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3 Campanha ... - Ibama

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

SUMÁRIO<br />

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 12<br />

2. ATIVIDADES REALIZADAS............................................................................................... 12<br />

2.1. Equipes de Trabalho ....................................................................................................... 12<br />

2.2. Infra-Estrutura ................................................................................................................ 13<br />

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ................................................................. 14<br />

3.1. Introdução ........................................................................................................................ 14<br />

3.2. Localização ....................................................................................................................... 15<br />

3.3. Fitofisionomia .................................................................................................................. 26<br />

3.4. Condições climáticas ....................................................................................................... 27<br />

3.5. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 30<br />

4. HERPETOFAUNA ................................................................................................................. 30<br />

4.1. Metodologia ...................................................................................................................... 30<br />

4.1.1. Herpetofauna terrestre ............................................................................................ 31<br />

4.1.2. Herpetofauna aquática ............................................................................................ 38<br />

4.1.3. Análises dos Dados ................................................................................................... 39<br />

4.2. Resultados e Discussão .................................................................................................... 40<br />

4.3. Considerações Finais ....................................................................................................... 82<br />

4.4. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 83<br />

5. AVIFAUNA .............................................................................................................................. 88<br />

5.1. Metodologia ...................................................................................................................... 88<br />

5.2. Resultados e Discussão .................................................................................................... 93<br />

5.3. Considerações Finais ..................................................................................................... 125<br />

5.4. Referências Bibliográficas ............................................................................................ 127<br />

6. MASTOFAUNA .................................................................................................................... 128<br />

6.1. Metodologia .................................................................................................................... 128<br />

6.1.1 Mamíferos Terrestres ............................................................................................. 128<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil Fone/Fax: (62) 3945-2461<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

6.1.2 Mamíferos Aquáticos .............................................................................................. 135<br />

6.1.3 Análise dos Dados ................................................................................................... 136<br />

6.2 Resultados e Discussão ................................................................................................... 139<br />

6.3 Considerações Finais ...................................................................................................... 158<br />

6.4 Referências Bibliográficas ............................................................................................. 158<br />

ANEXO I – LICENÇA DE FAUNA DE VERTEBRADOS TERRESTRES E<br />

AQUÁTICOS. ............................................................................................................................ 161<br />

ANEXO II – AUTORIZAÇÃO PARA ANILHAMENTO NA ÁREA DO<br />

RESERVATÓRIO DA UHE ITUMBIARA. .......................................................................... 163<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

ÍNDICE DE FOTOS<br />

Foto 1. Equipe Biota em trabalho de campo na UHE Itumbiara ................................................................................ 12<br />

Foto 2. Base situada à margem do Lago das Brisas, Goiás. ....................................................................................... 13<br />

Foto 3. Base situada próximo a Ponte Quinca Mariano, Corumbaíba, Goiás. ............................................................ 13<br />

Foto 4. Transportes utilizados na campanha. .............................................................................................................. 14<br />

Foto 5. Barcos utilizados no trânsito aquático. ........................................................................................................... 14<br />

Foto 6. Mata semidecidual SA01. ............................................................................................................................... 19<br />

Foto 7. Mata semidecidual SA01. ............................................................................................................................... 19<br />

Foto 8. Mata de Galeria SA02. ................................................................................................................................... 20<br />

Foto 9. Represa Artificial SA02. ................................................................................................................................ 20<br />

Foto 10. Cerradão SA03 na margem do reservatório.................................................................................................. 21<br />

Foto 11. Cerradão SA03. ............................................................................................................................................ 21<br />

Foto 12. Cerrado sensu stricto SA04. ......................................................................................................................... 22<br />

Foto 13. Borda do cerrado sensu stricto SA04. .......................................................................................................... 22<br />

Foto 14. Vista da Mata Semidecidual no SA05. ......................................................................................................... 23<br />

Foto 15. Borda do cerrado sensu stricto SA05. .......................................................................................................... 23<br />

Foto 16. Mata Semidecidual na margem do rio Piracanjuba SA06. ........................................................................... 24<br />

Foto 17. Interior da Mata Semidecidual SA06. .......................................................................................................... 24<br />

Foto 18. Vista da Mata Semidecidual na serra do SA07. ........................................................................................... 25<br />

Foto 19. Mata semidecidual em estágio inicial de regeneração SA07. ....................................................................... 25<br />

Foto 20. Mata Semidecidual no SA08. ....................................................................................................................... 26<br />

Foto 21. Represa artificial no SA08............................................................................................................................ 26<br />

Foto 22. Varredura diurna........................................................................................................................................... 32<br />

Foto 23. Varredura noturna......................................................................................................................................... 32<br />

Foto 24. Levantamento sonoro. .................................................................................................................................. 32<br />

Foto 25. Instalação de pit-fall. .................................................................................................................................... 33<br />

Foto 26. Instalação de pit-fall. .................................................................................................................................... 33<br />

Foto 27. Pit-fall instalado formato de “Y”. ................................................................................................................ 34<br />

Foto 28. Pit-fall instalado formato de “Linha”. .......................................................................................................... 34<br />

Foto 29. Revisão de pit-fall. ....................................................................................................................................... 34<br />

Foto 30. Registro fotográfico de espécime representante da herpetofauna. ................................................................ 34<br />

Foto 31. Retirada da tela ............................................................................................................................................. 35<br />

Foto 32. Baldes enterrados e tampados ...................................................................................................................... 35<br />

Foto 33. Kit elastômero e lanterna usada para visualizar a marcação......................................................................... 37<br />

Foto 34. Marcação com elastômero em Mabuya nigropunctata................................................................................. 37<br />

Foto 35. Marcação com elastômero em Eupemphix nattereri .................................................................................... 37<br />

Foto 36. Transecto aquático. ....................................................................................................................................... 39<br />

Foto 37. Dendropsophus minutus (perereca) vocalizando. ......................................................................................... 49<br />

Foto 38. Sinax fuscovarius (pereça-de-banheiro). ...................................................................................................... 49<br />

Foto 39. Dendropsophus nanus (perereca). ................................................................................................................ 50<br />

Foto 40. Hypsiboas albopunctatus (perereca). ........................................................................................................... 50<br />

Foto 41. Dendropsophus minutus (perereca). ............................................................................................................. 52<br />

Foto 42. Sinax fuscovarius (perereca-de-banheiro). ................................................................................................... 52<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 43. Hypsiboas albopunctatus (perereca). ........................................................................................................... 53<br />

Foto 44. Dendropsophus nanus (perereca). ................................................................................................................ 53<br />

Foto 45. Barycholos ternetzi (rã-cachorro). ................................................................................................................ 53<br />

Foto 46. Leptodactylus labyrinthicus (rã-assobiadeira). ............................................................................................. 53<br />

Foto 47. Biometria de anfíbio. .................................................................................................................................... 57<br />

Foto 48. Pesagem de anfíbio. ...................................................................................................................................... 57<br />

Foto 49. Rhinella schneideri (sapo-cururu). .............................................................................................................. 69<br />

Foto 50. Barycholos ternetzi (rã). .............................................................................................................................. 69<br />

Foto 51. Dendropsophus nanus (perereca). ............................................................................................................... 70<br />

Foto 52. Dendropsophus minutus (perereca). ............................................................................................................ 70<br />

Foto 53. Hypsiboas multifasciatus (perereca). ............................................................................................................ 70<br />

Foto 54. Hypsiboas albopunctatus (perereca). .......................................................................................................... 70<br />

Foto 55. Hypsiboas raniceps (perereca). ................................................................................................................... 70<br />

Foto 56. Eupemphix nattereri (rã-de-quatro-olhos). .................................................................................................. 70<br />

Foto 57. Physalaemus cuvieri (rã-cachorro). ............................................................................................................. 71<br />

Foto 58. Hypsiboas lundii (perereca). ........................................................................................................................ 71<br />

Foto 59. Leptodactylus latrans (rã-manteiga). ............................................................................................................ 71<br />

Foto 60. Leptodactylus labyrinthicus (rã-pimenta). ................................................................................................... 71<br />

Foto 61. Leptodactylus mystacinus (caçote-vermelho). .............................................................................................. 71<br />

Foto 62. Leptodactylus podicipinus (caçote). ............................................................................................................. 71<br />

Foto 63. Leptodactylus syphax (caçote). ..................................................................................................................... 72<br />

Foto 64. Proceratophrys goyana (sapo-de-chifres). .................................................................................................. 72<br />

Foto 65. Leptodactylus hylaedactylus (razinha). ........................................................................................................ 72<br />

Foto 66. Pseudis bolbodactyla (rã-d’água). ................................................................................................................ 72<br />

Foto 67. Pseudopaludicola ternetzi (rãzinha). ............................................................................................................ 72<br />

Foto 68. Marcação com elastômero rosa (Ameiva ameiva). ....................................................................................... 80<br />

Foto 69. Liotyphlops ternetzi (cobra da terra). ............................................................................................................ 80<br />

Foto 70. Colobosaura modesta (lagartinho-de-folhiço). ............................................................................................ 80<br />

Foto 71. Mabuya nigropunctata (calango- liso). ........................................................................................................ 81<br />

Foto 72. Ameiva ameiva (calango-verde). .................................................................................................................. 81<br />

Foto 73. Tropidurus oreadicus (calango). .................................................................................................................. 81<br />

Foto 74. Boa constrictor (jibóia). ............................................................................................................................... 81<br />

Foto 75. Crotalus durissus (cascavel)......................................................................................................................... 81<br />

Foto 76. Bothrops moojeni (jararaca). ........................................................................................................................ 81<br />

Foto 77. Utilização de binóculo nos transectos. ......................................................................................................... 89<br />

Foto 78. Uso de gravador e microfone unidirecional.................................................................................................. 89<br />

Foto 79. Uso de barco para as transecções aquáticas. ................................................................................................. 90<br />

Foto 80. Montagem de rede de neblina. ...................................................................................................................... 91<br />

Foto 81. Ave capturada em rede neblina. ................................................................................................................... 91<br />

Foto 82. Retirada de ave capturada em rede de neblina. ............................................................................................. 91<br />

Foto 83. Tomada de dados biométricos. ..................................................................................................................... 91<br />

Foto 84. Materiais utilizados para o anilhamento. ...................................................................................................... 92<br />

Foto 85. Anilhamento de ave. ..................................................................................................................................... 92<br />

Foto 86. Brotogeris chiriri (periquito-de-encontro-amarelo). .................................................................................. 100<br />

Foto 87. Bubo virginianus (jacurutu). ....................................................................................................................... 100<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 88. Colonia colonus (viuvinha). ....................................................................................................................... 101<br />

Foto 89. Jabiru mycteria (tuiuiú). ............................................................................................................................. 101<br />

Foto 90. Mycteria americana (cabeça-seca). ............................................................................................................ 101<br />

Foto 91. Diopsittaca nobilis (maracanã-pequena). ................................................................................................... 101<br />

Foto 92. Anthus lutecens (caminheiro-zumbidor). .................................................................................................... 101<br />

Foto 93. Xolmis velatus (noivinha-branca). .............................................................................................................. 101<br />

Foto 94. Sturnella superciliaris (polícia-inglesa-do-sul). ......................................................................................... 102<br />

Foto 95. Pandion halieatus (águia-pescadora),espécie migratória do Hemisfério Norte. ........................................ 102<br />

Foto 96. Arundinicola leucocephala (freirinha), fêmea. ........................................................................................... 102<br />

Foto 97. Sporophila collaris (coleiro-do-brejo). ....................................................................................................... 102<br />

Foto 98. Tigrisoma lineatum (socó-boi-escuro), jovem. ........................................................................................... 102<br />

Foto 99. Heterospizias meridionalis (gavião-cabloco). ............................................................................................ 102<br />

Foto 100. Dacnis cayana (saí-azul), macho.............................................................................................................. 103<br />

Foto 101. Galbula ruficauda (bico-de-agulha), macho. ........................................................................................... 103<br />

Foto 102. Crax fasciolata (mutum-de-penacho), casal, na armadilha fotográfica. ................................................... 103<br />

Foto 103. Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro). ..................................................................................................... 103<br />

Foto 104. Falco sparverius (quiriquiri). ................................................................................................................... 103<br />

Foto 105. Falco peregrinus (falcão-peregrino), espécie migratória do Hemisfério Norte ....................................... 103<br />

Foto 106. Anhinga anhinga (biguatinga). ................................................................................................................. 104<br />

Foto 107. Myiarchus ferox (maria-cavaleira). .......................................................................................................... 104<br />

Foto 108. Donacobius atricapilla (japacanim). ........................................................................................................ 104<br />

Foto 109. Icterus pyrrhopterus (encontro). .............................................................................................................. 104<br />

Foto 110. Basileuterus flaveolus (canário-do-mato). ................................................................................................ 119<br />

Foto 111. Basileuterus hypoleucus (pula-pula-de-barriga-branca). .......................................................................... 119<br />

Foto 112. Campylorhamphus trochilirostris (arapaçu-beija-flor). ........................................................................... 120<br />

Foto 113. Lathrotriccus euleri (enferrujado). ........................................................................................................... 120<br />

Foto 114. Columbina talpacoti (rolinha-roxa). ......................................................................................................... 120<br />

Foto 115. Cyclarhis gujanensis (pitiguari). .............................................................................................................. 120<br />

Foto 116. Poecilotriccus latirostris (ferreirinho-de-cara-parda). ............................................................................. 120<br />

Foto 117. Saltator simils (trinca-ferro-verdadeiro). .................................................................................................. 120<br />

Foto 118. Galbula ruficauda (ariramba-de-cauda-ruiva) (recaptura). ...................................................................... 121<br />

Foto 119. Hylocryptus rectirostris (fura-barreira) (recaptura). ................................................................................. 121<br />

Foto 120. Leptopogon amaurocephalus (cabeçudo) (recapura). .............................................................................. 121<br />

Foto 121. Leptotila rufaxilla (juriti-gemedeira). ....................................................................................................... 121<br />

Foto 122. Momotus momota (udu-de-coroa-azul). ................................................................................................... 121<br />

Foto 123. Myiarchus ferox (maria-cavaleira). .......................................................................................................... 121<br />

Foto 124. Myiopagis viridicata (guaracava-de-crista-alaranjada). ........................................................................... 122<br />

Foto 125. Picumnus albosquamatus (pica-pau-anão-escamado). ............................................................................. 122<br />

Foto 126. Pipra fasciicauda (uirapuru-laranja), macho (recaptura). ........................................................................ 122<br />

Foto 127. Saltator maximus (tempera-viola). ........................................................................................................... 122<br />

Foto 128. Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora). ....................................................................................... 122<br />

Foto 129. Tachyphonus rufus (pipira-preta), fêmea. ................................................................................................. 122<br />

Foto 130. Grupo misto de aves aquáticas. ................................................................................................................ 124<br />

Foto 131. Filhotes de Cairina moschata (pato-do-mato). ......................................................................................... 124<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 132. Rede de pesca enganchada na galha em um braço do reservatório da UHE Itumbiara que foi deixada por<br />

pescadores. ................................................................................................................................................................ 125<br />

Foto 133. Retirada de rede de pesca abandonada na área do reservatório da UHE Itumbiara. ................................. 125<br />

Foto 134. Material para produção das iscas. ............................................................................................................. 129<br />

Foto 135. Iscas prontas. ............................................................................................................................................ 129<br />

Foto 136. Iscando armadilha tomahawk. .................................................................................................................. 130<br />

Foto 137. Armadilha tomahawk armada no chão ..................................................................................................... 130<br />

Foto 138. Biólogos instalando rede de neblina. ........................................................................................................ 131<br />

Foto 139. Biólogos instalando rede de neblina. ........................................................................................................ 131<br />

Foto 140. Materiais utilizados para a confecção dos colares para marcação dos quirópteros. ................................. 133<br />

Foto 141. Morcego sendo marcado........................................................................................................................... 133<br />

Foto 142. Biometria de quiróptero. .......................................................................................................................... 133<br />

Foto 143. Pesagem de quiróptero. ............................................................................................................................ 133<br />

Foto 144. Morcego marcado. .................................................................................................................................... 133<br />

Foto 145. Armadilha fotográfica sendo instalada. .................................................................................................... 135<br />

Foto 146. Equipe instalando tomahawk. ................................................................................................................... 135<br />

Foto 147. Uso de binóculo no transecto aquático. .................................................................................................... 136<br />

Foto 148. Callithrix penicillata (sagui). ................................................................................................................... 154<br />

Foto 149. Mymercophaga tridactyla (tamanduá-bandeira). ..................................................................................... 154<br />

Foto 150. Hydrochoerus hydrochaeris (capivara). ................................................................................................... 155<br />

Foto 151. Didelphis albiventris (gambá). ................................................................................................................. 155<br />

Foto 152. Calomys tener (rato). ................................................................................................................................ 155<br />

Foto 153. Gracilinanus agilis (mucura). .................................................................................................................. 155<br />

Foto 154. Rhipidomys sp. (rato-de-algodão). ............................................................................................................ 155<br />

Foto 155. Anoura caudifer (morcego). ..................................................................................................................... 155<br />

Foto 156. Carollia perspicillata (morcego). ............................................................................................................. 156<br />

Foto 157. Chiroderma villosum (morcego). ............................................................................................................. 156<br />

Foto 158. Glossophaga soricina (morcego-beija-flor). ............................................................................................ 156<br />

Foto 159. Molossus molossus (morcego). ................................................................................................................. 156<br />

Foto 160. Noctilio liporinus (morcego-pescador). .................................................................................................... 156<br />

Foto 161. Phyllostomus discolor (morcego). ............................................................................................................ 156<br />

Foto 162. Platyrrhinus lineatus (morcego). .............................................................................................................. 157<br />

Foto 163. Platyrrhinus recifinus (morcego). ............................................................................................................ 157<br />

Foto 164. Sturnira lilium (morcego). ........................................................................................................................ 157<br />

Foto 165. Pecari tajacu (cateto), na armadilha fotográfica. ..................................................................................... 157<br />

Foto 166. Eira Barbara (irara), na armadilha fotográfica. ....................................................................................... 157<br />

Foto 167. Mymercophaga tridactyla (tamanduá-bandeira), na armadilha fotográfica. ............................................ 157<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

ÍNDICE DE FIGURAS<br />

Figura 1. Mapa de localização dos sítios amostrais da UHE Itumbiara. .................................................................... 17<br />

Figura 2. Imagem satélite do Sítio Amostral 01 (SA01). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 18<br />

Figura 3. Imagem satélite do Sítio Amostral 02 (SA02). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 19<br />

Figura 4. Imagem satélite do Sítio Amostral 03 (SA03). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 20<br />

Figura 5. Imagem satélite do Sítio Amostral 04 (SA04). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 21<br />

Figura 6. Imagem satélite do Sítio Amostral 05 (SA05). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 22<br />

Figura 7. Imagem satélite do Sítio Amostral 06 (SA06). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 23<br />

Figura 8. Imagem satélite do Sítio Amostral 07 (SA07). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 24<br />

Figura 9. Imagem satélite do Sítio Amostral 08 (SA08). Em vermelho, área trabalhada. ......................................... 26<br />

Figura 10. Representação das possibilidades de marcação de anfíbios. ..................................................................... 37<br />

Figura 11. Representação das possibilidades de marcação de répteis. ....................................................................... 37<br />

Figura 12. Taxonomia da herpetofauna catalogada na 3ª (terceira) campanha. ......................................................... 41<br />

Figura 13. Abundância e riqueza de espécies da herpetofauna na 3ª (terceira) campanha. ........................................ 42<br />

Figura 14. Quantidade de espécies observadas e quantidade máxima esperada (Jacknife1) para a herpetofauna<br />

registrada na 3ª (terceira) campanha. .......................................................................................................................... 43<br />

Figura 15. Demonstrativo de riqueza e abundância por sítios amostrais. .................................................................. 43<br />

Figura 16. Riqueza e abundância da herpetofauna por ambientes amostrados. ......................................................... 44<br />

Figura 17. Abundância e riqueza de espécies de anfíbios por metodologia usada na 3ª (terceira) campanha. .......... 50<br />

Figura 18. Abundância e riqueza de espécies de anfíbios capturados em pit-fall dispostos em Linha e em “Y’ na 3ª<br />

(terceira) campanha. .................................................................................................................................................... 51<br />

Figura 19. Representatividade das famílias de anfíbios na 3ª (terceira) campanha. ................................................... 52<br />

Figura 20. Riqueza e abundância da anurofauna por sítios amostrais 3ª (terceira) campanha. .................................. 55<br />

Figura 21. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA). ........................................................................... 56<br />

Figura 22. Riqueza e abundância de anfíbios por ambientes amostrados. ................................................................ 57<br />

Figura 23. Abundância e riqueza dos anuros marcados com elastômero por família. ............................................... 69<br />

Figura 24. Registro de répteis por metodologia adotada na 3ª (terceira) campanha. ................................................. 73<br />

Figura 25. Padrão de abundância e riqueza das famílias de répteis registradas nesta 3ª (terceira) campanha. .......... 74<br />

Figura 26. Abundância dos répteis catalogados. ........................................................................................................ 75<br />

Figura 27. Ambientes amostrados para o grupo de répteis nesta 3ª (terceira) campanha........................................... 76<br />

Figura 28. Abundância e riqueza dos pontos amostrais nesta 3ª (terceira) campanha. .............................................. 77<br />

Figura 29. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA). ........................................................................... 78<br />

Figura 30. As 11 famílias mais representativas para a 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ............................. 94<br />

Figura 31. As 11 espécies mais abundantes para a a 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ................................ 94<br />

Figura 32. Riqueza e abundância por Sítio Amostral (SA). ....................................................................................... 95<br />

Figura 33. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA) na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da<br />

UHE Itumbiara. ........................................................................................................................................................... 96<br />

Figura 34. Diversidade Shannon e Equitabilidade dos 08 (oito) sítios amostrais. ..................................................... 97<br />

Figura 35. Riqueza e abundância por Transecto Aquático (TA). ............................................................................... 98<br />

Figura 36. Status das aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara. .................. 99<br />

Figura 37. Jack-knife 1 e curva de acumulação da 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ................................ 100<br />

Figura 38. Valores de abundância das 12 (doze) espécies mais capturadas nesta campanha. .................................. 117<br />

Figura 40. Representação dos colares utilizados para a marcação dos morcegos. ................................................... 132<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 40. Abundância e riqueza dos mamíferos terrestres registrados na UHE Itumbiara. .................................... 140<br />

Figura 41. As 12 espécies mais abundantes encontradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento. .................. 141<br />

Figura 42. Riqueza e abundância de mamíferos em cada Sítio Amostral (SA) Itumbiara. ...................................... 142<br />

Figura 43. Abundância das espécies registradas por Sítio Amostral (SA) da UHE Itumbiara. ................................ 142<br />

Figura 44. Abundância e riqueza de mamíferos amostrados em diferentes ambientes da UHE Itumbiara. ............. 143<br />

Figura 45. Abundância e riqueza de mamíferos amostrados por método de registro na UHE Itumbiara. ............... 144<br />

Figura 46. Abundância e riqueza por método de captura na UHE Itumbiara. ......................................................... 145<br />

Figura 47. Abundância e riqueza de morcegos por Sítio Amostral (SA). ................................................................ 146<br />

Figura 48. Abundância e riqueza de quirópteros em função da temperatura. .......................................................... 146<br />

Figura 49. Diversidade Shannon e Equitabilidade em cada Sítio Amostral (SA) da UHE Itumbiara. ..................... 152<br />

Figura 50. Dendrograma de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA) da UHE Itumbiara. ................................ 153<br />

Figura 51. Curvas de Jack-knife 1 e Curva de Acumulação para a terceiracampanha. ............................................ 154<br />

ÍNDICE DE QUADROS<br />

Quadro 1. Composição da equipe técnica nesta campanha. ....................................................................................... 13<br />

Quadro 2. Coordenadas geográficas (datum SAD69) referência dos Sítios Amostrais (SA), com as respectivas<br />

fitofisionomia e município em que se localiza. ........................................................................................................... 16<br />

Quadro 3. Variáveis climáticas, Temperatura, Umidade Relativa e Pluviosidade, além das fases da Lua e estação do<br />

ano na Terceira <strong>Campanha</strong> de Levantamento da UHE Itumbiara. .............................................................................. 29<br />

Quadro 4. Descrição dos pontos de instalação de armadilhas de queda livre (Pit-fall). ............................................ 35<br />

Quadro 5. Representação das cores e local de marcação nos anfíbios e répteis na3ª (terceira) campanha e futuras<br />

campanhas. .................................................................................................................................................................. 38<br />

Quadro 6. Espécies da herpetofauna registradas na 3ª (terceira) campanha em seus respectivos pontos amostrais e<br />

ambientes. ................................................................................................................................................................... 46<br />

Quadro 7. Valores de similaridade entre os Sítio Amostrais (SA) na terceira campanha. ......................................... 56<br />

Quadro 8. Dados biométricos de aAnfíbios capturados.. ........................................................................................... 58<br />

Quadro 9. Valores de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA). .......................................................................... 78<br />

Quadro 10. Ficha de biometria dos répteis capturados na 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ....................... 79<br />

Quadro 11. Descrição dos transectos realizados na 3ª (terceira) campanha de levantamento. .................................. 89<br />

Quadro 12. Descrição dos transectos aquáticos realizados na 3ª (terceira) campanha de Levantamento. ................. 90<br />

Quadro 13. Redes de Neblina instaladas na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara. ................ 92<br />

Quadro 14. Valores de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA). ........................................................................ 96<br />

Quadro 15. Valores Riqueza, Abundância, Diversidade Shannon e Equitabilidade. ................................................. 97<br />

Quadro 16. Espécies de aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara. ............ 105<br />

Quadro 17. Espécies capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara. ......................... 118<br />

Quadro 18. Descrição dos pontos de instalação de armadilhas do tipo tomahawk. ................................................. 128<br />

Quadro 19. Descrição dos pontos de instalação de rede neblina (mist-net). ............................................................ 131<br />

Quadro 20. Descrição dos pontos de instalação das armadilhas fotográficas (Trapa). ............................................ 134<br />

Quadro 21. Espécies quirópteros capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara. ...... 146<br />

Quadro 22. Mamíferos de pequeno porte não voadores capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da<br />

UHE Itumbiara. ......................................................................................................................................................... 148<br />

Quadro 23. Táxons de mamíferos registrados na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara. ...... 150<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Quadro 24. Valores de Shannon e Equitabilidade por Sítio Amostral (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento. ........................................................................................................................................................... 151<br />

Quadro 25. Valores de Shannon e Equitabilidade por Sítio Amostral (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento. ........................................................................................................................................................... 153<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

LISTA DE SIGLAS<br />

CEMAVE - Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres<br />

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis<br />

IUCN - International Union for Conservation of Nature (União Internacional para a<br />

Conservação da Natureza)<br />

LO – Licença de Operação<br />

MMA – Ministério do Meio Ambiente<br />

PLFTA – Programa de Levantamento de Fauna Terrestre e Aquática<br />

RLTA - Red List of Threatened Animals (Lista Vermelha dos Animais Ameaçados)<br />

SA – Sítio Amostral<br />

SBH – Sociedade Brasileira de Herpetologia<br />

TA – Transectos Aquáticos<br />

TR – Termo de Referência<br />

UFG – Universidade Federal de Goiás<br />

UHE – Usina Hidrelétrica<br />

VIE – Implante Visual de Elastômero<br />

WCMC - World Conservation Monitoring Centre (Centro Mundial de Monitoramento e<br />

Conservação)<br />

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1. APRESENTAÇÃO<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Este relatório técnico refere-se às atividades da equipe Biota Projetos e Consultoria Ambiental<br />

Ltda., referente à 3ª (terceira) campanha de campo do Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática (PLFTA) da UHE ITUMBIARA. As atividades de campo foram<br />

desenvolvidas entre os dias 26 de março a 11 de abril (16 dias) e realizadas dentro das regras e<br />

normas técnicas consagradas, respeitando a legislação ambiental vigente e a Licença nº 070/2011<br />

concedida pelo IBAMA, válida até 15/07/12 (ANEXO I).<br />

2. ATIVIDADES REALIZADAS<br />

2.1. Equipes de Trabalho<br />

Na equipe de trabalho da Biota Projetos e Consultoria Ambiental Ltda participaram 06 (seis)<br />

biólogos de campo e 03 (três) coordenadores biólogos, todos habilitados e devidamente<br />

registrados nos conselhos regulamentadores das categorias, além de dois barqueiros (Foto 1;<br />

Quadro 1).<br />

Foto 1. Equipe Biota em trabalho de campo na UHE Itumbiara<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Quadro 1. Composição da equipe técnica nesta campanha.<br />

Registro Profissional<br />

Nome do Profissional Função Conselho IBAMA<br />

Esp. Claúdio Veloso Mendonça Biólogo (Coordenador Geral) CRBio 37.585/04-D 629394<br />

Msc. Pablo Vinícius C. Mathias Biólogo (Coordenador Técnico) CRBio 44.077/04-D 543020<br />

Geraldo Espínola Soriano de Souza Nunes Biólogo (Coordenador por FURNAS) CrBio 38.060/02-D 2780256<br />

Lilian Freitas Bastos Bióloga CRBio 70.337/04-D 4449185<br />

Jeremiah Jadrien Barbosa Biólogo CRBio 62.174/04-D 2961476<br />

Tiago Guimarães Junqueira Biólogo CRBio 62.336/04-D 2054181<br />

Luana Barbosa Monteiro Bióloga CRBio 62.385/04-D 3659133<br />

Fábio Antônio de Oliveira Biólogo CRBio 57.987/04- D 4234724<br />

Renato Cardoso Barbosa Biólogo CRBio 44.501/04-D 2253591<br />

2.2. Infra-Estrutura<br />

Base<br />

A equipe composta para execução do Programa de Levantamento da Fauna Terrestre e Aquática<br />

manteve 02 (duas) bases durante as atividades da 3ª (terceira) campanha. Na 1ª (primeira) etapa<br />

ficou alojada na Pousada no Lago das Brisas (22K 0758066 e 7973940) para o inventário nos<br />

Sítios Amostrais 1, 6, 7 e 8. Já na 2ª (segunda) etapa, a equipe ficou instalada na Chácara<br />

“Cantinho da Lua” (22K 0724719 e 7980108) próximo à Ponte Quinca Mariano na divisa de<br />

Goiás/Minas Gerais, para vistoria dos Sítios Amostrais 2, 3, 4 e 5 (Fotos 2 e 3).<br />

Foto 2. Base situada à margem do Lago das Brisas,<br />

Goiás.<br />

Foto 3. Base situada próximo a Ponte Quinca Mariano,<br />

Corumbaíba, Goiás.<br />

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Transporte<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

A estrutura de transporte da Biota foi composta por 03 (três) pick-ups para o deslocamento da<br />

equipe até os pontos de coleta (Foto 4), além do uso de 02 (dois) barcos de 6 m e motor 40 HP<br />

(Foto 5).<br />

Foto 4. Transportes utilizados na campanha. Foto 5. Barcos utilizados no trânsito aquático.<br />

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO<br />

3.1. Introdução<br />

A Usina Hidrelétrica Itumbiara está localizada, desde 1980, no rio Paranaíba, na divisa entre os<br />

Estados de Goiás (município de Itumbiara) e Minas Gerais (município de Araporã) e encontra-se<br />

inserida no bioma Cerrado. O empreendimento possui seis unidades geradoras de 347 MW cada,<br />

totalizando uma capacidade instalada de 2.082 MW. Seu reservatório, formado a partir de<br />

barramento no rio Paranaíba, apresenta uma área inundada de 778 Km² e está inserido<br />

diretamente em 14 municípios, sendo dez em Goiás (Água Limpa, Anhangüera, Buriti Alegre,<br />

Caldas Novas, Catalão, Corumbaíba, Cumarí, Itumbiara, Marzagão e Nova Aurora) e quatro em<br />

Minas Gerais (Araguari, Araporã, Tupaciguara e Uberlândia) (FURNAS, 2010).<br />

Por ter sido construída em período anterior à promulgação da Política Nacional de Meio<br />

Ambiente, de 31/08/81, não houve exigência de Licenciamento Ambiental. Porém com a<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

implantação desta nova Política Ambiental é necessário à apresentação de Relatórios Ambientais<br />

com a descrição do impacto ambiental provocado, bem como as medidas de proteção adotadas<br />

ou em vias de adoção para a liberação da Licença de Operação.<br />

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2008) algumas áreas do reservatório da UHE<br />

Itumbiara encontram-se dentro dos limites estipulados, como Áreas Prioritárias para a<br />

Conservação. Assim esta obra apresenta 02 (duas) áreas (Ma387 e Ma391 – siglas no mapa de<br />

áreas prioritárias para a conservação) de elevada relevância para a criação de Unidades de<br />

Conservação para a manutenção da biota local. Portanto, torna-se indispensável à realização de<br />

estudos faunísticos na área do empreendimento, a fim de avaliar as comunidades de animais nas<br />

áreas de estudo atuais.<br />

3.2. Localização<br />

A barragem e casa de força da UHE Itumbiara estão localizadas no rio Paranaíba na divisa entre<br />

os Estados de Goiás (Itumbiara) e Minas Gerais (de Araporã). A área do reservatório encontra-se<br />

inserida no bioma Cerrado, com exceção a região em que se localiza o Sítio Amostral 06 (SA06),<br />

que segundo o MMA (2007a) encontra-se em uma área de enclave de Mata Atlântica. Na região<br />

está localizado o Parque Estadual Mata Atlântica no município de Água Limpa, que visa à<br />

proteção desta área. Seu reservatório, formado a partir de barramento no rio Paranaíba, apresenta<br />

uma área inundada de 778 Km² e está inserido diretamente em 14 municípios, sendo dez em<br />

Goiás (Água Limpa, Anhangüera, Buriti Alegre, Caldas Novas, Catalão, Corumbaíba, Cumarí,<br />

Itumbiara, Marzagão e Nova Aurora) e quatro em Minas Gerais (Araguari, Araporã, Tupaciguara<br />

e Uberlândia).<br />

De acordo com o Termo de Referência (TR), elaborado por FURNAS (2010), para o<br />

Levantamento Faunístico da UHE Itumbiara foram determinados 08 (oito) sítios amostrais,<br />

selecionados por meio da observação de imagens de satélite, ortofotocartas e sobrevoo. Os<br />

pontos tentaram abranger o maior número de fitofisionomias possíveis, além de situarem-se nas<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

proximidades dos principais afluentes do rio Paranaíba represados pela UHE Itumbiara (Figura<br />

1 e Quadro 2).<br />

Quadro 2. Coordenadas geográficas (datum SAD69) referência dos Sítios Amostrais (SA), com as respectivas<br />

fitofisionomia e município em que se localiza.<br />

Sítio Amostral<br />

(SA)<br />

Município Ambiente predominante Coordenadas geográficas (UTM) (referência)<br />

SA01 Tupaciguara Mata Semidecidual 22K 0713537 e 7961911<br />

SA02 Tupaciguara Mata de Galeria 22K 0751741 e 7961268<br />

SA03 Cumari Cerrado 22K 0784117 e 7967982<br />

SA04 Corumbaíba Cerrado 22K 0768380 e 7969757<br />

SA05 Corumbaíba Mata Semidecidual 22K 0746820 e 7973674<br />

SA06 Água Limpa Mata Semidecidual 22K 0732572 e 7985484<br />

SA07 Itumbiara Mata Semidecidual 22K 0709786 e 7976758<br />

SA08 Buriti Alegre Mata Semidecidual 22K 0722112 e 7983216<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 1. Mapa de localização dos sítios amostrais da UHE Itumbiara.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

A seguir segue a ficha descritiva dos 08 (oito) sítios amostrais da UHE Itumbiara. Estes pontos<br />

são fixos e serão amostrados ao longo das 04 (quatro) campanhas de levantamento.<br />

Sítio Amostral 01 (SA01): Está localizado no município de Tupaciguara-MG, margem esquerda<br />

do reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda Palmito da Sra. Celina. Os estudos estão sendo<br />

realizados em um grande fragmento florestal de Mata Semidecidual, que está circundado por<br />

áreas de pastagem e lavoura. Este fragmento tem uma área aproximada de 171 ha (Figura 2 e<br />

Fotos 6 e 7).<br />

Figura 2. Imagem satélite do Sítio Amostral 01 (SA01). Em vermelho, área trabalhada.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 6. Mata semidecidual SA01. Foto 7. Mata semidecidual SA01.<br />

Sítio Amostral 02 (SA02): Está localizado no município de Tupaciguara-MG, margem esquerda<br />

do reservatório da UHE Itumbiara e na margem esquerda do rio das Velhas na Fazenda Santa<br />

Tereza do Sr. Sebastiano Antonino. A área do sítio amostral é aproximadamente 37 ha. As<br />

amostras foram coletadas em ambiente de mata de galeria, de um pequeno curso d água, afluente<br />

do rio das Velhas. No local foram identificados também ambientes aquáticos (reservatório e<br />

represas artificiais), além de pastagens (Figura 3 e Fotos 8 e 9).<br />

Figura 3. Imagem satélite do Sítio Amostral 02 (SA02). Em vermelho, área trabalhada.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 8. Mata de Galeria SA02. Foto 9. Represa Artificial SA02.<br />

Sítio Amostral 03 (SA03): Está localizado no município de Cumari-GO, margem direita do<br />

reservatório da UHE Itumbiara próximo à área de confluência do rios Veríssimo e Paranaíba. As<br />

amostras foram coletadas em fitofisionomias do bioma Cerrado, tais como cerradão e cerrado<br />

sensu stricto, além de alguns trechos de mata de galeria e áreas de pastagem. O ponto está<br />

localizado na margem do reservatório na Fazenda MFC Agropecuária Ltda de propriedade do Sr.<br />

Luis Carlos Moura e tem área de 32 ha (Figura 4 e Fotos 10 e 11).<br />

Figura 4. Imagem satélite do Sítio Amostral 03 (SA03). Em vermelho, área trabalhada.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Rio Paraníba<br />

Foto 10. Cerradão SA03 na margem do reservatório. Foto 11. Cerradão SA03.<br />

Sítio Amostral 04 (SA04): Está localizado no município de Corumbaíba-GO, margem direita do<br />

reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda do Sr. Filinto. As amostras foram coletadas em<br />

cerrado sensu stricto. O fragmento está circundado por áreas de pastagem e relativamente<br />

próximo ao reservatório, com uma área de 97 ha (Figura 5 e Fotos 12 e 13). Próximo ao ponto<br />

amostral observa-se uma das poucas áreas de vereda na área nas margens do empreendimento.<br />

Figura 5. Imagem satélite do Sítio Amostral 04 (SA04). Em vermelho, área trabalhada.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 12. Cerrado sensu stricto SA04. Foto 13. Borda do cerrado sensu stricto SA04.<br />

Sítio Amostral 05 (SA05): Está localizado no município de Corumbaíba-GO, margem direita do<br />

reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda dos Palmares do Sr. Cícero Naves D´Ávila. A<br />

formação fitofisionômica predominante é a de Mata Semidecidual com a presença de algumas<br />

nascentes margeadas por matas de galeria. Presença de pastagens da borda dos fragmentos e<br />

represas artificiais (Figura 6 e Fotos 14 e 15). O sítio amostral está localizado próximo ao<br />

reservatório e tem uma área de 228 ha.<br />

Figura 6. Imagem satélite do Sítio Amostral 05 (SA05). Em vermelho, área trabalhada.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 14. Vista da Mata Semidecidual no SA05. Foto 15. Borda do cerrado sensu stricto SA05.<br />

Rio Paranaíba<br />

Sítio Amostral 06 (SA06): Está localizado no município de Corumbaíba-GO, margem direita do<br />

reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda Babaçu do Sr. Beto Mendonça, próximo a zona de<br />

confluência dos rios Piracanjuba e Corumbá. A formação fitofisionômica predominante é a de<br />

Mata Semidecidual com a presença de pequenos cursos d’água com a presença de mata de<br />

galeria. Também é possível observar a presença de pastagens na borda do fragmento e represas<br />

artificiais (Figura 7 e Fotos 16 e 17). Este ponto amostral está localizado nas proximidades do<br />

Parque Estadual Mata Atlântica e tem área aproximada de 22 ha.<br />

Figura 7. Imagem satélite do Sítio Amostral 06 (SA06). Em vermelho, área trabalhada.<br />

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Foto 16. Mata Semidecidual na margem do rio<br />

Piracanjuba SA06.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 17. Interior da Mata Semidecidual SA06.<br />

Rio Corumbá<br />

Sítio Amostral 07 (SA07): Está localizado no município de Itumbiara-GO, margem direita do<br />

reservatório da UHE Itumbiara na Fazenda Barra Bonita. A formação fitofisionômica<br />

predominante é a de Mata Semidecidual, predominantemente em área de serra com vegetação<br />

preservada e algums fragmentos de mata semidecidual em estágio inicial de regeneração. Os<br />

fragmentos estão margeados por pastagens e tem uma área de 288 ha (Figura 8 e Fotos 18 e 19).<br />

Este ponto amostral está localizado próximo à margem do reservatório.<br />

Figura 8. Imagem satélite do Sítio Amostral 07 (SA07). Em vermelho, área trabalhada.<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 18. Vista da Mata Semidecidual na serra do SA07. Foto 19. Mata semidecidual em estágio inicial de<br />

regeneração SA07.<br />

Sítio Amostral 08 (SA08): Está localizado no município de Buriti Alegre-GO, margem direita<br />

do reservatório da UHE Itumbiara e margem direita do rio Corumbá na Fazenda Mata Azul de<br />

propriedade do Sr. João Rafael. A formação fitofisionômica predominante é a de Mata<br />

Semidecidual em área de serra. O fragmento encontra-se circundado por áreas de pastagem, além<br />

da presença de represas artificiais e pequenas nascentes, com formação de matas de galeria nas<br />

margens (Figura 9 e Fotos 20 e 21). Este ponto amostral está localizado nas proximidades do<br />

Lago das Brisas, com área de 193 ha.<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 9. Imagem satélite do Sítio Amostral 08 (SA08). Em vermelho, área trabalhada.<br />

Foto 20. Mata Semidecidual no SA08. Foto 21. Represa artificial no SA08.<br />

Rio Corumbá<br />

3.3. Fitofisionomia<br />

Os pontos de levantamento faunístico são fixos e serão visitados nas 04 (quatro) campanhas de<br />

campo. Foram realizadas amostragens nas mais diversas fitofisionomias possíveis, sendo<br />

detectados os ambientes de cerrado sensu stricto, cerradão, vereda, mata de galeria, ambientes<br />

aquáticos e mata semidecidual, além dos ambientes modificados pela ação humana (ambiente<br />

antrópico).<br />

As diferentes formações fisionômicas presentes nas áreas de estudo estão descritas a seguir:<br />

Mata de Galeria – entende-se como sendo a vegetação florestal que acompanha um<br />

curso d água, onde o lençol freático está próximo, ou sobre a superfície do terreno na<br />

maior parte dos trechos durante o ano todo, mesmo na estação seca. É uma formação<br />

perenifólia, normalmente com elevada umidade relativa em seu interior (MMA, 2007b);<br />

Cerradão – é uma formação florestal com aspectos xeromórficos, sendo também<br />

conhecida por “Floresta Xeromorfa”. Caracteriza-se pela presença de espécies que<br />

ocorrem no Cerrado sensu stricto e também por espécies de mata. Do ponto de vista<br />

fisionômico é uma floresta, mas floristicamente é mais similar a um cerrado. A altura<br />

média do estrato arbóreo varia de 8-15m (MMA, 2007b);<br />

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UHE Itumbiara<br />

Cerrado sensu stricto – é caracterizado pela presença de árvores baixas, inclinadas,<br />

tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas e geralmente com evidência de<br />

queimadas. Os troncos das plantas das plantas lenhosas em geral possuem cascas com<br />

cortiça grossa, fendida ou sulcada. Grande parte dos solos da vegetação de Cerrado é das<br />

Classes Latossolo Vermelho-Escuro, Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Roxo.<br />

Apesar das boas características físicas, são solos forte ou moderadamente ácidos (pH 4,5-<br />

5,5), com carência generalizada dos nutrientes essenciais, principalmente fósforo e<br />

nitrogênio (MMA, 2007b);<br />

Mata semidecidual – ambiente mais comumente identificado na área em estudo,<br />

principalmente nas áreas mais próximas ao barramento da UHE Itumbiara. Esta formação<br />

fitofisionômica é um tipo de floresta caducifólia (perda de folhas) com estrato dossel bem<br />

definido, apresentando uma cobertura arbórea de 70-95%, mas que na estação seca perde<br />

parcial ou totalmente a sua folhagem e passa a apresentar uma cobertura arbórea inferior<br />

a 50% (MMA, 2007b);<br />

Vereda – é um ambiente que está diretamente relacionado com a disponibilidade hídrica<br />

do local, tendo como vegetação predominante o buriti (Mauritia flexuosa), podendo<br />

apresentar também algumas espécies arbustivas nas proximidades desta fitofisionomia;<br />

Ambiente antrópico – consiste naqueles ambientes que apresentaram algum tipo de<br />

intervenção humana, alterando a paisagem, deste modo foram considerados como<br />

ambientes antrópicas, às áreas de pastagem, lavoura e quintais de casas; e<br />

Ambiente aquático – este ambiente esta relacionado a disponibilidade hídrica do local,<br />

contemplando assim a área do reservatório da UHE Itumbiara, rios, córregos, ribeirões,<br />

represas artificiais e naturais.<br />

3.4. Condições climáticas<br />

A área do reservatório da UHE Itumbiara encontra-se nos limites de divisa de Estado de Goiás e<br />

Minas Gerais e está inserido em uma região tropical, com 02 (duas) estações sazonais bem<br />

distintas (seca e chuvosa).<br />

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UHE Itumbiara<br />

A tipologia climática tropical se faz presente na maior parte, do estado de Goiás, apresentando<br />

invernos secos e verões chuvosos, em que 75% das chuvas ocorre entre os meses de outubro e<br />

maio, com precipitação variando de 750 a 2.000 mm. Setembro e outubro são os meses mais<br />

quentes, com variações de 20 a 22°C e julho, o mais frio com temperaturas entre 16 a 18°C<br />

(FONSECA & SILVA JÚNIOR, 2004).<br />

As temperaturas e umidades relativas máximas e mínimas diárias foram tomadas em campo,<br />

além da constatação de chuvas (pluviosidade) no local. Estes dados, juntamente com a fase da<br />

Lua e estação do ano influem diretamente na comunidade local e estão representados no Quadro<br />

3.<br />

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UHE Itumbiara<br />

Quadro 3. Variáveis climáticas, Temperatura, Umidade Relativa e Pluviosidade, além das fases da Lua e estação do ano na Terceira <strong>Campanha</strong> de Levantamento da UHE Itumbiara.<br />

Variáveis 26/03 27/03 28/03 29/03 30/03 31/03 01/04 02/04 03/04 04/04 05/04 06/04 07/04 08/04 09/04 10/04 11/04<br />

Temp. (Máx) 25,1° 25,9° 30,3° 32,4° 36,5° 35,8° - 31,9° 30,0° 33,5° 34,6° 34,6° 32,7° 29,0° 30,0° 30,2°<br />

Temp. (Min) 24,3° 23,1° 24,5° 27,4° 26,4° 25,4° - 23,4° 26,5° 25,6° 26,5° 22,0° 22,0° 24,0° 26,1° 26,1°<br />

UR (Máx) 85% 77% 86% 76% 69% 70% - 89% 99% 85% 99% 99% 92% 99% 99% 99%<br />

UR (Min) 84% 52% 78% 47% 67% 68% - 86% 89% 47% 68% 82% 80% 90% 80% 81%<br />

Pluviosidade 1 0 0 0 0 0 - 1 0 0 0 0 0 2 0 0<br />

Estação do ano O O O O O O O O O O O O O O O O<br />

Fase da Lua C C C C Ch Ch Ch Ch Ch Ch Ch M M M M M<br />

Legenda: Temp. = Temperatura; Máx = Máximo; Min = Minímo; UR = Umidade Relativa. Pluviosidade – 0 = ausência de chuva, 1 = chuva fraca, 2 = chuva moderada e 3 = chuva<br />

forte. Estação do ano: I = Inverno e P = primavera. Fase da Lua – C = Crescente, Ch = Cheia, N = Nova e M = Minguante<br />

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A 3ª (terceira) campanha foi realizada em estação chuvosa, em que as variações de temperatura<br />

ao longo do dia foram baixadas. A temperatura máxima registrada foi de 36,5°C no dia 31/03,<br />

enquanto que a mínima foi de 22°C nos dias 7 e 8 de abril. A campanha foi caracterizada com<br />

poucas precipitações.<br />

3.5. Referências Bibliográficas<br />

FONSECA, M.S. & SILVA JÚNIOR, M.C. (2004). Fitossociologia e similaridade florística<br />

entre trechos de Cerrado sentido restrito em interflúvio e em vale no Jardim Botânico de<br />

Brasília, DF. Acta botânica brasílica 18 (1): 19-29.<br />

FURNAS (2010). Tomada de Preços para contratação de serviços para o Programa de<br />

Levantamento da Fauna Terrestre e Aquática da UHE Itumbiara.<br />

MMA - Ministério do Meio Ambiente. (2007a). Vegetation cover maps of Brazilian Biomes.<br />

17p.<br />

MMA – Ministério do Meio Ambiente. (2007b). Cerrado e Pantanal: Áreas e Ações Prioritárias<br />

para Conservação da Biodiversidade. Biodiversidade 17. Brasília, DF. 397p.<br />

MMA – Ministério do Meio Ambiente. (2008). Áreas prioritárias para conservação, uso<br />

sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira. Biodiversidade 31. 301p.<br />

4. HERPETOFAUNA<br />

4.1. Metodologia<br />

A metodologia utilizada seguiu o Termo de Referência elaborado por FURNAS (2010) para as<br />

atividades da UHE Itumbiara. Assim a será ser apresentado um relatório caracterizando espécies<br />

de anfíbios e répteis, nos períodos diurno e noturno, cobrindo desta forma a maior parte do<br />

período de atividade das diversas espécies dos grupos estudados.<br />

Para a composição da lista de espécies de anfíbios e répteis, foram considerados todos os<br />

exemplares avistados e capturados durante a realização do levantamento, sendo coletados<br />

(limitando-se a três exemplares por espécie, conforme estabelecido na licença de fauna do<br />

IBAMA) os indivíduos cuja identificação não foi possível, para posterior comparação e<br />

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identificação através de livros, guias de campo e exemplares depositados em coleções científicas<br />

ou museus.<br />

Os espécimes capturados por procura visual limitada por tempo, por armadilhas de interceptação<br />

e queda ou por encontros ocasionais foram resgatados manualmente e, posteriormente a<br />

marcação e anotação dos dados nas planilhas de campo, os indivíduos foram soltos no mesmo<br />

local de sua captura. Dessa forma, a captura de um mesmo indivíduo poderá ser detectada.<br />

Quando necessário, os exemplares coletados como material testemunho foram eutanasiados com<br />

a aplicação de anestésico (ex: Tiopental), fixados em formol a 10% (dez por cento) e,<br />

posteriormente, preservados em álcool a 70% (setenta por cento). Parte dos espécimes que por<br />

ventura venham a ser coletados foram depositados no Instituto de Ciências Biológicas da<br />

Universidade Federal de Goiás (UFG).<br />

4.1.1. Herpetofauna terrestre<br />

Para o levantamento da herpetofauna foram empregados os seguintes métodos:<br />

Procura Visual<br />

A Procura Visual consiste no deslocamento a pé, lentamente, pela área de estudo. Os<br />

deslocamentos ocorreram em todos os períodos do dia em busca de prováveis microambientes de<br />

anfíbios e répteis que possam estar em atividade ou abrigados (Fotos 22 e 23).<br />

Alguns microambientes foram inspecionados cupinzeiros, cascas de árvores, troncos caídos,<br />

serrapilheiras, dentre outros possíveis locais de abrigo desses animais. Durante os deslocamentos<br />

realizados de carro, entre os sítios amostrais, foram registrados os animais encontrados<br />

atropelados.<br />

O esforço de amostragem pela procura visual foi de 03 (três) horas/dia (seis horas em cada sítio<br />

amostral), totalizando um esforço de 48 horas/campanha.<br />

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Vocalização<br />

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Foto 22. Varredura diurna. Foto 23. Varredura noturna.<br />

No caso dos anfíbios, levantamentos sonoros foram realizados em locais propícios e sempre que<br />

possível estas vocalizações foram gravadas, para auxiliar na identificação das espécies<br />

registradas na área de estudo (Foto 24). O esforço de amostragem pela vocalização foi de 01<br />

(uma) hora/dia (duas horas em cada sítio amostral) e ao final de cada campanha totalizou 16<br />

horas.<br />

Foto 24. Levantamento sonoro.<br />

Armadilha de Interceptação e Queda ou Captura Passiva<br />

Para o levantamento dos répteis e anfíbios, foram instaladas armadilhas de interceptação e queda<br />

(Pit-fall). Este método consistiu na instalação de baldes que foram enterrados de forma que a sua<br />

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abertura permaneceu no nível do solo, funcionando como barreiras físicas. Essas armadilhas<br />

estavam interligadas por cercas guias constituídas de telas de um metro de altura e cinco metros<br />

de comprimento entre baldes. Foram instaladas cinco estações de captura por sítio amostral<br />

(totalizando 40 estações de captura), que permaneceram abertas por oito dias em cada sítio<br />

(Fotos 25 a 30).<br />

Cada estação foi composta por quatro baldes plásticos de 60 litros, perfurados no fundo para<br />

evitar o acúmulo excessivo de água em caso de chuva. A cerca guia foi mantida em posição<br />

vertical através de estacas de madeira. Dentro de cada balde foi colocada uma placa pequena de<br />

isopor e serrapilheira com o intuito de evitar a morte de anfíbios e répteis. Metade das<br />

armadilhas foi instalada em formato de “Y”, enquanto que a outra metade foi instalada em<br />

“Linha”.<br />

Foto 25. Instalação de pit-fall. Foto 26. Instalação de pit-fall.<br />

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Foto 27. Pit-fall instalado formato de “Y”. Foto 28. Pit-fall instalado formato de “Linha”.<br />

Foto 29. Revisão de pit-fall. Foto 30. Registro fotográfico de espécime representante<br />

da herpetofauna.<br />

Para melhor otimização das atividades em campo o trabalho foi divido em duas etapas, em que<br />

na primeira etapa foram realizadas amostragens simultâneas nos Sítios Amostrais 1, 6, 7 e 8,<br />

enquanto que na segunda etapa os levantamentos (simultâneos) foram realizados nos Sítios<br />

Amostrais 2, 3, 4 e 5. Assim em cada etapa as armadilhas de interceptação e queda (Pit-falls)<br />

permaneceram abertas por 08 (oito) dias, sendo revistadas diariamente, pela manhã e ao final da<br />

tarde, para evitar-se que animais morram em seu interior. Em cada Sítio Amostral foram<br />

instaladas 05 (cinco) estações de coleta, totalizando 20 baldes por ponto amostral (Quadro 4). O<br />

esforço de amostragem pelas armadilhas de interceptação e queda foi de 80 armadilhas/dia e ao<br />

final de cada campanha foram utilizadas 1.280 armadilhas.<br />

Os pontos de pit-fall serão fixos e utilizados ao longo das 04 (quatro) campanhas de<br />

levantamento e ao final da campanha os baldes foram enterrados e tampados, e as telas<br />

removidas (Fotos 31 e 32).<br />

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Foto 31. Retirada da tela Foto 32. Baldes enterrados e tampados<br />

Quadro 4. Descrição dos pontos de instalação de armadilhas de queda livre (Pit-fall).<br />

Sítios Amostrais (SA) Pit-fall Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />

SA 01 – A Linha Mata Semidecídua 22 k 0713210; 7961991<br />

SA 01 – B Y Mata Semidecídua 22 k 0713233; 7962016<br />

SA 01 – C Linha Mata Semidecídua 22 k 0713274; 7961991<br />

SA 01 – D Y Mata Semidecídua 22 k 0713306; 7961977<br />

SA 01 – E Y Mata Semidecídua 22 k 0713319; 7962007<br />

SA 02 – A Y Mata de Galeria 22 k 0751426; 7961108<br />

SA 02 – B Linha Mata de Galeria 22 k 0751455; 7961140<br />

SA 02 – C Y Mata de Galeria 22 k 0751481; 7961107<br />

SA 02 – D Linha Mata de Galeria 22 k 0751517; 7961154<br />

SA 02 – E Y Mata de Galeria 22 k 0751560; 7961155<br />

SA 03 – A Y Cerradão 22k 0784011; 7967863<br />

SA 03 – B Linha Cerradão 22k 0784035; 7967884<br />

SA 03 – C Y Cerradão 22k 0784071; 7967897<br />

SA 03 – D Y Cerradão 22k 0784103; 7967922<br />

SA 03 – E Linha Cerradão 22k 0784131; 7967958<br />

SA 04 – A Y Cerrado Típico 22k 0768316; 7969913<br />

SA 04 – B Linha Cerrado Típico 22k 0768356; 7969886<br />

SA 04 – C Linha Cerrado Típico 22k 0768400; 7969813<br />

SA 04 – D Y Cerrado Típico 22k 0768428; 7969774<br />

SA 04 – E Linha Cerrado Típico 22k 0768461; 7967958<br />

SA 05 – A Linha Mata Semidecídua 22k 0746331; 7973019<br />

SA 05 – B Y Mata Semidecídua 22k 0746396; 7973057<br />

SA 05 – C Linha Mata Semidecídua 22k 0746435; 7973084<br />

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Sítios Amostrais (SA) Pit-fall Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />

SA 05 – D Y Mata Semidecídua 22k 0746429; 7973076<br />

SA 05 – E Linha Mata Semidecídua 22k 0746396; 7973060<br />

SA 06 – A Linha Mata Semidecídua 22k 0732637; 7985576<br />

SA 06 – B Linha Mata Semidecídua 22k 0732598; 7985636<br />

SA 06 – C Y Mata Semidecídua 22k 0732588; 7985559<br />

SA 06 – D Y Mata Semidecídua 22k 0732463; 7985534<br />

SA 06 – E Linha Mata Semidecídua 22k 0732442; 7985499<br />

SA 07 – A Linha Mata Semidecídua 22k 0711558; 7973577<br />

SA 07 – B Y Mata Semidecídua 22k 0711519; 7973560<br />

SA 07 – C Linha Mata Semidecídua 22k 0711466; 7973581<br />

SA 07 – D Linha Mata Semidecídua 22k 0711448; 7973610<br />

SA 07 – E Y Mata Semidecídua 22k 0711411; 7973602<br />

SA 08 – A Y Mata Semidecídua 22k 0722401; 7983192<br />

SA 08 – B Linha Mata Semidecídua 22k 0722425; 7983167<br />

SA 08 – C Y Mata Semidecídua 22k 0722478; 7983091<br />

SA 08 – D Y Mata Semidecídua 22k 0722257; 7983224<br />

SA 08 – E Linha Mata Semidecídua 22k 0722248; 7983281<br />

Os animais capturados foram identificados, marcados sempre que possível, e posteriormente<br />

soltos no mesmo local da captura. A marcação de Anuros e Lacertílios se deu através do<br />

polímero de elastômero - VIE.<br />

Para tal procedimento foi adquirido 01 (um) kit de marcação via elastômero (VIE), contendo 04<br />

(quatro) cores (rosa, alaranjado, azul e verde) (Foto 33). Na literatura não foi encontrado um<br />

protocolo de marcação para tal procedimento, portanto a equipe estabeleceu seu próprio esquema<br />

de marcação (Figuras 10 e 11). As marcações não apresentam numeração individual, deste<br />

modo todos os indivíduos marcados com elastômero na 3ª (terceira) campanha receberam a<br />

coloração rosa no fêmur direito (posição ventral) (Fotos 34 e 35). A marcação das espécies para<br />

as próximas campanhas está representada no Quadro 5.<br />

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36


Figura 10. Representação das possibilidades de<br />

marcação de anfíbios.<br />

Foto 34. Marcação com elastômero em Mabuya<br />

nigropunctata.<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 33. Kit elastômero e lanterna usada para visualizar<br />

a marcação.<br />

Figura 11. Representação das possibilidades de<br />

marcação de répteis.<br />

Foto 35. Marcação com elastômero em Eupemphix<br />

nattereri<br />

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37


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Quadro 5. Representação das cores e local de marcação nos anfíbios e répteis na3ª (terceira) campanha e futuras<br />

campanhas.<br />

Ordem/Subordem <strong>Campanha</strong> Cor da marcação Local da marcação<br />

Anura/Lacertilia<br />

Abreviações: III - marcação ventral no fêmur direito.<br />

1ª Azul III<br />

2ª Verde III<br />

3ª Rosa III<br />

4ª Alaranjado III<br />

A tinta de marcação preparada resseca rapidamente, tendo que ser armazenada na geladeira,<br />

assim para cada campanha foi ministrado apenas 01 (uma) cor de elastômero, para o melhor<br />

aproveitamento do material. Assim as marcações serão iguais a todos os indivíduos capturados<br />

na próxima campanha.<br />

4.1.2. Herpetofauna aquática<br />

Transectos aquáticos<br />

Para o levantamento de dados de abundância das espécies da herpetofauna aquática foi utilizado<br />

o método de Amostragem à Distância, na sua modalidade de transecto de banda, a partir de um<br />

barco paralelo à margem a uma distância de cem metros e o mais próximo a cada um dos sítios<br />

amostrais, por dois dias em cada sítio (período de três horas) (Foto 36). O observador utilizando<br />

o binóculo tentou visualizar, principalmente quelônios e crocodilianos na área.<br />

O esforço de amostragem pela amostragem a distância foi de 03 (três) horas/dia em cada sítio<br />

amostral, e ao final de cada campanha foi de 48 horas.<br />

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38


Encontros Ocasionais<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 36. Transecto aquático.<br />

Este método inclui todos os exemplares de anfíbios e répteis encontrados fora dos métodos de<br />

amostragem regularmente utilizados, tais como nos deslocamentos dos pesquisadores da base de<br />

apoio aos sítios amostrais, a pé, barco ou de carro.<br />

4.1.3. Análises dos Dados<br />

Para a identificação dos anfíbios e répteis algumas referências foram utilizadas como, VITT et<br />

al., (2002), BASTOS et al., (2003), FREITAS & SILVA (2007), e UETANABARO et al.,<br />

(2008), além do prévio conhecimento do biólogo de campo responsável por estes grupos<br />

taxonômicos. Já para as identificações das vocalizações dos anuros, utilizou-se o Guia Interativo<br />

dos anfíbios anuros do Cerrado, Campo Rupestre e Pantanal (TOLEDO et al., 2008).<br />

Para a nomenclatura de anfíbios e répteis seguiu-se a lista da Sociedade Brasileira de<br />

Herpetologia (SBH, 2011).<br />

Para as análises desta 3ª (terceira) campanha foi realizada somente a avaliação da curva de<br />

acumulação de espécies e o estimador Jackknife 1. Conforme os resultados encontrados, outras<br />

análises poderão ser realizadas.<br />

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39


Curva do Coletor e Estimativa de Riqueza<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

A curva do coletor compreende um gráfico composto de dois eixos ortogonais cujo eixo<br />

horizontal compreende o esforço amostral e o eixo vertical a riqueza (acumulada) de espécies.<br />

No geral, a curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicial ascendente de crescimento<br />

acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral<br />

até formar um platô ou assíntota (MARTINS & SANTOS, 1999).<br />

O índice de estimativa da riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em<br />

KREBS (1989) e dado por:<br />

Onde:<br />

S = s + [(n – 1) / n] k<br />

S é a estimativa Jacknife da riqueza das espécies;<br />

s é corresponde ao número total de espécies encontradas em n dias;<br />

n é o número de dias amostrados; e<br />

k é o número total de espécies únicas (ocorrem em somente um dia).<br />

Para a análise dos dados foi utilizado o programa Biodiversity-Pro (GOTELLI & COWLELL;<br />

2001). As curvas foram calculadas pelo número de espécies coletadas em função dos dias de<br />

coleta.<br />

4.2. Resultados e Discussão<br />

Répteis e anfíbios (herpetofauna) são um importante componente da biodiversidade do Cerrado,<br />

desempenhando funções essenciais de presas e predadores tanto de vertebrados como de<br />

invertebrados.<br />

Estima-se que ocorram no Cerrado cerca de 297 espécies da herpetofauna sendo que 21% são<br />

endêmicas (COLLI et al., 2002). Entretanto, como a maior parte do Cerrado é insuficientemente<br />

amostrada (MMA, 2003) e espécies novas endêmicas são frequentemente descritas<br />

(STRÜSSMANN, 2002; COLLI et al., 2002), esses números subestimam a diversidade existente<br />

no Bioma.<br />

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40


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Por ser um grupo taxonomicamente e ecologicamente diversificado, a herpetofauna apresenta<br />

sensibilidade distinta às alterações promovidas no meio ambiente. Além disso, a baixa<br />

mobilidade da maioria das espécies desse grupo, quando comparadas a aves e mamíferos,<br />

permite uma avaliação de efeitos em escala local das modificações no ambiente como: qualidade<br />

da água, qualidade do ar, disponibilidade e qualidade de presas. No mais, as Classes Amphibia e<br />

Reptilia são importantes componentes das cadeias tróficas. Segundo BASTOS et al., (2003) os<br />

anfíbios são importantes elementos das cadeias ecológicas, sendo um importante controlador de<br />

insetos e outros invertebrados, além de serem fundamentais na cadeia de fluxo de energia, visto<br />

que são animais ectotérmicos e convertem 90% do que consomem em massa. Os répteis também<br />

são elementos essenciais na teia alimentar, controlando alguns grupos e servindo de alimento<br />

para outros.<br />

Nesta 3ª (terceira) campanha de campo, foram catalogados 762 indivíduos distribuídos em 02<br />

(duas) ordens, 13 famílias, 21 gêneros e 31 espécies (Figura 12).<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Classe Ordem Família Gênero Espécie<br />

Figura 12. Taxonomia da herpetofauna catalogada na 3ª (terceira) campanha.<br />

Destes 762 indivíduos, 742 (97,37%) foram registrados na Classe Amphibia e 20 (2,62%) para a<br />

Classe Reptilia. Em relação à riqueza de espécies nota-se que o grupo dos anfíbios foi o mais<br />

representativo com 21 (67,74%) espécies registradas nesta 3ª (terceira) campanha, ao passo que o<br />

grupo dos répteis registrou 10 (32,25%) de um total de 31 (Figura 13).<br />

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41


800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Anfibios Répteis<br />

Figura 13. Abundância e riqueza de espécies da herpetofauna na 3ª (terceira) campanha.<br />

Assim, a diversidade da 3ª (terceira) campanha concorda com COLLI et al., (2002), confirmando<br />

10,43% de variedade de espécies para a herpetofauna.<br />

No que diz respeito ao esforço de captura e estimativa de riqueza, foram construídas a curva do<br />

coletor e uma curva expondo a estimativa de riqueza de Jacknife1 para a herpetofauna. A<br />

estimativa de riqueza de espécies, a partir do índice de Jacknife1 foi de 41,31 espécies (Figura<br />

14). Nesta 3ª (terceira) campanha, a herpetofauna contemplou 31 espécies registradas nos 8<br />

(oito) sítios amostrais, com uma diferença de 10,31 espécies estimadas pelo Jacknife 1 e o<br />

número observado (Quadro 6). Não houve registro nesta 3ª (terceira) campanha de<br />

representantes das ordens Crocodilia (Reptilia) e Testudines (Quelônios).<br />

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Abundância<br />

Riqueza<br />

42


45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 14. Quantidade de espécies observadas e quantidade máxima esperada (Jacknife1)<br />

para a herpetofauna registrada na 3ª (terceira) campanha.<br />

Em relação à abundância e riqueza por pontos amostrais constatou-se maiores valores no sítio<br />

amostral 08 inserido em ambiente de mata semidecídua e presença de represa artificial. Pode-se<br />

inferir que tais resultados encontrados se apoiam na disponibilidade de habitats proporcionados<br />

pelo ambiente em questão, principalmente para anfíbios (Figura 15).<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16<br />

SA 01 SA 02 SA 03 SA 04 SA 05 SA 06 SA 07 SA 08<br />

Jacknife 1<br />

Curva de<br />

Acumulação<br />

Riqueza<br />

Figura 15. Demonstrativo de riqueza e abundância por sítios amostrais.<br />

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Abundância<br />

43


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Os ambientes amostrados durante esta campanha compreendem: mata de galeria, mata<br />

semidecídua, cerrado, cerradão, antrópico e ambiente aquático. Observa-se que os ambientes<br />

mais representativos em termos de abundância foram os ambientes aquáticos, mata semidecidua<br />

e mata de galeria. Os maiores valores para riqueza detectados foram para os ambientes aquáticos<br />

e mata semidecidua, enquanto o antrópico foi menos representativo (Figura 16). Os resultados<br />

serão discutidos separadamente para cada grupo da herpetofauna (anfíbios e répteis).<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

Figura 16. Riqueza e abundância da herpetofauna por ambientes amostrados.<br />

Legenda: MG = Mata de Galeria, MS = Mata Semidecidua, CE = Cerrado, CD = Cerradão,<br />

AT = Ambiente antrópico e AA = Ambiente Aquático.<br />

HERPETOFAUNA AQUÁTICA<br />

Nesta campanha foram realizadas transecções de barco para o deslocamento da base para os<br />

sítios amostrais, assim foram realizadas transecções de barco nos rios da Velha, Paranaíba,<br />

Corumbá e Piracanjuba. Os transectos foram realizados próximo a margem do reservatório<br />

utilizando um barco e motor de popa de 40Hp em baixa velocidade, nos períodos matutino e<br />

noturno, com intuito de registrar, principalmente répteis aquáticos.<br />

Na 3ª (terceira) campanha de levantamento de fauna aquática e terrestre foi realizado um esforço<br />

amostral superior a 50 horas, porém não foi registrado nenhum indivíduo das ordens Crocodilia<br />

(Reptilia) e Testudines (Quelônios).<br />

MG MS CE CD AT AA<br />

Riqueza<br />

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Abundância<br />

44


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

No período noturno os transectos não foram eficazes e nenhum indivíduo foi registrado. Há<br />

relatos de moradores locais sobre a ocorrência de crocodilianos na área do reservatório, mas até a<br />

presente campanha não foi catalogado nenhum crocodiliano nas imediações do reservatório da<br />

UHE Itumbiara.<br />

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45


CLASSE AMPHIBIA<br />

Ordem Anura<br />

Família Bufonidae<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Quadro 6. Espécies da herpetofauna registradas na 3ª (terceira) campanha em seus respectivos pontos amostrais e ambientes.<br />

TÁXON NOME COMUM TOTAL<br />

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SA<br />

01<br />

SA<br />

02<br />

SÍTIOS AMOSTRAIS (SA) AMBIENTES<br />

Rhinella schneideri (Werner, 1894) Sapo-cururu 24 23 1 24<br />

Família Cycloramphidae<br />

Proceratophrys goyana (Miranda-Ribeiro, 1937) Sapo-de-chifres 2 2 2<br />

Família Hylidae<br />

SA<br />

03<br />

SA<br />

04<br />

SA<br />

05<br />

SA<br />

06<br />

SA<br />

07<br />

SA<br />

08<br />

46<br />

MG MS CE CD AT AA<br />

Dendropsophus minutus (Peters, 1872) Perereca 67 29 38 36 31<br />

Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889) Perereca 31 4 27 31<br />

Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Perereca 62 24 11 27 62<br />

Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856) Perereca 27 27 27<br />

Hypsiboas multifasciatus (Günther, 1859"1858") Perereca 19 19 19<br />

Hypsiboas raniceps (Cope, 1862) Perereca 22 22 2 20<br />

Pseudis bolbodactyla (A. Lutz, 1925) Rã-d´água 5 25 25<br />

Scinax fuscovarius(A. Lutz, 1925)<br />

Família Leiuperidae<br />

Perereca-debanheiro<br />

66 13 52 1 13 53<br />

Eupemphix nattereri (Steindachner, 1863) Rã-de-quatro-olhos 5 3 2 2 3<br />

Physalaemus centralis (Bokermann, 1962) Rã 3 1 2 2 1


TÁXON NOME COMUM TOTAL<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

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SA<br />

01<br />

SA<br />

02<br />

SÍTIOS AMOSTRAIS (SA) AMBIENTES<br />

SA<br />

03<br />

SA<br />

04<br />

SA<br />

05<br />

SA<br />

06<br />

SA<br />

07<br />

SA<br />

08<br />

47<br />

MG MS CE CD AT AA<br />

Physalaemus cuvieri (Fitzinger, 1826) Rã-cachorro 56 25 3 2 2 5 18 1 3 10 2 2 10 29<br />

Pseudopaludicola ternetzi (Miranda-Ribeiro, 1937) Rãzinha 4 1 3 1 3<br />

Família Leptodactylidae<br />

Leptodactylus hylaedactylus (Cope, 1868) Rãzinha 8 3 4 1 5 3<br />

Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) Rã-pimenta 63 23 7 33 26 16 21<br />

Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Rã-manteiga 28 9 6 3 10 1 10 3 14<br />

Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) Caçote-vermelho 27 27 27<br />

Leptodactylus podicipinus (Cope, 1862) Caçote 30 30 1 29<br />

Leptodactylus syphax (Bokermann,1969) Caçote 3 2 1 2 1<br />

Família Strabomantidae<br />

Barycholos ternetzi (Miranda Ribeiro, 1937) Rã 170 4 65 10 39 34 1 17 56 100 14<br />

CLASSE REPTILIA<br />

Ordem Squamata<br />

Família Anomalepididae<br />

Liotyphlops ternetzii (Boulenger,1896). Cobra-da-terra 1 1 1<br />

Família Gymnophtalmidae<br />

Colobosaura modesta (Reinhardt & Luetken, 1862)<br />

Família Scincidae<br />

Lagartinho-defolhiço<br />

2 1 1 1 1<br />

Mabuya nigropunctata (Spix, 1825) Calango-liso 2 1 1 1 1


Família Teiidae<br />

TÁXON NOME COMUM TOTAL<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

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SA<br />

01<br />

SA<br />

02<br />

SÍTIOS AMOSTRAIS (SA) AMBIENTES<br />

SA<br />

03<br />

SA<br />

04<br />

SA<br />

05<br />

SA<br />

06<br />

SA<br />

07<br />

SA<br />

08<br />

48<br />

MG MS CE CD AT AA<br />

Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) Calango-verde 5 1 2 2 2 2 1<br />

Tupinambis merianae (Duméril & Bibron, 1839) Teiú 2 1 1 1 1<br />

Família Tropiduridae<br />

Tropidurus oreadicus (Rodrigues, 1987) Calango 2 1 1 1 1<br />

Subordem Ophidia<br />

Família Boidae<br />

Boa constrictor (Linnaeus, 1758) Jibóia 1 1 1<br />

Eunectes murinus (Linnaeus, 1758) Sucuri 1 1 1<br />

Família Viperidae<br />

Crotalus durissus (Linnaeus, 1758) Cascavel 3 1 1 1 2 1<br />

Bothrops moojeni (Hoge, 1966) Jararaca 1 1 1<br />

Legenda: CE= Cerrado ; CD= Cerradão; MS= Mata Semidecídua; MG= Mata de Galeria; AT= Ambiente anTropizado; AA= Ambiente Aquático.


Composição da comunidade de anfíbios:<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Atualmente são conhecidas no mundo cerca de 5.067 espécies de anfíbios (IUCN, 2011) sendo a<br />

maior riqueza encontrada na região neotropical. O Brasil abriga a maior riqueza de anfíbios do<br />

planeta com 875 espécies registradas até o momento pela Sociedade Brasileira de Herpetologia<br />

(SBH, 2011).<br />

Dos 742 indivíduos de anfíbios registradas na 3ª (terceira) campanha, 478 (64,42%) foram<br />

catalogados pelo método de vocalização, 27 (3,6%) por avistamento e 28 (3,7%) foram<br />

capturadas. O método de captura foi dividido em Pit-fall e captura manual, sendo que o primeiro<br />

obteve 206 (88,03%) de registros e o segundo 28 (11,96%). Em períodos relacionados à época de<br />

chuva, geralmente observa-se que o método de vocalização é mais abundante. O elevado<br />

resultado para este método está relacionado à Dendropsophus minutus (perereca), que apresentou<br />

64 indivíduos vocalizando; Sinax fuscovarius (perereca-de-banheiro) que contou com 62<br />

exemplares, Hypsiboas albopunctatus (perereca), com 55 exemplares e Dendropsophus nanus<br />

(perereca) com 28 indivíduos vocalizando (Fotos 37a 40).<br />

Foto 37. Dendropsophus minutus (perereca)<br />

vocalizando.<br />

Foto 38. Sinax fuscovarius (pereça-de-banheiro).<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 39. Dendropsophus nanus (perereca). Foto 40. Hypsiboas albopunctatus (perereca).<br />

Em relação ao índice de riqueza de espécies, nota-se que o método de vocalização foi o mais<br />

representativo com 14 (29,78%) espécies registradas de um total de 45 catalogadas para a<br />

anurofauna (Figura 17). As armadilhas de captura com pit-fall foram montadas de duas formas,<br />

em Linha e em “Y”, de forma a comparar a eficiência de captura das mesmas. A diferença de<br />

riqueza registrada entre as armadilhas foi de apenas 02 (duas) espécies. Quanto à abundância, foi<br />

observada uma diferença de 26 espécies entre as formas de captura, tendo sido capturados 104<br />

exemplares pelo método em Linha e 78 exemplares com pit-fall em “Y” (Figura 18).<br />

500<br />

450<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

Pit-fall CP AV VO CA<br />

Riqueza<br />

Figura 17. Abundância e riqueza de espécies de anfíbios por metodologia usada na 3ª<br />

(terceira) campanha.<br />

Legenda: CP = CaPtura, AV = AVistamento, VO = VOcalização e CA = Carcaça.<br />

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Abundância<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 18. Abundância e riqueza de espécies de anfíbios capturados em pit-fall dispostos<br />

em Linha e em “Y’ na 3ª (terceira) campanha.<br />

Além da sazonalidade, há uma série de outros fatores que podem contribuir com as flutuações<br />

populacionais dentro de uma população de anfíbios. Dentre eles podemos citar: competição<br />

(SREDL & COLLINS, 1992), modificação do habitat (FELLERS & DROST, 1993), radiação<br />

ultravioleta (BELDEN et al., 2002), doenças (BLAUSTEIN et al., 1994), entre outros, embora a<br />

distribuição e quantidade de chuvas possam ser os principais fatores influenciando o tempo e a<br />

periodicidade da reprodução em anuros (BERTOLUCI, 1998; STEWART, 1995).<br />

No que tange o padrão de abundância das famílias de anfíbios registradas nesta 3ª (terceira)<br />

campanha, observa-se que a família Hylidae foi a mais representativa, com 42,99% (N=319) do<br />

total de indivíduos registrados para a anurofauna (N=742), seguida das famílias Leptodactylidae<br />

21,42 (N=159) e Strabomantidae 22,91% (N=170). (Figura 19).<br />

Em relação à riqueza de espécies as famílias Hylidae N=8 (38,09%), Leptodactylidae N=6<br />

(28,57%) e Leiuperidae N=4 (19,04%) foram as mais representativas, enquanto as famílias<br />

Bufonidae, Cycloramphidae e Strabomantidae apresentaram apenas 01 (uma) única espécie cada<br />

(Figura 19).<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Linha Y<br />

Pit-fall<br />

Riqueza<br />

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Abundância<br />

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350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 19. Representatividade das famílias de anfíbios na 3ª (terceira) campanha.<br />

A representatividade da família Hylidae está relacionada às espécies Dendropsophus minutus<br />

N=64 (8,6%), Sinax fuscovarius que registrou 62 (8,3%) indivíduos; Hypsiboas albopunctatus<br />

com N=55 (7,4%) e Dendropsophus nanus com N=28 (3,7%) exemplares registrados de um total<br />

de 742 registrados para a anurofauna (Fotos 41 a 46). Já a representatividade da família<br />

Strabomantidae se refere à quantidade de registros para Barycholos ternetzi N=170 (22,91%)<br />

(Foto 45). A família Leptodactylidae deve sua representatividade à espécie Leptodactylus<br />

labyrinthicus N=62 (8,3%) (Foto 46).<br />

Riqueza<br />

Foto 41. Dendropsophus minutus (perereca). Foto 42. Sinax fuscovarius (perereca-de-banheiro).<br />

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Abundância<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 43. Hypsiboas albopunctatus (perereca). Foto 44. Dendropsophus nanus (perereca).<br />

Foto 45. Barycholos ternetzi (rã-cachorro). Foto 46. Leptodactylus labyrinthicus (rã-assobiadeira).<br />

Dentre as espécies citadas acima, Dendropsophus minutus é um dos anuros mais comuns, com<br />

ampla distribuição na América do Sul (FROST, 2002), vocaliza sobre a vegetação aquática<br />

emergente e sobre arbustos na borda de banhados e pequenas lagoas (KWET & DI-<br />

BERNARDO, 1999). Dendropsophus nanus é uma espécie que usa arbustos e gramíneas de<br />

áreas alagadas e possui tamanho reduzido. Hypsiboas albopunctatus trata-se de uma perereca de<br />

tamanho médio que vocaliza em arbustos e árvores baixas. É encontrada em lagoas permanentes<br />

e áreas brejosas, bem como em mata de galeria (BRASILEIRO et al., 2005). PRADO &<br />

POMBAL, (2005) encontraram preferência desta espécie pela estação chuvosa.<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

São encontrados em ambientes mais secos e também em ambientes úmidos. Barycholos ternetzi<br />

é uma espécie endêmica do bioma Cerrado. Trabalhos relatam a ocorrência tanto em áreas<br />

florestais quanto abertas (VALDUJO, P. H. et al., 2011).<br />

A espécie Leptodactylus labyrinthicus possui um longo período de acasalamento associado às<br />

chuvas. Os machos costumam vocalizar as margens de corpos de água permanentes ou<br />

temporários, iniciando ao entardecer (LIBERIO 2008).<br />

A família Hylidae tem maior representatividade na região neotropical (DUELLMAN, 1988;<br />

ACHAVAL & OLMOS, 2003) e mais especificamente em diversos biomas do Brasil como<br />

relatado em BRANDÃO & ARAÚJO (1998), BERNARDE & MACHADO (2001),<br />

IZECKSOHN & CARVALHO-E-SILVA (2001) e POMBAL & GORDO (2004). Possui 339<br />

espécies com ocorrência para o Brasil de acordo com a Sociedade Brasileira de Herpetologia<br />

(SBH, 2011), e nesta campanha apresentou a maior riqueza (N=8), bem como abundância mais<br />

expressiva (N=319).<br />

Em relação aos sítios amostrais, observa-se que o sítio 8 foi o mais abundante com 255 (duzentos<br />

e cinquenta e cinco) seguido do sítio 6 com 198 (cento e noventa e oito) indivíduos catalogados.<br />

A figura abaixo ilustra a distribuição da riqueza e abundância da anurofauna por sítios amostrais<br />

nesta campanha (Figura 20).<br />

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300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

SA 01 SA 02 SA 03 SA 04 SA 05 SA 06 SA 07 SA 08<br />

Rhinella schneideri Proceratophrys goyana<br />

Dendropsophus minutus Dendropsophus nanus<br />

Hypsiboas albopunctatus Hypsiboas lundii<br />

Hypsiboas multifasciatus Hypsiboas raniceps<br />

Pseudis bolbodactyla Scinax fuscovarius<br />

Eupemphix nattereri Physalaemus centralis<br />

Physalaemus cuvieri Pseudopaludicola ternetzi<br />

Leptodactylus hylaedactylus Leptodactylus labyrinthicus<br />

Leptodactylus latrans Leptodactylus mystacinus<br />

Leptodactylus podicipinus Leptodactylus syphax<br />

Barycholos ternetzi<br />

Figura 20. Riqueza e abundância da anurofauna por sítios amostrais 3ª (terceira) campanha.<br />

Ainda tendo como tema os sítios amostrais trabalhados na terceira campanha de levantamento da<br />

UHE Itumbiara foi elaborado o cluster de similaridade, deste modo foi possível observar que os<br />

sítios amostrais 6 e 7 foram os mais similares com 46,15%, enquanto que entre os sítios 4 e 8 não<br />

houve similaridade, ou seja, espécies em comum. Estes dois sítios amostrais (SA04 e SA08)<br />

compartilham apenas uma espécie de anfíbio (Figura 21 e Quadro 7).<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 21. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA).<br />

Quadro 7. Valores de similaridade entre os Sítio Amostrais (SA) na terceira campanha.<br />

SA 01 SA 02 SA 03 SA 04 SA 05 SA 06 SA 07 SA 08<br />

SA 01 * 20 28, 5714 16, 6667 28, 5714 36, 3636 27, 2727 25<br />

SA 02 * * 37,5 28, 5714 37,5 21, 4286 45, 4545 13, 3333<br />

SA 03 * * * 20 33, 3333 16, 6667 30 7, 6923<br />

SA 04 * * * * 20 9, 0909 10 0<br />

SA 05 * * * * * 16, 6667 30 7,6923<br />

SA 06 * * * * * * 46, 1538 33, 3333<br />

SA 07 * * * * * * * 18,75<br />

SA 08 * * * * * * * *<br />

Avaliando-se a ocorrência de espécies por ambiente amostrado, nota-se que o ambiente aquático<br />

apresentou a maior abundância nesta 3ª (terceira) campanha com 52,29% (N=388) de<br />

representatividade em relação ao total (N=742) de anfíbios capturados, seguido pelos ambientes<br />

mata semidecidua 15,09% (N=112) e mata de galeria 12,93% (N=96). Os demais ambientes<br />

foram menos representativos: ambiente antrópico 8,08% (N=60), cerradão 2,69% (N=20) e<br />

cerrado 0,80% (N=6, seis). Em relação à riqueza de espécies, nota-se que o ambiente aquático foi<br />

o ambiente de maior representatividade com 13 espécies das 21 registradas (Figura 22).<br />

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400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

MG MS CE CD AT AA<br />

Riqueza<br />

Figura 22. Riqueza e abundância de anfíbios por ambientes amostrados.<br />

Legenda: MG = Mata de Galeria, MS = Mata Semidecidua, CE = Cerrado, CD =<br />

Cerradão, AT = Ambiente anTrópico e AA = Ambiente Aquático.<br />

Alguns anfíbios capturados tiveram seus padrões anotados, tais como: espécie, pontos de<br />

captura, ambiente, sexo, peso, destino (soltura) e dados biométricos (Quadro 8) e (Fotos 47 e<br />

48) Além destes padrões, foi adotada nesta campanha a marcação de anfíbios utilizando o<br />

polímero de elastômero (VIE – implante visual de elastômero). Na literatura não há um modelo<br />

descritivo sugerindo este tipo de marcação, assim este processo será ajustado ao longo das<br />

campanhas, por isso alguns indivíduos capturados foram soltos sem marcação.<br />

Foto 47. Biometria de anfíbio. Foto 48. Pesagem de anfíbio.<br />

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Abundância<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Quadro 8. Dados biométricos de anfíbios capturados.<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

27/03/12 06 Rhinella schneideri MS 17,5 12,2 13,3 12,3 12,4 13,2 13,1 11,7 23,8 J I ER S<br />

27/03/12 06 Proceratophrys goyana MS 14,7 19,1 12,1 10,5 10,1 10,8 10,7 10,4 7,5 A I ER S<br />

28/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 23,0 8,9 9,1 6,8 5,1 13,1 13,5 8,2 2,0 J I ER S<br />

28/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 24,1 9,1 9,7 6,9 5,4 13,1 14,6 8,3 2,1 J I ER S<br />

28/03/12 07 Eupemphix nattereri MS 39,1 12,6 16,1 14,7 7,6 17,6 16,1 9,6 6,6 A I ER S<br />

28/03/12 06 Leptodactylus labyrinthicus MS 64,1 22,6 22,4 16,3 31,0 25,7 16,9 12,6 34,9 A I S<br />

28/03/12 06 Proceratophrys goyana MS 40,0 20,0 20,3 12,0 6,0 12,6 12,6 9,1 6,9 A I S<br />

28/03/12 01 Hypsiboas multifasciatus MS 43,1 14,2 14,1 13,3 7,1 24,3 25,1 11,3 4,9 A M S<br />

28/03/12 01 Hypsiboas multifasciatus MS 41,3 13,3 15,2 15,4 7,2 25,1 27,3 15,2 5,3 A M S<br />

28/03/12 01 Hypsiboas multifasciatus MS 44,3 14,1 14,2 11,1 9,2 26,3 26,3 16,1 5,6 A M S<br />

28/03/12 01 Hypsiboas multifasciatus MS 40,1 14,1 15,2 12,4 7,3 24,3 27,4 16,1 5,6 A M S<br />

29/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 30,1 7,3 10,1 9,1 6,3 14,4 16,3 9,2 2,1 J I ER S<br />

29/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 25,4 7,4 10,6 9,1 6,4 15,5 15,5 8,2 2,0 J I ER S<br />

29/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 27,1 9,5 10,1 9,3 6,1 14,1 15,5 8,2 2,2 J I ER S<br />

29/03/12 01 Barycholos ternetzi MS 21,9 8,0 7,9 6,4 4,2 12,6 12,6 7,0 1,9 J I S<br />

29/03/12 01 Barycholos ternetzi MS 24,6 8,7 8,4 6,4 5,1 12,8 12,6 5,6 2,0 J I S<br />

29/03/12 08 Leptodactylus mystacinus MS 64,4 18,3 22,3 18,1 12,4 25,5 26,4 13,3 18,5 A M S<br />

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UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

29/03/12 08 Hypsiboas lundii MS 53,7 19,3 21,1 16,2 11,1 32,3 28,1 16,2 13,0 A M S<br />

29/03/12 08 Hypsiboas lundii MS 47,1 17,2 18,1 13,3 10,1 25,2 25,1 15,2 9,9 A M S<br />

29/03/12 08 Hypsiboas lundii MS 51,2 18,3 19,1 15,2 11,2 22,3 25,4 14,1 11,1 A M S<br />

29/03/12 08 Hypsiboas lundii MS 46,2 18,1 21,2 13,4 10,3 26,1 24,5 14,1 10,6 A M S<br />

29/03/12 08 Hypsiboas raniceps MS 46,4 15,5 17,5 15,3 8,1 27,4 27,4 17,3 8,4 A I S<br />

29/03/12 08 Leptodactylus podicipinus MS 42,3 13,6 11,1 7,2 19,1 13,5 15,1 8,3 6,3 A M S<br />

29/03/12 08 Leptodactylus podicipinus MS 38,4 10,1 14,2 8,3 6,4 17,5 15,2 8,2 5,2 A M S<br />

29/03/12 08 Leptodactylus podicipinus MS 33,4 10,1 11,2 8,3 6,2 13,4 14,2 7,4 3,3 A M S<br />

29/03/12 08 Hypsiboas multifasciatus MS 46,4 15,3 15,2 12,5 7,2 26,4 29,1 15,5 7,2 A M S<br />

29/03/12 08 Hypsiboas multifasciatus MS 48,1 18,2 17,3 15,2 9,4 29,3 29,3 15,1 8,5 A M S<br />

29/03/12 08 Dendropsophus minutus MS 24,3 7,1 8,2 6,3 4,3 12,2 12,2 7,2 0,8 A M S<br />

29/03/12 08 Dendropsophus nanus MS 20,1 7,2 8,4 6,2 5,2 10,1 10,1 7,2 0,6 A M S<br />

29/03/12 08 Dendropsophus nanus MS 23,2 7,3 7,2 6,3 4,1 9,1 8,2 6,4 0,6 A M S<br />

30/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 30,4 8,5 11,1 10,4 5,2 14,1 13,4 17,1 2,0 A I ER S<br />

30/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 28,4 7,2 9,2 7,8 5,4 12,3 12,3 7,4 1,3 A I ER S<br />

30/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 30,2 9,3 10,1 7,3 5,1 14,1 16,3 7,4 1,5 A I ER S<br />

30/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 27,4 8,1 9,2 9,3 5,2 13,3 14,1 7,3 1,4 A I ER S<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

30/03/12 07 Barycholos ternetzi MS 27,9 8,0 9,0 7,7 7,1 15,1 16,8 10,3 2,0 A I ER S<br />

30/03/12 07 Eupemphix nattereri MS 31,4 10,6 12,1 11,9 9,0 15,8 14,3 9,4 6,3 A I ER S<br />

30/03/12 07 Scinax fuscovarius MS 45,2 13,3 14,1 13,4 8,2 20,4 25,1 11,5 5,0 A I S<br />

30/03/12 07 Leptodactylus latrans MS 85,2 26,4 26,1 27,2 13,8 37,2 35,1 16,2 59,0 A I S<br />

30/03/12 07 Rhinella schneideri MS 114,3 30,1 53,3 44,1 29,2 47,3 49,4 26,1 166,0 A M S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 21,0 8,4 7,4 6,8 5,3 12,2 13,7 7,5 1,1 J I ER S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 21,5 7,7 7,7 5,6 5,0 13,9 12,9 8,0 1,3 J I ER S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 23,0 7,1 7,5 5,6 6,3 12,5 13,9 7,7 1,3 J I ER S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 26,9 8,0 9,3 8,4 7,0 15,6 15,3 8,4 1,8 J I ER S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 25,1 8,5 9,2 7,7 6,5 15,4 16,1 7,8 1,9 J I ER S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 24,7 8,6 9,0 6,8 6,0 14,2 15,0 7,4 1,6 J I ER S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 24,4 8,4 9,5 8,3 6,0 14,0 16,2 8,6 1,5 J I ER S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 25,8 8,5 8,5 7,4 6,2 14,5 15,8 8,6 2,1 J I ER S<br />

31/03/12 06 Barycholos ternetzi MS 28,3 9,9 10,0 9,9 6,5 17,2 17,6 10,1 2,8 A I ER S<br />

31/03/12 08 Barycholos ternetzi MS 25,2 9,3 9,1 6,8 5,6 14,5 13,9 7,4 1,5 J I ER S<br />

31/03/12 08 Physalaemus centralis MS 31,0 9,2 10,0 8,3 6,2 12,9 12,0 7,3 1,4 A I ER S<br />

31/03/12 06 Rhinella schneideri AT 76,0 22,2 33,9 27,4 24,6 33,0 33,6 21,9 55, A I S<br />

31/03/12 06 Rhinella schneideri AT 110,0 27,1 38,4 30,5 24,1 36,6 44,0 30,0 145,0 A M S<br />

31/03/12 06 Dendropsophus nanus AT 20,0 7,0 6,9 4,2 4,9 11,2 10,8 7,0 0,5 A M S<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

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60


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

31/03/12 06 Scinax fuscovarius AT 47,4 15,2 17,9 13,2 12,2 25,5 23,8 15,9 8,4 A M S<br />

31/03/12 06 Scinax fuscovarius AT 56,2 17,8 19,0 13,5 12,1 33,7 32,4 21,0 13,0 A M S<br />

31/03/12 06 Leptodactylus labyrinthicus AT 62,2 18,9 26,9 16,4 14,4 32,0 32,5 18,8 34,6 J M S<br />

31/03/12 06 Leptodactylus latrans AT 85,8 27,0 26,7 27,8 14,2 37,8 35,6 16,7 60,0 A M S<br />

01/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 25,0 7,0 9,1 10,1 5,0 15,1 14,3 8,1 1,3 J I ER S<br />

01/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 26,1 8,1 9,1 7,2 5,2 14,2 15,4 9,5 1,6 A I ER S<br />

01/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 29,1 8,2 9,2 8,2 5,2 15,4 15,3 7,2 2,1 A I ER S<br />

01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 21,9 9,4 9,4 7,1 6,3 16,0 15,7 9,4 1,9 J I ER S<br />

01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 26,2 8,1 8,8 7,6 6,5 14,1 15,0 8,7 1,5 J I ER S<br />

01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 23,3 8,2 9,0 6,9 6,3 13,1 15,3 8,5 1,5 J I ER S<br />

01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 23,3 7,2 8,6 5,8 5,7 13,3 14,4 8,4 1,4 J I ER S<br />

01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 25,2 8,5 8,9 6,2 6,3 11,5 15,0 7,7 1,5 J I ER S<br />

01/04/12 08 Barycholos ternetzi MS 28,8 9,4 10,1 7,8 7,4 14,5 17,4 9,2 1,2 A I ER S<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 28,4 10,1 10,5 7,1 6,2 15,4 14,1 8,2 2,3 A I ER S<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 31,2 10,4 11,1 8,2 7,3 15,4 17,2 9,1 2,9 A I ER S<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 35,1 10,3 9,2 7,1 14,2 15,1 17,2 9,2 2,7 A I ER S<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 27,2 9,2 9,3 7,1 15,2 12,2 15,1 7,3 1,7 A I ER S<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 30,1 9,2 10,1 8,2 15,2 16,1 16,2 7,3 2,5 A I ER S<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 30,1 9,3 10,2 7,2 6,3 15,4 14,1 7,3 2,0 A I ER S<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 27,1 7,4 9,2 7,2 6,3 14,3 15,4 7,2 1,6 A I ER S<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 24,2 8,4 9,4 7,3 5,1 14,3 12,2 7,4 1,2 A I ER S<br />

02/04/12 06 Barycholos ternetzi MS 29,1 7,2 9,3 8,3 5,1 13,4 14,1 7,3 1,5 A I ER S<br />

02/04/12 07 Physalaemus cuvieri MS 25,0 7,3 8,2 7,4 5,9 11,3 11,3 7,8 1,5 A M ER S<br />

03/04/12 07 Barycholos ternetzi MS 25,2 8,3 9,1 7,1 5,1 15,5 14,2 7,2 1,1 J I ER S<br />

04/04/12 04 Eupemphix nattereri CE 22,0 8,6 8,7 5,1 7,7 10,9 5,8 12,3 6,9 J I ER S<br />

04/04/12 04 Physalaemus cuvieri CE 29,1 6,9 7,5 4,1 5,0 10,7 5,0 9,4 1,4 A I ER S<br />

05/04/12 02 Physalaemus centralis MG 25,2 7,4 9,3 7,5 4,5 10,2 10,2 7,2 1,4 J I ER S<br />

05/04/12 02 Leptodactylus syphax MG 57,5 21,7 20,1 17,2 9,4 23,1 24,8 9,1 16,2 A I ER S<br />

05/04/12 02 Leptodactylus hylaedactylus MG 19,1 7,2 7,3 5,1 3,1 8,4 8,4 6,3 0,6 A I S<br />

05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 26,5 9,2 9,1 7,4 5,1 14,5 14,3 6,6 2,1 J I ER S<br />

05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,1 10,1 10,2 9,1 7,5 16,1 18,8 7,3 2,8 A I ER S<br />

05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 25,4 9,1 9,5 6,3 4,1 13,1 13,3 7,2 1,2 J I ER S<br />

05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 29,1 8,2 9,2 7,2 5,4 13,1 9,5 8,5 1,7 A I ER S<br />

05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,3 8,1 9,1 7,2 5,2 14,1 16,6 7,4 2,0 A I ER S<br />

05/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 25,2 7,1 9,4 6,2 5,1 13,2 14,3 7,2 1,8 J I ER S<br />

05/04/12 02 Physalaemus cuvieri MG 23,4 7,2 8,2 7,2 5,4 10,1 10,4 5,1 1,9 J I ER S<br />

05/04/12 03 Barycholos ternetzi CD 29,1 8,3 10,1 9,7 6,3 14,4 14,4 8,4 2,0 A I ER S<br />

05/04/12 03 Barycholos ternetzi CD 25,4 7,1 9,5 7,1 5,6 12,1 13,4 6,2 1,2 J I ER S<br />

05/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,2 7,5 8,3 8,2 5,1 14,3 16,1 7,2 1,5 J I ER S<br />

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62


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

05/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 24,3 7,2 9,1 7,1 6,4 14,3 12,2 6,4 1,3 J I ER S<br />

06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 25,4 9,6 9,6 7,3 6,9 15,2 15,9 8,8 1,6 J I ER S<br />

06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 23,2 7,9 8,1 6,6 5,5 13,8 14,7 8,6 1,1 J I ER S<br />

06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,6 8,5 9,0 7,6 6,3 14,0 14,8 9,0 1,3 J I ER S<br />

06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,9 9,6 9,2 6,6 6,4 16,0 16,3 9,2 1,7 J I ER S<br />

06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 22,7 8,3 8,8 7,4 6,2 14,2 14,4 8,6 1,2 J I ER S<br />

06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 28,9 9,8 9,3 7,4 7,2 17,2 17,3 9,9 2,0 A I ER S<br />

06/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 28,0 9,4 10,0 8,3 6,5 15,2 14,5 9,4 2,7 A I ER S<br />

06/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,5 8,6 9,4 8,2 7,5 15,1 16,7 9,3 2,4 J I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,7 8,7 9,6 7,6 7,2 17,0 16,9 9,3 2,0 A I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,2 8,5 9,6 7,5 7,0 15,3 16,9 9,1 1,7 A I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,4 9,0 8,2 7,3 6,4 12,9 15,0 8,5 1,6 J I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,8 8,5 8,7 8,3 6,4 14,2 15,3 8,0 1,7 J I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,0 7,9 9,1 7,2 7,2 16,0 14,0 8,0 2,0 A I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 26,1 8,8 9,7 7,3 6,6 15,4 15,7 8,8 1,5 J I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,9 8,6 9,2 8,7 6,7 14,0 15,5 8,8 1,7 J I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 23,9 8,1 7,7 6,7 5,7 11,8 13,7 6,9 1,1 J I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 25,3 9,2 8,6 8,6 5,9 12,0 14,7 8,1 1,5 J I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,3 10,4 8,9 8,2 5,6 12,5 12,9 6,8 1,3 J I ER S<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 23,6 10,3 8,3 6,9 5,1 12,7 12,9 7,3 1,0 J I ER S<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

06/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 24,8 8,9 8,1 7,9 5,4 13,4 13,0 8,0 1,3 J I ER S<br />

06/04/12 03 Barycholos ternetzi CD 29,1 9,2 11,4 9,1 7,5 15,1 17,5 8,3 2,2 A I ER S<br />

06/04/12 05 Leptodactylus hylaedactylus MS 19,6 6,2 7,1 4,1 9,3 9,1 6,1 7,4 0,7 A I S<br />

07/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 22,0 8,3 7,8 7,0 5,7 11,8 13,5 6,7 1,1 J I ER S<br />

07/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,7 10,0 9,4 8,3 7,0 16,5 17,3 9,8 2,0 J I ER S<br />

07/04/12 05 Leptodactylus hylaedactylus MS 20,6 6,6 7,1 6,4 6,0 10,0 10,5 6,5 0,6 A I S<br />

07/04/12 02 Eupemphix nattereri MS 41,6 12,3 14,0 12,8 9,5 17,5 17,4 11,2 46 A I R S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 23,0 9,0 8,2 7,2 5,7 11,0 13,3 7,0 1,2 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 24,7 9,0 9,5 7,1 6,6 13,4 15,6 8,5 1,7 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 26,0 8,8 9,4 7,9 7,0 15,1 16,3 9,7 1,9 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 23,3 7,9 8,4 6,6 5,5 13,3 13,8 8,0 1,0 A I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 22,7 6,8 8,0 7,9 6,0 12,5 13,9 7,3 1,1 J I S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 25,7 8,2 9,5 7,5 6,4 14,3 15,7 8,5 2,2 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 27,0 8,1 9,5 8,1 6,9 14,3 15,4 8,6 2,0 A I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 22,5 6,8 9,0 6,6 5,8 13,7 14,7 7,9 1,3 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 21,0 6,4 8,1 5,9 5,0 12,7 12,7 7,4 0,9 J I S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 23,2 7,9 8,0 7,1 6,2 12,6 14,8 7,6 1,4 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 24,9 8,4 8,5 6,9 5,7 13,4 15,0 8,9 1,4 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 24,4 7,7 9,4 6,9 6,0 15,2 16,7 9,8 1,4 J I ER S<br />

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64


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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 26,0 8,8 9,7 8,7 6,3 15,4 17,2 8,8 2,2 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 27,9 9,0 9,7 7,3 6,6 14,4 16,6 8,4 2,2 A I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 25,8 8,6 9,2 8,3 6,0 13,8 15,4 9,1 1,7 J I ER S<br />

07/04/12 02 Barycholos ternetzi MS 24,2 8,3 8,8 6,9 6,2 13,5 15,5 8,2 1,3 J I ER S<br />

07/04/12 02 Physalaemus cuvieri MS 25,4 8,0 9,0 8,0 5,4 13,3 12,1 6,9 1,7 J I ER S<br />

08/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 29,1 9,1 10,4 7,3 6,1 13,1 14,2 7,2 1,7 A I ER S<br />

08/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 30,1 7,1 9,1 7,2 5,3 12,2 14,6 7,4 2,2 A I ER S<br />

08/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,1 8,2 10,1 8,2 6,1 13,2 15,4 7,2 1,6 A I ER S<br />

08/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 30,1 8,1 11,5 8,4 6,2 15,3 14,1 7,2 2,3 A I ER S<br />

08/04/12 02 Eupemphix nattereri MG 27,3 6,1 10,1 8,2 6,4 11,3 9,3 5,4 2,1 A I ER S<br />

08/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 29,1 7,5 10,1 8,1 5,1 13,1 14,4 7,1 1,7 A I ER S<br />

08/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 29,1 7,3 10,2 6,3 7,3 14,1 15,3 7,2 2,3 A I ER S<br />

08/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 27,4 7,1 9,3 6,1 5,3 11,1 13,3 7,6 1,9 A I ER S<br />

09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 28,4 7,8 9,9 8,5 7,1 15,5 16,8 9,4 2,1 A I ER S<br />

09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 23,9 8,2 9,3 6,5 5,9 14,2 15,5 8,8 1,9 J I ER S<br />

09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 26,1 8,4 9,0 6,9 6,4 12,8 15,3 9,3 1,6 J I ER S<br />

09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 24,0 8,3 9,4 7,0 6,2 14,2 15,7 8,8 1,6 J I ER S<br />

09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 30,1 9,1 10,0 7,6 6,5 15,2 17,4 10,7 2,0 A I ER S<br />

09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 25,5 8,6 9,9 7,1 6,7 16,1 17,0 9,1 2,1 J I ER S<br />

09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 25,8 9,2 10,1 7,4 7,4 15,2 17,3 10,3 1,9 J I ER S<br />

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65


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

09/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 27,5 8,6 10,1 7,1 6,9 15,2 16,8 9,1 2,1 A I ER S<br />

09/04/12 04 Barycholos ternetzi CE 23,7 8,4 8,5 6,8 5,2 13,0 12,9 8,4 1,2 A I ER S<br />

10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 26,1 7,6 9,1 6,2 5,1 9,2 11,1 11,2 1,8 J I ER S<br />

10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 22,0 6,1 8,3 7,1 5,3 10,3 8,2 5,2 1,4 J I S<br />

10/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 28,3 7,1 10,2 7,1 6,2 13,5 15,2 6,4 2,1 A I S<br />

10/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 27,2 7,1 10,2 7,1 5,2 15,5 14,6 7,2 2,1 A I S<br />

10/04/12 05 Barycholos ternetzi MS 25,1 24,3 7,1 7,2 5,1 12,2 13,2 7,2 1,7 J I S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 30,4 8,2 11,5 7,5 6,4 14,1 16,1 8,3 3,0 A I ER S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 27,6 8,1 9,2 8,1 6,5 12,7 13,5 7,1 1,5 A I S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 26,1 8,1 9,2 8,2 5,3 13,1 11,3 5,1 1,6 J I S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,6 8,3 9,1 5,1 11,2 12,4 11,1 6,2 1,2 A I S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,1 8,1 10,1 8,2 6,3 9,2 15,2 8,6 2,1 A I S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 25,4 15,2 7,2 9,1 7,2 6,1 13,4 7,4 1,4 J I S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 22,2 7,1 9,2 7,1 4,2 13,2 11,1 6,5 1,4 J I S<br />

10/04/12 02 Eupemphix nattereri MG 35,3 7,1 13,1 9,2 7,1 12,1 10,1 8,3 3,1 A I ER S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,5 8,9 9,8 7,7 6,7 14,6 16,9 9,2 1,9 A I ER S<br />

10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 25,0 7,4 8,2 5,2 6,0 10,3 11,8 6,9 1,5 A I ER S<br />

10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 26,1 8,2 9,5 8,6 7,2 13,4 12,6 7,3 1,9 A I ER S<br />

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66


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

10/04/12 05 Physalaemus cuvieri MS 28,7 7,4 9,6 8,6 7,1 14,2 13,9 1,5 2,6 A I ER S<br />

10/04/12 02 Barycholos ternetzi MG 28,7 7,3 7,5 6,4 6,0 13,5 15,7 8,2 1,4 A I ER S<br />

Legenda: SA = Sítio amostral, VR = Varredura, AQ = Armadilha de queda (pitfall), AMB. = ambiente; MG = mata de galeria, MC = mata ciliar MS = mata semidecidual, CE =<br />

cerrado, CD = cerradão, AA = ambiente aquático, AT = ambiente antropizado. CRC = comprimento rostro-cloaca, CCa = comprimento da cabeça, LCa = largura da cabeça, UM =<br />

úmero, RA = rádio, FE = fêmur, TI = tíbia, SX = Sexo (M/F), ID = Idade (J: jovem, A: adulto), PS = Peso, MA = marcação, ER = elastômero rosa.<br />

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67


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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

A técnica de marcação e recaptura é uma técnica científica utilizada habitualmente em ecologia<br />

para estimar o tamanho de uma população e suas características (sobrevivência, movimentos e<br />

crescimento, por exemplo). Este método é utilizado quando o pesquisador não pode estudar a<br />

cada um dos indivíduos da população. Também se conhece este método com os nomes de<br />

captura-recaptura ou captura e marcação (SEBER, 1982; WILLIAMS & CONROY, 2002).<br />

Tipicamente depois de uma primeira captura, marca-se de forma individual uma série de<br />

indivíduos da população e a libertam. Passado um tempo suficiente, se recapturan uma série de<br />

indivíduos da mesma população e analisa-se a relação entre os recapturados com respeito ao<br />

número total de capturados para estimar o tamanho da população (SEBER, 1982; WILLIAMS et<br />

al, 2002).<br />

Neste estudo 71% (N=124) dos exemplares da Classe Amphibia capturados foram marcados.<br />

Entre os indivíduos marcados, 104 indivíduos pertencem à família Strabomantidae, todos da<br />

espécie Barycholos ternetzi. A família Leiuperidae teve 17 espécies marcadas: Physalaemus<br />

cuvieri (N=9), Eupemphix nattereri (N=2), e Physalaemus centralis com 02 (N=2) espécimes<br />

marcados. (Figura 23). Até o presente momento não houve recaptura de espécimes de anfíbios.<br />

O objetivo deste tipo de marcação é estudar os parâmetros como marcação-recaptura do grupo<br />

em estudo. Este tipo de técnica é uma ferramenta eficaz, pois apresenta reduzidas taxas de perda<br />

da marcação, além de não produzir efeitos negativos sobre as espécies (GOLDSMITH et al.,<br />

2003; WALSH & WINKELMAN 2004; MEASEY et al. (2001).<br />

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68


120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 23. Abundância e riqueza dos anuros marcados com elastômero por família.<br />

Abaixo é apresentado um check-list fotográfico das espécies registradas durante a 3ª (terceira)<br />

campanha de levantamento da fauna da UHE Itumbiara (Fotos 49 a 67).<br />

Riqueza<br />

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Abundância<br />

Foto 49. Rhinella schneideri (sapo-cururu). Foto 50. Barycholos ternetzi (rã).<br />

69


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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 51. Dendropsophus nanus (perereca). Foto 52. Dendropsophus minutus (perereca).<br />

Foto 53. Hypsiboas multifasciatus (perereca). Foto 54. Hypsiboas albopunctatus (perereca).<br />

Foto 55. Hypsiboas raniceps (perereca). Foto 56. Eupemphix nattereri (rã-de-quatro-olhos).<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 57. Physalaemus cuvieri (rã-cachorro). Foto 58. Hypsiboas lundii (perereca).<br />

Foto 59. Leptodactylus latrans (rã-manteiga). Foto 60. Leptodactylus labyrinthicus (rã-pimenta).<br />

Foto 61. Leptodactylus mystacinus (caçote-vermelho). Foto 62. Leptodactylus podicipinus (caçote).<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 63. Leptodactylus syphax (caçote). Foto 64. Proceratophrys goyana (sapo-de-chifres).<br />

Foto 65. Leptodactylus hylaedactylus (razinha). Foto 66. Pseudis bolbodactyla (rã-d’água).<br />

Foto 67. Pseudopaludicola ternetzi (rãzinha).<br />

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Composição da comunidade de répteis<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Alguns autores afirmam que a fauna de répteis do Cerrado é regionalmente e localmente muito<br />

rica, com um número subestimado de riqueza e endemismos (NOGUEIRA & RODRIGUES,<br />

2006; COLLI et al. 2002, NOGUEIRA et al. 2005, NOGUEIRA, 2006). Segundo Diniz-Filho et<br />

al. (2007) estima-se que ocorram no Cerrado cerca de 193 espécies de répteis. Esta campanha<br />

apresentou apenas 10 espécies, confirmando assim 5,18% de representatividade em relação às<br />

espécies ocorrentes no bioma. Em relação à abundância, nota-se que dos 20 indivíduos de répteis<br />

registrados, 10 (50%) foram avistados. (Figura 24). O método de captura foi dividido em pit-fall<br />

e captura manual, sendo que o primeiro obteve 09 (nove) (45%) registros e o segundo apenas 1<br />

(um) (5%). Os pit-falls foram montados de duas formas quanto à disposição dos baldes: “linha” e<br />

“Y”, neste sentido o pit-fall “linha” capturou maior número de indivíduos do que o pit-fall “Y”<br />

que registrou apenas um indivíduo.<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Pit -fall Cap AV<br />

Riqueza<br />

Figura 24. Registro de répteis por metodologia adotada na 3ª (terceira) campanha.<br />

Legenda: AV = Avistamento e Cap = Captura.<br />

Em relação ao padrão de abundância e riqueza das famílias de répteis registrados nesta<br />

campanha, nota-se que a família Teiidae obteve a maior abundância com 35% (N=7) dos<br />

exemplares registrados, seguida por Viperidae 20% (N=4) dos 20 répteis registrados. As demais<br />

famílias (Boidade, Tropiduridade Scincidae e Gymnophitalmidade) apresentaram 02 (dois)<br />

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Abundância<br />

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UHE Itumbiara<br />

indivíduos catalogados cada (40%). E a família Anomalepididae apenas 01 (um) resgistro cada<br />

(5%).<br />

Em relação à riqueza de espécies, as famílias Teiidae, Boidae e Viperidae apresentaram os<br />

mesmos valores, com o registro de 02 (duas) espécies (28,57%). As demais famílias<br />

apresentaram apenas o registro de 01 (uma) espécie (Figura 25).<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Riqueza<br />

Figura 25. Padrão de abundância e riqueza das famílias de répteis registradas nesta 3ª<br />

(terceira) campanha.<br />

Os maiores valores de abundância dos répteis para a 3ª (terceira) campanha estão relacionados ao<br />

sucesso de amostragem para a subordem Lacertilia (lagartos) com a presença das famílias,<br />

Gymnophtalmidae, Teiidae e Tropiduridae. Este grupo (lagartos) constitui um dos grupos mais<br />

ricos e diversificados de répteis (SILVA & ARAÚJO, 2008). Os lagartos da família<br />

Gymnophtalmidae são tipicamente terrestres e vivem no folhiço da mata, sobre o solo, existindo<br />

aquelas espécies que são totalmente psamófilas (que vivem em solos arenosos) (FREITAS &<br />

SILVA, 2007). Neste estudo, foi registrada 01 (uma) espécie, Colobosaura modesta (lagartinho-<br />

de-folhiço). Os lagartos da família Teiidae são exclusivos das Américas, estando representados<br />

por cerca de 200 espécies com os mais variados hábitos de vida. Apesar da riqueza de formas e<br />

importância que desempenham em várias comunidades, pouco se conhece do comportamento e<br />

biologia reprodutiva dos teiideos (LOPES, 1986 apud SILVA & COSTA, 2005). Na 3ª (terceira)<br />

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Abundância<br />

74


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UHE Itumbiara<br />

campanha realizada foram registradas 02 (duas) espécies de teiideos, Ameiva ameiva (calango-<br />

verde) e Tupinambis merianae (teiú).<br />

Apesar de as serpentes serem de difícil observação, pois apresentam baixas densidades<br />

populacionais e períodos de inatividade, além de hábitos crípticos e alimentação esporádica<br />

(PARKER & PLUMMER, 1987), nesta campanha foi registrada 04 (quatro) espécies da<br />

subordem Ophidia, Boa constrictor (jibóia), Eunectes murinus (sucuri), Crotalus durissus<br />

(cascavel) e Bothrops moojeni (jararaca).<br />

Para a ordem Testudines não houve nenhum registro da família Chelidae. Esta família é a mais<br />

rica da ordem Testudines com 23 espécies, destas, 20 ocorrem no Brasil (SBH, 2011).<br />

As espécies de répteis mais abundantes foram: Ameiva ameiva (calango-verde) com 25% (N=5)<br />

e Crotalus durissus (cascavel) com 15% (N=3) dos exemplares catalogados. Em seguida tem-se<br />

Colobosaura modesta (lagartinho-de-folhiço), Mabuya nigropunctata, Tupinambis merianiae e<br />

Tropidurus oreadicus, com 10% (N=2) cada. As outras espécies apresentaram apenas um<br />

registro (Figura 26).<br />

Abundância<br />

5<br />

4,5<br />

4<br />

3,5<br />

3<br />

2,5<br />

2<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

0<br />

Figura 26. Abundância dos répteis catalogados.<br />

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UHE Itumbiara<br />

Em relação aos ambientes amostrados para o grupo dos répteis, é possível constatar que os<br />

ambientes de mata semidecídua e cerrado obtiveram as maiores abundâncias 45% (N=9) e 35%<br />

(N=7) respectivamente, seguido do cerradão com 15% (N=3) e do ambiente aquático com 5%<br />

(N=1) de representatividade em relação ao total de exemplares catalogados (N=20). Em relação à<br />

riqueza de espécies o ambiente de mata semidecídua também foi o mais representativo com 07<br />

(sete) espécies catalogadas (35%) num total de 17 registradas para a Classe Reptilia (Figura 27).<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

Figura 27. Ambientes amostrados para o grupo de répteis nesta 3ª (terceira) campanha.<br />

Legenda: MG = Mata de Galeria, MS = Mata Semidecidual, CE = Cerrado, CD =<br />

Cerradão, AT = Ambiente antrópico e AA = Ambiente Aquático.<br />

Em relação aos sítios amostrais, observa-se que o sítio 4 foi o mais abundante com 6 (seis)<br />

indivíduos catalogados, os sítios 7 e 8 com 4 (quatro) indivíduos cada. Os sítios 6 e 3<br />

apresentaram menores valores de abundância com 3 (três) e 2 (dois) indivíduos respectivamente.<br />

Não houve nenhum registro para os sítios 1 e 2, e estes pontos normalmente apresentam baixa<br />

riqueza de reptíleos (Figura 28).<br />

MS CE CD AA<br />

Riqueza<br />

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Abundância<br />

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UHE Itumbiara<br />

Figura 28. Abundância e riqueza dos pontos amostrais nesta 3ª (terceira) campanha.<br />

O cluster de similaridade para os répteis registrados na terceira campanha de levantamento da<br />

UHE Itumbiara foi montado, deste modo foi possível observar que os sítios amostrais 3 e 4; 5 e 7<br />

foram os mais similares com 50% de similaridade pelo índice de Jaccard. Os outros sítios<br />

amostrais apresentaram baixa similaridade entre si, o que se deve aos poucos indivíduos<br />

encontrados na campanha, assim vários Sítios Amostrais não apresentaram similaridade entre si<br />

(Figura 29 e Quadro 9).<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 29. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA).<br />

Quadro 9. Valores de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA).<br />

SA 03 SA 04 SA 05 SA 06 SA 07 SA 08<br />

SA 03 * 50 0 33,3333 0 0<br />

SA 04 * * 0 20 0 33,3333<br />

SA 05 * * * 0 50 25<br />

SA 06 * * * * 0 0<br />

SA 07 * * * * * 20<br />

SA 08 * * * * * *<br />

Alguns répteis capturados tiveram seus padrões anotados, tais como: espécie, pontos de captura,<br />

ambiente, sexo, peso, destino (soltura) e dados biométricos do animal (Quadro 10). Assim como<br />

para os anfíbios, foi utilizada a marcação de polímero de elastômero para o grupo dos répteis<br />

com a finalidade de estudar os parâmetros como marcação-recaptura do grupo em estudo.<br />

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Quadro 10. Ficha de biometria dos répteis capturados na 3ª (terceira) campanha de Levantamento.<br />

DATA SÍTIO AMOSTRAL ESPÉCIE AMB, CRC CCA LCA CCD UM RA FE TI TA PS ID SX MA DESTINO<br />

31/03/12 08 Tropidurus oreadicus MS 32,5 49,4 9,3 7,1 6,1 5,0 7,2 6,7 4,7 1,2 J I ER S<br />

31/03/12 06 Ameiva ameiva MS 85,0 215,0 19,8 10,0 15,6 11,7 20,5 21,0 10,9 25,0 J I ER S<br />

04/04/12 04 Ameiva ameiva CE 70,3 141,4 16,3 10,1 10,1 7,2 15,2 16,3 9,1 10,1 J I ER S<br />

06/04/12 04 Ameiva ameiva CE 49,6 95,1 12,5 9,3 8,1 6,5 10,2 8,1 6,2 6,0 J I ER S<br />

07/04/12 04 Ameiva ameiva CE 70,6 174,0 19,6 11,1 12,5 9,3 17,5 16,4 10,1 17,0 A I ER S<br />

07/04/12 04 Mabuya nigropuctata CE 57,6 119,1 14,6 13,2 8,4 10,3 12,2 10,2 6,2 15,0 A I ER S<br />

08/04/12 03 Colobossaura modesta CD 40,0 84,1 8,0 5,0 5,7 3,6 5,1 5,0 3,7 0,7 J I S<br />

08/04/12 04 Ameiva ameiva CE 116,0 257,5 31,4 15,7 19,2 13,1 27,4 24,1 14,4 50,0 J I ER S<br />

08/04/12 04 Tropidurus oreadicus CE 46,0 69,8 13,0 9,7 9,3 6,8 12,5 9,4 5,5 2,9 J I S<br />

Legenda: SA = Sítio amostral, VR = Varredura, AQ = Armadilha de queda (pitfall), AMB. = ambiente; MG = mata de galeria, MC = mata ciliar MS = mata semidecidual, CE =<br />

cerrado, CD = cerradão, AA = ambiente aquático, AT = ambiente antropizado. CRC = comprimento rostro-cloaca, CCa = comprimento da cabeça, LCa = largura da cabeça, UM =<br />

úmero, RA = rádio, FE = fêmur, TI = tíbia, SX = Sexo (M/F), ID = Idade (J: jovem, A: adulto), PS = Peso, MA = marcação, ER = elastômero rosa.<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Monitoramento da Fauna<br />

de Vertebrados Terrestres<br />

Fase Pós-enchimento<br />

UHE Itumbiara<br />

A marcação com elastômero foi utilizada em 07 (sete) indivíduos da Classe Reptilia, sendo 4<br />

(quatro) no sítio 4; 1 (um) no sítio 6 e 1 (um) no sítio amostral 8. Os indivíduos marcados são da<br />

família Teiidae espécie Ameiva ameiva (calango verde), Scincidae espécie Mabuya<br />

nigropunctata e Tropiduridae espécie Tropidurus oreadicus. Estes espécimes tiveram a mesma<br />

marcação que os anfíbios (cor rosa) (Foto 68).<br />

Foto 68. Marcação com elastômero rosa (Ameiva ameiva).<br />

A seguir o check list fotográfico dos répteis registrados nesta campanha (Fotos 69 a 76).<br />

Foto 69. Liotyphlops ternetzi (cobra da terra). Foto 70. Colobosaura modesta (lagartinho-de-folhiço).<br />

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80


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 71. Mabuya nigropunctata (calango- liso). Foto 72. Ameiva ameiva (calango-verde).<br />

Foto 73. Tropidurus oreadicus (calango). Foto 74. Boa constrictor (jibóia).<br />

Foto 75. Crotalus durissus (cascavel). Foto 76. Bothrops moojeni (jararaca).<br />

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4.3. Considerações Finais<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

A 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara foi finalizada com o registro de 31<br />

espécies de anfíbios e répteis e uma estimativa de riqueza de Jacknife 1 de 41 espécies. Nesta<br />

campanha foram registradas mais 04 (quatro) espécies (Pseudopaludicola ternetzi, Leptodactylus<br />

hylaedactylus, Liotyphlops ternetzii e Eunectes murinus) que não haviam sido registradas nas<br />

campanhas anteriores. A baixa abundância apresentada na 3ª (terceira) campanha de<br />

levantamento da UHE Itumbiara deve-se principalmente ao período em que a campanha foi<br />

realizada, uma vez que, as atividades de campo aconteceram no final da estação chuvosa,<br />

período em que a maioria das espécies de anfíbios já concluiu o seu ciclo reprodutivo (exceto as<br />

espécies que não dependem da sazonalidade para a reprodução). Segundo Aichinger (1987), o<br />

período de reprodução é altamente afetado pela distribuição das chuvas, principalmente porque a<br />

disponibilidade de sítios aquáticos para reprodução é maior durante a estação chuvosa. Anfíbios<br />

neotropicais são extremamente dependentes da precipitação. Um único fator físico, distribuição<br />

de chuvas, regula os padrões de atividade reprodutiva dos anuros em áreas tropicais que são<br />

caracterizadas por uma pronunciada estação seca (HEUSSER, 1969 apud AICHINGER, 1987;<br />

HEYER, 1973; ZIMMERMAN & RODRIGUES, 1990).<br />

As listas de conservação animal e vegetal internacional (CITES, 2011 e IUCN, 2011) e nacional<br />

(MACHADO et al., 2008) foram consultadas para verificar o status de conservação das espécies<br />

registradas na terceira campanha de levantamento da UHE Itumbiara. Assim nenhuma espécie<br />

encontra-se vulnerável a nível nacional, porém a jibóia (Boa constrictor) e o teiú (Tupinambis<br />

merianae) encontram-se na lista do CITES, nos Apêndices I e II, respectivamente.<br />

Esta foi à 3ª (terceira) campanha de levantamento na área do reservatório e a expectativa para as<br />

novas campanhas é de que novas espécies de anfíbios e répteis sejam incorporadas ao check-list<br />

geral. A próxima campanha (Quarta) encerrará o ciclo sazonal de 01 (um) ano do Levantamento<br />

da UHE Itumbiara e esta atividade será realizada na estação seca, assim a tendência é de que<br />

poucas espécies ou nenhuma espécie seja incorporada na próxima campanha, uma vez que estes<br />

grupos estão diretamente relacionados às fontes hídricas.<br />

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4.4. Referências Bibliográficas<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

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UHE Itumbiara<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

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5. AVIFAUNA<br />

5.1. Metodologia<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Assim como nos demais grupos taxonômicos a metodologia desenvolvida em campo seguiu o<br />

Termo de Referência redigido por FURNAS (2010). Deste modo três técnicas de amostragem<br />

foram desenvolvidas para este estudo, Censo por Pontos, Censo por transectos de Varredura e<br />

Capturas com redes ornitológicas. A amostragem foi realizada em 08 (oito) sítios amostrais,<br />

apresentados na Apresentação deste documento, sendo destinados 02 (dois) dias de amostragem<br />

por cada ponto, totalizando um esforço de 16 dias por campanha. Os transectos e locais de<br />

instalação de redes de neblina foram os mesmos das campanhas anteriores.<br />

O censo por pontos permite obter medidas de composição da comunidade e densidade de<br />

espécies. Em cada sítio amostral foram selecionados pontos distantes entre si (>200 m de<br />

distância para evitar sobreposição), em que o biólogo permaneceu 30 minutos nas primeiras<br />

(período matutino) e últimas horas (período vespertino) do dia, durante todos os dias de cada<br />

campanha, anotando todas as espécies visualizadas e escutadas. Os censos foram realizados nos<br />

mesmos locais da campanha anterior. O esforço de amostragem pelo censo por pontos foi 03<br />

(três) horas/dia em cada sítio amostral, totalizando 48 horas nessa campanha.<br />

Já o censo de transectos por varredura consistiu em deslocamentos (transectos) de 1,5 km de<br />

extensão (Foto 77 e Quadro 11), a uma velocidade média de 1,5 km/h e todas as espécies deste<br />

grupo avistadas e/ou identificadas por meio de vocalizações foram registradas. Um gravador<br />

portátil associado a um microfone unidirecional (Foto 78) foi utilizado para o registro sonoro de<br />

aves com dúvida taxonômica. Os transectos foram desempenhadas nas primeiras (5:30 às 9:00) e<br />

últimas horas do dia (16:30 às 19:30), período de maior mobilidade das aves. O inicio e final dos<br />

transectos foram georreferenciados e estes foram os mesmos da campanha anterior. O esforço de<br />

amostragem por transectos de varredura foi de 06 horas/dia em cada sítio amostral, e ao final<br />

dessa campanha foi de 96 horas.<br />

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Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Quadro 11. Descrição dos transectos realizados na 3ª (terceira) campanha de levantamento.<br />

SA 01 Mata Semidecídua e pastagem<br />

SA 02 Mata de Galeria, represas artificiais<br />

SA 03 Cerradão, reservatório e Cerrado<br />

SA 04 Cerrado Típico, pastagem<br />

SA 05<br />

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Coordenadas geográficas (UTM)<br />

Transectos<br />

Ambientes Início Final<br />

Mata Semidecídua, pastagem, mata de galeria e<br />

represa artificial<br />

SA 06 Mata Semidecídua, pastagem e rio Piracanjuba<br />

SA 07 Mata Semidecídua, pastagem<br />

SA 08<br />

Mata Semidecídua, mata de galeria, pastagem e<br />

represa artificial<br />

22K 0713053 e<br />

7961733<br />

22K 0752611 e<br />

7960644<br />

22K 0783980 e<br />

7967853<br />

22K 0767932 e<br />

7970281<br />

22K 0747342 e<br />

7972489<br />

22K 0732567 e<br />

7985059<br />

22K 0710654 e<br />

7975021<br />

22K 0722270 e<br />

7982686<br />

22K 0714137 e<br />

7962653<br />

22K 0750937 e<br />

7961186<br />

22K 0784444 e<br />

7968782<br />

22K 0768531 e<br />

7969335<br />

22K 0746788 e<br />

7973866<br />

22K 0733119 e<br />

7985756<br />

22K 0711790 e<br />

7973847<br />

22K 0722441 e<br />

7983634<br />

Foto 77. Utilização de binóculo nos transectos. Foto 78. Uso de gravador e microfone unidirecional.<br />

Também foram realizados 04 (quatro) transectos de barco (Foto 79), para o levantamento de<br />

aves aquáticas na área do reservatório (Quadro 12). Assim cada transecto foi percorrido por<br />

duas vezes em cada campanha, com a duração de 04 (quatro) horas/por transecto. Assim o<br />

esforço amostral total foi de 32 horas/campanha.<br />

89


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 79. Uso de barco para as transecções aquáticas.<br />

Quadro 12. Descrição dos transectos aquáticos realizados na 3ª (terceira) campanha de Levantamento.<br />

Transecto<br />

Aquático (TA)<br />

TA 01<br />

TA 02<br />

TA 03<br />

TA 04<br />

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Coordenadas geográficas (UTM)<br />

Transectos<br />

Ambientes Início Final<br />

Foz do rio Corumbá com o Paranaíba até a margem<br />

mais próximo do SA01<br />

Foz do rio Corumbá com o Paranaíba até a foz do<br />

Piracanjuba com o Corumbá<br />

Ponte do Quinca Mariano (rio Paranaíba) até o<br />

SA02 no rio das Velhas<br />

Ponte do Quinca Mariano até a foz do rio<br />

Veríssimo com o Paranaíba<br />

22K 0721452 e<br />

7978451<br />

22K 0721452 e<br />

7978451<br />

22K 0757602 e<br />

7972673<br />

22K 0757602 e<br />

7972673<br />

22K 0711355 e<br />

7962500<br />

22K 0732375 e<br />

7986142<br />

22K 0753911 e<br />

7959958<br />

22K 0781236 e<br />

7966528<br />

O outro método utilizado foi o de capturas por redes de neblina (Fotos 80 e 81 e Quadro 13).<br />

Esta técnica consistiu na utilização de 09 (nove) redes de neblina com 7 x 2m e de malha de<br />

30mm, abertas em linha ou entremeadas nas galhadas localizadas no interior das matas. Esta<br />

atividade teve um esforço amostral diário de oito horas, nos intervalos das 6 às 11h e das 16:00<br />

às 19:00h (conforme licença de fauna nº070/2011), sendo vistoriadas de meia em meia hora. As<br />

redes ficaram instaladas por dois dias em cada sítio amostral, perfazendo um esforço amostral de<br />

16 horas/sítio amostral e um esforço total de 128 horas/campanha.<br />

90


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 80. Montagem de rede de neblina. Foto 81. Ave capturada em rede neblina.<br />

As aves capturadas em rede neblina foram cuidadosamente removidas da mesma (Foto 82),<br />

acondicionadas em saco de pano, para identificação, tomada de dados biométricos (Foto 83 a<br />

84), pesagem, anilhamento (Foto 85), registro fotográfico com posterior soltura. Para o<br />

anilhamento das aves foi elaborado um projeto junto ao CEMAVE, para que as aves capturadas<br />

no local fossem marcadas com anilhas metálicas numeradas e concedidas pelo órgão (ANEXO<br />

II).<br />

Foto 82. Retirada de ave capturada em rede de neblina. Foto 83. Tomada de dados biométricos.<br />

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91


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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 84. Materiais utilizados para o anilhamento. Foto 85. Anilhamento de ave.<br />

Quadro 13. Redes de Neblina instaladas na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara.<br />

Sítio Amostral Ambiente Final<br />

SA 01 – Rede A Mata Semidecidual 22K 0713537 e 7961911<br />

SA 01 – Rede B Mata Semidecidual 22K 0713574 e 7961942<br />

SA 02 – Rede A Mata de Galeria 22K 0751540 e 7961161<br />

SA 02 – Rede B Mata de Galeria 22K 0751587 e 7961159<br />

SA 03 – Rede A Mata de galeria 22K 0784266 e 7968489<br />

SA 03 – Rede B Cerradão 22K 0784173 e 7968292<br />

SA 04 – Rede A Cerrado típico 22K 0768341 e 7969735<br />

SA 04 – Rede B Cerrado típico 22K 0768292 e 7969877<br />

SA 05 – Rede A Mata de galeria 22K 0746564 e 7973021<br />

SA 05 – Rede B Mata Semidecidual 22K 0746366 e 7973318<br />

SA 06 – Rede A Mata Semidecidual 22K 0732466 e 7985473<br />

SA 06 – Rede B Mata Semidecidual 22K 0732467 e 7985530<br />

SA 07 – Rede A Mata Semidecidual 22K 0711300 e 7973626<br />

SA 07 – Rede B Mata Semidecidual 22K 0711167 e 7973787<br />

SA 08 – Rede A Mata Semidecidual 22K 0722400 e 7983191<br />

SA 08 – Rede B Mata de Galeria 22K 0722305 e 7982622<br />

As análises utilizadas para a confecção deste relatório foi igual aos demais táxons trabalhados<br />

neste levantamento faunístico da UHE Itumbiara. Assim as aves catalogadas nesta campanha<br />

foram analisadas com relação aos status de endemismo, migração, abundância, riqueza, além do<br />

uso de algumas ferramentas estatísticas, como os Índices de Diversidade Shannon,<br />

Equitabilidade, Similaridade entre os pontos, Jack-knife 1 associado à Curva de Acumulação<br />

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92


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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

(Curva Coletora). Estas análises foram elaboradas com o uso do programa Biodiversity PRO<br />

(GOTELLI & COWELL, 2001) A nomenclatura das aves seguiu o Comitê Brasileiro de<br />

Registros Ornitológicos (CBRO, 2011).<br />

5.2. Resultados e Discussão<br />

Atualmente no território brasileiro são conhecidas 1.832 espécies de aves (CBRO, 2011), sendo<br />

o segundo país com maior diversidade em aves e o primeiro em espécies ameaçadas de extinção.<br />

Mittermeier et al., (2000) considera o Cerrado como um “hotspot”, ou seja, uma área de interesse<br />

de conservação com elevado índice de endemismo. Silva (1995) relata a presença de 837<br />

espécies de aves para o Cerrado, porém estes dados estão defasados, em decorrência<br />

principalmente da carência de check-lists atualizados sobre o bioma.<br />

Na terceira campanha de levantamento da UHE Itumbiara foram catalogadas 1.244 indivíduos<br />

através dos métodos auditivos, visuais e captura em 16 dias de atividades, sendo registradas 138<br />

espécies de aves de 23 ordens e 53 famílias (Quadro 16). Este número representa cerca 16,4%<br />

das aves descritas para o bioma Cerrado (SILVA & BATES, 2002). Das 52 famílias registradas<br />

para esta campanha, 22 famílias são de aves passeriformes e 31 de não passeriformes sendo que<br />

as famílias com maior número de espécies são: Tyrannidae (15 ssp), Thraupidae (15 ssp) e<br />

Ardeidae (8 ssp) (Figura 30).<br />

Dos 1.244 exemplares registrados nesta campanha o maior percentual de ocorrência (P.O.)<br />

ocorreu para o biguá (Phalacrocorax brasilianus) com 8,85% dos indivíduos registrados.<br />

Seguido do garça-branca-grande (Ardea alba) com 7,16% e do graúna (Gnorimposar chopi) com<br />

5,85%. Enquanto que 17 espécies tiveram um único registro na 3ª (terceira) campanha de<br />

levantamento e representaram 0,08% do total de indivíduos registrados (Figura 31).<br />

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93


160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 30. As 11 famílias mais representativas para a 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento.<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

Figura 31. As 11 espécies mais abundantes para a a 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento.<br />

Para a composição do check-list avifaunístico foram desempenhadas atividades terrestres e<br />

aquáticas, de modo que os censos por terra aconteceram nos 08 (oito) sítios amostrais sugeridos<br />

no PLFTA (FURNAS, 2010), através de censo por ponto fixo, por varredura e capturas. Já o<br />

censo aquático consistiu em transecções de barco, em que os indivíduos avistados eram<br />

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94


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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

catalogados. Assim 74,47% (N=925) dos indivíduos registrados na campanha foram registrados<br />

nas amostragens por terra.<br />

Dos oito sítios amostrais, os maiores valores de riqueza e abundância ocorreram para o Sítio<br />

Amostral 08 (SA08), localizado nas proximidades do Lago das Brisas, assim como na campanha<br />

anterior. Neste ponto foram registrados 195 exemplares de 74 espécies diferentes, através dos<br />

métodos de captura, censo por varredura e ponto fixo, enquanto que o SA05 apresentou a<br />

segunda maior riqueza com 53 espécies. O sítio amostral 06 apresentou o menor valor de riqueza<br />

com 19 espécies e menor abundância com 57 indivíduos registrados (Figura 32 e Quadro 15).<br />

Os valores de abundância e riqueza estão diretamente relacionados às condições<br />

fitofisionômicas, disponibilidade de recursos alimentares e grau de preservação de habitat. Nesta<br />

terceira campanha, assim como a segunda, ficou claro que a maior riqueza esteve relacionada ao<br />

maior número fitofisionomias identificadas por ponto, ou seja, Sítios Amostrais, como o SA08,<br />

que apresenta ambientes, como mata de galeria, ambiente aquático, mata semidecidual e<br />

ambiente antrópico obteve valores de riqueza e abundância superiores aos demais pontos.<br />

200<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

Figura 32. Riqueza e abundância por Sítio Amostral (SA).<br />

Riqueza<br />

O programa Biodiversity-Pro foi utilizado para averiguar a similaridade entre os sítios amostrais,<br />

desta forma podemos observar que a maior similaridade aconteceu entre os Sítios 01 e 02 com<br />

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Abundância<br />

95


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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

57,83%, enquanto que a menor similaridade aconteceu entre o SA03 e SA06 com 9,09%. A<br />

similaridade média entre os pontos foi baixa, porém foi maior que a da campanha passada, com<br />

valor de 43,54%, demonstrando, também, que houve uma complementaridade entre os pontos,<br />

resultando em uma elevada riqueza de aves para a área da UHE Itumbiara (Figura 33 e Quadro<br />

14).<br />

Figura 33. Cluster de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento da UHE Itumbiara.<br />

Quadro 14. Valores de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA).<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

SA01 * 57,83 17,39 44,74 49,48 34,92 56,79 50,42<br />

SA02 * * 25,00 53,52 47,83 31,03 55,26 47,37<br />

SA03 * * * 10,53 15,38 9,09 25,81 24,00<br />

SA04 * * * * 42,35 47,06 46,38 35,51<br />

SA05 * * * * * 33,33 48,89 50,00<br />

SA06 * * * * * * 35,71 27,66<br />

SA07 * * * * * * * 48,21<br />

SA08 * * * * * * * *<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Também foi utilizado o índice de Diversidade Shannon associado ao índice de Equitabilidade<br />

entre os Sítios Amostrais. Deste modo o maior valor de Shannon detectado aconteceu no Sítio<br />

Amostral 08 com valor de 1,76, enquanto que o menor valor foi de 1,11 para o Sítio Amostral<br />

06. Os sítios amostrais apresentaram-se bastante homogêneos, assim como na campanha<br />

passada, em que poucas espécies destoaram das demais com relação a abundância, assim o<br />

valores de Equitabilidade foram altos, tendo SA02 o maior valor com 0,97, enquanto que o valor<br />

mais baixo de Equitabilidade foi de 0,82 para o SA03 (Figura 34 e Quadro 15).<br />

2<br />

1,8<br />

1,6<br />

1,4<br />

1,2<br />

1<br />

0,8<br />

0,6<br />

0,4<br />

0,2<br />

0<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

Shannon<br />

Equitabilidade<br />

Figura 34. Diversidade Shannon e Equitabilidade dos 08 (oito) sítios amostrais.<br />

Quadro 15. Valores Riqueza, Abundância, Diversidade Shannon e Equitabilidade.<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

Shannon 1,586 1,544 1,155 1,354 1,613 1,111 1,519 1,769<br />

Equitabilidade 0,965 0,97 0,826 0,899 0,936 0,869 0,969 0,946<br />

Riqueza 44 39 25 32 53 19 37 74<br />

Abundância 98 70 106 132 169 57 100 195<br />

Para incorporar a composição avifaunística no levantamento de Fauna da UHE Itumbiara foram<br />

realizados 04 (quatro) Transectos Aquáticos (TA) nos principais tributários do rio Paranaíba,<br />

represados pela UHE Itumbiara. Assim foram 16 espécies de aves através dos transectos<br />

aquáticos, em que o transecto mais eficiente ocorreu no TA03, onde foram registradas 12<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

espécies e 243 exemplares, enquanto que no transecto TA02 realizado no rio Corumbá até a foz<br />

do rio Piracanjuba foram registrados 7 indivíduos de 02 (duas) espécies diferentes (Figura 35).<br />

Estes resultados também haviam sido relatados nas campanhas anteriores, em que o rio Corumbá<br />

e seus afluentes agregam poucas espécies de aves aos seus redores, enquanto que no Transecto<br />

Aquático 3, próximo a foz do rio Paranaíba, encontram-se várias espécies de aves,<br />

principalmente nas lagoas marginais que se formam na margem do rio Paranaíba.<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

TA01 TA02 TA03 TA04<br />

Figura 35. Riqueza e abundância por Transecto Aquático (TA).<br />

Riqueza<br />

Para averiguar os status das aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE<br />

Itumbiara algumas referências bibliográficas foram utilizadas, como SILVA (1995), SICK<br />

(1997), BRAZ & CAVALCANTI (2001) e NUNES & TOMAS (2008), deste modo foram<br />

determinadas 06 (seis) classes; nômades, migratórias intracontinentais e intercontinentais,<br />

residentes, endêmicos e exóticos. Assim 70,8% (N=97) das espécies registradas são residentes e<br />

27,7% (N=38) fazem algum tipo de deslocamento migratório. Dentre os residentes destacam-se<br />

03 (três) espécies endêmicas do bioma Cerrado, o soldadinho (Antilophia galeata), bico-de-<br />

pimenta (Saltatricula atricollis) e a fura-barreira (Hylocryptus rectirostris). Estas espécies não se<br />

encontram em nenhuma lista de espécies ameaçadas de extinção, mas naturalmente já<br />

apresentam uma limitação geográfica em sua distribuição (Figura 36 e Quadro 16).<br />

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Abundância<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Dentre as espécies migratórias destacam-se as espécies que fazem migração intercontinental, que<br />

migram do Hemisfério Norte para o Sul, assim na área do levantamento foram registradas 02<br />

(duas) espécies com este tipo de deslocamento, a águia-pescadora (Pandion haliaetus) e o<br />

gavião-peregrino (Falco peregrinus).<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Figura 36. Status das aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da<br />

UHE Itumbiara.<br />

A 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara teve a duração de 16 dias de<br />

atividades em campo, em que foram contabilizadas 138 espécies de aves. Com base nestas<br />

informações foi feito o calculo de Jack-knife 1 associado à curva de acumulação, deste modo a<br />

estimativa de Jack-knife 1 foi de 187,63 espécies de aves para a área de estudo. Observando as<br />

curvas percebe-se que estas continuam em ascensão, principalmente a curva de acumulação<br />

(Figura 37). Estes resultados eram esperados, já que esta é a 3ª (terceira) campanha de<br />

levantamento da UHE Itumbiara e a medida que o esforço amostral na área do reservatório<br />

aumente, as curvas tendem a estabilizar. Por isso é fundamental a continuidade do levantamento,<br />

para que novas espécies sejam incorporadas ao check-list deste trabalho. Nesta campanha foram<br />

registradas 08 (oito) espécies que não haviam sido registradas nas campanhas anteriores.<br />

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200<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16<br />

Abundância<br />

Jack-Knife 1<br />

Figura 37. Jack-knife 1 e curva de acumulação da 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento.<br />

A seguir segue um check-list fotográfico com as aves registradas na 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento da Fauna de Vertebrados Terrestres e Aquáticos (Fotos 86 a 109).<br />

Foto 86. Brotogeris chiriri (periquito-de-encontro-amarelo). Foto 87. Bubo virginianus (jacurutu).<br />

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100


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 88. Colonia colonus (viuvinha). Foto 89. Jabiru mycteria (tuiuiú).<br />

Foto 90. Mycteria americana (cabeça-seca). Foto 91. Diopsittaca nobilis (maracanã-pequena).<br />

Foto 92. Anthus lutecens (caminheiro-zumbidor). Foto 93. Xolmis velatus (noivinha-branca).<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 94. Sturnella superciliaris (polícia-inglesa-do-sul). Foto 95. Pandion halieatus (águia-pescadora),espécie<br />

migratória do Hemisfério Norte.<br />

Foto 96. Arundinicola leucocephala (freirinha), fêmea. Foto 97. Sporophila collaris (coleiro-do-brejo).<br />

Foto 98. Tigrisoma lineatum (socó-boi-escuro), jovem. Foto 99. Heterospizias meridionalis (gavião-cabloco).<br />

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102


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 100. Dacnis cayana (saí-azul), macho. Foto 101. Galbula ruficauda (bico-de-agulha), macho.<br />

Foto 102. Crax fasciolata (mutum-de-penacho), casal, na<br />

armadilha fotográfica.<br />

Foto 103. Machetornis rixosa (suiriri-cavaleiro).<br />

Foto 104. Falco sparverius (quiriquiri). Foto 105. Falco peregrinus (falcão-peregrino), espécie<br />

migratória do Hemisfério Norte<br />

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103


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 106. Anhinga anhinga (biguatinga). Foto 107. Myiarchus ferox (maria-cavaleira).<br />

Foto 108. Donacobius atricapilla (japacanim). Foto 109. Icterus pyrrhopterus (encontro).<br />

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104


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Monitoramento da Fauna<br />

de Vertebrados Terrestres<br />

Fase Pós-enchimento<br />

UHE Itumbiara<br />

Quadro 16. Espécies de aves registradas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara.<br />

Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

Tinamiformes Huxley, 1872<br />

Tinamidae Gray, 1840 (3)<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

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(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

105<br />

Ambientes Status<br />

Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) jaó av, vc 0,1608 5, 8 MS R<br />

Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) inhambu-chororó av, vc 0,5627 1,2,3,5,7,8 MS, MG, AT R<br />

Anseriformes Linnaeus, 1758<br />

Anatidae Leach, 1820 (4)<br />

*Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê av 1,4469 3 AT INTRA<br />

*Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) asa-branca av 0,9646 3 AT INTRA<br />

*Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato av 1,3666 3 1 AH NO<br />

*Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho av 2,0096 3 AT, Vôo NO<br />

Galliformes Linnaeus, 1758<br />

Cracidae Rafinesque, 1815 (1)<br />

Crax fasciolata (Spix, 1825) mutum-de-penacho av 0,2412 1 MS R<br />

Podicipediformes Fürbringer, 1888<br />

(1)<br />

Podicipedidae Bonaparte, 1831<br />

*Tachybaptus dominicus (Linnaeus, 1766) mergulhão-pequeno av 0,0804 1 AH INTRA<br />

Ciconiiformes Bonaparte, 1854


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

Ciconiidae Sundevall, 1836<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

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(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

106<br />

Ambientes Status<br />

Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) tuiuiú av 0,5627 5 AH INTRA<br />

Mycteria americana (Linnaeus, 1758) cabeça-seca av 0,9646 5, 8 3 AT, AH INTRA<br />

Suliformes Sharpe, 1891<br />

1849 (1)<br />

Phalacrocoracidae Reichenbach,<br />

*Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá av 8,8424 1, 3, 4 AH INTRA<br />

(1)<br />

Anhingidae Reichenbach, 1849<br />

*Anhinga anhinga (Linnaeus, 1766) biguatinga av 0,9646 3, 4 AH INTRA<br />

Pelecaniformes Sharpe, 1891<br />

Ardeidae Leach, 1820 (8)<br />

*Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu av 0,1608 3 AH R<br />

*Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho av 0,4823 5 3, 4 AH R<br />

*Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira av 1,1254 8 4 AT, AH NO<br />

*Ardea cocoi (Linnaeus, 1766) garça-moura av 1,8489 5 1, 3, 4 AH NO<br />

*Ardea alba (Linnaeus, 1758) garça-branca-grande av 7,1543 5 1, 3, 4 AH INTRA<br />

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira av 1,2058 3 AH R<br />

*Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) socó-boi-escuro av 0,0804 5 AH R<br />

*Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena av 0,1608 5 AH R


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

Threskiornithidae Poche, 1904 (2)<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

107<br />

Ambientes Status<br />

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca av 1,4469 2,4,5,8 AT, Vôo R<br />

*Platalea ajaja (Linnaeus, 1758) colhereiro av 0,2412 3 AH INTRA<br />

Cathartiformes Seebohm, 1890<br />

Cathartidae Lafresnaye, 1839 (3)<br />

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha av 0,4823 1,5 AT, Vôo R<br />

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta av 2,2508 1,2,4,7,8 MS, MG, AT, Vôo R<br />

Accipitriformes Bonaparte, 1831<br />

Pandionidae Bonaparte, 1854 (1)<br />

*Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758) águia-pescadora av 0,3215 1,3 AH, Vôo INTER<br />

Accipitridae Vigors, 1824 (3)<br />

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) gavião-caboclo av, vc 0,4823 1,5,7,8 MS, AT, Vôo R<br />

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó av, vc 0,8842 1,2,4,5,6,7,8<br />

Falconiformes Bonaparte, 1831<br />

Falconidae Leach, 1820 (5)<br />

MS, MG, CE, AT,<br />

Vôo R<br />

Caracara plancus (Miller, 1777) caracará av 0,7235 1,2,6,7 MS, AT, Vôo R<br />

Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro av, vc 0,3215 2,7 MS, AT R<br />

Falco sparverius (Linnaeus, 1758) quiriquiri av 0,3215 8 AT R<br />

Falco peregrinus (Tunstall, 1771) falcão-peregrino av 0,0804 3 AH INTER


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

Gruiformes Bonaparte, 1854<br />

Rallidae Rafinesque, 1815 (1)<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

108<br />

Ambientes Status<br />

Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes av 0,2412 1,8 MS, MG R<br />

Cariamiformes Furbringer, 1888<br />

Cariamidae Bonaparte, 1850 (1)<br />

Cariama cristata (Linnaeus, 1766) seriema av, vc 1,2058 1,2,4,5,8 MS, MG, AT, Vôo R<br />

Charadriiformes Huxley, 1867<br />

Charadriidae Leach, 1820 (1)<br />

Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero av 1,1254 1,5,6,7,8 MS, AT R<br />

1854 (1)<br />

Jacanidae Chenu & Des Murs,<br />

*Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã av 0,4019 1,2,5 AH R<br />

Sternidae Vigors, 1825 (1)<br />

*Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) trinta-réis-grande av 0,9646 1,2,3,4 AH, Vôo INTRA<br />

Columbiformes Latham, 1790<br />

Columbidae Leach, 1820 (8)<br />

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa av, cp 2,5723 1,2,4,5,6,8 MS, MG, CE, AT R<br />

Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou av 1,8489 1,2,4,5,6,8 MS, AT, Vôo R<br />

Claravis pretiosa (Ferrari-Perez, 1886) pararu-azul av 0,1608 8 AT NO<br />

Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão av 1,9293 1,2,4,5,6,7,8 MS, MG, CE, AT, INTRA


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

109<br />

Ambientes Status<br />

Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega av 0,6431 2,3,5 MS, MG, AT R<br />

Leptotila verreauxi (Bonaparte, 1855) juriti-pupu av 0,8842 2,5,6,7 MS, MG, AT R<br />

Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) juriti-gemedeira av, cp 1,1254 1,2,4,5,7,8 MS, MG, CE, AT R<br />

Psittaciformes Wagler, 1830<br />

Psittacidae Rafinesque, 1815 (9)<br />

Ara ararauna (Linnaeus, 1758) arara-canindé av, vc 1,1254 1,4,5,6 MS, Vôo R<br />

Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena av 0,2412 4 CE R<br />

Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776) periquitão-maracanã av 2,8135 1,4,5,6,7,8 MS, CE, AT, Vôo R<br />

Aratinga aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei av 2,0900 1,2,4,5,7,8 MS, MG, AT, Vôo R<br />

Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim av 0,3215 8 MG R<br />

Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818)<br />

periquito-de-encontroamarelo<br />

av 1,0450 1,2,5,8 MG, AT, Vôo R<br />

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) papagaio-verdadeiro av, vc 0,3215 1,5 MG, Vôo R<br />

Cuculiformes Wagler, 1830<br />

Cuculidae Leach, 1820 (4)<br />

Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato av 0,6431 2,3,4,5,7,8 MS, MG, CE R<br />

Crotophaga ani (Linnaeus, 1758) anu-preto av 1,8489 1,2,4,5,7 MS, CE, AT R<br />

Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco av 2,0096 1,2,4,7 AT, Vôo R<br />

Tapera naevia (Linnaeus, 1766) saci vc 0,0804 1 MS R<br />

Vôo


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

Strigiformes Wagler, 1830<br />

Strigidae Leach, 1820 (2)<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

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(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

110<br />

Ambientes Status<br />

Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira av 0,1608 2,8 AT R<br />

Bubo virginianus (Gmelin, 1788) jacurutu av 0,0804 7 AT R<br />

Caprimulgiformes Ridgway, 1881<br />

1851 (1)<br />

Nyctibiidae Chenu & Des Murs,<br />

Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua av 0,0804 5 MS R<br />

Caprimulgidae Vigors, 1825 (5)<br />

Hydropsalis albicollis (Gmelin, 1789) bacurau av, cp 0,8842 1,2,7,8 MS, MG, AT R<br />

Apodiformes Peters, 1940<br />

Trochilidae Vigors, 1825 (8)<br />

Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura av 0,1608 4 CE R<br />

Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812) besourinho-de-bico-vermelho av 0,0804 8 MS R<br />

Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-verde av 0,4019 1,3,8 MS, MG, AT R<br />

Coraciiformes Forbes, 1844<br />

Alcedinidae Rafinesque, 1815 (2)<br />

*Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande av 0,5627 2,4,5 1 AT, AH R<br />

*Chloroceryle amazona (Latham, 1790) martim-pescador-verde av 0,3215 2,5 AH R<br />

Momotidae Gray, 1840 (1)


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

111<br />

Ambientes Status<br />

Momotus momota (Linnaeus, 1766) udu-de-coroa-azul av, cp 0,1608 8 MS, MG R<br />

Galbuliformes Fürbringer, 1888<br />

Galbulidae Vigors, 1825 (1)<br />

Galbula ruficauda (Cuvier, 1816) ariramba-de-cauda-ruiva av, cp 0,5627 2,8 MS, MG R<br />

Bucconidae Horsfield, 1821 (1)<br />

Monasa nigrifrons (Spix, 1824) chora-chuva-preto av 0,8039 1,2,3,7,8 MS, MG, AT R<br />

Piciformes Meyer & Wolf, 1810<br />

Ramphastidae Vigors, 1825 (2)<br />

Ramphastos toco Statius (Muller, 1776) tucanuçu av 1,2058 1,2,4,6,8<br />

Picidae Leach, 1820 (6)<br />

MS, MG, CE, AT,<br />

Vôo R<br />

Picumnus albosquamatus (d'Orbigny, 1840) pica-pau-anão-escamado av, cp 0,1608 2,8 MG R<br />

Melanerpes candidus (Otto, 1796) pica-pau-branco av 0,2412 5,8 MS, AT R<br />

Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) picapauzinho-anão av 0,1608 8 MS R<br />

Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo av 0,4823 2,8 AT R<br />

Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca av 0,1608 7 MS R<br />

Passeriformes Linnaeus, 1758<br />

(4)<br />

Thamnophilidae Swainson, 1824<br />

Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) choca-barrada av, vc 0,9646 1,2,3,4,7,8 MS, MG, CE R


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

112<br />

Ambientes Status<br />

Thamnophilus pelzelni (Hellmayr, 1924) choca-do-planalto av 0,1608 4 CE R<br />

Dendrocolaptidae Gray, 1840 (2)<br />

Campylorhamphus trochilirostris (Lichtenstein,<br />

1820) arapaçu-beija-flor cp 0,0804 8 MG R<br />

Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818) arapaçu-de-cerrado av, cp 0,3215 4,5,7,8 MS, MG, CE, AT R<br />

Dendrocolaptes platyrostris (Spix, 1825) arapaçu-grande av 0,0804 1 MS R<br />

Furnariidae Gray, 1840 (3)<br />

Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro av, vc 0,8842 1,2,5,7,8 MS, MG, AT R<br />

Hylocryptus rectirostris (Wied, 1831) fura-barreira cp 0,2412 5,8 MG R/EN<br />

Synallaxis frontalis (Pelzeln, 1859) petrim av 0,2412 1,7 MS R<br />

Pipridae Rafinesque, 1815 (2)<br />

Antilophia galeata (Lichtenstein, 1823) soldadinho av, vc 0,3215 2,3 MG R/EN<br />

Pipra fasciicauda (Hellmayr, 1906) uirapuru-laranja cp 0,0804 8 MG<br />

Tityridae Gray, 1840 (1)<br />

Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto av 0,0804 1 MS NO<br />

(3)<br />

Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907<br />

Leptopogon amaurocephalus (Tschudi, 1846) cabeçudo cp 0,2412 6,8 MG R<br />

Poecilotriccus latirostris (Pelzeln, 1868) ferreirinho-de-cara-parda cp 0,1608 8 MG R<br />

Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-preta cp 0,0804 1 CE R


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

113<br />

Ambientes Status<br />

Hemitriccus margaritaceiventer (d'Orbigny &<br />

Lafresnaye, 1837) sebinho-de-olho-de-ouro av, cp 0,2412 5,8 MS, MG R<br />

Tyrannidae Vigors, 1825 (18)<br />

Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) freirinha av 0,1608 5 MG NO<br />

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha av 0,1608 4 CE R<br />

Myiopagis viridicata (Vieillot, 1817)<br />

guaracava-de-cristaalaranjada<br />

av, cp 0,4019 4,6 MS CE INTRA<br />

Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira av, vc, cp 0,6431 1,2,3,5,8 MS, MG, CE, AT R<br />

Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi av, vc 0,5627 1,5,7,8 MS, AT, Vôo R<br />

Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro av 0,9646 5 AT R<br />

Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) bem-te-vi-rajado av 0,0804 1 MS INTRA<br />

Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei av, vc 0,4823 1,3,5,6,7,8 MS, MG, AT, Vôo R<br />

Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766)<br />

bentevizinho-de-asaferrugínea<br />

av 0,6431 3,6,8 MG, AT INTRA<br />

Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819) suiriri av 0,1608 3 AT INTRA<br />

Gubernetes yetapa (Vieillot, 1818) tesoura-do-brejo av 0,2412 5 AT INTRA<br />

Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha av 0,4019 1,8 MS, AT INTRA<br />

Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado cp 0,0804 8 MG INTRA<br />

Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu av 0,0804 8 MG INTRA<br />

Xolmis velatus (Lichtenstein, 1823) noivinha-branca av 0,4019 1,2,8 MS, AT INTRA<br />

Vireonidae Swainson, 1837 (1)


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

114<br />

Ambientes Status<br />

Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari cp 0,0804 7 MS R<br />

Corvidae Leach, 1820 (2)<br />

Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821) gralha-cancã vc 0,1608 8 MG R<br />

Hirundinidae Rafinesque, 1815 (5)<br />

Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora av, cp 1,6077 1,2,4,5,7,8 AT, AH INTRA<br />

Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo av 0,4019 7,8 AT INTRA<br />

*Tachycineta albiventer (Boddaert, 1783) andorinha-do-rio av 1,1254 1,2,4 AH INTRA<br />

Troglodytidae Swainson, 1831 (1)<br />

Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845)<br />

Donacobiidae Aleixo & Pacheco, 2006 (1)<br />

garrinchão-de-barrigavermelha<br />

av 0,1608 8 AT R<br />

Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) japacanim av 0,3215 8 AH R<br />

Polioptilidae Baird, 1858 (1)<br />

Polioptila dumicola (Vieillot, 1817) balança-rabo-de-máscara av 0,4823 2,3,7 MS, MG, AT R<br />

Turdidae Rafinesque, 1815 (3)<br />

Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) sabiá-barranco av, vc, cp 0,8842 1,2,4,5,6,7,8 MS, MG, CE, AT R<br />

Mimidae Bonaparte, 1853 (1)<br />

Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo av 0,3215 5,8 MS, AT R<br />

Motacillidae Horsfield, 1821 (1)<br />

Anthus lutescens (Pucheran, 1855) caminheiro-zumbidor av, vc 0,4019 3 AT, Vôo INTRA


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

Coerebidae d'Orbigny & Lafresnaye, 1838<br />

(1)<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

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(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

115<br />

Ambientes Status<br />

Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica av 0,3215 8 AT R<br />

Thraupidae Cabanis, 1847 (15)<br />

Saltator maximus (Statius Muller, 1776) tempera-viola cp 0,0804 8 MG R<br />

Saltator similis( d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) trinca-ferro-verdadeiro av, cp 0,2412 8 MS, MG R<br />

Saltatricola atricolis (Vieillot, 1817) bico-de-pimenta av 0,2412 5 AT R<br />

Nemosia pileata (Boddaert, 1783) saíra-de-chapéu-preto av 0,1608 3 MS R<br />

Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta cp 0,1608 8 MS, MG R<br />

Lanio cucullatus (Statius Muller, 1776) tico-tico-rei av 0,2412 4,6 CE, AT R<br />

Lanio penicillatus (Spix, 1825) pipira-da-taoca av, cp 0,4019 1,8 MS R<br />

Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento av 0,9646 3,4,5,7,8<br />

MS, MG, CE, AT,<br />

Vôo R<br />

Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela av 0,3215 3,8 MS, AT R<br />

Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul av 0,1608 4 CE R<br />

Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto av 0,1608 3 CE R<br />

Emberizidae Vigors, 1825 (9)<br />

Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-verdadeiro av 1,6881 5,6,7,8 AT R<br />

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu av 1,9293 1,5,7,8 AT INTRA<br />

Sporophila collaris (Boddaert, 1783) coleiro-do-brejo av 0,1608 5 AT NO


Nomenclatura Científica Nome Vulgar<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Método de<br />

Censo<br />

P.O.<br />

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(%)<br />

Sítios Amostrais<br />

(SA)<br />

Transectos<br />

Aquáticos<br />

(TA)<br />

116<br />

Ambientes Status<br />

Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano av 0,1608 8 AT INTRA<br />

Parulidae Wetmore, et al. 1947 (2)<br />

Basileuterus hypoleucus (Bonaparte, 1830) pula-pula-de-barriga-branca av, cp 0,7235 2,5,7,8 MS, MG, CE R<br />

Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) canário-do-mato av, vc, cp 0,8842 1,2,4,7,8 MS, MG, CE R<br />

Icteridae Vigors, 1825 (7)<br />

Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) japu av 0,1608 8 MG R<br />

Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe av 0,2412 3,8 MS, MG R<br />

Icterus pyrrhopterus (Vieillot, 1819) encontro av 0,7235 2,7,8 MS, MG, AT R<br />

Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) graúna av 2,9743 4,5,6,7,8 CE, AT, Vôo R<br />

Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta av 0,2412 3 AT INTRA<br />

Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) polícia-inglesa-do-sul av 0,4019 3 AT INTRA<br />

Fringillidae Leach, 1820 (1)<br />

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) fim-fim av, vc 0,4019 2,4,6 MS, MG, CE, AT R<br />

Legenda: Método de Censo: av = avistamento, vc = vocalização e cp = captura. P.O. = Percentual de Ocorrência. Ambientes: MS = Mata Semidecidual, MG = Mata de Galeria,<br />

CE = CErrado, CD = CerraDão, AT = Ambiente anTrópico e AH = Ambiente Hídrico. Status (residência e deslocamento das espécies de aves): R = Residente, INTRA =<br />

migração INTRAcontinental, INTER = migração INTERcontinental, NO = Nômade e R/EN = Residente/ENdêmica. * = espécie com hábito aquático.


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Outra atividade realizada no Levantamento Avifaunístico da UHE Itumbiara foi o anilhamento<br />

de aves com anilhas concedidas pelo CEMAVE. Deste modo foram capturados 49 indivíduos de<br />

27 espécies diferentes (Fotos 110 a 129). A espécie com maior frequência de capturas foi o<br />

canário-do-mato (Basileuterus flaveolus) e o pula-pula-de-barriga-branca (Basileuterus<br />

hypoleucus) com 04 (quatro) exemplares capturados cada, seguido da fura-barreira (Hylocryptus<br />

rectirostris), cabeçudo (Leptopogon amaurocephalus), sabiá-barranco (Turdus leucomelas) e<br />

pipira-da-taoca (Lanio penicillatus) com 03 (três) indivíduos cada (Figura 38 e Quadro 17).<br />

4<br />

3,5<br />

3<br />

2,5<br />

2<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

0<br />

Figura 38. Valores de abundância das 12 (doze) espécies mais capturadas nesta campanha.<br />

Dos 49 indivíduos capturados nesta campanha, 43 foram marcados com anilhas metálicas, além<br />

de 04 (quatro) indivíduos que foram recapturados. Todos os indivíduos (Leptopogon<br />

amaurocephalus – N° D53163, Pipra fascicauda – N° E102731, Galbula ruficauda – Nº<br />

E102735 e Hylocryptus rectirostris – Nº H75715) foram anilhados na primeira campanha de<br />

levantamento, seis meses após a marcação, demonstrando uma baixa mobilidade da espécie nos<br />

pontos amostrais. O L. amaurocephalus e o P. fasciicauda foram recuperados no Sítio Amostral<br />

08, enquanto que G. ruficauda e o H. rectirostris foram capturados no Sítio Amostral 05 e em<br />

todos os casos as recuperações ocorreram no mesmo local, em que os indivíduos haviam sido<br />

anilhados na primeira campanha.<br />

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117


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Estes resultados podem corroborar com as estimativas populacionais das espécies em cada sítio<br />

amostral, além de obtenção de outras informações ecológicas. O Quadro 17 apresenta os<br />

indivíduos capturados nesta campanha, relacionado o número da anilha e sítio amostral, em que<br />

o exemplar foi capturado.<br />

Quadro 17. Espécies capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara.<br />

Status Nome científico<br />

1 Campylorhamphus trochilirostris<br />

N° da<br />

Anilha<br />

Idade Sexo Data Ambiente<br />

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Sítio<br />

Amostral<br />

G103615 A I 29/03 MG 08<br />

2 Leptopogon amaurocephalus D53163 A I 29/03 MG 08<br />

1 Poecillotricus latirostris D32084 A I 29/03 MG 08<br />

1 Poecillotricus latirostris - A I 29/03 MG 08<br />

1 Columbina talpacoti H71831 A M 29/03 MG 08<br />

1 Leptopogon amaurocephalus D32085 A I 29/03 MG 08<br />

1 Myiarchus tyrannulus E114987 A I 29/03 MG 08<br />

1 Basileuterus flaveolus D32086 A I 29/03 MG 08<br />

1 Lathrotriccus euleri D32087 A I 29/03 MG 08<br />

2 Pipra fascicauda D53158 A M 29/03 MG 08<br />

1 Momotus momota J24107 A I 29/03 MG 08<br />

1 Hylocryptus rerectirostris H71832 A I 30/03 MG 08<br />

1 Hylocryptus rerectirostris H71833 A I 30/03 MG 08<br />

1 Amazilia fimbriata - A I 30/03 MG 08<br />

1 Basileuterus hypoleucus D32088 A I 30/03 MG 08<br />

1 Saltator maximus H71834 A I 30/03 MG 08<br />

1 Basileuterus flaveolus D32089 A I 30/03 MS 08<br />

1 Galbula ruficauda G103616 A F 30/03 MG 08<br />

1 Pipra fascicauda D32090 A M 30/03 MG 08<br />

1 Picumnus albosquamatos E114986 A M 30/03 MG 08<br />

1 Tachyphonus rufus G103617 A M 30/03 MG 08<br />

1 Saltator similis H71835 A I 30/03 MG 08<br />

1 Tachyfonus rufus G103618 A M 30/03 MG 08<br />

1 Galbula ruficauda G103619 A M 30/03 MG 08<br />

1 Saltator maximus H71836 A I 30/03 MG 08<br />

1 Basileuterus flaveolus D32091 A I 30/03 MG 08<br />

1 Basileuterus hypoleucus D32092 A I 30/03 MG 08<br />

1 Hydropsalis albicolis H71837 A I 30/03 MG 08<br />

1 Cyclarhis guyanensis H114985 A I 31/03 MS 07<br />

1 Basileuterus hypoleucus D32093 A I 31/03 MS 07<br />

118


Status Nome científico<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

N° da<br />

Anilha<br />

Idade Sexo Data Ambiente<br />

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Sítio<br />

Amostral<br />

1 Basileuterus flaveolus D32094 A I 01/04 MS 07<br />

1 Lanio penicillatus G103620 A M 02/04 MS 01<br />

1 Lanio penicillatus G103621 A M 02/04 MS 01<br />

1 Lanio penicillatus G103622 A M 02/04 MS 01<br />

1 Leptopogon amaurocephalus D32095 A I 03/04 MG 06<br />

1 Leptotila rufaxila L48491 A I 05/04 CE 04<br />

1 Myiopagis viridicata D32096 A I 05/04 CE 04<br />

1 Myiopagis viridicata D32097 A I 05/04 CE 04<br />

1 Tolmonyas sulphurescens L48491 A I 05/04 CE 04<br />

1 Columbina talpacoti H71838 A - 08/04 MG 05<br />

1 Columbina talpacoti H71839 A - 08/04 MG 05<br />

2 Galbula ruficauda E102735 A F 08/04 MG 05<br />

1 Turdus leucomelas G103623 A I 08/04 MG 05<br />

1 Basileuterus hypoleucus C84352 A I 08/04 MG 05<br />

1 Stelgidopteryx ruficollis C84353 A I 09/04 AT 05<br />

2 Hylocryptus rectirostris H75715 A I 09/04 MG 05<br />

1 Leptopogon amaurocephalus E114984 A I 09/04 MS 05<br />

1 Turdus leucomelas G103624 A I 09/04 MS 05<br />

1 Turdus leucomelas G103625 A I 09/04 MS 05<br />

Legenda: Status: 1 = ave nova e 2 = ave recuperada. A = Adulto, F = Fêmea, M = Macho, I = Indeterminado.<br />

Ambientes: MG =Mata de Galeria, MS = Mata Semidecídua, CD = Cerradão, CE = Cerrado e AT = Ambiente<br />

antrópico.<br />

Foto 110. Basileuterus flaveolus (canário-do-mato). Foto 111. Basileuterus hypoleucus (pula-pula-de-barrigabranca).<br />

119


Foto 112. Campylorhamphus trochilirostris (arapaçubeija-flor).<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 113. Lathrotriccus euleri (enferrujado).<br />

Foto 114. Columbina talpacoti (rolinha-roxa). Foto 115. Cyclarhis gujanensis (pitiguari).<br />

Foto 116. Poecilotriccus latirostris (ferreirinho-de-caraparda).<br />

Foto 117. Saltator simils (trinca-ferro-verdadeiro).<br />

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120


Foto 118. Galbula ruficauda (ariramba-de-cauda-ruiva)<br />

(recaptura).<br />

Foto 120. Leptopogon amaurocephalus (cabeçudo)<br />

(recapura).<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 119. Hylocryptus rectirostris (fura-barreira)<br />

(recaptura).<br />

Foto 121. Leptotila rufaxilla (juriti-gemedeira).<br />

Foto 122. Momotus momota (udu-de-coroa-azul). Foto 123. Myiarchus ferox (maria-cavaleira).<br />

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121


Foto 124. Myiopagis viridicata (guaracava-de-cristaalaranjada).<br />

Foto 126. Pipra fasciicauda (uirapuru-laranja), macho<br />

(recaptura).<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 125. Picumnus albosquamatus (pica-pau-anãoescamado).<br />

Foto 127. Saltator maximus (tempera-viola).<br />

Foto 128. Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora). Foto 129. Tachyphonus rufus (pipira-preta), fêmea.<br />

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122


Comunidade de aves aquáticas<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

As atividades hidrelétricas interferem diretamente nos hábitos e habitats dos mais diversos<br />

grupos taxonômicos, inclusive das comunidades avifaunísticas. Dentre a Classe Aves a<br />

comunidade aquática talvez seja a mais afetada juntamente as espécies que habitam as matas<br />

ciliares.<br />

Porém este impacto para a comunidade aquática pode influir positivamente para algumas<br />

espécies mais generalistas (biguás – Phalacrocorax brasilianus e garças – Ardea alba e Egretta<br />

thula) e que necessitam de um espelho d água maior para prosperar, ou negativamente para<br />

espécies que sofrem com a menor alteração possível de habitat, como o pato-mergulhão (Mergus<br />

octacetaceus) e a socó-boi-escuro (Tigrisoma fasciatum).<br />

Este grupo recebeu atenção especial para este estudo, aplicando uma metodologia específica para<br />

serem registradas, deste modo foram realizados 04 (quatro) Transectos Aquáticos (TA) nos<br />

principais tributários represados do rio Paranaíba na área da UHE Itumbiara. Assim foram 21<br />

espécies de hábito aquático e estas representaram 30,63% (N=381) do total de indivíduos<br />

registrados na campanha (Quadro 16).<br />

Das 11 (onze) espécies de aves mais abundantes para a 3ª (terceira) campanha de levantamento<br />

03 (três) são espécies de hábito aquático. Vários bandos de aves aquáticos nas margens do<br />

reservatório foram observados, destacando um bando misto de biguás (Phalacrocorax<br />

brasilianus), biguatingas (Anhinga anhinga) e garça-vaqueira (Bubulcus ibis) (Foto 130). Neste<br />

período pode-se observar também que algumas espécies de hábito aquático como a Cairina<br />

moschata (pato-bravo) estava com vários filhotes (Foto 131). Dentre as espécies registradas<br />

destaca-se o Tigrisoma lineatum (socó-boi-escuro) que não havia sido registrado nas campanhas<br />

anteriores.<br />

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123


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 130. Grupo misto de aves aquáticas. Foto 131. Filhotes de Cairina moschata (pato-do-mato).<br />

A UHE Itumbiara já encontra-se instalada há 31 anos e mesmo assim paliteiros podem ser<br />

encontrados no interior do reservatório e estes são utilizados pelas aves aquáticas, principalmente<br />

por biguás e garças como poleiro, além de servirem como local de nidificação de algumas<br />

espécies. Nesta campanha, assim como na anterior, não foram encontrados ninharais no interior<br />

do reservatório, mas que podem ser encontradas na próxima temporada reprodutiva. Nesta<br />

campanha já foi observado uma redução de indivíduos de hábito aquático, quando comparado<br />

com a campanha anterior, fato relacionado ao fim do período de piracema e final da temporada<br />

reprodutiva destas aves.<br />

Uma ameaça à comunidade aquática, que fora identificada na campanha anterior, também foi<br />

identificada nesta campanha. O nível do reservatório da UHE Itumbiara estava baixo e boa parte<br />

das “galhadas” submersas pelo reservatório estavam expostas. Assim muitas redes de pesca<br />

antigas foram encontradas na ponta destes galhos (Foto 132). Estes artefatos de pesca acabam<br />

servindo de armadilhas para algumas aves aquáticas, que não conseguem visualizar estas redes e<br />

acabam morrendo embaraçadas na mesma, como já relatado no relatório anterior. Essas redes<br />

foram retiradas pela equipe que trabalhava no local (Foto 133). A quantidade de pescadores na<br />

área do reservatório é elevada assim como a quantidade de redes enganchadas nas galhas e são<br />

facilmente visualizadas em vários locais do reservatório.<br />

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124


Foto 132. Rede de pesca enganchada na galha em um<br />

braço do reservatório da UHE Itumbiara que foi deixada<br />

por pescadores.<br />

5.3. Considerações Finais<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 133. Retirada de rede de pesca abandonada na área<br />

do reservatório da UHE Itumbiara.<br />

Esta foi a 3ª (terceira) campanha de Levantamento da Avifauna na área do reservatório da UHE<br />

Itumbiara realizada na estação chuvosa. Ao final desta campanha foram contabilizadas 138<br />

espécies de aves para a área do projeto e uma estimativa de 187,63 espécies, segundo o índice de<br />

Jack-knife 1. Nesta campanha foram registradas mais 09 (nove) espécies (Tigrisoma lineatum,<br />

Claravis pretiosa, Diopsittaca nobilis, Bubo virginianus, Campylorhamphus trochilirostris,<br />

Tolmomyias sulphurescens, Arundinicola leucocephala, Saltatricola atricolis, Lathrotriccus<br />

euleri) que não haviam sido registradas nas campanhas anteriores. Os valores de riqueza e<br />

abundância nesta campanha foram inferiores aos da campanha anterior, que foram inferiores aos<br />

da primeira. Isso pode criar a hipótese de decaímento da população de aves no local, mas não<br />

pode ser conclusiva, já que novas espécies ainda são levantadas, o que sugere a continuidade do<br />

levantamento para uma análise mais suscinta da população na área estudada.<br />

As listas do IBAMA (MACHADO et al., 2008), CITES (2011) e IUCN (2011) foram<br />

consultadas para averiguar o status de conservação das aves registradas na área do<br />

empreendimento. Dentre as listas citadas destaca-se a lista do IBAMA (MACHADO et al.,<br />

2008) que retrata a vulnerabilidade da fauna nacional, e com base nesta lista nenhuma espécie<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

registrada nesta campanha de levantamento encontra-se susceptível a ameaça de extinção até o<br />

presente momento.<br />

Porém a nível internacional alguns grupos taxonômicos, como Acciptrídeos, Falconídeos,<br />

Strigídeos, Psitacídeos e Ranfastídeos encontram-se suceptíveis a alterações antrópicas e ao<br />

tráfico de animais silvestres. Estes grupos encontram-se no Apêndice II do CITES.<br />

Um elevado número de espécies de aves aquáticas, novamente foi registrado na área do<br />

empreendimento, principalmente no rio Paranaíba próximo a área de confluência com o rio<br />

Veríssimo, mas diferente das campanhas anteriores, em números menores. A região encontra-se<br />

extremamente degradada, com o cultivo de cana-de-açucar nas proximidades dos municípios de<br />

Itumbiara, Goiás e Araporã, Minas Gerais. Nas demais regiões há o predomínio de áreas de<br />

pastagem. As margens do rio encontram-se desmatadas e a principal fitofisionomia encontrada é<br />

a mata semidecidual, principalmente em regiões de serra.<br />

Muitas informações ainda poderão ser incorporadas com a realização da próxima campanha de<br />

levantamento. Assim ao final destas atividades será possível averiguar a composição<br />

avifaunística da região em um ciclo sazonal completo. A degradação pode ser um dos motivos da<br />

diminuição da riqueza no decorrer das campanhas, o que poderá ser confirmado com a realização<br />

do próximo levantamento, na estação de seca. A próxima campanha implicará no termino do<br />

ciclo sazonal de levantamento avifaunístico na área do reservatório da UHE Itumbiara.<br />

Vale registrar que foi feito o recolhimento de todas as redes de pesca encontradas pela equipe de<br />

levantamento faunístico que se encontravam abandonadas no reservatório.<br />

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126


5.4. Referências Bibliográficas<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

BRAZ, V. S. & R. B. CAVALCANTI. (2001). A representatividade de áreas protegidas do<br />

Distrito Federal na conservação da avifauna do Cerrado. Ararajuba 9(1): 61-69.<br />

CBRO – Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. (2011). Lista de aves do Brasil.<br />

Disponível: http:/www.crbro.org.br.<br />

CITES. (2011). Convention on International Trade in Endangered Species – 2010. Geneva.<br />

FURNAS (2010). Tomada de Preços para contratação de serviços para o Programa de<br />

Levantamento da Fauna Terrestre e Aquática da UHE Itumbiara.<br />

GOTELLI, N. J. & COLWELL. R. (2001). Quantifying biodiversity: procedures and pitfalls in<br />

the measurement and comparison of species richness. Ecology Letters, 4: 379-391.<br />

IUCN - International Union for Conservation of Nature. (2011). Red List of Threatened Species.<br />

Version 2011.1. Disponível em: http://www.iucnredlist.org. Acessado dia 04 de Novembro<br />

de 2011.<br />

MACHADO, A.B. M, DRUMNOND. G. M. & PAGLIA, A. P. (2008). Livro Vermelho da<br />

Fauna Ameaçada de Extinção. Brasília, DF. Ministério do Meio Ambiente, Belo Horizonte,<br />

MG. Fundação Biodiversitas. Série Biodiversidade, n° 19, 2 volumes, 907+511p.<br />

MITTERMEIER, R.A., MYERS N. & MITTERMEIER C.G. (2000). Hotspots: Earth’s<br />

Biologically Richest and Most Endangered Terrestrial Ecoregions. México City: CEMEX.<br />

NUNES, A.P. & TOMAS, W.M. (2008). Aves migratórias e nômades ocorrentes no Pantanal.<br />

Embrapa Pantanal. Corumbá, MS. 124p.<br />

SICK, H. (1997). Ornitologia brasileira. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 912p.<br />

SILVA, J.M.C. & BATES, J.M. (2002). Biogeographic Patterns and Conservation in the South<br />

American Cerrado: A Tropical Savanna Hotspot. Bioscience, 53(3): 225-233.<br />

SILVA, J.M.C. (1995) Birds of Cerrado Region, South America. Streenstrupia 21: 69-92.<br />

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6. MASTOFAUNA<br />

6.1. Metodologia<br />

6.1.1 Mamíferos Terrestres<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

No âmbito do levantamento da mastofauna foram identificados os mamíferos de pequeno, médio<br />

e grande porte. Para tal atividade foram utilizadas as armadilhas de contenção (tomahawk), redes<br />

de neblina, tipo mist nests, armadilhas de queda (pit-fall), busca por vestígios em substrato<br />

natural, câmeras fotográficas disparadas automaticamente (cameras traps) e censo por<br />

observação direta e indireta (pegadas, fezes, carcaça e tocas).<br />

6.1.1.1 Pequenos Mamíferos Terrestres<br />

Para o estudo de pequenos mamíferos nos sítios selecionados foram utilizadas armadilhas do tipo<br />

tomahawk e de queda com barreira de interceptação (pit-fall), instaladas ao longo de transecções.<br />

Os indivíduos capturados em armadilhas de interceptação (utilizados também para a<br />

herpetofauna) foram contabilizados nas planilhas de mastofauna.<br />

Para cada sítio amostral foram implementados dois transectos (trilhas já existentes ou abertas<br />

pela equipe), denominados A e B, com oito pontos de captura (estações de coleta) em cada<br />

transecto (totalizando 16 estações de coleta), com equidistância média de 25 m, perfazendo 200<br />

m de trilha. Em cada ponto de captura, foram colocadas 02 (duas) armadilhas, uma sobre o solo<br />

e, quando possível, outra fixada na vegetação do subosque (Foto 146) (Quadro 18).<br />

Quadro 18. Descrição dos pontos de instalação de armadilhas do tipo tomahawk.<br />

Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />

SA 01 - A Mata Semidecídua 22K 713499; 7961923<br />

SA 01 - B Mata Semidecídua 22K 713601; 7962009<br />

SA 02 - A Mata de Galeria 22K 751541; 7961162<br />

SA 02 - B Mata Semidecidua 22K 751621; 7961204<br />

SA 03 - A Cerradão 22K 784038; 7967922<br />

SA 03 - B Cerradão 22K 784095; 7967957<br />

SA 04 - A Cerrado Típico 22K 768316; 7969913<br />

SA 04 - B Cerrado Típico 22K 768400; 7969813<br />

SA 05 - A Mata Semidecídua 22K 746473; 7973340<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />

SA 05 - B Mata Semidecídua 22K 746557; 7973480<br />

SA 06 - A Mata Semidecídua 22K 732601; 7985626<br />

SA 06 - B Mata Semidecídua 22K 732468; 7985530<br />

SA 07 - A Mata Semidecídua 22K 711392; 7973652<br />

SA 07 - B Mata Semidecídua 22K 711321; 7973680<br />

SA 08 - A Mata Semidecídua 22K 722425; 7983167<br />

SA 08 - B Mata Semidecídua 22K 722257; 7983224<br />

Para melhor otimização das atividades em campo o trabalho foi divido em duas etapas, em que<br />

na primeira etapa foram realizadas amostragens simultâneas nos Sítios Amostrais 1, 6, 7 e 8,<br />

enquanto que na segunda etapa os levantamentos (simultâneos) foram realizados nos Sítios<br />

Amostrais 2, 3, 4 e 5. Assim em cada etapa as Tomahawk permaneceram instaladas por 08 (oito)<br />

dias/ponto, sendo vistoriadas diariamente pela manhã (Fotos 136 e 137). As iscas foram<br />

preparadas, preferencialmente à tarde, utilizando, abacaxi, essência de baunilha e paçoca (Fotos<br />

134 e 135).<br />

Foto 134. Material para produção das iscas. Foto 135. Iscas prontas.<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 136. Iscando armadilha tomahawk. Foto 137. Armadilha tomahawk armada no chão<br />

Os indivíduos capturados sempre que possível foram: pesados; marcados com brincos<br />

numerados (para pequenos não voadores) e colares de miçanga (para pequenos voadores);<br />

sexados; medidos; identificados e soltos no mesmo local de captura.<br />

Quando a identificação no campo não for possível, os indivíduos serão fixados para posterior<br />

identificação, limitando-se a três indivíduos por espécie, conforme estabelecido na licença de<br />

fauna expedida pelo IBAMA.<br />

O esforço de amostragem por armadilhas de contenção viva, tipo gaiola, foi de 128<br />

armadilhas/noite. O esforço amostral por sítio amostral foi de 1.024 armadilhas/campanha e ao<br />

final de cada campanha um esforço total de 2.048 armadilhas.<br />

No caso de morte de alguns espécimes, estes serão fixados em formol 10% e, posteriormente,<br />

conservados em álcool a 70% e outros serão taxidermizados para manter as características da<br />

pelagem, muitas vezes fundamentais para a identificação em laboratório. Indivíduos removidos<br />

serão depositados no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG).<br />

6.1.1.2 Pequenos Mamíferos Voadores<br />

A metodologia adotada para o levantamento de mamíferos voadores (quirópteros) foi à captura –<br />

marcação, utilizando cinco redes de neblina, 09 x 2,5 m e de malha 35 mm, (mist nets) (Fotos<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

138 e 139, Quadro 19) em cada sítio amostral, por duas noites. As redes foram montadas ao<br />

final da tarde em locais propícios à captura dos animais. As redes foram abertas às 18h e<br />

fechadas às 24h, totalizando um esforço diário de 6 (seis) horas.<br />

Quadro 19. Descrição dos pontos de instalação de rede neblina (mist-net).<br />

Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />

SA 01 – Rede A Mata Semidecídua 22 k 0713210 / 7961991<br />

SA 01 – Rede B Mata Semidecídua 22 k 0713306 / 7961977<br />

SA 02 – Rede A Mata de galeria 22 k 0751426 / 7961108<br />

SA 02 – Rede B Mata de galeria 22 k 0751560 / 7961155<br />

SA 03 – Rede A Cerradão 22k 0784011 / 7967863<br />

SA 03 – Rede B Cerradão 22k 0784131 / 7967958<br />

SA 04 – Rede A Cerrado sensu stricto 22k 0768356 / 7969886<br />

SA 04 – Rede B Cerrado sensu stricto 22k 0768461 / 7967958<br />

SA 05 – Rede A Mata Semidecídua 22k 0746396 / 7973057<br />

SA 05 – Rede B Mata Semidecídua 22k 0746429 / 7973076<br />

SA 06 – Rede A Mata Semidecídua 22k 0732637 / 7985576<br />

SA 06 – Rede B Mata Semidecídua 22k 0732442 / 7985499<br />

SA 07 – Rede A Antrópico 22k 0711558 / 7973577<br />

SA 07 – Rede B Mata Semidecídua 22k 0711466 / 7973581<br />

SA 08 – Rede A Mata de galeria 22k 0722248 / 7983281<br />

SA 08 – Rede B Mata Semidecídua 22k 0722401 / 7983192<br />

Foto 138. Biólogos instalando rede de neblina. Foto 139. Biólogos instalando rede de neblina.<br />

Os indivíduos capturados foram marcados com colares metálicos associados a miçangas<br />

coloridas, com o objetivo de detectar futuras recapturas. Em seguida os dados biométricos foram<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

tomados, além de serem pesados, sexados e fotografados. Os espécimes capturados foram soltos<br />

no mesmo local de captura. A identificação dos espécimes foi realizada em campo através das<br />

chaves taxonômicas para famílias e espécies de quirópteros neotropicais.<br />

Cada miçanga utilizada para a confecção dos colares obtinha uma coloração diferente e estas<br />

cores estão associadas a números romanos, com o objetivo de que cada morcego capturado tenha<br />

um número de marcação distinta. Assim a cor cinza é a caracterização utilizada para o<br />

empreendimento, a cor preta representa o número 01 (I) romano, o azul o 05 (V), vermelho o 10<br />

(X), o branco o 50 (L) (Figura 39 e Fotos 140 à 144).<br />

Figura 39. Representação dos colares utilizados para a marcação dos morcegos.<br />

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Foto 140. Materiais utilizados para a confecção dos<br />

colares para marcação dos quirópteros.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 141. Morcego sendo marcado.<br />

Foto 142. Biometria de quiróptero. Foto 143. Pesagem de quiróptero.<br />

Foto 144. Morcego marcado.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Eventuais fixações de quirópteros poderão ser efetuadas em caso de dúvida, na qual os<br />

indivíduos serão preservados em álcool 70% e depositados no Instituto de Ciências Biológicas da<br />

Universidade Federal de Goiás (UFG).<br />

O esforço de amostragem por redes de neblina foi de 06 horas-rede/noite em cada sítio amostral,<br />

e ao final de cada campanha foi de 96 horas-rede.<br />

6.1.1.3 Mamíferos de Médio e Grande Porte<br />

Para o levantamento de mamíferos de médio e grande porte foram realizadas observações diretas<br />

e indiretas durante o período diurno/noturno, com auxílio de um binóculo, lanternas, percorrendo<br />

transectos a pé, carro ou de barco à procura de indivíduos ou vestígios que possam indicar a<br />

presença de mamíferos no local.<br />

Também foram anotadas as informações de encontros fortuitos de evidências diretas ou indiretas<br />

ocorridos durante as caminhadas para reconhecimento dos ambientes escolhidos ao longo das<br />

trilhas entre os transectos e as áreas e, até mesmo, durante a checagem das armadilhas para os<br />

pequenos mamíferos. O esforço de amostragem por observação direta foi de 02 (duas) horas/dia<br />

por sítio amostral por campanha e ao final da campanha foi de 32 horas.<br />

Além da metodologia descrita acima, foram utilizadas 08 (oito) armadilhas fotográficas/dia,<br />

sendo instaladas 02 (duas) armadilhas por ponto de amostragem (Quadro 20), que<br />

permaneceram por 08 (oito) dias em cada sítio amostral. Assim, obtivemos um esforço amostral<br />

total de 128 armadilhas fotográficas por campanha. Associada às armadilhas fotográficas foram<br />

montadas “camas de areia” em frente às armadilhas fotográficas ou nas trilhas em que as<br />

armadilhas fotográficas (Trapa) estavam instaladas (Fotos 145).<br />

Quadro 20. Descrição dos pontos de instalação das armadilhas fotográficas (Trapa).<br />

Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />

SA 01 - A Mata Semidecídua 22K 713428; 7961910<br />

SA 01 – B Mata Semidecídua 22K 713627; 7962079<br />

SA 02 – A Mata de Galeria 22K 751452; 7961182<br />

SA 01 – B Mata de Galeria 22K 751675; 7961234<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Sítios Amostrais (SA) Tipo de ambiente Coordenadas geográficas (UTM)<br />

SA 03 – A Cerradão 22K 784019; 7967911<br />

SA 03 - B Cerrado Típico 22K 784103; 7969766<br />

SA 04 – A Cerrado Típico 22K 768255; 7969947<br />

SA 04 – B Cerrado Típico 22K 768361; 7969766<br />

SA 05 – A Mata Semidecídua 22K 746367; 7973318<br />

SA 05 – B Mata Semidecídua 22K 746617; 7973568<br />

SA 06 – A Mata Semidecídua 22K 732681; 7985634<br />

SA 06 – B Mata Semidecídua 22K 732467; 7985473<br />

SA 07 – A Mata Semidecídua 22K 711394; 7973614<br />

SA 07 – B Mata Semidecídua 22K 711269; 7973694<br />

SA 08 – A Mata Semidecídua 22K 722401; 7983192<br />

SA 08 - B Ambiente Antrópico 22K 722447; 7983129<br />

Foto 145. Armadilha fotográfica sendo instalada. Foto 146. Equipe instalando tomahawk.<br />

6.1.2 Mamíferos Aquáticos<br />

Para o levantamento de dados de abundância das espécies de mastofauna aquática foi utilizado o<br />

método de Amostragem à Distância, na sua modalidade de transecto de banda, a partir de um<br />

barco e paralelo à margem a uma distância de cem metros. O esforço de amostragem pela<br />

amostragem a distância foi de 03 (três) horas/dia totalizando um esforço de 48 horas. Os<br />

transectos realizados de barco aconteceram nas primeiras e últimas horas do dia, período de<br />

maior mobilidade de mamíferos de médio e grande porte (Foto 147).<br />

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6.1.3 Análise dos Dados<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 147. Uso de binóculo no transecto aquático.<br />

Os dados de mastofauna coletados na terceira campanha de levantamento da UHE Itumbiara<br />

tiveram os seus valores de abundância e riqueza analisados com relação a suas guildas tróficas,<br />

status de conservação, habitats, além das análises estatísticas de diversidade Shannon,<br />

Equitabilidade, similaridade entre os sítios amostrais, índice de Jack-knife 1 associado à curva de<br />

acumulação. A seguir segue uma descrição de algumas análises que foram empregadas neste<br />

relatório. O sucesso do esforço amostral por método de captura também foi utilizado para<br />

averiguar a eficiência do método de amostragem.<br />

Classificação de Espécies Ameaçadas<br />

Como uma análise faunística padrão, os dados disponíveis foram contrastados com as listagens<br />

oficiais de animais ameaçados ou em perigo de extinção em uso no Brasil, a saber:<br />

1. Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção – oficializada pelo<br />

IBAMA através da Portaria nº 1.522, de 19/12/89 e da Portaria nº 45-N, de 27/04/92. A<br />

listagem do IBAMA é uma compilação a partir de dados de consultores internos no<br />

Brasil e da listagem CITES e foi atualizada recentemente pela Instrução Normativa 03/03<br />

(IBAMA, 2003);<br />

2. A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora<br />

Silvestres (Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Flora - CITES) foi assinada, inicialmente, em Washington, D.C., em 03/03/73 e<br />

efetivada em julho de 1975. Os signatários do CITES reconhecem que a fauna e flora<br />

silvestres em suas mais variadas formas são partes insubstituíveis dos sistemas naturais<br />

da Terra e, dessa forma, são obrigados a monitorar o comércio global da vida silvestre e<br />

produtos da vida silvestre e tomar ações em favor das espécies que podem se tornar<br />

ameaçadas pelo comércio internacional. As listas dos CITES estão incluídas em<br />

apêndices, descritos a seguir:<br />

Apêndice I (CITES I) – espécie ameaçada de extinção e que está ou pode ser<br />

afetada pelo comércio;<br />

Apêndice II (CITES II) – espécie que pode ou não estar ameaçada no presente mas<br />

pode ser tornar ameaçada se o comércio não for estritamente regulamentado; e<br />

Apêndice III (CITES III) – listagem opcional para que os signatários possam<br />

proteger espécies nativas que podem estar ameaçadas pelo comércio.<br />

3. A União Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for<br />

Conservation of Nature – IUCN) mantém uma Lista Vermelha dos Animais Ameaçados<br />

(Red List of Threatened Animals – RLTA) que é compilada e mantida pelo Centro<br />

Mundial de Monitoramento da Conservação (World Conservation Monitoring Centre –<br />

WCMC) com a consultoria dos grupos de especialistas da IUCN (IUCN Specialist<br />

Groups – IUCN-SSC) e a assistência, no que diz respeito a aves, do BirdLife<br />

International. Nesse sentido, as espécies podem ser categorizadas como:<br />

NE- Não avaliado EN- Ameaçado<br />

DD- Dados insuficientes CR- Criticamente ameaçado<br />

LC- Mínima preocupação EW- Extinto em estado selvagem<br />

NT- Quase ameaçado EX- Extinto<br />

VU- Vulnerável<br />

Índice de Diversidade de Shannon-Wiener<br />

O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi calculado para cada grupo faunístico. O índice<br />

de equitabilidade mediu o quanto os indivíduos estão distribuídos por espécie por grupo<br />

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137


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

faunístico. O índice de diversidade utilizado foi o pelo método de Shannon-Wiener e de<br />

equitabilidade pela relação H/Hmax, ambos descritos em KREBS (1989) e dado por:<br />

e<br />

Para estes cálculos foi utilizado o programa Biodiversity Pro, disponível pela internet.<br />

Índice de Similaridade<br />

O índice de similaridade utilizado foi o de Jaccard, descrito por MAGURRAN (1988),<br />

utilizando-se o programa Biodiversity PRO, disponível na internet. A similaridade foi calculada<br />

entre os pontos de coleta.<br />

Curva do Coletor e Estimativa de Riqueza<br />

A curva do coletor compreende um gráfico composto de dois eixos ortogonais cujo eixo<br />

horizontal compreende o esforço amostral e o eixo vertical a riqueza (acumulada) de espécies.<br />

No geral, a curva formada exibe o seguinte padrão: uma curva inicial ascendente de crescimento<br />

acelerado, que prossegue cada vez mais devagar de acordo com o aumento do esforço amostral<br />

até formar um platô ou assíntota (MARTINS & SANTOS, 1999).<br />

O índice de estimativa da riqueza das espécies foi calculado pelo índice de Jacknife, descrito em<br />

KREBS (1989) e dado por:<br />

Onde:<br />

S = s + [(n – 1) / n] k<br />

S é a estimativa Jacknife da riqueza das espécies;<br />

s corresponde ao número total de espécies encontradas em n dias;<br />

n é o número de dias amostrados; e,<br />

k é o número total de espécies únicas (ocorrem em somente um dia).<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Para a análise dos dados foi utilizado o programa Biodiversity-Pro (GOTELLI & COWLELL;<br />

2001). As curvas foram calculadas pelo número de espécies coletadas em função dos dias de<br />

coleta.<br />

Eficiência dos Métodos de Captura<br />

O sucesso de captura total para os diferentes métodos de captura (rede neblina, tomahawk e pit-<br />

fall) foram testados para averiguar as suas respectivas eficiências. Este resultado é obtido através<br />

da fórmula:<br />

6.2 Resultados e Discussão<br />

Sucesso de captura = n° de captura total da campanha x 100<br />

Esforço amostral<br />

Existem atualmente cerca de 5.487 espécies de mamíferos distribuídos no mundo (WILSON &<br />

REEDER, 2005), desse total ocorrem no Brasil 12,54% ou, aproximadamente, 688 espécies<br />

(REIS et al., 2011). O Cerrado é o terceiro bioma brasileiro em diversidade de mamíferos, com<br />

195 espécies (REIS et al. 2006), perdendo apenas para a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica.<br />

Os quirópteros representam o grupo mais rico, estando representado com 42% do total de<br />

espécies, seguido pelo grupo dos pequenos roedores com 29% (FONSECA et al., 1999). Os<br />

mamíferos do Cerrado, assim como as aves, apresentam níveis relativamente baixos de<br />

endemismo (23 espécies no total), por compartilhar a maior parte das espécies com os outros<br />

grandes biomas do Brasil (MARINHO-FILHO et al., 2002). Os levantamentos de mamíferos<br />

mais completos são os de unidades de conservação no Cerrado, realizados no Parque Nacional<br />

das Emas, GO (RODRIGUES et al., 2002) e no Distrito Federal (MARINHO-FILHO et al.<br />

1998; FONSECA & REDFORD 1984).<br />

Na terceira campanha de levantamento da UHE Itumbiara foram contabilizados 148 indivíduos,<br />

distribuídos em 07 (sete) Ordens, 13 Famílias e 28 espécies. A família Phyllostomidae, composta<br />

por morcegos cuja característica mais marcante do grupo é a presensa de uma folha nasal<br />

menbranosa (REIS et al., 2007; REIS et al., 2011), foi a mais representativa em relação à<br />

abundância, com 45,95% (N=68) do total de espécimes de mamíferos registrados, bem como em<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

relação à riqueza, com 35,71% (N=10) das espécies registradas. As famílias Noctilionidae,<br />

Mustelidae e Echimyidae, foram as menos representativas, tanto em abundância quanto em<br />

riqueza, contribuindo cada uma com 01 (um) indivíduo e 01 (uma) espécie cada (Figura 40).<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Figura 40. Abundância e riqueza dos mamíferos terrestres registrados na UHE Itumbiara.<br />

Dentre as espécies registradas na UHE Itumbiara Carollia perspicillata (morcego) foi a mais<br />

abundante, com 45 indivíduos, seguida do Cebus libidinosus (macaco-prego), com 31 e<br />

Gracilinanus agilis (mucura) com 09 (nove) indivíduos (Figura 41).<br />

A maioria dos mamíferos registrados na UHE Itumbiara foram animais de médio e pequeno<br />

porte, em que o grupo de médio porte tem grande importância na conservação das relações<br />

ecológicas das quais os primatas participam na manutenção do seu habitat, pois estes<br />

representam uma porção significativa da biomassa de frugívoros vertebrados nas comunidades<br />

tropicais, afetando a estrutura e composição das plantas com as quais interagem (OLIVEIRA et<br />

al., 2008). O grupo de animais de pequeno porte tem grande importância na dinâmica dos<br />

ecossistemas, servindo como fonte de alimento a diversos predadores, controlando as populações<br />

de insetos, modificando a estrutura dos solos e dispersando sementes dentre outras ações<br />

(GASTAL, 1997). Assim monitorar as espécies e indivíduos deste grupo é uma ferramenta<br />

avaliativa importante sobre a saúde do ambiente local.<br />

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Abundância<br />

Riqueza<br />

140


Abundância<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 41. As 12 espécies mais abundantes encontradas na 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento.<br />

Em relação aos sítios amostrais, a maior abundância foi registrada no Sítio Amostral 04, com 47<br />

indivíduos registrados, seguido pelo SA02 com 30 exemplares, enquanto que o menor valor de<br />

abundância foi de 02 indivíduos, no Sítio Amostral 05. Avaliando a riqueza percebe-se que o<br />

SA08 apresentou a maior riqueza com 09 (nove) espécies, e o Sítio Amostral 05 apresentou a<br />

menor riqueza com 02 (duas) espécies registradas (Figura 42). No sítio amostral 08 ocorreram<br />

as seguintes espécies: Didelphis albiventris (gambá), Gracilinanus agilis (mucura),<br />

Mymercophaga tridactyla (tamanduá-bandeira), Carollia perspicillata (morcego), Anoura<br />

caudifer (morcego), Platyrrhinus recifinus (morcego), Cerdocyon thous (cachorro-do-mato),<br />

Mazama gouazoubira (veado-catingueiro) e Calomys tener (rato) (Figura 43).<br />

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141


50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 42. Riqueza e abundância de mamíferos em cada Sítio Amostral (SA) Itumbiara.<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

Figura 43. Abundância das espécies registradas por Sítio Amostral (SA) da UHE Itumbiara.<br />

Dentre os ambientes identificados na área em estudo, o ambiente antrópico apresentou a maior<br />

abundância com 64 indivíduos registrados de 14 espécies diferentes, enquanto que cerradão e o<br />

aquático apresentaram as menores abundâncias com apenas 03 (três) exemplares catalogados em<br />

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Abundância<br />

Riqueza<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

Didelphis albiventris Gracilinanus agilis Marmosa murina<br />

Monodelphis domestica Callithrix penicillata Cebus libidinosus<br />

Mymercophaga tridactyla Carollia perspicillata Anoura caudifer<br />

Anoura geoffroyi Glossophaga soricina Artibeus obscurus<br />

Chiroderma villosum Platyrrhinus lineatus Platyrrinus recifinus<br />

Sturnira lilium Phyllostomus discolor Noctilio leporinus<br />

Molossus molossus Cerdocyon thous Lycalopex vetulus<br />

Eira barbara Mazama gouazoubira Pecari tajacu<br />

Calomys tener Rhipidomys sp Hydrochoerus hydrochaeris<br />

Thrichomys sp<br />

142


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

cada ambiente, sendo que a riqueza do ambiente aquático foi à menor registrada com apenas 01<br />

(uma) espécie (Figura 44).<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Figura 44. Abundância e riqueza de mamíferos amostrados em diferentes ambientes da<br />

UHE Itumbiara.<br />

Legenda: MG = Mata de Galeria, MS = Mata Semidecidual, CE = Cerrado Típico, CD =<br />

Cerradão, AA= Ambiente Aquático e ANT = Antrópico.<br />

As listas internacionais CITES (2011) e IUCN (2011) e nacional IBAMA (MACHADO et al.,<br />

2008) de fauna e flora ameaçadas de extinção foram consultadas para averiguar o status de<br />

conservação dos mamíferos registrados na área do empreendimento. Assim, o Callithrix<br />

penicillata (sagui-tufo-branco) e o Cebus libidinosus (macaco- prego) encontram-se no Apêndice<br />

II do CITES, enquanto que na IUCN estão o Myrmecophaga tridactyla (tamanduá bandeira) e<br />

Tapirus terrestres (anta) que são citadas como “Vulnerável”. Porém a lista Nacional é a de maior<br />

relevância para a comunidade faunística brasileira, assim a espécie Myrmecophaga tridactyla –<br />

tamanduá-bandeira encontra-se Vulnerável à extinção, segundo MACHADO et al., (2008)<br />

(Quadro 23). Estas espécies necessitam de uma atenção especial, já que as suas populações<br />

encontram-se em declínio.<br />

0<br />

MG MS CE CD AA ANT<br />

Entre as diferentes técnicas de censo, a captura foi a mais eficiente, sendo registrados 94<br />

indivíduos, através das armadilhas de queda (pit-fall), rede de neblina (mist-net) e tomahawk,<br />

seguido de avistamento (avistamento, transecto noturno e transecto aquático), que contabilizaram<br />

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Abundância<br />

Riqueza<br />

143


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

46 indivíduos. Com relação à riqueza, o método de captura também foi o mais eficiente,<br />

apresentando 12 espécies capturadas com rede de neblina seguido do método de avistamento que<br />

colaborou com 07 (sete) espécies. (Figura 45).<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Figura 45. Abundância e riqueza de mamíferos amostrados por método de registro na<br />

UHE Itumbiara.<br />

Legenda: AV = Avistamento, AF = Armadilha Fotográfica, TK = Tomahawk , PT =<br />

Pit-fall e RN = Rede de Neblina.<br />

Dentre os métodos de captura a rede de neblina e as armadilhas tomahawk foram os mais<br />

eficazes no registro de espécies catalogadas na UHE Itumbiara, representado por 75 e 16<br />

indivíduos, respectivamente. Os mamíferos de pequeno porte capturados em tomahawk<br />

pertencem às famílias Didelphidae, Cricetidae e Echimyidae. Já as redes de neblina contribuíram<br />

com 13 espécies das famílias Phyllostomidae, Noctilionidae e Molossidae. As armadilhas de<br />

queda (pit-fall) foram responsáveis pela captura de 03 (três) indivíduos de 03 (três) espécies<br />

diferentes (Figura 46).<br />

0<br />

AV AF TK PT RN<br />

Captura<br />

O cálculo do sucesso de captura, que é a razão entre o número total de capturas sobre o esforço<br />

amostral total, demonstra que a rede de neblina apresentou a maior eficiência com valor 6,9<br />

capturas/rede, enquanto que a eficiência de pit-fall foi de 1,88 capturas/balde e a tomahawk teve<br />

a menor eficiência com 0,83 capturas/tomahawk. Embora sejam métodos totalmente distintos<br />

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Abundância<br />

Riqueza<br />

144


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

estes resultados podem ser utilizados para comparação do esforço amostral necessário para que<br />

os mamíferos sejam capturados.<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Figura 46. Abundância e riqueza por método de captura na UHE Itumbiara.<br />

Mamíferos de Pequeno Porte Voadores<br />

A terceira campanha de levantamento de fauna da UHE Itumbiara foi realizada com 16 dias de<br />

amostragem, nos quais foram registrados 75 indivíduos de 12 espécies diferentes. A espécie<br />

Carollia perspicillata da família Phyllostomidae, apresentou o maior índice de capturas, sendo<br />

registrados 45 indivíduos, seguido das espécies Glossophaga soricina, Phyllostomus discolor,<br />

ambos da família Phyllostomidae e Molossus molossus, da família Molossidae, com registro de<br />

06 (seis) indivíduos cada ao longo da campanha. (Figura 47 e Quadro 21).<br />

Um gráfico (Figura 48) foi gerado para avaliar a relação temperatura X eficiência em captura de<br />

quirópteros, assim foi possível detectar um leve declive nos valores de riqueza e abundância à<br />

medida que a temperatura diminui. Houve um agravante nesta campanha para a captura de<br />

quirópteros devido às recorrentes precipitações no final de tarde, que se estendiam pelo período<br />

noturno. Conforme demostrado no gráfico, a eficiência de captura maior se deu à medida que a<br />

temperatura se aproximou de 30 graus.<br />

Tomahawk Pit-fall Rede de<br />

Neblina<br />

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Abundância<br />

Riqueza<br />

145


45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

Figura 47. Abundância e riqueza de morcegos por Sítio Amostral (SA).<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16<br />

Dias Trabalhados<br />

Figura 48. Abundância e riqueza de quirópteros em função da temperatura.<br />

Quadro 21. Espécies quirópteros capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da UHE Itumbiara.<br />

Nome científico N° de Marcação Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral (SA) Status<br />

Carollia perspicillata 43 J M 28/03/12 MS SA01 1<br />

Phyllostomus discolor 44 J M 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Phyllostomus discolor - - M 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Phyllostomus discolor - - - 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Molossus molossus - - - 29/03/12 ANT SA07 1<br />

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Abundância<br />

Riqueza<br />

Abundância<br />

Riqueza<br />

Temperatura<br />

146


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Nome científico N° de Marcação Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral (SA) Status<br />

Platyrrhinus lineatus 45 J M 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Phyllostomus discolor 48 A M 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Molossus molossus 46 J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Molossus molossus - A F 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Molossus molossus - J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Chiroderma villosum 49 J M 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Molossus molossus - A M 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Phyllostomus discolor 50 J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Molossus molossus - J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Noctilio leporinus 51 A M 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Phyllostomus discolor 52 J F 29/03/12 ANT SA07 1<br />

Carollia perspicillata 26 - - 30/03/12 MG SA08 2<br />

Carollia perspicillata 53 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />

Carollia perspicillata 54 A F 30/03/12 MG SA08 1<br />

Carollia perspicillata 55 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />

Carollia perspicillata 56 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />

Carollia perspicillata 57 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />

Carollia perspicillata 58 J M 30/03/12 MG SA08 1<br />

Carollia perspicillata 59 J F 30/03/12 MG SA08 1<br />

Anoura caudifer 60 J M 30/03/12 MG SA08 1<br />

Platyrrhinus recifinus 61 J M 30/03/12 MG SA08 1<br />

Sturnira lilium 62 J F 31/03/12 ANT SA06 1<br />

Carollia perspicillata 63 J F 04/04/12 MG SA02 1<br />

Carollia perspicillata 64 J F 04/04/12 MG SA02 1<br />

Carollia perspicillata 65 J F 04/04/12 MG SA02 1<br />

Artibeus obscurus 66 J M 05/04/12 MS SA05 1<br />

Carollia perspicillata 67 J F 07/04/12 MG SA03 1<br />

Carollia perspicillata 69 J M 07/04/12 MG SA03 1<br />

Carollia perspicillata 68 J M 07/04/12 MG SA03 1<br />

Carollia perspicillata 71 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Anoura caudifer 72 A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata 70 J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Anoura caudifer 73 A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata 74 J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata 75 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata 76 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata 77 J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

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147


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Nome científico N° de Marcação Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral (SA) Status<br />

Carollia perspicillata 78 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata 79 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata 80 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - A M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Carollia perspicillata - J F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Anoura caudifer 81 A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Glossophaga soricina 82 A M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Glossophaga soricina 84 J M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Glossophaga soricina 83 A F 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Anoura caudifer 85 A M 09/04/12 ANT SA04 1<br />

Legenda: A = Adulto. M = Macho, F = Fêmea; Ambiente: MS = Mata Semidecidual, MG = Mata de Galeria e<br />

ANT = Antrópico; Status: 1= Novo, 2= Recaptura.<br />

Mamíferos de Pequeno Porte Não Voadores<br />

Nesta campanha foram 19 indivíduos de 07 (sete) espécies diferentes, em que a espécie mais<br />

frequente foi o Gracilinanus agilis (mucura) com 09 (nove) indivíduos capturados, seguido da<br />

espécie Didelphis albiventris (gambá) com 05 (cinco) indivíduos, ambos representantes da<br />

família Didelphidae (Quadro 22). Os indivíduos, sempre que possível, foram mensurados e<br />

soltos no mesmo local em que foram capturados.<br />

Quadro 22. Mamíferos de pequeno porte não voadores capturadas na 3ª (terceira) campanha de Levantamento da<br />

UHE Itumbiara.<br />

Nome científico Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral<br />

Didelphis albiventris A F 29/03/12 MS SA06<br />

Thricomys sp A M 29/03/12 MS SA06<br />

Didelphis albiventris A F 30/03/12 MS SA08<br />

Gracilinanus agilis A F 30/03/12 MS SA08<br />

Calomys tener J - 30/03/12 MS SA08<br />

Marmosa murina J M 30/03/12 MS SA07<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Nome científico Idade Sexo Data Ambiente Sítio Amostral<br />

Didelphis albiventris J M 31/03/12 MS SA08<br />

Gracilinanus agilis A M 31/03/12 MS SA08<br />

Gracilinanus agilis A F 01/04/12 MS SA08<br />

Didelphis albiventris A M 01/04/12 MS SA06<br />

Didelphis albiventris A F 03/04/12 MS SA08<br />

Monodelphis domestica J - 04/04/12 CE SA04<br />

Gracilinanus agilis A - 05/04/12 CE SA04<br />

Rhipidomys sp A F 10/04/12 CD SA03<br />

Gracilinanus agilis A M 10/04/12 CE SA04<br />

Gracilinanus agilis A M 10/04/12 CE SA04<br />

Gracilinanus agilis A F 11/04/12 CE SA04<br />

Gracilinanus agilis A M 11/04/12 CE SA04<br />

Gracilinanus agilis A F 11/04/12 CE SA04<br />

Legenda: A = Adulto e J = Jovem. M = Macho e F = Fêmea. Ambiente: MS = Mata Semidecidual, CE = Cerrado e<br />

CD = Cerradão.<br />

Mamíferos Aquáticos<br />

Para este grupo em específico foram destinadas mais de 50 horas na 3ª (terceira) campanha de<br />

levantamento em deslocamentos (transectos) de barco, nos principais afluentes afetados pelo<br />

represamento da UHE Itumbiara, porém nenhum indivíduo ou indício da ocorrência destas<br />

espécies foi constatado.<br />

Porém alguns moradores locais foram entrevistas, para averiguar se há ocorrência destas espécies<br />

para a área em estudo e segundo a informação dos mesmos é possível registrar lontras (Lontra<br />

longicauda) e ariranhas (Pteronura brasiliensis) no rio Paranaíba e seus tributários. Estes<br />

relatam que constantemente estes indivíduos são avistados nas proximidades dos locais em que<br />

redes de pesca são instaladas. Porém a frequência maior de registro, segundo os ribeirinhos, é de<br />

ariranhas (P. brasiliensis).<br />

Provavelmente ao longo das campanhas de levantamento estas espécies serão registradas na área<br />

do reservatório da UHE Itumbiara. Das espécies com presença relatada por moradores locais,<br />

destaca-se a ariranha (P. brasiliensis) que é uma espécie vulnerável a extinção, segundo a Lista<br />

Nacional de Espécies Ameaçadas de extinção (MACHADO et al., 2008).<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Quadro 23. Táxons de mamíferos registrados na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara.<br />

Sítios Amostrais (SA) Ameaça de Extinção<br />

TAXON NOME VULGAR 1 2 3 4 5 6 7 8 IBAMA IUCN CITES<br />

ClASSE MAMMALIA<br />

Ordem Didelphimorphia<br />

Família Didelphidae<br />

Didelphis albiventris gambá 2 3<br />

Gracilinanus agilis mucura 1 5 3<br />

Monodelphis domestica catita<br />

Marmosa murina catita 1<br />

Ordem Pilosa<br />

Família Myrmecophagidae<br />

Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira 1 1 1 1 1 VU VU<br />

Ordem Primates<br />

Família Cebidae<br />

Callithrix penicillata sagui-tufo-branco 4 AII<br />

Cebus libidinosus macaco-prego 8 23 AII<br />

Ordem Chiroptera<br />

Família Phyllostomidae<br />

Anoura caudifer morcego-beija-flor 4 1<br />

Anoura geoffroyi morcego-beija-flor 1<br />

Glossophaga soricina morcego-beija-flor 6<br />

Phyllostomus discolor morcego 6<br />

Carollia perspicillata morcego 1 3 3 30 8<br />

Artibeus obscurus morcego 1<br />

Chiroderma villosum morcego 1<br />

Platyrrhinus lineatus morcego 1<br />

Platyrrhinus recifinus morcego 1<br />

Sturnira lilium morcego-fruteiro 1<br />

Família Noctilionidae<br />

Noctilio leporinus morcego-pescador 1<br />

Família Molossidae<br />

Molossus molossus morcego 6<br />

Ordem Carnívora<br />

Família Canidae<br />

Cerdocyon thous cachorro-do-mato 2<br />

Lycalopex vetulus raposinha do campo 1<br />

Família Mustelidae<br />

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3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Sítios Amostrais (SA) Ameaça de Extinção<br />

TAXON NOME VULGAR 1 2 3 4 5 6 7 8 IBAMA IUCN CITES<br />

Eira barbara irara 1<br />

Ordem Artiodactyla<br />

Família Cervidae<br />

Mazama gouazoubira veado-catingueiro 1 1<br />

Família Tayassuidae<br />

Pecari tajacu cateto 5<br />

Ordem Rodentia<br />

Família Cricetidae<br />

Calomys tener rato-calunga 1<br />

Rhipidomys sp. rato-de-algodão 1<br />

Família Caviidae<br />

Hydrochoerus hydrochaeris capivara 2 1<br />

Família Echimyidae<br />

Thrichomys sp punaré 1<br />

Legenda: IBAMA – VU = Vulnerável. IUCN - LC = Sem risco de extinção, DD = Dados Deficitários, VU =<br />

Vulnerável, CITES – AII = Apêndice II.<br />

Algumas ferramentas estatísticas, como índice de diversidade Shannon, Equitabilidade,<br />

Similaridade entre os Sítios Amostrais e Índice de Jack-knife 1 associado a curva de acumulação<br />

foram utilizadas para avaliar a comunidade de mamíferos na área da UHE Itumbiara.<br />

O índice de diversidade Shannon apresentou o maior valor para o Sítio Amostral 08 com 0,81,<br />

enquanto que a menor diversidade aconteceu no SA05 com 0,30. O Sítio Amostral 05 apresentou<br />

o valor máximo de equitabilidade, que é igual a 1. Enquanto que a menor equitabilidade<br />

aconteceu para o SA02 com 0,52 (Quadro 24 e Figura 49).<br />

Quadro 24. Valores de Shannon e Equitabilidade por Sítio Amostral (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento.<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

Diversidade 0,59 0,37 0,72 0,50 0,30 0,45 0,62 0,81<br />

Equitabilidade 0,84 0,52 0,93 0,65 1,00 0,95 0,80 0,85<br />

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151


1,2<br />

1<br />

0,8<br />

0,6<br />

0,4<br />

0,2<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 49. Diversidade Shannon e Equitabilidade em cada Sítio Amostral (SA) da UHE<br />

Itumbiara.<br />

Um dendrograma de similaridade foi elaborado para comparação dos valores de riqueza entre os<br />

pontos amostrais, deste modo os sítios amostrais se demonstraram pouco similares, com valor de<br />

similaridade média de 10,09%, em que os Sítios Amostrais 01 e 02, caracterizados por Mata<br />

Semidecídua e Mata de Galeria, respectivamente, apresentaram a maior similaridade com<br />

42,86%, enquanto que os Sítios 05 e 06 ambos caracterizados por Mata Semidecídua,<br />

apresentaram baixa similaridade, ou seja, nenhuma espécie em comum foi registrada para estes<br />

pontos (Figura 50 e Quadro 25).<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

Diversidade<br />

Equitabilidade<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Figura 50. Dendrograma de similaridade entre os Sítios Amostrais (SA) da UHE Itumbiara.<br />

Quadro 25. Valores de Shannon e Equitabilidade por Sítio Amostral (SA) na 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento.<br />

SA01 SA02 SA03 SA04 SA05 SA06 SA07 SA08<br />

SA01 * 42,86 22,22 10,00 0,00 0,00 10,00 16,67<br />

SA02 * * 37,50 10,00 0,00 0,00 10,00 16,67<br />

SA03 * * * 20,00 0,00 0,00 9,09 25,00<br />

SA04 * * * * 0,00 0,00 0,00 36,36<br />

SA05 * * * * * 0,00 0,00 0,00<br />

SA06 * * * * * * 0,00 9,09<br />

SA07 * * * * * * * 7,14<br />

SA08 * * * * * * * *<br />

Após 16 dias de amostragem em 08 (oito) Sítios Amostrais foram catalogadas 26 espécies de<br />

mamíferos na área da UHE Itumbiara e com base nestes resultados foi calculado o índice de<br />

Jack-knife 1 que estimou uma riqueza máxima de 42,8 espécies para a área de trabalho.<br />

Analisando as curvas de Jack-knife 1 e Acumulação percebe-se que as mesmas estão em<br />

ascensão. Estes resultados eram previstos, visto que está é a terceira atividade de campo, e à<br />

medida que o esforço amostral aumentar, as curvas tenderão á estabilização. Este gráfico<br />

demonstra a possibilidade de incremento de espécies ao check-list de mamíferos nas próximas<br />

campanhas de campo (Figura 51).<br />

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153


45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15<br />

Figura 51. Curvas de Jack-knife 1 e Curva de Acumulação para a terceiracampanha.<br />

A seguir segue o check-list fotográfico dos mamíferos registrados na 3ª (terceira) campanha de<br />

Levantamento da UHE Itumbiara (Fotos 148 a 166).<br />

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Jack-knife 1<br />

Curva de<br />

Acumulação<br />

Foto 148. Callithrix penicillata (sagui). Foto 149. Mymercophaga tridactyla (tamanduábandeira).<br />

154


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 150. Hydrochoerus hydrochaeris (capivara). Foto 151. Didelphis albiventris (gambá).<br />

Foto 152. Calomys tener (rato).<br />

Foto 153. Gracilinanus agilis (mucura).<br />

Foto 154. Rhipidomys sp. (rato-de-algodão). Foto 155. Anoura caudifer (morcego).<br />

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155


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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 156. Carollia perspicillata (morcego). Foto 157. Chiroderma villosum (morcego).<br />

Foto 158. Glossophaga soricina (morcego-beija-flor). Foto 159. Molossus molossus (morcego).<br />

Foto 160. Noctilio liporinus (morcego-pescador). Foto 161. Phyllostomus discolor (morcego).<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Foto 162. Platyrrhinus lineatus (morcego). Foto 163. Platyrrhinus recifinus (morcego).<br />

Foto 164. Sturnira lilium (morcego). Foto 165. Pecari tajacu (cateto), na armadilha<br />

fotográfica.<br />

Foto 166. Eira Barbara (irara), na armadilha<br />

fotográfica.<br />

Foto 167. Mymercophaga tridactyla (tamanduábandeira),<br />

na armadilha fotográfica.<br />

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157


6.3 Considerações Finais<br />

3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Na 3ª (terceira) campanha de levantamento da UHE Itumbiara foram catalogadas 28 espécies de<br />

mamíferos e 148 indivíduos. Nesta campanha foram registradas mais 06 (seis) espécies (Anoura<br />

geoffroyi, Artibeus obscurus, Chiroderma villosum, Platyrrhinus recifinus, Pecari tajacu.<br />

Calomys tener) que não haviam sido registradas na campanha anterior. Estes resultados foram<br />

satisfatórios para esta campanha e a tendência é de que novas espécies sejam registradas na<br />

campanha seguinte, já que o índice de Jack-knife 1 estimou uma riqueza de 42,8 espécies para a<br />

área de estudo.<br />

Nesta campanha foi registrada apenas 01 (uma) espécie vulnerável a extinção (Myrmecophaga<br />

tridactyla – tamanduá-bandeira, segundo a Lista Nacional de Fauna Ameaçada de Extinção<br />

(MACHADO et al., 2008). Esta espécie está vulnerável à extinção em decorrência da perda de<br />

seu habitat.<br />

6.4 Referências Bibliográficas<br />

CITES. (2011). Convention on International Trade in Endangered Species – 2010. Geneva.<br />

FONSECA, G.A.B. & REDFORD, K. H. (1984). The mammals of IBGE’s ecological reserve,<br />

Brasília, and an analysis of the role of gallery forests in increasing diversity. Revista<br />

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FONSECA, G.A.B. da, HERRMANN, G. & LEITE, Y.L.R. (1999). Macrogeography of<br />

Brazilian mammals. In : J. F. Eisenberg & K.H. Redford (eds.). Mammals of the Neotropics:<br />

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GASTAL, M.L.A. (1997). Ecologia de Comunidades de Pequenos Mamíferos em Matas de<br />

Galeria de Brasília, DF. Tese de Doutorado, Instituto de Ciências da Universidade de<br />

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GOTELLI, N. J. & COLWELL. R. (2001). Quantifying biodiversity: procedures and pitfalls in<br />

the measurement and comparison of species richness. Ecology Letters, 4: 379-391.<br />

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. (2003).<br />

Lista das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Ministério do Meio Ambiente,<br />

<strong>Ibama</strong>, Brasília. Disponível em http://www.biodiversitas. org.br.<br />

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Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

IUCN - International Union for Conservation of Nature. (2011). Red List of Threatened Species.<br />

Version 2011.1. Disponível em: http://www.iucnredlist.org. Acessado dia 04 de Novembro<br />

de 2011.<br />

KREBS, C.J. (1989). Ecological metodology. New York, Harper & Hall, 654p.<br />

MACHADO, A.B. M, DRUMNOND. G. M. & PAGLIA, A. P. (2008). Livro Vermelho da<br />

Fauna Ameaçada de Extinção. Brasília, DF. Ministério do Meio Ambiente, Belo Horizonte,<br />

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MARINHO-FILHO, J., RODRIGUES, F.H.G. & JUAREZ, K.M. (2002). The Cerrado<br />

Mammals: diversity, ecology and natural history. 266-284 In: Oliveira, P.S. & R.J. Marquis<br />

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Columbia University Press.<br />

MARINHO-FILHO, J.S., RODRIGUES, F.H.G., GUIMARÃES, M.M. & REIS., M.L. (1998).<br />

Os mamíferos da Estação Ecológica de Águas Emendadas. Planaltina, DF, p. 34-63. In: J.<br />

Marinho-Filho; F.H.G. Rodrigues & M. Guimarães (Eds).Vertebrados da Estação Ecológica<br />

de Águas Emendadas - História Natural e Ecologia em um fragmento de cerrado do Brasil<br />

Central. Brasília, SEMATEC/IEMA, 92p.<br />

MARTINS, F.R. & SANTOS, F.A.M. (1999). Técnicas usuais de estimativa da biodiversidade.<br />

Holos 1: 236-267.<br />

OLIVEIRA, P.P, GRATIVOL, A.D, MIRANDA, C.R.R (2008). Associação mico-leão-dourado.<br />

Editora da Universidade Estadual do Norte Fluminense 21 ed. Casimiro de Abreu RJ,199p.<br />

REIS, N.R., PERACCHI, A.L., PEDRO, W.A. & LIMA, I.P. (eds.). (2006). Mamíferos do Brasil.<br />

Londrina, 437 p.<br />

REIS, N.R.; PERACCHI, A.L.; PEDRO, W.A. & LIMA, I.P. (eds.). (2011) Mamíferos do<br />

Brasil. 2ª ed. Londrina: Edição do autor, 439p.<br />

RODRIGUES, F.H.G., SILVEIRA, L., JÁCOMO, A.T.A., CARMIGNOTTO, A.P., BEZERRA,<br />

A.M.R., COELHO, D.C., GARBOGINI, H., PAGNOZZI, J. & HASS, A.<br />

(2002). Composição e caracterização da fauna de mamíferos do Parque Nacional das Emas,<br />

Goiás, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia 19(2: 589-600.<br />

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Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

WILSON, D.E. & REEDER, D.M. (2005) Mammal species of the world: a taxonomic and<br />

geographic reference. 3ª ed. Baltimore, Maryland, John Hopkins University Press, 2142 p.<br />

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UHE Itumbiara<br />

ANEXO I – Licença de Fauna de Vertebrados Terrestres e Aquáticos.<br />

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ANEXO II – Autorização para anilhamento na área do Reservatório da UHE Itumbiara.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

163


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

164


3º Relatório Técnico (2012)<br />

Programa de Levantamento da Fauna<br />

Terrestre e Aquática<br />

UHE Itumbiara<br />

_________________________________________________________________<br />

Pablo Vinicius Clemente Mathias<br />

Diretor Técnico<br />

Biota – Projetos e Consultoria Ambiental Ltda.<br />

CNPJ: 05.761.748.0001-20<br />

_________________________________________________________________<br />

Cláudio Veloso Mendonça<br />

Diretor Administrativo<br />

Biota – Projetos e Consultoria Ambiental Ltda.<br />

CNPJ: 05.761.748/0001-20<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74.083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone/Fax: (62) 3945-2461 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br<br />

Goiânia, 04 de maio de 2012.<br />

BIOTA – PROJETOS E CONSULTORIA AMBIENTAL LTDA.<br />

Rua 86-C nº 64 – Setor Sul - CEP: 74083-360. Goiânia - GO – Brasil<br />

Fone: (62) 3945-2461 / 8405-4449 / 8405-4451<br />

www.biotanet.com.br<br />

biota@biotanet.com.br<br />

165

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