3 Campanha ... - Ibama
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
SUMÁRIO<br />
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 12<br />
2. ATIVIDADES REALIZADAS............................................................................................... 12<br />
2.1. Equipes de Trabalho ....................................................................................................... 12<br />
2.2. Infra-Estrutura ................................................................................................................ 13<br />
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ................................................................. 14<br />
3.1. Introdução ........................................................................................................................ 14<br />
3.2. Localização ....................................................................................................................... 15<br />
3.3. Fitofisionomia .................................................................................................................. 26<br />
3.4. Condições climáticas ....................................................................................................... 27<br />
3.5. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 30<br />
4. HERPETOFAUNA ................................................................................................................. 30<br />
4.1. Metodologia ...................................................................................................................... 30<br />
4.1.1. Herpetofauna terrestre ............................................................................................ 31<br />
4.1.2. Herpetofauna aquática ............................................................................................ 38<br />
4.1.3. Análises dos Dados ................................................................................................... 39<br />
4.2. Resultados e Discussão .................................................................................................... 40<br />
4.3. Considerações Finais ....................................................................................................... 82<br />
4.4. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 83<br />
5. AVIFAUNA .............................................................................................................................. 88<br />
5.1. Metodologia ...................................................................................................................... 88<br />
5.2. Resultados e Discussão .................................................................................................... 93<br />
5.3. Considerações Finais ..................................................................................................... 125<br />
5.4. Referências Bibliográficas ............................................................................................ 127<br />
6. MASTOFAUNA .................................................................................................................... 128<br />
6.1. Metodologia .................................................................................................................... 128<br />
6.1.1 Mamíferos Terrestres ............................................................................................. 128<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
6.1.2 Mamíferos Aquáticos .............................................................................................. 135<br />
6.1.3 Análise dos Dados ................................................................................................... 136<br />
6.2 Resultados e Discussão ................................................................................................... 139<br />
6.3 Considerações Finais ...................................................................................................... 158<br />
6.4 Referências Bibliográficas ............................................................................................. 158<br />
ANEXO I – LICENÇA DE FAUNA DE VERTEBRADOS TERRESTRES E<br />
AQUÁTICOS. ............................................................................................................................ 161<br />
ANEXO II – AUTORIZAÇÃO PARA ANILHAMENTO NA ÁREA DO<br />
RESERVATÓRIO DA UHE ITUMBIARA. .......................................................................... 163<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
ÍNDICE DE FOTOS<br />
Foto 1. Equipe Biota em trabalho de campo na UHE Itumbiara ................................................................................ 12<br />
Foto 2. Base situada à margem do Lago das Brisas, Goiás. ....................................................................................... 13<br />
Foto 3. Base situada próximo a Ponte Quinca Mariano, Corumbaíba, Goiás. ............................................................ 13<br />
Foto 4. Transportes utilizados na campanha. .............................................................................................................. 14<br />
Foto 5. Barcos utilizados no trânsito aquático. ........................................................................................................... 14<br />
Foto 6. Mata semidecidual SA01. ............................................................................................................................... 19<br />
Foto 7. Mata semidecidual SA01. ............................................................................................................................... 19<br />
Foto 8. Mata de Galeria SA02. ................................................................................................................................... 20<br />
Foto 9. Represa Artificial SA02. ................................................................................................................................ 20<br />
Foto 10. Cerradão SA03 na margem do reservatório.................................................................................................. 21<br />
Foto 11. Cerradão SA03. ............................................................................................................................................ 21<br />
Foto 12. Cerrado sensu stricto SA04. ......................................................................................................................... 22<br />
Foto 13. Borda do cerrado sensu stricto SA04. .......................................................................................................... 22<br />
Foto 14. Vista da Mata Semidecidual no SA05. ......................................................................................................... 23<br />
Foto 15. Borda do cerrado sensu stricto SA05. .......................................................................................................... 23<br />
Foto 16. Mata Semidecidual na margem do rio Piracanjuba SA06. ........................................................................... 24<br />
Foto 17. Interior da Mata Semidecidual SA06. .......................................................................................................... 24<br />
Foto 18. Vista da Mata Semidecidual na serra do SA07. ........................................................................................... 25<br />
Foto 19. Mata semidecidual em estágio inicial de regeneração SA07. ....................................................................... 25<br />
Foto 20. Mata Semidecidual no SA08. ....................................................................................................................... 26<br />
Foto 21. Represa artificial no SA08............................................................................................................................ 26<br />
Foto 22. Varredura diurna........................................................................................................................................... 32<br />
Foto 23. Varredura noturna......................................................................................................................................... 32<br />
Foto 24. Levantamento sonoro. .................................................................................................................................. 32<br />
Foto 25. Instalação de pit-fall. .................................................................................................................................... 33<br />
Foto 26. Instalação de pit-fall. .................................................................................................................................... 33<br />
Foto 27. Pit-fall instalado formato de “Y”. ................................................................................................................ 34<br />
Foto 28. Pit-fall instalado formato de “Linha”. .......................................................................................................... 34<br />
Foto 29. Revisão de pit-fall. ....................................................................................................................................... 34<br />
Foto 30. Registro fotográfico de espécime representante da herpetofauna. ................................................................ 34<br />
Foto 31. Retirada da tela ............................................................................................................................................. 35<br />
Foto 32. Baldes enterrados e tampados ...................................................................................................................... 35<br />
Foto 33. Kit elastômero e lanterna usada para visualizar a marcação......................................................................... 37<br />
Foto 34. Marcação com elastômero em Mabuya nigropunctata................................................................................. 37<br />
Foto 35. Marcação com elastômero em Eupemphix nattereri .................................................................................... 37<br />
Foto 36. Transecto aquático. ....................................................................................................................................... 39<br />
Foto 37. Dendropsophus minutus (perereca) vocalizando. ......................................................................................... 49<br />
Foto 38. Sinax fuscovarius (pereça-de-banheiro). ...................................................................................................... 49<br />
Foto 39. Dendropsophus nanus (perereca). ................................................................................................................ 50<br />
Foto 40. Hypsiboas albopunctatus (perereca). ........................................................................................................... 50<br />
Foto 41. Dendropsophus minutus (perereca). ............................................................................................................. 52<br />
Foto 42. Sinax fuscovarius (perereca-de-banheiro). ................................................................................................... 52<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 43. Hypsiboas albopunctatus (perereca). ........................................................................................................... 53<br />
Foto 44. Dendropsophus nanus (perereca). ................................................................................................................ 53<br />
Foto 45. Barycholos ternetzi (rã-cachorro). ................................................................................................................ 53<br />
Foto 46. Leptodactylus labyrinthicus (rã-assobiadeira). ............................................................................................. 53<br />
Foto 47. Biometria de anfíbio. .................................................................................................................................... 57<br />
Foto 48. Pesagem de anfíbio. ...................................................................................................................................... 57<br />
Foto 49. Rhinella schneideri (sapo-cururu). .............................................................................................................. 69<br />
Foto 50. Barycholos ternetzi (rã). .............................................................................................................................. 69<br />
Foto 51. Dendropsophus nanus (perereca). ............................................................................................................... 70<br />
Foto 52. Dendropsophus minutus (perereca). ............................................................................................................ 70<br />
Foto 53. Hypsiboas multifasciatus (perereca). ............................................................................................................ 70<br />
Foto 54. Hypsiboas albopunctatus (perereca). .......................................................................................................... 70<br />
Foto 55. Hypsiboas raniceps (perereca). ................................................................................................................... 70<br />
Foto 56. Eupemphix nattereri (rã-de-quatro-olhos). .................................................................................................. 70<br />
Foto 57. Physalaemus cuvieri (rã-cachorro). ............................................................................................................. 71<br />
Foto 58. Hypsiboas lundii (perereca). ........................................................................................................................ 71<br />
Foto 59. Leptodactylus latrans (rã-manteiga). ............................................................................................................ 71<br />
Foto 60. Leptodactylus labyrinthicus (rã-pimenta). ................................................................................................... 71<br />
Foto 61. Leptodactylus mystacinus (caçote-vermelho). .............................................................................................. 71<br />
Foto 62. Leptodactylus podicipinus (caçote). ............................................................................................................. 71<br />
Foto 63. Leptodactylus syphax (caçote). ..................................................................................................................... 72<br />
Foto 64. Proceratophrys goyana (sapo-de-chifres). .................................................................................................. 72<br />
Foto 65. Leptodactylus hylaedactylus (razinha). ........................................................................................................ 72<br />
Foto 66. Pseudis bolbodactyla (rã-d’água). ................................................................................................................ 72<br />
Foto 67. Pseudopaludicola ternetzi (rãzinha). ............................................................................................................ 72<br />
Foto 68. Marcação com elastômero rosa (Ameiva ameiva). ....................................................................................... 80<br />
Foto 69. Liotyphlops ternetzi (cobra da terra). ............................................................................................................ 80<br />
Foto 70. Colobosaura modesta (lagartinho-de-folhiço). ............................................................................................ 80<br />
Foto 71. Mabuya nigropunctata (calango- liso). ........................................................................................................ 81<br />
Foto 72. Ameiva ameiva (calango-verde). .................................................................................................................. 81<br />
Foto 73. Tropidurus oreadicus (calango). .................................................................................................................. 81<br />
Foto 74. Boa constrictor (jibóia). ............................................................................................................................... 81<br />
Foto 75. Crotalus durissus (cascavel)......................................................................................................................... 81<br />
Foto 76. Bothrops moojeni (jararaca). ........................................................................................................................ 81<br />
Foto 77. Utilização de binóculo nos transectos. ......................................................................................................... 89<br />
Foto 78. Uso de gravador e microfone unidirecional.................................................................................................. 89<br />
Foto 79. Uso de barco para as transecções aquáticas. ................................................................................................. 90<br />
Foto 80. Montagem de rede de neblina. ...................................................................................................................... 91<br />
Foto 81. Ave capturada em rede neblina. ................................................................................................................... 91<br />
Foto 82. Retirada de ave capturada em rede de neblina. ............................................................................................. 91<br />
Foto 83. Tomada de dados biométricos. ..................................................................................................................... 91<br />
Foto 84. Materiais utilizados para o anilhamento. ...................................................................................................... 92<br />
Foto 85. Anilhamento de ave. ..................................................................................................................................... 92<br />
Foto 86. Brotogeris chiriri (periquito-de-encontro-amarelo). .................................................................................. 100<br />
Foto 87. Bubo virginianus (jacurutu). ....................................................................................................................... 100<br />
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UHE Itumbiara<br />
Foto 88. Colonia colonus (viuvinha). ....................................................................................................................... 101<br />
Foto 89. Jabiru mycteria (tuiuiú). ............................................................................................................................. 101<br />
Foto 90. Mycteria americana (cabeça-seca). ............................................................................................................ 101<br />
Foto 91. Diopsittaca nobilis (maracanã-pequena). ................................................................................................... 101<br />
Foto 92. Anthus lutecens (caminheiro-zumbidor). .................................................................................................... 101<br />
Foto 93. Xolmis velatus (noivinha-branca). .............................................................................................................. 101<br />
Foto 94. Sturnella superciliaris (polícia-inglesa-do-sul). ......................................................................................... 102<br />
Foto 95. Pandion halieatus (águia-pescadora),espécie migratória do Hemisfério Norte. ........................................ 102<br />
Foto 96. Arundinicola leucocephala (freirinha), fêmea. ........................................................................................... 102<br />
Foto 97. Sporophila collaris (coleiro-do-brejo). ....................................................................................................... 102<br />
Foto 98. Tigrisoma lineatum (socó-boi-escuro), jovem. ........................................................................................... 102<br />
Foto 99. Heterospizias meridionalis (gavião-cabloco). ............................................................................................ 102<br />
Foto 100. Dacnis cayana (saí-azul), macho.............................................................................................................. 103<br />
Foto 101. Galbula ruficauda (bico-de-agulha), macho. ........................................................................................... 103<br />
Foto 102. Crax fasciolata (mutum-de-penacho), casal, na armadilha fotográfica. ................................................... 103<br />
Foto 103. Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro). ..................................................................................................... 103<br />
Foto 104. Falco sparverius (quiriquiri). ................................................................................................................... 103<br />
Foto 105. Falco peregrinus (falcão-peregrino), espécie migratória do Hemisfério Norte ....................................... 103<br />
Foto 106. Anhinga anhinga (biguatinga). ................................................................................................................. 104<br />
Foto 107. Myiarchus ferox (maria-cavaleira). .......................................................................................................... 104<br />
Foto 108. Donacobius atricapilla (japacanim). ........................................................................................................ 104<br />
Foto 109. Icterus pyrrhopterus (encontro). .............................................................................................................. 104<br />
Foto 110. Basileuterus flaveolus (canário-do-mato). ................................................................................................ 119<br />
Foto 111. Basileuterus hypoleucus (pula-pula-de-barriga-branca). .......................................................................... 119<br />
Foto 112. Campylorhamphus trochilirostris (arapaçu-beija-flor). ........................................................................... 120<br />
Foto 113. Lathrotriccus euleri (enferrujado). ........................................................................................................... 120<br />
Foto 114. Columbina talpacoti (rolinha-roxa). ......................................................................................................... 120<br />
Foto 115. Cyclarhis gujanensis (pitiguari). .............................................................................................................. 120<br />
Foto 116. Poecilotriccus latirostris (ferreirinho-de-cara-parda). ............................................................................. 120<br />
Foto 117. Saltator simils (trinca-ferro-verdadeiro). .................................................................................................. 120<br />
Foto 118. Galbula ruficauda (ariramba-de-cauda-ruiva) (recaptura). ...................................................................... 121<br />
Foto 119. Hylocryptus rectirostris (fura-barreira) (recaptura). ................................................................................. 121<br />
Foto 120. Leptopogon amaurocephalus (cabeçudo) (recapura). .............................................................................. 121<br />
Foto 121. Leptotila rufaxilla (juriti-gemedeira). ....................................................................................................... 121<br />
Foto 122. Momotus momota (udu-de-coroa-azul). ................................................................................................... 121<br />
Foto 123. Myiarchus ferox (maria-cavaleira). .......................................................................................................... 121<br />
Foto 124. Myiopagis viridicata (guaracava-de-crista-alaranjada). ........................................................................... 122<br />
Foto 125. Picumnus albosquamatus (pica-pau-anão-escamado). ............................................................................. 122<br />
Foto 126. Pipra fasciicauda (uirapuru-laranja), macho (recaptura). ........................................................................ 122<br />
Foto 127. Saltator maximus (tempera-viola). ........................................................................................................... 122<br />
Foto 128. Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora). ....................................................................................... 122<br />
Foto 129. Tachyphonus rufus (pipira-preta), fêmea. ................................................................................................. 122<br />
Foto 130. Grupo misto de aves aquáticas. ................................................................................................................ 124<br />
Foto 131. Filhotes de Cairina moschata (pato-do-mato). ......................................................................................... 124<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 132. Rede de pesca enganchada na galha em um braço do reservatório da UHE Itumbiara que foi deixada por<br />
pescadores. ................................................................................................................................................................ 125<br />
Foto 133. Retirada de rede de pesca abandonada na área do reservatório da UHE Itumbiara. ................................. 125<br />
Foto 134. Material para produção das iscas. ............................................................................................................. 129<br />
Foto 135. Iscas prontas. ............................................................................................................................................ 129<br />
Foto 136. Iscando armadilha tomahawk. .................................................................................................................. 130<br />
Foto 137. Armadilha tomahawk armada no chão ..................................................................................................... 130<br />
Foto 138. Biólogos instalando rede de neblina. ........................................................................................................ 131<br />
Foto 139. Biólogos instalando rede de neblina. ........................................................................................................ 131<br />
Foto 140. Materiais utilizados para a confecção dos colares para marcação dos quirópteros. ................................. 133<br />
Foto 141. Morcego sendo marcado........................................................................................................................... 133<br />
Foto 142. Biometria de quiróptero. .......................................................................................................................... 133<br />
Foto 143. Pesagem de quiróptero. ............................................................................................................................ 133<br />
Foto 144. Morcego marcado. .................................................................................................................................... 133<br />
Foto 145. Armadilha fotográfica sendo instalada. .................................................................................................... 135<br />
Foto 146. Equipe instalando tomahawk. ................................................................................................................... 135<br />
Foto 147. Uso de binóculo no transecto aquático. .................................................................................................... 136<br />
Foto 148. Callithrix penicillata (sagui). ................................................................................................................... 154<br />
Foto 149. Mymercophaga tridactyla (tamanduá-bandeira). ..................................................................................... 154<br />
Foto 150. Hydrochoerus hydrochaeris (capivara). ................................................................................................... 155<br />
Foto 151. Didelphis albiventris (gambá). ................................................................................................................. 155<br />
Foto 152. Calomys tener (rato). ................................................................................................................................ 155<br />
Foto 153. Gracilinanus agilis (mucura). .................................................................................................................. 155<br />
Foto 154. Rhipidomys sp. (rato-de-algodão). ............................................................................................................ 155<br />
Foto 155. Anoura caudifer (morcego). ..................................................................................................................... 155<br />
Foto 156. Carollia perspicillata (morcego). ............................................................................................................. 156<br />
Foto 157. Chiroderma villosum (morcego). ............................................................................................................. 156<br />
Foto 158. Glossophaga soricina (morcego-beija-flor). ............................................................................................ 156<br />
Foto 159. Molossus molossus (morcego). ................................................................................................................. 156<br />
Foto 160. Noctilio liporinus (morcego-pescador). .................................................................................................... 156<br />
Foto 161. Phyllostomus discolor (morcego). ............................................................................................................ 156<br />
Foto 162. Platyrrhinus lineatus (morcego). .............................................................................................................. 157<br />
Foto 163. Platyrrhinus recifinus (morcego). ............................................................................................................ 157<br />
Foto 164. Sturnira lilium (morcego). ........................................................................................................................ 157<br />
Foto 165. Pecari tajacu (cateto), na armadilha fotográfica. ..................................................................................... 157<br />
Foto 166. Eira Barbara (irara), na armadilha fotográfica. ....................................................................................... 157<br />
Foto 167. Mymercophaga tridactyla (tamanduá-bandeira), na armadilha fotográfica. ............................................ 157<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
ÍNDICE DE FIGURAS<br />
Figura 1. Mapa de localização dos sítios amostrais da UHE Itumbiara. .................................................................... 17<br />
Figura 2. Imagem satélite do Sítio Amostral 01 (SA01). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 18<br />
Figura 3. Imagem satélite do Sítio Amostral 02 (SA02). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 19<br />
Figura 4. Imagem satélite do Sítio Amostral 03 (SA03). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 20<br />
Figura 5. Imagem satélite do Sítio Amostral 04 (SA04). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 21<br />
Figura 6. Imagem satélite do Sítio Amostral 05 (SA05). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 22<br />
Figura 7. Imagem satélite do Sítio Amostral 06 (SA06). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 23<br />
Figura 8. Imagem satélite do Sítio Amostral 07 (SA07). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 24<br />
Figura 9. Imagem satélite do Sítio Amostral 08 (SA08). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 26<br />
Figura 10. Representação das possibilidades de marcação de anfíbios. ..................................................................... 37<br />
Figura 11. Representação das possibilidades de marcação de répteis. ....................................................................... 37<br />
Figura 12. Taxonomia da herpetofauna catalogada na 3ª (terceira) campanha. ......................................................... 41<br />
Figura 13. Abundância e riqueza de espécies da herpetofauna na 3ª (terceira) campanha. ........................................ 42<br />
Figura 14. Quantidade de espécies observadas e quantidade máxima esperada (Jacknife1) para a herpetofauna<br />
registrada na 3ª (terceira) campanha. .......................................................................................................................... 43<br />
Figura 15. Demonstrativo de riqueza e abundância por sítios amostrais. .................................................................. 43<br />
Figura 16. Riqueza e abundância da herpetofauna por ambientes amostrados. ......................................................... 44<br />
Figura 17. Abundância e riqueza de espécies de anfíbios por metodologia usada na 3ª (terceira) campanha. .......... 50<br />
Figura 18. Abundância e riqueza de espécies de anfíbios capturados em pit-fall dispostos em Linha e em “Y’ na 3ª<br />
(terceira) campanha. .................................................................................................................................................... 51<br />
Figura 19. Representatividade das famílias de anfíbios na 3ª (terceira) campanha. ................................................... 52<br />
Figura 20. Riqueza e abundância da anurofauna por sítios amostrais 3ª (terceira) campanha. .................................. 55<br />
Figura 21. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA). ........................................................................... 56<br />
Figura 22. Riqueza e abundância de anfíbios por ambientes amostrados. ................................................................ 57<br />
Figura 23. Abundância e riqueza dos anuros marcados com elastômero por família. ............................................... 69<br />
Figura 24. Registro de répteis por metodologia adotada na 3ª (terceira) campanha. ................................................. 73<br />
Figura 25. Padrão de abundância e riqueza das famílias de répteis registradas nesta 3ª (terceira) campanha. .......... 74<br />
Figura 26. Abundância dos répteis catalogados. ........................................................................................................ 75<br />
Figura 27. Ambientes amostrados para o grupo de répteis nesta 3ª (terceira) campanha........................................... 76<br />
Figura 28. Abundância e riqueza dos pontos amostrais nesta 3ª (terceira) campanha. .............................................. 77<br />
Figura 29. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA). ........................................................................... 78<br />
Figura 30. As 11 famílias mais representativas para a 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ............................. 94<br />
Figura 31. As 11 espécies mais abundantes para a a 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ................................ 94<br />
Figura 32. Riqueza e abundância por Sítio Amostral (SA). ....................................................................................... 95<br />
Figura 33. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA) na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da<br />
UHE Itumbiara. ........................................................................................................................................................... 96<br />
Figura 34. Diversidade Shannon e Equitabilidade dos 08 (oito) sítios amostrais. ..................................................... 97<br />
Figura 35. Riqueza e abundância por Transecto Aquático (TA). ............................................................................... 98<br />
Figura 36. Status das aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara. .................. 99<br />
Figura 37. Jack-knife 1 e curva de acumulação da 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ................................ 100<br />
Figura 38. Valores de abundância das 12 (doze) espécies mais capturadas nesta campanha. .................................. 117<br />
Figura 40. Representação dos colares utilizados para a marcação dos morcegos. ................................................... 132<br />
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8
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 40. Abundância e riqueza dos mamíferos terrestres registrados na UHE Itumbiara. .................................... 140<br />
Figura 41. As 12 espécies mais abundantes encontradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento. .................. 141<br />
Figura 42. Riqueza e abundância de mamíferos em cada Sítio Amostral (SA) Itumbiara. ...................................... 142<br />
Figura 43. Abundância das espécies registradas por Sítio Amostral (SA) da UHE Itumbiara. ................................ 142<br />
Figura 44. Abundância e riqueza de mamíferos amostrados em diferentes ambientes da UHE Itumbiara. ............. 143<br />
Figura 45. Abundância e riqueza de mamíferos amostrados por método de registro na UHE Itumbiara. ............... 144<br />
Figura 46. Abundância e riqueza por método de captura na UHE Itumbiara. ......................................................... 145<br />
Figura 47. Abundância e riqueza de morcegos por Sítio Amostral (SA). ................................................................ 146<br />
Figura 48. Abundância e riqueza de quirópteros em função da temperatura. .......................................................... 146<br />
Figura 49. Diversidade Shannon e Equitabilidade em cada Sítio Amostral (SA) da UHE Itumbiara. ..................... 152<br />
Figura 50. Dendrograma de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA) da UHE Itumbiara. ................................ 153<br />
Figura 51. Curvas de Jack-knife 1 e Curva de Acumulação para a terceiracampanha. ............................................ 154<br />
ÍNDICE DE QUADROS<br />
Quadro 1. Composição da equipe técnica nesta campanha. ....................................................................................... 13<br />
Quadro 2. Coordenadas geográficas (datum SAD69) referência dos Sítios Amostrais (SA), com as respectivas<br />
fitofisionomia e município em que se localiza. ........................................................................................................... 16<br />
Quadro 3. Variáveis climáticas, Temperatura, Umidade Relativa e Pluviosidade, além das fases da Lua e estação do<br />
ano na Terceira <strong>Campanha</strong> de Levantamento da UHE Itumbiara. .............................................................................. 29<br />
Quadro 4. Descrição dos pontos de instalação de armadilhas de queda livre (Pit-fall). ............................................ 35<br />
Quadro 5. Representação das cores e local de marcação nos anfíbios e répteis na3ª (terceira) campanha e futuras<br />
campanhas. .................................................................................................................................................................. 38<br />
Quadro 6. Espécies da herpetofauna registradas na 3ª (terceira) campanha em seus respectivos pontos amostrais e<br />
ambientes. ................................................................................................................................................................... 46<br />
Quadro 7. Valores de similaridade entre os Sítio Amostrais (SA) na terceira campanha. ......................................... 56<br />
Quadro 8. Dados biométricos de aAnfíbios capturados.. ........................................................................................... 58<br />
Quadro 9. Valores de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA). .......................................................................... 78<br />
Quadro 10. Ficha de biometria dos répteis capturados na 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ....................... 79<br />
Quadro 11. Descrição dos transectos realizados na 3ª (terceira) campanha de levantamento. .................................. 89<br />
Quadro 12. Descrição dos transectos aquáticos realizados na 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ................. 90<br />
Quadro 13. Redes de Neblina instaladas na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara. ................ 92<br />
Quadro 14. Valores de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA). ........................................................................ 96<br />
Quadro 15. Valores Riqueza, Abundância, Diversidade Shannon e Equitabilidade. ................................................. 97<br />
Quadro 16. Espécies de aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara. ............ 105<br />
Quadro 17. Espécies capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara. ......................... 118<br />
Quadro 18. Descrição dos pontos de instalação de armadilhas do tipo tomahawk. ................................................. 128<br />
Quadro 19. Descrição dos pontos de instalação de rede neblina (mist-net). ............................................................ 131<br />
Quadro 20. Descrição dos pontos de instalação das armadilhas fotográficas (Trapa). ............................................ 134<br />
Quadro 21. Espécies quirópteros capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara. ...... 146<br />
Quadro 22. Mamíferos de pequeno porte não voadores capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da<br />
UHE Itumbiara. ......................................................................................................................................................... 148<br />
Quadro 23. Táxons de mamíferos registrados na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara. ...... 150<br />
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9
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Quadro 24. Valores de Shannon e Equitabilidade por Sítio Amostral (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento. ........................................................................................................................................................... 151<br />
Quadro 25. Valores de Shannon e Equitabilidade por Sítio Amostral (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento. ........................................................................................................................................................... 153<br />
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10
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
LISTA DE SIGLAS<br />
CEMAVE - Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres<br />
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis<br />
IUCN - International Union for Conservation of Nature (União Internacional para a<br />
Conservação da Natureza)<br />
LO – Licença de Operação<br />
MMA – Ministério do Meio Ambiente<br />
PLFTA – Programa de Levantamento de Fauna Terrestre e Aquática<br />
RLTA - Red List of Threatened Animals (Lista Vermelha dos Animais Ameaçados)<br />
SA – Sítio Amostral<br />
SBH – Sociedade Brasileira de Herpetologia<br />
TA – Transectos Aquáticos<br />
TR – Termo de Referência<br />
UFG – Universidade Federal de Goiás<br />
UHE – Usina Hidrelétrica<br />
VIE – Implante Visual de Elastômero<br />
WCMC - World Conservation Monitoring Centre (Centro Mundial de Monitoramento e<br />
Conservação)<br />
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11
1. APRESENTAÇÃO<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Este relatório técnico refere-se às atividades da equipe Biota Projetos e Consultoria Ambiental<br />
Ltda., referente à 3ª (terceira) campanha de campo do Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática (PLFTA) da UHE ITUMBIARA. As atividades de campo foram<br />
desenvolvidas entre os dias 26 de março a 11 de abril (16 dias) e realizadas dentro das regras e<br />
normas técnicas consagradas, respeitando a legislação ambiental vigente e a Licença nº 070/2011<br />
concedida pelo IBAMA, válida até 15/07/12 (ANEXO I).<br />
2. ATIVIDADES REALIZADAS<br />
2.1. Equipes de Trabalho<br />
Na equipe de trabalho da Biota Projetos e Consultoria Ambiental Ltda participaram 06 (seis)<br />
biólogos de campo e 03 (três) coordenadores biólogos, todos habilitados e devidamente<br />
registrados nos conselhos regulamentadores das categorias, além de dois barqueiros (Foto 1;<br />
Quadro 1).<br />
Foto 1. Equipe Biota em trabalho de campo na UHE Itumbiara<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Quadro 1. Composição da equipe técnica nesta campanha.<br />
Registro Profissional<br />
Nome do Profissional Função Conselho IBAMA<br />
Esp. Claúdio Veloso Mendonça Biólogo (Coordenador Geral) CRBio 37.585/04-D 629394<br />
Msc. Pablo Vinícius C. Mathias Biólogo (Coordenador Técnico) CRBio 44.077/04-D 543020<br />
Geraldo Espínola Soriano de Souza Nunes Biólogo (Coordenador por FURNAS) CrBio 38.060/02-D 2780256<br />
Lilian Freitas Bastos Bióloga CRBio 70.337/04-D 4449185<br />
Jeremiah Jadrien Barbosa Biólogo CRBio 62.174/04-D 2961476<br />
Tiago Guimarães Junqueira Biólogo CRBio 62.336/04-D 2054181<br />
Luana Barbosa Monteiro Bióloga CRBio 62.385/04-D 3659133<br />
Fábio Antônio de Oliveira Biólogo CRBio 57.987/04- D 4234724<br />
Renato Cardoso Barbosa Biólogo CRBio 44.501/04-D 2253591<br />
2.2. Infra-Estrutura<br />
Base<br />
A equipe composta para execução do Programa de Levantamento da Fauna Terrestre e Aquática<br />
manteve 02 (duas) bases durante as atividades da 3ª (terceira) campanha. Na 1ª (primeira) etapa<br />
ficou alojada na Pousada no Lago das Brisas (22K 0758066 e 7973940) para o inventário nos<br />
Sítios Amostrais 1, 6, 7 e 8. Já na 2ª (segunda) etapa, a equipe ficou instalada na Chácara<br />
“Cantinho da Lua” (22K 0724719 e 7980108) próximo à Ponte Quinca Mariano na divisa de<br />
Goiás/Minas Gerais, para vistoria dos Sítios Amostrais 2, 3, 4 e 5 (Fotos 2 e 3).<br />
Foto 2. Base situada à margem do Lago das Brisas,<br />
Goiás.<br />
Foto 3. Base situada próximo a Ponte Quinca Mariano,<br />
Corumbaíba, Goiás.<br />
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13
Transporte<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
A estrutura de transporte da Biota foi composta por 03 (três) pick-ups para o deslocamento da<br />
equipe até os pontos de coleta (Foto 4), além do uso de 02 (dois) barcos de 6 m e motor 40 HP<br />
(Foto 5).<br />
Foto 4. Transportes utilizados na campanha. Foto 5. Barcos utilizados no trânsito aquático.<br />
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO<br />
3.1. Introdução<br />
A Usina Hidrelétrica Itumbiara está localizada, desde 1980, no rio Paranaíba, na divisa entre os<br />
Estados de Goiás (município de Itumbiara) e Minas Gerais (município de Araporã) e encontra-se<br />
inserida no bioma Cerrado. O empreendimento possui seis unidades geradoras de 347 MW cada,<br />
totalizando uma capacidade instalada de 2.082 MW. Seu reservatório, formado a partir de<br />
barramento no rio Paranaíba, apresenta uma área inundada de 778 Km² e está inserido<br />
diretamente em 14 municípios, sendo dez em Goiás (Água Limpa, Anhangüera, Buriti Alegre,<br />
Caldas Novas, Catalão, Corumbaíba, Cumarí, Itumbiara, Marzagão e Nova Aurora) e quatro em<br />
Minas Gerais (Araguari, Araporã, Tupaciguara e Uberlândia) (FURNAS, 2010).<br />
Por ter sido construída em período anterior à promulgação da Política Nacional de Meio<br />
Ambiente, de 31/08/81, não houve exigência de Licenciamento Ambiental. Porém com a<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
implantação desta nova Política Ambiental é necessário à apresentação de Relatórios Ambientais<br />
com a descrição do impacto ambiental provocado, bem como as medidas de proteção adotadas<br />
ou em vias de adoção para a liberação da Licença de Operação.<br />
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2008) algumas áreas do reservatório da UHE<br />
Itumbiara encontram-se dentro dos limites estipulados, como Áreas Prioritárias para a<br />
Conservação. Assim esta obra apresenta 02 (duas) áreas (Ma387 e Ma391 – siglas no mapa de<br />
áreas prioritárias para a conservação) de elevada relevância para a criação de Unidades de<br />
Conservação para a manutenção da biota local. Portanto, torna-se indispensável à realização de<br />
estudos faunísticos na área do empreendimento, a fim de avaliar as comunidades de animais nas<br />
áreas de estudo atuais.<br />
3.2. Localização<br />
A barragem e casa de força da UHE Itumbiara estão localizadas no rio Paranaíba na divisa entre<br />
os Estados de Goiás (Itumbiara) e Minas Gerais (de Araporã). A área do reservatório encontra-se<br />
inserida no bioma Cerrado, com exceção a região em que se localiza o Sítio Amostral 06 (SA06),<br />
que segundo o MMA (2007a) encontra-se em uma área de enclave de Mata Atlântica. Na região<br />
está localizado o Parque Estadual Mata Atlântica no município de Água Limpa, que visa à<br />
proteção desta área. Seu reservatório, formado a partir de barramento no rio Paranaíba, apresenta<br />
uma área inundada de 778 Km² e está inserido diretamente em 14 municípios, sendo dez em<br />
Goiás (Água Limpa, Anhangüera, Buriti Alegre, Caldas Novas, Catalão, Corumbaíba, Cumarí,<br />
Itumbiara, Marzagão e Nova Aurora) e quatro em Minas Gerais (Araguari, Araporã, Tupaciguara<br />
e Uberlândia).<br />
De acordo com o Termo de Referência (TR), elaborado por FURNAS (2010), para o<br />
Levantamento Faunístico da UHE Itumbiara foram determinados 08 (oito) sítios amostrais,<br />
selecionados por meio da observação de imagens de satélite, ortofotocartas e sobrevoo. Os<br />
pontos tentaram abranger o maior número de fitofisionomias possíveis, além de situarem-se nas<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
proximidades dos principais afluentes do rio Paranaíba represados pela UHE Itumbiara (Figura<br />
1 e Quadro 2).<br />
Quadro 2. Coordenadas geográficas (datum SAD69) referência dos Sítios Amostrais (SA), com as respectivas<br />
fitofisionomia e município em que se localiza.<br />
Sítio Amostral<br />
(SA)<br />
Município Ambiente predominante Coordenadas geográficas (UTM) (referência)<br />
SA01 Tupaciguara Mata Semidecidual 22K 0713537 e 7961911<br />
SA02 Tupaciguara Mata de Galeria 22K 0751741 e 7961268<br />
SA03 Cumari Cerrado 22K 0784117 e 7967982<br />
SA04 Corumbaíba Cerrado 22K 0768380 e 7969757<br />
SA05 Corumbaíba Mata Semidecidual 22K 0746820 e 7973674<br />
SA06 Água Limpa Mata Semidecidual 22K 0732572 e 7985484<br />
SA07 Itumbiara Mata Semidecidual 22K 0709786 e 7976758<br />
SA08 Buriti Alegre Mata Semidecidual 22K 0722112 e 7983216<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 1. Mapa de localização dos sítios amostrais da UHE Itumbiara.<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
A seguir segue a ficha descritiva dos 08 (oito) sítios amostrais da UHE Itumbiara. Estes pontos<br />
são fixos e serão amostrados ao longo das 04 (quatro) campanhas de levantamento.<br />
Sítio Amostral 01 (SA01): Está localizado no município de Tupaciguara-MG, margem esquerda<br />
do reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda Palmito da Sra. Celina. Os estudos estão sendo<br />
realizados em um grande fragmento florestal de Mata Semidecidual, que está circundado por<br />
áreas de pastagem e lavoura. Este fragmento tem uma área aproximada de 171 ha (Figura 2 e<br />
Fotos 6 e 7).<br />
Figura 2. Imagem satélite do Sítio Amostral 01 (SA01). Em vermelho, área trabalhada.<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 6. Mata semidecidual SA01. Foto 7. Mata semidecidual SA01.<br />
Sítio Amostral 02 (SA02): Está localizado no município de Tupaciguara-MG, margem esquerda<br />
do reservatório da UHE Itumbiara e na margem esquerda do rio das Velhas na Fazenda Santa<br />
Tereza do Sr. Sebastiano Antonino. A área do sítio amostral é aproximadamente 37 ha. As<br />
amostras foram coletadas em ambiente de mata de galeria, de um pequeno curso d água, afluente<br />
do rio das Velhas. No local foram identificados também ambientes aquáticos (reservatório e<br />
represas artificiais), além de pastagens (Figura 3 e Fotos 8 e 9).<br />
Figura 3. Imagem satélite do Sítio Amostral 02 (SA02). Em vermelho, área trabalhada.<br />
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19
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 8. Mata de Galeria SA02. Foto 9. Represa Artificial SA02.<br />
Sítio Amostral 03 (SA03): Está localizado no município de Cumari-GO, margem direita do<br />
reservatório da UHE Itumbiara próximo à área de confluência do rios Veríssimo e Paranaíba. As<br />
amostras foram coletadas em fitofisionomias do bioma Cerrado, tais como cerradão e cerrado<br />
sensu stricto, além de alguns trechos de mata de galeria e áreas de pastagem. O ponto está<br />
localizado na margem do reservatório na Fazenda MFC Agropecuária Ltda de propriedade do Sr.<br />
Luis Carlos Moura e tem área de 32 ha (Figura 4 e Fotos 10 e 11).<br />
Figura 4. Imagem satélite do Sítio Amostral 03 (SA03). Em vermelho, área trabalhada.<br />
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20
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Rio Paraníba<br />
Foto 10. Cerradão SA03 na margem do reservatório. Foto 11. Cerradão SA03.<br />
Sítio Amostral 04 (SA04): Está localizado no município de Corumbaíba-GO, margem direita do<br />
reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda do Sr. Filinto. As amostras foram coletadas em<br />
cerrado sensu stricto. O fragmento está circundado por áreas de pastagem e relativamente<br />
próximo ao reservatório, com uma área de 97 ha (Figura 5 e Fotos 12 e 13). Próximo ao ponto<br />
amostral observa-se uma das poucas áreas de vereda na área nas margens do empreendimento.<br />
Figura 5. Imagem satélite do Sítio Amostral 04 (SA04). Em vermelho, área trabalhada.<br />
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21
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 12. Cerrado sensu stricto SA04. Foto 13. Borda do cerrado sensu stricto SA04.<br />
Sítio Amostral 05 (SA05): Está localizado no município de Corumbaíba-GO, margem direita do<br />
reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda dos Palmares do Sr. Cícero Naves D´Ávila. A<br />
formação fitofisionômica predominante é a de Mata Semidecidual com a presença de algumas<br />
nascentes margeadas por matas de galeria. Presença de pastagens da borda dos fragmentos e<br />
represas artificiais (Figura 6 e Fotos 14 e 15). O sítio amostral está localizado próximo ao<br />
reservatório e tem uma área de 228 ha.<br />
Figura 6. Imagem satélite do Sítio Amostral 05 (SA05). Em vermelho, área trabalhada.<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 14. Vista da Mata Semidecidual no SA05. Foto 15. Borda do cerrado sensu stricto SA05.<br />
Rio Paranaíba<br />
Sítio Amostral 06 (SA06): Está localizado no município de Corumbaíba-GO, margem direita do<br />
reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda Babaçu do Sr. Beto Mendonça, próximo a zona de<br />
confluência dos rios Piracanjuba e Corumbá. A formação fitofisionômica predominante é a de<br />
Mata Semidecidual com a presença de pequenos cursos d’água com a presença de mata de<br />
galeria. Também é possível observar a presença de pastagens na borda do fragmento e represas<br />
artificiais (Figura 7 e Fotos 16 e 17). Este ponto amostral está localizado nas proximidades do<br />
Parque Estadual Mata Atlântica e tem área aproximada de 22 ha.<br />
Figura 7. Imagem satélite do Sítio Amostral 06 (SA06). Em vermelho, área trabalhada.<br />
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Foto 16. Mata Semidecidual na margem do rio<br />
Piracanjuba SA06.<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 17. Interior da Mata Semidecidual SA06.<br />
Rio Corumbá<br />
Sítio Amostral 07 (SA07): Está localizado no município de Itumbiara-GO, margem direita do<br />
reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda Barra Bonita. A formação fitofisionômica<br />
predominante é a de Mata Semidecidual, predominantemente em área de serra com vegetação<br />
preservada e algums fragmentos de mata semidecidual em estágio inicial de regeneração. Os<br />
fragmentos estão margeados por pastagens e tem uma área de 288 ha (Figura 8 e Fotos 18 e 19).<br />
Este ponto amostral está localizado próximo à margem do reservatório.<br />
Figura 8. Imagem satélite do Sítio Amostral 07 (SA07). Em vermelho, área trabalhada.<br />
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Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 18. Vista da Mata Semidecidual na serra do SA07. Foto 19. Mata semidecidual em estágio inicial de<br />
regeneração SA07.<br />
Sítio Amostral 08 (SA08): Está localizado no município de Buriti Alegre-GO, margem direita<br />
do reservatório da UHE Itumbiara e margem direita do rio Corumbá na Fazenda Mata Azul de<br />
propriedade do Sr. João Rafael. A formação fitofisionômica predominante é a de Mata<br />
Semidecidual em área de serra. O fragmento encontra-se circundado por áreas de pastagem, além<br />
da presença de represas artificiais e pequenas nascentes, com formação de matas de galeria nas<br />
margens (Figura 9 e Fotos 20 e 21). Este ponto amostral está localizado nas proximidades do<br />
Lago das Brisas, com área de 193 ha.<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
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UHE Itumbiara<br />
Figura 9. Imagem satélite do Sítio Amostral 08 (SA08). Em vermelho, área trabalhada.<br />
Foto 20. Mata Semidecidual no SA08. Foto 21. Represa artificial no SA08.<br />
Rio Corumbá<br />
3.3. Fitofisionomia<br />
Os pontos de levantamento faunístico são fixos e serão visitados nas 04 (quatro) campanhas de<br />
campo. Foram realizadas amostragens nas mais diversas fitofisionomias possíveis, sendo<br />
detectados os ambientes de cerrado sensu stricto, cerradão, vereda, mata de galeria, ambientes<br />
aquáticos e mata semidecidual, além dos ambientes modificados pela ação humana (ambiente<br />
antrópico).<br />
As diferentes formações fisionômicas presentes nas áreas de estudo estão descritas a seguir:<br />
Mata de Galeria – entende-se como sendo a vegetação florestal que acompanha um<br />
curso d água, onde o lençol freático está próximo, ou sobre a superfície do terreno na<br />
maior parte dos trechos durante o ano todo, mesmo na estação seca. É uma formação<br />
perenifólia, normalmente com elevada umidade relativa em seu interior (MMA, 2007b);<br />
Cerradão – é uma formação florestal com aspectos xeromórficos, sendo também<br />
conhecida por “Floresta Xeromorfa”. Caracteriza-se pela presença de espécies que<br />
ocorrem no Cerrado sensu stricto e também por espécies de mata. Do ponto de vista<br />
fisionômico é uma floresta, mas floristicamente é mais similar a um cerrado. A altura<br />
média do estrato arbóreo varia de 8-15m (MMA, 2007b);<br />
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UHE Itumbiara<br />
Cerrado sensu stricto – é caracterizado pela presença de árvores baixas, inclinadas,<br />
tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas e geralmente com evidência de<br />
queimadas. Os troncos das plantas das plantas lenhosas em geral possuem cascas com<br />
cortiça grossa, fendida ou sulcada. Grande parte dos solos da vegetação de Cerrado é das<br />
Classes Latossolo Vermelho-Escuro, Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Roxo.<br />
Apesar das boas características físicas, são solos forte ou moderadamente ácidos (pH 4,5-<br />
5,5), com carência generalizada dos nutrientes essenciais, principalmente fósforo e<br />
nitrogênio (MMA, 2007b);<br />
Mata semidecidual – ambiente mais comumente identificado na área em estudo,<br />
principalmente nas áreas mais próximas ao barramento da UHE Itumbiara. Esta formação<br />
fitofisionômica é um tipo de floresta caducifólia (perda de folhas) com estrato dossel bem<br />
definido, apresentando uma cobertura arbórea de 70-95%, mas que na estação seca perde<br />
parcial ou totalmente a sua folhagem e passa a apresentar uma cobertura arbórea inferior<br />
a 50% (MMA, 2007b);<br />
Vereda – é um ambiente que está diretamente relacionado com a disponibilidade hídrica<br />
do local, tendo como vegetação predominante o buriti (Mauritia flexuosa), podendo<br />
apresentar também algumas espécies arbustivas nas proximidades desta fitofisionomia;<br />
Ambiente antrópico – consiste naqueles ambientes que apresentaram algum tipo de<br />
intervenção humana, alterando a paisagem, deste modo foram considerados como<br />
ambientes antrópicas, às áreas de pastagem, lavoura e quintais de casas; e<br />
Ambiente aquático – este ambiente esta relacionado a disponibilidade hídrica do local,<br />
contemplando assim a área do reservatório da UHE Itumbiara, rios, córregos, ribeirões,<br />
represas artificiais e naturais.<br />
3.4. Condições climáticas<br />
A área do reservatório da UHE Itumbiara encontra-se nos limites de divisa de Estado de Goiás e<br />
Minas Gerais e está inserido em uma região tropical, com 02 (duas) estações sazonais bem<br />
distintas (seca e chuvosa).<br />
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UHE Itumbiara<br />
A tipologia climática tropical se faz presente na maior parte, do estado de Goiás, apresentando<br />
invernos secos e verões chuvosos, em que 75% das chuvas ocorre entre os meses de outubro e<br />
maio, com precipitação variando de 750 a 2.000 mm. Setembro e outubro são os meses mais<br />
quentes, com variações de 20 a 22°C e julho, o mais frio com temperaturas entre 16 a 18°C<br />
(FONSECA & SILVA JÚNIOR, 2004).<br />
As temperaturas e umidades relativas máximas e mínimas diárias foram tomadas em campo,<br />
além da constatação de chuvas (pluviosidade) no local. Estes dados, juntamente com a fase da<br />
Lua e estação do ano influem diretamente na comunidade local e estão representados no Quadro<br />
3.<br />
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Quadro 3. Variáveis climáticas, Temperatura, Umidade Relativa e Pluviosidade, além das fases da Lua e estação do ano na Terceira <strong>Campanha</strong> de Levantamento da UHE Itumbiara.<br />
Variáveis 26/03 27/03 28/03 29/03 30/03 31/03 01/04 02/04 03/04 04/04 05/04 06/04 07/04 08/04 09/04 10/04 11/04<br />
Temp. (Máx) 25,1° 25,9° 30,3° 32,4° 36,5° 35,8° - 31,9° 30,0° 33,5° 34,6° 34,6° 32,7° 29,0° 30,0° 30,2°<br />
Temp. (Min) 24,3° 23,1° 24,5° 27,4° 26,4° 25,4° - 23,4° 26,5° 25,6° 26,5° 22,0° 22,0° 24,0° 26,1° 26,1°<br />
UR (Máx) 85% 77% 86% 76% 69% 70% - 89% 99% 85% 99% 99% 92% 99% 99% 99%<br />
UR (Min) 84% 52% 78% 47% 67% 68% - 86% 89% 47% 68% 82% 80% 90% 80% 81%<br />
Pluviosidade 1 0 0 0 0 0 - 1 0 0 0 0 0 2 0 0<br />
Estação do ano O O O O O O O O O O O O O O O O<br />
Fase da Lua C C C C Ch Ch Ch Ch Ch Ch Ch M M M M M<br />
Legenda: Temp. = Temperatura; Máx = Máximo; Min = Minímo; UR = Umidade Relativa. Pluviosidade – 0 = ausência de chuva, 1 = chuva fraca, 2 = chuva moderada e 3 = chuva<br />
forte. Estação do ano: I = Inverno e P = primavera. Fase da Lua – C = Crescente, Ch = Cheia, N = Nova e M = Minguante<br />
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A 3ª (terceira) campanha foi realizada em estação chuvosa, em que as variações de temperatura<br />
ao longo do dia foram baixadas. A temperatura máxima registrada foi de 36,5°C no dia 31/03,<br />
enquanto que a mínima foi de 22°C nos dias 7 e 8 de abril. A campanha foi caracterizada com<br />
poucas precipitações.<br />
3.5. Referências Bibliográficas<br />
FONSECA, M.S. & SILVA JÚNIOR, M.C. (2004). Fitossociologia e similaridade florística<br />
entre trechos de Cerrado sentido restrito em interflúvio e em vale no Jardim Botânico de<br />
Brasília, DF. Acta botânica brasílica 18 (1): 19-29.<br />
FURNAS (2010). Tomada de Preços para contratação de serviços para o Programa de<br />
Levantamento da Fauna Terrestre e Aquática da UHE Itumbiara.<br />
MMA - Ministério do Meio Ambiente. (2007a). Vegetation cover maps of Brazilian Biomes.<br />
17p.<br />
MMA – Ministério do Meio Ambiente. (2007b). Cerrado e Pantanal: Áreas e Ações Prioritárias<br />
para Conservação da Biodiversidade. Biodiversidade 17. Brasília, DF. 397p.<br />
MMA – Ministério do Meio Ambiente. (2008). Áreas prioritárias para conservação, uso<br />
sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira. Biodiversidade 31. 301p.<br />
4. HERPETOFAUNA<br />
4.1. Metodologia<br />
A metodologia utilizada seguiu o Termo de Referência elaborado por FURNAS (2010) para as<br />
atividades da UHE Itumbiara. Assim a será ser apresentado um relatório caracterizando espécies<br />
de anfíbios e répteis, nos períodos diurno e noturno, cobrindo desta forma a maior parte do<br />
período de atividade das diversas espécies dos grupos estudados.<br />
Para a composição da lista de espécies de anfíbios e répteis, foram considerados todos os<br />
exemplares avistados e capturados durante a realização do levantamento, sendo coletados<br />
(limitando-se a três exemplares por espécie, conforme estabelecido na licença de fauna do<br />
IBAMA) os indivíduos cuja identificação não foi possível, para posterior comparação e<br />
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identificação através de livros, guias de campo e exemplares depositados em coleções científicas<br />
ou museus.<br />
Os espécimes capturados por procura visual limitada por tempo, por armadilhas de interceptação<br />
e queda ou por encontros ocasionais foram resgatados manualmente e, posteriormente a<br />
marcação e anotação dos dados nas planilhas de campo, os indivíduos foram soltos no mesmo<br />
local de sua captura. Dessa forma, a captura de um mesmo indivíduo poderá ser detectada.<br />
Quando necessário, os exemplares coletados como material testemunho foram eutanasiados com<br />
a aplicação de anestésico (ex: Tiopental), fixados em formol a 10% (dez por cento) e,<br />
posteriormente, preservados em álcool a 70% (setenta por cento). Parte dos espécimes que por<br />
ventura venham a ser coletados foram depositados no Instituto de Ciências Biológicas da<br />
Universidade Federal de Goiás (UFG).<br />
4.1.1. Herpetofauna terrestre<br />
Para o levantamento da herpetofauna foram empregados os seguintes métodos:<br />
Procura Visual<br />
A Procura Visual consiste no deslocamento a pé, lentamente, pela área de estudo. Os<br />
deslocamentos ocorreram em todos os períodos do dia em busca de prováveis microambientes de<br />
anfíbios e répteis que possam estar em atividade ou abrigados (Fotos 22 e 23).<br />
Alguns microambientes foram inspecionados cupinzeiros, cascas de árvores, troncos caídos,<br />
serrapilheiras, dentre outros possíveis locais de abrigo desses animais. Durante os deslocamentos<br />
realizados de carro, entre os sítios amostrais, foram registrados os animais encontrados<br />
atropelados.<br />
O esforço de amostragem pela procura visual foi de 03 (três) horas/dia (seis horas em cada sítio<br />
amostral), totalizando um esforço de 48 horas/campanha.<br />
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Vocalização<br />
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Foto 22. Varredura diurna. Foto 23. Varredura noturna.<br />
No caso dos anfíbios, levantamentos sonoros foram realizados em locais propícios e sempre que<br />
possível estas vocalizações foram gravadas, para auxiliar na identificação das espécies<br />
registradas na área de estudo (Foto 24). O esforço de amostragem pela vocalização foi de 01<br />
(uma) hora/dia (duas horas em cada sítio amostral) e ao final de cada campanha totalizou 16<br />
horas.<br />
Foto 24. Levantamento sonoro.<br />
Armadilha de Interceptação e Queda ou Captura Passiva<br />
Para o levantamento dos répteis e anfíbios, foram instaladas armadilhas de interceptação e queda<br />
(Pit-fall). Este método consistiu na instalação de baldes que foram enterrados de forma que a sua<br />
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abertura permaneceu no nível do solo, funcionando como barreiras físicas. Essas armadilhas<br />
estavam interligadas por cercas guias constituídas de telas de um metro de altura e cinco metros<br />
de comprimento entre baldes. Foram instaladas cinco estações de captura por sítio amostral<br />
(totalizando 40 estações de captura), que permaneceram abertas por oito dias em cada sítio<br />
(Fotos 25 a 30).<br />
Cada estação foi composta por quatro baldes plásticos de 60 litros, perfurados no fundo para<br />
evitar o acúmulo excessivo de água em caso de chuva. A cerca guia foi mantida em posição<br />
vertical através de estacas de madeira. Dentro de cada balde foi colocada uma placa pequena de<br />
isopor e serrapilheira com o intuito de evitar a morte de anfíbios e répteis. Metade das<br />
armadilhas foi instalada em formato de “Y”, enquanto que a outra metade foi instalada em<br />
“Linha”.<br />
Foto 25. Instalação de pit-fall. Foto 26. Instalação de pit-fall.<br />
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Foto 27. Pit-fall instalado formato de “Y”. Foto 28. Pit-fall instalado formato de “Linha”.<br />
Foto 29. Revisão de pit-fall. Foto 30. Registro fotográfico de espécime representante<br />
da herpetofauna.<br />
Para melhor otimização das atividades em campo o trabalho foi divido em duas etapas, em que<br />
na primeira etapa foram realizadas amostragens simultâneas nos Sítios Amostrais 1, 6, 7 e 8,<br />
enquanto que na segunda etapa os levantamentos (simultâneos) foram realizados nos Sítios<br />
Amostrais 2, 3, 4 e 5. Assim em cada etapa as armadilhas de interceptação e queda (Pit-falls)<br />
permaneceram abertas por 08 (oito) dias, sendo revistadas diariamente, pela manhã e ao final da<br />
tarde, para evitar-se que animais morram em seu interior. Em cada Sítio Amostral foram<br />
instaladas 05 (cinco) estações de coleta, totalizando 20 baldes por ponto amostral (Quadro 4). O<br />
esforço de amostragem pelas armadilhas de interceptação e queda foi de 80 armadilhas/dia e ao<br />
final de cada campanha foram utilizadas 1.280 armadilhas.<br />
Os pontos de pit-fall serão fixos e utilizados ao longo das 04 (quatro) campanhas de<br />
levantamento e ao final da campanha os baldes foram enterrados e tampados, e as telas<br />
removidas (Fotos 31 e 32).<br />
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Foto 31. Retirada da tela Foto 32. Baldes enterrados e tampados<br />
Quadro 4. Descrição dos pontos de instalação de armadilhas de queda livre (Pit-fall).<br />
Sítios Amostrais (SA) Pit-fall Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />
SA 01 – A Linha Mata Semidecídua 22 k 0713210; 7961991<br />
SA 01 – B Y Mata Semidecídua 22 k 0713233; 7962016<br />
SA 01 – C Linha Mata Semidecídua 22 k 0713274; 7961991<br />
SA 01 – D Y Mata Semidecídua 22 k 0713306; 7961977<br />
SA 01 – E Y Mata Semidecídua 22 k 0713319; 7962007<br />
SA 02 – A Y Mata de Galeria 22 k 0751426; 7961108<br />
SA 02 – B Linha Mata de Galeria 22 k 0751455; 7961140<br />
SA 02 – C Y Mata de Galeria 22 k 0751481; 7961107<br />
SA 02 – D Linha Mata de Galeria 22 k 0751517; 7961154<br />
SA 02 – E Y Mata de Galeria 22 k 0751560; 7961155<br />
SA 03 – A Y Cerradão 22k 0784011; 7967863<br />
SA 03 – B Linha Cerradão 22k 0784035; 7967884<br />
SA 03 – C Y Cerradão 22k 0784071; 7967897<br />
SA 03 – D Y Cerradão 22k 0784103; 7967922<br />
SA 03 – E Linha Cerradão 22k 0784131; 7967958<br />
SA 04 – A Y Cerrado Típico 22k 0768316; 7969913<br />
SA 04 – B Linha Cerrado Típico 22k 0768356; 7969886<br />
SA 04 – C Linha Cerrado Típico 22k 0768400; 7969813<br />
SA 04 – D Y Cerrado Típico 22k 0768428; 7969774<br />
SA 04 – E Linha Cerrado Típico 22k 0768461; 7967958<br />
SA 05 – A Linha Mata Semidecídua 22k 0746331; 7973019<br />
SA 05 – B Y Mata Semidecídua 22k 0746396; 7973057<br />
SA 05 – C Linha Mata Semidecídua 22k 0746435; 7973084<br />
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Sítios Amostrais (SA) Pit-fall Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />
SA 05 – D Y Mata Semidecídua 22k 0746429; 7973076<br />
SA 05 – E Linha Mata Semidecídua 22k 0746396; 7973060<br />
SA 06 – A Linha Mata Semidecídua 22k 0732637; 7985576<br />
SA 06 – B Linha Mata Semidecídua 22k 0732598; 7985636<br />
SA 06 – C Y Mata Semidecídua 22k 0732588; 7985559<br />
SA 06 – D Y Mata Semidecídua 22k 0732463; 7985534<br />
SA 06 – E Linha Mata Semidecídua 22k 0732442; 7985499<br />
SA 07 – A Linha Mata Semidecídua 22k 0711558; 7973577<br />
SA 07 – B Y Mata Semidecídua 22k 0711519; 7973560<br />
SA 07 – C Linha Mata Semidecídua 22k 0711466; 7973581<br />
SA 07 – D Linha Mata Semidecídua 22k 0711448; 7973610<br />
SA 07 – E Y Mata Semidecídua 22k 0711411; 7973602<br />
SA 08 – A Y Mata Semidecídua 22k 0722401; 7983192<br />
SA 08 – B Linha Mata Semidecídua 22k 0722425; 7983167<br />
SA 08 – C Y Mata Semidecídua 22k 0722478; 7983091<br />
SA 08 – D Y Mata Semidecídua 22k 0722257; 7983224<br />
SA 08 – E Linha Mata Semidecídua 22k 0722248; 7983281<br />
Os animais capturados foram identificados, marcados sempre que possível, e posteriormente<br />
soltos no mesmo local da captura. A marcação de Anuros e Lacertílios se deu através do<br />
polímero de elastômero - VIE.<br />
Para tal procedimento foi adquirido 01 (um) kit de marcação via elastômero (VIE), contendo 04<br />
(quatro) cores (rosa, alaranjado, azul e verde) (Foto 33). Na literatura não foi encontrado um<br />
protocolo de marcação para tal procedimento, portanto a equipe estabeleceu seu próprio esquema<br />
de marcação (Figuras 10 e 11). As marcações não apresentam numeração individual, deste<br />
modo todos os indivíduos marcados com elastômero na 3ª (terceira) campanha receberam a<br />
coloração rosa no fêmur direito (posição ventral) (Fotos 34 e 35). A marcação das espécies para<br />
as próximas campanhas está representada no Quadro 5.<br />
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36
Figura 10. Representação das possibilidades de<br />
marcação de anfíbios.<br />
Foto 34. Marcação com elastômero em Mabuya<br />
nigropunctata.<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 33. Kit elastômero e lanterna usada para visualizar<br />
a marcação.<br />
Figura 11. Representação das possibilidades de<br />
marcação de répteis.<br />
Foto 35. Marcação com elastômero em Eupemphix<br />
nattereri<br />
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37
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Quadro 5. Representação das cores e local de marcação nos anfíbios e répteis na3ª (terceira) campanha e futuras<br />
campanhas.<br />
Ordem/Subordem <strong>Campanha</strong> Cor da marcação Local da marcação<br />
Anura/Lacertilia<br />
Abreviações: III - marcação ventral no fêmur direito.<br />
1ª Azul III<br />
2ª Verde III<br />
3ª Rosa III<br />
4ª Alaranjado III<br />
A tinta de marcação preparada resseca rapidamente, tendo que ser armazenada na geladeira,<br />
assim para cada campanha foi ministrado apenas 01 (uma) cor de elastômero, para o melhor<br />
aproveitamento do material. Assim as marcações serão iguais a todos os indivíduos capturados<br />
na próxima campanha.<br />
4.1.2. Herpetofauna aquática<br />
Transectos aquáticos<br />
Para o levantamento de dados de abundância das espécies da herpetofauna aquática foi utilizado<br />
o método de Amostragem à Distância, na sua modalidade de transecto de banda, a partir de um<br />
barco paralelo à margem a uma distância de cem metros e o mais próximo a cada um dos sítios<br />
amostrais, por dois dias em cada sítio (período de três horas) (Foto 36). O observador utilizando<br />
o binóculo tentou visualizar, principalmente quelônios e crocodilianos na área.<br />
O esforço de amostragem pela amostragem a distância foi de 03 (três) horas/dia em cada sítio<br />
amostral, e ao final de cada campanha foi de 48 horas.<br />
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38
Encontros Ocasionais<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 36. Transecto aquático.<br />
Este método inclui todos os exemplares de anfíbios e répteis encontrados fora dos métodos de<br />
amostragem regularmente utilizados, tais como nos deslocamentos dos pesquisadores da base de<br />
apoio aos sítios amostrais, a pé, barco ou de carro.<br />
4.1.3. Análises dos Dados<br />
Para a identificação dos anfíbios e répteis algumas referências foram utilizadas como, VITT et<br />
al., (2002), BASTOS et al., (2003), FREITAS & SILVA (2007), e UETANABARO et al.,<br />
(2008), além do prévio conhecimento do biólogo de campo responsável por estes grupos<br />
taxonômicos. Já para as identificações das vocalizações dos anuros, utilizou-se o Guia Interativo<br />
dos anfíbios anuros do Cerrado, Campo Rupestre e Pantanal (TOLEDO et al., 2008).<br />
Para a nomenclatura de anfíbios e répteis seguiu-se a lista da Sociedade Brasileira de<br />
Herpetologia (SBH, 2011).<br />
Para as análises desta 3ª (terceira) campanha foi realizada somente a avaliação da curva de<br />
acumulação de espécies e o estimador Jackknife 1. Conforme os resultados encontrados, outras<br />
análises poderão ser realizadas.<br />
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39
Curva do Coletor e Estimativa de Riqueza<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
A curva do coletor compreende um gráfico composto de dois eixos ortogonais cujo eixo<br />
horizontal compreende o esforço amostral e o eixo vertical a riqueza (acumulada) de espécies.<br />
No geral, a curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicial ascendente de crescimento<br />
acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral<br />
até formar um platô ou assíntota (MARTINS & SANTOS, 1999).<br />
O índice de estimativa da riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em<br />
KREBS (1989) e dado por:<br />
Onde:<br />
S = s + [(n – 1) / n] k<br />
S é a estimativa Jacknife da riqueza das espécies;<br />
s é corresponde ao número total de espécies encontradas em n dias;<br />
n é o número de dias amostrados; e<br />
k é o número total de espécies únicas (ocorrem em somente um dia).<br />
Para a análise dos dados foi utilizado o programa Biodiversity-Pro (GOTELLI & COWLELL;<br />
2001). As curvas foram calculadas pelo número de espécies coletadas em função dos dias de<br />
coleta.<br />
4.2. Resultados e Discussão<br />
Répteis e anfíbios (herpetofauna) são um importante componente da biodiversidade do Cerrado,<br />
desempenhando funções essenciais de presas e predadores tanto de vertebrados como de<br />
invertebrados.<br />
Estima-se que ocorram no Cerrado cerca de 297 espécies da herpetofauna sendo que 21% são<br />
endêmicas (COLLI et al., 2002). Entretanto, como a maior parte do Cerrado é insuficientemente<br />
amostrada (MMA, 2003) e espécies novas endêmicas são frequentemente descritas<br />
(STRÜSSMANN, 2002; COLLI et al., 2002), esses números subestimam a diversidade existente<br />
no Bioma.<br />
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40
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Por ser um grupo taxonomicamente e ecologicamente diversificado, a herpetofauna apresenta<br />
sensibilidade distinta às alterações promovidas no meio ambiente. Além disso, a baixa<br />
mobilidade da maioria das espécies desse grupo, quando comparadas a aves e mamíferos,<br />
permite uma avaliação de efeitos em escala local das modificações no ambiente como: qualidade<br />
da água, qualidade do ar, disponibilidade e qualidade de presas. No mais, as Classes Amphibia e<br />
Reptilia são importantes componentes das cadeias tróficas. Segundo BASTOS et al., (2003) os<br />
anfíbios são importantes elementos das cadeias ecológicas, sendo um importante controlador de<br />
insetos e outros invertebrados, além de serem fundamentais na cadeia de fluxo de energia, visto<br />
que são animais ectotérmicos e convertem 90% do que consomem em massa. Os répteis também<br />
são elementos essenciais na teia alimentar, controlando alguns grupos e servindo de alimento<br />
para outros.<br />
Nesta 3ª (terceira) campanha de campo, foram catalogados 762 indivíduos distribuídos em 02<br />
(duas) ordens, 13 famílias, 21 gêneros e 31 espécies (Figura 12).<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Classe Ordem Família Gênero Espécie<br />
Figura 12. Taxonomia da herpetofauna catalogada na 3ª (terceira) campanha.<br />
Destes 762 indivíduos, 742 (97,37%) foram registrados na Classe Amphibia e 20 (2,62%) para a<br />
Classe Reptilia. Em relação à riqueza de espécies nota-se que o grupo dos anfíbios foi o mais<br />
representativo com 21 (67,74%) espécies registradas nesta 3ª (terceira) campanha, ao passo que o<br />
grupo dos répteis registrou 10 (32,25%) de um total de 31 (Figura 13).<br />
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41
800<br />
700<br />
600<br />
500<br />
400<br />
300<br />
200<br />
100<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Anfibios Répteis<br />
Figura 13. Abundância e riqueza de espécies da herpetofauna na 3ª (terceira) campanha.<br />
Assim, a diversidade da 3ª (terceira) campanha concorda com COLLI et al., (2002), confirmando<br />
10,43% de variedade de espécies para a herpetofauna.<br />
No que diz respeito ao esforço de captura e estimativa de riqueza, foram construídas a curva do<br />
coletor e uma curva expondo a estimativa de riqueza de Jacknife1 para a herpetofauna. A<br />
estimativa de riqueza de espécies, a partir do índice de Jacknife1 foi de 41,31 espécies (Figura<br />
14). Nesta 3ª (terceira) campanha, a herpetofauna contemplou 31 espécies registradas nos 8<br />
(oito) sítios amostrais, com uma diferença de 10,31 espécies estimadas pelo Jacknife 1 e o<br />
número observado (Quadro 6). Não houve registro nesta 3ª (terceira) campanha de<br />
representantes das ordens Crocodilia (Reptilia) e Testudines (Quelônios).<br />
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Abundância<br />
Riqueza<br />
42
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 14. Quantidade de espécies observadas e quantidade máxima esperada (Jacknife1)<br />
para a herpetofauna registrada na 3ª (terceira) campanha.<br />
Em relação à abundância e riqueza por pontos amostrais constatou-se maiores valores no sítio<br />
amostral 08 inserido em ambiente de mata semidecídua e presença de represa artificial. Pode-se<br />
inferir que tais resultados encontrados se apoiam na disponibilidade de habitats proporcionados<br />
pelo ambiente em questão, principalmente para anfíbios (Figura 15).<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16<br />
SA 01 SA 02 SA 03 SA 04 SA 05 SA 06 SA 07 SA 08<br />
Jacknife 1<br />
Curva de<br />
Acumulação<br />
Riqueza<br />
Figura 15. Demonstrativo de riqueza e abundância por sítios amostrais.<br />
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Abundância<br />
43
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Os ambientes amostrados durante esta campanha compreendem: mata de galeria, mata<br />
semidecídua, cerrado, cerradão, antrópico e ambiente aquático. Observa-se que os ambientes<br />
mais representativos em termos de abundância foram os ambientes aquáticos, mata semidecidua<br />
e mata de galeria. Os maiores valores para riqueza detectados foram para os ambientes aquáticos<br />
e mata semidecidua, enquanto o antrópico foi menos representativo (Figura 16). Os resultados<br />
serão discutidos separadamente para cada grupo da herpetofauna (anfíbios e répteis).<br />
400<br />
350<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
Figura 16. Riqueza e abundância da herpetofauna por ambientes amostrados.<br />
Legenda: MG = Mata de Galeria, MS = Mata Semidecidua, CE = Cerrado, CD = Cerradão,<br />
AT = Ambiente antrópico e AA = Ambiente Aquático.<br />
HERPETOFAUNA AQUÁTICA<br />
Nesta campanha foram realizadas transecções de barco para o deslocamento da base para os<br />
sítios amostrais, assim foram realizadas transecções de barco nos rios da Velha, Paranaíba,<br />
Corumbá e Piracanjuba. Os transectos foram realizados próximo a margem do reservatório<br />
utilizando um barco e motor de popa de 40Hp em baixa velocidade, nos períodos matutino e<br />
noturno, com intuito de registrar, principalmente répteis aquáticos.<br />
Na 3ª (terceira) campanha de levantamento de fauna aquática e terrestre foi realizado um esforço<br />
amostral superior a 50 horas, porém não foi registrado nenhum indivíduo das ordens Crocodilia<br />
(Reptilia) e Testudines (Quelônios).<br />
MG MS CE CD AT AA<br />
Riqueza<br />
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Abundância<br />
44
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
No período noturno os transectos não foram eficazes e nenhum indivíduo foi registrado. Há<br />
relatos de moradores locais sobre a ocorrência de crocodilianos na área do reservatório, mas até a<br />
presente campanha não foi catalogado nenhum crocodiliano nas imediações do reservatório da<br />
UHE Itumbiara.<br />
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45
CLASSE AMPHIBIA<br />
Ordem Anura<br />
Família Bufonidae<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Quadro 6. Espécies da herpetofauna registradas na 3ª (terceira) campanha em seus respectivos pontos amostrais e ambientes.<br />
TÁXON NOME COMUM TOTAL<br />
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SA<br />
01<br />
SA<br />
02<br />
SÍTIOS AMOSTRAIS (SA) AMBIENTES<br />
Rhinella schneideri (Werner, 1894) Sapo-cururu 24 23 1 24<br />
Família Cycloramphidae<br />
Proceratophrys goyana (Miranda-Ribeiro, 1937) Sapo-de-chifres 2 2 2<br />
Família Hylidae<br />
SA<br />
03<br />
SA<br />
04<br />
SA<br />
05<br />
SA<br />
06<br />
SA<br />
07<br />
SA<br />
08<br />
46<br />
MG MS CE CD AT AA<br />
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Perereca 67 29 38 36 31<br />
Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) Perereca 31 4 27 31<br />
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Perereca 62 24 11 27 62<br />
Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) Perereca 27 27 27<br />
Hypsiboas multifasciatus (Günther, 1859"1858") Perereca 19 19 19<br />
Hypsiboas raniceps (Cope, 1862) Perereca 22 22 2 20<br />
Pseudis bolbodactyla (A. Lutz, 1925) Rã-d´água 5 25 25<br />
Scinax fuscovarius(A. Lutz, 1925)<br />
Família Leiuperidae<br />
Perereca-debanheiro<br />
66 13 52 1 13 53<br />
Eupemphix nattereri (Steindachner, 1863) Rã-de-quatro-olhos 5 3 2 2 3<br />
Physalaemus centralis (Bokermann, 1962) Rã 3 1 2 2 1
TÁXON NOME COMUM TOTAL<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
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SA<br />
01<br />
SA<br />
02<br />
SÍTIOS AMOSTRAIS (SA) AMBIENTES<br />
SA<br />
03<br />
SA<br />
04<br />
SA<br />
05<br />
SA<br />
06<br />
SA<br />
07<br />
SA<br />
08<br />
47<br />
MG MS CE CD AT AA<br />
Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826) Rã-cachorro 56 25 3 2 2 5 18 1 3 10 2 2 10 29<br />
Pseudopaludicola ternetzi (Miranda-Ribeiro, 1937) Rãzinha 4 1 3 1 3<br />
Família Leptodactylidae<br />
Leptodactylus hylaedactylus (Cope, 1868) Rãzinha 8 3 4 1 5 3<br />
Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) Rã-pimenta 63 23 7 33 26 16 21<br />
Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Rã-manteiga 28 9 6 3 10 1 10 3 14<br />
Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) Caçote-vermelho 27 27 27<br />
Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) Caçote 30 30 1 29<br />
Leptodactylus syphax (Bokermann,1969) Caçote 3 2 1 2 1<br />
Família Strabomantidae<br />
Barycholos ternetzi (Miranda Ribeiro, 1937) Rã 170 4 65 10 39 34 1 17 56 100 14<br />
CLASSE REPTILIA<br />
Ordem Squamata<br />
Família Anomalepididae<br />
Liotyphlops ternetzii (Boulenger,1896). Cobra-da-terra 1 1 1<br />
Família Gymnophtalmidae<br />
Colobosaura modesta (Reinhardt & Luetken, 1862)<br />
Família Scincidae<br />
Lagartinho-defolhiço<br />
2 1 1 1 1<br />
Mabuya nigropunctata (Spix, 1825) Calango-liso 2 1 1 1 1
Família Teiidae<br />
TÁXON NOME COMUM TOTAL<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />
Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />
SA<br />
01<br />
SA<br />
02<br />
SÍTIOS AMOSTRAIS (SA) AMBIENTES<br />
SA<br />
03<br />
SA<br />
04<br />
SA<br />
05<br />
SA<br />
06<br />
SA<br />
07<br />
SA<br />
08<br />
48<br />
MG MS CE CD AT AA<br />
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) Calango-verde 5 1 2 2 2 2 1<br />
Tupinambis merianae (Duméril & Bibron, 1839) Teiú 2 1 1 1 1<br />
Família Tropiduridae<br />
Tropidurus oreadicus (Rodrigues, 1987) Calango 2 1 1 1 1<br />
Subordem Ophidia<br />
Família Boidae<br />
Boa constrictor (Linnaeus, 1758) Jibóia 1 1 1<br />
Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) Sucuri 1 1 1<br />
Família Viperidae<br />
Crotalus durissus (Linnaeus, 1758) Cascavel 3 1 1 1 2 1<br />
Bothrops moojeni (Hoge, 1966) Jararaca 1 1 1<br />
Legenda: CE= Cerrado ; CD= Cerradão; MS= Mata Semidecídua; MG= Mata de Galeria; AT= Ambiente anTropizado; AA= Ambiente Aquático.
Composição da comunidade de anfíbios:<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Atualmente são conhecidas no mundo cerca de 5.067 espécies de anfíbios (IUCN, 2011) sendo a<br />
maior riqueza encontrada na região neotropical. O Brasil abriga a maior riqueza de anfíbios do<br />
planeta com 875 espécies registradas até o momento pela Sociedade Brasileira de Herpetologia<br />
(SBH, 2011).<br />
Dos 742 indivíduos de anfíbios registradas na 3ª (terceira) campanha, 478 (64,42%) foram<br />
catalogados pelo método de vocalização, 27 (3,6%) por avistamento e 28 (3,7%) foram<br />
capturadas. O método de captura foi dividido em Pit-fall e captura manual, sendo que o primeiro<br />
obteve 206 (88,03%) de registros e o segundo 28 (11,96%). Em períodos relacionados à época de<br />
chuva, geralmente observa-se que o método de vocalização é mais abundante. O elevado<br />
resultado para este método está relacionado à Dendropsophus minutus (perereca), que apresentou<br />
64 indivíduos vocalizando; Sinax fuscovarius (perereca-de-banheiro) que contou com 62<br />
exemplares, Hypsiboas albopunctatus (perereca), com 55 exemplares e Dendropsophus nanus<br />
(perereca) com 28 indivíduos vocalizando (Fotos 37a 40).<br />
Foto 37. Dendropsophus minutus (perereca)<br />
vocalizando.<br />
Foto 38. Sinax fuscovarius (pereça-de-banheiro).<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 39. Dendropsophus nanus (perereca). Foto 40. Hypsiboas albopunctatus (perereca).<br />
Em relação ao índice de riqueza de espécies, nota-se que o método de vocalização foi o mais<br />
representativo com 14 (29,78%) espécies registradas de um total de 45 catalogadas para a<br />
anurofauna (Figura 17). As armadilhas de captura com pit-fall foram montadas de duas formas,<br />
em Linha e em “Y”, de forma a comparar a eficiência de captura das mesmas. A diferença de<br />
riqueza registrada entre as armadilhas foi de apenas 02 (duas) espécies. Quanto à abundância, foi<br />
observada uma diferença de 26 espécies entre as formas de captura, tendo sido capturados 104<br />
exemplares pelo método em Linha e 78 exemplares com pit-fall em “Y” (Figura 18).<br />
500<br />
450<br />
400<br />
350<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
Pit-fall CP AV VO CA<br />
Riqueza<br />
Figura 17. Abundância e riqueza de espécies de anfíbios por metodologia usada na 3ª<br />
(terceira) campanha.<br />
Legenda: CP = CaPtura, AV = AVistamento, VO = VOcalização e CA = Carcaça.<br />
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Abundância<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 18. Abundância e riqueza de espécies de anfíbios capturados em pit-fall dispostos<br />
em Linha e em “Y’ na 3ª (terceira) campanha.<br />
Além da sazonalidade, há uma série de outros fatores que podem contribuir com as flutuações<br />
populacionais dentro de uma população de anfíbios. Dentre eles podemos citar: competição<br />
(SREDL & COLLINS, 1992), modificação do habitat (FELLERS & DROST, 1993), radiação<br />
ultravioleta (BELDEN et al., 2002), doenças (BLAUSTEIN et al., 1994), entre outros, embora a<br />
distribuição e quantidade de chuvas possam ser os principais fatores influenciando o tempo e a<br />
periodicidade da reprodução em anuros (BERTOLUCI, 1998; STEWART, 1995).<br />
No que tange o padrão de abundância das famílias de anfíbios registradas nesta 3ª (terceira)<br />
campanha, observa-se que a família Hylidae foi a mais representativa, com 42,99% (N=319) do<br />
total de indivíduos registrados para a anurofauna (N=742), seguida das famílias Leptodactylidae<br />
21,42 (N=159) e Strabomantidae 22,91% (N=170). (Figura 19).<br />
Em relação à riqueza de espécies as famílias Hylidae N=8 (38,09%), Leptodactylidae N=6<br />
(28,57%) e Leiuperidae N=4 (19,04%) foram as mais representativas, enquanto as famílias<br />
Bufonidae, Cycloramphidae e Strabomantidae apresentaram apenas 01 (uma) única espécie cada<br />
(Figura 19).<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Linha Y<br />
Pit-fall<br />
Riqueza<br />
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Abundância<br />
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200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 19. Representatividade das famílias de anfíbios na 3ª (terceira) campanha.<br />
A representatividade da família Hylidae está relacionada às espécies Dendropsophus minutus<br />
N=64 (8,6%), Sinax fuscovarius que registrou 62 (8,3%) indivíduos; Hypsiboas albopunctatus<br />
com N=55 (7,4%) e Dendropsophus nanus com N=28 (3,7%) exemplares registrados de um total<br />
de 742 registrados para a anurofauna (Fotos 41 a 46). Já a representatividade da família<br />
Strabomantidae se refere à quantidade de registros para Barycholos ternetzi N=170 (22,91%)<br />
(Foto 45). A família Leptodactylidae deve sua representatividade à espécie Leptodactylus<br />
labyrinthicus N=62 (8,3%) (Foto 46).<br />
Riqueza<br />
Foto 41. Dendropsophus minutus (perereca). Foto 42. Sinax fuscovarius (perereca-de-banheiro).<br />
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Abundância<br />
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Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 43. Hypsiboas albopunctatus (perereca). Foto 44. Dendropsophus nanus (perereca).<br />
Foto 45. Barycholos ternetzi (rã-cachorro). Foto 46. Leptodactylus labyrinthicus (rã-assobiadeira).<br />
Dentre as espécies citadas acima, Dendropsophus minutus é um dos anuros mais comuns, com<br />
ampla distribuição na América do Sul (FROST, 2002), vocaliza sobre a vegetação aquática<br />
emergente e sobre arbustos na borda de banhados e pequenas lagoas (KWET & DI-<br />
BERNARDO, 1999). Dendropsophus nanus é uma espécie que usa arbustos e gramíneas de<br />
áreas alagadas e possui tamanho reduzido. Hypsiboas albopunctatus trata-se de uma perereca de<br />
tamanho médio que vocaliza em arbustos e árvores baixas. É encontrada em lagoas permanentes<br />
e áreas brejosas, bem como em mata de galeria (BRASILEIRO et al., 2005). PRADO &<br />
POMBAL, (2005) encontraram preferência desta espécie pela estação chuvosa.<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
São encontrados em ambientes mais secos e também em ambientes úmidos. Barycholos ternetzi<br />
é uma espécie endêmica do bioma Cerrado. Trabalhos relatam a ocorrência tanto em áreas<br />
florestais quanto abertas (VALDUJO, P. H. et al., 2011).<br />
A espécie Leptodactylus labyrinthicus possui um longo período de acasalamento associado às<br />
chuvas. Os machos costumam vocalizar as margens de corpos de água permanentes ou<br />
temporários, iniciando ao entardecer (LIBERIO 2008).<br />
A família Hylidae tem maior representatividade na região neotropical (DUELLMAN, 1988;<br />
ACHAVAL & OLMOS, 2003) e mais especificamente em diversos biomas do Brasil como<br />
relatado em BRANDÃO & ARAÚJO (1998), BERNARDE & MACHADO (2001),<br />
IZECKSOHN & CARVALHO-E-SILVA (2001) e POMBAL & GORDO (2004). Possui 339<br />
espécies com ocorrência para o Brasil de acordo com a Sociedade Brasileira de Herpetologia<br />
(SBH, 2011), e nesta campanha apresentou a maior riqueza (N=8), bem como abundância mais<br />
expressiva (N=319).<br />
Em relação aos sítios amostrais, observa-se que o sítio 8 foi o mais abundante com 255 (duzentos<br />
e cinquenta e cinco) seguido do sítio 6 com 198 (cento e noventa e oito) indivíduos catalogados.<br />
A figura abaixo ilustra a distribuição da riqueza e abundância da anurofauna por sítios amostrais<br />
nesta campanha (Figura 20).<br />
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0<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
SA 01 SA 02 SA 03 SA 04 SA 05 SA 06 SA 07 SA 08<br />
Rhinella schneideri Proceratophrys goyana<br />
Dendropsophus minutus Dendropsophus nanus<br />
Hypsiboas albopunctatus Hypsiboas lundii<br />
Hypsiboas multifasciatus Hypsiboas raniceps<br />
Pseudis bolbodactyla Scinax fuscovarius<br />
Eupemphix nattereri Physalaemus centralis<br />
Physalaemus cuvieri Pseudopaludicola ternetzi<br />
Leptodactylus hylaedactylus Leptodactylus labyrinthicus<br />
Leptodactylus latrans Leptodactylus mystacinus<br />
Leptodactylus podicipinus Leptodactylus syphax<br />
Barycholos ternetzi<br />
Figura 20. Riqueza e abundância da anurofauna por sítios amostrais 3ª (terceira) campanha.<br />
Ainda tendo como tema os sítios amostrais trabalhados na terceira campanha de levantamento da<br />
UHE Itumbiara foi elaborado o cluster de similaridade, deste modo foi possível observar que os<br />
sítios amostrais 6 e 7 foram os mais similares com 46,15%, enquanto que entre os sítios 4 e 8 não<br />
houve similaridade, ou seja, espécies em comum. Estes dois sítios amostrais (SA04 e SA08)<br />
compartilham apenas uma espécie de anfíbio (Figura 21 e Quadro 7).<br />
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Figura 21. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA).<br />
Quadro 7. Valores de similaridade entre os Sítio Amostrais (SA) na terceira campanha.<br />
SA 01 SA 02 SA 03 SA 04 SA 05 SA 06 SA 07 SA 08<br />
SA 01 * 20 28, 5714 16, 6667 28, 5714 36, 3636 27, 2727 25<br />
SA 02 * * 37,5 28, 5714 37,5 21, 4286 45, 4545 13, 3333<br />
SA 03 * * * 20 33, 3333 16, 6667 30 7, 6923<br />
SA 04 * * * * 20 9, 0909 10 0<br />
SA 05 * * * * * 16, 6667 30 7,6923<br />
SA 06 * * * * * * 46, 1538 33, 3333<br />
SA 07 * * * * * * * 18,75<br />
SA 08 * * * * * * * *<br />
Avaliando-se a ocorrência de espécies por ambiente amostrado, nota-se que o ambiente aquático<br />
apresentou a maior abundância nesta 3ª (terceira) campanha com 52,29% (N=388) de<br />
representatividade em relação ao total (N=742) de anfíbios capturados, seguido pelos ambientes<br />
mata semidecidua 15,09% (N=112) e mata de galeria 12,93% (N=96). Os demais ambientes<br />
foram menos representativos: ambiente antrópico 8,08% (N=60), cerradão 2,69% (N=20) e<br />
cerrado 0,80% (N=6, seis). Em relação à riqueza de espécies, nota-se que o ambiente aquático foi<br />
o ambiente de maior representatividade com 13 espécies das 21 registradas (Figura 22).<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
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UHE Itumbiara<br />
MG MS CE CD AT AA<br />
Riqueza<br />
Figura 22. Riqueza e abundância de anfíbios por ambientes amostrados.<br />
Legenda: MG = Mata de Galeria, MS = Mata Semidecidua, CE = Cerrado, CD =<br />
Cerradão, AT = Ambiente anTrópico e AA = Ambiente Aquático.<br />
Alguns anfíbios capturados tiveram seus padrões anotados, tais como: espécie, pontos de<br />
captura, ambiente, sexo, peso, destino (soltura) e dados biométricos (Quadro 8) e (Fotos 47 e<br />
48) Além destes padrões, foi adotada nesta campanha a marcação de anfíbios utilizando o<br />
polímero de elastômero (VIE – implante visual de elastômero). Na literatura não há um modelo<br />
descritivo sugerindo este tipo de marcação, assim este processo será ajustado ao longo das<br />
campanhas, por isso alguns indivíduos capturados foram soltos sem marcação.<br />
Foto 47. Biometria de anfíbio. Foto 48. Pesagem de anfíbio.<br />
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Abundância<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Quadro 8. Dados biométricos de anfíbios capturados.<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
27/03/12 06 Rhinella schneideri MS 17,5 12,2 13,3 12,3 12,4 13,2 13,1 11,7 23,8 J I ER S<br />
27/03/12 06 Proceratophrys goyana MS 14,7 19,1 12,1 10,5 10,1 10,8 10,7 10,4 7,5 A I ER S<br />
28/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 23,0 8,9 9,1 6,8 5,1 13,1 13,5 8,2 2,0 J I ER S<br />
28/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 24,1 9,1 9,7 6,9 5,4 13,1 14,6 8,3 2,1 J I ER S<br />
28/03/12 07 Eupemphix nattereri MS 39,1 12,6 16,1 14,7 7,6 17,6 16,1 9,6 6,6 A I ER S<br />
28/03/12 06 Leptodactylus labyrinthicus MS 64,1 22,6 22,4 16,3 31,0 25,7 16,9 12,6 34,9 A I S<br />
28/03/12 06 Proceratophrys goyana MS 40,0 20,0 20,3 12,0 6,0 12,6 12,6 9,1 6,9 A I S<br />
28/03/12 01 Hypsiboas multifasciatus MS 43,1 14,2 14,1 13,3 7,1 24,3 25,1 11,3 4,9 A M S<br />
28/03/12 01 Hypsiboas multifasciatus MS 41,3 13,3 15,2 15,4 7,2 25,1 27,3 15,2 5,3 A M S<br />
28/03/12 01 Hypsiboas multifasciatus MS 44,3 14,1 14,2 11,1 9,2 26,3 26,3 16,1 5,6 A M S<br />
28/03/12 01 Hypsiboas multifasciatus MS 40,1 14,1 15,2 12,4 7,3 24,3 27,4 16,1 5,6 A M S<br />
29/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 30,1 7,3 10,1 9,1 6,3 14,4 16,3 9,2 2,1 J I ER S<br />
29/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 25,4 7,4 10,6 9,1 6,4 15,5 15,5 8,2 2,0 J I ER S<br />
29/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 27,1 9,5 10,1 9,3 6,1 14,1 15,5 8,2 2,2 J I ER S<br />
29/03/12 01 Barycholos ternetzi MS 21,9 8,0 7,9 6,4 4,2 12,6 12,6 7,0 1,9 J I S<br />
29/03/12 01 Barycholos ternetzi MS 24,6 8,7 8,4 6,4 5,1 12,8 12,6 5,6 2,0 J I S<br />
29/03/12 08 Leptodactylus mystacinus MS 64,4 18,3 22,3 18,1 12,4 25,5 26,4 13,3 18,5 A M S<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
29/03/12 08 Hypsiboas lundii MS 53,7 19,3 21,1 16,2 11,1 32,3 28,1 16,2 13,0 A M S<br />
29/03/12 08 Hypsiboas lundii MS 47,1 17,2 18,1 13,3 10,1 25,2 25,1 15,2 9,9 A M S<br />
29/03/12 08 Hypsiboas lundii MS 51,2 18,3 19,1 15,2 11,2 22,3 25,4 14,1 11,1 A M S<br />
29/03/12 08 Hypsiboas lundii MS 46,2 18,1 21,2 13,4 10,3 26,1 24,5 14,1 10,6 A M S<br />
29/03/12 08 Hypsiboas raniceps MS 46,4 15,5 17,5 15,3 8,1 27,4 27,4 17,3 8,4 A I S<br />
29/03/12 08 Leptodactylus podicipinus MS 42,3 13,6 11,1 7,2 19,1 13,5 15,1 8,3 6,3 A M S<br />
29/03/12 08 Leptodactylus podicipinus MS 38,4 10,1 14,2 8,3 6,4 17,5 15,2 8,2 5,2 A M S<br />
29/03/12 08 Leptodactylus podicipinus MS 33,4 10,1 11,2 8,3 6,2 13,4 14,2 7,4 3,3 A M S<br />
29/03/12 08 Hypsiboas multifasciatus MS 46,4 15,3 15,2 12,5 7,2 26,4 29,1 15,5 7,2 A M S<br />
29/03/12 08 Hypsiboas multifasciatus MS 48,1 18,2 17,3 15,2 9,4 29,3 29,3 15,1 8,5 A M S<br />
29/03/12 08 Dendropsophus minutus MS 24,3 7,1 8,2 6,3 4,3 12,2 12,2 7,2 0,8 A M S<br />
29/03/12 08 Dendropsophus nanus MS 20,1 7,2 8,4 6,2 5,2 10,1 10,1 7,2 0,6 A M S<br />
29/03/12 08 Dendropsophus nanus MS 23,2 7,3 7,2 6,3 4,1 9,1 8,2 6,4 0,6 A M S<br />
30/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 30,4 8,5 11,1 10,4 5,2 14,1 13,4 17,1 2,0 A I ER S<br />
30/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 28,4 7,2 9,2 7,8 5,4 12,3 12,3 7,4 1,3 A I ER S<br />
30/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 30,2 9,3 10,1 7,3 5,1 14,1 16,3 7,4 1,5 A I ER S<br />
30/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 27,4 8,1 9,2 9,3 5,2 13,3 14,1 7,3 1,4 A I ER S<br />
Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />
Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />
59
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
30/03/12 07 Barycholos ternetzi MS 27,9 8,0 9,0 7,7 7,1 15,1 16,8 10,3 2,0 A I ER S<br />
30/03/12 07 Eupemphix nattereri MS 31,4 10,6 12,1 11,9 9,0 15,8 14,3 9,4 6,3 A I ER S<br />
30/03/12 07 Scinax fuscovarius MS 45,2 13,3 14,1 13,4 8,2 20,4 25,1 11,5 5,0 A I S<br />
30/03/12 07 Leptodactylus latrans MS 85,2 26,4 26,1 27,2 13,8 37,2 35,1 16,2 59,0 A I S<br />
30/03/12 07 Rhinella schneideri MS 114,3 30,1 53,3 44,1 29,2 47,3 49,4 26,1 166,0 A M S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 21,0 8,4 7,4 6,8 5,3 12,2 13,7 7,5 1,1 J I ER S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 21,5 7,7 7,7 5,6 5,0 13,9 12,9 8,0 1,3 J I ER S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 23,0 7,1 7,5 5,6 6,3 12,5 13,9 7,7 1,3 J I ER S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 26,9 8,0 9,3 8,4 7,0 15,6 15,3 8,4 1,8 J I ER S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 25,1 8,5 9,2 7,7 6,5 15,4 16,1 7,8 1,9 J I ER S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 24,7 8,6 9,0 6,8 6,0 14,2 15,0 7,4 1,6 J I ER S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 24,4 8,4 9,5 8,3 6,0 14,0 16,2 8,6 1,5 J I ER S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 25,8 8,5 8,5 7,4 6,2 14,5 15,8 8,6 2,1 J I ER S<br />
31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 28,3 9,9 10,0 9,9 6,5 17,2 17,6 10,1 2,8 A I ER S<br />
31/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 25,2 9,3 9,1 6,8 5,6 14,5 13,9 7,4 1,5 J I ER S<br />
31/03/12 08 Physalaemus centralis MS 31,0 9,2 10,0 8,3 6,2 12,9 12,0 7,3 1,4 A I ER S<br />
31/03/12 06 Rhinella schneideri AT 76,0 22,2 33,9 27,4 24,6 33,0 33,6 21,9 55, A I S<br />
31/03/12 06 Rhinella schneideri AT 110,0 27,1 38,4 30,5 24,1 36,6 44,0 30,0 145,0 A M S<br />
31/03/12 06 Dendropsophus nanus AT 20,0 7,0 6,9 4,2 4,9 11,2 10,8 7,0 0,5 A M S<br />
Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />
Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />
60
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
31/03/12 06 Scinax fuscovarius AT 47,4 15,2 17,9 13,2 12,2 25,5 23,8 15,9 8,4 A M S<br />
31/03/12 06 Scinax fuscovarius AT 56,2 17,8 19,0 13,5 12,1 33,7 32,4 21,0 13,0 A M S<br />
31/03/12 06 Leptodactylus labyrinthicus AT 62,2 18,9 26,9 16,4 14,4 32,0 32,5 18,8 34,6 J M S<br />
31/03/12 06 Leptodactylus latrans AT 85,8 27,0 26,7 27,8 14,2 37,8 35,6 16,7 60,0 A M S<br />
01/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 25,0 7,0 9,1 10,1 5,0 15,1 14,3 8,1 1,3 J I ER S<br />
01/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 26,1 8,1 9,1 7,2 5,2 14,2 15,4 9,5 1,6 A I ER S<br />
01/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 29,1 8,2 9,2 8,2 5,2 15,4 15,3 7,2 2,1 A I ER S<br />
01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 21,9 9,4 9,4 7,1 6,3 16,0 15,7 9,4 1,9 J I ER S<br />
01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 26,2 8,1 8,8 7,6 6,5 14,1 15,0 8,7 1,5 J I ER S<br />
01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 23,3 8,2 9,0 6,9 6,3 13,1 15,3 8,5 1,5 J I ER S<br />
01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 23,3 7,2 8,6 5,8 5,7 13,3 14,4 8,4 1,4 J I ER S<br />
01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 25,2 8,5 8,9 6,2 6,3 11,5 15,0 7,7 1,5 J I ER S<br />
01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 28,8 9,4 10,1 7,8 7,4 14,5 17,4 9,2 1,2 A I ER S<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 28,4 10,1 10,5 7,1 6,2 15,4 14,1 8,2 2,3 A I ER S<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 31,2 10,4 11,1 8,2 7,3 15,4 17,2 9,1 2,9 A I ER S<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 35,1 10,3 9,2 7,1 14,2 15,1 17,2 9,2 2,7 A I ER S<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 27,2 9,2 9,3 7,1 15,2 12,2 15,1 7,3 1,7 A I ER S<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 30,1 9,2 10,1 8,2 15,2 16,1 16,2 7,3 2,5 A I ER S<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 30,1 9,3 10,2 7,2 6,3 15,4 14,1 7,3 2,0 A I ER S<br />
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61
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 27,1 7,4 9,2 7,2 6,3 14,3 15,4 7,2 1,6 A I ER S<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 24,2 8,4 9,4 7,3 5,1 14,3 12,2 7,4 1,2 A I ER S<br />
02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 29,1 7,2 9,3 8,3 5,1 13,4 14,1 7,3 1,5 A I ER S<br />
02/04/12 07 Physalaemus cuvieri MS 25,0 7,3 8,2 7,4 5,9 11,3 11,3 7,8 1,5 A M ER S<br />
03/04/12 07 Barycholos ternetzi MS 25,2 8,3 9,1 7,1 5,1 15,5 14,2 7,2 1,1 J I ER S<br />
04/04/12 04 Eupemphix nattereri CE 22,0 8,6 8,7 5,1 7,7 10,9 5,8 12,3 6,9 J I ER S<br />
04/04/12 04 Physalaemus cuvieri CE 29,1 6,9 7,5 4,1 5,0 10,7 5,0 9,4 1,4 A I ER S<br />
05/04/12 02 Physalaemus centralis MG 25,2 7,4 9,3 7,5 4,5 10,2 10,2 7,2 1,4 J I ER S<br />
05/04/12 02 Leptodactylus syphax MG 57,5 21,7 20,1 17,2 9,4 23,1 24,8 9,1 16,2 A I ER S<br />
05/04/12 02 Leptodactylus hylaedactylus MG 19,1 7,2 7,3 5,1 3,1 8,4 8,4 6,3 0,6 A I S<br />
05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 26,5 9,2 9,1 7,4 5,1 14,5 14,3 6,6 2,1 J I ER S<br />
05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,1 10,1 10,2 9,1 7,5 16,1 18,8 7,3 2,8 A I ER S<br />
05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 25,4 9,1 9,5 6,3 4,1 13,1 13,3 7,2 1,2 J I ER S<br />
05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 29,1 8,2 9,2 7,2 5,4 13,1 9,5 8,5 1,7 A I ER S<br />
05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,3 8,1 9,1 7,2 5,2 14,1 16,6 7,4 2,0 A I ER S<br />
05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 25,2 7,1 9,4 6,2 5,1 13,2 14,3 7,2 1,8 J I ER S<br />
05/04/12 02 Physalaemus cuvieri MG 23,4 7,2 8,2 7,2 5,4 10,1 10,4 5,1 1,9 J I ER S<br />
05/04/12 03 Barycholos ternetzi CD 29,1 8,3 10,1 9,7 6,3 14,4 14,4 8,4 2,0 A I ER S<br />
05/04/12 03 Barycholos ternetzi CD 25,4 7,1 9,5 7,1 5,6 12,1 13,4 6,2 1,2 J I ER S<br />
05/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,2 7,5 8,3 8,2 5,1 14,3 16,1 7,2 1,5 J I ER S<br />
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62
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
05/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 24,3 7,2 9,1 7,1 6,4 14,3 12,2 6,4 1,3 J I ER S<br />
06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 25,4 9,6 9,6 7,3 6,9 15,2 15,9 8,8 1,6 J I ER S<br />
06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 23,2 7,9 8,1 6,6 5,5 13,8 14,7 8,6 1,1 J I ER S<br />
06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,6 8,5 9,0 7,6 6,3 14,0 14,8 9,0 1,3 J I ER S<br />
06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,9 9,6 9,2 6,6 6,4 16,0 16,3 9,2 1,7 J I ER S<br />
06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 22,7 8,3 8,8 7,4 6,2 14,2 14,4 8,6 1,2 J I ER S<br />
06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 28,9 9,8 9,3 7,4 7,2 17,2 17,3 9,9 2,0 A I ER S<br />
06/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 28,0 9,4 10,0 8,3 6,5 15,2 14,5 9,4 2,7 A I ER S<br />
06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,5 8,6 9,4 8,2 7,5 15,1 16,7 9,3 2,4 J I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,7 8,7 9,6 7,6 7,2 17,0 16,9 9,3 2,0 A I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,2 8,5 9,6 7,5 7,0 15,3 16,9 9,1 1,7 A I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,4 9,0 8,2 7,3 6,4 12,9 15,0 8,5 1,6 J I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,8 8,5 8,7 8,3 6,4 14,2 15,3 8,0 1,7 J I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,0 7,9 9,1 7,2 7,2 16,0 14,0 8,0 2,0 A I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 26,1 8,8 9,7 7,3 6,6 15,4 15,7 8,8 1,5 J I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,9 8,6 9,2 8,7 6,7 14,0 15,5 8,8 1,7 J I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 23,9 8,1 7,7 6,7 5,7 11,8 13,7 6,9 1,1 J I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 25,3 9,2 8,6 8,6 5,9 12,0 14,7 8,1 1,5 J I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,3 10,4 8,9 8,2 5,6 12,5 12,9 6,8 1,3 J I ER S<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 23,6 10,3 8,3 6,9 5,1 12,7 12,9 7,3 1,0 J I ER S<br />
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63
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,8 8,9 8,1 7,9 5,4 13,4 13,0 8,0 1,3 J I ER S<br />
06/04/12 03 Barycholos ternetzi CD 29,1 9,2 11,4 9,1 7,5 15,1 17,5 8,3 2,2 A I ER S<br />
06/04/12 05 Leptodactylus hylaedactylus MS 19,6 6,2 7,1 4,1 9,3 9,1 6,1 7,4 0,7 A I S<br />
07/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 22,0 8,3 7,8 7,0 5,7 11,8 13,5 6,7 1,1 J I ER S<br />
07/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,7 10,0 9,4 8,3 7,0 16,5 17,3 9,8 2,0 J I ER S<br />
07/04/12 05 Leptodactylus hylaedactylus MS 20,6 6,6 7,1 6,4 6,0 10,0 10,5 6,5 0,6 A I S<br />
07/04/12 02 Eupemphix nattereri MS 41,6 12,3 14,0 12,8 9,5 17,5 17,4 11,2 46 A I R S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 23,0 9,0 8,2 7,2 5,7 11,0 13,3 7,0 1,2 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 24,7 9,0 9,5 7,1 6,6 13,4 15,6 8,5 1,7 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 26,0 8,8 9,4 7,9 7,0 15,1 16,3 9,7 1,9 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 23,3 7,9 8,4 6,6 5,5 13,3 13,8 8,0 1,0 A I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 22,7 6,8 8,0 7,9 6,0 12,5 13,9 7,3 1,1 J I S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 25,7 8,2 9,5 7,5 6,4 14,3 15,7 8,5 2,2 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 27,0 8,1 9,5 8,1 6,9 14,3 15,4 8,6 2,0 A I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 22,5 6,8 9,0 6,6 5,8 13,7 14,7 7,9 1,3 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 21,0 6,4 8,1 5,9 5,0 12,7 12,7 7,4 0,9 J I S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 23,2 7,9 8,0 7,1 6,2 12,6 14,8 7,6 1,4 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 24,9 8,4 8,5 6,9 5,7 13,4 15,0 8,9 1,4 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 24,4 7,7 9,4 6,9 6,0 15,2 16,7 9,8 1,4 J I ER S<br />
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64
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 26,0 8,8 9,7 8,7 6,3 15,4 17,2 8,8 2,2 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 27,9 9,0 9,7 7,3 6,6 14,4 16,6 8,4 2,2 A I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 25,8 8,6 9,2 8,3 6,0 13,8 15,4 9,1 1,7 J I ER S<br />
07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 24,2 8,3 8,8 6,9 6,2 13,5 15,5 8,2 1,3 J I ER S<br />
07/04/12 02 Physalaemus cuvieri MS 25,4 8,0 9,0 8,0 5,4 13,3 12,1 6,9 1,7 J I ER S<br />
08/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 29,1 9,1 10,4 7,3 6,1 13,1 14,2 7,2 1,7 A I ER S<br />
08/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 30,1 7,1 9,1 7,2 5,3 12,2 14,6 7,4 2,2 A I ER S<br />
08/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,1 8,2 10,1 8,2 6,1 13,2 15,4 7,2 1,6 A I ER S<br />
08/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 30,1 8,1 11,5 8,4 6,2 15,3 14,1 7,2 2,3 A I ER S<br />
08/04/12 02 Eupemphix nattereri MG 27,3 6,1 10,1 8,2 6,4 11,3 9,3 5,4 2,1 A I ER S<br />
08/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 29,1 7,5 10,1 8,1 5,1 13,1 14,4 7,1 1,7 A I ER S<br />
08/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 29,1 7,3 10,2 6,3 7,3 14,1 15,3 7,2 2,3 A I ER S<br />
08/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 27,4 7,1 9,3 6,1 5,3 11,1 13,3 7,6 1,9 A I ER S<br />
09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 28,4 7,8 9,9 8,5 7,1 15,5 16,8 9,4 2,1 A I ER S<br />
09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 23,9 8,2 9,3 6,5 5,9 14,2 15,5 8,8 1,9 J I ER S<br />
09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,1 8,4 9,0 6,9 6,4 12,8 15,3 9,3 1,6 J I ER S<br />
09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 24,0 8,3 9,4 7,0 6,2 14,2 15,7 8,8 1,6 J I ER S<br />
09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 30,1 9,1 10,0 7,6 6,5 15,2 17,4 10,7 2,0 A I ER S<br />
09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 25,5 8,6 9,9 7,1 6,7 16,1 17,0 9,1 2,1 J I ER S<br />
09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 25,8 9,2 10,1 7,4 7,4 15,2 17,3 10,3 1,9 J I ER S<br />
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65
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 27,5 8,6 10,1 7,1 6,9 15,2 16,8 9,1 2,1 A I ER S<br />
09/04/12 04 Barycholos ternetzi CE 23,7 8,4 8,5 6,8 5,2 13,0 12,9 8,4 1,2 A I ER S<br />
10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 26,1 7,6 9,1 6,2 5,1 9,2 11,1 11,2 1,8 J I ER S<br />
10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 22,0 6,1 8,3 7,1 5,3 10,3 8,2 5,2 1,4 J I S<br />
10/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 28,3 7,1 10,2 7,1 6,2 13,5 15,2 6,4 2,1 A I S<br />
10/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 27,2 7,1 10,2 7,1 5,2 15,5 14,6 7,2 2,1 A I S<br />
10/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 25,1 24,3 7,1 7,2 5,1 12,2 13,2 7,2 1,7 J I S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 30,4 8,2 11,5 7,5 6,4 14,1 16,1 8,3 3,0 A I ER S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,6 8,1 9,2 8,1 6,5 12,7 13,5 7,1 1,5 A I S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 26,1 8,1 9,2 8,2 5,3 13,1 11,3 5,1 1,6 J I S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,6 8,3 9,1 5,1 11,2 12,4 11,1 6,2 1,2 A I S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,1 8,1 10,1 8,2 6,3 9,2 15,2 8,6 2,1 A I S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 25,4 15,2 7,2 9,1 7,2 6,1 13,4 7,4 1,4 J I S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 22,2 7,1 9,2 7,1 4,2 13,2 11,1 6,5 1,4 J I S<br />
10/04/12 02 Eupemphix nattereri MG 35,3 7,1 13,1 9,2 7,1 12,1 10,1 8,3 3,1 A I ER S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,5 8,9 9,8 7,7 6,7 14,6 16,9 9,2 1,9 A I ER S<br />
10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 25,0 7,4 8,2 5,2 6,0 10,3 11,8 6,9 1,5 A I ER S<br />
10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 26,1 8,2 9,5 8,6 7,2 13,4 12,6 7,3 1,9 A I ER S<br />
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66
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 28,7 7,4 9,6 8,6 7,1 14,2 13,9 1,5 2,6 A I ER S<br />
10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,7 7,3 7,5 6,4 6,0 13,5 15,7 8,2 1,4 A I ER S<br />
Legenda: SA = Sítio amostral, VR = Varredura, AQ = Armadilha de queda (pitfall), AMB. = ambiente; MG = mata de galeria, MC = mata ciliar MS = mata semidecidual, CE =<br />
cerrado, CD = cerradão, AA = ambiente aquático, AT = ambiente antropizado. CRC = comprimento rostro-cloaca, CCa = comprimento da cabeça, LCa = largura da cabeça, UM =<br />
úmero, RA = rádio, FE = fêmur, TI = tíbia, SX = Sexo (M/F), ID = Idade (J: jovem, A: adulto), PS = Peso, MA = marcação, ER = elastômero rosa.<br />
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67
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
A técnica de marcação e recaptura é uma técnica científica utilizada habitualmente em ecologia<br />
para estimar o tamanho de uma população e suas características (sobrevivência, movimentos e<br />
crescimento, por exemplo). Este método é utilizado quando o pesquisador não pode estudar a<br />
cada um dos indivíduos da população. Também se conhece este método com os nomes de<br />
captura-recaptura ou captura e marcação (SEBER, 1982; WILLIAMS & CONROY, 2002).<br />
Tipicamente depois de uma primeira captura, marca-se de forma individual uma série de<br />
indivíduos da população e a libertam. Passado um tempo suficiente, se recapturan uma série de<br />
indivíduos da mesma população e analisa-se a relação entre os recapturados com respeito ao<br />
número total de capturados para estimar o tamanho da população (SEBER, 1982; WILLIAMS et<br />
al, 2002).<br />
Neste estudo 71% (N=124) dos exemplares da Classe Amphibia capturados foram marcados.<br />
Entre os indivíduos marcados, 104 indivíduos pertencem à família Strabomantidae, todos da<br />
espécie Barycholos ternetzi. A família Leiuperidae teve 17 espécies marcadas: Physalaemus<br />
cuvieri (N=9), Eupemphix nattereri (N=2), e Physalaemus centralis com 02 (N=2) espécimes<br />
marcados. (Figura 23). Até o presente momento não houve recaptura de espécimes de anfíbios.<br />
O objetivo deste tipo de marcação é estudar os parâmetros como marcação-recaptura do grupo<br />
em estudo. Este tipo de técnica é uma ferramenta eficaz, pois apresenta reduzidas taxas de perda<br />
da marcação, além de não produzir efeitos negativos sobre as espécies (GOLDSMITH et al.,<br />
2003; WALSH & WINKELMAN 2004; MEASEY et al. (2001).<br />
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68
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 23. Abundância e riqueza dos anuros marcados com elastômero por família.<br />
Abaixo é apresentado um check-list fotográfico das espécies registradas durante a 3ª (terceira)<br />
campanha de levantamento da fauna da UHE Itumbiara (Fotos 49 a 67).<br />
Riqueza<br />
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Abundância<br />
Foto 49. Rhinella schneideri (sapo-cururu). Foto 50. Barycholos ternetzi (rã).<br />
69
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 51. Dendropsophus nanus (perereca). Foto 52. Dendropsophus minutus (perereca).<br />
Foto 53. Hypsiboas multifasciatus (perereca). Foto 54. Hypsiboas albopunctatus (perereca).<br />
Foto 55. Hypsiboas raniceps (perereca). Foto 56. Eupemphix nattereri (rã-de-quatro-olhos).<br />
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UHE Itumbiara<br />
Foto 57. Physalaemus cuvieri (rã-cachorro). Foto 58. Hypsiboas lundii (perereca).<br />
Foto 59. Leptodactylus latrans (rã-manteiga). Foto 60. Leptodactylus labyrinthicus (rã-pimenta).<br />
Foto 61. Leptodactylus mystacinus (caçote-vermelho). Foto 62. Leptodactylus podicipinus (caçote).<br />
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UHE Itumbiara<br />
Foto 63. Leptodactylus syphax (caçote). Foto 64. Proceratophrys goyana (sapo-de-chifres).<br />
Foto 65. Leptodactylus hylaedactylus (razinha). Foto 66. Pseudis bolbodactyla (rã-d’água).<br />
Foto 67. Pseudopaludicola ternetzi (rãzinha).<br />
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Composição da comunidade de répteis<br />
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Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Alguns autores afirmam que a fauna de répteis do Cerrado é regionalmente e localmente muito<br />
rica, com um número subestimado de riqueza e endemismos (NOGUEIRA & RODRIGUES,<br />
2006; COLLI et al. 2002, NOGUEIRA et al. 2005, NOGUEIRA, 2006). Segundo Diniz-Filho et<br />
al. (2007) estima-se que ocorram no Cerrado cerca de 193 espécies de répteis. Esta campanha<br />
apresentou apenas 10 espécies, confirmando assim 5,18% de representatividade em relação às<br />
espécies ocorrentes no bioma. Em relação à abundância, nota-se que dos 20 indivíduos de répteis<br />
registrados, 10 (50%) foram avistados. (Figura 24). O método de captura foi dividido em pit-fall<br />
e captura manual, sendo que o primeiro obteve 09 (nove) (45%) registros e o segundo apenas 1<br />
(um) (5%). Os pit-falls foram montados de duas formas quanto à disposição dos baldes: “linha” e<br />
“Y”, neste sentido o pit-fall “linha” capturou maior número de indivíduos do que o pit-fall “Y”<br />
que registrou apenas um indivíduo.<br />
10<br />
9<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Pit -fall Cap AV<br />
Riqueza<br />
Figura 24. Registro de répteis por metodologia adotada na 3ª (terceira) campanha.<br />
Legenda: AV = Avistamento e Cap = Captura.<br />
Em relação ao padrão de abundância e riqueza das famílias de répteis registrados nesta<br />
campanha, nota-se que a família Teiidae obteve a maior abundância com 35% (N=7) dos<br />
exemplares registrados, seguida por Viperidae 20% (N=4) dos 20 répteis registrados. As demais<br />
famílias (Boidade, Tropiduridade Scincidae e Gymnophitalmidade) apresentaram 02 (dois)<br />
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Abundância<br />
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UHE Itumbiara<br />
indivíduos catalogados cada (40%). E a família Anomalepididae apenas 01 (um) resgistro cada<br />
(5%).<br />
Em relação à riqueza de espécies, as famílias Teiidae, Boidae e Viperidae apresentaram os<br />
mesmos valores, com o registro de 02 (duas) espécies (28,57%). As demais famílias<br />
apresentaram apenas o registro de 01 (uma) espécie (Figura 25).<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Riqueza<br />
Figura 25. Padrão de abundância e riqueza das famílias de répteis registradas nesta 3ª<br />
(terceira) campanha.<br />
Os maiores valores de abundância dos répteis para a 3ª (terceira) campanha estão relacionados ao<br />
sucesso de amostragem para a subordem Lacertilia (lagartos) com a presença das famílias,<br />
Gymnophtalmidae, Teiidae e Tropiduridae. Este grupo (lagartos) constitui um dos grupos mais<br />
ricos e diversificados de répteis (SILVA & ARAÚJO, 2008). Os lagartos da família<br />
Gymnophtalmidae são tipicamente terrestres e vivem no folhiço da mata, sobre o solo, existindo<br />
aquelas espécies que são totalmente psamófilas (que vivem em solos arenosos) (FREITAS &<br />
SILVA, 2007). Neste estudo, foi registrada 01 (uma) espécie, Colobosaura modesta (lagartinho-<br />
de-folhiço). Os lagartos da família Teiidae são exclusivos das Américas, estando representados<br />
por cerca de 200 espécies com os mais variados hábitos de vida. Apesar da riqueza de formas e<br />
importância que desempenham em várias comunidades, pouco se conhece do comportamento e<br />
biologia reprodutiva dos teiideos (LOPES, 1986 apud SILVA & COSTA, 2005). Na 3ª (terceira)<br />
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Abundância<br />
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UHE Itumbiara<br />
campanha realizada foram registradas 02 (duas) espécies de teiideos, Ameiva ameiva (calango-<br />
verde) e Tupinambis merianae (teiú).<br />
Apesar de as serpentes serem de difícil observação, pois apresentam baixas densidades<br />
populacionais e períodos de inatividade, além de hábitos crípticos e alimentação esporádica<br />
(PARKER & PLUMMER, 1987), nesta campanha foi registrada 04 (quatro) espécies da<br />
subordem Ophidia, Boa constrictor (jibóia), Eunectes murinus (sucuri), Crotalus durissus<br />
(cascavel) e Bothrops moojeni (jararaca).<br />
Para a ordem Testudines não houve nenhum registro da família Chelidae. Esta família é a mais<br />
rica da ordem Testudines com 23 espécies, destas, 20 ocorrem no Brasil (SBH, 2011).<br />
As espécies de répteis mais abundantes foram: Ameiva ameiva (calango-verde) com 25% (N=5)<br />
e Crotalus durissus (cascavel) com 15% (N=3) dos exemplares catalogados. Em seguida tem-se<br />
Colobosaura modesta (lagartinho-de-folhiço), Mabuya nigropunctata, Tupinambis merianiae e<br />
Tropidurus oreadicus, com 10% (N=2) cada. As outras espécies apresentaram apenas um<br />
registro (Figura 26).<br />
Abundância<br />
5<br />
4,5<br />
4<br />
3,5<br />
3<br />
2,5<br />
2<br />
1,5<br />
1<br />
0,5<br />
0<br />
Figura 26. Abundância dos répteis catalogados.<br />
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UHE Itumbiara<br />
Em relação aos ambientes amostrados para o grupo dos répteis, é possível constatar que os<br />
ambientes de mata semidecídua e cerrado obtiveram as maiores abundâncias 45% (N=9) e 35%<br />
(N=7) respectivamente, seguido do cerradão com 15% (N=3) e do ambiente aquático com 5%<br />
(N=1) de representatividade em relação ao total de exemplares catalogados (N=20). Em relação à<br />
riqueza de espécies o ambiente de mata semidecídua também foi o mais representativo com 07<br />
(sete) espécies catalogadas (35%) num total de 17 registradas para a Classe Reptilia (Figura 27).<br />
9<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
Figura 27. Ambientes amostrados para o grupo de répteis nesta 3ª (terceira) campanha.<br />
Legenda: MG = Mata de Galeria, MS = Mata Semidecidual, CE = Cerrado, CD =<br />
Cerradão, AT = Ambiente antrópico e AA = Ambiente Aquático.<br />
Em relação aos sítios amostrais, observa-se que o sítio 4 foi o mais abundante com 6 (seis)<br />
indivíduos catalogados, os sítios 7 e 8 com 4 (quatro) indivíduos cada. Os sítios 6 e 3<br />
apresentaram menores valores de abundância com 3 (três) e 2 (dois) indivíduos respectivamente.<br />
Não houve nenhum registro para os sítios 1 e 2, e estes pontos normalmente apresentam baixa<br />
riqueza de reptíleos (Figura 28).<br />
MS CE CD AA<br />
Riqueza<br />
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Abundância<br />
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UHE Itumbiara<br />
Figura 28. Abundância e riqueza dos pontos amostrais nesta 3ª (terceira) campanha.<br />
O cluster de similaridade para os répteis registrados na terceira campanha de levantamento da<br />
UHE Itumbiara foi montado, deste modo foi possível observar que os sítios amostrais 3 e 4; 5 e 7<br />
foram os mais similares com 50% de similaridade pelo índice de Jaccard. Os outros sítios<br />
amostrais apresentaram baixa similaridade entre si, o que se deve aos poucos indivíduos<br />
encontrados na campanha, assim vários Sítios Amostrais não apresentaram similaridade entre si<br />
(Figura 29 e Quadro 9).<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 29. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA).<br />
Quadro 9. Valores de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA).<br />
SA 03 SA 04 SA 05 SA 06 SA 07 SA 08<br />
SA 03 * 50 0 33,3333 0 0<br />
SA 04 * * 0 20 0 33,3333<br />
SA 05 * * * 0 50 25<br />
SA 06 * * * * 0 0<br />
SA 07 * * * * * 20<br />
SA 08 * * * * * *<br />
Alguns répteis capturados tiveram seus padrões anotados, tais como: espécie, pontos de captura,<br />
ambiente, sexo, peso, destino (soltura) e dados biométricos do animal (Quadro 10). Assim como<br />
para os anfíbios, foi utilizada a marcação de polímero de elastômero para o grupo dos répteis<br />
com a finalidade de estudar os parâmetros como marcação-recaptura do grupo em estudo.<br />
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Quadro 10. Ficha de biometria dos répteis capturados na 3ª (terceira) campanha de Levantamento.<br />
DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA CCD UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />
31/03/12 08 Tropidurus oreadicus MS 32,5 49,4 9,3 7,1 6,1 5,0 7,2 6,7 4,7 1,2 J I ER S<br />
31/03/12 06 Ameiva ameiva MS 85,0 215,0 19,8 10,0 15,6 11,7 20,5 21,0 10,9 25,0 J I ER S<br />
04/04/12 04 Ameiva ameiva CE 70,3 141,4 16,3 10,1 10,1 7,2 15,2 16,3 9,1 10,1 J I ER S<br />
06/04/12 04 Ameiva ameiva CE 49,6 95,1 12,5 9,3 8,1 6,5 10,2 8,1 6,2 6,0 J I ER S<br />
07/04/12 04 Ameiva ameiva CE 70,6 174,0 19,6 11,1 12,5 9,3 17,5 16,4 10,1 17,0 A I ER S<br />
07/04/12 04 Mabuya nigropuctata CE 57,6 119,1 14,6 13,2 8,4 10,3 12,2 10,2 6,2 15,0 A I ER S<br />
08/04/12 03 Colobossaura modesta CD 40,0 84,1 8,0 5,0 5,7 3,6 5,1 5,0 3,7 0,7 J I S<br />
08/04/12 04 Ameiva ameiva CE 116,0 257,5 31,4 15,7 19,2 13,1 27,4 24,1 14,4 50,0 J I ER S<br />
08/04/12 04 Tropidurus oreadicus CE 46,0 69,8 13,0 9,7 9,3 6,8 12,5 9,4 5,5 2,9 J I S<br />
Legenda: SA = Sítio amostral, VR = Varredura, AQ = Armadilha de queda (pitfall), AMB. = ambiente; MG = mata de galeria, MC = mata ciliar MS = mata semidecidual, CE =<br />
cerrado, CD = cerradão, AA = ambiente aquático, AT = ambiente antropizado. CRC = comprimento rostro-cloaca, CCa = comprimento da cabeça, LCa = largura da cabeça, UM =<br />
úmero, RA = rádio, FE = fêmur, TI = tíbia, SX = Sexo (M/F), ID = Idade (J: jovem, A: adulto), PS = Peso, MA = marcação, ER = elastômero rosa.<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Monitoramento da Fauna<br />
de Vertebrados Terrestres<br />
Fase Pós-enchimento<br />
UHE Itumbiara<br />
A marcação com elastômero foi utilizada em 07 (sete) indivíduos da Classe Reptilia, sendo 4<br />
(quatro) no sítio 4; 1 (um) no sítio 6 e 1 (um) no sítio amostral 8. Os indivíduos marcados são da<br />
família Teiidae espécie Ameiva ameiva (calango verde), Scincidae espécie Mabuya<br />
nigropunctata e Tropiduridae espécie Tropidurus oreadicus. Estes espécimes tiveram a mesma<br />
marcação que os anfíbios (cor rosa) (Foto 68).<br />
Foto 68. Marcação com elastômero rosa (Ameiva ameiva).<br />
A seguir o check list fotográfico dos répteis registrados nesta campanha (Fotos 69 a 76).<br />
Foto 69. Liotyphlops ternetzi (cobra da terra). Foto 70. Colobosaura modesta (lagartinho-de-folhiço).<br />
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80
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 71. Mabuya nigropunctata (calango- liso). Foto 72. Ameiva ameiva (calango-verde).<br />
Foto 73. Tropidurus oreadicus (calango). Foto 74. Boa constrictor (jibóia).<br />
Foto 75. Crotalus durissus (cascavel). Foto 76. Bothrops moojeni (jararaca).<br />
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4.3. Considerações Finais<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
A 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara foi finalizada com o registro de 31<br />
espécies de anfíbios e répteis e uma estimativa de riqueza de Jacknife 1 de 41 espécies. Nesta<br />
campanha foram registradas mais 04 (quatro) espécies (Pseudopaludicola ternetzi, Leptodactylus<br />
hylaedactylus, Liotyphlops ternetzii e Eunectes murinus) que não haviam sido registradas nas<br />
campanhas anteriores. A baixa abundância apresentada na 3ª (terceira) campanha de<br />
levantamento da UHE Itumbiara deve-se principalmente ao período em que a campanha foi<br />
realizada, uma vez que, as atividades de campo aconteceram no final da estação chuvosa,<br />
período em que a maioria das espécies de anfíbios já concluiu o seu ciclo reprodutivo (exceto as<br />
espécies que não dependem da sazonalidade para a reprodução). Segundo Aichinger (1987), o<br />
período de reprodução é altamente afetado pela distribuição das chuvas, principalmente porque a<br />
disponibilidade de sítios aquáticos para reprodução é maior durante a estação chuvosa. Anfíbios<br />
neotropicais são extremamente dependentes da precipitação. Um único fator físico, distribuição<br />
de chuvas, regula os padrões de atividade reprodutiva dos anuros em áreas tropicais que são<br />
caracterizadas por uma pronunciada estação seca (HEUSSER, 1969 apud AICHINGER, 1987;<br />
HEYER, 1973; ZIMMERMAN & RODRIGUES, 1990).<br />
As listas de conservação animal e vegetal internacional (CITES, 2011 e IUCN, 2011) e nacional<br />
(MACHADO et al., 2008) foram consultadas para verificar o status de conservação das espécies<br />
registradas na terceira campanha de levantamento da UHE Itumbiara. Assim nenhuma espécie<br />
encontra-se vulnerável a nível nacional, porém a jibóia (Boa constrictor) e o teiú (Tupinambis<br />
merianae) encontram-se na lista do CITES, nos Apêndices I e II, respectivamente.<br />
Esta foi à 3ª (terceira) campanha de levantamento na área do reservatório e a expectativa para as<br />
novas campanhas é de que novas espécies de anfíbios e répteis sejam incorporadas ao check-list<br />
geral. A próxima campanha (Quarta) encerrará o ciclo sazonal de 01 (um) ano do Levantamento<br />
da UHE Itumbiara e esta atividade será realizada na estação seca, assim a tendência é de que<br />
poucas espécies ou nenhuma espécie seja incorporada na próxima campanha, uma vez que estes<br />
grupos estão diretamente relacionados às fontes hídricas.<br />
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4.4. Referências Bibliográficas<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
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Terrestre e Aquática<br />
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5. AVIFAUNA<br />
5.1. Metodologia<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Assim como nos demais grupos taxonômicos a metodologia desenvolvida em campo seguiu o<br />
Termo de Referência redigido por FURNAS (2010). Deste modo três técnicas de amostragem<br />
foram desenvolvidas para este estudo, Censo por Pontos, Censo por transectos de Varredura e<br />
Capturas com redes ornitológicas. A amostragem foi realizada em 08 (oito) sítios amostrais,<br />
apresentados na Apresentação deste documento, sendo destinados 02 (dois) dias de amostragem<br />
por cada ponto, totalizando um esforço de 16 dias por campanha. Os transectos e locais de<br />
instalação de redes de neblina foram os mesmos das campanhas anteriores.<br />
O censo por pontos permite obter medidas de composição da comunidade e densidade de<br />
espécies. Em cada sítio amostral foram selecionados pontos distantes entre si (>200 m de<br />
distância para evitar sobreposição), em que o biólogo permaneceu 30 minutos nas primeiras<br />
(período matutino) e últimas horas (período vespertino) do dia, durante todos os dias de cada<br />
campanha, anotando todas as espécies visualizadas e escutadas. Os censos foram realizados nos<br />
mesmos locais da campanha anterior. O esforço de amostragem pelo censo por pontos foi 03<br />
(três) horas/dia em cada sítio amostral, totalizando 48 horas nessa campanha.<br />
Já o censo de transectos por varredura consistiu em deslocamentos (transectos) de 1,5 km de<br />
extensão (Foto 77 e Quadro 11), a uma velocidade média de 1,5 km/h e todas as espécies deste<br />
grupo avistadas e/ou identificadas por meio de vocalizações foram registradas. Um gravador<br />
portátil associado a um microfone unidirecional (Foto 78) foi utilizado para o registro sonoro de<br />
aves com dúvida taxonômica. Os transectos foram desempenhadas nas primeiras (5:30 às 9:00) e<br />
últimas horas do dia (16:30 às 19:30), período de maior mobilidade das aves. O inicio e final dos<br />
transectos foram georreferenciados e estes foram os mesmos da campanha anterior. O esforço de<br />
amostragem por transectos de varredura foi de 06 horas/dia em cada sítio amostral, e ao final<br />
dessa campanha foi de 96 horas.<br />
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88
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Quadro 11. Descrição dos transectos realizados na 3ª (terceira) campanha de levantamento.<br />
SA 01 Mata Semidecídua e pastagem<br />
SA 02 Mata de Galeria, represas artificiais<br />
SA 03 Cerradão, reservatório e Cerrado<br />
SA 04 Cerrado Típico, pastagem<br />
SA 05<br />
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Coordenadas geográficas (UTM)<br />
Transectos<br />
Ambientes Início Final<br />
Mata Semidecídua, pastagem, mata de galeria e<br />
represa artificial<br />
SA 06 Mata Semidecídua, pastagem e rio Piracanjuba<br />
SA 07 Mata Semidecídua, pastagem<br />
SA 08<br />
Mata Semidecídua, mata de galeria, pastagem e<br />
represa artificial<br />
22K 0713053 e<br />
7961733<br />
22K 0752611 e<br />
7960644<br />
22K 0783980 e<br />
7967853<br />
22K 0767932 e<br />
7970281<br />
22K 0747342 e<br />
7972489<br />
22K 0732567 e<br />
7985059<br />
22K 0710654 e<br />
7975021<br />
22K 0722270 e<br />
7982686<br />
22K 0714137 e<br />
7962653<br />
22K 0750937 e<br />
7961186<br />
22K 0784444 e<br />
7968782<br />
22K 0768531 e<br />
7969335<br />
22K 0746788 e<br />
7973866<br />
22K 0733119 e<br />
7985756<br />
22K 0711790 e<br />
7973847<br />
22K 0722441 e<br />
7983634<br />
Foto 77. Utilização de binóculo nos transectos. Foto 78. Uso de gravador e microfone unidirecional.<br />
Também foram realizados 04 (quatro) transectos de barco (Foto 79), para o levantamento de<br />
aves aquáticas na área do reservatório (Quadro 12). Assim cada transecto foi percorrido por<br />
duas vezes em cada campanha, com a duração de 04 (quatro) horas/por transecto. Assim o<br />
esforço amostral total foi de 32 horas/campanha.<br />
89
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 79. Uso de barco para as transecções aquáticas.<br />
Quadro 12. Descrição dos transectos aquáticos realizados na 3ª (terceira) campanha de Levantamento.<br />
Transecto<br />
Aquático (TA)<br />
TA 01<br />
TA 02<br />
TA 03<br />
TA 04<br />
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Coordenadas geográficas (UTM)<br />
Transectos<br />
Ambientes Início Final<br />
Foz do rio Corumbá com o Paranaíba até a margem<br />
mais próximo do SA01<br />
Foz do rio Corumbá com o Paranaíba até a foz do<br />
Piracanjuba com o Corumbá<br />
Ponte do Quinca Mariano (rio Paranaíba) até o<br />
SA02 no rio das Velhas<br />
Ponte do Quinca Mariano até a foz do rio<br />
Veríssimo com o Paranaíba<br />
22K 0721452 e<br />
7978451<br />
22K 0721452 e<br />
7978451<br />
22K 0757602 e<br />
7972673<br />
22K 0757602 e<br />
7972673<br />
22K 0711355 e<br />
7962500<br />
22K 0732375 e<br />
7986142<br />
22K 0753911 e<br />
7959958<br />
22K 0781236 e<br />
7966528<br />
O outro método utilizado foi o de capturas por redes de neblina (Fotos 80 e 81 e Quadro 13).<br />
Esta técnica consistiu na utilização de 09 (nove) redes de neblina com 7 x 2m e de malha de<br />
30mm, abertas em linha ou entremeadas nas galhadas localizadas no interior das matas. Esta<br />
atividade teve um esforço amostral diário de oito horas, nos intervalos das 6 às 11h e das 16:00<br />
às 19:00h (conforme licença de fauna nº070/2011), sendo vistoriadas de meia em meia hora. As<br />
redes ficaram instaladas por dois dias em cada sítio amostral, perfazendo um esforço amostral de<br />
16 horas/sítio amostral e um esforço total de 128 horas/campanha.<br />
90
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 80. Montagem de rede de neblina. Foto 81. Ave capturada em rede neblina.<br />
As aves capturadas em rede neblina foram cuidadosamente removidas da mesma (Foto 82),<br />
acondicionadas em saco de pano, para identificação, tomada de dados biométricos (Foto 83 a<br />
84), pesagem, anilhamento (Foto 85), registro fotográfico com posterior soltura. Para o<br />
anilhamento das aves foi elaborado um projeto junto ao CEMAVE, para que as aves capturadas<br />
no local fossem marcadas com anilhas metálicas numeradas e concedidas pelo órgão (ANEXO<br />
II).<br />
Foto 82. Retirada de ave capturada em rede de neblina. Foto 83. Tomada de dados biométricos.<br />
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91
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 84. Materiais utilizados para o anilhamento. Foto 85. Anilhamento de ave.<br />
Quadro 13. Redes de Neblina instaladas na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara.<br />
Sítio Amostral Ambiente Final<br />
SA 01 – Rede A Mata Semidecidual 22K 0713537 e 7961911<br />
SA 01 – Rede B Mata Semidecidual 22K 0713574 e 7961942<br />
SA 02 – Rede A Mata de Galeria 22K 0751540 e 7961161<br />
SA 02 – Rede B Mata de Galeria 22K 0751587 e 7961159<br />
SA 03 – Rede A Mata de galeria 22K 0784266 e 7968489<br />
SA 03 – Rede B Cerradão 22K 0784173 e 7968292<br />
SA 04 – Rede A Cerrado típico 22K 0768341 e 7969735<br />
SA 04 – Rede B Cerrado típico 22K 0768292 e 7969877<br />
SA 05 – Rede A Mata de galeria 22K 0746564 e 7973021<br />
SA 05 – Rede B Mata Semidecidual 22K 0746366 e 7973318<br />
SA 06 – Rede A Mata Semidecidual 22K 0732466 e 7985473<br />
SA 06 – Rede B Mata Semidecidual 22K 0732467 e 7985530<br />
SA 07 – Rede A Mata Semidecidual 22K 0711300 e 7973626<br />
SA 07 – Rede B Mata Semidecidual 22K 0711167 e 7973787<br />
SA 08 – Rede A Mata Semidecidual 22K 0722400 e 7983191<br />
SA 08 – Rede B Mata de Galeria 22K 0722305 e 7982622<br />
As análises utilizadas para a confecção deste relatório foi igual aos demais táxons trabalhados<br />
neste levantamento faunístico da UHE Itumbiara. Assim as aves catalogadas nesta campanha<br />
foram analisadas com relação aos status de endemismo, migração, abundância, riqueza, além do<br />
uso de algumas ferramentas estatísticas, como os Índices de Diversidade Shannon,<br />
Equitabilidade, Similaridade entre os pontos, Jack-knife 1 associado à Curva de Acumulação<br />
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92
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
(Curva Coletora). Estas análises foram elaboradas com o uso do programa Biodiversity PRO<br />
(GOTELLI & COWELL, 2001) A nomenclatura das aves seguiu o Comitê Brasileiro de<br />
Registros Ornitológicos (CBRO, 2011).<br />
5.2. Resultados e Discussão<br />
Atualmente no território brasileiro são conhecidas 1.832 espécies de aves (CBRO, 2011), sendo<br />
o segundo país com maior diversidade em aves e o primeiro em espécies ameaçadas de extinção.<br />
Mittermeier et al., (2000) considera o Cerrado como um “hotspot”, ou seja, uma área de interesse<br />
de conservação com elevado índice de endemismo. Silva (1995) relata a presença de 837<br />
espécies de aves para o Cerrado, porém estes dados estão defasados, em decorrência<br />
principalmente da carência de check-lists atualizados sobre o bioma.<br />
Na terceira campanha de levantamento da UHE Itumbiara foram catalogadas 1.244 indivíduos<br />
através dos métodos auditivos, visuais e captura em 16 dias de atividades, sendo registradas 138<br />
espécies de aves de 23 ordens e 53 famílias (Quadro 16). Este número representa cerca 16,4%<br />
das aves descritas para o bioma Cerrado (SILVA & BATES, 2002). Das 52 famílias registradas<br />
para esta campanha, 22 famílias são de aves passeriformes e 31 de não passeriformes sendo que<br />
as famílias com maior número de espécies são: Tyrannidae (15 ssp), Thraupidae (15 ssp) e<br />
Ardeidae (8 ssp) (Figura 30).<br />
Dos 1.244 exemplares registrados nesta campanha o maior percentual de ocorrência (P.O.)<br />
ocorreu para o biguá (Phalacrocorax brasilianus) com 8,85% dos indivíduos registrados.<br />
Seguido do garça-branca-grande (Ardea alba) com 7,16% e do graúna (Gnorimposar chopi) com<br />
5,85%. Enquanto que 17 espécies tiveram um único registro na 3ª (terceira) campanha de<br />
levantamento e representaram 0,08% do total de indivíduos registrados (Figura 31).<br />
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93
160<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 30. As 11 famílias mais representativas para a 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento.<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
Figura 31. As 11 espécies mais abundantes para a a 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento.<br />
Para a composição do check-list avifaunístico foram desempenhadas atividades terrestres e<br />
aquáticas, de modo que os censos por terra aconteceram nos 08 (oito) sítios amostrais sugeridos<br />
no PLFTA (FURNAS, 2010), através de censo por ponto fixo, por varredura e capturas. Já o<br />
censo aquático consistiu em transecções de barco, em que os indivíduos avistados eram<br />
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94
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
catalogados. Assim 74,47% (N=925) dos indivíduos registrados na campanha foram registrados<br />
nas amostragens por terra.<br />
Dos oito sítios amostrais, os maiores valores de riqueza e abundância ocorreram para o Sítio<br />
Amostral 08 (SA08), localizado nas proximidades do Lago das Brisas, assim como na campanha<br />
anterior. Neste ponto foram registrados 195 exemplares de 74 espécies diferentes, através dos<br />
métodos de captura, censo por varredura e ponto fixo, enquanto que o SA05 apresentou a<br />
segunda maior riqueza com 53 espécies. O sítio amostral 06 apresentou o menor valor de riqueza<br />
com 19 espécies e menor abundância com 57 indivíduos registrados (Figura 32 e Quadro 15).<br />
Os valores de abundância e riqueza estão diretamente relacionados às condições<br />
fitofisionômicas, disponibilidade de recursos alimentares e grau de preservação de habitat. Nesta<br />
terceira campanha, assim como a segunda, ficou claro que a maior riqueza esteve relacionada ao<br />
maior número fitofisionomias identificadas por ponto, ou seja, Sítios Amostrais, como o SA08,<br />
que apresenta ambientes, como mata de galeria, ambiente aquático, mata semidecidual e<br />
ambiente antrópico obteve valores de riqueza e abundância superiores aos demais pontos.<br />
200<br />
180<br />
160<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
Figura 32. Riqueza e abundância por Sítio Amostral (SA).<br />
Riqueza<br />
O programa Biodiversity-Pro foi utilizado para averiguar a similaridade entre os sítios amostrais,<br />
desta forma podemos observar que a maior similaridade aconteceu entre os Sítios 01 e 02 com<br />
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Abundância<br />
95
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
57,83%, enquanto que a menor similaridade aconteceu entre o SA03 e SA06 com 9,09%. A<br />
similaridade média entre os pontos foi baixa, porém foi maior que a da campanha passada, com<br />
valor de 43,54%, demonstrando, também, que houve uma complementaridade entre os pontos,<br />
resultando em uma elevada riqueza de aves para a área da UHE Itumbiara (Figura 33 e Quadro<br />
14).<br />
Figura 33. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento da UHE Itumbiara.<br />
Quadro 14. Valores de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA).<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
SA01 * 57,83 17,39 44,74 49,48 34,92 56,79 50,42<br />
SA02 * * 25,00 53,52 47,83 31,03 55,26 47,37<br />
SA03 * * * 10,53 15,38 9,09 25,81 24,00<br />
SA04 * * * * 42,35 47,06 46,38 35,51<br />
SA05 * * * * * 33,33 48,89 50,00<br />
SA06 * * * * * * 35,71 27,66<br />
SA07 * * * * * * * 48,21<br />
SA08 * * * * * * * *<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Também foi utilizado o índice de Diversidade Shannon associado ao índice de Equitabilidade<br />
entre os Sítios Amostrais. Deste modo o maior valor de Shannon detectado aconteceu no Sítio<br />
Amostral 08 com valor de 1,76, enquanto que o menor valor foi de 1,11 para o Sítio Amostral<br />
06. Os sítios amostrais apresentaram-se bastante homogêneos, assim como na campanha<br />
passada, em que poucas espécies destoaram das demais com relação a abundância, assim o<br />
valores de Equitabilidade foram altos, tendo SA02 o maior valor com 0,97, enquanto que o valor<br />
mais baixo de Equitabilidade foi de 0,82 para o SA03 (Figura 34 e Quadro 15).<br />
2<br />
1,8<br />
1,6<br />
1,4<br />
1,2<br />
1<br />
0,8<br />
0,6<br />
0,4<br />
0,2<br />
0<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
Shannon<br />
Equitabilidade<br />
Figura 34. Diversidade Shannon e Equitabilidade dos 08 (oito) sítios amostrais.<br />
Quadro 15. Valores Riqueza, Abundância, Diversidade Shannon e Equitabilidade.<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
Shannon 1,586 1,544 1,155 1,354 1,613 1,111 1,519 1,769<br />
Equitabilidade 0,965 0,97 0,826 0,899 0,936 0,869 0,969 0,946<br />
Riqueza 44 39 25 32 53 19 37 74<br />
Abundância 98 70 106 132 169 57 100 195<br />
Para incorporar a composição avifaunística no levantamento de Fauna da UHE Itumbiara foram<br />
realizados 04 (quatro) Transectos Aquáticos (TA) nos principais tributários do rio Paranaíba,<br />
represados pela UHE Itumbiara. Assim foram 16 espécies de aves através dos transectos<br />
aquáticos, em que o transecto mais eficiente ocorreu no TA03, onde foram registradas 12<br />
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97
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
espécies e 243 exemplares, enquanto que no transecto TA02 realizado no rio Corumbá até a foz<br />
do rio Piracanjuba foram registrados 7 indivíduos de 02 (duas) espécies diferentes (Figura 35).<br />
Estes resultados também haviam sido relatados nas campanhas anteriores, em que o rio Corumbá<br />
e seus afluentes agregam poucas espécies de aves aos seus redores, enquanto que no Transecto<br />
Aquático 3, próximo a foz do rio Paranaíba, encontram-se várias espécies de aves,<br />
principalmente nas lagoas marginais que se formam na margem do rio Paranaíba.<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
TA01 TA02 TA03 TA04<br />
Figura 35. Riqueza e abundância por Transecto Aquático (TA).<br />
Riqueza<br />
Para averiguar os status das aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE<br />
Itumbiara algumas referências bibliográficas foram utilizadas, como SILVA (1995), SICK<br />
(1997), BRAZ & CAVALCANTI (2001) e NUNES & TOMAS (2008), deste modo foram<br />
determinadas 06 (seis) classes; nômades, migratórias intracontinentais e intercontinentais,<br />
residentes, endêmicos e exóticos. Assim 70,8% (N=97) das espécies registradas são residentes e<br />
27,7% (N=38) fazem algum tipo de deslocamento migratório. Dentre os residentes destacam-se<br />
03 (três) espécies endêmicas do bioma Cerrado, o soldadinho (Antilophia galeata), bico-de-<br />
pimenta (Saltatricula atricollis) e a fura-barreira (Hylocryptus rectirostris). Estas espécies não se<br />
encontram em nenhuma lista de espécies ameaçadas de extinção, mas naturalmente já<br />
apresentam uma limitação geográfica em sua distribuição (Figura 36 e Quadro 16).<br />
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Abundância<br />
98
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Dentre as espécies migratórias destacam-se as espécies que fazem migração intercontinental, que<br />
migram do Hemisfério Norte para o Sul, assim na área do levantamento foram registradas 02<br />
(duas) espécies com este tipo de deslocamento, a águia-pescadora (Pandion haliaetus) e o<br />
gavião-peregrino (Falco peregrinus).<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Figura 36. Status das aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da<br />
UHE Itumbiara.<br />
A 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara teve a duração de 16 dias de<br />
atividades em campo, em que foram contabilizadas 138 espécies de aves. Com base nestas<br />
informações foi feito o calculo de Jack-knife 1 associado à curva de acumulação, deste modo a<br />
estimativa de Jack-knife 1 foi de 187,63 espécies de aves para a área de estudo. Observando as<br />
curvas percebe-se que estas continuam em ascensão, principalmente a curva de acumulação<br />
(Figura 37). Estes resultados eram esperados, já que esta é a 3ª (terceira) campanha de<br />
levantamento da UHE Itumbiara e a medida que o esforço amostral na área do reservatório<br />
aumente, as curvas tendem a estabilizar. Por isso é fundamental a continuidade do levantamento,<br />
para que novas espécies sejam incorporadas ao check-list deste trabalho. Nesta campanha foram<br />
registradas 08 (oito) espécies que não haviam sido registradas nas campanhas anteriores.<br />
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99
200<br />
180<br />
160<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16<br />
Abundância<br />
Jack-Knife 1<br />
Figura 37. Jack-knife 1 e curva de acumulação da 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento.<br />
A seguir segue um check-list fotográfico com as aves registradas na 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento da Fauna de Vertebrados Terrestres e Aquáticos (Fotos 86 a 109).<br />
Foto 86. Brotogeris chiriri (periquito-de-encontro-amarelo). Foto 87. Bubo virginianus (jacurutu).<br />
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100
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 88. Colonia colonus (viuvinha). Foto 89. Jabiru mycteria (tuiuiú).<br />
Foto 90. Mycteria americana (cabeça-seca). Foto 91. Diopsittaca nobilis (maracanã-pequena).<br />
Foto 92. Anthus lutecens (caminheiro-zumbidor). Foto 93. Xolmis velatus (noivinha-branca).<br />
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Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 94. Sturnella superciliaris (polícia-inglesa-do-sul). Foto 95. Pandion halieatus (águia-pescadora),espécie<br />
migratória do Hemisfério Norte.<br />
Foto 96. Arundinicola leucocephala (freirinha), fêmea. Foto 97. Sporophila collaris (coleiro-do-brejo).<br />
Foto 98. Tigrisoma lineatum (socó-boi-escuro), jovem. Foto 99. Heterospizias meridionalis (gavião-cabloco).<br />
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102
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 100. Dacnis cayana (saí-azul), macho. Foto 101. Galbula ruficauda (bico-de-agulha), macho.<br />
Foto 102. Crax fasciolata (mutum-de-penacho), casal, na<br />
armadilha fotográfica.<br />
Foto 103. Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro).<br />
Foto 104. Falco sparverius (quiriquiri). Foto 105. Falco peregrinus (falcão-peregrino), espécie<br />
migratória do Hemisfério Norte<br />
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103
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 106. Anhinga anhinga (biguatinga). Foto 107. Myiarchus ferox (maria-cavaleira).<br />
Foto 108. Donacobius atricapilla (japacanim). Foto 109. Icterus pyrrhopterus (encontro).<br />
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104
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Monitoramento da Fauna<br />
de Vertebrados Terrestres<br />
Fase Pós-enchimento<br />
UHE Itumbiara<br />
Quadro 16. Espécies de aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara.<br />
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
Tinamiformes Huxley, 1872<br />
Tinamidae Gray, 1840 (3)<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
105<br />
Ambientes Status<br />
Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) jaó av, vc 0,1608 5, 8 MS R<br />
Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó av, vc 0,5627 1,2,3,5,7,8 MS, MG, AT R<br />
Anseriformes Linnaeus, 1758<br />
Anatidae Leach, 1820 (4)<br />
*Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê av 1,4469 3 AT INTRA<br />
*Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) asa-branca av 0,9646 3 AT INTRA<br />
*Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato av 1,3666 3 1 AH NO<br />
*Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho av 2,0096 3 AT, Vôo NO<br />
Galliformes Linnaeus, 1758<br />
Cracidae Rafinesque, 1815 (1)<br />
Crax fasciolata (Spix, 1825) mutum-de-penacho av 0,2412 1 MS R<br />
Podicipediformes Fürbringer, 1888<br />
(1)<br />
Podicipedidae Bonaparte, 1831<br />
*Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno av 0,0804 1 AH INTRA<br />
Ciconiiformes Bonaparte, 1854
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
Ciconiidae Sundevall, 1836<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
106<br />
Ambientes Status<br />
Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú av 0,5627 5 AH INTRA<br />
Mycteria americana (Linnaeus, 1758) cabeça-seca av 0,9646 5, 8 3 AT, AH INTRA<br />
Suliformes Sharpe, 1891<br />
1849 (1)<br />
Phalacrocoracidae Reichenbach,<br />
*Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá av 8,8424 1, 3, 4 AH INTRA<br />
(1)<br />
Anhingidae Reichenbach, 1849<br />
*Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga av 0,9646 3, 4 AH INTRA<br />
Pelecaniformes Sharpe, 1891<br />
Ardeidae Leach, 1820 (8)<br />
*Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu av 0,1608 3 AH R<br />
*Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho av 0,4823 5 3, 4 AH R<br />
*Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira av 1,1254 8 4 AT, AH NO<br />
*Ardea cocoi (Linnaeus, 1766) garça-moura av 1,8489 5 1, 3, 4 AH NO<br />
*Ardea alba (Linnaeus, 1758) garça-branca-grande av 7,1543 5 1, 3, 4 AH INTRA<br />
Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira av 1,2058 3 AH R<br />
*Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi-escuro av 0,0804 5 AH R<br />
*Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena av 0,1608 5 AH R
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
Threskiornithidae Poche, 1904 (2)<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
107<br />
Ambientes Status<br />
Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca av 1,4469 2,4,5,8 AT, Vôo R<br />
*Platalea ajaja (Linnaeus, 1758) colhereiro av 0,2412 3 AH INTRA<br />
Cathartiformes Seebohm, 1890<br />
Cathartidae Lafresnaye, 1839 (3)<br />
Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha av 0,4823 1,5 AT, Vôo R<br />
Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta av 2,2508 1,2,4,7,8 MS, MG, AT, Vôo R<br />
Accipitriformes Bonaparte, 1831<br />
Pandionidae Bonaparte, 1854 (1)<br />
*Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) águia-pescadora av 0,3215 1,3 AH, Vôo INTER<br />
Accipitridae Vigors, 1824 (3)<br />
Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo av, vc 0,4823 1,5,7,8 MS, AT, Vôo R<br />
Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó av, vc 0,8842 1,2,4,5,6,7,8<br />
Falconiformes Bonaparte, 1831<br />
Falconidae Leach, 1820 (5)<br />
MS, MG, CE, AT,<br />
Vôo R<br />
Caracara plancus (Miller, 1777) caracará av 0,7235 1,2,6,7 MS, AT, Vôo R<br />
Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro av, vc 0,3215 2,7 MS, AT R<br />
Falco sparverius (Linnaeus, 1758) quiriquiri av 0,3215 8 AT R<br />
Falco peregrinus (Tunstall, 1771) falcão-peregrino av 0,0804 3 AH INTER
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
Gruiformes Bonaparte, 1854<br />
Rallidae Rafinesque, 1815 (1)<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
108<br />
Ambientes Status<br />
Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes av 0,2412 1,8 MS, MG R<br />
Cariamiformes Furbringer, 1888<br />
Cariamidae Bonaparte, 1850 (1)<br />
Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema av, vc 1,2058 1,2,4,5,8 MS, MG, AT, Vôo R<br />
Charadriiformes Huxley, 1867<br />
Charadriidae Leach, 1820 (1)<br />
Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero av 1,1254 1,5,6,7,8 MS, AT R<br />
1854 (1)<br />
Jacanidae Chenu & Des Murs,<br />
*Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã av 0,4019 1,2,5 AH R<br />
Sternidae Vigors, 1825 (1)<br />
*Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande av 0,9646 1,2,3,4 AH, Vôo INTRA<br />
Columbiformes Latham, 1790<br />
Columbidae Leach, 1820 (8)<br />
Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa av, cp 2,5723 1,2,4,5,6,8 MS, MG, CE, AT R<br />
Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou av 1,8489 1,2,4,5,6,8 MS, AT, Vôo R<br />
Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pararu-azul av 0,1608 8 AT NO<br />
Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão av 1,9293 1,2,4,5,6,7,8 MS, MG, CE, AT, INTRA
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
109<br />
Ambientes Status<br />
Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega av 0,6431 2,3,5 MS, MG, AT R<br />
Leptotila verreauxi (Bonaparte, 1855) juriti-pupu av 0,8842 2,5,6,7 MS, MG, AT R<br />
Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-gemedeira av, cp 1,1254 1,2,4,5,7,8 MS, MG, CE, AT R<br />
Psittaciformes Wagler, 1830<br />
Psittacidae Rafinesque, 1815 (9)<br />
Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé av, vc 1,1254 1,4,5,6 MS, Vôo R<br />
Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena av 0,2412 4 CE R<br />
Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã av 2,8135 1,4,5,6,7,8 MS, CE, AT, Vôo R<br />
Aratinga aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei av 2,0900 1,2,4,5,7,8 MS, MG, AT, Vôo R<br />
Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim av 0,3215 8 MG R<br />
Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818)<br />
periquito-de-encontroamarelo<br />
av 1,0450 1,2,5,8 MG, AT, Vôo R<br />
Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro av, vc 0,3215 1,5 MG, Vôo R<br />
Cuculiformes Wagler, 1830<br />
Cuculidae Leach, 1820 (4)<br />
Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato av 0,6431 2,3,4,5,7,8 MS, MG, CE R<br />
Crotophaga ani (Linnaeus, 1758) anu-preto av 1,8489 1,2,4,5,7 MS, CE, AT R<br />
Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco av 2,0096 1,2,4,7 AT, Vôo R<br />
Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci vc 0,0804 1 MS R<br />
Vôo
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
Strigiformes Wagler, 1830<br />
Strigidae Leach, 1820 (2)<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
110<br />
Ambientes Status<br />
Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira av 0,1608 2,8 AT R<br />
Bubo virginianus (Gmelin, 1788) jacurutu av 0,0804 7 AT R<br />
Caprimulgiformes Ridgway, 1881<br />
1851 (1)<br />
Nyctibiidae Chenu & Des Murs,<br />
Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua av 0,0804 5 MS R<br />
Caprimulgidae Vigors, 1825 (5)<br />
Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau av, cp 0,8842 1,2,7,8 MS, MG, AT R<br />
Apodiformes Peters, 1940<br />
Trochilidae Vigors, 1825 (8)<br />
Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura av 0,1608 4 CE R<br />
Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-vermelho av 0,0804 8 MS R<br />
Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde av 0,4019 1,3,8 MS, MG, AT R<br />
Coraciiformes Forbes, 1844<br />
Alcedinidae Rafinesque, 1815 (2)<br />
*Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande av 0,5627 2,4,5 1 AT, AH R<br />
*Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde av 0,3215 2,5 AH R<br />
Momotidae Gray, 1840 (1)
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
111<br />
Ambientes Status<br />
Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul av, cp 0,1608 8 MS, MG R<br />
Galbuliformes Fürbringer, 1888<br />
Galbulidae Vigors, 1825 (1)<br />
Galbula ruficauda (Cuvier, 1816) ariramba-de-cauda-ruiva av, cp 0,5627 2,8 MS, MG R<br />
Bucconidae Horsfield, 1821 (1)<br />
Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto av 0,8039 1,2,3,7,8 MS, MG, AT R<br />
Piciformes Meyer & Wolf, 1810<br />
Ramphastidae Vigors, 1825 (2)<br />
Ramphastos toco Statius (Muller, 1776) tucanuçu av 1,2058 1,2,4,6,8<br />
Picidae Leach, 1820 (6)<br />
MS, MG, CE, AT,<br />
Vôo R<br />
Picumnus albosquamatus (d'Orbigny, 1840) pica-pau-anão-escamado av, cp 0,1608 2,8 MG R<br />
Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco av 0,2412 5,8 MS, AT R<br />
Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão av 0,1608 8 MS R<br />
Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo av 0,4823 2,8 AT R<br />
Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca av 0,1608 7 MS R<br />
Passeriformes Linnaeus, 1758<br />
(4)<br />
Thamnophilidae Swainson, 1824<br />
Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada av, vc 0,9646 1,2,3,4,7,8 MS, MG, CE R
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
112<br />
Ambientes Status<br />
Thamnophilus pelzelni (Hellmayr, 1924) choca-do-planalto av 0,1608 4 CE R<br />
Dendrocolaptidae Gray, 1840 (2)<br />
Campylorhamphus trochilirostris (Lichtenstein,<br />
1820) arapaçu-beija-flor cp 0,0804 8 MG R<br />
Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado av, cp 0,3215 4,5,7,8 MS, MG, CE, AT R<br />
Dendrocolaptes platyrostris (Spix, 1825) arapaçu-grande av 0,0804 1 MS R<br />
Furnariidae Gray, 1840 (3)<br />
Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro av, vc 0,8842 1,2,5,7,8 MS, MG, AT R<br />
Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) fura-barreira cp 0,2412 5,8 MG R/EN<br />
Synallaxis frontalis (Pelzeln, 1859) petrim av 0,2412 1,7 MS R<br />
Pipridae Rafinesque, 1815 (2)<br />
Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) soldadinho av, vc 0,3215 2,3 MG R/EN<br />
Pipra fasciicauda (Hellmayr, 1906) uirapuru-laranja cp 0,0804 8 MG<br />
Tityridae Gray, 1840 (1)<br />
Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto av 0,0804 1 MS NO<br />
(3)<br />
Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907<br />
Leptopogon amaurocephalus (Tschudi, 1846) cabeçudo cp 0,2412 6,8 MG R<br />
Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) ferreirinho-de-cara-parda cp 0,1608 8 MG R<br />
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta cp 0,0804 1 CE R
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />
Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />
(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
113<br />
Ambientes Status<br />
Hemitriccus margaritaceiventer (d'Orbigny &<br />
Lafresnaye, 1837) sebinho-de-olho-de-ouro av, cp 0,2412 5,8 MS, MG R<br />
Tyrannidae Vigors, 1825 (18)<br />
Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) freirinha av 0,1608 5 MG NO<br />
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha av 0,1608 4 CE R<br />
Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817)<br />
guaracava-de-cristaalaranjada<br />
av, cp 0,4019 4,6 MS CE INTRA<br />
Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira av, vc, cp 0,6431 1,2,3,5,8 MS, MG, CE, AT R<br />
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi av, vc 0,5627 1,5,7,8 MS, AT, Vôo R<br />
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro av 0,9646 5 AT R<br />
Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado av 0,0804 1 MS INTRA<br />
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei av, vc 0,4823 1,3,5,6,7,8 MS, MG, AT, Vôo R<br />
Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766)<br />
bentevizinho-de-asaferrugínea<br />
av 0,6431 3,6,8 MG, AT INTRA<br />
Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819) suiriri av 0,1608 3 AT INTRA<br />
Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) tesoura-do-brejo av 0,2412 5 AT INTRA<br />
Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha av 0,4019 1,8 MS, AT INTRA<br />
Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado cp 0,0804 8 MG INTRA<br />
Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu av 0,0804 8 MG INTRA<br />
Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca av 0,4019 1,2,8 MS, AT INTRA<br />
Vireonidae Swainson, 1837 (1)
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
114<br />
Ambientes Status<br />
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari cp 0,0804 7 MS R<br />
Corvidae Leach, 1820 (2)<br />
Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã vc 0,1608 8 MG R<br />
Hirundinidae Rafinesque, 1815 (5)<br />
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora av, cp 1,6077 1,2,4,5,7,8 AT, AH INTRA<br />
Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo av 0,4019 7,8 AT INTRA<br />
*Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio av 1,1254 1,2,4 AH INTRA<br />
Troglodytidae Swainson, 1831 (1)<br />
Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845)<br />
Donacobiidae Aleixo & Pacheco, 2006 (1)<br />
garrinchão-de-barrigavermelha<br />
av 0,1608 8 AT R<br />
Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) japacanim av 0,3215 8 AH R<br />
Polioptilidae Baird, 1858 (1)<br />
Polioptila dumicola (Vieillot, 1817) balança-rabo-de-máscara av 0,4823 2,3,7 MS, MG, AT R<br />
Turdidae Rafinesque, 1815 (3)<br />
Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) sabiá-barranco av, vc, cp 0,8842 1,2,4,5,6,7,8 MS, MG, CE, AT R<br />
Mimidae Bonaparte, 1853 (1)<br />
Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo av 0,3215 5,8 MS, AT R<br />
Motacillidae Horsfield, 1821 (1)<br />
Anthus lutescens (Pucheran, 1855) caminheiro-zumbidor av, vc 0,4019 3 AT, Vôo INTRA
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
Coerebidae d'Orbigny & Lafresnaye, 1838<br />
(1)<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
Censo<br />
P.O.<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
115<br />
Ambientes Status<br />
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica av 0,3215 8 AT R<br />
Thraupidae Cabanis, 1847 (15)<br />
Saltator maximus (Statius Muller, 1776) tempera-viola cp 0,0804 8 MG R<br />
Saltator similis( d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) trinca-ferro-verdadeiro av, cp 0,2412 8 MS, MG R<br />
Saltatricola atricolis (Vieillot, 1817) bico-de-pimenta av 0,2412 5 AT R<br />
Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto av 0,1608 3 MS R<br />
Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta cp 0,1608 8 MS, MG R<br />
Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) tico-tico-rei av 0,2412 4,6 CE, AT R<br />
Lanio penicillatus (Spix, 1825) pipira-da-taoca av, cp 0,4019 1,8 MS R<br />
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento av 0,9646 3,4,5,7,8<br />
MS, MG, CE, AT,<br />
Vôo R<br />
Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela av 0,3215 3,8 MS, AT R<br />
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul av 0,1608 4 CE R<br />
Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto av 0,1608 3 CE R<br />
Emberizidae Vigors, 1825 (9)<br />
Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro av 1,6881 5,6,7,8 AT R<br />
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu av 1,9293 1,5,7,8 AT INTRA<br />
Sporophila collaris (Boddaert, 1783) coleiro-do-brejo av 0,1608 5 AT NO
Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Método de<br />
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(%)<br />
Sítios Amostrais<br />
(SA)<br />
Transectos<br />
Aquáticos<br />
(TA)<br />
116<br />
Ambientes Status<br />
Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano av 0,1608 8 AT INTRA<br />
Parulidae Wetmore, et al. 1947 (2)<br />
Basileuterus hypoleucus (Bonaparte, 1830) pula-pula-de-barriga-branca av, cp 0,7235 2,5,7,8 MS, MG, CE R<br />
Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato av, vc, cp 0,8842 1,2,4,7,8 MS, MG, CE R<br />
Icteridae Vigors, 1825 (7)<br />
Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu av 0,1608 8 MG R<br />
Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe av 0,2412 3,8 MS, MG R<br />
Icterus pyrrhopterus (Vieillot, 1819) encontro av 0,7235 2,7,8 MS, MG, AT R<br />
Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna av 2,9743 4,5,6,7,8 CE, AT, Vôo R<br />
Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta av 0,2412 3 AT INTRA<br />
Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) polícia-inglesa-do-sul av 0,4019 3 AT INTRA<br />
Fringillidae Leach, 1820 (1)<br />
Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim av, vc 0,4019 2,4,6 MS, MG, CE, AT R<br />
Legenda: Método de Censo: av = avistamento, vc = vocalização e cp = captura. P.O. = Percentual de Ocorrência. Ambientes: MS = Mata Semidecidual, MG = Mata de Galeria,<br />
CE = CErrado, CD = CerraDão, AT = Ambiente anTrópico e AH = Ambiente Hídrico. Status (residência e deslocamento das espécies de aves): R = Residente, INTRA =<br />
migração INTRAcontinental, INTER = migração INTERcontinental, NO = Nômade e R/EN = Residente/ENdêmica. * = espécie com hábito aquático.
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Outra atividade realizada no Levantamento Avifaunístico da UHE Itumbiara foi o anilhamento<br />
de aves com anilhas concedidas pelo CEMAVE. Deste modo foram capturados 49 indivíduos de<br />
27 espécies diferentes (Fotos 110 a 129). A espécie com maior frequência de capturas foi o<br />
canário-do-mato (Basileuterus flaveolus) e o pula-pula-de-barriga-branca (Basileuterus<br />
hypoleucus) com 04 (quatro) exemplares capturados cada, seguido da fura-barreira (Hylocryptus<br />
rectirostris), cabeçudo (Leptopogon amaurocephalus), sabiá-barranco (Turdus leucomelas) e<br />
pipira-da-taoca (Lanio penicillatus) com 03 (três) indivíduos cada (Figura 38 e Quadro 17).<br />
4<br />
3,5<br />
3<br />
2,5<br />
2<br />
1,5<br />
1<br />
0,5<br />
0<br />
Figura 38. Valores de abundância das 12 (doze) espécies mais capturadas nesta campanha.<br />
Dos 49 indivíduos capturados nesta campanha, 43 foram marcados com anilhas metálicas, além<br />
de 04 (quatro) indivíduos que foram recapturados. Todos os indivíduos (Leptopogon<br />
amaurocephalus – N° D53163, Pipra fascicauda – N° E102731, Galbula ruficauda – Nº<br />
E102735 e Hylocryptus rectirostris – Nº H75715) foram anilhados na primeira campanha de<br />
levantamento, seis meses após a marcação, demonstrando uma baixa mobilidade da espécie nos<br />
pontos amostrais. O L. amaurocephalus e o P. fasciicauda foram recuperados no Sítio Amostral<br />
08, enquanto que G. ruficauda e o H. rectirostris foram capturados no Sítio Amostral 05 e em<br />
todos os casos as recuperações ocorreram no mesmo local, em que os indivíduos haviam sido<br />
anilhados na primeira campanha.<br />
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117
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Estes resultados podem corroborar com as estimativas populacionais das espécies em cada sítio<br />
amostral, além de obtenção de outras informações ecológicas. O Quadro 17 apresenta os<br />
indivíduos capturados nesta campanha, relacionado o número da anilha e sítio amostral, em que<br />
o exemplar foi capturado.<br />
Quadro 17. Espécies capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara.<br />
Status Nome científico<br />
1 Campylorhamphus trochilirostris<br />
N° da<br />
Anilha<br />
Idade Sexo Data Ambiente<br />
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Sítio<br />
Amostral<br />
G103615 A I 29/03 MG 08<br />
2 Leptopogon amaurocephalus D53163 A I 29/03 MG 08<br />
1 Poecillotricus latirostris D32084 A I 29/03 MG 08<br />
1 Poecillotricus latirostris - A I 29/03 MG 08<br />
1 Columbina talpacoti H71831 A M 29/03 MG 08<br />
1 Leptopogon amaurocephalus D32085 A I 29/03 MG 08<br />
1 Myiarchus tyrannulus E114987 A I 29/03 MG 08<br />
1 Basileuterus flaveolus D32086 A I 29/03 MG 08<br />
1 Lathrotriccus euleri D32087 A I 29/03 MG 08<br />
2 Pipra fascicauda D53158 A M 29/03 MG 08<br />
1 Momotus momota J24107 A I 29/03 MG 08<br />
1 Hylocryptus rerectirostris H71832 A I 30/03 MG 08<br />
1 Hylocryptus rerectirostris H71833 A I 30/03 MG 08<br />
1 Amazilia fimbriata - A I 30/03 MG 08<br />
1 Basileuterus hypoleucus D32088 A I 30/03 MG 08<br />
1 Saltator maximus H71834 A I 30/03 MG 08<br />
1 Basileuterus flaveolus D32089 A I 30/03 MS 08<br />
1 Galbula ruficauda G103616 A F 30/03 MG 08<br />
1 Pipra fascicauda D32090 A M 30/03 MG 08<br />
1 Picumnus albosquamatos E114986 A M 30/03 MG 08<br />
1 Tachyphonus rufus G103617 A M 30/03 MG 08<br />
1 Saltator similis H71835 A I 30/03 MG 08<br />
1 Tachyfonus rufus G103618 A M 30/03 MG 08<br />
1 Galbula ruficauda G103619 A M 30/03 MG 08<br />
1 Saltator maximus H71836 A I 30/03 MG 08<br />
1 Basileuterus flaveolus D32091 A I 30/03 MG 08<br />
1 Basileuterus hypoleucus D32092 A I 30/03 MG 08<br />
1 Hydropsalis albicolis H71837 A I 30/03 MG 08<br />
1 Cyclarhis guyanensis H114985 A I 31/03 MS 07<br />
1 Basileuterus hypoleucus D32093 A I 31/03 MS 07<br />
118
Status Nome científico<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
N° da<br />
Anilha<br />
Idade Sexo Data Ambiente<br />
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Sítio<br />
Amostral<br />
1 Basileuterus flaveolus D32094 A I 01/04 MS 07<br />
1 Lanio penicillatus G103620 A M 02/04 MS 01<br />
1 Lanio penicillatus G103621 A M 02/04 MS 01<br />
1 Lanio penicillatus G103622 A M 02/04 MS 01<br />
1 Leptopogon amaurocephalus D32095 A I 03/04 MG 06<br />
1 Leptotila rufaxila L48491 A I 05/04 CE 04<br />
1 Myiopagis viridicata D32096 A I 05/04 CE 04<br />
1 Myiopagis viridicata D32097 A I 05/04 CE 04<br />
1 Tolmonyas sulphurescens L48491 A I 05/04 CE 04<br />
1 Columbina talpacoti H71838 A - 08/04 MG 05<br />
1 Columbina talpacoti H71839 A - 08/04 MG 05<br />
2 Galbula ruficauda E102735 A F 08/04 MG 05<br />
1 Turdus leucomelas G103623 A I 08/04 MG 05<br />
1 Basileuterus hypoleucus C84352 A I 08/04 MG 05<br />
1 Stelgidopteryx ruficollis C84353 A I 09/04 AT 05<br />
2 Hylocryptus rectirostris H75715 A I 09/04 MG 05<br />
1 Leptopogon amaurocephalus E114984 A I 09/04 MS 05<br />
1 Turdus leucomelas G103624 A I 09/04 MS 05<br />
1 Turdus leucomelas G103625 A I 09/04 MS 05<br />
Legenda: Status: 1 = ave nova e 2 = ave recuperada. A = Adulto, F = Fêmea, M = Macho, I = Indeterminado.<br />
Ambientes: MG =Mata de Galeria, MS = Mata Semidecídua, CD = Cerradão, CE = Cerrado e AT = Ambiente<br />
antrópico.<br />
Foto 110. Basileuterus flaveolus (canário-do-mato). Foto 111. Basileuterus hypoleucus (pula-pula-de-barrigabranca).<br />
119
Foto 112. Campylorhamphus trochilirostris (arapaçubeija-flor).<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 113. Lathrotriccus euleri (enferrujado).<br />
Foto 114. Columbina talpacoti (rolinha-roxa). Foto 115. Cyclarhis gujanensis (pitiguari).<br />
Foto 116. Poecilotriccus latirostris (ferreirinho-de-caraparda).<br />
Foto 117. Saltator simils (trinca-ferro-verdadeiro).<br />
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120
Foto 118. Galbula ruficauda (ariramba-de-cauda-ruiva)<br />
(recaptura).<br />
Foto 120. Leptopogon amaurocephalus (cabeçudo)<br />
(recapura).<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 119. Hylocryptus rectirostris (fura-barreira)<br />
(recaptura).<br />
Foto 121. Leptotila rufaxilla (juriti-gemedeira).<br />
Foto 122. Momotus momota (udu-de-coroa-azul). Foto 123. Myiarchus ferox (maria-cavaleira).<br />
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121
Foto 124. Myiopagis viridicata (guaracava-de-cristaalaranjada).<br />
Foto 126. Pipra fasciicauda (uirapuru-laranja), macho<br />
(recaptura).<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 125. Picumnus albosquamatus (pica-pau-anãoescamado).<br />
Foto 127. Saltator maximus (tempera-viola).<br />
Foto 128. Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora). Foto 129. Tachyphonus rufus (pipira-preta), fêmea.<br />
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122
Comunidade de aves aquáticas<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
As atividades hidrelétricas interferem diretamente nos hábitos e habitats dos mais diversos<br />
grupos taxonômicos, inclusive das comunidades avifaunísticas. Dentre a Classe Aves a<br />
comunidade aquática talvez seja a mais afetada juntamente as espécies que habitam as matas<br />
ciliares.<br />
Porém este impacto para a comunidade aquática pode influir positivamente para algumas<br />
espécies mais generalistas (biguás – Phalacrocorax brasilianus e garças – Ardea alba e Egretta<br />
thula) e que necessitam de um espelho d água maior para prosperar, ou negativamente para<br />
espécies que sofrem com a menor alteração possível de habitat, como o pato-mergulhão (Mergus<br />
octacetaceus) e a socó-boi-escuro (Tigrisoma fasciatum).<br />
Este grupo recebeu atenção especial para este estudo, aplicando uma metodologia específica para<br />
serem registradas, deste modo foram realizados 04 (quatro) Transectos Aquáticos (TA) nos<br />
principais tributários represados do rio Paranaíba na área da UHE Itumbiara. Assim foram 21<br />
espécies de hábito aquático e estas representaram 30,63% (N=381) do total de indivíduos<br />
registrados na campanha (Quadro 16).<br />
Das 11 (onze) espécies de aves mais abundantes para a 3ª (terceira) campanha de levantamento<br />
03 (três) são espécies de hábito aquático. Vários bandos de aves aquáticos nas margens do<br />
reservatório foram observados, destacando um bando misto de biguás (Phalacrocorax<br />
brasilianus), biguatingas (Anhinga anhinga) e garça-vaqueira (Bubulcus ibis) (Foto 130). Neste<br />
período pode-se observar também que algumas espécies de hábito aquático como a Cairina<br />
moschata (pato-bravo) estava com vários filhotes (Foto 131). Dentre as espécies registradas<br />
destaca-se o Tigrisoma lineatum (socó-boi-escuro) que não havia sido registrado nas campanhas<br />
anteriores.<br />
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123
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 130. Grupo misto de aves aquáticas. Foto 131. Filhotes de Cairina moschata (pato-do-mato).<br />
A UHE Itumbiara já encontra-se instalada há 31 anos e mesmo assim paliteiros podem ser<br />
encontrados no interior do reservatório e estes são utilizados pelas aves aquáticas, principalmente<br />
por biguás e garças como poleiro, além de servirem como local de nidificação de algumas<br />
espécies. Nesta campanha, assim como na anterior, não foram encontrados ninharais no interior<br />
do reservatório, mas que podem ser encontradas na próxima temporada reprodutiva. Nesta<br />
campanha já foi observado uma redução de indivíduos de hábito aquático, quando comparado<br />
com a campanha anterior, fato relacionado ao fim do período de piracema e final da temporada<br />
reprodutiva destas aves.<br />
Uma ameaça à comunidade aquática, que fora identificada na campanha anterior, também foi<br />
identificada nesta campanha. O nível do reservatório da UHE Itumbiara estava baixo e boa parte<br />
das “galhadas” submersas pelo reservatório estavam expostas. Assim muitas redes de pesca<br />
antigas foram encontradas na ponta destes galhos (Foto 132). Estes artefatos de pesca acabam<br />
servindo de armadilhas para algumas aves aquáticas, que não conseguem visualizar estas redes e<br />
acabam morrendo embaraçadas na mesma, como já relatado no relatório anterior. Essas redes<br />
foram retiradas pela equipe que trabalhava no local (Foto 133). A quantidade de pescadores na<br />
área do reservatório é elevada assim como a quantidade de redes enganchadas nas galhas e são<br />
facilmente visualizadas em vários locais do reservatório.<br />
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124
Foto 132. Rede de pesca enganchada na galha em um<br />
braço do reservatório da UHE Itumbiara que foi deixada<br />
por pescadores.<br />
5.3. Considerações Finais<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 133. Retirada de rede de pesca abandonada na área<br />
do reservatório da UHE Itumbiara.<br />
Esta foi a 3ª (terceira) campanha de Levantamento da Avifauna na área do reservatório da UHE<br />
Itumbiara realizada na estação chuvosa. Ao final desta campanha foram contabilizadas 138<br />
espécies de aves para a área do projeto e uma estimativa de 187,63 espécies, segundo o índice de<br />
Jack-knife 1. Nesta campanha foram registradas mais 09 (nove) espécies (Tigrisoma lineatum,<br />
Claravis pretiosa, Diopsittaca nobilis, Bubo virginianus, Campylorhamphus trochilirostris,<br />
Tolmomyias sulphurescens, Arundinicola leucocephala, Saltatricola atricolis, Lathrotriccus<br />
euleri) que não haviam sido registradas nas campanhas anteriores. Os valores de riqueza e<br />
abundância nesta campanha foram inferiores aos da campanha anterior, que foram inferiores aos<br />
da primeira. Isso pode criar a hipótese de decaímento da população de aves no local, mas não<br />
pode ser conclusiva, já que novas espécies ainda são levantadas, o que sugere a continuidade do<br />
levantamento para uma análise mais suscinta da população na área estudada.<br />
As listas do IBAMA (MACHADO et al., 2008), CITES (2011) e IUCN (2011) foram<br />
consultadas para averiguar o status de conservação das aves registradas na área do<br />
empreendimento. Dentre as listas citadas destaca-se a lista do IBAMA (MACHADO et al.,<br />
2008) que retrata a vulnerabilidade da fauna nacional, e com base nesta lista nenhuma espécie<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
registrada nesta campanha de levantamento encontra-se susceptível a ameaça de extinção até o<br />
presente momento.<br />
Porém a nível internacional alguns grupos taxonômicos, como Acciptrídeos, Falconídeos,<br />
Strigídeos, Psitacídeos e Ranfastídeos encontram-se suceptíveis a alterações antrópicas e ao<br />
tráfico de animais silvestres. Estes grupos encontram-se no Apêndice II do CITES.<br />
Um elevado número de espécies de aves aquáticas, novamente foi registrado na área do<br />
empreendimento, principalmente no rio Paranaíba próximo a área de confluência com o rio<br />
Veríssimo, mas diferente das campanhas anteriores, em números menores. A região encontra-se<br />
extremamente degradada, com o cultivo de cana-de-açucar nas proximidades dos municípios de<br />
Itumbiara, Goiás e Araporã, Minas Gerais. Nas demais regiões há o predomínio de áreas de<br />
pastagem. As margens do rio encontram-se desmatadas e a principal fitofisionomia encontrada é<br />
a mata semidecidual, principalmente em regiões de serra.<br />
Muitas informações ainda poderão ser incorporadas com a realização da próxima campanha de<br />
levantamento. Assim ao final destas atividades será possível averiguar a composição<br />
avifaunística da região em um ciclo sazonal completo. A degradação pode ser um dos motivos da<br />
diminuição da riqueza no decorrer das campanhas, o que poderá ser confirmado com a realização<br />
do próximo levantamento, na estação de seca. A próxima campanha implicará no termino do<br />
ciclo sazonal de levantamento avifaunístico na área do reservatório da UHE Itumbiara.<br />
Vale registrar que foi feito o recolhimento de todas as redes de pesca encontradas pela equipe de<br />
levantamento faunístico que se encontravam abandonadas no reservatório.<br />
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5.4. Referências Bibliográficas<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
BRAZ, V. S. & R. B. CAVALCANTI. (2001). A representatividade de áreas protegidas do<br />
Distrito Federal na conservação da avifauna do Cerrado. Ararajuba 9(1): 61-69.<br />
CBRO – Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. (2011). Lista de aves do Brasil.<br />
Disponível: http:/www.crbro.org.br.<br />
CITES. (2011). Convention on International Trade in Endangered Species – 2010. Geneva.<br />
FURNAS (2010). Tomada de Preços para contratação de serviços para o Programa de<br />
Levantamento da Fauna Terrestre e Aquática da UHE Itumbiara.<br />
GOTELLI, N. J. & COLWELL. R. (2001). Quantifying biodiversity: procedures and pitfalls in<br />
the measurement and comparison of species richness. Ecology Letters, 4: 379-391.<br />
IUCN - International Union for Conservation of Nature. (2011). Red List of Threatened Species.<br />
Version 2011.1. Disponível em: http://www.iucnredlist.org. Acessado dia 04 de Novembro<br />
de 2011.<br />
MACHADO, A.B. M, DRUMNOND. G. M. & PAGLIA, A. P. (2008). Livro Vermelho da<br />
Fauna Ameaçada de Extinção. Brasília, DF. Ministério do Meio Ambiente, Belo Horizonte,<br />
MG. Fundação Biodiversitas. Série Biodiversidade, n° 19, 2 volumes, 907+511p.<br />
MITTERMEIER, R.A., MYERS N. & MITTERMEIER C.G. (2000). Hotspots: Earth’s<br />
Biologically Richest and Most Endangered Terrestrial Ecoregions. México City: CEMEX.<br />
NUNES, A.P. & TOMAS, W.M. (2008). Aves migratórias e nômades ocorrentes no Pantanal.<br />
Embrapa Pantanal. Corumbá, MS. 124p.<br />
SICK, H. (1997). Ornitologia brasileira. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 912p.<br />
SILVA, J.M.C. & BATES, J.M. (2002). Biogeographic Patterns and Conservation in the South<br />
American Cerrado: A Tropical Savanna Hotspot. Bioscience, 53(3): 225-233.<br />
SILVA, J.M.C. (1995) Birds of Cerrado Region, South America. Streenstrupia 21: 69-92.<br />
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6. MASTOFAUNA<br />
6.1. Metodologia<br />
6.1.1 Mamíferos Terrestres<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
No âmbito do levantamento da mastofauna foram identificados os mamíferos de pequeno, médio<br />
e grande porte. Para tal atividade foram utilizadas as armadilhas de contenção (tomahawk), redes<br />
de neblina, tipo mist nests, armadilhas de queda (pit-fall), busca por vestígios em substrato<br />
natural, câmeras fotográficas disparadas automaticamente (cameras traps) e censo por<br />
observação direta e indireta (pegadas, fezes, carcaça e tocas).<br />
6.1.1.1 Pequenos Mamíferos Terrestres<br />
Para o estudo de pequenos mamíferos nos sítios selecionados foram utilizadas armadilhas do tipo<br />
tomahawk e de queda com barreira de interceptação (pit-fall), instaladas ao longo de transecções.<br />
Os indivíduos capturados em armadilhas de interceptação (utilizados também para a<br />
herpetofauna) foram contabilizados nas planilhas de mastofauna.<br />
Para cada sítio amostral foram implementados dois transectos (trilhas já existentes ou abertas<br />
pela equipe), denominados A e B, com oito pontos de captura (estações de coleta) em cada<br />
transecto (totalizando 16 estações de coleta), com equidistância média de 25 m, perfazendo 200<br />
m de trilha. Em cada ponto de captura, foram colocadas 02 (duas) armadilhas, uma sobre o solo<br />
e, quando possível, outra fixada na vegetação do subosque (Foto 146) (Quadro 18).<br />
Quadro 18. Descrição dos pontos de instalação de armadilhas do tipo tomahawk.<br />
Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />
SA 01 - A Mata Semidecídua 22K 713499; 7961923<br />
SA 01 - B Mata Semidecídua 22K 713601; 7962009<br />
SA 02 - A Mata de Galeria 22K 751541; 7961162<br />
SA 02 - B Mata Semidecidua 22K 751621; 7961204<br />
SA 03 - A Cerradão 22K 784038; 7967922<br />
SA 03 - B Cerradão 22K 784095; 7967957<br />
SA 04 - A Cerrado Típico 22K 768316; 7969913<br />
SA 04 - B Cerrado Típico 22K 768400; 7969813<br />
SA 05 - A Mata Semidecídua 22K 746473; 7973340<br />
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Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />
SA 05 - B Mata Semidecídua 22K 746557; 7973480<br />
SA 06 - A Mata Semidecídua 22K 732601; 7985626<br />
SA 06 - B Mata Semidecídua 22K 732468; 7985530<br />
SA 07 - A Mata Semidecídua 22K 711392; 7973652<br />
SA 07 - B Mata Semidecídua 22K 711321; 7973680<br />
SA 08 - A Mata Semidecídua 22K 722425; 7983167<br />
SA 08 - B Mata Semidecídua 22K 722257; 7983224<br />
Para melhor otimização das atividades em campo o trabalho foi divido em duas etapas, em que<br />
na primeira etapa foram realizadas amostragens simultâneas nos Sítios Amostrais 1, 6, 7 e 8,<br />
enquanto que na segunda etapa os levantamentos (simultâneos) foram realizados nos Sítios<br />
Amostrais 2, 3, 4 e 5. Assim em cada etapa as Tomahawk permaneceram instaladas por 08 (oito)<br />
dias/ponto, sendo vistoriadas diariamente pela manhã (Fotos 136 e 137). As iscas foram<br />
preparadas, preferencialmente à tarde, utilizando, abacaxi, essência de baunilha e paçoca (Fotos<br />
134 e 135).<br />
Foto 134. Material para produção das iscas. Foto 135. Iscas prontas.<br />
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Foto 136. Iscando armadilha tomahawk. Foto 137. Armadilha tomahawk armada no chão<br />
Os indivíduos capturados sempre que possível foram: pesados; marcados com brincos<br />
numerados (para pequenos não voadores) e colares de miçanga (para pequenos voadores);<br />
sexados; medidos; identificados e soltos no mesmo local de captura.<br />
Quando a identificação no campo não for possível, os indivíduos serão fixados para posterior<br />
identificação, limitando-se a três indivíduos por espécie, conforme estabelecido na licença de<br />
fauna expedida pelo IBAMA.<br />
O esforço de amostragem por armadilhas de contenção viva, tipo gaiola, foi de 128<br />
armadilhas/noite. O esforço amostral por sítio amostral foi de 1.024 armadilhas/campanha e ao<br />
final de cada campanha um esforço total de 2.048 armadilhas.<br />
No caso de morte de alguns espécimes, estes serão fixados em formol 10% e, posteriormente,<br />
conservados em álcool a 70% e outros serão taxidermizados para manter as características da<br />
pelagem, muitas vezes fundamentais para a identificação em laboratório. Indivíduos removidos<br />
serão depositados no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG).<br />
6.1.1.2 Pequenos Mamíferos Voadores<br />
A metodologia adotada para o levantamento de mamíferos voadores (quirópteros) foi à captura –<br />
marcação, utilizando cinco redes de neblina, 09 x 2,5 m e de malha 35 mm, (mist nets) (Fotos<br />
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138 e 139, Quadro 19) em cada sítio amostral, por duas noites. As redes foram montadas ao<br />
final da tarde em locais propícios à captura dos animais. As redes foram abertas às 18h e<br />
fechadas às 24h, totalizando um esforço diário de 6 (seis) horas.<br />
Quadro 19. Descrição dos pontos de instalação de rede neblina (mist-net).<br />
Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />
SA 01 – Rede A Mata Semidecídua 22 k 0713210 / 7961991<br />
SA 01 – Rede B Mata Semidecídua 22 k 0713306 / 7961977<br />
SA 02 – Rede A Mata de galeria 22 k 0751426 / 7961108<br />
SA 02 – Rede B Mata de galeria 22 k 0751560 / 7961155<br />
SA 03 – Rede A Cerradão 22k 0784011 / 7967863<br />
SA 03 – Rede B Cerradão 22k 0784131 / 7967958<br />
SA 04 – Rede A Cerrado sensu stricto 22k 0768356 / 7969886<br />
SA 04 – Rede B Cerrado sensu stricto 22k 0768461 / 7967958<br />
SA 05 – Rede A Mata Semidecídua 22k 0746396 / 7973057<br />
SA 05 – Rede B Mata Semidecídua 22k 0746429 / 7973076<br />
SA 06 – Rede A Mata Semidecídua 22k 0732637 / 7985576<br />
SA 06 – Rede B Mata Semidecídua 22k 0732442 / 7985499<br />
SA 07 – Rede A Antrópico 22k 0711558 / 7973577<br />
SA 07 – Rede B Mata Semidecídua 22k 0711466 / 7973581<br />
SA 08 – Rede A Mata de galeria 22k 0722248 / 7983281<br />
SA 08 – Rede B Mata Semidecídua 22k 0722401 / 7983192<br />
Foto 138. Biólogos instalando rede de neblina. Foto 139. Biólogos instalando rede de neblina.<br />
Os indivíduos capturados foram marcados com colares metálicos associados a miçangas<br />
coloridas, com o objetivo de detectar futuras recapturas. Em seguida os dados biométricos foram<br />
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tomados, além de serem pesados, sexados e fotografados. Os espécimes capturados foram soltos<br />
no mesmo local de captura. A identificação dos espécimes foi realizada em campo através das<br />
chaves taxonômicas para famílias e espécies de quirópteros neotropicais.<br />
Cada miçanga utilizada para a confecção dos colares obtinha uma coloração diferente e estas<br />
cores estão associadas a números romanos, com o objetivo de que cada morcego capturado tenha<br />
um número de marcação distinta. Assim a cor cinza é a caracterização utilizada para o<br />
empreendimento, a cor preta representa o número 01 (I) romano, o azul o 05 (V), vermelho o 10<br />
(X), o branco o 50 (L) (Figura 39 e Fotos 140 à 144).<br />
Figura 39. Representação dos colares utilizados para a marcação dos morcegos.<br />
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Foto 140. Materiais utilizados para a confecção dos<br />
colares para marcação dos quirópteros.<br />
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Foto 141. Morcego sendo marcado.<br />
Foto 142. Biometria de quiróptero. Foto 143. Pesagem de quiróptero.<br />
Foto 144. Morcego marcado.<br />
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Eventuais fixações de quirópteros poderão ser efetuadas em caso de dúvida, na qual os<br />
indivíduos serão preservados em álcool 70% e depositados no Instituto de Ciências Biológicas da<br />
Universidade Federal de Goiás (UFG).<br />
O esforço de amostragem por redes de neblina foi de 06 horas-rede/noite em cada sítio amostral,<br />
e ao final de cada campanha foi de 96 horas-rede.<br />
6.1.1.3 Mamíferos de Médio e Grande Porte<br />
Para o levantamento de mamíferos de médio e grande porte foram realizadas observações diretas<br />
e indiretas durante o período diurno/noturno, com auxílio de um binóculo, lanternas, percorrendo<br />
transectos a pé, carro ou de barco à procura de indivíduos ou vestígios que possam indicar a<br />
presença de mamíferos no local.<br />
Também foram anotadas as informações de encontros fortuitos de evidências diretas ou indiretas<br />
ocorridos durante as caminhadas para reconhecimento dos ambientes escolhidos ao longo das<br />
trilhas entre os transectos e as áreas e, até mesmo, durante a checagem das armadilhas para os<br />
pequenos mamíferos. O esforço de amostragem por observação direta foi de 02 (duas) horas/dia<br />
por sítio amostral por campanha e ao final da campanha foi de 32 horas.<br />
Além da metodologia descrita acima, foram utilizadas 08 (oito) armadilhas fotográficas/dia,<br />
sendo instaladas 02 (duas) armadilhas por ponto de amostragem (Quadro 20), que<br />
permaneceram por 08 (oito) dias em cada sítio amostral. Assim, obtivemos um esforço amostral<br />
total de 128 armadilhas fotográficas por campanha. Associada às armadilhas fotográficas foram<br />
montadas “camas de areia” em frente às armadilhas fotográficas ou nas trilhas em que as<br />
armadilhas fotográficas (Trapa) estavam instaladas (Fotos 145).<br />
Quadro 20. Descrição dos pontos de instalação das armadilhas fotográficas (Trapa).<br />
Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />
SA 01 - A Mata Semidecídua 22K 713428; 7961910<br />
SA 01 – B Mata Semidecídua 22K 713627; 7962079<br />
SA 02 – A Mata de Galeria 22K 751452; 7961182<br />
SA 01 – B Mata de Galeria 22K 751675; 7961234<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />
SA 03 – A Cerradão 22K 784019; 7967911<br />
SA 03 - B Cerrado Típico 22K 784103; 7969766<br />
SA 04 – A Cerrado Típico 22K 768255; 7969947<br />
SA 04 – B Cerrado Típico 22K 768361; 7969766<br />
SA 05 – A Mata Semidecídua 22K 746367; 7973318<br />
SA 05 – B Mata Semidecídua 22K 746617; 7973568<br />
SA 06 – A Mata Semidecídua 22K 732681; 7985634<br />
SA 06 – B Mata Semidecídua 22K 732467; 7985473<br />
SA 07 – A Mata Semidecídua 22K 711394; 7973614<br />
SA 07 – B Mata Semidecídua 22K 711269; 7973694<br />
SA 08 – A Mata Semidecídua 22K 722401; 7983192<br />
SA 08 - B Ambiente Antrópico 22K 722447; 7983129<br />
Foto 145. Armadilha fotográfica sendo instalada. Foto 146. Equipe instalando tomahawk.<br />
6.1.2 Mamíferos Aquáticos<br />
Para o levantamento de dados de abundância das espécies de mastofauna aquática foi utilizado o<br />
método de Amostragem à Distância, na sua modalidade de transecto de banda, a partir de um<br />
barco e paralelo à margem a uma distância de cem metros. O esforço de amostragem pela<br />
amostragem a distância foi de 03 (três) horas/dia totalizando um esforço de 48 horas. Os<br />
transectos realizados de barco aconteceram nas primeiras e últimas horas do dia, período de<br />
maior mobilidade de mamíferos de médio e grande porte (Foto 147).<br />
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6.1.3 Análise dos Dados<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 147. Uso de binóculo no transecto aquático.<br />
Os dados de mastofauna coletados na terceira campanha de levantamento da UHE Itumbiara<br />
tiveram os seus valores de abundância e riqueza analisados com relação a suas guildas tróficas,<br />
status de conservação, habitats, além das análises estatísticas de diversidade Shannon,<br />
Equitabilidade, similaridade entre os sítios amostrais, índice de Jack-knife 1 associado à curva de<br />
acumulação. A seguir segue uma descrição de algumas análises que foram empregadas neste<br />
relatório. O sucesso do esforço amostral por método de captura também foi utilizado para<br />
averiguar a eficiência do método de amostragem.<br />
Classificação de Espécies Ameaçadas<br />
Como uma análise faunística padrão, os dados disponíveis foram contrastados com as listagens<br />
oficiais de animais ameaçados ou em perigo de extinção em uso no Brasil, a saber:<br />
1. Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção – oficializada pelo<br />
IBAMA através da Portaria nº 1.522, de 19/12/89 e da Portaria nº 45-N, de 27/04/92. A<br />
listagem do IBAMA é uma compilação a partir de dados de consultores internos no<br />
Brasil e da listagem CITES e foi atualizada recentemente pela Instrução Normativa 03/03<br />
(IBAMA, 2003);<br />
2. A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora<br />
Silvestres (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Flora - CITES) foi assinada, inicialmente, em Washington, D.C., em 03/03/73 e<br />
efetivada em julho de 1975. Os signatários do CITES reconhecem que a fauna e flora<br />
silvestres em suas mais variadas formas são partes insubstituíveis dos sistemas naturais<br />
da Terra e, dessa forma, são obrigados a monitorar o comércio global da vida silvestre e<br />
produtos da vida silvestre e tomar ações em favor das espécies que podem se tornar<br />
ameaçadas pelo comércio internacional. As listas dos CITES estão incluídas em<br />
apêndices, descritos a seguir:<br />
Apêndice I (CITES I) – espécie ameaçada de extinção e que está ou pode ser<br />
afetada pelo comércio;<br />
Apêndice II (CITES II) – espécie que pode ou não estar ameaçada no presente mas<br />
pode ser tornar ameaçada se o comércio não for estritamente regulamentado; e<br />
Apêndice III (CITES III) – listagem opcional para que os signatários possam<br />
proteger espécies nativas que podem estar ameaçadas pelo comércio.<br />
3. A União Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for<br />
Conservation of Nature – IUCN) mantém uma Lista Vermelha dos Animais Ameaçados<br />
(Red List of Threatened Animals – RLTA) que é compilada e mantida pelo Centro<br />
Mundial de Monitoramento da Conservação (World Conservation Monitoring Centre –<br />
WCMC) com a consultoria dos grupos de especialistas da IUCN (IUCN Specialist<br />
Groups – IUCN-SSC) e a assistência, no que diz respeito a aves, do BirdLife<br />
International. Nesse sentido, as espécies podem ser categorizadas como:<br />
NE- Não avaliado EN- Ameaçado<br />
DD- Dados insuficientes CR- Criticamente ameaçado<br />
LC- Mínima preocupação EW- Extinto em estado selvagem<br />
NT- Quase ameaçado EX- Extinto<br />
VU- Vulnerável<br />
Índice de Diversidade de Shannon-Wiener<br />
O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi calculado para cada grupo faunístico. O índice<br />
de equitabilidade mediu o quanto os indivíduos estão distribuídos por espécie por grupo<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
faunístico. O índice de diversidade utilizado foi o pelo método de Shannon-Wiener e de<br />
equitabilidade pela relação H/Hmax, ambos descritos em KREBS (1989) e dado por:<br />
e<br />
Para estes cálculos foi utilizado o programa Biodiversity Pro, disponível pela internet.<br />
Índice de Similaridade<br />
O índice de similaridade utilizado foi o de Jaccard, descrito por MAGURRAN (1988),<br />
utilizando-se o programa Biodiversity PRO, disponível na internet. A similaridade foi calculada<br />
entre os pontos de coleta.<br />
Curva do Coletor e Estimativa de Riqueza<br />
A curva do coletor compreende um gráfico composto de dois eixos ortogonais cujo eixo<br />
horizontal compreende o esforço amostral e o eixo vertical a riqueza (acumulada) de espécies.<br />
No geral, a curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicial ascendente de crescimento<br />
acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral<br />
até formar um platô ou assíntota (MARTINS & SANTOS, 1999).<br />
O índice de estimativa da riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em<br />
KREBS (1989) e dado por:<br />
Onde:<br />
S = s + [(n – 1) / n] k<br />
S é a estimativa Jacknife da riqueza das espécies;<br />
s corresponde ao número total de espécies encontradas em n dias;<br />
n é o número de dias amostrados; e,<br />
k é o número total de espécies únicas (ocorrem em somente um dia).<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Para a análise dos dados foi utilizado o programa Biodiversity-Pro (GOTELLI & COWLELL;<br />
2001). As curvas foram calculadas pelo número de espécies coletadas em função dos dias de<br />
coleta.<br />
Eficiência dos Métodos de Captura<br />
O sucesso de captura total para os diferentes métodos de captura (rede neblina, tomahawk e pit-<br />
fall) foram testados para averiguar as suas respectivas eficiências. Este resultado é obtido através<br />
da fórmula:<br />
6.2 Resultados e Discussão<br />
Sucesso de captura = n° de captura total da campanha x 100<br />
Esforço amostral<br />
Existem atualmente cerca de 5.487 espécies de mamíferos distribuídos no mundo (WILSON &<br />
REEDER, 2005), desse total ocorrem no Brasil 12,54% ou, aproximadamente, 688 espécies<br />
(REIS et al., 2011). O Cerrado é o terceiro bioma brasileiro em diversidade de mamíferos, com<br />
195 espécies (REIS et al. 2006), perdendo apenas para a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica.<br />
Os quirópteros representam o grupo mais rico, estando representado com 42% do total de<br />
espécies, seguido pelo grupo dos pequenos roedores com 29% (FONSECA et al., 1999). Os<br />
mamíferos do Cerrado, assim como as aves, apresentam níveis relativamente baixos de<br />
endemismo (23 espécies no total), por compartilhar a maior parte das espécies com os outros<br />
grandes biomas do Brasil (MARINHO-FILHO et al., 2002). Os levantamentos de mamíferos<br />
mais completos são os de unidades de conservação no Cerrado, realizados no Parque Nacional<br />
das Emas, GO (RODRIGUES et al., 2002) e no Distrito Federal (MARINHO-FILHO et al.<br />
1998; FONSECA & REDFORD 1984).<br />
Na terceira campanha de levantamento da UHE Itumbiara foram contabilizados 148 indivíduos,<br />
distribuídos em 07 (sete) Ordens, 13 Famílias e 28 espécies. A família Phyllostomidae, composta<br />
por morcegos cuja característica mais marcante do grupo é a presensa de uma folha nasal<br />
menbranosa (REIS et al., 2007; REIS et al., 2011), foi a mais representativa em relação à<br />
abundância, com 45,95% (N=68) do total de espécimes de mamíferos registrados, bem como em<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
relação à riqueza, com 35,71% (N=10) das espécies registradas. As famílias Noctilionidae,<br />
Mustelidae e Echimyidae, foram as menos representativas, tanto em abundância quanto em<br />
riqueza, contribuindo cada uma com 01 (um) indivíduo e 01 (uma) espécie cada (Figura 40).<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Figura 40. Abundância e riqueza dos mamíferos terrestres registrados na UHE Itumbiara.<br />
Dentre as espécies registradas na UHE Itumbiara Carollia perspicillata (morcego) foi a mais<br />
abundante, com 45 indivíduos, seguida do Cebus libidinosus (macaco-prego), com 31 e<br />
Gracilinanus agilis (mucura) com 09 (nove) indivíduos (Figura 41).<br />
A maioria dos mamíferos registrados na UHE Itumbiara foram animais de médio e pequeno<br />
porte, em que o grupo de médio porte tem grande importância na conservação das relações<br />
ecológicas das quais os primatas participam na manutenção do seu habitat, pois estes<br />
representam uma porção significativa da biomassa de frugívoros vertebrados nas comunidades<br />
tropicais, afetando a estrutura e composição das plantas com as quais interagem (OLIVEIRA et<br />
al., 2008). O grupo de animais de pequeno porte tem grande importância na dinâmica dos<br />
ecossistemas, servindo como fonte de alimento a diversos predadores, controlando as populações<br />
de insetos, modificando a estrutura dos solos e dispersando sementes dentre outras ações<br />
(GASTAL, 1997). Assim monitorar as espécies e indivíduos deste grupo é uma ferramenta<br />
avaliativa importante sobre a saúde do ambiente local.<br />
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Abundância<br />
Riqueza<br />
140
Abundância<br />
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 41. As 12 espécies mais abundantes encontradas na 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento.<br />
Em relação aos sítios amostrais, a maior abundância foi registrada no Sítio Amostral 04, com 47<br />
indivíduos registrados, seguido pelo SA02 com 30 exemplares, enquanto que o menor valor de<br />
abundância foi de 02 indivíduos, no Sítio Amostral 05. Avaliando a riqueza percebe-se que o<br />
SA08 apresentou a maior riqueza com 09 (nove) espécies, e o Sítio Amostral 05 apresentou a<br />
menor riqueza com 02 (duas) espécies registradas (Figura 42). No sítio amostral 08 ocorreram<br />
as seguintes espécies: Didelphis albiventris (gambá), Gracilinanus agilis (mucura),<br />
Mymercophaga tridactyla (tamanduá-bandeira), Carollia perspicillata (morcego), Anoura<br />
caudifer (morcego), Platyrrhinus recifinus (morcego), Cerdocyon thous (cachorro-do-mato),<br />
Mazama gouazoubira (veado-catingueiro) e Calomys tener (rato) (Figura 43).<br />
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141
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 42. Riqueza e abundância de mamíferos em cada Sítio Amostral (SA) Itumbiara.<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
Figura 43. Abundância das espécies registradas por Sítio Amostral (SA) da UHE Itumbiara.<br />
Dentre os ambientes identificados na área em estudo, o ambiente antrópico apresentou a maior<br />
abundância com 64 indivíduos registrados de 14 espécies diferentes, enquanto que cerradão e o<br />
aquático apresentaram as menores abundâncias com apenas 03 (três) exemplares catalogados em<br />
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Abundância<br />
Riqueza<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
Didelphis albiventris Gracilinanus agilis Marmosa murina<br />
Monodelphis domestica Callithrix penicillata Cebus libidinosus<br />
Mymercophaga tridactyla Carollia perspicillata Anoura caudifer<br />
Anoura geoffroyi Glossophaga soricina Artibeus obscurus<br />
Chiroderma villosum Platyrrhinus lineatus Platyrrinus recifinus<br />
Sturnira lilium Phyllostomus discolor Noctilio leporinus<br />
Molossus molossus Cerdocyon thous Lycalopex vetulus<br />
Eira barbara Mazama gouazoubira Pecari tajacu<br />
Calomys tener Rhipidomys sp Hydrochoerus hydrochaeris<br />
Thrichomys sp<br />
142
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
cada ambiente, sendo que a riqueza do ambiente aquático foi à menor registrada com apenas 01<br />
(uma) espécie (Figura 44).<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
Figura 44. Abundância e riqueza de mamíferos amostrados em diferentes ambientes da<br />
UHE Itumbiara.<br />
Legenda: MG = Mata de Galeria, MS = Mata Semidecidual, CE = Cerrado Típico, CD =<br />
Cerradão, AA= Ambiente Aquático e ANT = Antrópico.<br />
As listas internacionais CITES (2011) e IUCN (2011) e nacional IBAMA (MACHADO et al.,<br />
2008) de fauna e flora ameaçadas de extinção foram consultadas para averiguar o status de<br />
conservação dos mamíferos registrados na área do empreendimento. Assim, o Callithrix<br />
penicillata (sagui-tufo-branco) e o Cebus libidinosus (macaco- prego) encontram-se no Apêndice<br />
II do CITES, enquanto que na IUCN estão o Myrmecophaga tridactyla (tamanduá bandeira) e<br />
Tapirus terrestres (anta) que são citadas como “Vulnerável”. Porém a lista Nacional é a de maior<br />
relevância para a comunidade faunística brasileira, assim a espécie Myrmecophaga tridactyla –<br />
tamanduá-bandeira encontra-se Vulnerável à extinção, segundo MACHADO et al., (2008)<br />
(Quadro 23). Estas espécies necessitam de uma atenção especial, já que as suas populações<br />
encontram-se em declínio.<br />
0<br />
MG MS CE CD AA ANT<br />
Entre as diferentes técnicas de censo, a captura foi a mais eficiente, sendo registrados 94<br />
indivíduos, através das armadilhas de queda (pit-fall), rede de neblina (mist-net) e tomahawk,<br />
seguido de avistamento (avistamento, transecto noturno e transecto aquático), que contabilizaram<br />
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Abundância<br />
Riqueza<br />
143
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
46 indivíduos. Com relação à riqueza, o método de captura também foi o mais eficiente,<br />
apresentando 12 espécies capturadas com rede de neblina seguido do método de avistamento que<br />
colaborou com 07 (sete) espécies. (Figura 45).<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
Figura 45. Abundância e riqueza de mamíferos amostrados por método de registro na<br />
UHE Itumbiara.<br />
Legenda: AV = Avistamento, AF = Armadilha Fotográfica, TK = Tomahawk , PT =<br />
Pit-fall e RN = Rede de Neblina.<br />
Dentre os métodos de captura a rede de neblina e as armadilhas tomahawk foram os mais<br />
eficazes no registro de espécies catalogadas na UHE Itumbiara, representado por 75 e 16<br />
indivíduos, respectivamente. Os mamíferos de pequeno porte capturados em tomahawk<br />
pertencem às famílias Didelphidae, Cricetidae e Echimyidae. Já as redes de neblina contribuíram<br />
com 13 espécies das famílias Phyllostomidae, Noctilionidae e Molossidae. As armadilhas de<br />
queda (pit-fall) foram responsáveis pela captura de 03 (três) indivíduos de 03 (três) espécies<br />
diferentes (Figura 46).<br />
0<br />
AV AF TK PT RN<br />
Captura<br />
O cálculo do sucesso de captura, que é a razão entre o número total de capturas sobre o esforço<br />
amostral total, demonstra que a rede de neblina apresentou a maior eficiência com valor 6,9<br />
capturas/rede, enquanto que a eficiência de pit-fall foi de 1,88 capturas/balde e a tomahawk teve<br />
a menor eficiência com 0,83 capturas/tomahawk. Embora sejam métodos totalmente distintos<br />
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Abundância<br />
Riqueza<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
estes resultados podem ser utilizados para comparação do esforço amostral necessário para que<br />
os mamíferos sejam capturados.<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Figura 46. Abundância e riqueza por método de captura na UHE Itumbiara.<br />
Mamíferos de Pequeno Porte Voadores<br />
A terceira campanha de levantamento de fauna da UHE Itumbiara foi realizada com 16 dias de<br />
amostragem, nos quais foram registrados 75 indivíduos de 12 espécies diferentes. A espécie<br />
Carollia perspicillata da família Phyllostomidae, apresentou o maior índice de capturas, sendo<br />
registrados 45 indivíduos, seguido das espécies Glossophaga soricina, Phyllostomus discolor,<br />
ambos da família Phyllostomidae e Molossus molossus, da família Molossidae, com registro de<br />
06 (seis) indivíduos cada ao longo da campanha. (Figura 47 e Quadro 21).<br />
Um gráfico (Figura 48) foi gerado para avaliar a relação temperatura X eficiência em captura de<br />
quirópteros, assim foi possível detectar um leve declive nos valores de riqueza e abundância à<br />
medida que a temperatura diminui. Houve um agravante nesta campanha para a captura de<br />
quirópteros devido às recorrentes precipitações no final de tarde, que se estendiam pelo período<br />
noturno. Conforme demostrado no gráfico, a eficiência de captura maior se deu à medida que a<br />
temperatura se aproximou de 30 graus.<br />
Tomahawk Pit-fall Rede de<br />
Neblina<br />
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Abundância<br />
Riqueza<br />
145
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
Figura 47. Abundância e riqueza de morcegos por Sítio Amostral (SA).<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16<br />
Dias Trabalhados<br />
Figura 48. Abundância e riqueza de quirópteros em função da temperatura.<br />
Quadro 21. Espécies quirópteros capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara.<br />
Nome científico N° de Marcação Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral (SA) Status<br />
Carollia perspicillata 43 J M 28/03/12 MS SA01 1<br />
Phyllostomus discolor 44 J M 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Phyllostomus discolor - - M 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Phyllostomus discolor - - - 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Molossus molossus - - - 29/03/12 ANT SA07 1<br />
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Abundância<br />
Riqueza<br />
Abundância<br />
Riqueza<br />
Temperatura<br />
146
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Nome científico N° de Marcação Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral (SA) Status<br />
Platyrrhinus lineatus 45 J M 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Phyllostomus discolor 48 A M 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Molossus molossus 46 J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Molossus molossus - A F 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Molossus molossus - J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Chiroderma villosum 49 J M 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Molossus molossus - A M 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Phyllostomus discolor 50 J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Molossus molossus - J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Noctilio leporinus 51 A M 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Phyllostomus discolor 52 J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />
Carollia perspicillata 26 - - 30/03/12 MG SA08 2<br />
Carollia perspicillata 53 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />
Carollia perspicillata 54 A F 30/03/12 MG SA08 1<br />
Carollia perspicillata 55 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />
Carollia perspicillata 56 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />
Carollia perspicillata 57 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />
Carollia perspicillata 58 J M 30/03/12 MG SA08 1<br />
Carollia perspicillata 59 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />
Anoura caudifer 60 J M 30/03/12 MG SA08 1<br />
Platyrrhinus recifinus 61 J M 30/03/12 MG SA08 1<br />
Sturnira lilium 62 J F 31/03/12 ANT SA06 1<br />
Carollia perspicillata 63 J F 04/04/12 MG SA02 1<br />
Carollia perspicillata 64 J F 04/04/12 MG SA02 1<br />
Carollia perspicillata 65 J F 04/04/12 MG SA02 1<br />
Artibeus obscurus 66 J M 05/04/12 MS SA05 1<br />
Carollia perspicillata 67 J F 07/04/12 MG SA03 1<br />
Carollia perspicillata 69 J M 07/04/12 MG SA03 1<br />
Carollia perspicillata 68 J M 07/04/12 MG SA03 1<br />
Carollia perspicillata 71 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Anoura caudifer 72 A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata 70 J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Anoura caudifer 73 A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata 74 J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata 75 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata 76 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata 77 J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
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147
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Nome científico N° de Marcação Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral (SA) Status<br />
Carollia perspicillata 78 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata 79 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata 80 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - A M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Carollia perspicillata - J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Anoura caudifer 81 A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Glossophaga soricina 82 A M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Glossophaga soricina 84 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Glossophaga soricina 83 A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Anoura caudifer 85 A M 09/04/12 ANT SA04 1<br />
Legenda: A = Adulto. M = Macho, F = Fêmea; Ambiente: MS = Mata Semidecidual, MG = Mata de Galeria e<br />
ANT = Antrópico; Status: 1= Novo, 2= Recaptura.<br />
Mamíferos de Pequeno Porte Não Voadores<br />
Nesta campanha foram 19 indivíduos de 07 (sete) espécies diferentes, em que a espécie mais<br />
frequente foi o Gracilinanus agilis (mucura) com 09 (nove) indivíduos capturados, seguido da<br />
espécie Didelphis albiventris (gambá) com 05 (cinco) indivíduos, ambos representantes da<br />
família Didelphidae (Quadro 22). Os indivíduos, sempre que possível, foram mensurados e<br />
soltos no mesmo local em que foram capturados.<br />
Quadro 22. Mamíferos de pequeno porte não voadores capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da<br />
UHE Itumbiara.<br />
Nome científico Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral<br />
Didelphis albiventris A F 29/03/12 MS SA06<br />
Thricomys sp A M 29/03/12 MS SA06<br />
Didelphis albiventris A F 30/03/12 MS SA08<br />
Gracilinanus agilis A F 30/03/12 MS SA08<br />
Calomys tener J - 30/03/12 MS SA08<br />
Marmosa murina J M 30/03/12 MS SA07<br />
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148
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Nome científico Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral<br />
Didelphis albiventris J M 31/03/12 MS SA08<br />
Gracilinanus agilis A M 31/03/12 MS SA08<br />
Gracilinanus agilis A F 01/04/12 MS SA08<br />
Didelphis albiventris A M 01/04/12 MS SA06<br />
Didelphis albiventris A F 03/04/12 MS SA08<br />
Monodelphis domestica J - 04/04/12 CE SA04<br />
Gracilinanus agilis A - 05/04/12 CE SA04<br />
Rhipidomys sp A F 10/04/12 CD SA03<br />
Gracilinanus agilis A M 10/04/12 CE SA04<br />
Gracilinanus agilis A M 10/04/12 CE SA04<br />
Gracilinanus agilis A F 11/04/12 CE SA04<br />
Gracilinanus agilis A M 11/04/12 CE SA04<br />
Gracilinanus agilis A F 11/04/12 CE SA04<br />
Legenda: A = Adulto e J = Jovem. M = Macho e F = Fêmea. Ambiente: MS = Mata Semidecidual, CE = Cerrado e<br />
CD = Cerradão.<br />
Mamíferos Aquáticos<br />
Para este grupo em específico foram destinadas mais de 50 horas na 3ª (terceira) campanha de<br />
levantamento em deslocamentos (transectos) de barco, nos principais afluentes afetados pelo<br />
represamento da UHE Itumbiara, porém nenhum indivíduo ou indício da ocorrência destas<br />
espécies foi constatado.<br />
Porém alguns moradores locais foram entrevistas, para averiguar se há ocorrência destas espécies<br />
para a área em estudo e segundo a informação dos mesmos é possível registrar lontras (Lontra<br />
longicauda) e ariranhas (Pteronura brasiliensis) no rio Paranaíba e seus tributários. Estes<br />
relatam que constantemente estes indivíduos são avistados nas proximidades dos locais em que<br />
redes de pesca são instaladas. Porém a frequência maior de registro, segundo os ribeirinhos, é de<br />
ariranhas (P. brasiliensis).<br />
Provavelmente ao longo das campanhas de levantamento estas espécies serão registradas na área<br />
do reservatório da UHE Itumbiara. Das espécies com presença relatada por moradores locais,<br />
destaca-se a ariranha (P. brasiliensis) que é uma espécie vulnerável a extinção, segundo a Lista<br />
Nacional de Espécies Ameaçadas de extinção (MACHADO et al., 2008).<br />
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149
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Quadro 23. Táxons de mamíferos registrados na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara.<br />
Sítios Amostrais (SA) Ameaça de Extinção<br />
TAXON NOME VULGAR 1 2 3 4 5 6 7 8 IBAMA IUCN CITES<br />
ClASSE MAMMALIA<br />
Ordem Didelphimorphia<br />
Família Didelphidae<br />
Didelphis albiventris gambá 2 3<br />
Gracilinanus agilis mucura 1 5 3<br />
Monodelphis domestica catita<br />
Marmosa murina catita 1<br />
Ordem Pilosa<br />
Família Myrmecophagidae<br />
Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira 1 1 1 1 1 VU VU<br />
Ordem Primates<br />
Família Cebidae<br />
Callithrix penicillata sagui-tufo-branco 4 AII<br />
Cebus libidinosus macaco-prego 8 23 AII<br />
Ordem Chiroptera<br />
Família Phyllostomidae<br />
Anoura caudifer morcego-beija-flor 4 1<br />
Anoura geoffroyi morcego-beija-flor 1<br />
Glossophaga soricina morcego-beija-flor 6<br />
Phyllostomus discolor morcego 6<br />
Carollia perspicillata morcego 1 3 3 30 8<br />
Artibeus obscurus morcego 1<br />
Chiroderma villosum morcego 1<br />
Platyrrhinus lineatus morcego 1<br />
Platyrrhinus recifinus morcego 1<br />
Sturnira lilium morcego-fruteiro 1<br />
Família Noctilionidae<br />
Noctilio leporinus morcego-pescador 1<br />
Família Molossidae<br />
Molossus molossus morcego 6<br />
Ordem Carnívora<br />
Família Canidae<br />
Cerdocyon thous cachorro-do-mato 2<br />
Lycalopex vetulus raposinha do campo 1<br />
Família Mustelidae<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Sítios Amostrais (SA) Ameaça de Extinção<br />
TAXON NOME VULGAR 1 2 3 4 5 6 7 8 IBAMA IUCN CITES<br />
Eira barbara irara 1<br />
Ordem Artiodactyla<br />
Família Cervidae<br />
Mazama gouazoubira veado-catingueiro 1 1<br />
Família Tayassuidae<br />
Pecari tajacu cateto 5<br />
Ordem Rodentia<br />
Família Cricetidae<br />
Calomys tener rato-calunga 1<br />
Rhipidomys sp. rato-de-algodão 1<br />
Família Caviidae<br />
Hydrochoerus hydrochaeris capivara 2 1<br />
Família Echimyidae<br />
Thrichomys sp punaré 1<br />
Legenda: IBAMA – VU = Vulnerável. IUCN - LC = Sem risco de extinção, DD = Dados Deficitários, VU =<br />
Vulnerável, CITES – AII = Apêndice II.<br />
Algumas ferramentas estatísticas, como índice de diversidade Shannon, Equitabilidade,<br />
Similaridade entre os Sítios Amostrais e Índice de Jack-knife 1 associado a curva de acumulação<br />
foram utilizadas para avaliar a comunidade de mamíferos na área da UHE Itumbiara.<br />
O índice de diversidade Shannon apresentou o maior valor para o Sítio Amostral 08 com 0,81,<br />
enquanto que a menor diversidade aconteceu no SA05 com 0,30. O Sítio Amostral 05 apresentou<br />
o valor máximo de equitabilidade, que é igual a 1. Enquanto que a menor equitabilidade<br />
aconteceu para o SA02 com 0,52 (Quadro 24 e Figura 49).<br />
Quadro 24. Valores de Shannon e Equitabilidade por Sítio Amostral (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento.<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
Diversidade 0,59 0,37 0,72 0,50 0,30 0,45 0,62 0,81<br />
Equitabilidade 0,84 0,52 0,93 0,65 1,00 0,95 0,80 0,85<br />
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151
1,2<br />
1<br />
0,8<br />
0,6<br />
0,4<br />
0,2<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 49. Diversidade Shannon e Equitabilidade em cada Sítio Amostral (SA) da UHE<br />
Itumbiara.<br />
Um dendrograma de similaridade foi elaborado para comparação dos valores de riqueza entre os<br />
pontos amostrais, deste modo os sítios amostrais se demonstraram pouco similares, com valor de<br />
similaridade média de 10,09%, em que os Sítios Amostrais 01 e 02, caracterizados por Mata<br />
Semidecídua e Mata de Galeria, respectivamente, apresentaram a maior similaridade com<br />
42,86%, enquanto que os Sítios 05 e 06 ambos caracterizados por Mata Semidecídua,<br />
apresentaram baixa similaridade, ou seja, nenhuma espécie em comum foi registrada para estes<br />
pontos (Figura 50 e Quadro 25).<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
Diversidade<br />
Equitabilidade<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Figura 50. Dendrograma de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA) da UHE Itumbiara.<br />
Quadro 25. Valores de Shannon e Equitabilidade por Sítio Amostral (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento.<br />
SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />
SA01 * 42,86 22,22 10,00 0,00 0,00 10,00 16,67<br />
SA02 * * 37,50 10,00 0,00 0,00 10,00 16,67<br />
SA03 * * * 20,00 0,00 0,00 9,09 25,00<br />
SA04 * * * * 0,00 0,00 0,00 36,36<br />
SA05 * * * * * 0,00 0,00 0,00<br />
SA06 * * * * * * 0,00 9,09<br />
SA07 * * * * * * * 7,14<br />
SA08 * * * * * * * *<br />
Após 16 dias de amostragem em 08 (oito) Sítios Amostrais foram catalogadas 26 espécies de<br />
mamíferos na área da UHE Itumbiara e com base nestes resultados foi calculado o índice de<br />
Jack-knife 1 que estimou uma riqueza máxima de 42,8 espécies para a área de trabalho.<br />
Analisando as curvas de Jack-knife 1 e Acumulação percebe-se que as mesmas estão em<br />
ascensão. Estes resultados eram previstos, visto que está é a terceira atividade de campo, e à<br />
medida que o esforço amostral aumentar, as curvas tenderão á estabilização. Este gráfico<br />
demonstra a possibilidade de incremento de espécies ao check-list de mamíferos nas próximas<br />
campanhas de campo (Figura 51).<br />
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153
45<br />
40<br />
35<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15<br />
Figura 51. Curvas de Jack-knife 1 e Curva de Acumulação para a terceiracampanha.<br />
A seguir segue o check-list fotográfico dos mamíferos registrados na 3ª (terceira) campanha de<br />
Levantamento da UHE Itumbiara (Fotos 148 a 166).<br />
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Jack-knife 1<br />
Curva de<br />
Acumulação<br />
Foto 148. Callithrix penicillata (sagui). Foto 149. Mymercophaga tridactyla (tamanduábandeira).<br />
154
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 150. Hydrochoerus hydrochaeris (capivara). Foto 151. Didelphis albiventris (gambá).<br />
Foto 152. Calomys tener (rato).<br />
Foto 153. Gracilinanus agilis (mucura).<br />
Foto 154. Rhipidomys sp. (rato-de-algodão). Foto 155. Anoura caudifer (morcego).<br />
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155
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 156. Carollia perspicillata (morcego). Foto 157. Chiroderma villosum (morcego).<br />
Foto 158. Glossophaga soricina (morcego-beija-flor). Foto 159. Molossus molossus (morcego).<br />
Foto 160. Noctilio liporinus (morcego-pescador). Foto 161. Phyllostomus discolor (morcego).<br />
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156
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Foto 162. Platyrrhinus lineatus (morcego). Foto 163. Platyrrhinus recifinus (morcego).<br />
Foto 164. Sturnira lilium (morcego). Foto 165. Pecari tajacu (cateto), na armadilha<br />
fotográfica.<br />
Foto 166. Eira Barbara (irara), na armadilha<br />
fotográfica.<br />
Foto 167. Mymercophaga tridactyla (tamanduábandeira),<br />
na armadilha fotográfica.<br />
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157
6.3 Considerações Finais<br />
3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
Na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara foram catalogadas 28 espécies de<br />
mamíferos e 148 indivíduos. Nesta campanha foram registradas mais 06 (seis) espécies (Anoura<br />
geoffroyi, Artibeus obscurus, Chiroderma villosum, Platyrrhinus recifinus, Pecari tajacu.<br />
Calomys tener) que não haviam sido registradas na campanha anterior. Estes resultados foram<br />
satisfatórios para esta campanha e a tendência é de que novas espécies sejam registradas na<br />
campanha seguinte, já que o índice de Jack-knife 1 estimou uma riqueza de 42,8 espécies para a<br />
área de estudo.<br />
Nesta campanha foi registrada apenas 01 (uma) espécie vulnerável a extinção (Myrmecophaga<br />
tridactyla – tamanduá-bandeira, segundo a Lista Nacional de Fauna Ameaçada de Extinção<br />
(MACHADO et al., 2008). Esta espécie está vulnerável à extinção em decorrência da perda de<br />
seu habitat.<br />
6.4 Referências Bibliográficas<br />
CITES. (2011). Convention on International Trade in Endangered Species – 2010. Geneva.<br />
FONSECA, G.A.B. & REDFORD, K. H. (1984). The mammals of IBGE’s ecological reserve,<br />
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Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
IUCN - International Union for Conservation of Nature. (2011). Red List of Threatened Species.<br />
Version 2011.1. Disponível em: http://www.iucnredlist.org. Acessado dia 04 de Novembro<br />
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MARINHO-FILHO, J.S., RODRIGUES, F.H.G., GUIMARÃES, M.M. & REIS., M.L. (1998).<br />
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REIS, N.R., PERACCHI, A.L., PEDRO, W.A. & LIMA, I.P. (eds.). (2006). Mamíferos do Brasil.<br />
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REIS, N.R.; PERACCHI, A.L.; PEDRO, W.A. & LIMA, I.P. (eds.). (2011) Mamíferos do<br />
Brasil. 2ª ed. Londrina: Edição do autor, 439p.<br />
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Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
WILSON, D.E. & REEDER, D.M. (2005) Mammal species of the world: a taxonomic and<br />
geographic reference. 3ª ed. Baltimore, Maryland, John Hopkins University Press, 2142 p.<br />
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ANEXO I – Licença de Fauna de Vertebrados Terrestres e Aquáticos.<br />
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ANEXO II – Autorização para anilhamento na área do Reservatório da UHE Itumbiara.<br />
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3º Relatório Técnico (2012)<br />
Programa de Levantamento da Fauna<br />
Terrestre e Aquática<br />
UHE Itumbiara<br />
_________________________________________________________________<br />
Pablo Vinicius Clemente Mathias<br />
Diretor Técnico<br />
Biota – Projetos e Consultoria Ambiental Ltda.<br />
CNPJ: 05.761.748.0001-20<br />
_________________________________________________________________<br />
Cláudio Veloso Mendonça<br />
Diretor Administrativo<br />
Biota – Projetos e Consultoria Ambiental Ltda.<br />
CNPJ: 05.761.748/0001-20<br />
Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />
Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />
Goiânia, 04 de maio de 2012.<br />
BIOTA – PROJETOS E CONSULTORIA AMBIENTAL LTDA.<br />
Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />
Fone: (62) 3945-2461 / 8405-4449 / 8405-4451<br />
www.biotanet.com.br<br />
biota@biotanet.com.br<br />
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