Dissertação_Hamilton Correa Barbosa versão final - Sistema de ...

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05.08.2013 Views

desempenho (leading indicators), ao contrário, esses fatores indicam apenas o desempenho após os fatos já terem ocorridos. Para explicar a preocupação gerada pelos números colhidos pelas empresas, Lingle e Schiemann 29 (1996) apud Frolick e Ariyachandra (2006) analisaram estudos sugerindo que perto de 50 por cento dos gerentes executivos não confiavam nos números que lhes eram apresentados, e identificaram como uma das razões o fato de que tanto os gerentes como suas empresas trabalhavam com objetivos vagos, levando suas empresas a medir o processo ou a atividade erradamente. Há várias formas de medir o desempenho, e o mais apropriado é escolher uma forma simples, acessível, possível de ser transmitida e entendida, sem limitar- se a indicadores financeiros existentes (a mais simples forma), que podem não refletir adequadamente a estratégia empresarial, devido ao seu viés de procurar retornos rápidos e a curto prazo. Pace et al. (2003) afirmam que um sistema estratégico de mensuração é mais do que a simples coleta de dados não financeiros, requerem equilíbrio e integração, um desenho planejado que possibilite destacar os fatores críticos de sucesso, que permita aos gestores analisar onde o valor está sendo criado, onde são necessários investimentos e melhorias. Para os autores, desenvolver um sistema adequado de mensuração demanda mapear os processos, identificando-se quais são as seqüências de atividades e seus principais agentes. Segundo Jensen e Sage (2000), um sistema de gestão pode ser utilizado para apoiar e visualizar a organização como um sistema em evolução dinâmica e adaptativa, identificando metas e objetivos através da estrutura organizacional e especificando que informações organizacionais são necessárias para o desempenho 29 Lingle, J.; Schiemann, W. (1996). From balanced scorecard to strategic gauges: is measurement worth it? Management Review, 85(2) p. 56–61 69

da gestão, que infra-estrutura adequada de informações suporta a utilização de um sistema de medição de desempenho. Para os autores, a execução deve ser um processo de melhoria altamente sistemático e estruturado, envolvendo ativamente toda a organização. Cada organização deve reunir informações quantitativas, sobre sua performance, e qualitativas, sobre o desempenho dos concorrentes e do ambiente em que a organização se insere, utilizando-as para avaliar o seu próprio desempenho, em relação a outras organizações, a fim de identificar áreas para melhoria interna, formular planos de melhoramento integrado, e avaliar seus progressos. Corrêa e Corrêa (2006) chamam a atenção de que o avanço das medidas de performance e a criação do sistema de indicadores têm levado as empresas a se dedicarem incisivamente em melhorar seu desempenho como, por exemplo, programas de qualidade total, produção enxuta, just-in-time e manufatura de classe mundial, benchmarking, entre outras. Para Corrêa e Corrêa (2006, p. 159), a medição de desempenho pode ser definida como “o processo de quantificação da eficiência e da eficácia das ações tomadas por uma operação”, ou ainda como “métricas usadas para quantificar a eficiência e a eficácia de ações”. Na análise dos autores, um sistema de medição de desempenho forma um conjunto coerente de métricas que quantificam a eficiência e a eficácia das ações atendendo a dois propósitos centrais: primeiro, como parte integrante do ciclo de planejamento e controle, fornecendo os meios para a captura de dados sobre desempenho que apóiam a tomada de decisões e; segundo, influenciando os comportamentos desejados nas pessoas e nos sistemas de operações. Corrêa e Corrêa (2006) ponderam que para uma medida de desempenho adequada é preciso que ela seja derivada da estratégia, que seja simples de entender e usar, relevante, objetiva não apenas opinativa, claramente definida, com impacto visual e que permita prover feedback. 70

<strong>de</strong>sempenho (leading indicators), ao contrário, esses fatores indicam apenas o<br />

<strong>de</strong>sempenho após os fatos já terem ocorridos.<br />

Para explicar a preocupação gerada pelos números colhidos pelas<br />

empresas, Lingle e Schiemann 29 (1996) apud Frolick e Ariyachandra (2006)<br />

analisaram estudos sugerindo que perto <strong>de</strong> 50 por cento dos gerentes executivos<br />

não confiavam nos números que lhes eram apresentados, e i<strong>de</strong>ntificaram como uma<br />

das razões o fato <strong>de</strong> que tanto os gerentes como suas empresas trabalhavam com<br />

objetivos vagos, levando suas empresas a medir o processo ou a ativida<strong>de</strong><br />

erradamente.<br />

Há várias formas <strong>de</strong> medir o <strong>de</strong>sempenho, e o mais apropriado é escolher<br />

uma forma simples, acessível, possível <strong>de</strong> ser transmitida e entendida, sem limitar-<br />

se a indicadores financeiros existentes (a mais simples forma), que po<strong>de</strong>m não<br />

refletir a<strong>de</strong>quadamente a estratégia empresarial, <strong>de</strong>vido ao seu viés <strong>de</strong> procurar<br />

retornos rápidos e a curto prazo.<br />

Pace et al. (2003) afirmam que um sistema estratégico <strong>de</strong> mensuração é<br />

mais do que a simples coleta <strong>de</strong> dados não financeiros, requerem equilíbrio e<br />

integração, um <strong>de</strong>senho planejado que possibilite <strong>de</strong>stacar os fatores críticos <strong>de</strong><br />

sucesso, que permita aos gestores analisar on<strong>de</strong> o valor está sendo criado, on<strong>de</strong><br />

são necessários investimentos e melhorias.<br />

Para os autores, <strong>de</strong>senvolver um sistema a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> mensuração<br />

<strong>de</strong>manda mapear os processos, i<strong>de</strong>ntificando-se quais são as seqüências <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s e seus principais agentes.<br />

Segundo Jensen e Sage (2000), um sistema <strong>de</strong> gestão po<strong>de</strong> ser utilizado<br />

para apoiar e visualizar a organização como um sistema em evolução dinâmica e<br />

adaptativa, i<strong>de</strong>ntificando metas e objetivos através da estrutura organizacional e<br />

especificando que informações organizacionais são necessárias para o <strong>de</strong>sempenho<br />

29 Lingle, J.; Schiemann, W. (1996). From balanced scorecard to strategic gauges: is measurement<br />

worth it? Management Review, 85(2) p. 56–61<br />

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