Dissertação_Hamilton Correa Barbosa versão final - Sistema de ...

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05.08.2013 Views

estratégia, compartilhando entendimento e comprometimento entre todos os integrantes da organização. A visão descreve um resultado pretendido, uma estratégia, no entanto, deve descrever de que forma os resultados serão alcançados, como serão satisfeitos empregados, clientes e acionistas. Hikage et al. (2003) também reconhecem a importância de uma visão estratégica, afirmando que uma visão estratégica não implica uma visão estática do cenário competitivo, a empresa precisa mudar sua estratégia se houver mudanças significativas no setor, sustentada pela habilidade em fazer trade-offs e desenvolver um novo conjunto de atividades complementares que possibilitem obter vantagem sustentável. Prahalad e Hamel (2005) discordam da posição de destaque que é atribuída à visão no processo de elaboração da estratégia ressalvando que mais importantes do que a visão em si é a capacidade de adaptação, e uma implementação sólida. O que realmente se coloca em evidência para os autores não é a visão da empresa, mas sua capacidade de execução de suas estratégias, evitando que a visão da empresa seja apenas uma extensão do ego do principal executivo. Daí a importância de comunicar-se de forma eficaz a estratégia da empresa. Os autores então chamam a atenção para a importância das equipes de gerência sênior no desenvolvimento de uma visão previdente, bem fundamentada e criativa das oportunidades do futuro. Uma equipe de alta gerência que não faça um investimento substancial na criação de previsões para o futuro do setor coloca-se à mercê de concorrentes com maior visão do amanhã. Para sustentar a fase de elaboração da estratégia é preciso ter-se uma visão holística da empresa e do seu contexto. Para tal, deve-se apoiar em diagnósticos externos de mercado avaliando o comportamento dos clientes e da concorrência, os dados micro e macro-econômicos, utilizando ferramentas ou 47

metodologias para realizar uma análise de tendências do comportamento do consumidor/cliente e fazer comparações com os recursos disponíveis e o comportamento dos stakeholders. No rol de ferramentas que contextualizam a empresa em uma visão holística relação ao seu mercado encontram-se a matriz SWOT (traduzida como forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) e o modelo de análise de estratégia competitiva de Porter, também chamado de modelo das cinco forças competitivas (novos entrantes, poder de barganha dos consumidores, poder de barganha dos fornecedores, existência de produtos substitutos, grau da rivalidade na indústria) 12 . Para fazer um diagnóstico interno, olhando para os recursos da empresa, pode-se utilizar o modelo visão baseada em recursos (resource based value) de Barney 13 , para identificar os recursos que a empresa necessita, dispõe ou que precisa desenvolver para encontrar vantagens competitivas sustentáveis. O modelo visão baseada em recursos pressupõe que as empresas são heterogêneas em termos de recursos estratégicos (ativos, capacidades, processos organizacionais, atributos, informação, conhecimento), e que esses recursos podem ser mutáveis, o que se coloca como pressuposto para a análise de fontes de vantagens competitivas sustentáveis. Para Barney (1991) uma empresa tem vantagem competitiva quando implementa uma estratégia para criar valor que não pode ser simultaneamente implementada pelos seus concorrentes, atuais e potenciais, ou estes são incapazes de duplicar os benefícios da estratégia adotada. Segundo o autor, a fonte de vantagens competitivas concentra-se em fatores internos à empresa, e nas competências desenvolvidas e controladas pela organização. 12 Porter (2004), cap. 1 13 Barney (1991) - Firm resources and sustained competitive advantage. 48

estratégia, compartilhando entendimento e comprometimento entre<br />

todos os integrantes da organização.<br />

A visão <strong>de</strong>screve um resultado pretendido, uma estratégia, no entanto,<br />

<strong>de</strong>ve <strong>de</strong>screver <strong>de</strong> que forma os resultados serão alcançados, como serão<br />

satisfeitos empregados, clientes e acionistas.<br />

Hikage et al. (2003) também reconhecem a importância <strong>de</strong> uma visão<br />

estratégica, afirmando que uma visão estratégica não implica uma visão estática do<br />

cenário competitivo, a empresa precisa mudar sua estratégia se houver mudanças<br />

significativas no setor, sustentada pela habilida<strong>de</strong> em fazer tra<strong>de</strong>-offs e <strong>de</strong>senvolver<br />

um novo conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s complementares que possibilitem obter vantagem<br />

sustentável.<br />

Prahalad e Hamel (2005) discordam da posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque que é<br />

atribuída à visão no processo <strong>de</strong> elaboração da estratégia ressalvando que mais<br />

importantes do que a visão em si é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação, e uma<br />

implementação sólida.<br />

O que realmente se coloca em evidência para os autores não é a visão da<br />

empresa, mas sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> suas estratégias, evitando que a<br />

visão da empresa seja apenas uma extensão do ego do principal executivo. Daí a<br />

importância <strong>de</strong> comunicar-se <strong>de</strong> forma eficaz a estratégia da empresa.<br />

Os autores então chamam a atenção para a importância das equipes <strong>de</strong><br />

gerência sênior no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma visão previ<strong>de</strong>nte, bem fundamentada e<br />

criativa das oportunida<strong>de</strong>s do futuro. Uma equipe <strong>de</strong> alta gerência que não faça um<br />

investimento substancial na criação <strong>de</strong> previsões para o futuro do setor coloca-se à<br />

mercê <strong>de</strong> concorrentes com maior visão do amanhã.<br />

Para sustentar a fase <strong>de</strong> elaboração da estratégia é preciso ter-se uma<br />

visão holística da empresa e do seu contexto. Para tal, <strong>de</strong>ve-se apoiar em<br />

diagnósticos externos <strong>de</strong> mercado avaliando o comportamento dos clientes e da<br />

concorrência, os dados micro e macro-econômicos, utilizando ferramentas ou<br />

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