<br />

Será de fundamental importância a realização de palestras, com material apropriado, para expor<br />

a localização do traçado do Gasoduto, dando-se ênfase às questões ambientais e patrimoniais<br />

bem como às diretrizes e critérios para instituição da faixa de servidão.<br />

Dever-se-ão, também, usar os meios de Comunicação Social para divulgar e discutir os critérios<br />

de levantamentos, avaliações e indenizações das propriedades, bem como as etapas das obras,<br />

para evitar problemas de embargos, conscientizando, assim, os proprietários, em geral, para a<br />

resolução das questões relativas aos seus imóveis.<br />

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7-29 ABRIL / 2006


(2) Etapas de Execução<br />

• Licença de Passagem e Liberação de Acessos<br />

Deverão ser obtidas as licenças de passagem com o proprietário, em formulário específico, no<br />

qual constarão os objetivos da obra e o compromisso do empreendedor em ressarcir todos os<br />

danos e prejuízos a serem causados no imóvel.<br />

Na oportunidade, o proprietário será informado, também, dos critérios e procedimentos a serem<br />

adotados em função da passagem do Gasoduto, bem como das etapas da obra, seus serviços e<br />

conseqüências sobre o imóvel, indenizações, cortes de árvores, remoção de benfeitorias, etc.<br />

Nos casos em que as negociações — que devem acontecer de forma amigável — esgotarem-se,<br />

persistindo a negativa do proprietário em outorgar a servidão, será interposta ação judicial de<br />

desapropriação para instituição da servidão para passagem do Gasoduto, fazendo uso do<br />

documento que venha a declarar de “utilidade pública” as áreas atingidas pelo empreendimento.<br />

• Cadastro Técnico<br />

Todas as etapas de instituição da faixa de servidão serão arroladas em processos individualizados,<br />

para as propriedades atingidas, nos quais serão anexados os documentos e histórico do processo de<br />

instituição de servidão ou indenização, até a efetiva escrituração e registro da servidão.<br />

O processo estará à disposição do proprietário do imóvel para qualquer consulta nas dependências<br />

do empreendedor ou em outro local previamente determinado, durante a tramitação da indenização<br />

ou mesmo após sua conclusão.<br />

Todos os registros documentais do titular e do imóvel farão parte também do cadastro, sendo<br />

utilizados para o desenvolvimento das demais etapas do processo de avaliação, negociação e<br />

indenização.<br />

• Avaliação das Terras e Benfeitorias<br />

Nesta etapa, todos os levantamentos, a seguir descritos, serão realizados na presença do<br />

proprietário, ou de seu representante, o qual deverá apor sua assinatura de concordância nos<br />

respectivos formulários.<br />

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7-30 ABRIL / 2006


– Levantamento de terras: o trabalho se iniciará com uma conferência, in loco, da<br />

caracterização topocadastral, passando-se logo aos trabalhos de campo, que serão elaborados<br />

em formulário específico, determinando a classificação da aptidão agrícola e o uso atual das<br />

terras contidas na faixa de servidão.<br />

– Levantamento de benfeitorias: consistirá no registro, qualificação e quantificação de<br />

edificações, casas, ranchos, paióis, chiqueiros, poços, cercas e outras melhorias contidas na<br />

faixa de servidão, que deverão ser deslocadas, para passagem do Gasoduto, de acordo com as<br />

Normas Técnicas Brasileiras e da Engenharia de Avaliações.<br />

– Levantamento de danos: será efetuado em formulário específico, no qual constará a<br />

qualificação e a quantificação de matas, culturas anuais e perenes, eventuais necessidades de<br />

recuperação de solos e outros danos que possam ocorrer em decorrência da construção do<br />

empreendimento.<br />

• Pesquisa de Preços<br />

De acordo com o estabelecido pelas NBRs n os 5.676 e 8.799, da Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas, para avaliação de imóveis urbanos e rurais, respectivamente, serão coletados preços de<br />

mercado, para terras, benfeitorias reprodutivas e não-reprodutivas, visando à determinação de<br />

valores unitários básicos para serem utilizados nas avaliações. A pesquisa será realizada nas Áreas<br />

de Influência do empreendimento, sendo então estabelecidos preços diferenciados para indenização,<br />

de acordo com a região homogênea onde a propriedade está inserida.<br />

É importante salientar que, embora diferenciados ao longo do empreendimento, os preços serão os<br />

mesmos para as regiões que forem semelhantes. Fixar-se-ão tais preços de forma a permitir que os<br />

valores de indenização possam pagar os prejuízos e transtornos provocados pela construção do<br />

Gasoduto.<br />

Os dados serão coletados em separado para terra nua, materiais e mão-de-obra para construção, bem<br />

como os preços de madeira no mato, em pé e beneficiada, insumos agrícolas e serviços rurais.<br />

Os preços coletados passarão por procedimento de homogeneização e tratamento estatístico, para<br />

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7-31 ABRIL / 2006


definição de valores unitários básicos e avaliação dos diversos itens dos imóveis atingidos.<br />

• Avaliação<br />

Após aprovada a pesquisa de preços, proceder-se-á à composição dos valores unitários, que<br />

serão aplicados aos quantitativos constantes nos levantamentos físicos de campo.<br />

O coeficiente de servidão, específico para cada imóvel, expressará, em índices, a perda real do<br />

valor da fração de cada um em face das restrições, riscos e incômodos impostos pelo<br />

empreendimento.<br />

• Negociação<br />

Emitir-se-ão laudos técnicos de avaliação, assinados por profissionais devidamente habilitados, na<br />

forma das Leis 5.194/66 e 5.524/68 e do Decreto-Lei 90.922/85, contendo os valores a serem<br />

apresentados para negociação com os proprietários pelos danos ocorridos (pastagem, cultura,<br />

vegetação, etc.) e servidão administrativa, de acordo com as Normas Técnicas Brasileiras e de<br />

Engenharia de Avaliações.<br />

Os citados laudos, com os respectivos levantamentos, serão apresentados ao proprietário (ou<br />

beneficiários) do imóvel, para verificação da procedência das avaliações. Informações e<br />

esclarecimentos que se façam necessários também serão fornecidos ao proprietário.<br />

Na oportunidade, serão determinados os prazos para remoção das culturas, vegetação e/ou pastagem<br />

contidas na faixa da servidão, que poderão variar de 30 a 90 dias, dependendo da complexidade<br />

delas.<br />

Em havendo aprovação dos valores apresentados, o proprietário ou beneficiários assinarão carta de<br />

concordância para as devidas indenizações.<br />

Caso não haja acordo com o proprietário, por discrepância de valores ou quantificações, o processo<br />

será encaminhado para novo levantamento ou reavaliação, de maneira a viabilizar a renegociação.<br />

Nesses casos de discordância com o proprietário — por questões que não sejam técnicas —, o<br />

processo será encaminhado à assessoria jurídica da PETROBRAS, que tomará as medidas cabíveis.<br />

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7-32 ABRIL / 2006


• Indenização e Escrituras de Imóveis<br />

Serão emitidos cheques nominais aos beneficiários das indenizações devidas, a serem pagos, em<br />

cartório, no momento da assinatura das competentes escrituras ou contratos de instituição de<br />

servidão ou aquisição total do imóvel.<br />

A indenização de danos a culturas / pastagem / vegetação será efetuada mediante recibo.<br />

• Despesas Legais<br />

Todas as despesas legais decorrentes da escrituração correrão por conta do empreendedor.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

Este Programa deverá ter relação direta com o Programa de Comunicação Social, que será<br />

desenvolvido prévia e paralelamente aos trabalhos de construção do empreendimento, e com o<br />

Plano Ambiental para a Construção – PAC, considerando-se as diretrizes e as técnicas básicas<br />

recomendadas para serem empregadas durante a construção e montagem.<br />

f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

A implantação de um empreendimento que passe por imóveis particulares, como gasodutos,<br />

linhas de transmissão, etc., de interesse público, está sujeita ao Decreto-Lei Federal n° 3.365, de<br />

21 de junho de 1941, que dispõe sobre desapropriações por utilidade pública.<br />

Cabe destacar que as obras da natureza do empreendimento em questão não determinam,<br />

necessariamente, a desapropriação do imóvel, mas tão somente a compatibilização do uso da<br />

propriedade com a existência da servidão de passagem, cujos limites são estabelecidos em<br />

escritura pública de instituição de servidão perpétua, na faixa de 20m ou 30m de largura.<br />

Além do decreto-lei citado, o processo é disciplinado, também, pela Lei n° 8.987, de 13.02.95,<br />

que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, previsto<br />

no Artigo 175 da Constituição Federal, regulamentado pelo Decreto n° 1.717, de 24.11.95.<br />

g. Recursos Necessários<br />

Os recursos físicos, humanos e financeiros necessários serão disponibilizados pelo<br />

empreendedor, segundo o roteiro das Etapas de Execução descritas anteriormente.<br />

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h. Cronograma Físico<br />

Em linhas gerais, este Programa se iniciará antes mesmo da instituição da faixa de servidão,<br />

através do Programa de Comunicação Social.<br />

A avaliação dos imóveis e, conseqüentemente, a negociação e a indenização se estenderão por<br />

todo o período de implantação do empreendimento.<br />

i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento e a avaliação das atividades de implantação deste Programa serão realizados<br />

através de relatórios periódicos de andamento, com datas previamente estabelecidas com o<br />

empreendedor, assegurando, assim, o cumprimento dos procedimentos estabelecidos.<br />

7.5.4 PROGRAMA DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO<br />

a. Justificativas<br />

Para a instalação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, será necessária a supressão de vegetação<br />

nativa em alguns trechos ao longo do seu traçado, principalmente em função da atividade de<br />

abertura da vala por meio de escavações e, também, dada a necessidade de se obedecer às<br />

distâncias mínimas laterais de segurança, representadas pela faixa de servidão que compreende o<br />

duto, além de outras áreas de apoio às obras.<br />

Como primeira medida, os impactos decorrentes da supressão de vegetação foram minimizados<br />

durante os estudos de traçado realizados, os quais priorizaram a escolha de uma alternativa em<br />

que a ocorrência de interferências com áreas florestadas era menor, bem como foram previstos<br />

ajustes pontuais, visando preservar as áreas existentes.<br />

A adoção do Programa se justifica para atender à legislação vigente, qual seja, o Código<br />

Florestal (Lei n o 4.771, de 15/09/65, alterada por outras leis, dentre as quais a Lei n o 7.803, de<br />

15/07/89), que, no seu artigo 3º, parágrafo 1º, dispõe sobre a supressão total ou parcial de<br />

florestas de preservação permanente, é necessária prévia autorização do Poder Executivo Federal<br />

para a execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social,<br />

o que é o caso do empreendimento em questão. No entanto, ainda que autorizada, a supressão<br />

deverá ser objeto de mitigação sempre que possível.<br />

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. Objetivos<br />

São objetivos do Programa de Supressão de Vegetação:<br />

• realizar o levantamento das áreas de vegetação nativa, passíveis de supressão em função das<br />

atividades de instalação do Gasoduto;<br />

• estimar as áreas de supressão total (faixa de serviço), como subsídio para a obtenção das<br />

Autorizações para Supressão de Vegetação Nativa;<br />

• identificar a ocorrência de espécimes das espécies protegidas de corte e propor medidas para<br />

sua preservação, quando possível;<br />

• minimizar a supressão de vegetação através do estabelecimento de procedimentos<br />

ambientais, a serem adotados durante as atividades de instalação e através da adoção de<br />

medidas de controle e monitoramento eficientes;<br />

• quantificar a vegetação efetivamente suprimida, visando ao controle do material lenhoso,<br />

oriundo das atividades de supressão licenciadas para a instalação do Gasoduto;<br />

• intermediar as ações do cronograma de obras, como também dar garantia ambiental à<br />

construção;<br />

• atender aos critérios de segurança para a instalação e operação do Gasoduto;<br />

• propor um Programa de Manutenção da Faixa de Servidão, no que se refere ao componente<br />

vegetação e às respectivas distâncias de segurança;<br />

• atender à Legislação Ambiental em geral.<br />

O primeiro e segundo objetivos alinhados já foram atingidos, tendo-se efetuado um<br />

levantamento florístico e fitossociológico ao longo do traçado do futuro Gasoduto em áreas<br />

amostrais representativas das fisionomias atravessadas, bem como as estimativas das áreas<br />

passíveis de supressão. Esses resultados encontram-se na seção de Diagnóstico Ambiental deste<br />

<strong>EIA</strong> (subseção 5.2).<br />

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c. Público-Alvo<br />

O público-alvo do Programa são os órgãos licenciadores estadual e federal, a PETROBRAS e as<br />

empreiteiras contratadas para a implantação do empreendimento, as comunidades científicas<br />

locais interessadas, os proprietários das terras atravessadas pelo duto e a sociedade em geral.<br />

d. Metodologia<br />

Os procedimentos para execução deste Programa, a serem detalhados futuramente no Projeto<br />

Básico Ambiental (PBA), serão estruturados em etapas, visando sempre minimizar a vegetação<br />

suprimida. O Programa utilizará métodos específicos para cada uma dessas etapas, dada a<br />

complexidade do seu tema e as diversas inter-relações com outros programas.<br />

As principais etapas são: estudo do traçado, implantação do traçado, levantamento das áreas de<br />

supressão de vegetação nativa, supressão e inspeção ambiental.<br />

Além de procedimentos específicos dos levantamentos de campo e do Processo de<br />

Licenciamento Ambiental, o Programa utilizará ferramentas e mecanismos de controle do<br />

Sistema de Gestão Ambiental.<br />

(1) Estudo do Traçado<br />

Esta etapa é realizada, previamente, através de análises de cartas geográficas, de fotografias<br />

aéreas recentes e através de vistorias nas áreas para a instalação do empreendimento. No caso<br />

deste Programa, visa minimizar a travessia de áreas florestadas e, com isso, reduzir a supressão<br />

de vegetação.<br />

(2) Implantação do Traçado<br />

Nesta etapa, é realizada a definição final do traçado, demarcando-se, no terreno, os vértices e<br />

bandeiras de alinhamento do duto. Procede-se também à análise minuciosa para escolha dos<br />

melhores pontos de passagem do duto, minimizando-se futuros impactos sobre a vegetação e<br />

sobre benfeitorias.<br />

(3) Levantamento das Áreas de Supressão<br />

Após a implantação do traçado, procede-se à delimitação e ao cálculo das áreas a serem<br />

suprimidas, com base nas informações de campo, estudos topográficos e fotografias aéreas.<br />

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(4) Obtenção das Autorizações para Supressão de Vegetação Nativa<br />

Com base nas áreas calculadas, serão solicitadas as Autorizações para a Supressão de Vegetação<br />

Nativa.<br />

(5) Supressão de Vegetação Nativa<br />

As atividades de Supressão de Vegetação Nativa serão limitadas ao mínimo necessário para a<br />

instalação e operação do duto, obedecendo-se rigorosamente às Especificações Ambientais<br />

apresentadas pelo empreendedor no PAC.<br />

Nos fragmentos melhor conservados, utilizar-se-á máquinas de menor porte e preservar-se-á,<br />

dentro do possível, as copas das árvores situadas ao longo da faixa de servidão, de forma a<br />

permitir a passagem da fauna arborícola.<br />

(6) Inspeção Ambiental<br />

Independentemente dos responsáveis técnicos da empresa contratada para a instalação, o<br />

empreendedor manterá uma equipe qualificada para fiscalização de todos os serviços executados<br />

neste Programa, incluindo os de supressão de vegetação.<br />

Após o encerramento das atividades de supressão, a matéria vegetal devidamente ordenada nas<br />

laterais da faixa de serviço, incluindo-se as toras e os resíduos (lenhas), será cubada para fins de<br />

emissão de autorizações de transporte e/ou utilização pelos proprietários.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

Este Programa tem uma inter-relação marcante com o Sistema de Gestão Ambiental, com as<br />

diretrizes do Plano Ambiental para a Construção, com o Programa de Comunicação Social e<br />

Educação Ambiental, com o Programa de Estabelecimento da Faixa de Servidão Administrativa<br />

e de Indenizações, de Salvamento de Germoplasma e de Monitoramento da Fauna e Flora.<br />

f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou outros Requisitos<br />

• Constituição da República Federativa do Brasil (1988).<br />

• Lei 4.771 - Código Florestal Federal – Modificada pela Lei 7803/89, dentre outras, e pela<br />

Medida Provisória 2.166-67/01.<br />

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CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-37 ABRIL / 2006


• Lei 9.605, de 12.02.98 – Crimes Ambientais e Decreto 3.179, de 21/09/1999, que a<br />

complementa<br />

• Lei 9.985, de 18/07/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação e Decreto 4.340,<br />

de 22/08/2002, que a regulamenta.<br />

• Decreto 750, de 10/02/1993 – Supressão de Vegetação da Mata Atlântica.<br />

• Resolução CONAMA 002/96 – Compensação Ambiental.<br />

• Resolução CONAMA 237/97, de 19.12.97 – Licenciamento Ambiental.<br />

• Resolução CONAMA 001/94, de 31/01/1994 – define estágios de regeneração da Mata<br />

Atlântica para o Estado de São Paulo.<br />

• Resolução CONAMA 369, de 28/03/2006 – dispõe sobre os casos excepcionais que<br />

possibilitam a intervenção APP.<br />

• Portaria IBAMA Nº 37-N, de 03/04/1992 – Reconhece como Lista Oficial de Espécies da<br />

Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção a relação que se apresenta.<br />

g. Recursos Necessários<br />

Os recursos financeiros necessários para a implantação deste Programa deverão ser alocados<br />

pela montadora, de acordo com as exigências da legislação em vigor.<br />

h. Cronograma Físico<br />

A implantação do Programa deverá obedecer às etapas apresentadas no item d – Metodologia,<br />

sendo prévia em relação à gradativa abertura da vala que acolherá o Gasoduto.<br />

i. Acompanhamento e Avaliação<br />

As atividades de supressão de vegetação deverão ser iniciadas durante a limpeza das áreas das<br />

válvulas e, consecutivamente, antes da abertura da faixa de servidão, conforme estabelecido no<br />

Cronograma das Obras.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-38 ABRIL / 2006


O acompanhamento e a avaliação dos resultados da implantação do Programa serão realizados a<br />

partir das informações da Supervisão Ambiental da Obra e informados ao IBAMA<br />

periodicamente, através de relatórios específicos para cada etapa.<br />

7.5.5 Programa de Salvamento de Germoplasma<br />

a. Justificativa<br />

Germoplasma é o material que constitui a base física da herança genética, sendo transmitida de<br />

uma geração para outra. Significa a matéria onde se encontra um princípio que pode crescer e<br />

desenvolver-se, sendo definido, ainda, como a soma total dos materiais hereditários de uma<br />

espécie.<br />

Dessa maneira, o salvamento dessa base física garante a integridade genética das espécies<br />

componentes do ambiente que será perturbado.<br />

Um Programa de Salvamento de Germoplasma justifica-se, portanto, pela necessidade de se<br />

resguardar material fitológico de espécies típicas da região do empreendimento, principalmente<br />

das espécies da flora que estejam ameaçadas e/ou protegidas por lei, formando, ainda, um banco<br />

de germoplasma para usos futuros. Um exemplo de uso direto desse banco é a recuperação das<br />

áreas impactadas pela implantação do Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté.<br />

Para a abertura da faixa de domínio do empreendimento, será necessária a supressão de<br />

vegetação nativa pertencente à fitofisionomia de Floresta Ombrófila Densa, caracterizada por<br />

apresentar, em suas diferentes formações, uma alta diversidade florística, constituída por<br />

indivíduos arbóreos — de porte elevado e emergentes —, além de lianas lenhosas e epífitas em<br />

abundância, podendo comprometer espécies endêmicas e/ou ameaçadas de extinção<br />

características dessa fitofisionomia.<br />

Durante a fase de implantação do Gasoduto, os cuidados com a vegetação normalmente<br />

restringem-se às atividades de desmatamento e limpeza da faixa. Por esse motivo, é necessário o<br />

acompanhamento da supressão da vegetação nessa fase, procedendo-se à vistoria, localização e<br />

delimitação da área onde se encontram determinadas espécies arbóreas e arbustivas,<br />

principalmente as endêmicas e ameaçadas, e herbáceas (orquídeas, bromélias e outras espécies<br />

de interesse), para posterior resgate.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-39 ABRIL / 2006


. Objetivos<br />

O principal objetivo deste Programa é garantir a integridade genética da área de mata afetada,<br />

particularmente espécies da flora endêmica, típicas da região, ameaçadas e protegidas por lei.<br />

Objetiva-se, também, que o banco de germoplasma seja armazenado para uso futuro,<br />

proporcionando uma estratégia ambientalmente compatível com a diversidade de flora e fauna<br />

existentes e dependentes dessas espécies na região, mantendo-se um banco de sementes para<br />

encaminhamento a instituições públicas capazes de reproduzir as plântulas.<br />

Como conseqüência, pretende-se fornecer subsídios para a recuperação de áreas degradadas e<br />

possíveis reabilitações florestais, particularmente nas áreas impactadas pelo próprio<br />

empreendimento em questão.<br />

Especificamente, serão definidos critérios para determinar os grupos vegetais objeto do resgate,<br />

identificando e classificando as espécies desses grupos existentes na área, considerando a<br />

resistência de cada uma ao processo de realocação.<br />

c. Público-Alvo<br />

Órgãos licenciadores estaduais e federais, PETROBRAS e empreiteiras contratadas para a<br />

implantação do empreendimento, fundações botânicas, instituições públicas ou privadas e<br />

comunidades científicas locais interessadas constituem o público-alvo do Programa.<br />

d. Metodologia<br />

Neste Programa, procurar-se-á resgatar todos os propágulos e outras fontes nativas de material<br />

genético nas áreas a sofrerem impactos por conseqüência da instalação do Gasoduto<br />

Caraguatatuba-Taubaté.<br />

Consideram-se as seguintes bases físicas como potenciais preservadores da biodiversidade: os<br />

frutos com sementes viáveis (para todas as formas de vida), que serão encaminhados para<br />

conservação ex situ e os exemplares nativos de jovens (para os indivíduos arbustivos e arbóreos)<br />

ou adultos (para epífitas herbáceas), conservados in situ.<br />

A gestão desses recursos genéticos, como o aproveitamento e/ou armazenamento de<br />

germoplasma e propágulos, deverá ser realizada em associação com instituições públicas ou<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-40 ABRIL / 2006


privadas que desenvolvam projetos de conservação e de recuperação de áreas degradadas na<br />

região. Essas instituições serão identificadas ao longo da implantação do Programa.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

Este Programa se inter-relaciona com o Sistema de Gestão Ambiental, com o Programa de<br />

Supressão de Vegetação, com o Programa de Monitoramento da Fauna e da Flora, com o<br />

Programa de Comunicação Social e com o Programa de Educação Ambiental.<br />

f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

A principal legislação relacionada a este Programa, todos em nível federal, é listada a seguir.<br />

• Lei n o 4.771/65, de 15/09/65 – Código Florestal Federal, modificado pela Medida Provisória<br />

2.166-67/01.<br />

• Decreto Federal nº 318/91, de 31/10/91 – Promulga o novo texto da convenção internacional<br />

para a proteção dos vegetais (aprovado pelo Decreto Legislativo nº 12/85).<br />

• Portaria IBAMA nº 37-N, de 03/04/92 - Lista oficial de espécies da flora brasileira<br />

ameaçadas de extinção.<br />

• Lei 9.605, de 12.02.98 – Crimes Ambientais e Decreto 3.179, de 21/09/1999, que a<br />

complementa<br />

• Lei 9.985, de 18/07/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação e Decreto 4.340,<br />

de 22/08/2002, que a regulamenta.<br />

g. Recursos Necessários<br />

Os recursos físicos, humanos e financeiros necessários deverão ser alocados pelas empreiteiras<br />

contratadas para a implantação do Gasoduto e pelo empreendedor.<br />

h. Cronograma Físico<br />

A implementação deste Programa deverá ter início após sua aprovação, antecedendo a supressão<br />

de vegetação na faixa de domínio do empreendimento e ocorrendo prévia e concomitantemente a<br />

essa atividade.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-41 ABRIL / 2006


i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento deste Programa será efetuado pela PETROBRAS, através de auditorias<br />

periódicas nas diferentes fases da obra, verificando o cumprimento dos procedimentos<br />

detalhados que serão definidos no PBA.<br />

7.5.6 PROGRAMA DE GESTÃO DAS INTERFERÊNCIAS COM AS ATIVIDADES DE MINERAÇÃO<br />

a. Justificativas<br />

Os levantamentos efetuados durante os estudos do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté indicaram<br />

interferências do traçado com áreas correspondentes a processos minerários requeridos no<br />

Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, órgão do Ministério das Minas e<br />

Energia, responsável pela gestão dos recursos minerais do País.<br />

As interferências poderão, ainda, ocorrer nas áreas com processos de concessão em andamento<br />

em toda a Área de Influência Direta do empreendimento, que poderão impor restrições às futuras<br />

operações nas áreas requeridas e interceptadas pelas obras.<br />

b. Objetivos<br />

(1) Geral<br />

Este programa tem por objetivo geral solucionar as possíveis interferências ou impactos<br />

negativos resultantes da construção e operação do gasoduto sobre as áreas de exploração mineral<br />

requeridas, em diferentes estágios de licenciamento. Tais impactos estão ligados a eventuais<br />

restrições ou impedimentos operacionais que dificultem ou impeçam o prosseguimento da<br />

atividade exploratória, ou provoquem limitações na definição do real potencial mineral da área<br />

requerida.<br />

(2) Específico<br />

Como objetivo específico, procurar-se-á estabelecer estratégias para a mitigação dos impactos,<br />

estabelecendo acordos com os detentores do direito minerário, satisfatórios para ambas as partes,<br />

de modo a ressarcir eventuais perdas de receita e, assim, liberar as faixas de implantação do<br />

empreendimento, sem que restem pendências judiciais com os detentores de direitos minerários.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-42 ABRIL / 2006


c. Público-Alvo<br />

Identificaram-se, como público-alvo deste programa, todos os requerentes de processos de<br />

atividades legais de lavra e/ou de pesquisa mineral na Área de Influência Direta do<br />

empreendimento.<br />

d. Procedimentos Metodológicos<br />

A metodologia a ser adotada deverá constituir-se, inicialmente, pela obtenção de dados no<br />

DNPM, seguida pela análise das informações contidas nos processos minerários e, finalmente,<br />

pela realização de vistorias de campo, em áreas pré-selecionadas pelos levantamentos anteriores.<br />

Para execução desse estudo, deverá ser necessário:<br />

• consultar o software Direitos Minerários, obtido no DNPM, que contém dados atualizados<br />

sobre os processos minerários, protocolados nesse órgão;<br />

• consultar as cartas de áreas oneradas por processos minerários, referentes às folhas<br />

topográficas (escala 1:50.000) correspondentes à AID do Gasoduto;<br />

• consultar as Listagens SICOM (Sistema Código de Mineração), contendo os dados essenciais<br />

referentes aos processos minerários com áreas posicionadas ao longo das áreas de<br />

intervenção direta do Gasoduto.<br />

Após esses procedimentos, o empreendedor deverá solicitar ao DNPM, a não-emissão de novos<br />

Títulos Minerários e a Desapropriação (Bloqueio) dos Títulos já concedidos.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

Este programa deverá ter uma relação direta com o Plano Ambiental para a Construção – PAC e<br />

com os Programas de Apoio à Liberação da Faixa de Servidão Administrativa e de Indenizações.<br />

São programas que contêm as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem<br />

empregadas durante a construção do empreendimento. Objetivam evitar ou minimizar os<br />

impactos ambientais potenciais das atividades de mineração.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-43 ABRIL / 2006


f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

O Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté pode ser considerado como uma obra de interesse público,<br />

com base no Programa Prioritário de Termeletricidade, da Presidência da República e Ministério<br />

das Minas e Energia. Essa condição confere a esse Gasoduto prioridade em relação a outras<br />

formas de uso e ocupação do solo, dentre as quais se incluem as atividades de pesquisa e<br />

mineração.<br />

Situações dessa natureza já estão previstas no Código de Mineração (Decreto Lei nº 227, de 28<br />

de fevereiro de 1967) que, em seu Artigo 42, declara que “... a autorização será recusada se a<br />

lavra for considerada prejudicial ao bem público ou comprometer interesses que superem a<br />

utilidade da exploração industrial, a juízo do Governo...”.<br />

A solicitação de não-emissão de novos títulos minerários, incluindo-se, nesse caso, novas<br />

Autorizações de Pesquisa, Registros de Licenciamento e Permissões de Lavra Garimpeira e,<br />

também, a transformação das autorizações existentes em Concessões de Lavra, encontra,<br />

portanto, amparo na legislação em vigor e nos procedimentos adotados anteriormente pelo<br />

DNPM, em situações de obras públicas.<br />

Esse pedido permitirá ao empreendedor precaver-se contra futuras ações indenizatórias por parte<br />

de novos detentores de títulos minerários, ou a ressarcimentos no caso de autorizações para<br />

pesquisa já concedida, mas que não receberam ainda concessão para lavra.<br />

g. Cronograma Físico<br />

O Programa de Gestão das Interferências com as Atividades de Mineração deverá ocorrer logo<br />

no início da instituição da faixa de servidão do Gasoduto.<br />

h. Recursos Necessários<br />

Os recursos físicos, humanos e financeiros necessários serão disponibilizados pelo<br />

empreendedor.<br />

i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento e a avaliação do programa serão feitos pela PETROBRAS, através de<br />

metodologia a ser detalhada no PBA.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-44 ABRIL / 2006


7.6 PROGRAMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DAS OBRAS<br />

7.6.1 PROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS<br />

a. Justificativas<br />

Nas áreas com elevada suscetibilidade à erosão, quando ocorrerem alterações no ambiente<br />

natural e/ou preexistente para o estabelecimento de áreas de estocagem, formação de taludes e<br />

abertura de novos acessos e das valas para o enterramento dos dutos, será necessário adotar<br />

medidas preventivas e corretivas para evitar o início e/ou a aceleração de processos erosivos e<br />

para preservar, contra possíveis acidentes, as instalações existentes na região e o próprio<br />

empreendimento.<br />

b. Objetivos<br />

O objetivo principal deste Programa é localizar as áreas de maior fragilidade, ao longo do<br />

traçado proposto, sugerindo alterações na microlocalização de onde se instalará o<br />

empreendimento, caso sejam necessárias, e a proposição de medidas de<br />

prevenção/monitoramento para as obras e/ou para a fase de operação.<br />

Há necessidade, ainda, de serem identificados os principais processos deflagradores desse tipo<br />

de erosão e a interferência que as estradas de acesso e o tráfego associado, ao longo delas e na<br />

faixa, poderão causar.<br />

O Programa deverá ser executado pela (s) empreiteira (s) durante o período de implantação,<br />

construção e montagem do duto até a desmobilização final de suas equipes, sob fiscalização do<br />

empreendedor, e compreenderá, ainda, a instalação de dispositivos de controle da erosão e de<br />

permanente acompanhamento, no sentido de verificar se eles foram corretamente<br />

implementados.<br />

c. Público-Alvo<br />

Os beneficiários deste Programa serão o empreendedor, o Governo Estadual, Prefeituras<br />

Municipais e a população lindeira à faixa de servidão, em especial os proprietários de terras<br />

atravessadas pela faixa.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-45 ABRIL / 2006


d. Procedimentos Metodológicos<br />

A partir do conhecimento gerado no Diagnóstico Ambiental, para as áreas suscetíveis à erosão,<br />

recomenda-se que sejam implementadas medidas preventivas durante a implantação do<br />

empreendimento, dando especial atenção ao período de setembro a março, quando podem<br />

ocorrer chuvas torrenciais.<br />

A primeira etapa refere-se à identificação de áreas críticas onde os processos erosivos estão<br />

ocorrendo ou podem ser intensificados a partir da instalação do Gasoduto.<br />

O controle de erosão deverá ser realizado durante a execução das obras, conforme as normas<br />

existentes e os projetos específicos para cada caso. Assim, haverá procedimentos a serem<br />

introduzidos durante as diversas etapas de construção: abertura e nivelamento de faixa,<br />

abaixamento e cobertura da vala, travessias de cursos d´água, cruzamentos de rodovias, etc.<br />

Previamente à abertura de faixa, a camada superficial do solo será removida e armazenada em<br />

local adequado.<br />

Na fase de recomposição da vegetação, conforme previsto no Programa de Recuperação de<br />

Áreas Degradadas, deverão ser utilizadas, preferencialmente, mudas de espécies nativas.<br />

Os trabalhos deverão ser permanentemente acompanhados e fiscalizados por técnicos<br />

especializados.<br />

A seqüência de execução da reabilitação das áreas atingidas está definida em linhas gerais no<br />

Plano Ambiental para a Construção – PAC. Quando da elaboração do PBA, na próxima fase dos<br />

estudos, os procedimentos serão detalhados de acordo com o projeto de engenharia do duto.<br />

Nesse documento, estarão definidos não só o cronograma de controle como também, de forma<br />

pormenorizada, as medidas necessárias para que sejam sanados os riscos de início e/ou<br />

aceleração de processos erosivos.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

Este Programa deverá ter uma relação direta com o Plano Ambiental para a Construção (PAC) e<br />

com o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), a serem igualmente detalhados<br />

no PBA, considerando as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas<br />

durante a fase de construção e montagem do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-46 ABRIL / 2006


f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

Os requisitos técnicos, práticas recomendadas, ações de prevenção e linhas de atuação, no<br />

sentido de evitar a ação de processos erosivos em cada etapa da construção de dutos, estão<br />

reunidos em Normas Técnicas Específicas da PETROBRAS.<br />

Para cada fase da obra, deverão ser emitidos procedimentos executivos específicos a serem<br />

seguidos, alguns dos quais destinados a evitar a indução e instalação de processos erosivos.<br />

Os executores do Programa deverão, outrossim, seguir as recomendações da ABNT- Normas<br />

Técnicas Brasileiras referentes aos procedimentos para controle de processos erosivos, dentre<br />

elas as seguintes:<br />

• Norma Brasileira NBR 8044 (1983) – Projeto Geotécnico;<br />

• Norma Brasileira NBR 10.703 TB 350 (1989), sobre Degradação do Solo;<br />

• Norma Brasileira NBR 11682 (1991) ABNT – Trata da Estabilidade dos Taludes;<br />

• Norma Brasileira NBR 6497 (1983) ABNT – Estabelece procedimentos para o Levantamento<br />

Geotécnico;<br />

• Norma Brasileira NBR 6484 (2001) ABNT – Trata da Execução de Sondagens de Simples<br />

Reconhecimento de Solos.<br />

Todos os métodos de trabalho e processos que serão adotados respeitarão os artigos concernentes<br />

e aplicáveis contidos na Lei n o 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o Código Florestal<br />

Brasileiro e suas modificações pelas Leis 5.106, de 02.09.1966; 5.868, de 12.12.1972; 5.870, de<br />

26.03.1973; 6.535, de 15.6.1978; 7.511, de 7.7.1986; 7.803, de 18.7.1989, e 9.985, de 18.7.2000.<br />

Outrossim, obedecer-se-á à legislação pertinente do Estado de São Paulo.<br />

g. Recursos Necessários<br />

Os recursos físicos, humanos e financeiros necessários serão providenciados pelas empreiteiras<br />

contratadas para a implantação do empreendimento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-47 ABRIL / 2006


h. Cronograma Físico<br />

Este Programa deverá ser executado continuamente, durante todo o período de construção do<br />

empreendimento.<br />

i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento deste Programa caberá ao empreendedor, através de fiscalização diária e<br />

auditorias periódicas nas diferentes fases da obra, confirmando o cumprimento dos<br />

procedimentos apresentados no PAC.<br />

7.6.2 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS<br />

a. Justificativas<br />

A recomposição de áreas degradadas pós-obras é necessária e de fundamental importância para o<br />

meio ambiente, pois evita que sejam instaurados ou acelerados processos erosivos em curso,<br />

além de possibilitar a retomada do uso original ou alternativo das áreas que sofreram<br />

intervenções diretas decorrentes da implantação do Gasoduto. A recomposição dessas áreas, ou<br />

mesmo daquelas que não sejam resultado das intervenções, mas que possam vir a afetar a faixa<br />

de servidão, é de extrema importância para a segurança do Gasoduto após a sua inserção, como,<br />

por exemplo, trechos da AID com elevada suscetibilidade à erosão.<br />

Procedimentos ambientais específicos devem ser incorporados às atividades convencionais de<br />

construção, com vistas à implantação de canteiros, estradas de acesso, áreas de empréstimo e<br />

bota-fora, para que sejam recuperadas e recompostas, retornando o mais próximo possível à sua<br />

condição original.<br />

Procedimentos especiais, outrossim, deverão ser desenvolvidos nas áreas de travessias, onde<br />

forem instalados equipamentos às margens de várzeas, rios e córregos de maior importância,<br />

visando à recuperação e ao retorno às condições existentes antes das obras.<br />

b. Objetivos<br />

O principal objetivo deste Programa será a recuperação de áreas degradadas pelas obras do<br />

Gasoduto, através de procedimentos que visarão atenuar os impactos sobre a paisagem, como:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-48 ABRIL / 2006


• controle dos processos erosivos, minimizando o possível carreamento de sedimentos e a<br />

degradação ambiental;<br />

• revegetação das áreas impactadas pelas obras;<br />

• retorno ao ciclo produtivo das áreas agrícolas, reintegrando as áreas atingidas;<br />

• recomposição das áreas afetadas pela construção;<br />

• recuperação dos caminhos de serviço;<br />

• revegetação nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) ao longo da faixa de servidão do<br />

Gasoduto, por meio do plantio de espécies herbáceas e arbustivas nativas das regiões<br />

atravessadas ou de espécies adaptadas;<br />

• recomposição da paisagem.<br />

c. Público-Alvo<br />

Os beneficiários do Programa serão o empreendedor, os proprietários de terras lindeiras à faixa<br />

de servidão, o Governo do Estado de São Paulo, as Prefeituras Municipais e suas Secretarias.<br />

d. Procedimentos Metodológicos<br />

As técnicas e os procedimentos a serem empregados na recuperação de áreas degradadas deverão<br />

ser individualizados para cada uma delas, respeitando-se suas características específicas<br />

originais.<br />

A exploração de possíveis áreas de empréstimo e o lançamento de bota-foras deverão seguir<br />

procedimentos específicos, determinados no Plano Ambiental para a Construção – PAC, para<br />

que, ao final as áreas estejam estabilizadas com um sistema de drenagem e recobrimento vegetal.<br />

Para isso, deverão ser tomados alguns cuidados:<br />

• a retirada do material pelo pé (base) do talude deverá ser evitada, optando-se, sempre que<br />

possível, pela remoção a partir do topo, visando prevenir a ocorrência de desestabilização;<br />

• a camada vegetal superficial dos solos, quando removida, deverá ser estocada para posterior<br />

reposição nos aterros, pistas, caixas de empréstimo ou bota-fora;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-49 ABRIL / 2006


• os cortes deverão ser executados segundo as diretrizes do Projeto de Engenharia, do PAC e<br />

segundo as normas da ABNT;<br />

• o material excedente da escavação deverá ser removido de forma orientada, evitando-se<br />

danos às áreas vizinhas à obra, tais como erosões e assoreamento de cursos d’água;<br />

• deverão ser implantados sistemas de drenagem e proteção superficial nos taludes. O<br />

dimensionamento das estruturas de drenagem deverá ser objeto do projeto executivo da<br />

recuperação das áreas degradadas.<br />

A metodologia de execução da reabilitação das áreas degradadas é apresentada de forma<br />

simplificada no Plano Ambiental para a Construção – PAC.<br />

De maneira geral, o processo de execução deverá obedecer às etapas descritas a seguir. Ressalta-<br />

se que essa recuperação deverá ser avaliada no momento das ações a serem implementadas para<br />

cada área isoladamente.<br />

1ª Etapa: Delimitação das áreas a serem recuperadas<br />

Esta etapa compreenderá o dimensionamento prévio das áreas e a compartimentação delas, para<br />

o planejamento de utilização, e também o levantamento do volume do material a ser removido. É<br />

importante que a programação e as sugestões da equipe envolvida no processo de<br />

compartimentação das áreas estejam integradas com os responsáveis pelas obras, de forma a que<br />

se possa ter sucesso com o processo de recuperação.<br />

2ª Etapa: Remoção, armazenamento e manejo do material vegetal e da camada superficial<br />

do solo<br />

A remoção e o armazenamento, de forma adequada, do material vegetal e das camadas<br />

superiores do solo, para futura utilização, constituem uma prática comprovada e eficiente na<br />

recuperação de áreas degradadas, pois essas camadas apresentam altos teores de matéria<br />

orgânica e se desenvolve a atividade microbiológica, particularmente na serrapilheira. Esta,<br />

inclusive, é muito importante para a recuperação, já que é banco genético do ambiente, protege a<br />

superfície dos raios solares, conserva a umidade do solo, contém organismos da micro e da<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-50 ABRIL / 2006


mesofauna, além de sementes, propiciando condições para desenvolvimento da biota e para<br />

retorno da macrofauna.<br />

3ª Etapa: Amenização dos taludes<br />

Após a retirada do material utilizável das áreas que formam taludes, via de regra, estas se<br />

apresentam com platôs de pequenas declividades. No entanto, acidentes mais marcantes deverão<br />

ser corrigidos, sempre executados na inclinação de 1:4 (vertical para horizontal), permitindo<br />

assim a mecanização total da área.<br />

4ª Etapa: Adequação da rede de drenagem e proteção de taludes<br />

Com a finalidade de impedir o efeito erosivo das águas superficiais, deverá ser construído um<br />

sistema provisório de drenagem, interligado com canaletas de escoamento situados nas laterais<br />

das áreas, destinando as vazões até a rede de drenagem natural.<br />

5ª Etapa: Reafeiçoamento e sistematização do terreno<br />

Depois de encerradas as intervenções, as áreas deverão ser imediatamente reconstituídas em sua<br />

forma topográfica final. Nesta etapa, deverá ser implantada a drenagem definitiva.<br />

Se for verificada a necessidade, deverão ser construídas estruturas de drenagem, tais como<br />

canaletas, nas extremidades dos terraços, para conduzir as águas até a drenagem natural. Essas<br />

canaletas, em suas margens, serão revestidas com vegetação que tenha sistema radicular<br />

fasciculado e profundo. Adicionalmente, recomenda-se uso de gramíneas e leguminosas nativas.<br />

6ª Etapa: Implantação do sistema de drenagem definitivo<br />

Os critérios para o dimensionamento do sistema de drenagem superficial são os da NBR 11.682<br />

– Estabilização de Taludes.<br />

7ª Etapa: Incorporação de adubos e corretivos<br />

Nesta etapa, deverá ser realizada a análise química do material superficial (camada fértil) bem<br />

com a interpretação dos resultados e recomendação quanto à adubação e à calagem, incluindo os<br />

procedimentos para aplicação de adubos e corretivos. No caso de haver necessidade da calagem,<br />

recomenda-se a aplicação de calcário, 40 dias antes da colocação dos adubos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-51 ABRIL / 2006


8ª Etapa: Seleção de espécies e implantação da revegetação<br />

Esta etapa consistirá na revegetação das áreas degradadas, a ser avaliada caso a caso, em virtude<br />

das limitações de uso de vegetação em algumas áreas que envolvem o duto. Duas técnicas<br />

distintas, porém complementares, de revegetação poderão ser utilizadas: a primeira é a<br />

hidrossemeadura, para o recobrimento rápido do solo (principalmente em terrenos de alta<br />

declividade); a segunda, a cobertura com espécies herbáceas (utilizando semeadura de lanço ou<br />

em linha, em terrenos de baixa declividade).<br />

Destaca-se, por outro lado, a necessidade de se verificarem, no Plano Ambiental para a<br />

Construção – PAC, todos os procedimentos de recuperação de áreas específicas. Dessa forma,<br />

poderá haver determinadas áreas que demandem, alem de espécies herbáceas, como gramíneas,<br />

outras espécies de porte arbustivo para a sua recuperação.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

Este Programa tem uma inter-relação direta com as diretrizes do Plano Ambiental para a<br />

Construção – PAC.<br />

f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

Os requisitos legais a serem cumpridos encontram-se citados no Programa de Controle de<br />

Processos Erosivos.<br />

g. Recursos Necessários<br />

Os recursos físicos, humanos e financeiros necessários serão providenciados pelas empreiteiras<br />

contratadas para a implantação do empreendimento, devendo estar previstos na proposta de cada<br />

uma para a execução das obras.<br />

h. Cronograma Físico<br />

O Programa será executado continuamente durante o desenvolvimento das obras e no início de<br />

operação do duto.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-52 ABRIL / 2006


i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento deste Programa será efetuado pelo empreendedor, através de auditorias<br />

periódicas nas diferentes fases das obras, verificando o cumprimento dos procedimentos<br />

detalhados que serão apresentados no PAC.<br />

7.6.3 PLANO AMBIENTAL PARA A CONSTRUÇÃO<br />

a. Justificativas<br />

A formulação do Plano Ambiental para a Construção do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, mais<br />

do que uma exigência dentro do processo de licenciamento ambiental do empreendimento,<br />

representa uma parte da expressão da política ambiental da PETROBRAS, estabelecendo<br />

princípios que deverão ser seguidos pela empresa construtora, obrigando-a ao exercício de<br />

métodos construtivos compatíveis com a menor agressão possível ao meio ambiente e à melhoria<br />

da qualidade de vida de seus empregados e das comunidades envolvidas.<br />

As exigências ambientais impostas pela legislação em vigor requerem do empreendedor um<br />

acompanhamento intensivo das obras, visando cumprir as condicionantes da Licença de<br />

Instalação – LI, a implantação efetiva dos Programas Ambientais propostos no <strong>EIA</strong> e,<br />

principalmente, tomar medidas, de forma prévia ou imediata, para corrigir eventuais imprevistos<br />

que surjam no decorrer das obras, Assim, evitar-se-ão, ao máximo, embargos pelas autoridades<br />

ambientais competentes.<br />

Dessa forma, justifica-se o cuidado de se contar com o Plano Ambiental para a Construção do<br />

Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, para que o empreendimento seja implantado com base nas<br />

melhores práticas ambientais vigentes.<br />

b. Objetivos<br />

O Plano Ambiental para a Construção – PAC do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté tem por<br />

objetivo apresentar as diretrizes e orientações a serem seguidas pelo empreendedor e seus<br />

contratados durante as fases de implantação das obras que compõem o empreendimento. O PAC<br />

apresenta os cuidados a tomar, com vistas à preservação da qualidade ambiental dos meios físico<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-53 ABRIL / 2006


e biótico das áreas que vão sofrer intervenção antrópica e à minimização dos impactos sobre as<br />

comunidades vizinhas e os trabalhadores.<br />

Ao final deste PAC, apresentam-se seus Anexos: “Código de Conduta dos Trabalhadores”<br />

(Anexo 1) e “Diretrizes para o Programa de Saúde e Segurança nas Obras” (Anexo 2).<br />

A localização de canteiros e áreas de armazenamento da tubulação será definida conforme a<br />

logística estabelecida por cada uma das montadoras contratadas, as quais deverão obter, nas<br />

respectivas prefeituras e órgãos ambientais, as autorizações e licenças específicas necessárias. Os<br />

bota-foras, para onde será destinado o material excedente da execução da fase de limpeza da<br />

faixa, serão conformados seguindo, devidamente, diretrizes ambientais e especificações técnicas.<br />

c. Procedimentos Ambientais na Construção<br />

Os principais aspectos ambientais da construção são apresentados no Quadro 7-1, a seguir, em<br />

que se associam as áreas do empreendimento às causas e aos danos ambientais possíveis, bem<br />

como às medidas a serem consideradas para seu controle/ mitigação/ minimização, dentre elas, a<br />

realização de Diálogos Diários de Segurança e Meio Ambiente – DDSMA, em que são<br />

apresentadas, aos profissionais envolvidos nas obras, todas as causas de danos ambientais e suas<br />

medidas corretivas.<br />

Quadro 7-1 - Principais aspectos ambientais potencialmente associados à construção do<br />

Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

LOCAL CAUSAS E DANOS AMBIENTAIS POSSÍVEIS MEDIDAS A CONSIDERAR<br />

Ao longo das<br />

obras<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Erosão dos taludes<br />

de escavação<br />

Disposição<br />

inadequada de<br />

resíduos sólidos<br />

Disposição<br />

inadequada de<br />

resíduos perigosos<br />

Produção de<br />

sedimentos e<br />

assoreamento<br />

Poluição hídrica, do<br />

solo e do ar<br />

Poluição hídrica, do<br />

solo e do ar<br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

Drenagem superficial, proteção vegetal<br />

Programa de Controle dos Processos<br />

Erosivos<br />

Coleta seletiva, disposição em aterros<br />

sanitários, reciclagem. Plano de<br />

Gerenciamento e Disposição de Resíduos<br />

e Efluentes<br />

Reciclagem, disposição em aterros classe<br />

I. Plano de Gerenciamento e Disposição e<br />

Resíduos e Efluentes<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-54 ABRIL / 2006


LOCAL CAUSAS E DANOS AMBIENTAIS POSSÍVEIS MEDIDAS A CONSIDERAR<br />

Estradas de<br />

acesso<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Lançamento de<br />

efluentes sanitários<br />

sem tratamento nos<br />

corpos hídricos<br />

Lançamento de<br />

efluentes industriais<br />

não-perigosos<br />

(fluido de<br />

perfuração)<br />

Lançamento de<br />

efluentes líquidos<br />

oleosos<br />

Depósitos<br />

inadequados de<br />

combustíveis e<br />

lubrificantes<br />

Poluição hídrica<br />

Produção de<br />

sedimentos e<br />

assoreamento<br />

Poluição hídrica e do<br />

solo<br />

Poluição hídrica e do<br />

solo<br />

Produção de ruídos Poluição sonora<br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

Uso de banheiros químicos na faixa,<br />

tratamento em tanques sépticos / filtros<br />

anaeróbios. Plano de Gerenciamento e<br />

Disposição de Resíduos e Efluentes<br />

Filtração e decantação. Plano de<br />

Gerenciamento e Disposição de Resíduos<br />

e Efluentes<br />

Sistema de separação água/óleo,<br />

reciclagem, kit de controle de vazamentos<br />

nas frentes. Plano de Gerenciamento e<br />

Disposição de Resíduos e Efluentes<br />

Sistema de prevenção contra vazamentos,<br />

kit de controle de vazamentos nas frentes<br />

Bacia de Contenção<br />

Produção de poeira Poluição do ar Aspersão de água<br />

Produção de gases Poluição do ar<br />

Possibilidade de<br />

acidentes<br />

Ausência de<br />

estabilidade de<br />

talude<br />

Ferimentos,<br />

paralisação dos<br />

serviços,<br />

comprometimento da<br />

imagem<br />

Produção de<br />

sedimentos<br />

Produção de poeira Poluição do ar Aspersão de água<br />

Produção de gases Poluição do ar<br />

Produção de ruídos Poluição sonora<br />

Possibilidade de<br />

acidentes<br />

Ferimentos,<br />

paralisação dos<br />

serviços,<br />

comprometimento da<br />

imagem<br />

Uso de EPIs e manutenção dos<br />

equipamentos<br />

Sistemas de manutenção dos<br />

equipamentos e filtros<br />

Delimitação da área através de cercas,<br />

visando evitar a entrada de animais e<br />

pessoas estranhas ao empreendimento;<br />

controle de entrada e saída de veículos e<br />

sinalização de toda a área dos canteiros<br />

Programa de Controle dos Processos<br />

Erosivos<br />

Sistemas de manutenção dos<br />

equipamentos e filtros<br />

Sistema de manutenção, para se ter um<br />

bom estado dos silenciosos dos veículos<br />

Sinalização intensa e controle de<br />

velocidade<br />

Orientação às comunidades próximas<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-55 ABRIL / 2006


LOCAL CAUSAS E DANOS AMBIENTAIS POSSÍVEIS MEDIDAS A CONSIDERAR<br />

Levantamento<br />

topográfico<br />

Áreas de<br />

empréstimo<br />

Bota-foras<br />

Escavações em<br />

rochas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Abertura de picadas<br />

Escavação<br />

Supressão de<br />

vegetação<br />

Produção de<br />

sedimentos<br />

Produção de poeira Poluição do ar Aspersão de água<br />

Produção de gases Poluição do ar<br />

Produção de ruídos Poluição sonora<br />

Reconformação do<br />

terreno escavado<br />

Erosão dos volumes<br />

formados<br />

Desmonte com uso<br />

de explosivos<br />

Geração de material<br />

não aproveitável<br />

Poluição e produção<br />

de sedimentos e<br />

assoreamento<br />

Produção de<br />

sedimentos e<br />

assoreamento<br />

Acidentes com ou sem<br />

feridos<br />

Produção de<br />

sedimentos e<br />

assoreamento<br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

Seguir recomendações deste PAC e da<br />

Legislação Ambiental vigente<br />

Aquisição de materiais de empréstimo de<br />

empresas cujas jazidas já estejam<br />

licenciadas, ou obter a Licença de<br />

Operação nos órgãos competentes. A<br />

essas empresas caberá, dentre outras, a<br />

responsabilidade de controle de erosão e<br />

da produção de sedimentos (geotêxteis,<br />

telas-filtro, etc.)<br />

Sistemas de manutenção dos<br />

equipamentos e filtros<br />

Sistema de manutenção, para se ter um<br />

bom estado dos silenciosos dos veículos<br />

Drenagem superficial, revegetação<br />

Conformação à morfologia do terreno,<br />

compactação, drenagem superficial,<br />

proteção vegetal. Distanciamento das<br />

APPs<br />

Aplicação de normas da ABNT: NBR-<br />

9.061/85, NR-15, NR-16, NR-19, NB-<br />

942, R-105 (Exército) Portaria 3.214<br />

(Ministério do Trabalho) e N-2.387<br />

(PETROBRAS)<br />

Comunicação e sinalização prévias<br />

Cubagem prévia, escolha de área<br />

adequada para bota-fora, reconformação e<br />

revegetação<br />

Produção de ruídos Poluição sonora Uso de EPIs, respeito à lei do silêncio,<br />

atendimento aos limites máximos de<br />

ruídos da Norma NBR 10.151, da ABNT,<br />

evitar atividades noturnas ruidosas<br />

Produção de poeira Poluição do ar Aspersão de água<br />

Produção de gases Poluição do ar Sistemas de manutenção dos<br />

equipamentos e filtros<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-56 ABRIL / 2006


LOCAL CAUSAS E DANOS AMBIENTAIS POSSÍVEIS MEDIDAS A CONSIDERAR<br />

Escavações em<br />

solo<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Produção de ruídos Poluição sonora<br />

Produção de poeira Poluição do ar Aspersão de água<br />

Produção de gases Poluição do ar<br />

d. Requisitos básicos para a construção<br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

Uso de EPIs, respeito à lei do silêncio,<br />

atendimento aos limites máximos de<br />

ruídos da Norma NBR 10.151, da ABNT,<br />

evitar atividades noturnas ruidosas<br />

Sistemas de manutenção dos<br />

equipamentos e filtros<br />

A construção de um gasoduto consiste de um processo seqüencial envolvendo, basicamente, as<br />

atividades de implantação de canteiros, áreas de armazenamento da tubulação e alojamentos,<br />

melhoria de acessos, limpeza da faixa de servidão, estocagem de materiais, desfile da tubulação,<br />

soldagem da tubulação, escavação da vala, abaixamento da tubulação e cobertura da vala,<br />

recomposição da faixa, teste hidrostático, proteção catódica, instalação de bloqueio, construção<br />

das estações de medição e de limitação de pressão. Nesse sentido, a seguir, são descritos alguns<br />

requisitos básicos que serão necessários para as obras do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

(1) Estradas de Acesso<br />

De forma geral, deverão ser utilizados os acessos existentes, evitando que se abram outros. A(s)<br />

empreiteira(s), antes do início dos serviços, deverá(ão) definir um procedimento de acessos às<br />

áreas do canteiro e às frentes de obras, apresentando uma planta de localização (logística) que<br />

indique as estradas principais da região, identificando, a partir delas, as estradas secundárias,<br />

vias vicinais, caminhos e trilhas existentes, cujos traçados serão utilizados como acesso a cada<br />

frente de obra.<br />

Em princípio, as rodovias estaduais SP-099 e SP-070 são as principais e mais importantes para<br />

absorver o tráfego da obra. Serão ainda utilizadas as estradas vicinais cortadas pelo duto.<br />

Caso seja necessária, a abertura de novas estradas de acesso ficará condicionada à não-existência<br />

de acessos antigos e da aprovação do empreendedor e dos órgãos ambientais afins, considerando<br />

que sua construção poderá gerar materiais inconsolidados sujeitos a erosão e transporte por<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-57 ABRIL / 2006


águas pluviais, bem como novos cortes e aterros na região. Deverão ser observados, nos projetos<br />

desses novos acessos e na melhoria dos acessos existentes, os seguintes aspectos de proteção<br />

ambiental:<br />

• cuidados necessários para evitar focos erosivos, principalmente considerando a topografia da<br />

região, locando os acessos em pontos menos favoráveis ao desencadeamento desses focos;<br />

• evitar, tanto quanto possível, a execução de cortes e aterros. Se houver necessidade, estes<br />

deverão ser dotados de proteção, tais como canaletas de crista e de pé, além de revegetação;<br />

• na transposição de pequenas redes de drenagem e em áreas de várzeas, os movimentos de<br />

terra, bem como o balanceamento de materiais, deverão ser equacionados de forma a não<br />

provocar carreamento de material sólido;<br />

• quando os acessos novos cruzarem cercas/divisas de propriedades, serão instaladas porteiras<br />

(colchetes/tronqueiras) provisórias ou definitivas, para possibilitar o tráfego pela via, as quais<br />

serão mantidas fechadas;<br />

• implantar sistema de drenagem, de modo a encaminhar as saídas d’água dessas novas vias<br />

para o talvegue mais próximo, evitando deixá-las a meia-vertente, o que poderá favorecer<br />

processos erosivos;<br />

• utilizar baba-de-cupim no fundo das canaletas de drenagem com maior fluxo de água.<br />

Alguns cuidados, de ordem geral, deverão ser observados:<br />

• só deverão ser usadas as estradas internas de acesso autorizadas, negociadas pela empreiteira<br />

com os proprietários;<br />

• as estradas de acesso utilizadas durante as obras deverão ser restauradas nas condições<br />

anteriores à construção, conforme documentação fotográfica registrada antes de sua<br />

utilização pelo empreendimento, a não ser que o proprietário da terra especifique diferente,<br />

com a devida aprovação dos órgãos competentes;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-58 ABRIL / 2006


• em função do porte dos equipamentos/veículos pesados e do fluxo de tráfego, para os<br />

acessos, a(s) empreiteira(s) deverá(ão) elaborar um programa de melhorias das condições das<br />

estradas, compatível com o tráfego previsto;<br />

• durante as obras, dever-se-á priorizar o período de escassez de chuva para a movimentação<br />

de material (solos e rochas escavados), devendo-se aplicar um colchão de pedrisco com<br />

camada mínima de 5cm para reduzir o desprendimento de solo nas estradas de terra, vias de<br />

acesso e vias de passagem nos canteiros e alojamentos. Além disso, deverá ser feita a<br />

contenção do talude (corte/aterro) por meio do plantio de gramíneas;<br />

• deverá ser realizado o dimensionamento da vazão das seções no caso de remodelação de<br />

pontes e transposições de cursos de água, em geral; essas obras visam garantir o livre<br />

escoamento das águas. Toda frente de obra situada em áreas alagáveis deverá receber a<br />

proteção adequada através de revestimentos, enrocamento ou providências similares,<br />

garantindo sua estabilidade e evitando erosão;<br />

• deverão ser instaladas canaletas nas cristas dos taludes de corte ou aterro, implantando-se<br />

escadas d’água e caixas de dissipação de energia, onde necessárias, nesses acessos;<br />

• as melhorias introduzidas não deverão afetar os sistemas de drenagem e cursos d’água<br />

naturais existentes;<br />

• nos acessos existentes, ou mesmo na construção de novos, para evitar os transtornos<br />

advindos do aumento do tráfego e diminuir o risco de acidentes, deverão ser adotadas<br />

medidas, tais como: sinalização das vias (placas de controle de velocidade, animais<br />

silvestres, cruzamentos, indicação da obra, etc.), distribuição do transporte ao longo do dia<br />

para que não haja concentração dessa atividade num único período, transporte de<br />

determinadas cargas e equipamentos em períodos de menor fluxo de veículos,<br />

conscientização dos motoristas visando à redução de acidentes;<br />

• serão adotadas normas que garantam a não-agressão ao meio ambiente pelo tráfego de<br />

máquinas, para evitar a destruição desnecessária de vegetação às margens dos acessos e<br />

proibir a descarga de quaisquer materiais no campo, como combustível, graxa, peças, restos<br />

de cabos, carretéis, concreto, etc., no campo;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-59 ABRIL / 2006


• se confirmada a manutenção do tráfego junto às comunidades, deverá ser providenciada, no<br />

período seco, a umectação das vias de acesso, de forma a reduzir as emissões de poeira sobre<br />

as residências locais, além da aplicação de um colchão de pedrisco com camada mínima de<br />

5cm para reduzir o desprendimento de solo nas estradas de terra;<br />

• quando do transporte de materiais de construção, de forma a evitar que caiam acidentalmente<br />

— o que pode vir a causar problemas ambientais e de segurança para a população do entorno<br />

—, dever-se-ão utilizar, preferencialmente, caminhões fechados.<br />

(2) Canteiros de Obra e Áreas de Armazenamento<br />

Geral<br />

Para a construção, em princípio, estão previstas 4 frentes de obras, as quais demandarão, cada<br />

uma, a instalação de 1 canteiro fixo (principal) e 1 canteiro móvel (auxiliar) necessários para dar<br />

apoio logístico ao processo de construção e montagem do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

Além desses, haverá necessidade de se instalarem outras pequenas áreas de montagem para as<br />

obras de travessias e cruzamentos especiais.<br />

Nos canteiros principais de obras, estarão localizados os refeitórios, almoxarifados, oficinas,<br />

depósitos de máquinas, equipamentos e materiais, ambulatórios, escritórios de projetos e<br />

administração, dentre outros.<br />

A localização dos canteiros será proposta pelas empreiteiras na fase de licitação das obras, com a<br />

sua respectiva análise ambiental. As áreas indicadas para os canteiros deverão contar com a<br />

anuência das Prefeituras Municipais. As empreiteiras deverão apresentar relatório com a<br />

descrição das áreas, o layout previsto, a estrutura funcional e suas respectivas instalações (redes<br />

de água, esgoto, energia, acessos, ambulatórios e destino final do lixo), a ser submetido à análise<br />

do empreendedor e dos órgãos ambientais, se for o caso. Será de responsabilidade das<br />

empreiteiras a obtenção das licenças municipais e estaduais pertinentes. Depois de obtidas, as<br />

licenças serão encaminhadas para o empreendedor para que se libere a instalação do canteiro.<br />

A escolha dos locais dos canteiros de obras em empreendimentos lineares depende da logística<br />

(procedência da mão-de-obra especializada e forma de habitação — alojamentos e/ou<br />

hotéis/pensões/repúblicas) e da estratégia de execução das empreiteiras. Durante a elaboração<br />

dos estudos ambientais, o empreendedor não tem como estabelecer essas localizações, dada a<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-60 ABRIL / 2006


necessidade de se proceder a negociações com as Prefeituras Municipais, proprietários de<br />

galpões e terrenos, etc.<br />

Somente após a análise ambiental e aprovação pelo empreendedor e órgãos ambientais, se for o<br />

caso, é que essas áreas serão liberadas para instalação e operação.<br />

As instalações dos canteiros deverão atender ao disposto neste PAC e nas Normas<br />

Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, com destaque para as NR-10 - Instalações e<br />

Serviços em Eletricidade; NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de<br />

Materiais; NR-12 - Máquinas e Equipamentos; NR-18 - Condições de Trabalho na Indústria da<br />

Construção; NR-20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis; NR-23 - Proteção Contra Incêndio;<br />

NR-24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho e NR-26 - Sinalização de<br />

Segurança.<br />

Canteiros de Obras Principais<br />

Em princípio, os canteiros principais podem ser instalados nas cidades de maior porte e que<br />

contam com infra-estrutura suficiente para dar suporte às necessidades do empreendimento, não<br />

acarretando impactos ambientais e sociais significativos para a comunidade local. Enquadram-se<br />

neste quesito as sedes das cidades de Caraguatatuba e São José dos Campos, segundo os estudos<br />

socioeconômicos das Áreas de Influência dos estudos (item 5.3.2 deste documento).<br />

A instalação dos canteiros nessas localidades é favorecida pela infra-estrutura urbana<br />

(comunicações, água, esgoto, transporte, energia elétrica, coleta de lixo, etc.) e viária (estradas e<br />

aeroportos), condições de hospedagem e alojamento, suprimento de insumos, materiais,<br />

equipamentos e disponibilidade de mão-de-obra qualificada.<br />

As diretrizes e critérios para a locação dos canteiros de obras principais são:<br />

• escolher local próximo aos maiores aglomerados urbanos da região da obra, onde os<br />

impactos, decorrentes da chegada de trabalhadores, deverão ser minimizados;<br />

• a escolha do local para implantação do canteiro deverá contar com a participação direta das<br />

Prefeituras e outros órgãos públicos com vínculo na região, para propiciar uma integração<br />

dessas instalações com a infra-estrutura existente;<br />

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7-61 ABRIL / 2006


• em regiões com deficiência de infra-estrutura, sua localização deverá priorizar a não-<br />

interferência com as atividades cotidianas;<br />

• para a operação e manutenção do canteiro, deverão ser previstos dispositivos e rotinas que<br />

não só atendam às prescrições básicas de conforto, higiene e segurança dos trabalhadores,<br />

como também minimizem os transtornos que possam ser causados à população vizinha, tais<br />

como ruídos, poeira, bloqueio de acessos, etc;<br />

• os procedimentos de mobilização e posterior desmobilização deverão ser informados às<br />

comunidades, assim como as fases de construção aos diversos ramos de atividades locais,<br />

através do Programa de Comunicação Social;<br />

• não deverá ser implantado canteiro em áreas florestadas ou em Áreas de Preservação<br />

Permanente.<br />

• A(s) empreiteira(s) deverá(ão) observar os seguintes critérios:<br />

• todos os trabalhadores deverão se ajustar às exigências locais, no tocante a qualquer<br />

atividade impactante ao meio ambiente, atendendo ao Código de Conduta a ser elaborado<br />

pela empreiteira, a partir das diretrizes definidas no Anexo 1 deste PAC;<br />

• a área deverá ser cercada e dotada de sistemas de sinalização de trânsito e de drenagem<br />

superficial, com um plano de manutenção e limpeza periódico;<br />

• deverão ser previstas instalações completas para o controle e tratamento dos efluentes,<br />

notadamente os de coleta de resíduos de esgotos dos sanitários e refeitório, com o uso de<br />

fossas sépticas e caixas de gordura (segundo a NBR 7.229, da ABNT). Os efluentes gerados<br />

(óleos e graxas, etc.) deverão ser tratados de acordo com o Programa de Gerenciamento e<br />

Disposição de Resíduos; a ser desenvolvido pela empresa construtora;<br />

• os víveres serão guardados em local permanentemente limpo, refrigerado nos casos de<br />

alimentos perecíveis. Deverão ser utilizadas telas e cercas protetoras, garantindo-se a<br />

inacessibilidade a animais (roedores, cachorros, etc.) e insetos;<br />

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7-62 ABRIL / 2006


• o projeto e a montagem das cozinhas serão executados de forma a permitir total higiene e<br />

conter todos os equipamentos e recursos necessários à limpeza do local e ao pessoal<br />

envolvido no preparo de refeições;<br />

• a instalação do refeitório deverá prever o uso de telas, boa ventilação, sanitários, tudo em<br />

conformidade com as melhores práticas de higiene e saúde;<br />

• o sistema de armazenamento de água para consumo humano deverá ser objeto de inspeção e<br />

limpeza periódica, visando garantir a potabilidade;<br />

• a drenagem do canteiro deverá prever estruturas que comportem o tráfego de máquinas e<br />

equipamentos;<br />

• os sistemas de drenagem de águas pluviais e de esgotamento sanitário ou de óleos, graxas,<br />

etc. serão servidos por instalações próprias e nunca poderão ser interligados;<br />

• deverá haver proteção contra contaminação em todo o sistema de abastecimento,<br />

especialmente em caixas d’água e poços. A proteção será exercida através da escolha<br />

adequada de local, construção de cercas, sobrelevações e outras obras similares;<br />

• os combustíveis serão armazenados em reservatórios e tanques apropriados, isolados da rede<br />

de drenagem e com barreiras de contenção;<br />

• a lei do silêncio deverá ser respeitada;<br />

• as equipes deverão receber orientação e acompanhamento adequados, em relação aos<br />

diversos riscos aos quais estão sujeitas, como proliferação de doenças sexualmente<br />

transmissíveis;<br />

• deverá ser desenvolvido um Programa de Saúde e Segurança nas Obras, conforme diretrizes<br />

estabelecidas no Anexo 2 deste PAC, para ser implementado entre os trabalhadores, visando<br />

aos aspectos de saúde e segurança do trabalhador;<br />

• deverá ser implementado o gerenciamento de riscos de acidentes na obra e promoção de<br />

atendimentos emergenciais, a partir de Planos de Gerenciamento de Riscos e de Ações de<br />

Emergência (PGR/PAE – item 7.7.1 deste <strong>EIA</strong>).<br />

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Canteiros Móveis ou Auxiliares<br />

Os canteiros móveis ou auxiliares deverão ser instalados próximos à faixa de servidão, com<br />

espaçamento ainda não estabelecido (depende da logística da empreiteira), não devendo possuir<br />

estruturas de alojamentos, mas, sim, apenas pequenas instalações administrativas, de manutenção<br />

dos equipamentos e local para estocagem da tubulação a ser distribuída ao longo do trecho, não<br />

provocando impactos significativos, desde que se atenda às diretrizes e aos critérios<br />

estabelecidos nos estudos. Essas áreas serão vistoriadas antecipadamente no âmbito do<br />

Gerenciamento Ambiental das Atividades de Obra (Empreendedor/Empreiteira), conforme<br />

previsto neste Plano Ambiental para Construção – PAC. De acordo com a experiência de obras<br />

já realizadas/em andamento, nesses tipos de unidades (Canteiros Móveis ou Auxiliares), os<br />

impactos são mínimos e mitigáveis. Nesse caso, a mão-de-obra a ser mobilizada é de 50% de<br />

trabalhadores a serem contratados localmente, correspondendo o restante à mão-de-obra<br />

especializada vindo de outras regiões.<br />

Em princípio, os canteiros móveis ou auxiliares poderão ser instalados em cidades com<br />

população urbana acima de 5.000 habitantes, cuja infra-estrutura seja suficiente para dar suporte<br />

às necessidades dessas instalações, mas que acarretem impactos ambientais e sociais pouco<br />

significativos para a comunidade local. Enquadram-se neste quesito as sedes das cidades de<br />

Paraibuna e Taubaté, que, em função de suas localizações estratégicas ao longo da área dos<br />

estudos, podem ser escolhidas para se instalarem os canteiros auxiliares, em função os estudos<br />

socioeconômicos das Áreas de Influência dos estudos (item 5.3.2 deste documento).<br />

Como requisitos, têm-se:<br />

• os efluentes gerados nos canteiros móveis e frentes de obra (lixo, esgoto, óleos e graxas, etc.)<br />

deverão ser envasados e transportados devidamente para os canteiros principais, de onde<br />

deverão ser encaminhados a locais preestabelecidos para tratamento ou destinação adequada<br />

(aterros sanitários, Estações de Tratamento de Esgoto, etc.);<br />

• não se poderá implantar canteiro em ambientes florestados ou em Áreas de Preservação<br />

Permanente;<br />

• os efluentes gerados nas frentes de obra (lixo, esgoto, óleos e graxas, etc.) deverão ser<br />

envasados e transportados diariamente para o canteiro central, onde deverão ser tratados de<br />

acordo com o Programa de Gerenciamento e Disposição de Resíduos a ser desenvolvido pela<br />

empresa construtora;<br />

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• qualquer frente de obra com efetivo acima de 10 pessoas deverá dispor desse recurso, além<br />

de um banheiro químico ou fossa séptica;<br />

• as frentes de trabalho deverão contar com um kit de primeiros socorros, e todos os<br />

empregados deverão ser treinados para utilizá-lo;<br />

• é prevista uma ambulância, alocada no canteiro de obras, que deverá ser utilizada para os<br />

primeiros socorros e remoção, dando apoio a todas as frentes de trabalho;<br />

• o transporte das refeições para as frentes de obra será realizado em embalagens<br />

hermeticamente fechadas e higienizadas. O intervalo entre a saída do refeitório e o campo<br />

deverá ser reduzido, visando manter a qualidade e o aquecimento da alimentação;<br />

• a preparação de refeições individuais ou quaisquer outras atividades geradoras de lixo e<br />

resíduos não serão permitidas nas frentes de obra.<br />

Canteiros de Obras para as Travessias e Cruzamentos Especiais (áreas adicionais de<br />

trabalho)<br />

Para as obras das travessias e cruzamentos especiais, os canteiros de obras/áreas de montagem<br />

poderão ser instalados nas proximidades das suas margens, dentro da faixa de servidão do<br />

Gasoduto, tendo em vista a necessidade das estruturas de apoio da montagem das tubulações.<br />

Os canteiros de obras para travessias e cruzamentos especiais serão instalados junto às travessias<br />

mais importantes, com a prévia análise e aprovação da equipe de Gestão Ambiental do<br />

empreendedor.<br />

Além da frente de implantação do duto e respectiva proteção catódica, projeta-se a instalação de<br />

canteiros auxiliares nos seguintes locais:<br />

• nas áreas de instalação das sete válvulas de bloqueio automáticas da linha-tronco do<br />

Gasoduto;<br />

• nas áreas de construções e montagens da estação de compressão e dos lançadores e<br />

recebedores de pigs;<br />

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• nas laterais das áreas de travessias e cruzamentos especiais, quando for necessária uma área<br />

adicional de montagem dos dutos.<br />

Esses canteiros contarão, pelo menos, com pequeno escritório, banheiros, refeitório, veículos de<br />

abastecimento, pequeno estoque de ferramentas, combustível e peças de reposição dos<br />

equipamentos. Nesses casos, dever-se-á considerar que:<br />

• não será permitida a instalação de canteiros em ambientes florestados ou em Áreas de<br />

Preservação Permanente;<br />

• o monitoramento sistemático desses canteiros será intensivo;<br />

• os efluentes gerados nesses canteiros e nas frentes de obra (lixo, esgoto, óleos e graxas, etc.)<br />

serão envasados e transportados, diariamente, de volta aos canteiros principais.<br />

e. Requisitos específicos para as fases construtivas<br />

(1) Topografia<br />

A partir do projeto executivo de engenharia, deverá ser iniciada a implantação do traçado<br />

(locação da faixa de servidão). Dessa forma, os procedimentos a serem adotados deverão atender<br />

aos requisitos listados a seguir.<br />

É importante o reconhecimento prévio da área onde será realizada a locação, visando minimizar<br />

os impactos ao meio ambiente.<br />

Deverá ser elaborado um relatório fotográfico, detalhado, das áreas que sofrerão intervenção,<br />

visando à futura recomposição fitofisionômica e topográfica dos locais que terão de ser<br />

recuperados. Também esse relatório servirá para comprovar impactos causados por terceiros<br />

nessas áreas.<br />

Antes do início dos serviços topográficos, em qualquer propriedade, deverá ser verificado, pela<br />

equipe de Comunicação Social, se o proprietário recebeu o aviso sobre o início dos serviços, ou<br />

seja, a entrada das equipes em qualquer propriedade somente poderá ocorrer com a devida<br />

autorização de passagem.<br />

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As equipes de abertura de pista deverão receber um treinamento adequado, a fim de serem<br />

conscientizadas da importância de eliminarem ou minimizarem os impactos ambientais dos<br />

serviços.<br />

Todas as motosserras utilizadas nos serviços (limpeza da faixa de servidão) terão que ter a<br />

licença específica, que deverá ficar junto com o equipamento. Deverão também ser cumpridas as<br />

recomendações constantes nas normas de Segurança no Trabalho.<br />

(2) Cadastro, Negociação, Desapropriação e Indenização<br />

Para fins de oficializar a passagem e executar o cadastramento e demais levantamentos de dados<br />

locais (cálculo de áreas plantadas), serão contactados os proprietários afetados.<br />

Os proprietários, segundo as avaliações a serem realizadas, por métodos diretos (comparativo e<br />

de custos) e indiretos (renda e residual), serão indenizados no valor da plantação que será<br />

danificada.<br />

A área total a ser utilizada será mapeada por propriedade, resultando em uma Escritura de<br />

Servidão de Passagem individual, por proprietário.<br />

Na Escritura de Servidão de Passagem, o proprietário deverá comprometer-se a respeitar as<br />

restrições de ocupação e uso do solo, bem como facilitar as atividades para sua manutenção e<br />

fiscalização. O pagamento indenizatório é efetuado no ato da assinatura da Escritura de Servidão<br />

de Passagem, pelas partes, o que poderá ocorrer após negociação direta ou quando da conclusão<br />

do processo.<br />

(3) Limpeza e Supressão da Vegetação<br />

Geral<br />

A limpeza da faixa envolve a remoção de árvores, arbustos e outras vegetações da faixa de<br />

servidão. Os procedimentos-padrão a serem seguidos durante o processo de remoção são:<br />

• as laterais da faixa deverão ser claramente delineadas e sinalizadas, certificando-se de que<br />

não irá ocorrer nenhuma remoção além dos seus limites;<br />

• todas as cercas, para o gado ou para segurança, deverão ser mantidas pelo uso de um sistema<br />

temporário de colchetes. Antes de ser cortada, a cerca deverá ser propriamente enrolada e o<br />

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7-67 ABRIL / 2006


colchete deverá ser construído com um material similar ao da cerca. Em nenhum momento,<br />

dever-se-á deixar uma cerca aberta;<br />

• as cercas permanentes deverão ser refeitas com o mesmo material e nas mesmas condições<br />

que existiam antes da construção;<br />

• toda e qualquer operação de remoção de vegetação só poderá ser iniciada mediante<br />

autorização expressa do Inspetor Ambiental do empreendedor.<br />

Faixa Nova<br />

Deve-se proceder à supressão da vegetação na faixa de servidão, na abertura e melhoramento de<br />

vias de acesso e áreas adicionais de trabalho, seguindo planejamento proposto e aprovado em<br />

Programa de Supressão de Vegetação.<br />

A limpeza envolve a remoção de árvores, arbustos e restos de vegetação (resíduos, galhos finos,<br />

folhas, etc.). Os procedimentos-padrão a serem seguidos durante o processo de remoção são:<br />

• as árvores deverão ser tombadas dentro desses limites;<br />

• qualquer árvore que cair dentro de cursos d’água, drenagem natural ou além dos limites das<br />

obras previamente estabelecidos, deverá ser imediatamente removida;<br />

• as árvores localizadas fora dos limites dos locais de obra não deverão ser, em hipótese<br />

alguma, cortadas com o objetivo de obter madeira, evitando-se também a poda dos galhos<br />

projetados na faixa.<br />

O reaproveitamento da madeira abrange os seguintes requisitos:<br />

• a madeira que não for especificamente designada para outros usos deverá ser cortada no<br />

comprimento da árvore e ficará organizadamente empilhada em local determinado pelo<br />

Inspetor Ambiental;<br />

• a madeira não deverá ser estocada em valas de drenagem ou dentro de áreas úmidas, a não<br />

ser que as condições específicas do local não permitam o armazenamento de forma mais<br />

adequada.<br />

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O empilhamento, caso necessário, deverá abranger os seguintes requisitos:<br />

• os arbustos deverão ser empilhados organizadamente em locais previamente definidos pelo<br />

Inspetor Ambiental, servindo como filtros ou barreiras de sedimentos;<br />

• o empilhamento dos arbustos não deverá ser contínuo, sendo necessária a criação de<br />

intervalos entre as pilhas, para facilitar acesso e futura remoção, além da passagem de<br />

animais domésticos e silvestres.<br />

O lasqueamento, caso necessário, deverá ser feito na forma de cortes, e os arbustos deverão ser<br />

dispostos ou transformados em lascas que poderão ser utilizados em áreas a serem recompostas,<br />

de tal forma que não iniba o crescimento da vegetação.<br />

Com relação ao enterramento e destruição fora do local, caso necessários, deverão ser<br />

observados os seguintes requisitos:<br />

• os tocos de árvores removidos não poderão ser enterrados;<br />

• a queima é terminantemente proibida;<br />

• deverá ser efetuada quando a disposição no local não for permitida;<br />

• a madeira útil será doada ao proprietário;<br />

• restos de madeira deverão se restringir aos locais de obra, a menos que haja autorização por<br />

escrito do proprietário.<br />

Faixa Existente<br />

Considera-se que haverá necessidade de serem realizadas apenas a capina da vegetação rasteira e<br />

pequenas regularizações para a passagem dos equipamentos e máquinas, para o transporte dos<br />

dutos.<br />

Os procedimentos a serem adotados são:<br />

• árvores localizadas fora da faixa de domínio não poderão ser cortadas com o objetivo de se<br />

obter madeira;<br />

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• sempre que a faixa de domínio atravessar benfeitorias (cercas, valas de drenagem, culturas,<br />

estradas, etc.), o proprietário do terreno será notificado com antecedência ao início dos<br />

serviços, pela(s) empreiteira(s), para que a devida autorização seja obtida. Toda cerca<br />

atravessada será provisoriamente aberta, provida com colchete e restaurada após a conclusão<br />

dos serviços.<br />

(4) Nivelamento da faixa de servidão<br />

Geral<br />

Deverá ser evitada a remoção da camada superficial de solo (solo orgânico), mantendo-se as<br />

curvas de nível originais do terreno, principalmente nas regiões agrícolas.<br />

A tubulação deverá acompanhar o relevo existente, dentro dos limites de curvatura admitidos em<br />

projeto. Quando houver a necessidade da realização de cortes no terreno, deverão ser seguidas as<br />

orientações do Projeto de Engenharia específico, que, por sua vez, deverá ser analisado e<br />

aprovado pelo Inspetor Ambiental do empreendedor, antes do início dos serviços.<br />

Somente quando a topografia existente não permitir o uso de equipamentos que possam operar<br />

com segurança e também não possuir uma área de trabalho acessível ou eficiente, deverá ser<br />

permitida a execução de cortes e aterros. Esses trabalhos deverão ser precedidos de um projeto a<br />

ser submetido à aprovação prévia do empreendedor.<br />

Os trabalhos deverão ser executados na seqüência detalhada a seguir.<br />

Remoção de Raízes<br />

• As raízes das árvores poderão ser removidas da faixa, para permitir que os veículos leves<br />

possam circular, respeitados os interesses dos proprietários e desde que esse trabalho não<br />

propicie um processo erosivo, principalmente em solos arenosos.<br />

• Poderão, inclusive, ser desagregadas no local sem remoção.<br />

Disposição das Raízes<br />

As raízes das árvores deverão ser dispostas através de uma das maneiras indicadas a seguir,<br />

dependendo da aprovação do proprietário da terra e de acordo com as exigências legais<br />

ambientais:<br />

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• não deverão ser queimadas;<br />

• poderão ser removidas do local e colocadas em outro local que tenha permissão para isto;<br />

• poderão ser distribuídas ao longo da faixa, com a devida permissão do proprietário;<br />

• poderão ser transformadas em lascas de madeiras.<br />

(5) Movimentação e estocagem de materiais/desfile da tubulação<br />

As operações de transporte de materiais, especialmente dos tubos, serão realizadas de acordo<br />

com a disposição das autoridades responsáveis pelo trânsito na região atravessada. As ruas,<br />

rodovias ou estradas particulares não serão obstruídas durante o transporte, devendo este ser<br />

feito de forma a não constituir perigo para o trânsito normal de veículos.<br />

Os tubos serão mantidos na área de armazenagem/canteiro de obra e, no momento de<br />

distribuição, serão dispostos ao longo da pista, de maneira a não interferir com o uso normal dos<br />

terrenos atravessados. A distribuição deverá restringir-se aos limites da faixa de servidão.<br />

Serão mantidos, nos locais de armazenamento e distribuição, pessoal e equipamentos adequados<br />

ao manuseio dos tubos, manutenção e limpeza da área. Para movimentação dos tubos, serão<br />

utilizados dispositivos de suspensão (patolas) que acomodem bem as extremidades deles, de<br />

modo a assegurar a integridade dos chanfros e evitar a sua ovalização.<br />

(6) Curvamento da tubulação<br />

Em terrenos sinuosos, quando necessário, será empregado o curvamento da tubulação, em<br />

segmentos. O curvamento será efetuado utilizando-se máquina apropriada, sendo necessário<br />

assegurar que não haverá deformidades que comprometam o duto. Cuidados com vazamentos de<br />

óleo dos equipamentos devem ser observados.<br />

(7) Soldagem da tubulação<br />

Previamente ao acoplamento, as tubulações deverão ser inspecionadas, efetuando-se<br />

posteriormente a limpeza interna dos tubos para a remoção de detritos e/ou impurezas existentes.<br />

Após a soldagem, as extremidades das colunas deverão ser mantidas fechadas com o uso de<br />

tampões, para evitar a entrada de animais ou a deposição de quaisquer detritos e/ou impurezas no<br />

interior dos tubos. Todas as sobras de materiais deverão ser recolhidas para o canteiro de obras.<br />

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(8) Inspeção após soldagem<br />

A inspeção inicial de qualidade da soldagem será realizada visualmente, pela parte externa da<br />

tubulação. Subseqüentemente, será submetida a exames de ultra-som, para inspecionar a<br />

qualidade da soldagem na parte interior da tubulação.<br />

(9) Abertura de Vala<br />

Aspectos Gerais<br />

Os serviços deverão ser executados visando minimizar ao máximo os impactos, já que a abertura<br />

da vala é uma ação impactante para os recursos hídricos, para a vegetação e para a fauna. O<br />

fundo da vala deverá ser nivelado com a profundidade requerida. Para mitigar impactos, a vala<br />

só é aberta depois de executada a fase de solda e a coluna se encontre pronta para o abaixamento.<br />

A programação de abaixamento não deverá permitir que nenhuma vala fique aberta depois do<br />

expediente. Assim, as fases de abertura de vala, abaixamento e cobertura serão executadas<br />

simultaneamente nos diferentes trechos da faixa. Somente poderão ficar abertas as valas nas<br />

áreas de tie-in atendendo as medidas ambientais.<br />

Deverão ser tomadas as seguintes medidas:<br />

• nos locais de cruzamentos com acessos a propriedades e trânsito de criação de animais, a<br />

vala deverá ser interrompida em alguns pontos, a fim de permitir que eles passem, e<br />

rampeada para facilitar a saída de animais que porventura caiam na referida vala;<br />

• o material escavado da vala não poderá interferir com o sistema de drenagem existente ou<br />

com outras instalações de terceiros.<br />

Escavações em Solo<br />

Antes das escavações, quando for necessária a terraplenagem do local, dever-se-á fazer a<br />

raspagem inicial do solo superficial orgânico, o qual deverá ser armazenado separadamente, para<br />

ser utilizado posteriormente em recomposição de áreas.<br />

Os critérios para esse tipo de escavação são os seguintes:<br />

• o solo superficial orgânico e o subsolo deverão ser segregados durante o processo de<br />

escavação e, depois, armazenados separadamente;<br />

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• o solo superficial deverá ser removido na sua profundidade detectada;<br />

• em nenhuma circunstância, o solo superficial deverá ser usado em aterros;<br />

• a raspagem do solo superficial deverá ser executada, se possível, nos próprios locais, em<br />

terras cultivadas e em áreas úmidas;<br />

• durante as escavações, deverão ser adotados sistemas de controle de erosão e produção de<br />

sedimentos que evitem assoreamento em drenagens e corpos d’água.<br />

Escavação em rocha com o uso de explosivos<br />

Durante a fase de implantação do empreendimento, que envolverá a abertura de pista em solos<br />

rochosos, será necessária a criação de bota-fora.<br />

Nesse sentido, durante a explosão para o fraturamento das rochas, deverão ser tomadas as<br />

seguintes precauções para minimizar os danos em áreas e estruturas adjacentes:<br />

• no início dos trabalhos de localização das áreas rochosas, deverão ser utilizados<br />

equipamentos adequados para a identificação do perfil rochoso, a fim de se realizar uma<br />

cubagem, visando facilitar seu cálculo e a identificação da dimensão do bota-fora a ser<br />

utilizado, evitando-se uma surpresa em relação à quantidade de rochas retiradas da vala,<br />

como também proporcionando, se for o caso, um destino final adequado desse material.<br />

Sugere-se, como facilitador dessa etapa construtiva, a aplicação do método de análise não<br />

destrutiva – Georadar;<br />

• preparação de um plano de fogo adequado às necessidades do trabalho que se pretende<br />

executar;<br />

• instalação de esteiras protetoras em áreas congestionadas, cursos d’água rasos ou perto de<br />

estruturas que possam ser danificadas por lançamentos;<br />

• colocação de sinais de advertência, bandeiras e barricadas;<br />

• obediência aos procedimentos para armazenar, carregar, disparar e destruir o material<br />

explosivo com segurança e de acordo com os regulamentos do País, inclusive o R-105 do<br />

Ministério do Exército;<br />

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• execução dos serviços por pessoal qualificado, supervisionado por profissional habilitado,<br />

conforme a legislação.<br />

Além da regulamentação já citada, do Ministério do Exército, sobre o uso de explosivos, a R105,<br />

deverão ser cumpridas as seguintes diretrizes:<br />

• Norma Regulamentadora para Explosivos - Portaria n o 3.214 do Ministério do Trabalho;<br />

• Normas de Segurança para Armazenamento, Descontaminação e Distribuição de Explosivos<br />

do Ministério do Exército;<br />

• Norma N-064, Revisão F, de setembro de 1996, da PETROBRAS, que trata da “Construção,<br />

Montagem e Condicionamento de Duto Terrestre”, estabelecendo que as disposições desses<br />

dois órgãos federais deverão ser rigorosamente cumpridas, quando da necessidade de uso de<br />

material explosivo para remoção de rochas, raízes e outros obstáculos existentes.<br />

Deverão também ser utilizadas outras especificações e procedimentos que cuidam do tema<br />

“Explosivos e Detonadores”, tais como os listados a seguir.<br />

• N-1217 Espoleta Elétrica Sismográfica<br />

• N-1443 Amostragem e Ensaio de Dinamite Sismográfica<br />

• N-1948 Explosivos Sismográficos à Base de Pentolita<br />

• N-2354 Dinamite Sismográfica - Emulsão e “Watergel”<br />

• N-2387 Segurança no Transporte, Armazenagem, Manuseio e Uso de Explosivo<br />

Sismográfico<br />

• N-2552 Preparação de Explosivo à Base de Nitrato de Amônia<br />

• N-2553 Qualificação e Aceitação de Explosivos<br />

No que diz respeito a ruídos e vibrações, diversas são as normas e recomendações aplicáveis<br />

para diferentes tipos de ambientes, dentre as quais se destacam:<br />

• ISO (International Standard Organization) - R 1996 (1971) e R 1999 (1975);<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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GASODUTO<br />

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7-74 ABRIL / 2006


• BS (British Standard) - BS 4.141 (1967);<br />

• NFS (Association Française de Normalization) - NFS 31-010 (1974);<br />

• ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) - NBR 10.151 e 10.152;<br />

• IBAMA - Resoluções CONAMA 001 e 002, de 17.08.1990.<br />

Essas Normas e Resoluções consideram os parâmetros que influenciam o desconforto e também<br />

a variação dos níveis e das horas em que ocorre a exposição das pessoas.<br />

Todas essas Normas deverão ser de conhecimento obrigatório das empreiteiras das obras, que<br />

deverão assumir um compromisso de cumpri-las, ao elaborarem suas Propostas e ao assinarem<br />

os Contratos com o empreendedor.<br />

As condições mínimas a serem seguidas no uso de explosivos para desmonte de rochas, durante<br />

a construção e montagem de dutos, são apresentadas a seguir.<br />

Procedimentos Gerais para o Uso de Explosivos<br />

• As detonações deverão ser executadas em horários preestabelecidos, programados com, pelo<br />

menos, 24 horas de antecedência. A Fiscalização também deverá ser avisada da detonação<br />

com a mesma antecedência.<br />

• No horário das detonações, será acionada uma sirene, e toda a área em torno de 300m do<br />

ponto de detonação deverá ser evacuada. As detonações deverão ser executadas no horário<br />

compreendido entre as 10 e as 17 horas.<br />

• Após a detonação, o trabalho só deverá ser liberado após a vistoria do técnico especializado.<br />

• Nenhum trabalho com explosivos poderá ser executado sem a obtenção dos certificados de<br />

habilitação dos operadores, do certificado de registro e da autorização do Ministério do<br />

Exército para o uso de explosivos.<br />

• O transporte de explosivos deverá ser realizado por veículos autorizados e com guia de<br />

tráfego emitida pelo Ministério do Exército exclusivamente para a obra. O material deverá<br />

ser armazenado atendendo às prescrições das normas específicas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

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7-75 ABRIL / 2006


Procedimentos Específicos para o Uso de Explosivos<br />

A céu aberto<br />

Perfuração: deverá ser executada com perfuratrizes e compressores portáteis especiais.<br />

Explosivos: em áreas secas, deverá ser utilizado explosivo comum e, em regiões alagadas,<br />

emulsões explosivas encartuchadas. Deverão ser iniciadas por cordel detonante e utilizados<br />

explosivos de retardo. O acionamento do cordel deverá ser através de estopim mais espoleta.<br />

Onde houver necessidade de conter o lançamento de fragmentos, deverá ser usada uma camada<br />

de terra limpa sobre a vala e sacos de terra no seu entorno.<br />

Subaquático (caso necessário)<br />

Perfuração: deverá ser executada com perfuratriz manual, por mergulhadores, ou do tipo Rock<br />

Drill e compressor diesel portátil, colocados sobre plataformas flutuantes.<br />

Explosivos: o carregamento deverá ser efetuado através de tubos no flutuador e por<br />

mergulhadores para o caso de furos manuais. Deverão ser utilizados explosivos de alta<br />

resistência à água e alta densidade, acondicionados em cartuchos de plástico rígido, para fácil<br />

manuseio. A iniciação deverá ser através de cordel detonante acima da lâmina d’água. Seu<br />

acionamento deverá ser através de estopim mais espoleta simples ou elétrica.<br />

Proteção Ambiental<br />

No caso de detonação próxima ou em Áreas de Preservação Permanente, deverá ser elaborado<br />

um procedimento específico de desmonte de rocha, a ser enviado ao órgão ambiental<br />

responsável, antes do início dos serviços.<br />

Para reduzir a onda de choque das detonações, evitar-se-á detonar grande quantidade de furos ou<br />

fogos simultaneamente, usando retardos entre os furos, e deixar parte dos furos sem explosivos.<br />

Em caso de explosões subaquáticas, deverão ser elaborados projetos de explosões que obedeçam<br />

às condicionantes das normas de referência, tendo-se ainda que optar pelos períodos do dia em<br />

que as concentrações de cardumes de peixes se fazem menores no local onde ocorrerá a<br />

explosão. Por ocasião do início da detonação principal, deverão ser realizadas explosões<br />

menores, com a finalidade de espantar os cardumes ou peixes solitários que se encontrem na<br />

seção das obras e em seus entornos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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GASODUTO<br />

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7-76 ABRIL / 2006


Os locais de bota-fora dos fragmentos de rocha deverão ser previamente escolhidos, autorizados<br />

pelo proprietário do terreno e devidamente licenciados pelos órgãos competentes. Deverá ser<br />

elaborado um projeto que contemple dispositvos de drenagem, reconformação do terreno e<br />

revegetação.<br />

Quando as explosões forem realizadas a céu aberto, também deverão ser verificados alguns<br />

aspectos importantes, dentre os quais se destacam:<br />

• a fauna local deverá ser observada em função da área-dormitório e da área de descanso de<br />

bandos, onde as explosões que se fizerem necessárias ocorrerão em horários após o<br />

amanhecer, e nunca ao anoitecer;<br />

• qualquer animal que, porventura, seja atingido deverá ser recolhido ao zoológico mais<br />

próximo, para os devidos cuidados e providências.<br />

(10) Abaixamento da tubulação e cobertura da vala<br />

O abaixamento da tubulação será executado gradual e uniformemente, para evitar eventuais<br />

danificações na tubulação. Após o rebaixamento, a vala deverá ser recoberta imediatamente, com<br />

o mesmo solo da escavação. O material deverá ser compactado, visando prevenir futuros<br />

problemas de erosão.<br />

Deverão ser utilizadas as seguintes técnicas convencionais:<br />

• sob nenhuma circunstância, a água da vala ou empoçada poderá ser diretamente escoada para<br />

solos expostos ou para qualquer brejo ou corpo d’água. Quando for necessário efetuar um<br />

escoamento, o equipamento deverá conter um dispositivo que reduza a velocidade da água,<br />

na sua saída, visando prevenir erosões e assoreamentos;<br />

• a camada vegetal dos solos escavados nunca poderá ser utilizada como acolchoamento;<br />

• a sobrecobertura na vala será utilizada com o objetivo de compensar possíveis acomodações<br />

do material e evitar o aparecimento de focos de erosão. A sobrecobertura não deverá ser<br />

utilizada na passagem por áreas cultivadas, nos trechos que possam obstruir o sistema de<br />

drenagem do terreno e locais de cruzamentos e ao longo de ruas, estradas e passagens de<br />

qualquer natureza. Quando requerida a compactação do reaterro da vala, será utilizado<br />

soquete manual;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-77 ABRIL / 2006


• a operação de cobertura da vala será realizada após inspeção no duto abaixado, de forma a<br />

garantir a inexistência de defeitos ou danos no revestimento e/ou nos tubos;<br />

• parte do material retirado durante a escavação da vala deverá ser recolocada nela, cuidandose<br />

para que a camada externa do solo e da vegetação seja recomposta na sua posição original.<br />

(11) Teste hidrostático<br />

O teste hidrostático será executado após a conclusão da construção e montagem do duto,<br />

objetivando a detecção de eventuais defeitos e permitir o alívio das tensões mecânicas,<br />

resguardando a segurança da tubulação. A pressão máxima de teste não deverá ser superior<br />

àquela que introduza na tubulação tensões maiores que 90% do limite de escoamento. O teste<br />

será realizado em toda a extensão do duto, vedando-o e preenchendo-o com água. A água será<br />

pressurizada e retirada depois de 24 horas. Qualquer perda significante de pressão indica que<br />

algum vazamento está ocorrendo.<br />

Os possíveis impactos gerados pelo teste (abastecimento e descarte da água) serão minimizados,<br />

com os seguintes procedimentos:<br />

• deverá ser obtida outorga, pela empresa montadora, para a captação e descarte da água;<br />

• previamente, serão estabelecidos os pontos de captação e descarte do fluido de teste, com a<br />

aprovação do Supervisor Ambiental do empreendedor;<br />

• a água de descarte do teste será lançada em áreas vegetadas, com dispositivos de redução da<br />

energia, para evitar processos erosivos;<br />

• o Supervisor Ambiental coordenará todas as atividades de captação e descarga da água<br />

necessária para os testes hidrostáticos.<br />

A captação e o descarte da água utilizada são atividades integrantes desse processo e são objeto<br />

deste licenciamento; assim, serão monitorados pelos inspetores ambientais, com registro de todas<br />

as atividades a serem executadas pelas montadoras.<br />

(12) Proteção catódica<br />

À medida que a tubulação for sendo baixada à vala, o Sistema de Proteção Catódica deverá ser<br />

instalado, a fim de complementar a perda de eficiência do revestimento externo anticorrosivo,<br />

protegendo a tubulação contra a corrosão causada pelo solo, bem como controlar as<br />

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7-78 ABRIL / 2006


interferências das correntes de fuga provenientes de sistemas das linhas de transmissão de<br />

energia, etc. O sistema consiste na instalação de leitos de anodos, retificadores e pontos de testes<br />

eletrolíticos em locais predefinidos, ao longo do Gasoduto.<br />

(13) Limpeza da faixa de servidão<br />

Os serviços de limpeza da faixa de servidão deverão ser executados imediatamente após a<br />

conclusão da cobertura da vala do Gasoduto, conforme procedimentos listados a seguir.<br />

Os serviços de limpeza deverão deixar a área totalmente limpa e gradeada, quando for o caso, em<br />

condições de receber o plantio da cobertura vegetal.<br />

Esses serviços deverão concluir a remoção de:<br />

• pedras, matacões e demais obstáculos e irregularidades existentes na pista, oriundos da<br />

execução dos serviços;<br />

• equipamentos, ferramentas, restos de consumíveis e demais materiais;<br />

• sobras de tubos, niples, protetores de bisel, etc.<br />

Todo o material resultante da limpeza deverá ter um destino final apropriado, a ser estabelecido<br />

de comum acordo com o Supervisor Ambiental.<br />

(14) Restauração e revegetação<br />

Os serviços de restauração e revegetação englobarão, também, os acessos existentes e<br />

provisórios à faixa de servidão, às áreas de frentes de obra, bem como os demais terrenos e<br />

estruturas de apoio utilizadas nos serviços de construção e montagem. A operação de restauração<br />

compreenderá a execução de todos os serviços necessários para devolver à pista e aos terrenos<br />

atravessados e/ou vizinhos o máximo de seu aspecto e condições originais de drenagem e<br />

estabilidade.<br />

A restauração e a revegetação incluem medidas permanentes de controle da erosão e sedimentos.<br />

Entretanto, se a restauração não puder ser imediata, medidas provisórias deverão ser tomadas. As<br />

medidas de estabilização deverão ser iniciadas logo após o término dos serviços de construção e<br />

montagem da tubulação na faixa de servidão, ou quando as atividades temporárias e permanentes<br />

em qualquer área da obra terminarem.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-79 ABRIL / 2006


No sistema de drenagem superficial da pista, deverá ser evitado ao máximo o escoamento de<br />

águas pluviais sobre a região da vala, com a adoção, sempre que possível, de descargas laterais e<br />

demais cuidados necessários para evitar impactos ambientais nas áreas circunvizinhas. Nos casos<br />

de a pista estar situada em encosta ou meia-encosta, deverão ser instalados os seguintes<br />

dispositivos de drenagem:<br />

• tipo “espinha de peixe”, com calhas transversais, devidamente espaçadas, direcionando a<br />

água da vala para as extremidades da pista, onde se interligam com as canaletas<br />

longitudinais;<br />

• canaletas longitudinais para escoar a água coletada na pista pelas calhas transversais,<br />

direcionando-as para os pontos de descargas laterais com o uso de caixas de passagem e/ou<br />

caixas para dissipação de energia cinética.<br />

Todas as cercas que forem cortadas, com colchetes provisórios, porteiras, acessos provisórios,<br />

pontes, pontilhões, etc., serão removidas, restauradas ou reinstaladas como eram no seu estado<br />

original, tudo em conformidade com o registrado no cadastramento de benfeitorias e no relatório<br />

fotográfico a ser executado nas propriedades, pela empreiteira, antes da instalação de qualquer<br />

dispositivo.<br />

Nas áreas onde forem executados cortes, rampas de elevada declividade, outras áreas expostas à<br />

erosão superficial ou em áreas onde, por qualquer motivo, for necessário o restabelecimento da<br />

vegetação, deverão ser previamente definidos os métodos executivos de preparação do terreno,<br />

semeadura e correção do solo.<br />

A vegetação ou revegetação das áreas deverá respeitar, obrigatoriamente, o perfil ecológico do<br />

local. Independentemente da busca de soluções regionais, deverá ser utilizado, para a execução<br />

da proteção vegetal, o método por semeadura manual ou por hidrossemeadura.<br />

Na restauração de áreas cultivadas, deverão ser adotados cuidados especiais para assegurar que<br />

os terrenos possam ser preparados em condições para o plantio, ou seja, com o substrato<br />

recuperado no seu nível original, permitindo a sua reintrodução ao uso normal pelos<br />

proprietários.<br />

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GASODUTO<br />

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7-80 ABRIL / 2006


Os serviços de revestimento vegetal incluirão a sua manutenção, até que venha a ficar<br />

comprovada, após a germinação, a pega total da vegetação nas áreas.<br />

(15) Sinalização e proteção dos dutos<br />

A faixa de servidão do Gasoduto Caraguatatuba–Tabaté receberá nova sinalização, com a<br />

revisão da atual, no trecho existente, objetivando proteger a presença da nova instalação,<br />

impedindo a escavação ou o tráfego de veículos. As placas e marcos utilizados na sinalização<br />

serão padronizados.<br />

Em zonas residenciais que disponham de serviços públicos ou instalações enterradas, como rede<br />

elétrica, telefônica e água, será executada proteção mecânica, além da sinalização subterrânea.<br />

A sinalização subterrânea será executada com aplicação de fitas coloridas de aviso, resistentes ao<br />

solo e à água, enterradas junto com o Gasoduto, de maneira a serem alcançadas antes dos<br />

dispositivos mecânicos de proteção, quando da realização de escavações, na faixa atravessada,<br />

de maneira inadvertida, por terceiros. Deverão ser ainda introduzidas sinalizações educativas de<br />

proteção à fauna e à flora e proibição da caça e da pesca predatórias, nas proximidades das áreas<br />

de interesse ecológico.<br />

(16) Cruzamentos e travessias (obras especiais)<br />

Geral<br />

Cruzamento é toda obra correspondente à passagem de duto por rodovias, ferrovias, outros dutos<br />

e/ou instalações subterrâneas já existentes. Travessia é toda obra correspondente à passagem de<br />

dutos através de rios, riachos, lagos, canais, açudes e regiões permanentemente alagadas.<br />

Para os cruzamentos e travessias importantes, serão elaborados projetos individuais, pela<br />

empreiteira, devendo atender rigorosamente às normas, padrões e recomendações do órgão<br />

responsável pelo bem atravessado.<br />

Esses projetos serão submetidos antecipadamente aos órgãos responsáveis (Prefeitura,<br />

concessionárias de energia elétrica e água, etc.) para análise e liberação, antes da realização dos<br />

serviços.<br />

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GASODUTO<br />

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7-81 ABRIL / 2006


Para a execução dos cruzamentos, em princípio, deverá ser adotado um dos seguintes métodos:<br />

• não-destrutivo: perfuração horizontal para instalação de tubo-camisa ou túnel;<br />

• destrutivo: abertura de vala a céu aberto, através da rodovia ou rua; neste caso, deverão ser<br />

adotadas as medidas necessárias e seguras para não se interromper o tráfego.<br />

A escolha do método deverá, entretanto, levar em conta as normas e recomendações do órgão<br />

responsável pela via, além dos seguintes aspectos:<br />

• profundidade em relação ao leito da via;<br />

• comprimento do cruzamento;<br />

• natureza do solo;<br />

• disponibilidade de equipamento;<br />

• densidade do tráfego;<br />

• possibilidade de desvio do trânsito;<br />

• disponibilidade de área para instalação dos equipamentos;<br />

• nível do lençol freático.<br />

Para as travessias mais importantes, serão realizados estudos geológicos, hidrológicos, de perfil<br />

de erosão das margens e quaisquer outros necessários para garantir um bom projeto construtivo<br />

dessas travessias, permitindo a escolha do método mais viável técnica e economicamente.<br />

Nos locais que sazonalmente permanecem submersos, deverão ser instalados dispositivos<br />

convenientes (tubos com jaquetas de concreto), de modo a garantir a não-flutuação da tubulação.<br />

Para a execução das travessias, deverá ser adotado o método subterrâneo (lançamento em vala),<br />

na maioria dos locais, que poderá ser realizado por flutuação, arraste submerso ou barcaça de<br />

lançamento.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-82 ABRIL / 2006


Esse método considera os seguintes aspectos:<br />

• lâmina d’água;<br />

• extensão da travessia;<br />

• natureza do solo;<br />

• regime do rio/canal (vazão, correnteza, etc.);<br />

• disponibilidade de equipamento.<br />

Cruzamentos e Travessias com técnicas especiais<br />

Tubos-Camisa - Boring Machine (Perfuração Horizontal)<br />

A Boring Machine é um equipamento de perfuração utilizado abaixo de ferrovias, rodovias de<br />

porte e outros cruzamentos específicos (rodovias com alta densidade de tráfego). Esse<br />

equipamento (método) será usado em áreas críticas, onde as vias não podem ser atravessadas a<br />

partir de métodos de corte aberto convencionais, como, por exemplo, nas rodovias estaduais SP-<br />

099 e SP-070. Após a perfuração, será introduzido um tubo-camisa, por onde passará a<br />

tubulação, sob o cruzamento, sem a necessidade de se abrir a vala.<br />

Lançamento Subfluvial<br />

Este método é recomendado para travessias de cursos d'água de pequeno, médio e grande porte,<br />

sendo definido de acordo com o resultado dos estudos hidrológicos, sedimentológicos,<br />

topobatimétricos, geológicos, geomorfológicos, geotécnicos e de intervenções ambientais. Após<br />

a abertura da vala no leito do corpo d’água, o lançamento da tubulação será realizado por<br />

flutuação, arraste ou por barcaça de lançamento, e a abertura da vala submersa poderá ser<br />

executada com o auxílio de draglines, dragas de sucção ou jatos d'água de alta pressão.<br />

Na porção emersa, escoras e o rebaixamento do lençol poderão minimizar a escavação e<br />

impactos sobre as margens e na interface com a lâmina d'água.<br />

Nas margens, deverá ser executada uma adequada compactação no aterro do cavalote,<br />

notadamente na interface margem/leito do rio.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-83 ABRIL / 2006


Deverá ser executada a recomposição das margens que, eventualmente, forem afetadas pelas<br />

obras das travessias.<br />

Método do Furo Direcional<br />

Esse método consiste na perfuração de um furo-guia, num caminho previamente projetado. A<br />

seguir, o furo-guia é ampliado, para que seja inserido o segmento de duto a ser instalado. Os rios<br />

onde deverá ser utilizada essa técnica ainda não foram selecionados, mas, depois de escolhidos,<br />

cada uma das travessias será alvo de projeto especial da empreiteira, a ser aprovado pelo<br />

empreendedor, incluindo nele todos os cuidados ambientais que deverão ser seguidos na sua<br />

execução, em conformidade com as regulamentações dos órgãos gestores de recursos hídricos da<br />

União (ANA) e do Estado de São Paulo.<br />

f. Áreas próximas a aglomerados urbanos<br />

Nas áreas próximas a aglomerados urbanos, durante a construção e montagem, as vias de tráfego<br />

e de acesso às residências serão mantidas, exceto por períodos curtos necessários para o<br />

assentamento da tubulação. Serão instalados tapumes temporariamente, nas ruas e casas<br />

adjacentes, para isolar a zona de construção. Estes procedimentos, em princípio, poderão ser<br />

utilizados nas periferias de São José dos Campos, Caçapava e Taubaté, por se encontrarem<br />

próximas ao traçado do Gasoduto.<br />

Técnicas como tie-in (construção de pequenos segmentos) poderão ser utilizadas, visando<br />

minimizar os impactos às comunidades locais. Todos os proprietários serão antecipadamente<br />

avisados sobre o cronograma previsto, principalmente sobre qualquer intervenção, se<br />

programada, nas redes de água, luz, etc. Assim que as valas forem reaterradas, as áreas serão<br />

restauradas e limpas imediatamente, com vistas a restabelecer as condições anteriores.<br />

g. Cronograma<br />

O PAC será aplicado durante todas as fases de implantação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté<br />

e associadas, até a consolidação da recuperação das áreas por ele degradadas.<br />

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AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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7-84 ABRIL / 2006


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AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANEXO 1 DO PAC<br />

DIRETRIZES BÁSICAS DO CÓDIGO DE CONDUTA<br />

Será requerido aos trabalhadores o cumprimento de Normas de Conduta, nas frentes de trabalho,<br />

canteiro, alojamentos, faixa de servidão e estradas de acesso, como as relacionadas a seguir.<br />

• Não é permitido, em nenhuma hipótese, comercializar, guardar ou maltratar qualquer tipo de<br />

animal silvestre. A manutenção de animais domésticos deve ser desencorajada.<br />

• Não é permitida a extração, comercialização e manutenção de espécies vegetais nativas.<br />

• Caso algum animal silvestre seja ferido em decorrência das atividades da obra, o fato deverá<br />

ser notificado ao Inspetor Ambiental.<br />

• Porte de armas brancas e de fogo é proibido nos alojamentos, canteiros e demais áreas da<br />

obra.<br />

• Equipamentos de trabalho que possam eventualmente ser utilizados como armas (facão,<br />

machado, motosserra, etc.) deverão ser recolhidos diariamente, até o final do expediente.<br />

• É proibida a venda, manutenção e consumo de bebidas alcoólicas nos locais de trabalho e<br />

alojamentos.<br />

• Deverão ser cumpridas as diretrizes de geração de resíduos, de utilização de sanitários e,<br />

principalmente, de não-lançamento de resíduos ao meio ambiente, tais como recipientes e<br />

restos de refeições ou materiais descartados na manutenção de veículos.<br />

• É proibido acender fogo para cozinhar alimentos, dentro ou fora dos acampamentos.<br />

• Os trabalhadores deverão comportar-se corretamente em relação à população vizinha às<br />

obras, evitando brigas, desentendimentos e alterações significativas no cotidiano da<br />

população local.<br />

• É expressamente proibido o uso de drogas ilegais, em qualquer lugar da obra.<br />

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7-85 ABRIL / 2006


• É proibido o tráfego de veículos em velocidades que comprometam a segurança das pessoas,<br />

equipamentos e animais.<br />

• Visando manter a segurança dos trabalhadores, fica proibido o transporte de pessoas em<br />

caminhões, principalmente quando estes estiverem carregando equipamentos e combustíveis.<br />

• São proibidos a permanência e o tráfego de carros particulares, não vinculados diretamente<br />

às obras, nos canteiros ou nas áreas de construção.<br />

• Só poderão ser utilizadas as estradas de acesso que estejam previamente autorizadas.<br />

• O abastecimento e a lubrificação de veículos e de todos os equipamentos serão realizados<br />

em áreas especificadas, localizadas a, no mínimo, 30m dos corpos d’água ou fora dos<br />

limites das Áreas de Preservação Permanente.<br />

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AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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7-86 ABRIL / 2006


ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

ANEXO 2 DO PAC<br />

DIRETRIZES PARA O PROGRAMA DE SAÚDE E SEGURANÇA NAS OBRAS<br />

Com base na experiência da empreiteira, adquirida em outras obras, é possível antever os tipos<br />

de acidentes que podem nelas ocorrer — decorrentes de trânsito de veículos, da utilização de<br />

equipamentos e ferramentas e do desmonte de rochas —, bem como prever as doenças causadas<br />

por vetores transmissores, parasitas intestinais ou sexualmente transmissíveis. Com isso, é<br />

possível estabelecer as necessidades de pessoal, equipamentos e materiais capazes de atender a<br />

situações de emergência, assim como cumprir as rotinas de saúde ocupacional e segurança,<br />

exigidas pela Legislação do Trabalho no Brasil.<br />

Em face do exposto, considera-se indispensável a implantação do Programa de Saúde e<br />

Segurança nas Obras, com os seguintes objetivos gerais:<br />

• promover as condições de preservação da saúde e segurança de todos os empregados das<br />

obras;<br />

• dar atendimento às situações de emergência;<br />

• ampliar o conhecimento sobre prevenção da saúde e de acidentes, aos trabalhadores<br />

vinculados às obras.<br />

A estratégia desse programa orienta-se por exigir da empresa construtora os serviços necessários<br />

na área de saúde e segurança, assim como fiscalizar e avaliar, continuamente, a execução desses<br />

serviços.<br />

Definem-se como objetivos estratégicos:<br />

• estabelecer procedimentos e orientar a provisão de recursos materiais e humanos a serem<br />

utilizados nos aspectos de segurança, de assistência de saúde e em emergências médicas,<br />

visando evitar danos físicos, preservar vidas e propiciar o adequado atendimento nas diversas<br />

etapas da obra;<br />

• definir diretrizes para atuação da empresa construtora no controle de saúde dos seus<br />

empregados, garantindo a aplicabilidade do Programa de Controle Médico de Saúde<br />

Ocupacional – NR-07, do Ministério do Trabalho;<br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-87 ABRIL / 2006


• prever ações gerais de educação e saúde que minimizem os impactos socioculturais sobre a<br />

ocorrência de acidentes e agravos à saúde dos trabalhadores envolvidos e à comunidade<br />

local;<br />

• exigir uma estrutura organizacional da empresa construtora para atendimento e coordenação<br />

das emergências, primeiros socorros e controle de saúde;<br />

• estabelecer os recursos locais de assistência à saúde e de remoção das vítimas de acidentes;<br />

• elaborar instrumentos básicos que subsidiem o controle dos processos e auditorias a serem<br />

realizadas pelos responsáveis pela gestão ambiental do empreendimento, sob o aspecto da<br />

saúde.<br />

O escopo deste programa prevê a elaboração e execução, pela empresa construtora, de um<br />

“Plano de Atuação em Segurança e Medicina do Trabalho”, onde esteja definida a sua política de<br />

atuação quanto aos procedimentos de saúde e segurança nas obras.<br />

Esse Plano deverá ser estruturado com base no “Serviço Especializado em Segurança e Medicina<br />

do Trabalho (SESMT)”, atendendo à NR-4, tendo como atribuições principais:<br />

• elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO,<br />

segundo a NR-7, executando as avaliações clínicas e exames admissionais, periódicos, de<br />

retorno ao trabalho, de mudança de função, demissionais e exames complementares diversos,<br />

mantendo os registros dos empregados;<br />

• elaborar e implementar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, segundo a NR-9,<br />

verificando as hipóteses de acidentes nesse tipo de obra;<br />

• elaborar e implementar o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria<br />

de Construção (PCMAT), segundo a NR-18, executando ações de educação e treinamentos<br />

para todos os empregados, em diversos temas, nos quais os riscos de acidentes ou<br />

acontecimentos nas obras sejam previsíveis, tais como saúde, higiene e primeiros socorros;<br />

prevenção de doenças infecciosas e parasitárias; combate ao alcoolismo, tabagismo e drogas;<br />

acidentes com animais peçonhentos; riscos de natureza física, química e biológica.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

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7-88 ABRIL / 2006


Deverá ser estruturada a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, segundo a NR-5,<br />

com empregados da empresa construtora, a qual se reunirá periodicamente. A Comissão deverá<br />

elaborar o Mapa de Riscos Ambientais, bem como definir os Equipamentos de Proteção<br />

Individual (EPIs), segundo a NR-6, a serem utilizados pelos diferentes setores das obras,<br />

cuidando para que sejam utilizados e mantidos estoques de reposição.<br />

Na Área de Segurança Industrial, deverá ser previsto um Coordenador de Segurança Industrial,<br />

um Engenheiro e um Técnico de Segurança de Trabalho, assim como uma sala específica no<br />

canteiro de obras, para atuação dessa equipe. Na área médica, a equipe deverá ser composta de<br />

um Coordenador de Saúde, um Médico do Trabalho e um Auxiliar de Enfermagem, com atuação<br />

permanente no Ambulatório do Canteiro de Obras.<br />

Deverá ser elaborado um Plano de Contingência para Emergências Médicas e Primeiros<br />

Socorros, incluindo a implementação de convênios com os serviços hospitalares das cidades<br />

mais próximas às obras, garantindo o pronto atendimento de casos emergenciais, quando a<br />

remoção vier a ser necessária.<br />

A meta do programa é, portanto, a estruturação dos serviços de Segurança Industrial e Saúde,<br />

atendendo às rotinas de prevenção e controle e casos emergenciais.<br />

Além dessa, é também meta do programa a ampliação do conhecimento dos empregados quanto<br />

à preservação da saúde, mediante participação em treinamentos.<br />

Nos serviços a serem desenvolvidos, deverão ser considerados:<br />

• dimensionamento e qualidade das instalações para Segurança do Trabalho e Atendimento de<br />

Saúde;<br />

• dimensionamento e qualificação dos recursos humanos de Segurança do Trabalho e<br />

Atendimento de Saúde;<br />

• os procedimentos para controle de emergências;<br />

• os procedimentos e recursos para assistência e remoção dos empregados;<br />

• os procedimentos para controle de saúde dos empregados;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-89 ABRIL / 2006


• os recursos médico-hospitalares da região com os quais serão atendidos os casos de remoção;<br />

• os treinamentos em primeiros socorros e outros temas de interesse para a prevenção de<br />

doenças;<br />

• a estruturação e implementação dos serviços e programas exigidos pela Legislação<br />

Trabalhista (SESMT; PCMSO; PPRA; PCMAT e CIPA);<br />

• a sistemática de notificação e controle estatístico de acidentes;<br />

• as exigências quanto à vacinação dos empregados, com base nas endemias da região;<br />

• a sistemática de arquivamento dos prontuários dos empregados;<br />

• a tipologia de EPIs a ser utilizada para cada tipo de serviço, segundo o Mapa de Riscos<br />

Ambientais;<br />

• as condições sanitárias de conforto e segurança das instalações do canteiro de obras, no que<br />

diz respeito a refeitórios, sanitários, abastecimento de água potável, destinação e tratamento<br />

de efluentes e resíduos sólidos.<br />

A Fiscalização, pelo empreendedor, dos Serviços de Saúde e Segurança será exercida pelo<br />

Coordenador-Geral do Grupo de Gestão Ambiental.<br />

7.6.4 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS<br />

a. Justificativas<br />

A construção do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté implica a execução de diversas atividades,<br />

que geram vários tipos de resíduos, desde inertes até aqueles que deverão receber um manuseio e<br />

uma disposição final em local adequado.<br />

O Programa de Gerenciamento de Resíduos constitui-se em um conjunto de recomendações que<br />

visam, de um lado, reduzir a um mínimo a geração de resíduos e, de outro, definir o manejo e<br />

disposição daqueles resíduos e materiais perigosos ou tóxicos, de forma a minimizar seus<br />

impactos ambientais. Tais procedimentos e diretrizes deverão estar incorporados às atividades<br />

desenvolvidas, diariamente, pelas montadoras que construírem o empreendimento, desde o início<br />

das obras.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

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GASODUTO<br />

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7-90 ABRIL / 2006


Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos Executivos, a serem elaborados pelas empresas<br />

construtoras, com base nas diretrizes deste Programa, serão submetidos à aprovação dos<br />

responsáveis pela Gestão Ambiental do empreendimento.<br />

b. Objetivos<br />

O objetivo básico do Programa de Gerenciamento de Resíduos é assegurar que a menor<br />

quantidade possível de resíduos seja gerada durante a construção do Gasoduto e que esses<br />

resíduos sejam adequadamente coletados, estocados e dispostos de forma a deles não resultarem<br />

emissões de gases, líquidos ou sólidos que representem impactos significativos sobre o meio<br />

ambiente.<br />

Igualmente, é objetivo do Programa o cumprimento das legislações ambientais federal, estadual<br />

e municipal vigentes, tanto no tocante aos padrões de emissão quanto à correta e segura<br />

destinação de resíduos inertes, não-inertes, não perigosos ou perigosos.<br />

c. Público-Alvo<br />

Os beneficiários deste Projeto serão as comunidades lindeiras ao empreendimento, o<br />

empreendedor, o Governo Estadual, Prefeituras Municipais, Cooperativas e Organizações Não-<br />

Governamentais – ONGs que atuem na comercialização de resíduos recicláveis.<br />

d. Procedimentos Metodológicos<br />

Os serviços a serem desenvolvidos deverão abranger a execução das seguintes ações:<br />

• previsão dos principais resíduos a serem gerados, segundo a classificação ABNT NBR<br />

1004:2004 e a Resolução CONAMA n o 307, de 5 de julho de 2002, com estimativas iniciais<br />

de suas quantidades;<br />

• caracterização dos resíduos, indicando procedimentos para triagem, acondicionamento,<br />

transporte e destinação;<br />

• levantamento, prévio à obra, dos aterros e locais adequados para a destinação dos resíduos<br />

previstos;<br />

• elaboração de um plano para reduzir a geração de resíduos;<br />

• estabelecimento de acordos/convênios com os governos estadual e municipais para a<br />

utilização de equipamentos e instalações de tratamento/destinação de resíduos;<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-91 ABRIL / 2006


• manejo de resíduos nos canteiros, nas frentes de trabalho e alojamentos;<br />

• inclusão, no treinamento ambiental dos trabalhadores, dos aspectos de manejo de resíduos;<br />

• fiscalização contínua das atividades geradoras de resíduos durante a construção do<br />

empreendimento;<br />

(1) Diretrizes Gerais<br />

As diferentes Classes de resíduos a serem gerados nas várias fases da instalação do Gasoduto, de<br />

acordo com a Resolução CONAMA n o 307, de 5 de julho de 2002, serão manejados de acordo<br />

com as recomendações listadas a seguir.<br />

Resíduos Sólidos Classe A e B<br />

Serão coletados em recipientes apropriados, claramente identificados, situados no canteiro de<br />

obras e nas áreas de serviço. Daí, os resíduos deverão ser retirados diariamente, armazenados<br />

numa área adequada, onde esses recipientes serão dispostos com a capacidade suficiente para<br />

atender a qualquer demora no recolhimento.<br />

Os resíduos classificados como Classe A (solos de terraplanagem, blocos, placas de<br />

revestimento, peças pré-moldadas em concreto, etc.), serão reutilizados nas atividades<br />

construtivas ou dispostos em bota-foras implementados segundo as diretrizes ambientais e<br />

Especificação Técnica Ambiental da obra. Os classificados como Classe B (ferragem, plásticos,<br />

papel e madeiras) serão entregues às cooperativas que realizam a coleta.<br />

Resíduos Sólidos Classe C<br />

Os resíduos de Classe C (como os produtos oriundos do gesso) serão coletados em recipientes<br />

apropriados, claramente identificados e armazenados numa área adequada e com a capacidade<br />

suficiente.<br />

Para a disposição final, esses resíduos serão entregues —, com prévia verificação da<br />

documentação de licenciamento ambiental — às Empresas Municipais de Limpeza Pública, que<br />

os levarão para um aterro de construção civil. Também poderão ser contratadas empresas<br />

privadas para dispor os resíduos Classe C num aterro industrial.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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7-92 ABRIL / 2006


Pelas características desses resíduos, será evitada a mistura com resíduos Classe A ou resíduos<br />

biodegradáveis.<br />

Resíduos Sólidos Classe D (Perigosos)<br />

Os resíduos de Classe D (tintas, solventes, óleos) deverão ser apropriadamente armazenados,<br />

inventariados, sendo definida a disposição dos resíduos perigosos. O manejo e a disposição de<br />

resíduos perigosos serão conduzidos e documentados em cumprimento aos dispositivos legais<br />

e/ou à boa prática de gerenciamento ambiental.<br />

Para sua retirada, transporte e disposição final num aterro industrial, deverão ser contratadas<br />

empresas privadas licenciadas, que deverão ficar responsáveis pela obtenção do manifesto de<br />

transporte no órgão ambiental competente.<br />

(2) Qualificação dos Agentes<br />

Os agentes envolvidos na gestão dos resíduos devem ser previamente identificados e<br />

qualificados, para garantir a segurança dos processos posteriores à geração.<br />

• Fornecedores de dispositivos e acessórios: verificar se o fornecedor possui licenças dos<br />

órgãos de controle ambiental competentes.<br />

• Empresas transportadoras: as empresas contratadas para o transporte dos resíduos deverão<br />

estar cadastradas nos órgãos municipais competentes e isentas de quaisquer restrições<br />

cadastrais.<br />

• Destinatários dos resíduos: a destinação dos resíduos deverá estar vinculada às seguintes<br />

condições:<br />

− Ponto de entrega<br />

− Área de Transbordo e Triagem (ATT)<br />

− Área de Reciclagem<br />

− Aterros de Resíduos da Construção Civil<br />

− Aterros para resíduos industriais<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-93 ABRIL / 2006


− Instalações de empresas que comercializam tambores e bombonas para reutilização<br />

− Agentes diversos<br />

(3) Planejamento da disposição dos resíduos<br />

No âmbito da elaboração dos projetos de gerenciamento de resíduos, deve ser equacionada a sua<br />

disposição, considerando os aspectos relativos ao acondicionamento diferenciado e a definição<br />

de fluxos eficientes. Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos das empreiteiras deverão<br />

abordar os itens relacionados a seguir.<br />

• Dispositivos e acessórios: dependendo da finalidade, os seguintes dispositivos poderão ser<br />

utilizados no manejo interno dos resíduos: bombonas, bags, baias, caçambas.<br />

• Fluxo dos resíduos: devem ser estabelecidas condições específicas para acondicionamento<br />

inicial, transporte interno e acondicionamento final de cada resíduo identificado e coletado.<br />

• Transporte interno: o transporte interno pode utilizar os meios convencionais e disponíveis:<br />

transporte horizontal (carrinhos, giricas, transporte manual) ou transporte vertical (elevador<br />

de carga, grua, condutor de entulho). O ideal é que, no planejamento da implantação do<br />

canteiro, haja preocupação específica com a movimentação dos resíduos, para minimizar as<br />

possibilidades de formação de “gargalos”.<br />

• Acondicionamento final: na definição do tamanho, quantidade, localização e do tipo de<br />

dispositivo a ser utilizado para o acondicionamento final dos resíduos, deve ser considerado<br />

este conjunto de fatores: volume e características físicas dos resíduos, facilitação para a<br />

coleta, controle da utilização dos dispositivos (especialmente quando dispostos fora do<br />

canteiro), segurança para os usuários e preservação da qualidade dos resíduos nas condições<br />

necessárias para a destinação.<br />

(4) Reutilização e reciclagem dos resíduos<br />

Atenção especial deverá ser dada à possibilidade da reutilização de materiais ou mesmo a<br />

viabilidade econômica da reciclagem dos resíduos no canteiro, evitando sua remoção e<br />

destinação.<br />

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(5) Remoção dos resíduos do canteiro<br />

A coleta dos resíduos e sua remoção do canteiro deverão ser realizadas de modo a conciliar os<br />

seguintes fatores:<br />

• compatibilização com a forma de acondicionamento final dos resíduos na obra;<br />

• minimização dos custos de coleta e remoção;<br />

• possibilidade de valorização dos resíduos;<br />

• adequação dos equipamentos utilizados para coleta e remoção aos padrões definidos em<br />

legislação.<br />

Os aspectos que devem ser considerados nos contratos para prestação de serviços de coleta e<br />

remoção são os seguintes:<br />

• quando da utilização de caçambas estacionárias, obedecer às especificações da legislação<br />

municipal, notadamente nos aspectos relativos à segurança;<br />

• disponibilizar equipamentos em bom estado de conservação e limpos para uso;<br />

• observar as condições de qualificação do transportador (regularidade do cadastro junto ao<br />

órgão municipal competente);<br />

• estabelecer a obrigatoriedade do registro da destinação dos resíduos nas áreas previamente<br />

qualificadas e cadastradas pelo próprio gerador dos resíduos (observadas as condições de<br />

licenciamento quando se tratar de Áreas de Transbordo e Triagem, Áreas de Reciclagem,<br />

Áreas de Aterro para Resíduos da Construção Civil ou Aterros de Resíduos Perigosos);<br />

• condicionar o pagamento pelo transporte à comprovação da destinação dos resíduos.<br />

(6) Destinação dos resíduos<br />

As soluções para a destinação dos resíduos devem combinar compromisso ambiental e<br />

viabilidade econômica. Os fatores determinantes na designação de soluções para a destinação<br />

dos resíduos são os seguintes:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-95 ABRIL / 2006


• possibilidade de reutilização ou reciclagem dos resíduos nos próprios canteiros;<br />

• proximidade dos destinatários para minimizar custos de deslocamento;<br />

• conveniência do uso de áreas especializadas para a concentração de pequenos volumes de<br />

resíduos mais problemáticos, visando à maior eficiência na destinação.<br />

A formalização da destinação dos resíduos deve ser iniciada por meio da identificação e do<br />

cadastramento dos destinatários. Estas são algumas informações relevantes que devem fazer<br />

parte deste cadastro:<br />

• Data do cadastramento;<br />

• Razão Social do destinatário;<br />

• CNPJ;<br />

• Nome do responsável pela empresa;<br />

• Telefone;<br />

• Endereço da destinação;<br />

• Atividade principal do destinatário;<br />

• Resíduo(s) que será(ão) destinado(s);<br />

• Descrição do processo a ser aplicado ao(s) resíduo(s).<br />

Uma vez cadastrado o destinatário, cada coleta deverá implicar emissão do documento CTR<br />

(Controle de Transporte de Resíduos), que registrará a destinação dos resíduos coletados. Nesse<br />

documento, deverão constar, necessariamente, as seguintes informações:<br />

• Dados do gerador (Razão social / Nome, CNPJ / CPF, endereço para retirada e identificação<br />

da obra);<br />

• Resíduos destinados, com volume ou peso e unidades correspondentes;<br />

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7-96 ABRIL / 2006


• Dados do transportador (Razão social / Nome, CNPJ / CPF, Inscrição Municipal, tipo de<br />

veículo e placa);<br />

• Termo de responsabilidade para devolução de bags da obra: quantidade, nome e assinatura<br />

do responsável;<br />

• Dados do destinatário (Razão social / Nome, CNPJ / CPF, endereço da destinação);<br />

• Assinaturas e carimbos (gerador, transportador e destinatário).<br />

Realizada a remoção dos resíduos, as três vias deverão ser apresentadas ao destinatário para<br />

coleta de assinaturas e carimbos. A primeira via deve ser devolvida à obra, a segunda via fica<br />

com o transportador e a terceira via é retida pelo destinatário.<br />

e. Inter-Relação com Outros Planos e Programas<br />

Este Programa deverá ter uma relação direta com o Plano Ambiental para a Construção (PAC), a<br />

ser detalhado no PBA, considerando as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem<br />

empregadas durante a fase de construção e montagem do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

(1) Legislação<br />

• Resolução CONAMA nº 307 – Gestão dos Resíduos da Construção Civil, de 5 de julho de<br />

2002<br />

• Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SP – Resolução SMA nº 41, de 17 de outubro de<br />

2002<br />

• Lei Federal nº 9.605, dos Crimes Ambientais, de 12 de fevereiro de 1998<br />

(2) Normas Técnicas<br />

• Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de transbordo e triagem –<br />

Diretrizes para projeto, implantação e operação – NBR 15112:2004<br />

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• Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para projeto,<br />

implantação e operação – NBR 15113:2004<br />

• Resíduos sólidos da construção civil - Áreas de reciclagem – Diretrizes para projeto,<br />

implantação e operação – NBR 15114:2004<br />

• Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de camadas de<br />

pavimentação – Procedimentos – NBR 15115:2004<br />

• Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e<br />

preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos – NBR 15116:2004<br />

g. Recursos Necessários<br />

Os recursos físicos, humanos e financeiros necessários serão providenciados pelas empreiteiras<br />

contratadas para a implantação do empreendimento.<br />

h. Cronograma Físico<br />

Este Projeto deverá ser executado continuamente, durante todo o período de construção do<br />

empreendimento.<br />

i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento deste Programa caberá ao empreendedor, através de fiscalização diária e<br />

auditorias periódicas nas diferentes fases da obra, confirmando o cumprimento dos<br />

procedimentos apresentados no Projeto de Gerenciamento de Resíduos de cada montadora que<br />

vier a ser contratada.<br />

7.7 PROGRAMAS DE MONITORAMENTO DO EMPREENDIMENTO<br />

7.7.1 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCO / PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA<br />

a. Introdução<br />

Os planos aqui apresentados fazem parte da política de gestão da PETROBRAS para que o<br />

empreendimento seja construído e operado de forma a que não haja ocorrências danosas tanto ao<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-98 ABRIL / 2006


meio ambiente quanto aos trabalhadores e às comunidades que habitam a sua região de<br />

implantação.<br />

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) tem caráter preventivo, devendo ser implantado<br />

para que se evitem problemas durante a construção e operação do duto. Quando isso não for<br />

possível, deverá ser acionado, de forma corretiva, o Plano de Ação de Emergência (PAE). As<br />

diretrizes básicas de elaboração e implantação do PGR/PAE são apresentadas a seguir. Na<br />

elaboração do PBA, esse cronograma será detalhado.<br />

b. Justificativa<br />

Durante as obras, a responsabilidade pela implementação e manutenção de medidas preventivas<br />

contra acidentes e de medidas corretivas, que porventura ocorrerem, cabe à empreiteira. Para tal,<br />

deverá ser implantado um Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR), para evitar a ocorrência de<br />

acidentes ou danos associados às obras. Por outro lado, se isso não for possível, deverá ser aplicado<br />

um Plano de Ação de Emergência (PAE), para corrigir, de forma sistematizada, possíveis falhas<br />

desse gerenciamento dos riscos de obra. Durante a operação, o PGR e o PAE também serão<br />

necessários, no que diz respeito a ações de prevenção ou correção.<br />

c. Objetivos e Metas<br />

O Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR), a ser desenvolvido pela empreiteira, terá por objetivo<br />

básico a execução de ações que minimizem ou evitem acidentes durante as obras. Para a fase de<br />

operação, de responsabilidade do empreendedor, o PGR deverá proceder à prevenção de acidentes,<br />

através das adequadas manutenção e inspeção do empreendimento, promovendo, para tal,<br />

treinamentos e auditorias periodicamente.<br />

O Plano de Ação de Emergência – PAE, ora denominado PEL – Plano de Emergência Local, a ser<br />

implementado, terá como finalidade estabelecer procedimentos técnicos e administrativos a serem<br />

adotados em situações de dificuldades prementes que eventualmente venham a ocorrer, resultando<br />

em atuações rápidas e eficazes, visando preservar a vida humana, bem como a segurança das<br />

comunidades circunvizinhas. Os objetivos específicos desse Plano, tanto na fase de construção<br />

quanto de operação, são:<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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7-99 ABRIL / 2006


• estabelecer uma sistemática de desencadeamento de ações para o combate a eventuais<br />

emergências, de modo que sejam rapidamente adotadas as providências, através da utilização<br />

de matrizes de ação necessárias à minimização das conseqüências geradas pela ocorrência;<br />

• estabelecer responsabilidades e rotinas de desencadeamento de ações necessárias para o pronto<br />

atendimento emergencial, identificando antecipadamente a disponibilidade de recursos<br />

humanos e materiais, meios de comunicação e órgãos externos que possam contribuir para o<br />

PAE;<br />

• criar uma rotina de ações que devam ser ordenadamente desencadeadas para atendimento à<br />

emergência, de maneira clara, objetiva e direcionada.<br />

As principais metas são:<br />

• estabelecimento de uma sistemática de desencadeamento de ações para se prevenir contra<br />

danos e acidentes (PGR) e para o combate a eventuais emergências, de modo que sejam<br />

rapidamente adotadas as providências, através da utilização de matrizes, necessárias à<br />

minimização das conseqüências geradas pela ocorrência;<br />

• estabelecimento de responsabilidades e rotinas de desencadeamento de ações necessárias,<br />

identificando antecipadamente a disponibilidade de recursos humanos e materiais, meios de<br />

comunicação e órgãos externos que possam contribuir para o PGR e, especialmente, para o<br />

PAE;<br />

• treinamento e capacitação de uma equipe de acionamento e combate a ocorrências<br />

emergenciais;<br />

• diante de uma emergência, evitar ou minimizar danos ao meio ambiente, às pessoas e às<br />

propriedades.<br />

d. Indicadores Ambientais<br />

• Percentual de trabalhadores treinados para a realização da atividade.<br />

• Percentual de riscos tratados e emergências controladas, sujeitas à avaliação da eficácia do<br />

PGR e do PAE, considerando os aspectos de extensão dos danos, adequação de<br />

procedimentos, tempo de resposta e eficiência dos envolvidos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-100 ABRIL / 2006


e. Público-Alvo<br />

O público-alvo é composto pela mão-de-obra mobilizada para os trabalhos e pelas populações<br />

circunvizinhas à Área de Influência Direta.<br />

f. Procedimentos Metodológicos<br />

(1) Geral<br />

Os procedimentos do PGR abrangem manutenção, inspeção, treinamentos e auditorias.<br />

Os procedimentos detalhados do PAE serão exigidos da empreiteira, na licitação a ser feita pelo<br />

empreendedor, visando ao tratamento de qualquer acidente eventual durante as obras. Para a fase<br />

de operação, o empreendedor também deverá detalhar e implantar esse PAE.<br />

Dessa forma, o Plano de Ação de Emergência a ser elaborado pela empreiteira responsável pela<br />

construção e montagem do Gasoduto, bem como pelo empreendedor, para a fase de operação,<br />

deverá conter, no mínimo, os seguintes itens:<br />

• Objetivos<br />

• Participantes do Plano<br />

• Recursos Humanos<br />

• Recursos Materiais<br />

• Estrutura Organizacional para Atendimento às Emergências<br />

• Eventos Acidentais com Probabilidade de Ocorrência<br />

• Controle das Emergências<br />

• Fluxograma de Desencadeamento das Ações de Emergência<br />

• Matrizes de Rotina de Ação de Emergência<br />

• Procedimento de Coordenação entre os Órgãos Participantes do Plano.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-101 ABRIL / 2006


(2) Participantes dos Planos<br />

• Do Empreendedor/Empreiteira<br />

Deverão ser determinados os participantes da empreiteira e do empreendedor nos PGR/PAE,<br />

suas atribuições e responsabilidades. Deverá ser também indicado o principal responsável pela<br />

administração desses Planos.<br />

• Dos Órgãos Externos<br />

Deverão ser definidos os participantes externos potenciais dos municípios atravessados pelo<br />

Gasoduto, tais como os Órgãos Ambientais, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, Polícia<br />

Militar, Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Departamento de<br />

Estradas de Rodagem de São Paulo (DER), Polícia Rodoviária e outras entidades que, direta ou<br />

indiretamente, possam colaborar no atendimento às emergências que venham a ocorrer.<br />

(3) Estrutura Organizacional para Atendimento às Emergências<br />

Com base nos recursos humanos necessários para o atendimento às emergências, deverá ser<br />

formada a Estrutura Organizacional e decididas as atribuições e responsabilidades de seus<br />

participantes.<br />

Deverá ser definido o sistema de comunicação a ser utilizado durante a emergência.<br />

(4) Eventos Acidentais com Possibilidade de Ocorrência<br />

Com base no histórico de acidentes relativos às atividades de empreendimentos similares, desde<br />

a fase de obras, deverão ser definidos e relacionados os principais eventos acidentais que possam<br />

vir a ocorrer durante a construção, montagem e operação do duto.<br />

(5) Controle das Emergências<br />

Deverá ser elaborado um Fluxograma de Desencadeamento das Ações de Emergência e as<br />

Matrizes de Rotina de Ações de Emergência, instrumentos esses a serem utilizados pela Equipe<br />

de Ação de Emergência para o controle delas.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-102 ABRIL / 2006


• Fluxograma de Desencadeamento das Ações de Emergência<br />

O Fluxograma de Desencadeamento das Ações deverá ser elaborado com a participação do<br />

empreendedor/empreiteira, contemplando o período que se estende desde a detecção do acidente<br />

até seu controle e término.<br />

• Matrizes de Rotina de Ação de Emergência<br />

Em função dos eventos acidentais levantados, deverão ser elaboradas as Matrizes de Rotina de<br />

Ação de Emergência, conforme modelo a seguir, onde são explicitadas as ações (o que fazer),<br />

quem faz, quando fazer, onde fazer, como fazer e por que fazer.<br />

O QUE<br />

FAZER<br />

Nesta coluna são<br />

descritas as ações<br />

que devem ser<br />

tomadas durante a<br />

emergência.<br />

Exemplo:<br />

Isolar a área do<br />

acidente.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

QUEM FAZ<br />

Nesta coluna são<br />

definidos os<br />

responsáveis<br />

pelas ações.<br />

Exemplo:<br />

Equipe de<br />

Reconhecimento.<br />

QUANDO<br />

FAZ<br />

Nesta coluna é<br />

definido o<br />

momento da<br />

execução da<br />

ação.<br />

Exemplo:<br />

Quando chegar<br />

ao local do<br />

acidente.<br />

ONDE FAZ COMO FAZ<br />

Nesta coluna é<br />

definido o local<br />

onde a ação é<br />

deflagrada.<br />

Exemplo:<br />

No local do<br />

acidente.<br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

Nesta coluna são<br />

descritos os<br />

procedimentos a<br />

serem utilizados<br />

durante a<br />

emergência.<br />

Exemplo:<br />

Procedimento<br />

Específico.<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-103 ABRIL / 2006<br />

PORQUE<br />

FAZ<br />

Nesta coluna é<br />

descrito o motivo<br />

da ação tomada.<br />

Exemplo:<br />

Para impedir que<br />

as pessoas se<br />

aproximem do<br />

local.<br />

Essas matrizes deverão ser elaboradas e discutidas com o grupo de trabalho constituído pelos<br />

participantes da Equipe de Emergência, que fazem parte dos recursos humanos disponíveis do<br />

PAE.<br />

(6) Procedimentos de Coordenação entre os Órgãos Participantes dos Planos<br />

Deverão ser elaborados os Procedimentos de Coordenação entre os diversos responsáveis do<br />

empreendedor/empreiteira participantes do Plano e os órgãos externos envolvidos na região.<br />

Nos Procedimentos de Coordenação, deverão ser definidas as atribuições das partes, os recursos<br />

materiais e humanos com os quais cada uma delas participa e sua área de atuação.


g. Inter-Relação com outros Planos e Programas<br />

O PGR e o PAE têm uma inter-relação direta com as diretrizes do Plano Ambiental para a<br />

Construção (PAC) e com o Programa de Comunicação Social.<br />

h. Atendimento a Requisitos Legais e/ou Outros Requisitos<br />

Não há exigências legais específicas para a implantação destes Planos.<br />

i. Recursos Necessários<br />

Os recursos físicos, humanos e financeiros necessários deverão ser alocados pelas empreiteiras<br />

contratadas para a implantação do Gasoduto e pelo empreendedor.<br />

j. Cronograma Físico<br />

O PGR e o PAE deverão ser executados durante todo o período de obras e, posteriormente, de<br />

forma permanente, na operação do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté.<br />

k. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento deste Programa será efetuado pela PETROBRAS, através de auditorias<br />

periódicas nas diferentes fases da obra, verificando o cumprimento dos procedimentos<br />

detalhados que serão definidos no PBA.<br />

7.7.2 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA E DA FLORA<br />

a. Justificativa<br />

O Programa de Monitoramento da Fauna e da Flora justifica-se, dentro do contexto do<br />

licenciamento ambiental do Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, como uma estratégia para<br />

minimização dos impactos sobre o Meio Biótico — “alterações na estrutura ecológica” e<br />

“interferências nos processos biológicos”, descritos na Seção 6 deste <strong>EIA</strong>.<br />

Neste programa, os estudos e as análises dos parâmetros ecológicos e biológicos sobre as<br />

interferências do Empreendimento se combinam. Como exemplos de parâmetros ecológicos<br />

podem-se citar as mudanças nas composições de espécies, as variações das densidades de<br />

indivíduos da fauna e da flora, a perda de hábitats e a estratificação da floresta, a taxa de<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-104 ABRIL / 2006


descontinuidade dos dosséis, o índice de desaparecimento de formas de vida e grupos funcionais,<br />

entre outros.<br />

Os parâmetros biológicos, por sua vez, são essencialmente correlacionados a aspectos<br />

demográficos, genéticos e ambientais, tais como a reprodução, que possibilita a manutenção dos<br />

organismos no tempo; a polinização, que garante a variabilidade genética; à dispersão de<br />

sementes, que mantém a dinâmica florestal; à competição, que é aumentada com a chegada de<br />

espécies melhor adaptadas aos novos ambientes, e à predação, que é intensificada devido à<br />

abertura de novos ambientes e ao surgimento de interfaces entre eles (bordas).<br />

b. Objetivos<br />

Inicialmente, busca-se estabelecer um quadro do atual estado de conservação dos diferentes<br />

fragmentos florestais atravessados pelo empreendimento e de suas comunidades faunísticas (com<br />

ênfase no grupo de vertebrados).<br />

A seguir, procura-se identificar áreas ambientalmente sensíveis, onde os impactos seriam mais<br />

relevantes, se traduzindo em alvos para implementação de medidas de proteção e controle<br />

ambiental.<br />

Também é objetivo do Programa verificar a ocorrência de impactos sobre a fauna, por meio do<br />

acompanhamento dos parâmetros biológicos.<br />

c. Público-Alvo<br />

Órgãos licenciadores estaduais e federais, empreendedor e empreiteiras contratadas para a<br />

implantação do empreendimento, zoológicos e comunidades científicas locais interessadas<br />

constituem o público-alvo do Programa.<br />

d. Metodologia<br />

Para a execução deste Programa, configura-se como mais eficiente uma integração entre fauna e<br />

flora, em uma abordagem de Bioindicação.<br />

A Análise de Bioindicação de vertebrados será realizada utilizando-se as diferentes famílias do<br />

grupo das aves. Essa escolha deve-se ao fato de a avifauna ser, historicamente, apontada como<br />

um dos mais eficientes indicadores de qualidade ambiental.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-105 ABRIL / 2006


As aves, em sua grande maioria, podem ser identificadas (muitas vezes até o nível de<br />

subespécie) por simples observação, dispensando a organização de coleções (a não ser em casos<br />

duvidosos ou com o objetivo de documentação).<br />

As aves se impõem, ainda, por sua quase onipresença, ocupando um inigualável número de<br />

hábitats, até mesmo nos centros urbanos. São, ainda, mais numerosas (diversidade) que os<br />

demais vertebrados terrestres. Aliada a isso, está a relativa facilidade de observação em função<br />

de grande parte de suas espécies ser diurna.<br />

Com relação à flora, a bioindicação utilizará grupos vegetais específicos para o empreendimento.<br />

As formas de vida, como árvores, epífitas e espécies invasoras podem ser utilizadas como<br />

ferramentas de trabalho nesses casos.<br />

O monitoramento da flora será desenvolvido através de estimativas das taxas de mortalidade dos<br />

indivíduos, principalmente arbóreos; pela dinâmica populacional de epífitas, como bromélias e<br />

orquídeas; e por meio da identificação de áreas em regeneração natural, através do surgimento de<br />

pioneiras.<br />

e. Inter-Relação com outros Planos e Programas<br />

Este Programa caracteriza-se por marcante inter-relação com o Sistema de Gestão Ambiental,<br />

com as diretrizes do Plano Ambiental para a Construção (PAC), com o Programa de Supressão<br />

de Vegetação, o Programa de Conservação de Germoplasma, o Programa de Comunicação<br />

Social e o Programa de Educação Ambiental.<br />

f. Atendimento a Requisitos Legais e/ou outros Requisitos<br />

Os principais diplomas legais relacionados a este Programa, todos em nível federal, se<br />

encontram incluídos na lista a seguir apresentada.<br />

• Instrução Normativa 03/2003, do Ministério de Minas e Energia - Lista oficial de espécies da<br />

fauna brasileira ameaçadas de extinção.<br />

• Lei 4.771/65 - Código Florestal Federal – modificada por várias leis e pela Medida<br />

Provisória 2.166-67/01.<br />

• Lei 5.197/67 – Lei de Proteção à Fauna, alterada pela Lei 7.653/88.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-106 ABRIL / 2006


• Decreto Federal n o 318/91, de 31/10/91 – Promulga o novo texto da Convenção Internacional<br />

para a Proteção dos Vegetais (aprovada pelo Decreto Legislativo n o 12/85).<br />

• Portaria IBAMA n o 37-N, de 03/04/92 – Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira<br />

Ameaçada de Extinção.<br />

• Lei 9.605, de 12.02.98 – Crimes Ambientais e Decreto 3.179, de 21/09/1999, que a<br />

complementa<br />

• Lei 9.985, de 18/07/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação e Decreto 4.340,<br />

de 22/08/2002, que a regulamenta.<br />

g. Recursos Necessários<br />

Os recursos físicos, humanos e financeiros necessários deverão ser alocados pelo empreendedor.<br />

h. Cronograma Físico<br />

O Programa será executado continuamente antes (campanha de controle) e durante o<br />

desenvolvimento das obras, com o acompanhamento dos Inspetores Ambientais.<br />

Nesse período, deverão ser feitas as campanhas trimestrais de monitoramento, uma delas antes<br />

da supressão de vegetação.<br />

i. Acompanhamento e Avaliação<br />

O acompanhamento deste Programa será efetuado pelo empreendedor, através de auditorias<br />

periódicas nas diferentes fases da obra, verificando o cumprimento dos procedimentos<br />

detalhados que serão definidos no PBA.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS E PROGRAMAS DE<br />

CONTROLE E MONITORAMENTO<br />

GASODUTO<br />

<strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

7-107 ABRIL / 2006


8 CONCLUSÕES<br />

No planejamento energético do Brasil, há uma grande preocupação de que não só os riscos de<br />

falta ou de racionamento de energia sejam os mínimos possíveis, como também de que a<br />

geração se proceda de forma adequada e respeitando o meio ambiente.<br />

O gás natural é um combustível considerado ambientalmente limpo, econômico e de grande<br />

versatilidade, pois, pode ser utilizado na geração de energia em usinas termelétricas, em<br />

residências, em veículos automotores em substituição ao óleo diesel e à gasolina, mais<br />

poluentes, e em indústrias, como matéria-prima.<br />

Nesse contexto, o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté torna-se relevante, pois poderá escoar<br />

todo o gás produzido no Campo de Mexilhão — a maior e mais nova reserva brasileira para a<br />

exploração de gás natural na Bacia de Santos — até a Estação de Compressão de Taubaté,<br />

inserindo-se na malha dutoviária já existente que integrará, dentro do Plano Estratégico da<br />

Empresa, grande parte do território nacional.<br />

A PETROBRAS, objetivando a verificação da viabilidade desse empreendimento, vem<br />

procedendo aos estudos necessários, tanto os técnicos, de engenharia, quanto os econômicos<br />

e, em especial, os ambientais.<br />

Para estes últimos, solicitou ao IBAMA que definisse o nível de detalhamento a ser<br />

considerado e recebeu dessa instituição o Termo de Referência deste <strong>EIA</strong> e de sua versão<br />

compacta, o RIMA. Desde então, trabalhou para que as melhores soluções fossem<br />

encontradas, desde a definição da mais recomendável alternativa de traçado até a decisão por<br />

pequenos desvios, para que os impactos ambientais fossem sendo gradativamente reduzidos<br />

ou, até mesmo, quando possível, eliminados.<br />

Em função da adoção desse enfoque, pode-se finalmente afirmar que os impactos provocados<br />

pelo Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté, conforme demonstrado neste documento, não têm, em<br />

sua maioria, média ou grande significância, sobretudo se forem consideradas as medidas<br />

mitigadoras e compensatórias que a PETROBRAS se propõe a aplicar durante a fase de<br />

construção do empreendimento. Na fase de operação, os benefícios deverão superar, em<br />

grande escala, qualquer eventual impacto negativo, se forem implantados os Programas<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CONCLUSÕES<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

8-1 ABRIL / 2006


Ambientais aqui propostos e se forem feitas as otimizações de traçado necessárias, apontadas<br />

pelo Estudo de Análise de Riscos (Volume 3/3), para se manter uma distância segura das<br />

populações localizadas próximas à faixa de servidão.<br />

Quanto à desativação, em princípio, não são esperados impactos de grande significância, os<br />

quais deverão ser avaliados futuramente, quando da proximidade do fim da vida útil do<br />

empreendimento, prevista para um tempo provavelmente superior a 20 anos.<br />

Desse modo, o Gasoduto Caraguatatuba–Taubaté foi avaliado como um empreendimento<br />

viável técnica, econômica, social e ambientalmente, proporcionando, potencialmente,<br />

benefícios diversos que poderão concorrer para a melhoria da qualidade de vida dos<br />

municípios atravessados no Estado de São Paulo e, indiretamente, de outras regiões do Brasil<br />

que vierem a fornecer materiais e equipamentos para a implantação da obra e que se<br />

interligarem à Malha Sudeste de gasodutos.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

CONCLUSÕES<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

8-2 ABRIL / 2006


9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

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ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA-<br />

TAUBATÉ<br />

9-1 ABRIL / 2006


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ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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TAUBATÉ<br />

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do Mar, considerando distintas alternativas tecnológicas e locacionais: Etapa “C” -<br />

produto 3/5. Relatório Técnico nº 84 073 – 205 – ii. São Paulo, mar. 2006.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

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da instalação do gasoduto Caraguatatuba-Taubaté no trecho de transposição da serra<br />

do Mar, considerando distintas alternativas tecnológicas e locacionais: Etapas “A” e “B”<br />

– produtos 1/5 e 2/5. Relatório Técnico n o 83 939-205. São Paulo, fev. 2006.<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

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9-34 ABRIL / 2006


10 GLOSSÁRIO<br />

Abiótico<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Caracterizado pela ausência de vida.<br />

Adaptação Capacidade que possuem os seres vivos de adquirir meios que os<br />

habilitem a viver em um novo ambiente.<br />

Alóctone Material de natureza orgânica ou não, transportado para outros<br />

ambientes não coincidentes com seu local de origem.<br />

Aluvião 1)Argila, silte, areia, cascalho, seixo ou outro material detrítico<br />

depositado pela água. 2) Acumulação de partículas,como areia e<br />

silte, que são carregadas pelo rio, depositando-se abaixo (a jusante),<br />

em suas embocaduras ou ao longo de suas margens, formando<br />

bancos férteis de areia.<br />

ANA<br />

Agência Nacional de<br />

Águas<br />

ANEEL<br />

Agência Nacional de<br />

Energia Elétrica<br />

Responsável pela Política Nacional de Recursos Hídricos.<br />

Órgão regulador do Setor Elétrico brasileiro.<br />

Anisotropia Condições de variabilidade de propriedades físicas de um corpo<br />

rochoso ou mineral segundo direções diferentes.<br />

ANP<br />

Agência Nacional de<br />

Petróleo, Gás Natural e<br />

Biocombustíveis<br />

Órgão regulador do setor de petróleo, gás natural e biocombustiveis<br />

no Brasil.<br />

Antrópico Relativo ao ser humano, à humanidade, à sociedade humana, à ação<br />

do homem sobre o ambiente.<br />

APA<br />

Área de Proteção<br />

Ambiental<br />

Área pertencente ao grupo das unidades de conservação de uso<br />

direto, sustentável e regida por dispositivos legais. Constitui-se de<br />

área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada<br />

de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais,<br />

especialmente importantes para a qualidade de vida e bem estar da<br />

população residente e do entorno. Tem por objetivo disciplinar o<br />

uso sustentável dos recursos naturais e promover, quando<br />

necessário, a recuperação dos ecossistemas degradados.<br />

Aqüífero Unidade geológica capaz de armazenar e transmitir água em<br />

quantidade significativa e sob gradiente hidráulico natural.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-1 ABRIL / 2006


Área de Influência<br />

ARIE<br />

Área de Relevante<br />

Interesse Ecológico<br />

Arraste Submerso<br />

Arrendamento<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Área interna (direta) ou externa (indireta) de um dado território ou<br />

empreendimento sobre o qual exerce influência de ordem ecológica<br />

e/ou socioeconômica, podendo trazer alterações nos processos<br />

ecossistêmicos.<br />

Área possuidora de características extraordinárias ou que abriga<br />

exemplares raros da flora e da fauna de uma determinada região, o<br />

que exige cuidados especiais de proteção por parte do Estado.<br />

Método de travessia de duto em rios e lagos.<br />

Forma de exploração da terra, em que o pagamento pelo uso desta<br />

pode ser feito em mercadoria ou dinheiro.<br />

Audiência Pública Procedimento de consulta à sociedade, ou a grupos sociais<br />

interessados em determinado problema ambiental ou<br />

potencialmente afetados por um projeto, a respeito de seus<br />

interesses específicos e da qualidade ambiental por eles<br />

preconizada. A realização de audiência pública exige o<br />

cumprimento de requisitos, previamente fixados em resoluções ou<br />

instruções, referentes a: forma de convocação, condições e prazos<br />

para informação prévia sobre o assunto a ser debatido; inscrições<br />

para participação; ordem dos debates; aproveitamento das opiniões<br />

expedidas pelos participantes.<br />

Autóctone Material local, formado in situ, e que, portanto, não foi transportado<br />

para outras regiões diferentes das de origem.<br />

Avifauna<br />

Biogeocenose<br />

Biodiversidade<br />

Bioma<br />

Conjunto de espécies de aves do mundo ou que vivem em uma<br />

determinada região.<br />

Coletividade de animais e vegetais dentro de um mesmo biótipo,<br />

cujos membros formam, em dependência recíproca, um equilíbrio<br />

biológico dinâmico. Sinônimo de ecossistema.<br />

Total de genes, espécies e ecossistemas de uma região.<br />

Conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de<br />

tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional,<br />

com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de<br />

mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-2 ABRIL / 2006


Biomonitoramento<br />

Biota<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Monitoramento ambiental realizado através da utilização de<br />

organismos vivos, como, por exemplo, o de peixes para avaliar a<br />

qualidade de águas.<br />

Todas as espécies de plantas e animais existentes dentro de uma<br />

determinada área.<br />

Biótopo Local onde habitualmente vive uma dada espécie da fauna ou da<br />

flora. É uma extensão mais ou menos bem delimitada da superfície,<br />

contendo recursos suficientes para assegurar a conservação da vida.<br />

Borda Linha divisória entre a vegetação suprimida e a vegetação<br />

remanescente.<br />

By-Pass<br />

Arranjo de tubulação com válvula de controle que conduz gás, ar ou<br />

outro fluído, contornando, ao invés de atravessar, todo um trecho de<br />

uma tubulação.<br />

Camada do solo É uma seção de constituição mineral ou orgânica, à superfície do<br />

terreno ou aproximadamente paralela a esta, possuindo conjunto de<br />

propriedades não resultantes ou pouco influenciadas pela atuação<br />

dos processos pedogenéticos.<br />

Carreamento de<br />

sedimentos<br />

Arraste ou carregamento de sedimentos soltos, por águas<br />

superficiais.<br />

Cavalote<br />

Trecho de duto com curvas verticais, usado em travessias<br />

subterrâneas.<br />

Cerosidade Filmes muito finos de material inorgânico de naturezas diversas,<br />

orientadas ou não, constituindo revestimentos ou superfícies<br />

brilhantes nas faces de elementos estruturais, poros ou canais,<br />

resultante de movimentação, segregação ou rearranjamento de<br />

material coloidal inorgânico (< 0,002mm); quando bem<br />

desenvolvidos, são facilmente perceptíveis, apresentando aspecto<br />

lustroso e brilho graxo.<br />

Chorume Resto líquido proveniente de resíduos sólidos (lixo),<br />

particularmente quando dispostos no solo, como, por exemplo, nos<br />

aterros sanitários. Resulta principalmente da água de chuva que<br />

infiltra e se mistura com a parte orgânica dos resíduos sólidos, por<br />

meio de decomposição biológica. É altamente poluidor.<br />

Cinegética<br />

Cisalhamento<br />

Espécie comumente caçada.<br />

Deformação resultante de esforços que fazem ou tendem a fazer<br />

com que as partes contíguas de um corpo deslizem uma em relação<br />

à outra, em direção paralela ao plano de contato entre as mesmas.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-3 ABRIL / 2006


City-gate<br />

Classe de solo<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Ponto de entrega do gás natural de um gasoduto.<br />

Grupo de solos que apresentam uma variação definida em<br />

determinadas propriedades e que se distinguem de quaisquer outras<br />

classes.<br />

Clímax Em ecologia, é o estágio final da sucessão de uma comunidade<br />

vegetal, em uma certa área, atingida sob determinadas condições<br />

ambientais, especialmente climáticas e pedológicas, na qual a<br />

composição das espécies e a estrutura das comunidades bióticas são<br />

consideradas estáveis, embora, a longo prazo, a evolução e as<br />

alterações dos processos ecológicos naturais possam vir a causar<br />

mudanças. No clímax ocorre um relativo equilíbrio metabólico<br />

entre produção primária e respiração.<br />

Cobertura Nos dutos enterrados, é a menor distância, medida<br />

Cobertura Vegetal<br />

perpendicularmente ao duto, entre a sua geratriz superior e o nível<br />

do terreno.<br />

M Termo usado no mapeamento de dados ambientais para designar os<br />

tipos ou formas de vegetação natural ou plantada - mata, capoeira,<br />

culturas, campo etc que recobrem uma área ou um terreno.<br />

Código Florestal Instituído pela Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 em cujo<br />

artigo 1º está previsto que as florestas existentes no território<br />

nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de<br />

utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a<br />

todos os habitantes do País. Alterado por diversas outras leis<br />

posteriores.<br />

Colmatagem Deposição de partículas finas, como argila ou silte, na superfície e<br />

nos interstícios de um meio poroso permeável, por exemplo, o solo,<br />

reduzindo-lhe a permeabilidade.<br />

Coluna Conjunto de vários tubos ligados entre si, a serem empregados na<br />

construção de um duto.<br />

Colúvio<br />

Solo ou fragmentos rochosos transportados ao longo das encostas<br />

devido à ação combinada de água e da gravidade, mas,<br />

principalmente, por esta última.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-4 ABRIL / 2006


CONAMA<br />

Conselho Nacional de<br />

Meio Ambiente<br />

Conservação da<br />

Natureza<br />

Conservação do Solo<br />

Corredor Ecológico<br />

Creeping<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Órgão superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente<br />

(SISNAMA). As competências do CONAMA incluem o<br />

estabelecimento de todas as normas técnicas e administrativas para<br />

a regulamentação e a implementação da Política Nacional do Meio<br />

Ambiente.<br />

Utilização racional dos recursos naturais renováveis (ar, água, solo,<br />

flora e fauna) e obtenção de rendimento máximo dos não<br />

renováveis (jazidas minerais), de modo a produzir o maior benefício<br />

sustentado para as gerações atuais, mantendo suas potencialidades<br />

para satisfazer as necessidades das gerações futuras. Não é<br />

sinônimo de preservação porque está voltada para o uso humano da<br />

natureza, em bases sustentáveis, enquanto a preservação visa à<br />

proteção, a longo prazo, das espécies, hábitats e ecossistemas,<br />

tornando-os intocáveis.<br />

Conjunto de métodos de manejo do solo que, em função de sua<br />

capacidade de uso, estabelece a sua utilização adequada, a<br />

recuperação de suas áreas degradadas e mesmo a sua preservação.<br />

Termo adotado pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação<br />

(SNUC), que abrange as porções de ecossistemas naturais ou<br />

seminaturais que interligam unidades de conservação e outras áreas<br />

naturais, possibilitando o fluxo de genes e o movimento da biota<br />

entre elas, facilitando a dispersão de espécies, a recolonização de<br />

áreas degradadas, a preservação das espécies raras e a manutenção<br />

de populações que necessitam, para sua sobrevivência, de áreas<br />

maiores do que as disponíveis nas unidades de conservação. Os<br />

corredores ecológicos são fundamentais para a manutenção da<br />

biodiversidade a médio e longo prazos.<br />

Movimento gradual para baixo de partículas superficiais de solo em<br />

um talude, sob a força da gravidade.<br />

Cruzamento Obra correspondente à passagem de duto por rodovias, ferrovias,<br />

ruas e avenidas, linhas de transmissão, outros dutos e instalações<br />

subterrâneas.<br />

DAP Diâmetro à altura do peito, relativo a uma árvore.<br />

Dano Ambiental Qualquer alteração provocada por intervenção antrópica.<br />

Descontinuidade Qualquer feição geológica que interrompa a continuidade física de<br />

um dado meio rochoso. Ex.: foliação, acamamento, juntas, fraturas,<br />

falhas.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-5 ABRIL / 2006


Desfile Disposição dos tubos (dutos) ao longo da pista, de forma adequada,<br />

para não interferir com o uso normal dos terrenos atravessados. Não<br />

pode ser feito fora dos limites da faixa de domínio ou servidão.<br />

Desmatamento Retirada (supressão) da cobertura vegetal de uma determinada área,<br />

para outro uso, como pecuária, agricultura ou expansão urbana.<br />

Corte de matas e florestas, para comercialização ou implantação de<br />

empreendimentos.<br />

Desvio Ajuste do traçado, para contornar um obstáculo ou não afetar o<br />

meio ambiente.<br />

Dinâmica Populacional Estudo funcional das características da população, como<br />

crescimento, dispersão, mudanças de composição, e em relação aos<br />

fatores intrínsecos e extrínsecos que as determinam.<br />

Distrófico<br />

Diversidade<br />

Dolina<br />

Dossel<br />

Duto<br />

Ecologia<br />

Ecossistema<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Especifica distinção de solos com saturação por bases (valor V)<br />

inferior a 50%. Para essa distinção, é considerada a saturação por<br />

bases no horizonte B, ou no C quando não existe B.<br />

Número ou variedade de espécies em um local.<br />

Cavidade natural em forma de funil, comunicada verticalmente a<br />

um sistema de drenagem subterrânea, em região de rochas<br />

calcárias.Distinguem-se dois tipos: 1) Dolina de dissolução,<br />

formada por água de infiltração, alargando fendas 2) Dolina de<br />

desmoronamento, formada por desmoronamento do teto de uma<br />

caverna subterrânea. As dolinas atingem diâmetros de até 100 m, e<br />

profundidades de várias centenas de metros.<br />

Conjunto das copas das árvores que forma o estrato superior da<br />

floresta (Resolução CONAMA 012/94).<br />

Designação genérica de instalação constituída por tubos ligados<br />

entre si, destinada ao transporte de produtos de petróleo líquidos<br />

(Oleoduto) e gasosos (Gasoduto).<br />

Ciência que estuda todas as relações entre os organismos vivos e os<br />

ambientes envolventes, a distribuição dos organismos nesses<br />

ambientes, bem como a natureza das suas interações.<br />

Sistema aberto que inclui, em uma certa área, todos os fatores<br />

físicos e biológicos (elementos bióticos e abióticos) do ambiente e<br />

suas interações, o que resulta em uma diversidade biótica com<br />

estrutura trófica claramente definida e na troca de energia e matéria<br />

entre esses fatores.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-6 ABRIL / 2006


Ecótono<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Mistura florística entre tipos de vegetação (contato entre tipos de<br />

vegetação) ou região de transição entre dois tipos fisionômicos<br />

distintos, onde ocorre maior diversidade florística, devido à<br />

existência de tipos de vegetação pertencentes a um e a outro.<br />

Edáficas Características ativas dos solos no que tange ao aproveitamento<br />

agrícola. Referem-se às características biológicas associadas aos<br />

tipos de solos ou associação de solos.<br />

Educação Ambiental<br />

El Niño<br />

Empurramento<br />

(“Pushing”)<br />

C Conjunto de ações educativas voltadas para a compreensão da<br />

dinâmica dos ecossistemas, considerando efeitos da relação do<br />

homem com o meio, a determinação social e a variação/evolução<br />

histórica dessa relação. Visa preparar o indivíduo para integrar-se<br />

criticamente ao meio, questionando a sociedade junto à sua<br />

tecnologia, seus valores e até o seu cotidiano de consumo, de<br />

maneira a ampliar a sua visão de mundo numa perspectiva de<br />

integração do homem com a natureza.<br />

Fenômeno natural e cíclico que reaparece em intervalos irregulares<br />

de 3 a 5 anos e que consiste no aquecimento anômalo das águas<br />

superficiais do oceano Pacífico equatorial no setor centro-oriental.<br />

Resultado de uma interação entre o oceano e a atmosfera, o<br />

fenômeno provoca modificação no fluxo de calor, o que acarreta<br />

fortes alterações nas condições do tempo em várias partes do<br />

mundo.<br />

Método de lançamento de duto, variante do método de flutuação,<br />

para travessia de grandes áreas alagadas, geralmente onde não há<br />

correnteza, no qual a coluna, mantida à superfície por meio de<br />

flutuadores, é empurrada água adentro à medida que vai sendo<br />

montada.<br />

Epífita Planta que vive sobre outra, sem dela tirar a sua alimentação,<br />

aproveitando apenas as melhores condições de luminosidade no<br />

extrato florestal mais elevado.<br />

Erosão Processo pelo qual a camada superficial do solo ou partes do solo<br />

são retiradas pelo impacto de gotas de chuva, ventos e ondas e são<br />

transportadas e depositadas em outro lugar.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-7 ABRIL / 2006


Espécie<br />

Espécie Ameaçada de<br />

Extinção<br />

Espécie Endêmica<br />

Espécie Exótica<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Unidade básica de classificação dos seres vivos. Designa<br />

populações de seres com características genéticas comuns que, em<br />

condições naturais, se reproduzem gerando descendentes férteis e<br />

viáveis. Embora possa haver grande variação morfológica entre os<br />

indivíduos de uma mesma espécie, em geral, as suas características<br />

externas são razoavelmente constantes, permitindo que as espécies<br />

possam ser reconhecidas e diferenciadas uma das outras por sua<br />

morfologia.<br />

Qualquer espécie que possa desaparecer em um futuro previsível se<br />

continuarem operando os fatores causais de ameaça em sua área de<br />

ocorrência ou em parte significativa dela.<br />

Espécie com distribuição geográfica restrita a uma determinada<br />

área. Para certos autores, sinônimo de espécie nativa.<br />

Espécie introduzida num hábitat de onde não é originária.<br />

Espécie Nativa Espécie vegetal ou animal que, suposta ou comprovadamente, é<br />

originária da área geográfica em que atualmente ocorre.<br />

Espécie Pioneira Espécie vegetal que inicia a ocupação de áreas desabitadas de<br />

plantas em razão da ação do homem ou de forças naturais.<br />

Espécies Migratórias Espécies de animais que se deslocam de uma região para outra,<br />

quase sempre com regularidade e precisão espacial e temporal,<br />

devido ao mecanismo instintivo.<br />

Espeleologia Parte da geologia que se ocupa do estudo das cavidades naturais do<br />

solo e subsolo, como as grutas, as cavernas, as fontes, etc.<br />

Estabilização (de Duto) Cálculos e práticas construtivas destinadas a garantir o equilíbrio do<br />

duto, imerso em meio líquido, durante e após sua instalação.<br />

Estação de<br />

Bombeamento<br />

Conjunto de equipamentos destinados a transmitir energia mecânica<br />

ao fluido (petróleo ou derivados), para permitir seu deslocamento<br />

ao longo dos dutos.<br />

Estação de Compressão Equipamentos que têm o objetivo de comprimir o gás natural, para<br />

que ele possa ser transportado para os pontos de entrega.<br />

Estação de Medição Conjunto de instrumentos onde são verificados o volume e a<br />

qualidade do gás que está passando.<br />

Estádios Sucessionais Fases de regeneração da vegetação.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-8 ABRIL / 2006


Eutrofização Acréscimo acentuado de nitrogênio e fósforo à água.<br />

Estrutura do solo Agregação de partículas primárias do solo em unidades compostas<br />

ou agrupamento de partículas primárias, que são separadas de<br />

agregados adjacentes por superfície de fraca resistência.<br />

Evapotranspiração<br />

Potencial (ETP)<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Quantidade máxima de água capaz de ser evaporada, num dado<br />

clima, de uma cobertura vegetal contínua. Inclui, portanto, a<br />

evaporação do solo e a transpiração da vegetação, numa região<br />

especificada, num determinado intervalo de tempo, sendo expressa<br />

em altura de água (mm).<br />

Expansividade Fenômeno provocado pela hidratação de minerais expansivos, tais<br />

como: esmectitas (montmorilonita, nontronita). Esses argilominerais,<br />

que apresentam estrutura 2:1, ao adsorverem água<br />

aumentam de volume.<br />

Faixa de Domínio ou<br />

Servidão<br />

Faixa variável, de 20 a 30m, ao longo da diretriz de um duto.<br />

Fitofisionomia Mudanças no aspecto de um tipo vegetacional ou bioma.<br />

Fitogeografia Ramo da Ecologia que se ocupa do estudo da distribuição e das<br />

relações existentes entre os vegetais e o ambiente.<br />

Fitossociologia<br />

Floresta Ombrófila<br />

Aberta<br />

Florística<br />

Estudo da estrutura de um tipo de vegetação, isto é, como os<br />

indivíduos de cada espécie de planta se distribuem dentro de uma<br />

comunidade, em relação a outros indivíduos da mesma espécie e a<br />

indivíduos de outras espécies, correlacionando às características<br />

individuais dados como densidade, biomassa, freqüência e<br />

estratificação. Ciência das comunidades vegetais, que envolve o<br />

estudo de todos os fenômenos que se relacionam com a vida das<br />

plantas dentro das unidades sociais. Retrata o complexo vegetação,<br />

solo e clima.<br />

Floresta que apresenta quatro faciações florísticas que alteram a<br />

fisionomia ecológica da Floresta Ombrófila Densa com palmeiras,<br />

cipós, sororoca e bambu, além dos gradientes climáticos com mais<br />

de 60 dias secos por ano.<br />

Parte da fitogeografia que trata particularmente das entidades<br />

taxonômicas encontradas em um determinado território.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-9 ABRIL / 2006


Flutuação<br />

Fragmento Florestal<br />

Furo Direcional<br />

Geoprocessamento<br />

GIS ou SIG<br />

Sistema de Informações<br />

Geográficas<br />

GPS<br />

Global Positioning System<br />

Graben<br />

Greide<br />

Hábitat<br />

Herbáceas<br />

Herpetofauna<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Método de lançamento de duto em travessias de rios e lagos,<br />

caracterizado pela flutuação da coluna (ou do cavalote) à superfície<br />

da água, por meio de flutuadores que são retirados quando a coluna<br />

se encontra posicionada verticalmente sobre a vala.<br />

Remanescente de ecossistema natural isolado em função de<br />

barreiras antrópicas ou naturais, que resultam em diminuição<br />

significativa do fluxo gênico de plantas e animais.<br />

Método de perfuração do solo, feita por equipamento semelhante a<br />

uma torre de perfuração, capaz de produzir um furo a grande<br />

profundidade, vencendo grande extensão, por meio do qual é<br />

instalado um duto, sem afetar rios, estradas ou instalações na<br />

superfície.<br />

Conjunto de tecnologias voltadas à coleta e tratamento de<br />

informações geográficas.<br />

Sistema de computador composto de hardware, software, dados e<br />

procedimentos, construído para permitir a captura, gerenciamento,<br />

análise, manipulação, modelamento e exibição de dados<br />

referenciados geograficamente para solucionar, planejar e gerenciar<br />

problemas.<br />

Designado em português por Sistema de Posicionamento Global.<br />

Trata-se de um sistema que permite o cálculo de posições na Terra<br />

com base em informações enviadas por satélites.<br />

Fossa ou depressão de origem tectônica, originada a partir de um<br />

sistema de falhas.<br />

Medida da inclinação de uma linha representativa da diretriz de um<br />

duto.<br />

Lugar onde um organismo vive ou onde pode ser encontrado,<br />

dispondo de alimento, abrigo e condições de reprodução.<br />

Plantas com características de erva. Designativo das plantas cujos<br />

ramos e hastes não são lenhosos e perecem depois da frutificação.<br />

Totalidade das espécies de répteis e anfíbios de uma região ou<br />

mundial.<br />

Horizonte do solo Seções de constituição mineral ou orgânica, aproximadamente<br />

paralelas à superfície do terreno e dotadas de propriedades geradas<br />

por processos formadores do solo.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-10 ABRIL / 2006


Ictiofauna A fauna de peixes de uma região ou de um corpo d’água.<br />

Impacto Ambiental Qualquer alteração das propriedades físico-químicas e biológicas do<br />

meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia<br />

resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,<br />

afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as<br />

atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e<br />

sanitárias do meio ambiente, enfim, a qualidade dos recursos<br />

ambientais.<br />

In Situ Procedimentos realizados no próprio campo (no local, no sítio).<br />

Indicadores Ecológicos Referem-se a certas espécies que, devido a suas exigências<br />

ambientais bem definidas e à sua presença em determinada área ou<br />

lugar, podem se tornar indício ou sinal de que existem as condições<br />

ecológicas para elas necessárias.<br />

Isossista Linha que envolve as localidades onde a intensidade<br />

macrosísmica é igual ou superior a um dado valor.<br />

La Niña<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Fenômeno natural que reflete o resfriamento anômalo das águas<br />

superficiais do oceano Pacífico Equatorial, Central e Oriental. De<br />

modo geral, pode-se dizer que La Niña é o oposto de El Niño,<br />

Lançamento Colocação da coluna de dutos no leito da vala utilizando<br />

equipamentos de içamento ou de tração.<br />

Lapiás<br />

Lençol Freático ou de<br />

Água<br />

Formas escavadas e em relevo resultantes da dissolução que esculpe<br />

(cinzela) as rochas cársticas que afloram à superfície ou que estão<br />

cobertas por uma camada de solo.<br />

Lençol d’água subterrâneo limitado superiormente por uma superfície livre<br />

(a pressão atmosférica normal).<br />

Líquen Associação simbiótica de um fungo com uma alga, e que aparece<br />

freqüentemente sobre os ramos e tronco das árvores. É geralmente<br />

considerado um indicador de avaliação da qualidade ambiental.<br />

Make-Up (Água de) Água de processo.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-11 ABRIL / 2006


Manancial Qualquer corpo d’água, superficial ou subterrâneo, utilizado para<br />

abastecimento humano, industrial ou animal, ou para irrigação.<br />

Manejo Interferência planejada e criteriosa do homem no sistema natural,<br />

para produzir um benefício ou alcançar um objetivo, favorecendo o<br />

funcionalismo essencial desse sistema natural. É baseado em<br />

método científico, apoiado em pesquisa e em conhecimentos<br />

sólidos, com base nas seguintes etapas: observação, hipótese, teste<br />

da hipótese e execução do plano experimental.<br />

Manejo Florestal<br />

Manifold<br />

Mastofauna<br />

Matriz Energética<br />

Nacional<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Ramo da ciência florestal que trata da prévia aplicação de sistemas<br />

silviculturais que propiciem condições de uma exploração anual ou<br />

periódica dos povoamentos, sem afetar-lhes o caráter de patrimônio<br />

florestal permanente.<br />

Câmara tubular com diversas aberturas de entrada e de saída,<br />

equipadas com válvulas que permitem receber escoamentos de<br />

diversas procedências e direcioná-los para diversos destinos.<br />

Conjunto de mamíferos de uma região ou mundial.<br />

Distribuição das fontes de energia que são utilizadas no Brasil<br />

associadas aos respectivos percentuais de uso.<br />

Medidas Compensatórias Medidas tomadas pelos responsáveis pela execução de um projeto,<br />

destinadas a compensar impactos ambientais negativos,<br />

notadamente alguns custos sociais que não podem ser evitados ou<br />

uso de recursos ambientais não renováveis.<br />

Medidas Mitigadoras São aquelas destinadas a prevenir impactos negativos ou reduzir sua<br />

magnitude.<br />

Migração Movimento de pessoas ou grupos de pessoas ou animais entre<br />

regiões.<br />

Parques Nacionais,<br />

Estaduais ou Municipais<br />

Áreas relativamente extensas, que representam um ou mais<br />

ecossistemas, pouco ou não alterados pela ocupação humana, onde<br />

as espécies animais, vegetais, os sítios geomorfológicos e os<br />

hábitats ofereçam interesses especiais do ponto de vista científico,<br />

educativo, recreativo e conservacionista. São superfícies<br />

consideráveis que contém características naturais únicas ou<br />

espetaculares, de importância nacional, estadual ou municipal.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-12 ABRIL / 2006


Patrimônio espeleológico<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Conjunto de elementos bióticos e abióticos, socioeconômicos e<br />

histórico-culturais, subterrâneos ou superficiais, representado pelas<br />

cavidades naturais subterrâneas ou a estas associados.<br />

Pigs Dispositivos que, introduzidos nos dutos e impulsionados por<br />

fluidos pressurizados, proporcionam a limpeza e a inspeção<br />

interna, de acordo com a necessidade. Podem ser: calibrador, de<br />

limpeza interna do duto, instrumentador.<br />

Pista Parte da faixa de domínio ou servidão utilizada para a construção e<br />

montagem do duto.<br />

Plano de Manejo<br />

Plano de uso racional do meio ambiente, visando à preservação do<br />

ecossistema em associação com sua utilização para outros fins<br />

(sociais, econômicos, etc.).<br />

PTE Ponto de Teste da operação do duto.<br />

Profundidade de solos Designa condições de solos nos quais o contato lítico ocorre<br />

conforme os limites especificados a seguir: (1) muito profundo<br />

>200cm de profundidade; (2) pouco profundo > 50cm 100cm < 200cm de profundidade; (4)<br />

raso < 50cm de profundidade.<br />

Qualidade da Água<br />

Qualidade do Ar<br />

Características químicas, físicas e biológicas, relacionadas com o<br />

seu uso para um determinado fim. A mesma água pode ser de boa<br />

qualidade para um determinado fim e de má qualidade para outro,<br />

dependendo de suas características e das exigências requeridas pelo<br />

uso específico.<br />

Termo geral usado para descrever o estado do ar exterior. Este<br />

termo não é associado a medidas. Usualmente, a qualidade do ar<br />

ambiente é caracterizada como boa ou má, dependendo da técnica<br />

de medição utilizada.<br />

Ravina Sulco produzido na superfície da terra, em que o agente responsável<br />

pela erosão é a água da chuva.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-13 ABRIL / 2006


Reflorestamento Atividade dedicada a recompor a cobertura florestal de uma<br />

determinada área. O reflorestamento pode ser realizado com<br />

objetivos de recuperação do ecossistema original, através da<br />

plantação de espécies nativas ou exóticas, obedecendo-se às<br />

características ecológicas da área (reflorestamento ecológico), ou<br />

com objetivos econômicos, através da introdução de espécies de<br />

rápido crescimento e qualidade adequada, para abate e<br />

comercialização posterior (reflorestamento econômico). Há também<br />

o reflorestamento de interesse social, quando se destina à população<br />

de baixa renda ou para a contenção de encosta.<br />

Regeneração Natural<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Estabelecimento de um povoamento florestal por meios naturais, ou<br />

seja, através de sementes provenientes de povoamentos próximos,<br />

depositadas pelo vento, aves ou outros animais.<br />

Remanescente Florestal Fragmento que ainda contém características da floresta original.<br />

Reserva Biológica<br />

Reserva Ecológica<br />

Resiliência<br />

Rift<br />

Risco Geológico<br />

RPPN<br />

Reserva Particular do<br />

Patrimônio Natural<br />

Unidade de conservação visando à proteção dos recursos naturais<br />

para fins científicos e educacionais. Possui ecossistemas ou<br />

espécies da flora e fauna de importância científica. Em geral, não é<br />

permitido o acesso público. Não possui, normalmente, belezas<br />

cênicas significativas ou valores recreativos. Seu tamanho é<br />

determinado pela área requerida para os objetivos científicos a que<br />

se propõe, garantindo sua proteção.<br />

Unidade de conservação que tem por finalidade a preservação de<br />

ecossistemas naturais de importância fundamental para o equilíbrio<br />

ecológico.<br />

Capacidade genética dos organismos de resistirem a tensões ou<br />

fatores limitadores do ambiente.<br />

Zonas da crosta terrestre onde ocorrem movimentos em sentido<br />

contrário, separando porções da litosfera.<br />

Situação de perigo, perda ou dano, ao homem e a suas propriedades,<br />

em razão da possibilidade de ocorrência de um processo geológico,<br />

induzido ou não.<br />

Unidade de domínio privado, devidamente registrada, onde, em<br />

caráter de perpetuidade, são identificadas condições naturais<br />

primitivas, semiprimitivas, recuperadas ou cujo valor justifique<br />

ações de recuperação destinadas à manutenção, parcial ou integral,<br />

da paisagem, do ciclo biológico de espécies da fauna e da flora<br />

nativas ou migratórias e dos recursos naturais.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-14 ABRIL / 2006


SCADA<br />

Sistema de Controle<br />

Supervisório e de<br />

Aquisição de Dados<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Implantado para, ao utilizar dados de pressão, temperatura, vazão,<br />

etc., indicar as situações de emergência, por meio de alarmes que<br />

mostrem eventuais violações de limites máximos e mínimos fixados<br />

para esses parâmetros. Indica, também, o local exato da ocorrência,<br />

permitindo corrigir imediatamente as anormalidades. Permite uma<br />

visão geral do duto, a cada momento, em telas de computador, em<br />

vários locais (estações de acompanhamento, por ex.). Reconhece<br />

qualquer vazamento através de furos que vierem a aparecer na<br />

tubulação.<br />

Sensoriamento Remoto Coleta e análise de dados relativos a fenômenos ocorridos sobre a<br />

superfície terrestre, acima ou abaixo dela, e ainda nos oceanos. Os<br />

dados são transmitidos na forma de imagens, que podem ser obtidas<br />

através de fotografias aéreas, radares ou satélites.<br />

Serrapilheira Denominação aplicada à camada superficial de material orgânico<br />

com que se cobrem os solos, consistindo de folhas, caules, ramos,<br />

cascas, frutas e galhos mortos, em diferentes estágios de<br />

decomposição, em uma mata.<br />

Servidão de Passagem Acerto contratual, via Escritura Pública, estabelecendo os critérios<br />

de utilização da faixa de domínio, em cada propriedade,<br />

considerando a obra e o uso posterior, durante a operação do duto.<br />

Shaft<br />

SISNAMA<br />

Sistema Nacional do<br />

Meio Ambiente<br />

SNUC<br />

Sistema Nacional de<br />

Unidades de<br />

Conservação<br />

Sub-bosque<br />

Escavação vertical, ou ligeiramente inclinada, com seção<br />

transversal de dimensões reduzidas em relação à profundidade,<br />

destinada a inspeções visuais de maciços rochosos, acessos para<br />

construção de túneis, abertura para passagem de linhas de dutos ou<br />

fibras ópticas, etc.<br />

Instituído pela Lei nº 6.938, de 31.08.81, que dispõe sobre a Política<br />

Nacional do Meio Ambiente, o SISNAMA reúne os órgãos e<br />

entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos<br />

Territórios e dos Municípios, que estejam envolvidos com o uso dos<br />

recursos ambientais ou que sejam responsáveis pela proteção e<br />

melhoria da qualidade ambiental.<br />

Instituído pela Lei Federal 9.985, de 18/07/2000, estabelece<br />

critérios e normas para a criação, implantação e gestão de Unidades<br />

de Conservação.<br />

Estrato intermediário das florestas, composto por arbustos, subarbustos<br />

e árvores de médio porte.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-15 ABRIL / 2006


Sucessão Ecológica<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Mudança na composição específica das comunidades que ocupam<br />

uma região ao longo do tempo, ou a instalação sucessiva de<br />

espécies que desfavorecem aquelas que ocupavam a região antes<br />

delas e favorecem outras que ocuparão subseqüentemente. É uma<br />

série de estágios do desenvolvimento de uma comunidade estável.<br />

Supressão da Vegetação Retirada da vegetação para realização das obras; componente da<br />

liberação da faixa de servidão.<br />

Tela de Segurança Tela de material resistente, enterrada ao longo da vala, entre o duto<br />

e a superfície do terreno, trazendo inscritas palavras de advertência<br />

quanto à existência do duto e à possibilidade de sinistros.<br />

Terras Indígenas<br />

Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Dividem-se em<br />

quatro grupos: (1) as habitadas em caráter permanente; (2) as<br />

utilizadas para as atividades produtivas; (3) as imprescindíveis à<br />

preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar; e<br />

(4) as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus<br />

usos, costumes e tradições.<br />

Textura Refere-se à composição granulométrica do solo, em termos de<br />

percentagem de areia do tamanho entre 2 e 0,5mm, silte entre 0,5 e<br />

0,002mm e argila no tamanho igual ou menor que 0,002mm.<br />

Conforme o teor de argila, os solos são classificados em: (1) textura<br />

arenosa - compreende as classes texturais areia e areia franca; (2)<br />

textura argilosa - teor de argila entre 35 e 60%; (3) textura média -<br />

teor de argila inferior a 35% e com mais de 15% de areia, exceto as<br />

classes texturais areia e areia franca; (4) textura muito argilosa -<br />

teor de argila acima de 60%; (5) textura siltosa - teor de argila<br />

inferior a 35% e de areia inferior a 15%.<br />

Tie-in Conexão entre tubos.<br />

Traçado<br />

Travessia<br />

Tubo-Camisa<br />

Representação, em planta e perfil, contendo todas as informações<br />

relativas às geometrias do duto e da faixa, necessárias à construção<br />

do duto.<br />

Obra correspondente à passagem do duto através de rios, lagos,<br />

açudes, canais e áreas permanentemente alagadas ou sobre<br />

depressões profundas (grotas).<br />

Tubo de aço no interior do qual o duto é instalado, destinando-se a<br />

dar-lhe proteção mecânica nos cruzamentos e, eventualmente,<br />

possibilitar a substituição deste sem necessidade de abertura de<br />

vala.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-16 ABRIL / 2006


UC<br />

Unidade de Conservação<br />

UPGN<br />

Unidade de<br />

Processamento de Gás<br />

Natural<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas<br />

jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente<br />

instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e<br />

limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se<br />

aplicam garantias adequadas de proteção (Lei 9.985, de<br />

18/07/2000).<br />

Instalação industrial que objetiva realizar a separação das frações<br />

pesadas (propano e mais pesados), existentes no gás natural, do<br />

metano e do etano, gerando GLP e gasolina natural.<br />

Uso do Solo Diferentes formas de uso do território, resultante de processos de<br />

ocupação espontânea ou de processos de planejamento geridos pelo<br />

Poder Público. Os usos do solo podem se classificar de distintas<br />

maneiras e graus de detalhamento, de acordo com as exigências<br />

técnicas dos estudos que se estejam realizando, ou dos objetivos do<br />

processo de planejamento. A partir das classes de uso rural e<br />

urbano, estas podem ser subdivididas de modo a abranger as demais<br />

formas de ocupação (por exemplo, uso institucional, industrial,<br />

residencial, agrícola, pecuário, de preservação permanente).<br />

Uvala Termo servo-croata usado na terminologia internacional para definir<br />

“grandes depressões fechadas”, que normalmente são pouco<br />

profundas e apresentam forma e dimensão variadas, sendo<br />

geralmente formadas pela coalescência de duas ou mais dolinas.<br />

Variante Alteração em um pequeno trecho da diretriz implantada de um<br />

empreendimento linear (duto, linha de transmissão, estrada, canal),<br />

feita a partir de levantamento de campo, objetivando uma solução<br />

melhor do traçado, por questões técnicas, econômicas e/ou,<br />

principalmente, ambientais.<br />

Vegetação Primária<br />

Vegetação Secundária ou<br />

em Regeneração<br />

É aquela de máxima expressão local, com grande diversidade<br />

biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas ainda mínimos, a<br />

ponto de não afetar significativamente suas características originais<br />

de estrutura e de espécies.<br />

É aquela resultante dos processos naturais de sucessão, após<br />

supressão total ou parcial da vegetação primária por ações<br />

antrópicas ou causas naturais, podendo nela ocorrer árvores da<br />

vegetação primária.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-17 ABRIL / 2006


Zona de Proteção da<br />

Vida Silvestre<br />

ESTUDO DE IMPACTO<br />

AMBIENTAL - <strong>EIA</strong><br />

Zona situada em Área de Proteção Ambiental (APA) nas quais<br />

poderá ser admitido o uso moderado e auto-sustentado da biota,<br />

regulado de modo a assegurar a manutenção dos ecossistemas<br />

naturais.<br />

Zoneamento Ambiental Planejamento do uso do solo baseado na gerência dos interesses e<br />

das necessidades sociais e econômicas em consonância com a<br />

preservação ambiental e com as características naturais do local.<br />

Zoneamento Ecológico-<br />

Econômico<br />

Recurso de planejamento para disciplinar o uso e ocupação humana<br />

de uma área ou região, de acordo com a sua natural vocação e<br />

capacidade de suporte; base técnica para o ordenamento territorial<br />

de um município ou de uma região.<br />

GLOSSÁRIO<br />

GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–<br />

TAUBATÉ<br />

10-18 ABRIL / 2006


11. EQUIPE TÉCNICA<br />

11.1 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS<br />

Nome Profissão Responsabilidade<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – <strong>EIA</strong><br />

Registro<br />

IBAMA<br />

Registro<br />

Profissional<br />

EDSON NOMIYAMA Engenheiro Civil Coordenação Geral 460691 CREA-SP 100.641-D<br />

RAUL ODEMAR PITTHAN Engenheiro Civil Supervisão 259569 CREA-RJ 21.807-D<br />

FABRÍCIA GUERREIRO MASSONI Bióloga Coordenação Adjunta 199678 CRBIO-2 29440/02-D<br />

DOMINGOS SÁVIO ZANDONADI Engº Agrônomo Coordenação do Meio Físico 289155 CREA-RJ 39970-D<br />

PAULO HENRIQUE CORDEIRO Biólogo<br />

LUCIANA FREITAS PEREIRA Cientista Social<br />

Coordenação do Meio<br />

Biótico<br />

Coordenação do Meio<br />

Antrópico<br />

38415 CRBIO 21463/02-D<br />

248255 -<br />

Assinatura<br />

EQUIPE TÉCNICA GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

11 - 1 ABRIL/2006


11.2 EQUIPE DE APOIO<br />

Nome Profissão Responsabilidade<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – <strong>EIA</strong><br />

Registro<br />

IBAMA<br />

Registro<br />

Profissional<br />

GABRIEL DE BARROS MENDES Biólogo Assessoria à Coordenação 35054 CRBIO-RJ 32.065/02<br />

JOSÉ COSTA MOREIRA Engº Eletricista Geoprocessamento 36105 CREA-RJ 134452/D<br />

ANTÔNIO CARLOS BERNARDI Geólogo Geoprocessamento 263844 CREA-SP 65510-D<br />

SÍLVIA DE LIMA MARTINS Biblioteconomista<br />

HOMERO TEIXEIRA Geólogo<br />

ANTONIO IVO MEDINA Geólogo<br />

Legislação, Bibliografia e<br />

Glossário<br />

Caracterização do<br />

Empreendimento<br />

Geologia, Recursos<br />

Minerais, Geomorfologia<br />

257354 CRB 7 - 2235<br />

313563 CREA-RJ 19.828-D<br />

50157 CREA–RJ 17521<br />

LUIZ CARLOS BORGES RIBEIRO Geológo Paleontologia 614310 CREA-MG 3986-D<br />

EDGAR SHINZATO Engº Agrônomo<br />

Solos, Capacidade de Uso<br />

das Terras e Erosão<br />

39735 CREA-RJ 90-1-00786-3<br />

JORGE PIMENTEL Geólogo Geotecnia 205129 CREA-RS 54-570-D<br />

MARIA CLARA R. XAVIER Engª Civil Recursos Hídricos 206971 CREA-RJ 54871-0<br />

EQUIPE TÉCNICA GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

11 - 2 ABRIL/2006<br />

Assinatura


Nome Profissão Responsabilidade<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – <strong>EIA</strong><br />

Registro<br />

IBAMA<br />

Registro<br />

Profissional<br />

RODRIGO PALMA DA TRINDADE Eng o Civil Recursos Hídricos 528750 CREA 179122/AP<br />

BRANCA MARIA OPAZO MEDINA Bióloga<br />

Análise de Alternativas,<br />

Unidades de Conservação<br />

MARIA AMÉLIA DA ROCHA Engª Florestal Vegetação 201179<br />

606497 CRBIO 42629/02<br />

CREA-RJ 87-1-068398-<br />

D<br />

WILSON HIGA NUNES Engº Florestal Vegetação 204.536 CREA-RJ 140.249-D<br />

CLÁUDIA MAGALHÃES VIEIRA Bióloga Vegetação 38294 CRBIO 12620/02<br />

RICARDO MACHADO DARIGO Biólogo Vegetação 226830 CRBIO 38.839/02<br />

FABIO SCHUNK PIRES GOMES Biólogo Ornitofauna 644882<br />

CRBIO-1 SP 36066/01-<br />

D<br />

PAULO GUSTAVO HOMEM PASSOS Biólogo Herpetofauna 318386 CRBIO-2 38343/02<br />

CLARISSA COIMBRA CANEDO Bióloga Herpetofauna 297079 CRBIO-2 29.986/02-D<br />

MICHEL MIRETSKI Biólogo Mastofauna 26767 CRBIO 17.716-3D<br />

RICARDO CAMPOS DA PAZ Biólogo Ictiofauna 40190 CRBIO-RJ 29735/02-D<br />

ALEXANDRE LUCCAS BITAR Biólogo Limnologia 295927 CRBIO 26453/01D<br />

EQUIPE TÉCNICA GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

11 - 3 ABRIL/2006<br />

Assinatura


Nome Profissão Responsabilidade<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – <strong>EIA</strong><br />

Registro<br />

IBAMA<br />

Registro<br />

Profissional<br />

ADALTON CERQUEIRA DE ARGOLO Economista Socioeconomia 298163 CORECON RD 23848-1<br />

DEBORA GEHRSON Cientista Social<br />

HENRIQUE JAGER Economista<br />

PAULO JORGE VAITSMAN LEAL Geógrafo<br />

MARCIUS VINICIUS COUTINHO Cientista Social<br />

Diagnóstico AII<br />

Socioeconomia<br />

Diagnóstico AII<br />

Socioeconomia<br />

Diagnóstico AID<br />

Socioeconomia<br />

Diagnóstico AII<br />

Socioeconomia<br />

92434 -<br />

614149 CORECON-RJ 17205<br />

625694 CREA-RJ 2004101327<br />

620154 -<br />

MÁRCIO LIMA RANAURO Cientista Social Socioeconomia 436117 -<br />

TATIANA FERREIRA V. PITTHAN<br />

Arquiteta e Urbanista<br />

LAERCIO LOIOLA BROCHIER Arqueólogo<br />

CAETANO AIOLFI OLIVEIRA Arqueólogo<br />

EVALDO COELHO THOMÉ Aux. Técnico<br />

Diagnóstico AII<br />

Socioeconomia<br />

Patrimônio Histórico,<br />

Cultural e Arqueológico<br />

Patrimônio Histórico,<br />

Cultural e Arqueológico<br />

Diagnóstico AID<br />

Socioeconomia<br />

494792 CREA-RJ 2004106272<br />

186833 -<br />

1026223 -<br />

204995 -<br />

EQUIPE TÉCNICA GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

11 - 4 ABRIL/2006<br />

Assinatura


Nome Profissão Responsabilidade<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – <strong>EIA</strong><br />

Registro<br />

IBAMA<br />

FERNANDA VARELLA FRANÇA Técnica Edição de Textos 564193 -<br />

ANA LÚCIA MARTINS DA SILVA Técnica Edição de Textos 564301 -<br />

FERNANDO LUIZ REGALLO Técnico Desenhos 334182 -<br />

JORGE BARBOSA DE ARAÚJO Técnico Desenhos 269901 -<br />

NEIDE PACHECO Professora Português<br />

Revisão Ortográfica e<br />

Gramatical<br />

Registro<br />

Profissional<br />

43352 Ln o 0231 MEC RJ<br />

YVANA ARRUDA Técnica Programação Visual 464214 -<br />

ROBERTA COSTA VELLOSO Técnica Programação Visual 673056 -<br />

EQUIPE TÉCNICA GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

11 - 5 ABRIL/2006<br />

Assinatura


11.3 EQUIPE DOS ESTUDOS DE ANÁLISE DE RISCO<br />

DAYSE MARIA SIMPLICIO<br />

Nome Profissão Responsabilidade<br />

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – <strong>EIA</strong><br />

Eng a . Química e de<br />

Segurança<br />

Registro<br />

IBAMA<br />

Registro<br />

Profissional<br />

Coord. Análise de Riscos 261353 CREA/RJ 19951211235<br />

ANNA LETÍCIA B. DE SOUSA Engª Nuclear Análise de Riscos 261398 CREA/RJ 20001103326<br />

LUIZ FARIA LEBARBENCHON<br />

Eng a . Químico e de<br />

Segurança<br />

Análise de Riscos 204238 CREA/RJ 1994101305<br />

ELIZABETH CARVALHO Eng o . Químico Análise de Riscos 204259 CREA/RJ 1989104417<br />

Assinatura<br />

EQUIPE TÉCNICA GASODUTO <strong>CARAGUA</strong>TATUBA–TAUBATÉ<br />

11 - 6 ABRIL/2006

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